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uma questão de liberdade

Descubra este Blog. Muito prazer na descoberta e muito prazer na leitura

Leia as matérias deste meio informativo contra-hegemônico e não seja um macaco precariamente amestrado pela política
imperante, pelo show midiático diário e nem pelos desavergonhados donos dos templos, para quem "pensar é perigoso".
Este Blog, arma para quem não se contenta apenas com notícia mas requer a verdade dos fatos em contexto, a fim de exercer cidadania

“A comunicação é uma missão social. Por isso, juro respeitar o público combatendo todas as formas de preconceito e
discriminação, valorizando os seres humanos em sua singularidade, e em sua luta por dignidade”, juramento do jornalista

"Quando o povo teme o governo, há tirania; quando os governos temem o povo, há liberdade", Thomas Jefferson


dá-lhe boas vindas

POEMAS - CRÔNICAS - NOTÍCIAS - ENTREVISTAS - LITERATURA - CULTURA - HISTÓRIA
IDIOMAS - DIREITO INTERNACIONAL - DEFESA ANIMAL - MEIO AMBIENTE - ESPORTE - SAÚDE



Escreve para Pravda Brasil, Pravda Report (Rússia), Telesur (Pan-latino-americana), Global Research e Globalización (Canadá)

Republicações em TV Kajuru, Instituto Humanitas Unisinos, Pátria Latina, Portal em Pauta, Portal Vermelho, Marcha Verde, G-SAT,
Sintracon, Fetraconspar, Associação dos Engenheiros da Petrobras, Instituto João Goulart, Somos Todos Palestinos, UFRJ, PCdoB,
60Graus, Dinâmica Global, História Vermelha, Sonar Cultural, Outro Lado da Notícia, Plutocracia, ConexãoBombeiro, Ensino Público,
Naval Brasil, Desacato, Página Global, Deputado Adelmo Leão, Andra Details, Alcorão, Odtur, Mercosul, Resistencia, Só Esquerda,
Jus Brasil, Correio da Elite, Clarin Global, Oriente Midia, Pátria Livre, Edy Portela, Invex News, Mercosul&CPLP+Brics, Caros Amigos,
Haine, Diário Liberdade, Cosa Aquella, Ajude, Askapena, País Basco e Kaos en la Red (Espanha), Erudites (Nigéria), Allkorean (Ásia),
WikiLeaks Actu, Interet General, Alter Info, Cercle des Volontaires, La Plume, Égalité&Réconciliation e Réseau International (França),
Tap Wire, Hiram, Four Winds, Pitching, Education News, War Times, Conspiracy Analyst, Ntel Vets, Ithingsto, Lissas Humane (EUA),
Counterpunch, Veterans Today, Fringe News, Global Strategic Monitor, Port Side, No Lies Radio, Viral e Counter Information (EUA),
Juan Cole, Popular Resistance, Gas and Oil, Black Pride Network, SGT Report, Democratic Undergrond e The Liberty Beacon (EUA),
Zionist Report, Prometheism, Adams News Monitor, Jewish Heritage Month, ExpertosCS, Random Candidate, ZNet e Ein News (EUA),
911Truth, Alladin Miracle, CaribFlame, KnowDrones, Sott, OpEd News, War Criminals Watch, 21 Centrury e Cuban Hand Shake (EUA),
Rehash, Latinos for Social Change, Defend Democracy, Drone Fans, Whatsupic, Clearing House, Gov't Slaves e Brown Watch (EUA),
ΑΛΗΘΩΣ e Allgujaratjobs (Índia), Journal of People, Tlaxcala, News Net e South Front (Intercontinental), Almanach (Rep. Tcheca),
The Insight (Gana), Notícias de Almeirim, Rise Up, Amigos de Abril e Colóquios da Lusofonia (Portugal), லத்தீப் பாரூக் (Sri Lanka),
Phi Quyền Chính, Vườn Thơ Tao Ngộ, Tin Tức Hàng Ngày, Hoàng Hữu Phước e Chính Nghĩa (Vientã), VenezuelAnalysis (Venezuela),
Halk Dayanışması Derneği, Küresel Araştırma, Fikir e Hydropolitics (Turquia), Gulf og Book, CanDoBetter e Nexus News (Austrália),
新浪 , 批判传播学 , 壹讀 , 察网 , 中华 , 乌有之乡网刊 , 雷霆 e 个人图书馆 (China), Osservatorio Afghanistan e Biblioteca Pleyades (Itália),
DefendDemocracy, Tegenwicht e GlobalPolitics (U. Europeia), مجله سیاسی و فرهنگی, Pars Today, ایران تریبون e آزادى بيان (Irã), Indicter (Suécia),
Siper, Arrêt e D. Ganser (Suíça), Albilad (Arábia Saudita), Free Al-Zaidi (Holanda), Uprooted Palestinians e Palestine Now (Palestina),
Universities News, Winstonclose e NWO Report (México), Friheten e Polska Norge (Noruega), T.J.Petrowski e Home Saving (Canadá),
Tkus News (Etiópia), Biblioteca Nacional (Argentina), The Iraq File e Aina (Iraque), Yemen Voice (Iêmen), Somalia Focus (Somália),
Fliuch (Irlanda), Justice 4 Assange, Nikzor, Venezuela Solidarity Campaign e Shoah (Inglaterra), North Korea News (Coreia do Norte), Hír Magazin (Hungria), Taable Note (Hong Kong), El Observador (Equador), 국제전략센터 (Coreia do Sul), Svobodnenoviny (Bulgária),
Axis of Logic e Cuba Network in Defense of Humanity (América), Russia News, Russia House e US-Russia (Rússia), ブログ (Japão),
Clajadep (Am. Latina), Freiesicht (Alemanha), Impakt e Islami Press (Albânia), Mashal, آريايی , سپرغۍ , Eshtrak e افغانستان آزاد (Afeganistão),
نویدنو , Defense Committee for Malalaï Joya, اخگر e Revolutionary Association of the Women of Afghanistan (RAWA) (Afeganistão)

Professor de Idiomas / Tradutor dos sítios de Abuelas de Plaza de Mayo (Argentina), e de RAWA e Malalaï Joya (Afeganistão)

Escreveu para Revista Caros Amigos, Observatório da Imprensa, Diário Liberdade (Espanha), e Truth Out e Nolan Chart (EUA)


fluidez nos sentimentos e na expressão
uma questão de liberdade



Desde 11 de setembro de 2001 nos tem sido dito o que ocorreu,
a quem culpar, o que pensar, o que fazer... E se for tudo mentira?


Livro de Edu Montesanti
Maior contrabomba à "Guerra ao Terror" já lançada no Brasil

Maior mentira da história. O preço tem sido o sangue de centenas de milhares de militares e civis inocentes
A "Guerra ao Terror" passa por cima da Constituição dos EUA, da ONU e de todas as leis internacionais
Após 11 de setembro de 2001, nova Doutrina Bush fere liberdades civis sem precedentes dentro do país
Rompe a política externa norte-americana e as relações internacionais em quase 400 anos, unilateralmente
Tudo isso sob conivência criminosa da grande Imprensa internacional, completamente de joelhos ao Império

No Afeganistão o exército de uma pessoa, Malalaï Joya, desafia o Império e dois fortes inimigos locais
Jurada de morte, Joya resiste bravamente, valendo-se também da revolução da informação através da Internet

inclui a maior contrainformação da história do jornalismo internacional:

Entrevista totalmente modificada de jornaleco brasileiro com Malalaï Joya
Ocultadas revelações bombásticas sobre a ocupação norte-americana no Afeganistão, incluindo narcotráfico da CIA
Azar do monopólio da informação: a entrevistada enviou-nos, com exclusividade, a versão original da entrevista
Agora, não há mais como a mídia comercial negar a quem serve...

Investigação - Indignação - Exatidão - Rigor Jornalístico - Erudição - Contundência - Leveza - Paixão

saiba mais sobre este contundente desafio ao Império, seus lacaios e ao monopólio literário comercial, aqui

"Edu, muito prazer, comprei seu livro na Bienal, estava louco para conhecê-lo, tirar uma foto e ganhar seu autográfo nele.
Estou amando o livro, revelador e revolucionário, critico e impressionante... Cada vez que leio, fico mais fortalecido
em ver que não lutamos sozinhos e que ainda existem pessoas capazes de lutar, mesmo com duras consequências

"Quanto mais pesquiso, mais fascinado fico pelo seu trabalho. Sempre amei essa questão de lutar por algo que acreditamos,
lutarmos contras as injustiças... Acho isso o dever das pessoas que podem, com palavras e ações, fortalecer os ideais das outras"

Régis Thiago, São Paulo

"De verdade, Edu, foi surpreendente conhecer alguém com uma firmeza como você! Já anotei no coração os conselhos
para viver nesse ambiente tão caótico como o jornalismo! Um prazer enorme tê-lo conhecido, Edu! Fantástico!"

Rafael Santos, editor do jornal Correio do Brasil, após entrevistar Edu Montesanti

"Quero agradecê-lo, Ed, por ser o primeiro jornalista a não perguntar sobre a queda das Torres. Foi minha melhor
experiência jornalística [entrevista com Edu Montesanti] nestes 14 anos [de ativismo pela verdade do 11/9]"

Mike Berger, assessor de Imprensa de 9/11 Truth (Verdade do 11/9), após entrevista. Estados Unidos, agosto/2017


9/11 - 16 YEARS LATER
No Memory, No Truth, No Justice
Edu Montesanti and Mike Berger

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A cultura é a única coisa que pode salvar um povo, porque permite ver a miséria e combatê-la
Mercedes Sosa


make sure you read

SPECIAL STORY

THE BIGGEST LIE IN HISTORY
'War on Terror', Planned to Be Endless Before 9/11


"The process of transformation, even if it brings revolutionary change, is likely to be a long one, absent some catastrophic and catalyzing event – like a new Pearl Harbor. (...) While the unresolved conflict with Iraq provides the immediate justification, the need for a substantial American force presence in the Gulf transcends the issue of the regime of Saddam Hussein" (Project for the New American Century, 2000)

Printed both in Pashto and Dari, Afghanistan's major languages, books such as "The Alphabet for Jihad Literacy" were produced in the early 80's under the auspices of the US Agency for International Development, by the University of Nebraska. These books are still in circulation.
Lessons instruct that Kabul can be ruled only by Muslims, as Russians (American enemies) are nonbelievers. "Muhammad is our leader." "Only Muslim Afghans can rule over this country,” teaches the jihadist textbooks sponsored by the US. "Letter M (Mujahid): My brother is a Mujahid [combatant]. Afghan Muslims are Mujahideen. I do Jihad together with them. Doing Jihad against infidels is our duty"

reports based on interviews:

41st ANNIVERSARY OF BRAZIL'S PRESIDENT JANGO'S PASSING
Remembering the 1964 Military Coup and the Demise of Democracy

"Jango was my best friend, my great partner, and the best father to my children. It is still to hard to forget...",
said exclusively Jango's widow, Maria Theresa Goulart, about the most progressive president of Brazil's history

North Korea's Launch of an Intercontinental Ballistic Missile: A 'Complete Nuclear State'

"US military action against North Korea should be considered illegal under international law," US Lawyer
Azadeh Shahshahani told this report, as Washington vows to respond Pyongyang with “fire and fury”

exclusive:

INTERVIEW WITH IRAQI AMBASSADOR TO RUSSIA
Kurds, Subject to Iraq's Constitution and Unity

read, too:

SERIES OF INTERVIEWS: US DRONE COVERT WAR

Donald Trump dramatically increases the covert drone warfare, which kills civilians more than ever. In June,
five months in the White House Trump averaged an attack every 1.8 days, far superior to Obama and Bush

5th interview:

"Drones Have Hit Weddings, Funerals, Marketplaces, Residential Houses, Health Facilities": Medea Benjamin

4th interview:

Drones with Limited Regulation Make the World Dangerous: Prof. Dr. Timo Kivimäki

3rd interview:

"Flawed Intelligence Has Led to Civilian Casualties": Journalist Peter Tatchell

2nd interview:

Drones "Kill Women, Children, They Kill Everybody": Historian Peter Kuznick

1st interview:

"We Cannot Fight a War on Terror with More Terror": Lisa Ling, US Air Force Whistleblower

must-read:

ASSANGE CASE
Interview with Lawyer Mads Andenæs - Chair of the UN Working Group on Arbitrary Detention

Image: The Indicter Magazine - European Human Rights Front (Sweden)

The Norwegian lawyer, a chair of the UN WGAD (an expert panel which called on the Swedish and British authorities to end Julian Assange's deprivation of liberty, respect his physical integrity and freedom of movement, and afford him the right to compensation), granted an
exclusive interview in which he comments his participation at the referred Group, and why the panel defends freedom for Assange. He also comments his view on the play the WikiLeaks founder plays in international politics, the importance of world solidarity with him, and how
the lawyer sees the recent WikiLeaks revelations: US spying on UN Secretary-General and German Chancellor

on The Globe Today


JOÃO GOULART
A 41 Años de la Partida Física del Presidente Más Progresista de la Historia de Brasil

"El sueño de construir una nación soberana, solidaria, briosa, donde todo su pueblo tenga
orgullo de ser brasileño. Este es mi legado, heredado de Jango", João Vicente Goulart

en Mirador Internacional


A solidez dos seus ideais evidencia-se na disposição de encarar a verdade dos fatos em contraposição aos medos, tabus, interesses e ao poder estabelecido. Apenas uma consciência livre pode provocar mudanças positivamente práticas
Edu Montesanti


uma voz por liberdade na Argentina

O Amoroso Abrigo da Verdade: Nova Neta Restituída na Argentina, a 126ª

A jovem apresentou-se a Avós. Em 5 de dezembro, pôde conhecer a verdade sobre sua origem, e abraçar a família

em Avós da Praça de Maio


'DRONES', NEGÓCIOS & GENOCÍDIO
A Mais Nova Tecnologia da Guerra e o Bilionário Mercado das Mortes Sistemáticas
Nunca na história o avanço tecnológico matou tantos inocentes, ao mesmo tempo que eleva sem precedentes o lucro do negócio das guerras

denúncias exclusivas:

CIA & NARCOTRÁFICO
1 Milhão de Mulheres, 100 Mil Crianças Toxicodependentes no Afeganistão

"Graças à invasão dos EUA, o Afeganistão é um narco-Estado hoje", diz a representante
da Associação Revolucionária das Mulheres do Afeganistão, em entrevista exclusiva

tudo isso e mais, na Terceira Página


Golpe à Democracia no Brasil Relaciona-Se à Geopolítica Regional e Mundial

Militarização do Brasil vem sendo esboçada há anos, e os sucessivos golpes à democracia possuem remetente e
objetivos tão claros que apenas um míope intelectual (para dizer o mínimo) é incapaz de enxergar. Atual guinada
à extrema-direita não se trata de "fenômeno a ser sociologicamente desvendado". Pelas dúvidas, WikiLeaks e
Snowden corroboram de maneira inconteste tais verdades, aos espíritos realmente dispostos a encontrá-las

em O Brasil no Espelho

"O Brasil precisa de jornalistas como Edu Montesanti!"

Judite Rodrigues, Florianópolis


ENTREVISTA COM JANGO FILHO
Brasil É de Todos, Não de Quem Tem Mais

não deixe de conferir:

SÉRIE DE ENTREVISTAS
Aniversário de 16 Anos do 11/9, Dia que Abalou o Século XXI e Mudou o Curso da História

quarta entrevista:

"Democracia nos Estados Unidos É Pura Fantasia": Stephen Lendman

"Nao viverei para ver justiça pelo 11/9", diz escritor e ex-militar estadunidense

"Obrigado, Edu Montesanti e Stephen Lendman, por este excelente artigo. Espero que este artigo
esteja ajudando muitas pessoas a entender a verdade. Obrigado por tirar o véu dos nossos olhos"

Leitor anônimo de Pravda Report

terceira entrevista:

16 Anos sem Memória, sem Verdade e sem Justiça: Mike Berger

Bilhões de dólares em compensação "compraram silêncio eterno" de familiares de vítimas, segundo sociólogo e produtor de filme sobre 11/9

segunda entrevista:

"Impacto Devastador que Continua Atingindo o Mundo Todo": Richard Gage

Fatos comprovados que contrariam versão oficial sobre 11/9 foram descaradamente ignorados, afirma arquiteto norte-americano

"Obrigado por esta publicação. Nenhum jornal diário ou canal de televisão apresenta nada disso. Este país
[Estados Unidos] está com o cérebro tão lavado, que ninguém pode pensar mais criticamente. Obrigado"

Stephen Kastl, em Pravda Report

primeira entrevista:

Evidência de Técnicas de Demolição do 'World Trade Center': David Chandler

Membro de Cientistas pela Verdade do 11/9 dos EUA contesta, frontalmente, versão oficial do 11/9

"Obrigado por manter esta importante informação na linha de frente das mentes dos povos"

Leitor anônimo de Pravda Report

outra exclusividade:

ENTREVISTA COM LISA NATIVIDAD
Guam Não Vive Segura com Exército dos Estados Unidos

Guam está no centro do noticiário internacional devido à troca de agressões verbais entre Washington e Pyongyang, e as ameaças da Coreia do Norte em atacar bases militares norte-americanas situadas na pequena ilha. "Guam conhece o terrível poder das armas nucleares"
Acadêmica e ativista pela descolonização fala da vida e dos receios de um povo colonizado, lutando pela independência em pleno século XXI

"Estamos felizes por alcançar a mídia global, disposta a ajudar-nos a espalhar a mensagem da nossa colonização e a expansão da militarização
dos Estados Unidos, a fim de ajudar a aumentar o diálogo e construir a solidariedade global em direção a um mundo livre e pacífico"

Lisa Natividad

e ainda:

SÉRIE DE ENTREVISTAS
'Drones', A Guerra Secreta dos Estados Unidos

Trump aumenta dramaticamente a guerra secreta de drones, matando civis mais que nunca no Iraque, Afeganistão,
Paquistão, Iêmen, na Síria, Somália e Líbia. Em junho, quando completou cinco meses na Casa Branca,Trump
apresentou média de um ataque a cada 1,8 dia, muito superior a de seus antecessores Barack Obama e George Bush

quinta entrevista:

"'Drones' Atingem Casamentos, Funerais, Mercados, Residências, Hospitais": Medea Benjamin

Quando desafiou Barack Obama frente a frente no discurso presidencial mais importante sobre o programa de drones dos EUA
em maio de 2013, a defensora dos direitos humanos Medea Benjamin não estava apenas confrontando o presidente mais poderoso
do mundo, mas também um mercado mundialmente bilionário, uma forte máfia que controla também a grande mídia de desinformação

Não surpreendentemente Medea foi arrastada para fora do local, mas até seu último segundo ali, nos braços dos guardas, protestou e
gritou verdades cruéis em relação aos veículos aéreos não tripulados dos EUA. "Drones atingem casamentos, funerais, mercados, residências, hospitais", diz ela com exclusividade, quem já testemunhou a guerra de drones no Iémen, Paquistão e Afeganistão

Nesta entrevista, a ativista norte-americana fala o que espera do programa de drones dos EUA
para o futuro próximo, e lembra o dia em que se sentiu “obrigada a desafiar o presidente sobre um
programa que estava matando muitos inocentes, e tornando-nos mais odiados em todo o mundo"

quarta entrevista:

'Drones' com Regulação Limitada Tornam o Mundo Perigoso: Timo Kivimäki

Autor e doutor finlandês em Relações Internacionais da Universidade de Bath na Inglaterra, questiona a inteligência na busca por terroristas, também por não atuar em solo encontrando, assim, dificuldades em compreender a dinâmica da sociedade local, o que corrompe a própria metodologia na classificação de indivíduos terroristas. Com riqueza de detalhes sobre fatos e números, o prof. Kivimäki aponta perspectivas sombrias para um mundo onde os veículos aéreos não tripulados generalizam-se descontroladamente, distante de benefícios à humanidade

terceira entrevista:

"Inteligência Falha Causa Vítimas Civis": Peter Tatchell

Proeminente ativista pelos direitos humanos e jornalista britânico avalia como o programa de drones norte-americano poderia ser
utilizado em prol da humanidade, e seu estágio atual: além de ferramenta devastadora, subverte a democracia dentro dos próprios EUA
como massa de manobra. Tatchell comenta também a aliança britânica com Washington: "O que os Estados Unidos querem, obtêm"

segunda entrevista:

Drones "Matam Mulheres, Crianças, Matam Todo Mundo": Peter Kuznick

Historiador norte-americano mostra-se profundamente preocupado com o acirramento da “política” de drones de Trump.
"Por mais odioso que fosse o método da guerra com drones de Obama, ele se configura uma voz moderada em comparação
a Trump”, comenta Peter Kuznick, diretor do Instituto de Estudos Nucleares da Universidade Americana de Washington D.C.
"Estudo de 2013 concluiu que drones utilizados no Afeganistão causaram dez vezes mais mortes de civis que aviões tripulados"

"Os Estados Unidos encontraram uma solução para o problema do 'dano colateral', alegando que todo homem com
idade militar em uma zona de guerra é militante", observa o pesquisador. Para ele, em vez de usar drones para
o benefício da humanidade e do meio ambiente, o programa dos EUA é "enormemente negativo", já que Washington
transforma os veículos aéreos não-tripulados em "máquinas de matar". Kuznick ressalta que o assunto não é "uma
escolha entre drones, bombardeiros tripulados e tropas terrestres", mas "uma escolha entre a guerra e a diplomacia"

primeira entrevista:

"Não Podemos Combater Terror com Mais Terror": Lisa Ling, Denunciante da Força Aérea Norte-Americana

Uma das protagonistas do documentário National Bird que expôs os segredos do programa norte-americano de drones, Lisa Ling
comenta nesta entrevista por que decidiu denunciar, quais os interesses por trás da guerra com drones, e as perspectivas para
a humanidade diante da falta de prestação de contas do governo dos Estados Unidos na utilização dos "pássaros assassinos"

"Saber que há jornalistas no mundo como você, que sabem que a importância [deste tipo de trabalho jornalístico] não é financeira, deve ajudar muitos [vítimas de drones] a dormir melhor à noite [referência à mensagem deste autor, dizendo que embora não se fique rico falando a verdade neste mundo corrupto, dorme-se melhor por tal prática]. Obrigada por ter um sonho [de tentar promover justiça através do jornalismo] que tira muitos do pesadelo"

Lisa Ling

tudo isso e muito mais, em Pingo no i - Edu Entrevista


Se você aprecia a ampla reportagem literária, alma do bom jornalismo em contraposição à superficialidade, sorria: está no lugar certo!


TRAGÉDIA EM SANTA MARIA
Por Memória, Verdade e Justiça


O segundo incêndio mais mortal da história do Brasil ocasiona o maior inquérito da história da Polícia Civil do RS. Acompanhe a mais ampla série de reportagens investigativas já publicada no país sobre a tragédia. Entrevistados: familiares das vítimas e advogado, sobreviventes, seguranças da boate Kiss, prefeito, secretária de Finanças e superintendente de Assistência Social da cidade, Polícia Civil que investiga a tragédia, Hospital Universitário, Brigada Militar, Ministério da Saúde, Anvisa, Inmetro, químico e jurista da fabricante da espuma contida na boate (liberadora de cianeto ao ser queimada), advogado da Kiss, toxicologista que atuou no socorro a vítimas, e juristas fora do caso. Denúncias trabalhistas, de corrupção política e de mentiras, exclusivas: revelações, deslizes, defesas, ataques e contra-ataques por encaminhamento, através da reportagem em meio ao fogo cruzado, de perguntas e documentos de familiar de vítima, da Prefeitura e da Polícia com exclusividade; duras perguntas também de um pai de vítima ao advogado da Kiss
Para marcar a história da comunicação brasileira, e apurar a verdade dos fatos de uma tragédia de várias faces, criminosa e sem justiça

Após farra do sensacionalismo inicial atrás de audiência, a mídia politiqueira logo esqueceu a terrível tragédia. Aqui, não a esquecemos

Porque justiça só é possível através da verdade. E verdade só pode ser apurada se houver memória
Povo que esquece seu passado, está condenado a vivê-lo novamente

Inquérito - Perícia - Drama - Dor - Verdade - Mentira - Crime - Direito - Punição - Prevenção

No Blog mais independente, combativo, ousado e instigante do País, onde liberdade de expressão e Quarto Poder vão muito além da retórica

quarta reportagem da série:

ESTRUTURA DA KISS - II
Extintores, Acesso e Superlotação

em Somos Todos Santa Maria

"Edu, você tem o dom da palavra, ou melhor, o dom de expressar o sentimento de cidadania, de algo positivo em textos com profundidade.
Não somos donos da verdade, ninguém, mas escrever com sentimento é muito melhor do que escrever com razão. Esse seu
diferencial é o sentimento. Você coloca a alma nas observações. Seu trabalho é muito revigorante para todos. Obrigado"

Sr. Paulo Tadeu Nunes de Carvalho, pai de Rafael Paulo Nunes de Carvalho, uma das 242 vítimas fatais da boate Kiss

"Grande amigo, parabéns pelo trabalho e inteligência, está esmiuçando toda a podridão e definindo quem é quem. São poucos
que se dedicam a isso, eu diria o único. Está fazendo a diferença que muitos não fizeram, tiro o chapéu para o amigo, parabéns

"Você é um grande guerreiro: sua simpatia, seu conhecimento, sua garra determinante, seu discernimento, tudo isso o torna especial.
Você tem algo que muitos brasileiros da reportagem deveriam ter, comprometimento e verdade, querendo justiça para todos. Obrigado sempre.
Você já é da família AVTSM [Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria]. Cara fantástico, e ótimo repórter"

Sr. Adherbal Ferreira, pai de Jennefer Ferreira, uma das 242 vítimas fatais da boate Kiss, e então presidente da AVTSM

"Que nada nem ninguém possa calar a tua voz! Precisamos de alguém que dê voz à nossa dor... Obrigada, obrigada, obrigada!

"Voltei a ter esperanças... Edu, precisamos de você lutando por todos nós! Você não imagina o quanto isto que está fazendo é importante para todos nós.... Quando eu pensava que estava tudo perdido, tudo renasce outra vez, a esperança renasce. Obrigada de todo o meu coração por não nos abandonar!!!!!
Te amo! Serei grata eternamente! Muita luz no teu trabalho e na tua vida!"

Sra. Denise Amaral Zimmermann Darif, mãe de Thaís Zimmermann Darif, uma das 242 vítimas fatais da boate Kiss

"Enquanto chorava copiosamente frente à TV nos primeiros momentos pós-tragédia, jurei a mim mesmo que lutaria
com todas as forças, através de tudo o que estivesse ao meu alcance, por justiça pelas vidas que ali se foram"

Edu Montesanti aos pais das vítimas, nos momentos mais fortes das entrevistas


Mentiras e Crimes da 'Operação Liberdade Duradoura' dos Estados Unidos no Afeganistão

Artigos, imagens e vídeos evidenciando crimes de guerra dos EUA em solo afegão, silenciados pela mídia ocidental

com denúncia direto da capital Cabul:

A Invasão ao Afeganistão Afundou a Região Ainda Mais no Terrorismo!

Comunicado da Associação Revolucionária das Mulheres do Afeganistão (RAWA)


"É evidente que os EUA não trouxeram a guerra a esta parte do mundo para buscar vingança pelas vítimas
do 11/9 nem para proteger seus cidadãos. O único objetivo era promover seus repugnantes planos imperialistas"

leia homenagem à mártir:

Meena, Inspiração para Toda a Humanidade

Tributo à heroína do Afeganistão e do mundo. 30 anos da partida física da fundadora da Associação Revolucionária das Mulheres do Afeganistão. Assassinada em 1987, Meena é exemplo de paixão e de coragem pela causa humanitária, especialmente dos
famintos, com frio, enfermos e violentados. Vitoriosa vida como inspiração em todos os rincões do planeta

em O 11 de Setembro de Cada Dia do Afeganistão

"Mais querido irmão, obrigada por seu tão impactante apoio. Esta solidariedade para conosco é um dos pilares desta luta. Estamos muito felizes e agradecidas a você. Temos acompanhado de perto seu trabalho e o de outros escritores maravilhosos que andam na contramão da propaganda ocidental, a fim de descobrir a realidade do Afeganistão. É muito raro encontrar escritores como você na mídia ocidental. Admiramos a determinação de jornalistas como você que não optam pelo caminho mais fácil, o da grande mídia, mas mantêm ideias alternativas - o jornalismo verdadeiro, dizer a verdade tem um alto preço em um Estado capitalista/imperialista/colonizado, e os primeiros golpes são dados nos intelectuais que escolhem lutar, em vez de se acomodar no silêncio. Querido Edu, temo-lo não apenas como escritor progressista mas também como apoiador e amigo, o que é excelente! Só queremos que nossa voz seja ouvida para que as pessoas do mundo conheçam a realidade da guerra afegã, podendo assim tomar decisões corretas envolvendo esta guerra. E você está desempenhando um importante papel nisso: não somos capazes de expressar o quanto seu intenso trabalho é inestimável para nós. Temos orgulho de poder trabalhar com você. Mais querido Edu, suas palavras são como fogos de artifício, tão cheias de energia! E esse fogo também é facilmente visto em seu incansável trabalho. Nosso trabalho é voluntário, com pouco dinheiro em favor dos famintos, com frio e das estupradas; acreditamos na simplicidade da vida e temos imenso respeito por pessoas como você, que possuem nossos mesmos valores. Você está sempre em nossas mentes e corações, e estamos à sua disposição como sempre. Com muito amor, suas irmãs da RAWA"

Friba, líder da Associação Revolucionária das Mulheres do Afeganistão (RAWA, na sigla em inglês)


'GUERRA AO TERROR'
Mãos Ocidentais Manchadas de Sangue (também) no Iraque

em Terrorismo de Estado - A Invasão Norte-Americana ao Iraque


Por Que o 11 de Setembro Ainda Importa

Ao contrário do senso comum imposto pela mídia serventuária das grandes corporações que a sustentam, atentados de 11/9/2001 mais
que nunca importam porque o mundo se torna cada vez mais belicoso, liberdades civis são restringidas enquanto provas tecnocientíficas contradizem versão oficial envolvendo o dia que mudou curso da história, pelo qual milhões de vidas têm sido sacrificadas

em Mentiras e Crimes da "Guerra ao Terror"


A IDADE DA MENTIRA
Estudos Científicos Apontam Religião como Histórico Fator de Tensão Social

Novos estudos científicos negam histórico mito pacificador das grandes religiões. Uma síntese da realidade histórica, política, social
e religiosa (reforçada por exposição de documentos secretos dos porões do poder), explica por que, ainda assim, elas crescem vertiginosamente e, quanto mais se multiplicam, mais geram divisões ferozes e muita guerra – sob a bênção dos poderes políticos

Os frágeis alicerces psicológicos das religiões dominantes e dominadoras, que manipulam como poucas instituições o imaginário coletivo,
são inversamente proporcionais aos alicerces materiais de suas cúpulas e a todo o aparato à disposição – incluindo instituições estatais,
a mídia e a propaganda. Tudo isso a fim de dominar e acumular riquezas em um blindado sistema de privilégios, completamente verticalizado e bem menos transparente que o próprio sistema político corrupto

Aliança histórica, Estado e religião apoiam-se cinicamente um no outro em nome do bem-estar social e de Deus, sob o velado
contrato social: roubalheira indiscriminada por anestesia da consciência. O uso equivocado da religião para retirar das pessoas
a consciência cidadã, que tanto amedronta os podres poderes

em Mateando com Edu, mais abaixo


WIKILEAKS
Revelações dos Segredos de Estado dos Estados Unidos

Uma Questão de Liberdade não poderia ficar de fora: ampla cobertura, exposição de documentos e traduções inéditas
Materiais que trazem às claras os porões do poder, e o jeitinho norte-americano de fazer política
Convidamo-lo a comparar tais revelações com artigos deste Blog, anteriores às denúncias

não deixe de ler:

"(...) O Estado de S. Paulo e O Globo, além da revista Veja podem se dedicar a informar sobre os riscos que podem advir de se punir quem difame religiões, sobretudo entre a elite do país. Esta Embaixada tem obtido significativo sucesso em implantar entrevistas encomendadas
a jornalistas, com altos funcionários do governo dos EUA e intelectuais respeitados
. Visitas ao Brasil, de altos funcionários do governo
dos EUA seriam uma excelente oportunidade para pautar a questão para a imprensa brasileira (...)"

Entre tantas traduções de documentos secretos feitas com exclusividade pelo Blog, inéditas no Brasil
Não deixe de ler relatório da CIA, "Exportação Norte-Americana de Terrorismo"

o espaço que a cínica mídia serventuária não dá à questão que tem remexido as vísceras do poder
você encontra aqui


BREVE HISTÓRIA
Povo Mapuche - Chile

Único povo latino originário que resistiu à metrópole, do início ao fim, sem ser jamais vencido e ter autonomia
Atualmente, desde a independência do Chile os mapuches lutam por direito ao seu território
Vídeos da dança e documentário sobre a vida mapuche, e a repressão que sofrem hoje

e também:

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM PETER KUZNICK
A História Não Contada dos Crimes de Guerra dos Estados Unidos

Bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki; mentiras e crimes da guerra do Vietnã, além dos reais motivos por trás
daquela invasão desumana; por que os EUA se engajaram em uma Guerra Fria contra a União Soviética, e como aquele
conflito e a mídia influenciam o mundo ainda hoje; interesses por trás do assassinato do presidente Kennedy; imperialismo
norte-americano na América Latina durante a Guerra Fria, e atualmente sob falsa premissa de Guerra ao Terror e às Drogas

a história que os livros de História não contam
em Recontando a História

"Você e eu estamos fazendo [com série de entrevistas] o melhor para tornar este mundo melhor e mais agradável. Infelizmente, a batalha é árdua.
É uma honra fazer parte dos seus artigos. Obrigado por ser um jornalista tão honesto e reconhecido"

Historiador Peter Kuznick, Estados Unidos


O Choro da América

Crônica poética que exalta, apaixonadamente, 500 anos da região mais rica do planeta em biodiversidade
Três páginas com as mais belas imagens, vídeos e muita informação sobre a América, latina de alma

em Pátria Grande Portentosa - Paisagem & Cultura Latina


OS PORÕES DA FIFA
Corrupção, Genialidade de Maradona e Decadência do Futebol Brasileiro

Transição na presidência da maior entidade do futebol mundial faz-nos recordar o gênio argentino, que ousou enfrentar poderosos cartolas
Não sem ser perseguido, enquanto o Brasil, cuja decadência é evidente há décadas, sempre gozou de força política nos porões da FIFA

em Mateando com Edu - Página 2


Palestra de Edu Montesanti aos Jogadores Infantis de Limpio, Paraguai

Às vésperas de jogo decisivo, conversa franca com injeção de ânimo! Carreira no futebol, saúde, vícios, determinação, disciplina

"A equipe rendeu muito, ganhamos por três a zero e estamos classificados, Edu!"

Alejandro Jara, técnico, por telefone do vestiário após o jogo

em No Pique da Vida

"Edu Montesanti, o diplomata por excelência!! Você é um exemplo do grande carisma que podemos ter, todos os paraguaios, quando se
trata de receber um irmão estrangeiro. Mil parabéns por toda sua luta escrita contra opressões estrangeiras que tentam levar vantagem
sobre nações menos privilegiadas, e agradeço-lhe por todo o trabalho que depositou em meu país. Um cordial e fraternal cumprimento"

Marcelo Franco Aponte, cidadão paraguaio residente em Asunción, Paraguai

"Tudo de bom, Professor, e muita sorte em sua vida. Gosto muito de você, e muito obrigada por ser o melhor professor
do mundo, vou sentir muitas saudades, profe Edu, e estarei rezando por você. Pela última vez, obrigada, Profe

"Minha família também o admira. Você é uma pessoa muito culta, tem estilo na sua vida, e outros professores não se comparam
a você. Agradeço a Deus por você, estou aprendendo muita coisa sobre a vida, mais os estudos. Que Deus o abençoe, Profe"

Deysi Park, jovem coreana residente em Asunción, Paraguai


Mito da Mídia Alternativa no Brasil: O Que É e O Que Não É

"Do entusiasmo à impostura, o passo é perigoso e escorregadio; Sócrates oferece memorável exemplo de como um sábio pode enganar a si mesmo, um homem bom pode enganar os outros, a consciência pode dormir em estado misto e médio entre auto-ilusão, e fraude voluntária"

Edward Gibbon, no livro The Decline and Fall of the Roman Empire

leia também:

"QUEM GANHARÁ A COPA, ESPANHA OU HOLANDA?"
O Jornalismo e a Arte de Emburrecer as Massas


A que se deve o baixo nível intelectual da Imprensa esportiva internacional?

Entenda por que você fica horas frente à TV assistindo a entrevistas e "debates" esportivos sem ser acrescentado em absolutamente nada
Com denúncias exclusivas: corrupção na arbitragem brasileira, na seleção brasileira da Copa de 1990 na Itália
E revelação envolvendo o atacante Ronaldo na final da Copa na França em 1998 - segundo fontes de ambas as seleções

e ainda:

HISTÓRIA SUJA DE HOLLYWOOD
O Cinema como Instrumento de Idiotização em Massa

Além de história financeiramente corrupta, Hollywood submete contratualmente suas produções ao Departamento de Defesa dos EUA a fim
de colocar no subconsciente das pessoas que a militarização do país é necessária ao mundo; faz também apologia do individualismo, do consumismo artificial, da violência, da pornografia, das drogas e ajudou a esconder, dos anos 1950 aos 1990, que o cigarro é cancerígeno

essas e outras, em Mídia em Questão

"Edu Montesanti é um jornalista do mais elevado gabarito ético"

Célio Turino, historiador, escritor e gestor de políticas públicas; foi secretário do Ministério da Cultura nos governos Lula e Dilma

"Edu, você tem o feeling do bom jornalista, comprometido com a ética e com a análise"

Jairnilson Paim, médico, professor da UFBA, coordenador do Observatório de Análise Política em Saúde, e autor do livro O Que É o SUS


Você sabia que...

... a mídia hegemônica brasileira promoveu o Golpe Militar de 1964, em alguns casos
apoiando e em outros sendo conivente com a sangrenta ditadura de 21 anos que o seguiram?


GOLPES MILITARES NA AMÉRICA LATINA
O Estado contra o Cidadão

primeira obra da série (exclusiva do Blog):

Derrubada da Democracia em Nome da Democracia

O Brasil Subjugado por uma Elite Ignorante, Histérica e Devastadora

clique aqui


LÍNGUA & PRECONCEITO
'Presidenta' ou 'Presidente'?

CONCORDÂNCIA
'Estados Unidos', e Suas Diversas Formas de Uso

Os Estados Unidos é ou são? Os EUA são ou é? Estados Unidos é ou são? EUA é ou são? Concordância no plural e no singular
Ora um ora outro, regra tão simples quanto o vasto número de erros por parte de jornais, revistas, rádios e TVs no Brasil

em Idiomas - Português


Missão Cumprida, por Edu Montesanti

Enviado ao correio eletrônico de Edu Montesanti:

"Se apitar, vai para 7 palmos debaixo da terra"

O mais precioso deste mundo pode ser o mais singelo! Se assim prezado, transformar-se-á em história de sucesso e até de amor

saiba mais, aqui


Quando a liberdade é retirada à força, pode ser restaurada à força;
se renunciada voluntariamente, pela omissão, jamais poderá ser recuperada

Dorothy Thompson

LEIA TAMBÉM

poema VENTOS DO RIO GRANDE - profunda declaração de amor a alguém muito especial,
enaltecendo também as maravilhas naturais do Brasil, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul

em PALAVRAS DO CORAÇÃO - Poemas


conheça as vantagens da ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA, saiba por que ela é mais ética,
mais saudável, mais econômica e muito mais nutritiva, quebrando mitos e tabus


POR QUE VOCÊ TRANSPIRA ENQUANTO EXERCE ATIVIDADES FÍSICAS?
além de saciar sua curiosidade, ajudará na prática esportiva segura


e como esportista que se preza não abre mão de uma boa alimentação, saiba por que a
QUINUA É O ALIMENTO MAIS RICO DO PLANETA, tão indicado a quem exerce atividades físicas constantes


essas e outras em MEIO AMBIENTE, ESPORTE & SAÚDE


Você sabia que...

... estudos científicos recentes em todo o mundo apontam redução na taxa de
mortalidade dos vegetarianos, de 25% a 50%, e que estes vivem em média oito anos a mais?


E você também sabia que...

... estudo internacional de 2003 indicou que, com três semanas de alimentação vegetariana, 39% dos diabéticos
deixaram de tomar insulina definitivamente, e 71% livraram-se para todo o sempre de medicamentos orais?
E que são raríssimas as possibilidades de um vegetariano tornar-se diabético?



VOCÊ JÁ PENSOU EM APRENDER SUECO?

Pois trata-se de um idioma fácil e lindo, mais falado na Escandinávia. OUTROS SEIS IDIOMAS, os mais falados na Europa Ocidental,
são apresentados com EXPLICAÇÕES PRÁTICAS, LIÇÕES E TRADUÇÕES (de músicas, poemas, e matérias jornalísticas e culturais)

e também POR QUE? POR QUÊ? PORQUE? PORQUÊ?

tire as dúvidas da GRAFIA DOS "PORQUES", entre outras mais frequentes da língua portuguesa

em IDIOMAS - PORTUGUÊS


E MAIS

GATINHAS E MARIAS-GASOLINA EM GERAL: ATENÇÃO! entendam por que carro já saiu de moda, veja como a crise da
gasolina pode ser, sob certos aspectos, tão insignificante em sua vida, incluindo alternativas para um ecossistema sustentável

em MATEANDO COM EDU - Página 2

Você sabia que...

... se cada brasileiro, chinês e indiano levasse o estilo de vida norte-americano, precisaríamos de 3 planetas?

+ recomendações literárias - ESTANTE LITERÁRIA NO BLOG: baixe
gratuitamente ótimos livros nacionais e internacionais, com segurança

em MATEANDO COM EDU - Página 1 (mais abaixo) e Página 2


DERROTA OU VITÓRIA? UMA QUESTÃO DE VIDA ETERNA - conheça um pouco do dia-a-dia do futebol e seus bastidores, saiba de que forma maus empresários se infiltram levando jogadores ao exterior e, em meio a tudo isso, como alguns jovens atletas garantem: "Melhor que ir à Europa é ir para o Céu!!", com suor, muitos gols e bastante entusiasmo, uma injeção de ânimo!!

isso e muito mais, em NO PIQUE DA VIDA


Você sabia que...

... entre 1919-47, 1/3 da população mundial “atrasada” vivia sob domínio colonial imposto por Estados “avançados”,
europeus e norte-americano, que neste período a única ameaça ao liberalismo partia da direita política, e que apenas
os Estados Unidos intervieram militarmente 47 vezes em países latino-americanos, entre 1846 e 2000?

Não seja fantoche do poder estabelecido, em nome de "democracia representativa": informação é sua principal arma!


Os meios de comunicação não vendem informação aos seus consumidores,
mas vendem seus consumidores de informação aos patrocinadores

Revista Le Monde Diplomatique

Cansado de desinformação,
manipulação e lavagem cerebral?

www.edumontesanti.skyrock.com
uma questão de liberdade

antídoto contra a covardia político-intelectual preponderante

às amadas memórias de Hugo Chávez, Humberto Goldoni, Ricardo Rocha e vítimas das ditaduras militares latino-americanas
podermos nos expressar livremente hoje aqui, custou o sangue de nossos pais e avós à época da ditadura: uma questão de liberdade
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#Posté le mercredi 18 juin 2008 07:39

Modifié le dimanche 08 avril 2018 01:43

l. MATEANDO COM EDU - Perfil, Literatura & Variedades

l. MATEANDO COM EDU - Perfil, Literatura & Variedades Sou um homem sincero, de onde cresce a erva, e antes de
morrer quero tomar meu bom mate! Guajira Guantanamera!



Edu por Edu


♪♫ Cante, Cante, Companheiro! - Para amanhecer não são necessárias galinhas, senão cantar de galo. Eles não serão bandeira para abraçarmo-nos
com ela, e o que não a possa levantar que abandone a luta. Não é hora de
recuar, nem de viver de lendas. Já vem sua cesta de luta cavalgando um vento austral. Cante, cante, companheiro! Que sua voz seja um disparo, pois com as
mãos do povo não haverá canto desarmado. Cante, cante, companheiro! Que
não se cale sua canção: os que morrem pela vida não podem ser chamados
de mortos, e a partir deste momento é proibido chorar por eles ♪♫

CAIPIRA DE LARANJAL PAULISTA - ESTADO DE SÃO PAULO - BRASIL

ASCENDÊNCIA PREDOMINANTEMENTE ITALIANA. ALÉM DOS MONTESANTI, OS GOLDONI, DEL CHIARO, FINOTTI, GAVIOLLI, BINNI
E MAVALAZZI COMPÕEM FAMILIARES ORIGINÁRIOS DA ITÁLIA. LOCAIS: LAZIO, MODENA, LUCCA, ROVIGO, VENETTO E SICILIA

ALMA LATINA - E SANGUE COR DE VINHO ANCESTRAL! CHE ROHAYHU PARAGUAY!
es linda nuestra tierra: paixões guaranis
l. MATEANDO COM EDU - Perfil, Literatura & Variedades IDIOMAS: PORTUGUÊS, ITALIANO, ESPANHOL, LATIM, QUÍCHUA, FRANCÊS, CATALÃO, NORUEGUÊS,
CHAMORRO, TUPI-GUARANI, ALEMÃO, SUECO, INGLÊS, HÚNGARO, TCHECO, BÚLGARO E POLONÊS

BRADO LATINO, ATÉ QUE PARE DE RESPIRAR: MADRE, DÉJAME LUCHAR! - Madre, cómo te adoro /
porque quiero a mi pueblo / y tú me enseñaste / a luchar por él / Tú me enseñaste / a compartir mi pan /
a compartir mi amor / a compartir mis sueños / Yo quiero ahora / compartir mis brazos / con los mismos que
te abrazo / quiero abrazar a mi pueblo / Madre, déjame luchar / Tú me enseñaste a no matar las mariposas /
que no cortara las rosas / que en tu jardín cultivabas / Fui aprendiendo, poco a poco, a querer a los demás /
Por los humildes, madre, déjame luchar / Espero que tú comprendas que la lucha por los hombres,
no se hace por caridad / Mamá, déjame luchar...

EXERCÍCIO DIÁRIO DA CIDADANIA: ANTÍDOTO CONTRA A APATIA, MAIS LETAL ARMA DE DESTRUIÇÃO EM MASSA

ESPORTE QUE PRATICO ATUALMENTE: TRIATLO

VEGETARIANO-CRUDÍVORO (UMA PAIXÃO)

MEIO DE TRANSPORTE: BICICLETA (OUTRA PAIXÃO)

ATIVIDADES PREFERIDAS: CORRER, NADAR, ANDAR DE BICICLETA, OUVIR MÚSICA, LER,
ESCREVER, FESTEJAR, CAMINHAR NA PRAIA E MATEAR HORAS OBSERVANDO O CÉU

VIAGEM INESQUECÍVEL: ACRE, PERU, EQUADOR, COLÔMBIA, VENEZUELA, RORAIMA E AMAZONAS DE BICICLETA

PRINCIPAIS CAMPOS DE INTERESSE: SOCIEDADE E INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS BRASILEIRAS, REVOLUÇÃO BOLIVARIANA, INTEGRAÇÃO E CULTURA LATINO-AMERICANA, SOCIEDADE E POLÍTICA INTERNA E EXTERNA NORTE-AMERICANA, IDIOMAS,
ATENTADOS DE 11 DE SETEMBRO DE 2001, "GUERRA AO TERROR", ORIENTE MÉDIO, QUESTÃO PALESTINA, DIREITOS HUMANOS, SISTEMAS RELIGIOSOS, DESEMPENHO MIDIÁTICO, SAÚDE, MEIO AMBIENTE, DEFESA ANIMAL E PRÁTICA ESPORTIVA SEGURA

EUTANÁSIA: FAVORÁVEL

ABORTO: TOTALMENTE CONTRA

UNIÃO CIVIL ENTRE HOMOSSEXUAIS: FAVORÁVEL

DESARMAMENTO: FAVORÁVEL

COMÉRCIO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS, CIGARRO E DROGAS EM GERAL: TOTALMENTE CONTRA

DESCRIMINALIZAÇÃO DO USO DE DROGAS: FAVORÁVEL

LEGALIZAÇÃO DA PROSTITUIÇÃO: CONTRA

IGUALDADE DE DIREITOS ENTRE HOMENS E MULHRES: FAVORÁVEL, SEM NENHUM TIPO DE RESTRIÇÃO

MOVIMENTO FEMINISTA (ESPECIALMENTE NO BRASIL): ENTRE AS BRINCADEIRAS DE PIOR GOSTO QUE EXISTEM

ATUAÇÕES COMO MODELO DE TV: FIGURANTE NA NOVELA ÉRAMOS SEIS DO SBT, E EM COMERCIAIS

EX-ATLETA DE FUTEBOL: SÃO PAULO F.C. (JUVENIL), PAULISTANO F.C. - JUNDIAÍ (JÚNIOR),
NACIONAL - PARAGUAI (CURTA PASSAGEM / PROFISSIONAL) E ITUZAINGÓ - ARGENTINA (CURTA PASSAGEM / PROFISSIONAL)

PERSONALIDADES: FREI BETTO, NOAM CHOMSKY, NICOLÁS MADURO, DAVID GRIFFIN, JOHN PERKINS, PELÉ, HELOÍSA HELENA, JORGE KAJURU, LUIZA ERUNDINA, JOSÉ ARBEX, MICHEL CHOSSUDOVSKY, MICHAEL MOORE, LEONARDO BOFF, ZICO,
SIBEL EDMONDS, DESMOND TUTU, ADHERBAL FERREIRA, EDWARD SNOWDEN, JULIAN ASSANGE, JOHN PILGER, EVO MORALES,
MULHERES REVOLUCIONÁRIAS DO AFEGANISTÃO, AVÓS E MÃES DA PRAÇA DE MAIO (ARGENTINA), PETER TATCHELL,
JOHN KIRIAKOU E PETER KUZNICK

PERSONALIDADES HISTÓRICAS: HUMBERTO GOLDONI, CHE GUEVARA, EVITA PERÓN, HUGO CHÁVEZ, FIDEL CASTRO,
GANDHI, MADRE TERESA DE CALCUTÁ, MARTIN LUTHER KING, RICARDO ROCHA, PAULO FREIRE, FRANCISCO DE ASSIS,
JOSÉ MARTÍ, SIMÓN BOLÍVAR, CARLOS ANTONIO LÓPEZ, SALVADOR ALLENDE, CHICO XAVIER, NÉSTOR KIRCHNER,
JOHN KENNEDY, LEONEL BRIZOLA, SAN MARTÍN, TELÊ SANTANA, NELSON MANDELA, ALI PRIMERA, MEENA KAMAL E JANGO

JORNALISTAS: JORGE KAJURU, JOSÉ ARBEX, LÚCIO FLÁVIO PINTO, PAULO HENRIQUE AMORIM, VENÍCIO LIMA, LUÍS NASSIF,
TATIANA MERLINO, CARLOS CASTILHO, SYLVIA MORETSZOHN, ALTAMIRO BORGES, HAMILTON OCTAVIO SOUZA, LUCIANO COSTA, NATÁLIA VIANA, MARINA AMARAL, JOSÉ TRAJANO, EDUARDO GALEANO E WALTER MARTÍNEZ (URUGUAI), DAN DICKS (CANADÁ), REYNALDO TALADRID (CUBA), JOHN PILGER (AUSTRÁLIA), E GLENN GREENWALD, TONY CARLTALUCCI, JAMES CORBETT, ROBERT DREYFUSS, AMY GOODMAN E SCOTT ARMSTRONG (EUA), TIMOTHY HINCHEY (RÚSSIA) E ARAY NABUCO

JORNAIS: A NOVA DEMOCRACIA, JORNAL PESSOAL, PÁGINA 12 (ARGENTINA), LA JORNADA (MÉXICO),
INDEPENDENT (REINO UNIDO), GRANMA E TRABAJADORES (CUBA), E DIARIO VEA, CCS E CORREO DEL ORINOCO (VENEZUELA)

REVISTAS: DOS VEGETARIANOS, LE MONDE DIPLOMATIQUE, PLANETA, INSTITUTO HUMANITAS UNISINOS,
MEDICINA DO ESPORTE, FÓRUM, E COUNTERPUNCH E IN THESE TIMES (EUA)

PROGRAMAS DE TV: VIOLA, MINHA VIOLA, SR. BRASIL E PROVOCAÇÕES (TV CULTURA), DANÇA COMIGO (RTP/PORTUGAL),VIDAS,
VOCES DE CAMBIO, MESA REDONDA INTERNACIONAL, DOSSIER, DOCUMENTALES, REPORTAJES TELESUR, MP3 GIRA LATINA,
EL MUNDO HOY, USA DE VERDAD, GUÍA TU CUERPO, SÍNTESIS, EXPEDIENTE, CRUCE DE PALABRAS, REALIDADES, CONGÉNERO,
IMPACTO ECONÓMICO, ENTRE FRONTERAS, CONEXIÓN DIGITAL E TELESUR NOTICIAS (TELESUR/VENEZUELA), INSIDE STORY E ALJAZEERA DOCUMENTARIES (AL JAZEERA/CATAR), MOSAIC (TV LINK/EUA), E DEMOCRACY NOW! (DEMOCRACY NOW/EUA)

RÁDIOS: PÁTRIA GAÚCHA, VIOLA DE OURO, PANAMBI RETÃ (PARAGUAI), RADIO ITALIA E VENICE CLASSIC (ITÁLIA), HABANA CUBA, CROSS COUNTRY (EUA), SEÑAL GAUCHA (ARGENTINA), DEL SUR, LLANO Y JOROPO, LA NUEVA REPÚBLICA (VENEZUELA)

CANTORES: ROLANDO BOLDRIN, SÉRGIO REIS, ALMIR SATER, TOQUINHO, DJAVAN, TEIXEIRINHA, MILTON NASCIMENTO,
IVAN LINS, GAÚCHO DA FRONTEIRA, LUCIANO PEREYRA E DANTE RAMÓN LEDESMA (ARGENTINA),
ALI PRIMERA (VENEZUELA), MICHAEL W. SMITH E MICHAEL JACKSON (EUA), ROJAS SILVA (PARAGUAI),
E PAUL McCARTNEY, PHILL COLLINS E ELTON JOHN (INGLATERRA)

CANTORAS: INEZITA BARROSO, BRUNA CARAM, MERCEDES SOSA (ARGENTINA), LIZZA BOGADO E
BETTY FIGUEREDO (PARAGUAI), LISA EKDAHL (SUÉCIA), LAURA PAUSINI (ITÁLIA), CLAUDIA NOBRE (FRANÇA),
E LISA KELLY, WHITNEY HOUSTON E GLORIA ESTEFAN (EUA)

GRUPOS MUSICAIS: OS FILHOS DO RIO GRANDE, OS SERRANOS, KADOSHI, GIPSY KINGS (CATALUNHA), R.E.M. (EUA),
CELTIC WOMAN (IRLANDA), ROXTETTE (SUÉCIA), SADE (REINO UNIDO), GENERACIÓN E DUO QUINTANA ESCALANTE (PARAGUAI)

HISTORIADORES: ERIC HOBSBAWM (INGLATERRA), PETER KUZNICK (EUA) E DANIELE GANSER (SUÍÇA)

FILMES: FAHRENHEIT 9/11 (MICHAEL MOORE), ASSISTA LEGENDADO E DUBLADO EM PORTUGUÊS, AQUI NO BLOG;
MI AMIGO HUGO (OLIVER STONE), AQUI NO BLOG; CUANDO LAS MONTAÑAS TIEMBLAN (RIGOBERTA MENCHU), AQUI NO BLOG;
THE BIRTH OF A FREE PRESS - SHADOWS OF LIBERTY (JEAN-PHILIPPE TREMBLAY), AQUI NO BLOG;
WAR ON DEMOCRACY (JOHN PILGER), AQUI NO BLOG

CINEASTAS: JOHN PILGER (AUSTRÁLIA) E MICHAEL MOORE (ESTADOS UNIDOS)

LINGUISTAS: PASQUALE CIPRO NETO E CHARLES BERLITZ (ESTADOS UNIDOS)

SOCIÓLOGOS: MICHAEL LÖWY, RUY BRAGA E MARIA PÁEZ VICTOR (VENEZUELA)

FILÓSOFOS: ROGER GARAUDY (FRANÇA), NOAM CHOMSKY (EUA) E DAVID RAY GRIFFIN (EUA)

JURISTAS: DALMO DALLARI, FÁBIO KONDER COMPARATO, CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO,
MARJORIE COHN E AZADEH SHAHSHAHANI (EUA), E EVA GÖLINGER E HERMANN ESCARRÁ (VENEZUELA)

ECONOMISTAS: LADISLAU DOWBOR, PAULO KLIASS, LUIZ GONZAGA BELUZZO, REINALDO GONÇALVES,
MICHEL CHOSSUDOVSKY (CANADÁ), PAUL CRAIG ROBERTS (EUA) E ALBERTO ACOSTA (EQUADOR)

COMEDIANTES: RONALD GOLIAS E PASTORES EVANGÉLICOS

PIADISTA: LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA. "AÍ SE VAI [ROBERTO MARINHO] UM GRANDE BRASILEIRO, MERECEDOR DE TRÊS DIAS
DE LUTO OFICIAL"; "PASSADO É PASSADO [ESQUEÇAMOS TUDO]", SOBRE DITADURA MILITAR E REVOGAÇÃO DA LEI DE ANISTIA; "NUNCA FUI DE ESQUERDA", EM ENTREVISTA DURANTE CAMPANHA PRESIDENCIAL' 2006; "A ESQUERDA BRASILEIRA PRECISA
SE UNIR [EM TORNO A MIM] NESTE MOMENTO [2016-17, INVESTIGADO SOB RISCO DE SER PRESO] DE PERSEGUIÇÃO"

FIGURA DO RIDÍCULO: CANTOR GOSPEL (COM RARAS E HONROSAS EXCEÇÕES)

HÁ UM SÓ DEUS, E UM MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS, MAMON: MÁXIMA RELIGIOSA HISTÓRICA NO OCIDENTE

FRASES QUE MEXEM COMIGO: ● A ÚNICA BATALHA QUE SE PERDE, É A QUE SE ABANDONA (SIMÓN BOLÍVAR);
● SE VOCÊ É CAPAZ DE TREMER DE INDIGNAÇÃO CADA VEZ QUE SE COMETE
UMA INJUSTIÇA NO MUNDO, ENTÃO SOMOS COMPANHEIROS (CHE GUEVARA);
● SER CAPAZ DE SENTIR PROFUNDAMENTE QUALQUER INJUSTIÇA COMETIDA CONTRA QUALQUER PESSOA,
EM QUALQUER PARTE O MUNDO, É A QUALIDADE MAIS LINDA DO REVOLUCIONÁRIO (CHE GUEVARA);
● OS QUE MORREM PELA VIDA NÃO PODEM SER CHAMADOS DE MORTOS (ALI PRIMERA);
● VOCÊ NÃO DEVE SE ACOVARDAR NAS AÇÕES, PORQUE O REMORSO DA CONSCIÊNCIA É INDECENTE (NIETZSCHE);
● OS QUE FICAM DE PÉ POR NADA, CAEM POR NADA (ALEXANDER HAMILTON);
● É MELHOR MORRER NA LUTA, QUE MORRER DE FOME (MARGARIDA MARIA ALVES, PRESIDENTE DO
SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS DA ALAGOA GRANDE, PARAÍBA, ASSASSINADA EM 1983);
● O JOGADOR DE FUTEBOL NÃO DEVE PERDER SUA FÚRIA E SUA LOUCURA
(CARTAZ COLADO NA PAREDE DO CLUB CERRO PORTEÑO, PARAGUAI);
● JAMAIS ACEITAREMOS A PAZ DAS SEPULTURAS (RAFAEL CORREA);
● A LUTA PELOS HUMILDES NÃO SE FAZ POR CARIDADE (ALI PRIMERA);
● OS ANOS ENRUGAM A PELE, MAS A RENÚNCIA A UM IDEAL ENRUGA A ALMA (ALBERT SCHWEITZER);
● A GRANDEZA NÃO CONSISTE EM RECEBER HONRAS, MAS EM MERECÊ-LAS (ARISTÓTELES);
● LEVANTO OS MORTOS E DOU A ELES NOVA VIDA: QUEM CRÊ EM MIM, AINDA QUE ESTEJA MORTO, VIVERÁ (JESUS);
● MAS NÃO BASTA, PARA SER LIVRE, SER FORTE, AGUERRIDO E BRAVO: POVO QUE
NÃO TEM VIRTUDE, ACABA POR SER ESCRAVO (HINO DO RIO GRANDE DO SUL);
● UM HOMEM MORRE, NAÇÕES SOBEM E CAEM, MAS UMA IDEIA PERMANECE (JOHN FITZGERALD KENNEDY);
● HOJE, LUTO UMA GUERRA QUE SERÁ VENCIDA PELO LADO OPOSTO; AINDA ASSIM, LUTAREI...
PELO QUE ME BASTA SABER QUE ESTOU NO LADO CERTO E JUSTO (EVANDRO CARDOSO);
● HÁ HOMENS QUE LUTAM UM DIA, E SÃO BONS. HÁ OUTROS QUE LUTAM UM ANO, E SÃO MELHORES. HÁ QUEM LUTE MUITOS ANOS, E SÃO MUITO BONS. MAS HÁ OS QUE LUTAM A VIDA TODA: ESSES SÃO OS IMPRESCINDÍVEIS (BERTOLD BRECHT);
● NOSSOS INIMIGOS DIZEM, "A LUTA TERMINOU", MAS NÓS DIZEMOS, "ELA COMEÇOU"; NOSSOS INIMIGOS DIZEM:
"A VERDADE ESTÁ LIQUIDADA", MAS NÓS DIZEMOS, "NÓS AINDA A SABEMOS"; NOSSOS INIMIGOS DIZEM, "AINDA
QUE SE CONHEÇA A VERDADE, ELA NÃO PODE MAIS SER DIVULGADA", MAS NÓS A DIVULGAMOS (BERTOLD BRECHT);
● A LIBERDADE É ALGO QUE NENHUM HOMEM HONESTO ABANDONA, SENÃO COM A PRÓPRIA VIDA
(DECLARAÇÃO DE ARBROATH, ESCÓCIA, 1320);
● CADA ESPAÇO ENTRE AS PALAVRAS, CONTÉM MAIS REALIDADE QUE O TEMPO NECESSÁRIO PARA LÊ-LAS
(JEAN GENET, EM UM CATIVO APAIXONADO);
● NÃO É ATRAVÉS DA IDEOLOGIA QUE SE MOLDA O SOCIAL, MAS ATRAVÉS DA VERDADE (MICHEL FOUCAULT);
● É MELHOR MORRER DE PÉ, QUE VIVER DE JOELHOS (EMILIANO ZAPATA);
● NÃO É PRECISO SER PERFEITO, BASTA SER VERDADEIRO (BOB MARLEY);
● SEJA VOCÊ A MUDANÇA QUE TANTO PROCURA NOS OUTROS. AS PESSOAS
NÃO MUDAM COM COBRANÇAS, MUDAM COM EXEMPLOS (GANDHI);
● MELHOR QUE PARECER SER, É SER DE VERDADE: AUTENTICIDADE É O PRINCÍPIO DE TODAS AS VIRTUDES
(DE MINHA AUTORIA);
● NINGUÉM, JAMAIS, COMPRARÁ MEU SILÊNCIO, E NEM SEQUER UMA VÍRGULA DA MINHA OPINIÃO (MINHA AUTORIA);
● NADA VENCE O TRABALHO E, MAIS QUE TUDO, A ARTE DE SIMPLESMENTE VIVER E SORRIR (MINHA AUTORIA)

LUTO COMIGO MESMO PARA COLOCAR EM PRÁTICA VEZO PUNJAB: "MU BAND KAR KAY, ANKHAIN TAY KAAN KOL KAY",
FECHE SUA BOCA, E ABRA SEUS OUVIDOS E SEUS OLHOS (ANDO PERDENDO A LUTA)

MINHA 'FRASE DO MILÊNIO' À HUMANIDADE: HÁ VIDA FORA DO FACEBOOK, E VIDA MUITO BOA (NÃO ME PROCURE POR LÁ)

REDE SOCIAL: FACEPOPULAR (PELA SOBERANIA CIBERNÉTICA E INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA)

DUAS HONRAS: 1. SER CAIPIRA, TER CRESCIDO EM MEIO A GALINHAS E PORCOS, TER SIDO MOLEQUE PISANDO DESCALÇO EM BARRO E ESTERCO DE VACA, TER FEITO CACHORRO SE CANSAR DE TANTO CORRER E GINGAR, TER APRENDIDO A ME VIRAR PEGANDO FRUTA NO PÉ, A ME ARRISCAR PULANDO MURO E NADANDO NO RIO. TER JOGADO BOLA E BRINCADO DE ESCONDE-ESCONDE NA LIBERDADE DA RUA, CONVIVENDO COM AS DIFERENÇAS. TER APRENDIDO A OBSERVAR A SIMPLICIDADE ENCANTADORA DA VIDA, RESPEITANDO A TODOS PELO QUE SÃO, AMANDO E CONVIVENDO COM ANIMAIS. 2. TER ADQUIRIDO GRANDE PARTE DOS CONHECIMENTOS E REALIZADO TODOS OS SONHOS BATALHANDO SOZINHO, SEM ME APOIAR EM NINGUÉM NEM NADA QUE NÃO FOSSE MEU ESFORÇO E TALENTO: QUANDO QUIS SER JOGADOR DE FUTEBOL COLOQUEI O PAR DE CHUTEIRAS DEBAIXO DO BRAÇO, E CORRI ATRÁS DOS OBJETIVOS SEM "PADRINHOS" NEM APOIO MATERIAL DE NINGUÉM; O MESMO MAIS TARDE, DENTRO DO JORNALISMO. ASSIM APRENDI A VENCER E PERDER, ACERTAR E ERRAR EM MEU NOME

MOTIVOS DE ANGÚSTIA: A PREGUIÇA INTELECTUAL, A MENTALIDADE ESCRAVOCRATA E ELITISTA, O COLONIALISMO
CULTURAL E O CARÁTER APÁTICO, CONFORMISTA, INDIVIDUALISTA, DESORGANIZADO, "ESPERTALHÃO", MALICIOSO,
ALTAMENTE DISCRIMINADOR, MAL EDUCADO E SEM PALAVRA DA SOCIEDADE BRASILEIRA EM GERAL

MAIS PATÉTICOS EMBLEMAS DO FALACIOSO ESTADO DE DIREITO BRASILEIRO; MAGISTRADOS TUPINIQUINS: "AOS AMIGOS,
TUDO; AOS INDIFERENTES, A LEI; AOS INIMIGOS - ESPECIALMENTE NEGROS, HOMOSSEXUAIS E POBRES - TODO O RIGOR DA LEI". DE RUI BARBOSA, ALGO ATUAL: "A PIOR DITADURA É A DO PODER JUDICIÁRIO; CONTRA ELA, NÃO HÁ A QUEM RECORRER"


ÍCONES DA POBREZA INTELECTUAL E MORAL BRASILEIRA: A GRANDE MÍDIA E O SEGMENTO SOCIAL REACIONÁRIO

ESQUERDA NACIONAL: APÁTICA, DESSITUADA, INERTE, SISUDA, MESQUINHA,
SECTÁRIA, PERFORMÁTICA, POLITIQUEIRA, REACIONÁRIA, AGRESSIVA, CAFONA

CLASSE POLÍTICA: "ESCÓRIA DA SOCIEDADE" (DR. ENÉAS CARNEIRO)

UM PRESENTE DE DEUS: MINHA INFÂNCIA

TRÊS DESEJOS: ERRADICAÇÃO DA FOME E DAS GUERRAS, E CONVIVÊNCIA HARMONIOSA ENTRE SERES HUMANOS E ANIMAIS

HERANÇA INCORROSÍVEL: O IMENSO RESPEITO AO NOME GOLDONI DEIXADO POR MEU AVÔ DA ROÇA, QUE SE TORNOU
UM DOS MAIORES EXPORTADORES DE CAFÉ DO BRASIL, O VELHO HUMBERTO (FUNDADOR DA CIDADE DE JUMIRIM-SP)

MAIORES PATRIMÔNIOS: SAÚDE E PAZ

LIÇÕES DA VIDA (SOBRETUDO ATRAVÉS DO ESPORTE): DETERMINAÇÃO, DISCIPLINA E RESPEITO AO ESPAÇO DO OUTRO; O RESPEITO QUE DEVO A TODOS É O MESMO QUE TODOS DEVEM A MIM. SABER O MOMENTO DE SER GENEROSO E SOLIDÁRIO,
E O DE SER "MALANDRO". O DE SER GENTIL E AMÁVEL, E O DE "SENTAR MÃO À MESA". NÃO ANDAR NA SOMBRA DE NINGUÉM

LIBERDADE: VALOR INEGOCIÁVEL

COLOCAR O NARIZ NA JANELA DE CASA E SENTIR CHEIRO DO MATO: NÃO TEM PREÇO

GRANDES PRAZERES: VIVER, SORRIR E VER A GRANDEZA DE DEUS, AINDA QUE AS CIRCUNSTÂNCIAS DIGAM NÃO

VIRTUDES QUE MAIS ADMIRO: AUTENTICIDADE, SIMPLICIDADE, SOLIDARIEDADE E BRIO

"VIRTUDE" DA QUAL NÃO PADEÇO: A PROPALADA (E NÃO VIVIDA) "HUMILDADE" JUDAICO-CRISTÃ QUE RETIRA A PERSONALIDADE, A CORAGEM, A CAPACIDADE DE SE CRESCER INTELECTUALMENTE E POSSUIR AUTONOMIA REFLEXIVA, MANTENDO MASSAS MEDÍOCRES E SUBMISSAS AOS USURPADORES DO PODER, POLÍTICO E RELIGIOSO: "CADA UM CONSIDERE OS OUTROS SUPERIORES A SI MESMOS"; "ESCRAVOS, SEJAM EM TUDO SUBMISSOS AOS SEUS SENHORES". ALGUÉM JÁ VIU UM CHEFE RELIGIOSO DAR TAIS EXEMPLOS? NÃO, LONGE DISSO EMBORA GARANTAM QUE ASSIM O POVO DEVE VIVER

SOFRO DE INTOLERÂNCIA CRÔNICA COM (ME FAZ ROMPER QUALQUER RELACIONAMENTO): INVEJA, NEGLIGÊNCIA,
ARROGÂNCIA, ABUSO DE PODER, DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS, FOFOCA, "PUXA SACO", COMPETITIVIDADE, CORRUPÇÃO,
FALSO MORALISMO, DISCRIMINAÇÃO, JUDIAÇÃO CONTRA ANIMAIS E TRAIÇÃO DE QUALQUER ESPÉCIE

INVEJA: É O MAU-HÁLITO DA ALMA (IBRAIM SUED); É O AMOR MAL TRATADO (SÔNIA HERNANDES);
A INVEJA É UMA MERDA! (EDU MONTESANTI)

SE PUDESSE VOLTAR NO TEMPO... BUSCARIA MANEIRAS DE TRANSMITIR CARINHO A QUEM MACHUQUEI INJUSTAMENTE
(SEGMENTO MAJORITÁRIO: PROFESSORES DO ENSINO BÁSICO)

COMUNISMO SOVIÉTICO, CHINÊS E NORTE-COREANO: ABERRAÇÃO

AVESSO AO SISTEMA CAPITALISTA POR NATUREZA BANALIZADOR DA VIDA, MEDÍOCRE,
ESTEREOTIPADO, OSTENTADOR, EXCLUDENTE, DISCRIMINADOR, EXPLORADOR, DOMINADOR

NÃO FAÇO QUESTÃO DE AGRADAR

Dos ignorantes, quero só as vaias
Nelson Rodrigues

Você sabia que...

... em 2013, três conceituados cientistas da NASA publicaram um impactante estudo no qual, fundamentando-se
em complexos modelos matemáticos, prognosticaram o possível colapso da civilização humana em poucas décadas?



SOLIDARIEDADE & JUSTIÇA SOCIAL
Outro Mundo É Possível

No mundo hoje, oito indivíduos acumulam tanto dinheiro quanto a metade mais pobre da humanidade, 3,8 bilhões de pessoas

"Democracia é dar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um" (Luigi Bellodi)

Publicado em Pravda Brasil e em Global Research (Canadá) / Dezembro de 2017


As causas evidenciadas como determinantes para que cientistas da NASA chegassem às conclusões acima foram, principalmente, duas: a insustentável super-exploração humana dos recursos do Planeta e a crescente desigualdade social, ambas justamente as mais fortes características do capitalismo, inerentes à "lógica" deste sistema - que é ilógico, baseado na maximização do lucro, na competitividade e na lei do que mais pode materialmente, não no bem-estar, na solidariedade e na igualdade de direitos.

O World Inequality Report 2018, publicado por economistas liderados pelo francês Thomas Piketty em 14 de dezembro de 2017, constatou que o 1% mais rico do planeta recolheu 27% da renda mundial entre 1980 e 2016, enquanto a metade mais pobre da humanidade ficou com 12% da renda global. A parte 0,1% mais rica da população mundial aumentou a riqueza combinada, tanto quanto os 50% mais pobres - ou 3,8 bilhões de pessoas - desde 1980. Este 0,1% adquiriu 13% da riqueza mundial, e o topo relativo a 0,001% da população global - cerca de 76.000 pessoas - recolheu 4% de todas as novas riquezas criadas desde 1980.

Jeff Bezoz (Amazon), Bill Gates (Microsoft), Warren Buffett (Berkshire Hathaway), Amancio Ortega (Zara), e Mark Zuckerberg (Facebook), pela ordem os cinco indivíduos mais ricos do planeta, acumulam juntos uma fortuna estimada em 425 bilhões de dólares, riqueza equivalente a um sexto do Produto Interno Bruto do Reino Unido. Segundo o relatório, baseado em exaustivas pesquisas de mais de 100 economistas de mais de 70 países, as causas de tanta desigualdade são globalização e privatização que desregulam a economia das nações, efeito inevitável em um sistema capitalista.

O economista Ladislau Dowbor, professor titular de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, afirma em seu mais recente livro A Era do Capital Improdutivo. A Nova Arquitetura do Poder: Dominação Financeira, Sequestro da Democracia e Destruição do Planeta (Outras Palavras/Autonomia Literária, 2017), que analisa a captura dos processos produtivos e políticos da sociedade mundial pelo capital financeiro:

Estamos destruindo o planeta em proveito de uma minoria, enquanto os recursos necessários ao desenvolvimento sustentável e equilibrado são esterilizados pelo sistema financeiro mundial. (...) Quando oito indivíduos são donos de mais riqueza do que a metade da população mundial, enquanto 800 milhões de pessoas passam fome, achar que o sistema está dando certo é prova de cegueira mental avançada.

De acordo com o escritor esloveno Slavoj ´i¸ek, o capitalismo só funciona à medida em que se fundamenta na existência de dois grupos sociais, o dos "incluídos" e o dos "excluídos". Se não fosse assim, isto é, se o sistema capitalista fosse benéfico às massas trabalhadoras, tratados como TPP, TISA e TTIP, estágios mais avançados das leis do mercado que submetem toda a sociedade e até recursos naturais como água e ar aos interesses financeiros (a ditadura do mercado), não estariam sendo discutidos secretamente pelos poucos tomadores de decisão internacionais. Porém, conforme dizia o jornalista inglês George Orwell (1903-1950), "enxergar o que está diante do nosso nariz exige um esforço constante".

Observou o mensal Tribuna Popular da Venezuela, em dezembro de 2014:

O capitalismo é baseado em crescer ou perder, o que significa dizer que se o capital não cresce, a burguesia não acumula.
A questão é que o acúmulo do capital é limitado. Assim, a contradição que emana do capitalismo em sua fase imperialista é
insolúvel em seu próprio marco. Disto se compreende a lógica depredatória e agressiva do capitalismo.

E isso não é uma questão de maldade e nem de distúrbio mental de alguns capitalistas, mas a lógica do
próprio capital, que na morte e no saqueio dos nossos povos cifra seu acúmulo. Mas, ainda assim, não
pode solucionar sua contradição: a contradição que o desenvolve e o coloca em xeque.

Segundo reportagem do Instituto Humanitas Unisinos de 25 de junho de 2014, em entrevista com o economista francês Gaël Giraud:

Os mais ricos, independentemente dos países, são os que mais poluem o planeta causando,
portanto, a destruição do clima e da biodiversidade, o que resulta em processo de desumanização.

Aponta Giraud: '(...) Na atualidade, uma pequena centena de pessoas no mundo possui riqueza equivalente à metade da humanidade.
(...) A miséria afunda os mais pobres num inferno, e a ultra-riqueza isola os mais ricos num gueto separado do resto da humanidade,
em pânico de perderem o seu conforto, incapazes de participar de um projeto histórico e político que ultrapasse as dimensões que
são próximas da sua vida de luxo. Praticar justiça é uma libertação não somente das vítimas, mas também dos carrascos'.

Capitalismo Travestido de Papai Noel

Os carrascos mencionados por Giraud podem ser exemplificados no emblemático fato de que com a atual crise financeira, iniciada em 2007 - mais acentuada do mundo pós-Grande Depressão de 1929 que, há 88 anos, jogou milhões e milhões de famílias às ruas em todo o mundo -, apenas os bancos centrais de Estados Unidos, União Europeia e Grã Bretanha, já lucraram 9,8 trilhões de dólares até agosto de 2017.

Enquanto isso, nos Estados Unidos e na Grã Bretanha o padrão de vida tem caído vertiginosamente, aos piores índices desde que ambos os países passaram a registrá-lo, em 1950.

No caso dos EUA, quatro em cada cinco pessoas, ou 80% da população vive próxima à linha da pobreza. Já se somam 46 milhões de pobres, ou 15% da população além de mais de 1,6 milhões de lares que abrigam cerca de 3,5 milhões de crianças em situação de pobreza extrema, totalizando mais de 20 milhões de pessoas, 6.7% da população nacional nesta situação. Ao todo, são hoje 800 mil "sem-teto" naquele território de acordo com números oficiais do censo dos EUA (leia 4 in 5 in USA Face Near-Poverty, No Work, em USA Today, e Ochocientos Mil Personas "Sin Techo"' en Estados Unidos, na Telesur).

Uma em cada oito famílias passa fome no Império em vertiginosa decadência (outro sítio norte-americano como fonte). 40% de crianças encontram-se em estado de pobreza sem condições, portanto, de estudar. Total: 16 milhões de pequenos famintos (leia Poverty Is Killing Us, A Pobreza Está Nos Matando, no sítio norte-americano Truth Out). 633.782 cidadãos amontoam-se nas ruas no centro do capitalismo mundial (a fonte é outro sítio norte-americano, Front Steps em US Homeless Facts). A taxa de suicídio no berço do capital – do ódio racial, regional, de sexo, gênero e de classe – é hoje a maior em 30 anos. O motivo? Crescimento vertiginoso da pobreza, desesperança e má saúde dos cidadãos.

Após a literal falência da cidade de Detroit no estado de Michigan em 2013, ex-capital mundial dos automóveis que, previamente ao seu fim, privatizou até as escolas e acabou assistindo moradores locais denunciar, "não temos democracia!", em dezembro de 2017 o australiano Philip Alston, relator da ONU sobre Pobreza e Direitos Humanos e professor de Direito da Universidade de Nova Iorque, assustou-se com a situação do estado norte-americano do Alabama, miséria rara no Primeiro Mundo segundo o enviado das Nações Unidas cujo ofício é observar locais ao redor do mundo atingidos pela pobreza extrema.

"No condado de Lowndes, região rural Alabama, vi casas que não estão ligadas a sistemas públicos de esgoto, cujos donos não conseguem instalar fossas sépticas. Muitos recorrem a escavações de valas e águas residuais diretas a poucos metros das casas, colocando em sérios riscos a saúde", constatou então Alston, em visita ao estado situado no sudeste dos Estados Unidos.

A 20 km de Montgomery, capital do Alabama, Lowndes tem registrado frequentes casos de infecção de escherichia coli e de ancilostomíase, parasitas associadas à pobreza extrema que se pensava terem sido erradicadas no país há mais de 100 anos. "A esperança é que daremos atenção a esses problemas, da mesma maneira que prestamos a pessoas torturadas", afirmou o enviado especial da ONU a um residente do condado de Betlon, próximo a Lowndes.

De acordo com o especialista, em pronunciamento oficial dias depois da visita ao Alabama finalizando a viagem de 15 dias pelos Estados Unidos onde visitou também Los Angeles, San Francisco, Georgia, Porto Rico and Virginia Ocidental, a pobreza já enraizada na sociedade norte-americana tenderá a piorar ainda mais nos Estados Unidos diante da política da administração de Donald Trump, baseada no corte de impostos aos mais ricos e na retirada de políticas de bem-estar social, espinha dorsal do livre-mercado irrestrito (neoliberalismo) que, certamente, levará o país a se tornar o mais desigual do mundo em pouco tempo. "Aumentará consideravelmente os já altos níveis de riqueza e desigualdade de renda entre o um por cento mais rico, e os 50 por cento mais pobres entre os norte-americanos".

"O sonho norte-americano está, rapidamente, tornando-se a ilusão norte-americana, já que os Estados Unidos têm a menor taxa de mobilidade social entre todos os países ricos", afirmou ele. Segundo Alston, o autodeclarado "excepcionalismo" estadunidense tem sido parte de muitas de suas conversas, ao mesmo tempo em que ele constata que ao invés de perceber esses compromissos na prática, "os Estados Unidos de hoje provam ser excepcionais em caminhos muito mais problemáticos que estão, estranhamente, em desacordo com sua imensa riqueza e com seu compromisso fundamental com os direitos humanos".

E acrescentou o relator da ONU: "Não há outro país desenvolvido onde tantos eleitores estejam privados de direitos, e tão poucos eleitores pobres ainda se importam em ir às urnas".

O próprio FMI (Fundo Monetário Internacional) admitiu, em sua revista de junho de 2016, que o neoliberalismo é um fracasso em termos de distribuição de riqueza. Alguns dos principais economistas do Fundo, Jonathan D. Ostry, Prakash Loungani e Davide Furceri, afirmaram então: "Ao invés de produzir crescimento, algumas políticas neoliberais têm aumentado a desigualdade, por sua vez colocando em risco a expansão duradoura".

Um pouco antes, no mesmo mês daquele ano a jornalista canadense Naomi Klein apontou: "Se olharmos para a história dos primeiros lugares onde o neoliberalismo foi imposto, ele foi imposto exatamente no oposto [do que nos é dito]: foi necessária uma derrubada da democracia para que ele se desenvolvesse".


Leia: Neoliberalismo - Críticas do FMI e Despolitização da Sociedade Brasileira


Já na ilha situada no Mar do Norte europeu, o padrão de vida só deverá retornar aos níveis pré-2008 - se é que isso vai acontecer - de 2060 em diante, de acordo com o britânico Institute for Fiscal Studies. Ali, cerca de quatro milhões de crianças vivem abaixo da linha da pobreza (leia Children at food banks: The Reality of Britain's Food Poverty Crisis, no jornal britânico The Independent).

A alguns meses da Grande Depressão de 1929, pior crise capitalista da história iniciada nos Estados Unidos que vivia, então, em estágio avançado do liberalismo econômico baseado no livre mercado irrestrito, o presidente estadunidense Calvin Coolidge fez este pronunciamento no Congresso de seu país, exatamente em 4 de dezembro de 1928:

Nenhum Congresso dos Estados Unidos já reunido, ao examinar o Estado da União, encontrou uma perspectiva mais agradável que a de hoje [...]. A grande riqueza criada por nossa empresa e indústria, e poupada por nossa economia, teve a mais ampla distribuição entre nosso povo, e corre como um rio a servir a caridade e aos negócios do mundo. As demandas da exist~encia passaram do padrão da necessidade para a região do luxo. A produção que aumenta é consumida por uma crescente demanda interna e um comércio exterior em expansão. O país pode encarar o presente com satisfação, e prever o futuro com otimismo.

Foi em meio a esse clima de sensação de prosperidade inesgotável que teve origem a auto-sugestão otimista do psicólogo francês Émile Coúe (1857-1926): "Todos os dias, sob todos os aspectos, estou ficando cada vez melhor".

Pois em 24 de outubro do ano seguinte a fome, as doenças e o desemprego generalizado como consequência das leis do mercado irrestrito golpearam em cheio a nação que, até hoje, se crê predestinada por Deus para salvar a humanidade com seu Estilo de Vida Americano (American Way of Life), através do qual as famílias do país alcançavam a felicidade por meio do consumismo, especialmente de produtos industrializados tais como rádios, eletrodomésticos, aspirador de pó, comida enlatada, carro próprio, etc. A Grande Depressão acabou contagiando o mundo todo, não poupando absolutamente ninguém do desastre econômico que perdurou por muitos anos.

No caso particular do Brasil, a crise internacional instalada a partir de 2007 permitiu uma concentração bancária ainda maior em relação aos lucros - o que explica a crise financeira iniciada no País em 2015: de lá para cá, os quatro maiores bancos nacionais – Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco –, que detinham então metade do mercado, passaram a deter três quartos em 2017 segundo o jornal especializado Valor Econômico, de 25 de outubro deste ano.

De 2007 a 2012 o lucro dos três últimos bancos foi de nada menos que R$ 56 bilhões, e isso sem prodzir absolutamente nada, sem nenhum compromisso social como, por exemplo, nenhum centavo para a agricultura familiar, para a habitação popular, para a educação, etc - eis o que se chama de financeirização da economia, só possível, na vedade inevitável no sistema capitalista baseado no livre-mercado irrestrito.

Invasões, Guerras e Narcotráfico: Sustentáculos do Capitalismo

E não apenas as crises capitalistas, mas as próprias guerras são, historicamente, um grande negócio para as elites globais em cima da desgraça coletiva. Guerras e sistema bancário que funcionam como o "coração" do sistema capitalista, sempre "rindo á toa" das piores crises mundiais e sem os quais o capitalismo já teria falido, há muitas décadas.

Enquanto apenas os Estados Unidos gastaram cerca de 600 bilhões de dólares em defesa apenas em 2017, neste ano as 100 principais empresas de armamntistas do mundo venderam um valor estimado em 307,7 bilhões de dólares em armas (20 Companies Profiting the Most from War).

No caso dos dones, a mais nova tecnologia de matar que tem se tornado a preferida dos Estados Unidos em suas "intervenções humanitárias" mundo afora, os lucros também são exorbitantes às empresas especializadas em guerra. Cada Predator produzido pela General Atomics, tão elogiado por Barack Obama pela capacidade de bombardear, custa 4,5 milhões de dólares à Força Aérea dos Estados Unidos. Já o míssil Hellfire que vai acoplado ao Predator, fabricado pela Lockheed Martin, custa 110 mil dólares cada um.

Os cerca de 400 ataques com drones ao Paquistão que mataram entre 2 mil e 3 mil pessoas entre 2002 e 2017, custaram de 33 milhões 44 milhões de dólares de acordo com informações de Robotenomics (US Military To Spend $23.9 Billion on Drones and Unmanned Systems) e Mother Jones (Drones: Everything You Ever Wanted to Know But Were Always Afraid to Ask).


Leia: 'Drones', Negócios & Genocídio: A Mais Nova Tecnologia da Guerra e o Bilionário Mercado das Mortes Sistemáticas


Apenas um sistema perverso como este seria capaz de tornar regiões outrora as mais ricas da América Latina (tais como o Nordeste brasileiro, Potosi na Bolívia e partes de Colômbia, Peru e América Central), exatamente nas mais pobres da região hoje devido, sobretudo, ao uso intensivo da terra, ao extrativismo e à mercantilização dos recursos naturais - além, é claro, do extermínio dos povos originários em nome do "progresso" e da competitividade que se apoia na lei do mais forte, essência do capitalismo.

Dentre estes casos de povos ricos levados à miséria pelos donos do capital internacional, merece destaque o Paraguai que, em meados do século XIX, emergia como grande potência latino-americana do ponto de vista econômico e cultural: auto-suficiente em produção e estável politicamente, a única nação (até hoje) bilíngue de continente latino-americano era absolutamente independente, e enviava anualmente centenas de jovens às melhores universidades europeias, fato inaceitável ao mesmo Império britânico que, décadas antes, havia promovido a "independência" da região em busca da ampliação de seu mercado, de maior exploração da mão-de-obra e das riquezas naturais já sem os fantoches portugueses, e os moribundos imperialistas espanhois.

Pois a Inglaterra transformou o líder guarani Francisco Solano López no bandido, ditador e expansionista obsessivo que jamais fora. Baseada nisso, a potência europeia incitou Argentina, Brasil e Uruguai a invadir e dizimar o vizinho rioplatense, tornando-o um dos mais pobres do continente e até do mundo após seis anos de genocídio (1864-1870), apesar da riqueza natural e cultural paraguaia que, em parte, sobrevive até os dias de hoje mesmo tendo o Paraguai sido, há um século e meio, literal e impiedosamente jogado ao chão: 94% dos cidadãos dos sexo masculino foram assassinados. Quando não havia mais homens adultos para combater, os poucos meninos que restavam vivos dispuseram-se a defender o pouco que sobrava do seu povo e foram, voluntariamente e praticamente sem armas, ao campo de batalha, niños combatientes igualmente mortos pela Tríplice Aliança apenas para resumir o que foi o maior genocídio da história da "América independente", em nome do "progresso", i. e., interesses do capital (leia resenha do livro Genocídio Americano: A Guerra do Paraguai, do historiador brasileiro José Julio Chiavenato, obra tão indispensável quanto proibida na Biblioteca Nacional do Brasil e no conteúdo dos vestibulares, País afora).

O mesmo ocorre no naturalmente rico continente africano, com muito mais recursos naturais que Europa, América do Norte e Japão, porém transformado em terra miserável devido aos seculares interesses do capital naquela região: concorrência, privatizações inclusive dos recursos naturais, e toda a exploração e pilhagem (interna e, sobretudo, estrangeira) decorrentes do sistema de livre-mercado. E mais um fato ironicamente emblemático do capitalismo: os países da África mais ricos em minérios são exatamente os mais pobres inclusive em democracia, tais como Angola, Libéria, Congo, Costa do Marfim, Ruanda e Serra Leoa, entre outros.


Leia: Africa Is Not Poor, We Are Stealing Its Wealth (A África Não É Pobre, Nós Estamos Roubando Sua Riqueza)


As invasões e genocídios de povos praticamente por completo também têm sido a alma, garantia da sobrevivência do sistema capitalista. Entre 1846, desde a invasão ao México até a intervenção na Colômbia em 2000, somam-se 47 intervenções militares diretas dos Estados Unidos na América Latina, sem contar as indiretas que, arquitetadas e financiadas pela CIA, derrubaram presidentes democraticamente eleitos, amplamente apoiados pelas sociedades locais e sem nenhum caso comprovado de envolvimento em corrupção.

Outro vilão tão cruel quanto parte integrante do sistema capitalista, que garante sua sobrevivência é o narcotráfico mundial pela movimentação de trilhões de dólares anualmente, além de fornecer justificativa para a criação artificial de inimigos e a consequente legitimação das próprias invasões e guerras - exatamente esse argumento foi utilizado por Washington, para a invasão à Colômbia em 2000, mencionada acima.

"Somoza pode ser um filho da puta, mas é o nosso filho da puta", disse em 1936 o então presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt, do ditador nicaraguense Anastasio ("Tacho") Somoza García. Pois esta frase ilustra perfeitamente como se dá o jogo sujo nos porões do poder global. Ao longo de todo o século XX, e agora neste primeiro quarto de século XXI, o financiamento imperialista de ditadores e de movimentos sociais de fachada através do narcotráfico tem sido a tônica cada vez mais evidenciada, por documentos e testemunhos oficiais.

Se o escândalo conhecido como Irã-Contras que envolveu um dos principais porta-vozes do neoliberalismo, Ronald Reagan, foi o ícone dos anos de 1980 no que diz respeito aos "senhores da droga global" além do amplo tráfico de armas aos "guardiães da liberdade" segundo os donos do capitalismo, neste novo século o inofensivo Afeganistão supostamente invadido pela potência mundial para combater o terror, tem assistido a uma ascensão meteórica da produçãod e ópio, do qual se produz a heroína: atualmente 93% do produtor mundial de ópio, o país do Sul Asiático que às vésperas da ocupação dos Estados Unidos em outubro de 2001 produzia 180 toneladas da planta, em franco declínio desde que os próprios norte-americanos deixaram o país em 1988, em 2016, teve a produção dramaticamente aumentada em cerca de 25 vezes, para 4.800 toneladas, segundo relatório anual do Gabinete das Nações Unidas contra a Droga e o Crime intitulado Afghanistan Opium Survey 2016. E a fim de explicar as "coincidências", tem vindo à tona evidências de que a CIA financia ao longo destes anos os maiores traficantes de drogas afegãos.


Leia: The Real Drug Lords: A brief history of CIA involvement in the Drug Trade

Entrevista com Mulheres Revolucionárias do Afeganistão: Fundamentalismo Religioso, Narcotráfico da CIA e Crimes de Guerra dos EUA

“War on Terror”, Planned to Be Endless Before 9/11

Seção: Malalaï Joya - A Filha Corajosa do Afeganistão


Não por mero acaso, justamente a sociedade norte-americana é a maior consumidora de drogas do mundo, enquanto a CIA é a maior narcotraficante global - espalhando entorpecentes, sobretudo, entre nações consideradas inimigas dos EUA - e principal importadora de drogas ao território estadunidense onde, entre 2002 e 2013, apenas o consumo de heroína aumentou nada menos que 63%. Com um importante detalhe, conforme observou Douglas Valentine em outubro de 2017, no Global Research: "A heroína contrabandeada por "pessoas da CIA" nos EUA foi canalizada pelos distribuidores da Mafia principalmente para as comunidades afro-americanas. Os agentes narcóticos locais visavam os negros desprotegidos como forma fácil de preservar os privilégios da classe dominante branca", (Narcotics and Covert Intelligence: How the CIA Commandeered the “War on Drugs”).

Pois a tal "Guerra às Drogas trata-se de mais um belo exemplo da criação de problemas para posterior venda de soluções do sistema capitalista: fortíssima fonte de bilionários lucros anuais, estatas e de grandes empresas privadas, em grande parte pertencentes aos donos do poder político. Nos 40 anos que se estenderam de 1972 a 2012, apenas os Estados Unidos lucraram em mais de 1 trilhão de dólares com a "Guerra às Drogas" global.

Segundo Valentine: "A Guerra às Drogas é, em grande parte, uma projeção de duas coisas: o racismo que definiu os Estados Unidos da América desde sua fundação, e a política governamental de permitir que os aliados políticos pratiquem o narcóticos. Essas políticas não declaradas, mas oficiais, reforçam a crença entre a CIA e as autoridades responsáveis ​por meio da aplicação da Lei de Drogas, que a Declaração de Direitos é um obstáculo para a segurança nacional" (ibidem).

De acordo com os pesquisadores australianos, Mary Ellen Harrod, diretora da NSW Users and AIDS Association and Treasurer of the Australian Injecting and Illicit Drug Users League, e Samuel R Friedman do National Institute on Drug Abuse, "a expansão dos mercados de substâncias psicoativas foi uma iniciativa estratégica das empresas europeias no desenvolvimento do capitalismo, da escravidão e do imperialismo. Inicialmente, não havia mercados ilícitos, mas as indústrias lícitas incluíam a indústria crítica de açúcar (e rum) no Haiti, na Jamaica, na Colômbia e em outros países, e a indústria do tabaco no sul dos EUA".

Os pesquisadores explicam também que a aplicação da força militar para expandir o mercado do ópio na China durante as Guerras do Ópio, foram exemplo do projeto conjunto das empresas envolvidas, dos Estados capitalistas em questão. "A força e, em alguns casos, o tráfico de escravos, foram utilizados para criar e fazer cumprir as relações sociais de produção nas indústrias de chá, café, açúcar e tabaco. No caso do Haiti, isso levou a uma revolução de escravos com repercussões globais".

Ambos trazem a realidade contemporânea, inclusive da América Latina: "A Guerra às drogas também facilita a obtenção de lucros, tornando mais fácil desarraigar os camponeses e os agricultores da terra para que possa ser usado para extrair petróleo, gás ou minerais; os agricultores deslocados devem se deslocar para as cidades e se tornarem parte da classe trabalhadora explorada ou da força de trabalho de reserva não atualmente explorada lá".

Ao observar que junto de sua maior necessidade, a classe trabalhadora, o desenvolvimento do sistema capitalista trouxe paradoxalmente sua maior ameaça pela exploração das massas, muitos trabalhadores acabaram fazendo uso de substâncias psicoativas como alívio à degradaçã social da qual eram vítimas, e até como força de sustentação para a realização das duras atividades laborais a que eram submetidas. "Alguns, tendo em vista a exclusão do trabalho legal, voltaram-se à venda de drogas e outras atividades econômicas clandestinas, para a própria sobrevivência."

Marry Ellen e Friedman apontam também que as classes dominantes e o Estado acabam criminalizando o uso das drogas como estratégia de dominação que, ao interagir com outras formas de acúmulo de poder, "divide para dominar". "A maneira como os políticos e alguns pregadores usam a Guerras às Drogas para acirrar o racismo e o sexismo. O atual encarceramento em massa de afroamericanos - muitos dos quais estão presos por crimes não relacionados com drogas, outra manifestação de como a Guerra às Drogas e do racismo trabalhando em conjunto - é resultado disso". Para eles, o próprio crescimento no número e no abuso do poder policial é mais um subproduto da Guerra às Drogas capitalista. "Criticamente, o capitalismo e o Estado tentam silenciar aqueles que oprimem, exploram ou destroem". (A History of the 'War on Drugs': How Capitalism Profits from Prohibition).

Tudo isso, lucros exorbitantes de uma ínfima minoria sobre as crises econômicas e promoção de guerras e tráfico de drogas como outra fonte de lucros e instrumento de de enfraquecimento das sociedades, é natural e inevitável no impiedoso sistema capitalista, sendo na prática inviável uma reforma através da chamada social-democracia, baseada na democracia representativa: o poder do dinheiro sempre acaba falando mais alto, conforme temos visto em nossos dias e através de toda a história do capitalismo, dentro do qual o Estado vive muito mais em função do que é capaz de subtrair financeiramente do indivíduo a fim de sobreviver e sustentar seu poder baseado em seu inevitável aparelhamento e no jogo de interesses, que voltado à construção da cidadania e do bem-estar social.

Capitalismo 5 - 0 Futebol

Outro exemplo bastante evidente da perversidade inerentemente degragante do sistema capitalista, deploravelmente redutor da existência no planeta, pode ser facilmente entendido a seguir por dizer respeito à tão declarada paixão global: envolve o nível vertiginosamente descendente do futebol mundial, há mais de três décadas.

Esta modalidade esportiva começou a se transformar, proporcionalmente muito mais que as outras no mesmo período, em um bilionário negócio transnacional, fonte de lucro fácil e exorbitante para empresários e dirigentes a partir do final dos anos de 1970 e início dos de 1980 através, sobretudo, das negociações em massa de jogadores ao exterior especialmente os do chamado Terceiro Mundo, particularmente atletas sul-americanos, exportados aos financeiramente poderosos clubes europeus.

Concomitantemente, e nem poderia ser diferente, acabou florescendo também a indústria do marketing esportivo como complemento a este emergente mercado que "revolucionava" o futebol mundial, transformando a tudo e a todos - inclusive atletas - em meras marcas esportivas a serem exploradas pela mídia e por empresários, produtos comercializáveis acima de tudo ainda que se tratassem de vidas humanas.

A alma do marketing esportivo, que acabou virando até carreira universitária no início do século XXI, é vender marcas, imagens de atletas e de clubes de futebol ao público e ao próprio mercado, é claro. Alguém já notou que grandes pernas-de-pau, clubes falidos, desorganizados e dirigentes de futebol dos mais incompetentes e picaretas em muitos casos são, "misteriosamente", idolatrados por jornalistas e alguns tietes a mais? Pois é. Trata-se da elitização bandida e completamente ilusória do futebol, no sentido que nem sempre - ou na minoria das vezes, até - premia o melhor, mas inevitavelmente os interesses do mercado.

Diante disso tudo, o assunto principal dos "debates" futebolísticos contemporâneos (igualmente empobrecidos pelo sistema) já não era mais a graça do futebol, o bem-estar de atletas e torcedores, a justa elaboração de torneios e calendários das competições esportivas, mas sim como estes poderiam melhor se adequar ao lucro financeiro.

O foco passou a ser o quanto o futebol pode ser rendoso aos burocratas que regem o esporte, a empresários de atletas e de marcas esportivas, e aos principais meios de comunicação em nada preocupados com a qualidade dos espetáculos esportivos em primeiro lugar, passando desapercebido do grande público o quanto o futebol tem se nivelado por baixo, cada vez mais.

Não por mera coincidência, já em meados da década de 1980 o mundo passou a assistir desoladamente à queda vertiginosa da qualidade dos jogos de futebol, vendo logo sua denominada era romântica que se estendia por quase meio século, desmanchar-se no ar. Tal ciclo foi encerrado na Copa do Mundo do México em 1986, com o futebol já em visível decadência técnica.

No caso particular do Brasil, logo em maio de 1985 já se sentia os efeitos nefastos da globalização do mercado do futebol: enquanto se preparava para o Mundial do ano seguinte com Evaristo de Macedo no comando técnico, entre uma série de jogos sofríveis veio a primeira derrota da história para a então fraquíssima Colômbia, até então sem nenhuma tradição no futebol sul-americano: 1-0 em Bogotá, onde a seleção "canarinho" levou um "vareio". Ali, sinais bastante claros já eram dados de que o futebol estava se nivelando por baixo e o Brasil viria a colecionar, nos anos seguintes, derrotas inéditas no cenário esportivo internacional.

Eis que após uma participação com bons jogos na Copa do México no ano seguinte, quando o Brasil do brilhante técnico Telê Santana em determinados momentos fez lembrar o futebol espetáculo de anos anteriores, tendo perdido injustamente nos pênaltis para a boa França, veio a Copa América de 1987 no Chile: a melancólica participação da "amarelinha", que já havia desfilado como melhor seleção do mundo por várias décadas, foi finalizada pela primeira vez na história ainda na primeira fase com estrondosa, vergonhosa derrota para os donos da casa:4-0 para os chilenos.

A Copa seguinte, em 1990 na Itália, do primeiro ao último jogo marcou o início da nova era de apresentações futebolísticas patéticas, sem a menor graça em sua grande maioria que em nada lembravam um passado que enchia os olhos e os corações de paixão em todo o mundo. Mesmo naqueles que outrora se haviam consagrado como grandes clássicos mundiais, já se havia instalado a melancolia dentro de campo paralelamente ao notável desfile de interesses mercadológicos, que afetavam diretamente a qualidade dos jogos e, paradoxalmente, retiravam o interesse público das próprias competições.

Nas Eliminatórias de 1993 para a Copa do ano seguinte, a ser disputada nos Estados Unidos, também marcada pelo baixo nível técnico, outra derrota histórica do Brasl: 2-0 para a fragilíssima Bolívia em La Paz; mais uma apresentação de uma longa série, para trás e adiante, que em nada fazia lembrar a velha seleção brasileira a não ser a cor do uniforme. E mais: o Brasil, sempre muito forte politicamente junto à dona FIFA dos negócios tão bilionários quanto obscuros, recebeu naquela competição, como é tradicional na história, uma mão bastante amiga das arbitragens para chegar à disputa nos EUA, o que se repetiria gritantemente em Eliminatórias posteriores.


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Um relance interno: quem não se lembra - e sente saudades - dos campeonatos estaduais até meados da década de 1980, especialmente do Paulista com seus belos clássicos e jogos pelo interior do Estado? Guarani, Ponte Preta, Bragantino, Inter de Limeira, Ferroviária, São Bento, Taubaté, XV de Piracicaba, Portuguesa Santista, XV de Jaú, América, Juventus, Paulista, Noroeste, Marília, Santo André, São José, Botafogo, Comercial, Taquaritinga, Francana, Prudentina, União São João, Ituano, Novorizontino, Rio Branco, Mogi-Mirim... Como eram apaixonantes aqueles jogos, e o quanto era complicado a qualquer equipe grande, de São Paulo e do Brasil, jogar contra esses clubes! E quantos jogadores cada um desses clubes revelou ao longo da história! Um tempo que, lamentavelmente, já se foi há muito.

Saindo novamente das fronteiras esportivas brasileiras: a Taça Libertadores dos anos de 1960, 70 e 80, que reunia apenas campeão e vice de cada país sul-americano, era outro espetáculo à parte, jogo a jogo. Outra saudosa paixão, por mais que de vários anos ara cá, exatamente em nome dos interesses financeiros, inchem a competiççao continental com jogos caça-níquies, sem a menor graça mesmo envolvendo os históricos grandes clássicos.


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E essa tendência apenas piora ano a ano tanto quanto, claro sinal dos tempos, a empáfia desses atletas-produtos contemporâneos cujas "personalidades" não fazem, em nada, lembrar aquelas dos jogadores das épocas áureas do futebol quando dava gosto ouvi-los falar, era prazeroso conversar e ouvir entrevistas de atletas daquela época à áltura da paixão com que jogavam bola (Zico, Sócrates, Falcão, Pita, Zenon, Casagrande, Basílio, Edu Marangon, Careca, Silas, Ademir da Guia, Dudu, Afonsinho, Luís Pereira, Evair, Pelé, Murici Ramalho, Chicão, Leandro, Andrade, Júnior, Roberto Dinamite, João Leite, Reynaldo, Oscar, Dario Pereyra, Rivellino, Tostão, Gerson, Carlos Alberto Torres, Jairzinho, Clodoaldo, Nilton Santos, Zagallo, Zito, Garrincha, Bellini etc), entristecendo ao se fazer uma comparação com as figuras dos perfeitos idiotas dos tempos atuais.

Neste contexto, chega a ser cômico imaginar que possa haver o propalado "amor à camisa" por parte de jogadores aos seus respectivos clubes - até isso, diante do quanto o sistema perverso atingiu o futebol, em enorme medida mais uma jogada de maketing cada vez menos utilizada pelo evidente ridículo que representa.

Vale ressaltar que também se deve ao sistema capitalista a feroz briga entre jornalistas esportivos pelo famoso jabá, isto é, uma porcentagem financeira "presenteada" por empresários e cartolas àqueles que valorizam, artificialmente, seus atletas de estimação em comentários na TV, no rádio e na mídia impressa, cada vez que uma negociação é efetivada.

E a própria qualidade dos jornalistas acabou afetada por essa maximização do capitalismo no esporte: são simplesmente incomparáveis os grandes especialistas em futebol do passado - com alguns remanescentes hoje, tais como como Jorge Kajuru, José Trajano e Juca Kfouri -, que além da maestria em analisar a modalidade esportiva ainda colocavam no contexto de suas ideiais questões políticas e sociais como deve ser, enquanto os aloprados do presente, panfletários e polemizadores mais rasos que palram o dia inteirinho sobre futebol, não acrescentam absolutamente nada a não ser expor sua própria imbecilidade, a mais evidente ausência da visão de mundo e do próprio esporte inversamente proporcional aos amplos conhecimentos de marketing esportivo, e muitos números que pouco ou nada dizem da prática dentro de campo.

E como esporte tem tudo a ver com sociedade e política, conforme o óbvio sugerido acima, tal sistema ratificado por jornalistas alienados e elitistas acaba também retirando a identidade nacional do futebol, além de afastar os setores populares, as massas de torcedores apaixonados dos estádios, transformados em "arenas" com shopping centers, boates etc.


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A Patologia do Poder

Voltou a estar em moda, da maneira mais patética revivendo os anos de maior tensão da Guerra Fria de péssima memória, o drama moral de Bem contra o Mal por parte dos fanáticos teólogos seculares do livre mercado irrestriro que tacham de "terrorista", "pedófilo", "contra os valores morais e da família" qualquer indivíduo que "ouse" se dispor a pensar em uma perspectiva para o futuro que vá além do capitalismo.

Além da profunda imbecilidade que reside neste discurso agressivo, por si só, está o fato de que já em determinadas épocas da Guerra Fria, mesmo em seu auge e especialmente dos anos de 1980, não fazia o menor sentido este discurso polarizador, era algo que não se sustentava por mais que tentassem utilizar-se deste artifício para alcançar seus obscuros fins, do qual apenas os mais incautos acabavam - e acabam - sendo vítimas.

Não se trata de mera coincidência que esses mesmos justiceiros histéricos que padecem de algo como esquizofrenia democrática, sejam os que mais se esqueçam dos piores crimes contra a humanidade em nome do mesmo sistema que defendem como única alternativa de liberdade e justiça à humanidade.

A desonestidade intelectual deste setor cegado e embebido em fanatismo, é incapaz de perceber que o "raciocínio" que apregoa que quem considera alternativas ao capitalismo está defendendo, por exemplo, o genocídio de Stalin ou regimes e atos condenáveis deste tipo, levaria a considerar, então, que quem defende tolerância religiosa em relação aos islamitas está defendendo organizações terroristas como Taliban, Estado Islamita e Al-Qaeda: um completo absurdo, evidentemente.

O falso moralismo, com forte apelo maniquesísta e sempre de mãos dadas com a agressividade e a mentira, costuma ser o principal refúgio dos espíritos retrógrados a fim de tentar disfarçar a ignorancia e o péssimo caráter de sua essência. Adolf Hitler, entre outros tantos crápulas capitalistas, usaram e abusaram deste artifício para impor seu império do medo e da opressão criando inimigos que, na grande maioria das vezes, não existia. Alguma semelhança com o Império capitalista de turno? Pois é.

Isso tudo para que as classes dominantes tenham garantidos seus privilégios, para que tenham, elas sim, total liberdade em usurpar um Estado cujas estruturas excludentes criadas por essas mesmas classes, possuem, estas sim, lógica bastante simples: excluir a maioria para assegurar o acúmulo de riquezas desta ínfima minoria já que, simples matemática, o excesso de alguns depende da escassez da multidão.

Sintetizou bem a perversa e básica equação capitalista Terry Boyland, proprietário da empresa CPQi, prestadora de serviços de tecnologia a bancos na América Latina, na reunião da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos em Nova York, no início de outubro de 2017: "Então quer dizer que ainda não vamos poder reduzir salários? Isso é a coisa mais anticapitalista que existe".

Boyland expôs, em poucas palavras, que o capitalismo é a liberdade do alto empresariado e dos políticos, garante caminho livre para a usurpação do poder sobre massas oprimidas, escravas do sistema - paradoxalmente, as mesmas que o sustentam. Neste mesmo sentido, apontou o ex-presidente brasileiro João Goulart no início dos anos de 1970, no exílio após ter sido derrubado por um golpe de Estado em 1964: "O mercado produz cada vez mais em função do lucro, e não em função das necessidades humanas".

Tal perversidade, estrutural do sistema capitalista, explica porque estudos científicos nos Estados Unidos de 2011 constataram que é quatro vezes mais comum encontrar psicopatas nas empresas, que na população em geral. Segundo reportagem da revista Super Interessante à época intitulada Psicopatas S.A., até 3,9% dos executivos de empresas poderiam ser psicopatas naquele ano.

"Eles são capazes de apunhalar empregados e clientes pelas costas, contar mentiras premeditadas, arruinar colegas poderosos, fraudar a contabilidade e eliminar provas para conseguir o que querem", disse à Super Interessante Martha Stout, psiquiatra da Escola Médica de Harvard por 25 anos e autora do livro Meu Vizinho É um Psicopata.

Outra natural e destrutiva consequência do capitalismo é a concentração de propriedades, gerando o que pode ser denominado de ditadura do mercado: o infográfico abaixo evidencia as dez empresas transnacionais que controlam praticamente tudo o que nos serve como alimento não nos proporcionando opções, enquanto permite que os detentores de todo esse poder simplesmente decidam o que e como são processados os produtos mais básicos para a nossa existência. É desnecessário dizer que tais empresários acabam também exercendo domínio sobre a tal "democracia" representativa, vigente nos países capitalistas.
l. MATEANDO COM EDU - Perfil, Literatura & Variedades No início de 2014, um estudo da Oxfam International concluiu que as 85 pessoas mais ricas do mundo concentravam a fortuna equivalente aos 3,5 bilhões dos indivíduos mais pobres do planeta, sendo que 1% da população mundial detinha a metade da riqueza produzida, ou seja, 110 trilhões de dólares. Esse processo apenas se agrava, ano após ano no sistema capitalista, por si só incapaz de distribuir riqueza e gerar justiça social.

Você Vale Aquilo Que Tem - Ou O Que Aparenta Ter

A realidade é que o sistema vigente, baseado em individualismo, constante competitividade e acúmulo ao invés de justiça social e solidaredade, não apenas incentiva como requer que indivíduos possuam este péssimo caráter observado pela psiquiatra norte-americana. Uma pova prática disso pode ser tirada por qualquer pessoa que ouse, em entrevista profissional, dizer que seu grande objetivo de vida não é ganhar muito dinheiro, mas ser feliz; que não almeja adquirir um grande carro, mas que um Fusca ou uma bicicleta já é suficiente; que não se simpatiza com a competição entre colegas, mas com a solidariedade; que não opta por mentir se necessário para vender, mas em ser honesto no ato da venda dizendo a mais absoluta verdade sobre o(s) produto(s) a ser(em) comercializado(s).

"Celulares São Alugados para 'Ostentação'", era o título de reportagem do jornal O Globo em 18 de outubro de 2014. "'Ganho R$ 2 mil por Mês', Diz Editor que Aluga iPhones para 'Ostentação'", trazia o subtítulo da reportagem, que seguia assim: "Marco Aurélio Costa aluga celulares por até R$ 170 dependendo do modelo. Editor de imagens já possui cinco smartphones da Apple para alugar em Natal". É desnecessário dizer alguma coisa sobre mais este subproduto do capitalismo, idiotizador por excelência.


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Os defensores desse sistema têm como principal argumento o precário subterfúgio regressivo - e apoiado exatamente no comodismo, mais acima abordado - que afirma que o ser humano e o mundo são "assim mesmo", ou seja, o homem é egoísta por natureza e vale a lei do mais forte, geralmente tendo como exemplo, para dar um toque de naturalismo e talvez de ingenuidade, o fato de alguns animais se alimentarem de outros: "é a lei da vida". Alguns "mais religiosos" apontam, "sabiamente" e "cheios de fé", que Deus quis assim - "do contrário, não seria assim", palram.

Os "mais religiosos", por sua vez, marcando o histórico atraso intelectual deste segmento costumam dizer (justo eles, "cheios de fé" que reivindicam ser!) que "essa coisa de mundo solidário e igualitário em que não haja necessidades, é lá para o Céu", ironicamente esbanjando ceticismo ao mesmo tempo que trazem implícito, neste argumento, o reconhecimento de que o capitalismo é um sistema fracassado já que não prioriza o bem-estar dos habitantes desta Terra.

Para parte deste setor, que não admite questionamentos, outra desalentadora contradição e característica que também os marca, um sistema baseado nos princípios de igualdade entre os seres humanos e na preservação ambiental seria impositor, mas não: seus impositores de "cabrestos ungidos" sim, é que são impostores. Pois a manutenção do capitalismo é também a se seus privilégios, da roubalheira indiscriminada por parte de "líderes" que se enriquecem em cima de discursos, da boa fé e do trabalho alheio "Mamata" completamente oposta ao que Jesus que dizem seguir pregou e viveu, e apenas possível em um sistema capitalista, que seus gozadores não aceitam perder por nada.

Para nem mencionar estigmas espalhados por grande parte dos "donos dos templos, que impõem na cabeça de seus súditos que socialistas são todos pedófilos, maconheiros, até terroristas e outras imbecilidades deste tipo na ausência de argumentos em defesa de um sistema capitalista opressor por natureza que, conforme já obsevado, só pode ser defendido baseado em ataques mentirosos e toda sorte de imbecilidades, à estatura exata do próprio capitalismo e dos mesquinhos interesses pessoais por que advogam.

Já os mais "técnicos" saem-se com ilusões - baseadas na baixa estatura intelectual, outro fator já observado como esencial neste sistema - do tipo, "todos têm a chance de se tornar milionários" no sistema capitalista apresentado como "um mundo de possibilidades", o qual não precisa ser pensado muito profundamente para que seja constatado exatamente o inverso disso: vale e pode (inclusive moralmente) quem tem e, tão importante quanto isso, quem aparenta ter.

Do contrário, não se terá a possibilidade sequer de se mover do bairro de Santo Amaro ao Parque do Ibirapuera em São Paulo - ou se se conseguir chegar lá, ainda que a pé, o pior ainda estará por vir: no maior parque da América Latina, o cidadão comum das classes menos favorecidas ou que aparente certa simplicidade, terá de vencer a agressiva exclusão social, com todo o mal-estar bem conhecido que envolve esse ambiente no que deveria ser um período de lazer; e se for o caso, na tentativa de vender algo como artesanato ou uma série de livros para sobreviver, sofrerá forte repressão policial, apreensão dos produtos além da própria ridicularização societária, apenas para citar alguns exemplos menos dramáticos deste "mundo de possibilidades" em que, "dependendo apenas do esforço, qualquer um pode se tornar milionário".

Assim, em nome do excesso nas mãos de algumas dúzias de famílias nacionais e do 1% mundial, devemos todos nos conformar com o status quo opressor sobre as miseráveis maiorias, sem nenhuma perspectiva de mudança como se todo ser humano fosse melancólico como eles que inclusive primam, segundo imposição também da ditadura do capital e da informação rendida às "leis do mercado", pela glorificação dos iguais não admitindo diferenças, questionamentos nem muito menos afirmação e avanço cultural (esta, também negociável no sistema capitalista).

Aliança Nada Santa

Sobre a velha aliança Estado-religião e a despolitização como suporte à opressão perpetrada pelas classes dominantes, vale observar que através do Relatório Rockefeller de 1975 substituiu-se na América Latina a Igreja Católica - parceira já não muito confiável - através da criação e financiamento de seitas evangélicas pela CIA, pelo pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos e ONGs de fachada a fim de combater ideais socialistas na América Latina em defesa do imperialismo norte-americano.

Exercendo lavagem cerebral, manipulando, dominando e acumulando riquezas, tais seitas possuem a acentuada capacidade de penetrar em setores populares que determinados movimentos não conseguem alcançar, sendo que muitas delas têm estado envolvidas até no tráfico de armas por meio de lideres supostamente religiosos de péssimo nível intelectual, o que pode muito bem explicar o "enigmático fenômeno" de "igrejas" multimilionárias e, automaticamente, a própria multiplicação de armamentos em territórios nacionais. Já houve denúncias por parte de indignado pastor evangélico brasileiro, de que alguns colegas participam da lavagem de dinheiro de políticos nacionais e do narcotráfico).

Os autores do relatório, arquitetado e financiado pela Fundação Rockefeller que, historicamente, promove políticas de dominação e exploração global através sobretudo da lavagem cerebral induzindo medo às massas, reclamaram, então, do que denominaram "excesso de democracia" alegando que este sistema só funciona se houver apatia e desinteresse societário. Em outras palavras: o capitalismo apenas se sustenta apoiado na alienação e despolitização dos indivíduos, na retirada de seu senso de cidadania e da noção de sua posição no mundo.

Pois WikiLeaks liberou telegrama secreto revelando que realmente existe uma organização secreta da qual a família Rockefeller é uma das 13 dinastias Illuminati, atuando como governo global nas sombras e estreitamente ligada ao governo dos EUA; o próprio Federal Reserve, banco central norte-americano, pertence a oito famílias-membro dos Illuminati, entre elas os próprios Rockefeller.

O capitalismo é inimigo declarado da felicidade
Jorge Riechmann, no livro ¿Cómo Vivir?

Devido ao "raciocínio" dos aiatolás do capital que apostam na ingenuidade alheia e extravasam a estupidez, povos e culturas milenares têm sido completamente dizimados ao longo da impiedosa história, ditada pelos donos e usurpadores do poder em nome de um suposto progresso financeiro e tecnológico que, à frente do bem comum, trouxe o mundo a este estado caótico onde se multiplicam velozmente fome, doenças facilmente tratáveis, violência, roubalheira indiscriminada, guerras, degradação ambiental, extinção de espécies e, logo, da espécie humana pela própria espécie.

Mesmo um sistema capitalista reformado através do neodesenvolvimentismo, que apregoa a expansão do agronegócio e de projetos energéticos apoiada na intensiva extração/mercantilização dos recursos naturais, tem se mostrado inviável: produção e crescimento econômico contínuos não podem ser sustentados pela natureza; o sistema capitalista e seus burros estão, literalmente, dando n'água que deverá ser o maior motivo de guerras no futuro próximo, certamente bem mais grave à humanidade e ao ecossistema que as corridas pelo ouro europeia e norte-americana, que dizimou covardemente povos americanos originários em nome do "progresso mercantilista" que não traz felicidade genuína, satisfação interior, progresso humano.

Sem capitalismo, sem a exploração do trabalho assalariado e o homem "cobaia" ou escravo do progresso tecnológico, grandes avanços foram conquistados inclusive pelos índios no campo das ciências, da medicina e da astronomia - é evidente que os livros de História elaborados pelos donos do poder e a publicidade a serviço do capital, não contam nada disso.

Por outro lado, deve-se à lógica capitalista o desmatamento crescente em todo o mundo, o desequilíbrio do ecossistema e o envenenamento da alimentação de praticamente todas as espécies. Ao agronegócio, é muito mais lucrativo avançar sobre florestas e, inclusive, vender madeira, que investir em produção de longo prazo. E o que ameaça sua rentabilidade, deve ser exterminado.

O envenenamento do solo, outra trágica consequência do uso de agrotóxicos, é um quadro que não pode ser revertido diante da lógica capitalista já que, mesmo a agricultura familiar, possível solução teórica, torna-se no mínimo ingênua ilusão na prática, dentro deste sistema: não resiste ao poder do dinheiro do agronegócio que compra até parlamentares e os mais altos escalões da política, exatamente como temos visto, assistindo de braços cruzados a destruição completa de um planeta que, como disse Hugo Chávez na Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU na capital dinamarquesa de Copenhague em 2009 (COP-15), nunca precisou dos seres humanos para sobreviver, pelo contrário, nós precisamos desesperadamente dele.

Sobre a contaminação dos alimentos por pesticida, vale apontar que quase 95% desse mercado global é hoje comandado por cinco megacorporações agroquímicas, sendo que apenas três delas controlam 72,6% dele. Baseadas na ocultação da informação a começar pelas embalagens dos produtos até o financiamento de meios de comunicação para que desinformem as sociedades mundiais, essas empresas têm aplicado em diversos países, sobretudo no Brasil (campeão do uso de agrotóxicos), taxas acima da recomendada pela Organização Mundial de Saúde, e até ingredientes ativos não autorizados - em território brasileiro, venenos vedados inclusive pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como o azaconazol e o tebufempirade: mas nada disso importa ao mercado.

De acordo com Marina Rossi no jornal El País de abril de 2015:

Segundo o Dossiê Abrasco (...), 70% dos alimentos in natura consumidos no país estão contaminados por agrotóxicos. Desses, segundo a Anvisa, 28% contêm substâncias não autorizadas. Isso sem contar os alimentos processados, que são feitos a partir de grãos geneticamente modificados e cheios dessas substâncias químicas (...). Mais da metade dos agrotóxicos usados no Brasil hoje são banidos em países da União Europeia e nos Estados Unidos.

A médio e longo prazo, os pesticidas intoxicam e adoecem o próprio homem sobretudo porque somos obrigados a aumentar as doses dos pesticidas, e a combiná-los com outros em coquetéis cada vez mais tóxicos à medida que as espécies visadas se tornam tolerantes à dose ou ao princípio ativo anterior. Causando profundos desequilíbrios na natureza, o agronegócio considera que esses desajustes devem ser resolvidos com um aumento das aplicações dos venenos, levando o planeta a um irreversível círculo vicioso.

No que diz respeito ao desmatamento, no caso brasileiro quatro séculos de exploração em nome do "progresso" contra o "atraso" dos povos originários, resultou na devastação de cerca de 1,2 milhão de km2 dos 1,3 milhão de km2 da Mata Atlântica original, e nos últimos 50 anos, mais de 3,3 milhões de km2 de cobertura vegetal nativa foram suprimidos ou degradados na Amazônia, no Cerrado e na Caatinga. Enfim, as evidências mostram claramente que sem capitalismo o mundo seria bem mais satisfatório hoje, a vida seria plena para quem realmente quisesse vivê-la.

Além do câncer, os agrotóxicos causam infertilidade, impotência, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal e efeitos sobre o sistema imunológico. Contudo, conforme avança o neoliberalismo, desregulador do mercado, os fabricantes de pesticidas ficam cada vez mais livres para envenenar o planeta em nome do lucro cujas cifras, no caso particular da Monsanto, maior produtora de agrotóxicos do mundo, explicam o porquê da desconsideração dos fatos expostos acima: no ano fiscal de 2017, encerrado em 31 de agosto, a corporação aumentou sua margem de lucro - em plena crise internacional - em nada menos que 70% em relação ao ano anterior, alcançando lucro líquido de US$ 2,26 bilhões.

Em tempos de estágio avançado deste sistema podre que coloca seu desenvolvimento, os interesses do capital à frente do bem-estar e do desenvolvimento humano, ter e receber o mínimo de dignidade são o mais árduo desafio - para algumas bilhões de pessoas em todo o mundo, missão impossível.

"Se Conforme"

Esse sistema dominante só pode ser sustentado anulando-se - ou maquaindo-se - a história, a lógica e a inconteste realidade da vida cotidiana enquanto extrai, para sua desesperada sobrevivência, o que existe de pior, mais mesquinho e perverso na espécie humana. Esconde-se detrás do verniz democrático enquanto, em uma genuína democracia, prevaleceria o bem-comum independente do poder aquisitivo de cada um; o capitalismo, por sua vez, é a antítese da democracia ao tornar tudo inclusive os elementos da natureza, passível dos interesses de mercado acima de tudo imputando a cada um o valor segundo possibilidades de retorno financeiro, ao invés do que possui na essência.

A lei do que mais tem disfarçada de democracia utiliza-se da ditadura do consumismo e das aparências que cria, diariamente nos laboratórios de publicidade e marketing, necessidades fúteis, concorrentes a serem superados ou até mesmo inimigos a serem combatidos a fim de gerar individualismo, anular ideais e senso cidadão de seres acríticos, conformistas, apáticos, compulsivos e dotados de fobias na busca desenfreada por preenchimento interior de acordo com as sutis imposições do marketing sobre sociedades homogêneas nunca satisfeitas, excludentes e intolerantes com as diferenças, mesmo aquelas que, simplesmente, estejam de alguma maneira fora do agressivo estereótipo preponderante.

Com isso tudo, subproduto do consumo alienado e da imposição de valores, as massas acabam facilmente manipuladas pelo sistema político e por sua porta-voz sustentada exatamente pelos "donos" desse sistema, usurpadores do poder: a grande mídia. Os cidadãos que se recusam a viver aprisionados desta maneira devem ser combatidos como ameaça, através dos mais diversos rótulos - ideólogos, rebeldes, baderneiros, subversivos, autoritários, paranoicos, etc.

Já o grande valor do indivíduo dentro desta lógica reside na capacidade de vender produtos (atendimento médico, aula, etc) a clientes (pacientes, alunos, etc) e no lucro que se gera através deles, não no caráter, na bagagem intelectual nem necessariamente na qualidade real dentro daquilo que se propõe a fazer.

Esta realidade permeia todos os segmentos de uma sociedade que rezam a excludente cartilha das leis do capital, onde "quem pode manda, e que tem juízo obedece cegamente", ou seja, as virtudes e o respeito são divisíveis, absolutamente relativos de acordo com os privilégios e a escassez das respectivas classes sociais.

Cidadania acaba sendo sinônimo de consumir, ou seja, o indivíduo é reconhecido, passa a ter determinado grau de voz e sendo respeitado, mesmo nos direitos fundamentais, de acordo com sua capacidade de consumo. Assim, até a honra e o opróbrio são mercantilizados, tanto quanto a água e o ar que se respira.

Pois é por obra e graça do sistema capitalista que grandes estúpidos, ao realizar atividades medíocres acabam aplaudidos alegremente pelas multidões pelo alto retorno financeiro, enquanto mentes brilhantes e trabalhos formidáveis podem ser "chutados" por todos os lados se os ganhos forem baixos (o sistema capitalista tende a premiar os medíocres, já que se apoia fundamentalmente neles para sobreviver), ou mesmo se essas mentes simplesmente não aparentarem ter e poder. Neste sistema competitivo por natureza em que vale a cavernosa lei do mais forte, é também preciso parecer ser e parecer ter.

Consequência natural disso são mentalidades que priorizam o aspecto financeiro em detrimento da prioridade no avanço humano e na sociedade, coletivamente, sendo, no sistema capitalista formador de imbecis por excelência, uma experiência cruel tentar-se viver na contra-mão dessa "lógica" do individualismo, e dos ganhos materiais acima de tudo. Se sua escolha profissional é inevitavelmente depreciada, se não se adequa aos aspectos financeiros impostos pelo mesquinho mercado, alimentado por sua mídia propagandista.

Por exemplo, nobres professores de Artes, Música, Filosofia e Sociologia além dos socialmente importantíssimos e tão batalhadores lixeiros, que nos digam! É desnecessário mencionar que essa "lógica" capitalista precariza o sistema de ensino, cooperando na formação dos imbecis acima mencionados. Assim, até a carreira política acaba sendo uma opção a ser considerada do ponto de vista lucrativo ao indivíduo ao invés da questão vocacional, neste caso específico baseada no desejo de servir à respectiva nação - nem se pode esperar outra lógica dentro desse sistema, em que tudo e todos são comercializáveis.

Disso também decorre a ausência de interesse coletivo por aspectos gerais do mundo em que se vive, acomodando o indíviduo àquilo que diz respeito a temas mais intimamente ligados ao seu entorno, além de passividade desde a leitura de jornais até questões da própria vida cotidiana.

É desta maneira que o capitalismo apoia-se, fundamentalmente, na ausência de senso crítico e de questionamento, enfim, no afamado comodismo que inclui preguiça intelectual. A inteligência humana é mero acessório ou, utilizada além de determinados limites pré-estabelecidos, até incomoda; intelectuais são grotescamente substituídos por máquinas e programas de informática, e a cultura pela informação que não conscientiza mas, inclusive por seu excesso, apenas embaralha o entendimento coletivo e divide as sociedades em rivalidades artificialmente criadas pelos donos do poder.

Escreveu o historiador britânico Eric Hobsbawm em Era dos Extremos - O Breve Século XX (informações sobre a obra, role a tela), que "a destruição do passado - o melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas - é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX", o qual terminou melancolicamente sob todos os aspectos: social, político e econômico. Pois tão certo quanto este fenômeno observado por Hobsbawm, incentivado pelo establishment, é a tentativa tenaz de aniquiliar qualquer alternativa ao status quo, usando geralmente como subterfúgio estigmatizações aos questionadores do sistema o que os permite sair, por cínicos flancos, do debate minimamente sério.

Se mesmo no auge da Guerra Fria era um profundo contrassenso (com fins imperialistas de ambos os lados) afirmar que não havia alternativas ao artificial antagonismo criado entre os sistemas estadunidense e soviético (este último, um capitalismo de Estado que de socialista não tinha nada, a não ser o nome e, portanto, jamais alternativa real ao capitalismo liberal), tentar argumentar que a queda do Muro de Berlim em 1989 significou o fim da história, isto é, especulação (para não dizer excesso de estupidez) que alega que o mundo está fadado a viver para sempre sob o sistema capitalista, é a maior covardia intelectual contemporânea na defesa desesperada dos privilégios dos burocratas dominantes, para os quais a história e a capacidade humana de transformação cabem em uma caixinha de fósforos.

Sem principios e valores, todo e qualquer sistema está fadado ao mais rotundo fracasso enquanto, além de lucro e acúmulo de riquezas, o sistema capitalista, individualista por natureza, não tem absolutamente nada mais a apresentar ao ser humano.

Jesus foi o primeiro socialista: dividiu o pão e o vinho; Judas foi o primeiro capitalista: vendeu Jesus por trinta moedas
Hugo Chávez

Disse o papa Francisco em entrevista ao jornal italiano La Repubblica no dia 11 de novembro de 2016: “São os comunistas que pensam como os cristãos. Cristo falou de uma sociedade onde os pobres, os frágeis e os excluídos sejam os que decidam. Não os demagogos, mas o povo, os pobres, os que têm fé em Deus ou não, mas são eles a quem temos que ajudar a obter a igualdade e a liberdade”.

Quando fez tal afirmação, o papa certamente não tinha em mente o capitalismo de Estado soviético imperialista, tirânico muito mal chamado de socialista, mas sim, por exemplo, a organização social dos povos originários da região hoje conhecida como América Latina, baseada na inclusão e no bem-estar acima de tudo: do indivíduo, da família, da comunidade, dos animais e da terra.

Em O Mal-Estar na Civilização (1930), o psicanalista Sigmund Freud anteviu que o capitalismo de Estado soviético, mal classificado de comunismo, não traria bem-estar à sociedade russa e a seus futuros Estados-satélites, muito pelo contrário:

As premissas psicológicas nas quais o sistema comunista está baseado mantêm ilusões insustentáveis. A agressividade
humana não foi alterada nos seus fundamentos naturais e nesse processo ela será provavelmente enviada a novas
áreas de conflito social. Só podemos nos preocupar com o que os soviéticos farão depois de se livrar dos burgueses.

No jornal alemão Neue Zeit (Novo Tempo), em 1923 Rosa Luxemburgo previu o mesmo ao condenar o caráter "ditadorial", as "sanções draconianas" e o "terror" praticado por líderes da Revolução Russa, incluindo Lenin e Stalin: "A única via que conduz à renovação é a própria escola da vida pública, democracia muito ampla e sem a menor limitação, a opinião pública". É interessante atentar que Rosa apontou as experiências devidamente adquiridas na vida cotidiana como de maior valor ao cidadão, em relação ao conhecimento teórico.

A mais absouta igualdade de direitos entre todos os cidadãos, também através do acesso a serviços de qualidade e gratuitos e não de acordo com os recursos financeiros de cada um, empresas autogestionadas, a sociedade como um todo no controle direto das decisões que afetam sua vida ao invés de entregue a um grupo de burocratas - os profissionais da politicagem -, uma economia e as inovações tecnológicas voltadas ao desenvolvimento humano e à preservação ambiental, que transforme as riquezas da natureza em bem-estar para todos sem degradá-la.

Uma profunda alteração nas relações de poder, e a própria substituição do atual sistema de poder político baseado em uma fanfarrona "democracia representativa" que o capitalismo, mesmo reformado como propõem uns tantos, é por natureza incapaz de promover entre ódio mortal inclusive dentro de famílias pelo poder "democrático representativo", em nada missionário nem sequer baseado no patriotismo e no exercício da cidadania.

Uma alteração nas relações sociais onde se estimule a solidariedade, a cooperação, o serviço social, a conscientização coletiva com liberdades civis e individuais, mas com compromisso social no lugar da competição, do acúmulo e das vaidades de um poder selvagem, centralizador, personalista em maior ou menor medida dependendo do caso, tudo isso como reflexo de um sistema selvagem com verniz popular e de modernidade.

O jurista norte-americano Louis Brandeis (1856-1941), Associado à Suprema Corte dos Estados Unidos, observou certa vez: "Podemos ter democracia ou riqueza concentrada nas mãos de alguns, mas não podemos ter ambas". Opor-se ao monoteísmo do mercado vai muito além de ideologia: cosmovisão, trata-se de questão de sobrevivência enquanto não é possível termos capitalismo e democracia ao mesmo tempo, acúmulo de riquezas de um lado que leva inevitalemente à concentração de poder, diante de tanta pobreza de outro lado. A felicidade e a própria vida no planeta dependem de um outro mundo, possível, onde prevaleçam cooperação, valorização às diferenças (sejam elas quais forem, desde que não firam o espaço nem a liberdade do outro) e justiça social.

Porém, se neste sistema "de mentiras universais falar a verdade é um ato revolucionário", conforme dizia George Orwell, os setores reacionários contemporâneos nesta era da informação global em tempo real têm estado tão transtornados com uma maior conscientização das sociedades mundiais a ponto de, com suas limitações intelectuais e culturais, reeditar os piores momentos da Guerra Fria conforme abordado mais acima, criando um ambiente hostil, guerra psicológica mais baixa ao qualificar histericamente opositores do capitalismo de terroristas, apátridas que desejam impor o vermelho nas respectivas bandeiras nacionais e outras imbecilidades deste tipo, já não faltando mais nada para que, igualmente, tachem esquizofrenicamente de terrorista a quem alerte que recursos naturais como água, fauna e flora são direito de todos, e não bens de consumo como tudo é naturalmente transformado no sistema capitalista.

Já no Brasil, altamente despolitizado [para regozijo dos Rockefeller e também por (ir)responsabilidade dos setores pateticamente autodenominados progressistas], a maior desgraça é que se conseguiu transformar até os pobres em seres reacionários e, rezando fielmente a mesquinha cartilha das classes mais abastadas, sem o menor senso de cidadania. Mas outro Brasil também é possível.

"A prática do socialismo exige uma transformação completa no espírito das massas degradadas por séculos de dominação da classe burguesa, instintos sociais em vez de instintos egoístas, iniciativa das massas em vez da inércia, idealismo que supere todos os sofrimentos", Rosa Luxemburgo.


Há que se ter convicções, com pluralidade na forma de pensar
Edu Montesanti


Não deixe de ler Venezuela, O Socialismo que Deu Certo, em Revolução Bolivariana na Venezuela


Você sabia que...

... apenas na América do Sul, um terço das línguas indígenas correm risco de extinção? E que, segundo o presidente
do Museu do Índio, José Carlos Levinho, entre 2025 e 2030 o número de línguas indígenas ameaçadas poderia chegar
entre 30% e 40% das 160 existentes? Destes idiomas, há as que possuem apenas quatro ou cinco falantes



A língua tem sido, sempre, a companheira do Império
(Antonio de Nebrija, humanista espanhol)


UMA QUESTÃO DE LIBERDADE
Valorização Cultural como Auto-Afirmação da Nossa Identidade

"Um povo ignorante é instrumento cego de sua própria destruição. Temos sido dominados mais pela ignorância que pela força"
(Simón Bolívar)

Publicado em Global Research (Canadá), Pravda Brasil (Rússia), no Instituto João Goulart, e no Diário Liberdade (Espanha) / Agosto de 2017

Republicado por Rádio Evangelho, pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado do Paraná,
e pelo
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Pato Branco - PR


A cultura está diretamente ligada ao sentimento do indivíduo, é a expressão mais viva da sua personalidade, da sua história, dos seus costumes, das suas raízes, das suas paixões. Soma de todas as realizações humanas transmitidas de geração a geração, a cultura é a auto-afirmação da nossa identidade, essência do ser humano que o sacia interiormente quando expressada livremente.

Muito além de elementos materiais tais como moradia, alimentação, vestimenta, arquitetura, tipos de celebração, idioma, maneira de se expressar, prática esportiva, dança e artes em geral, a cultura envolve aspectos espirituais da vida do ser humano, entre os quais: ideias e ideais, princípios e valores, as mais diversas crenças não apenas em termos religiosos, mas também em relação a, por exemplo, o que é sublime ou antiquado, e até bonito ou feio.
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Pois ao contrário do que o sistema competitivo e individualista em que vivemos tenta-nos inculcar, não existem culturas superiores, mas sim diferentes. Certa vez, o jornalista Milton Neves fez esta feliz observação: "Quem esquece as raízes possui, no mínimo, caráter duvidoso". Já o filósofo, político e cientista político italiano Antonio Gramsci (1891-1937), escreveu: "Uma geração que ignora, desvaloriza e apequena a geração que a precedeu, que não consegue reconhecer sua grandeza e seu significado histórico e necessário, mostra-se mesquinha, que não tem confiança em si mesma ainda que assuma pose de gladiadora, e que exiba mania de grandeza".

Apenas porque não gostamos, não entendemos ou não concordamos com outras maneiras de viver e enxergar o mundo, não podemos nos outorgar o direito de dizer como essas sociedades ou indivíduos devem se comportar, tentando impor-lhes nossa maneira de ser enquanto tal comportamento, por mais diverso que seja do nosso, não ferir a vida e a integridade moral do próximo. Foi a intolerância às diferenças que propiciou a ascensão de regimes fascistas e nazistas, em um passado nada remoto.

"A língua é instrumento de controle social poderosíssimo, de opressão
e repressão, de exclusão social e conservação dos privilégios"
(Marcos Bagno, linguista)

Quando há valorização e respeito à própria cultura, algumas consequências naturais disso são aumento da auto-estima, valorização e respeito à cultura e a toda a história de outros povos, enxergando-os e admirando-os como diferentes, sim, porém jamais como inferiores, superiores e nem, muito menos, como inimigos. Outra consequência é ser valorizado por eles em retorno.

Essa sábia atitude, antes de tudo para consigo mesmo, também acaba levando naturalmente ao diálogo, à soberania e à convivência multicultural, universal e pacífica, calando sem maiores esforços vozes xenófobas e devastadoras.

No caminho inverso, a perda da identidade leva o indivíduo a ser facilmente dominado psicologicamente, tornando o terreno propício para a implantação do contemporâneo "poder brando" teorizado pela primeira vez em 2004 pelo professor de Harvard Joseph Nye, que consiste na imposição por parte de um corpo político ou de um Estado através de meios sutis, tais como o exercício da influência cultural e a midiática, ideologia tão dominadora quanto o tradicional "poder duro", por meios militares e econômicos.

Perguntada em entrevista de agosto de 2017 se todos falam o idioma nativo chamorro na ilha de Guam, território a oeste do Oceano Pacífico colonizado pelos Estados Unidos desde 1950, a ativista pela descolonização Lisa Natividad respondeu: "Não, infelizmente nossa língua não é falada por todos de maneira que, agora, estou fazendo aulas para aprender minha própria língua... Outro subproduto da colonização!".

A imposição de uma cultura sobre outra nos tempos atuais tem substituído cavalos e artilharias militares, que ao longo da história colonizaram nações inteiras. Conforme observa José Alfredo de Araújo, mestre em Educação e professor de História da Rede Pública do Estado da Bahia, "a educação é um mecanismo poderoso para imprimir os valores do grupo dominante".

Já Joseph Goebbels, ministro de Propaganda de Adolf Hitler, disse certa vez: “Quando ouço falar em cultura, levo a mão ao coldre do meu revólver”. Menor valorização cultural e opções ao seu acesso também acabam abrindo vácuo que, certamente, será preenchido por sentimentos de depressão, pelo uso de drogas e cometimento de crimes em geral entre a sociedade. É o atalho mais certo rumo à imposição de regimes tirânicos.

A preservação cultural é o que afirma a identidade de uma nação, fazendo-a grande e respeitada. É só uma questão de liberdade, valor inegociável do indivíduo e de um povo.

"A cultura é força"
(Ludovico Silva, escritor e filósofo venezuelano)

Convidamo-la, convidamo-lo a visitar a página de Poemas, onde também se encontra Ventos do Rio Grande - declaração de amor a alguém super-especial viajando pela história, geografia e cultura do Brasil! Leia também a crônica poética O Choro da América: exaltamos apaixonadamente a história, geografia, cultura e o povo latino-americano em mais de 500 anos de riquezas únicas, as quais têm atraído impérios de todas as épocas, na mais nova página do blog Uma Questão de Liberdade: Pátria Grande Portentosa - Paisagem & Cultura Latina. E ouça, aqui no Blog, 24 horas de música gaúcha e brasileira em geral, em Idiomas - Português.

"Nada em nosso sentir simboliza tão exatamente a pátria, como a língua nativa. Olhar através da língua que falamos e cuidá-la, vale
tanto quanto cuidar das lembranças de nossos antepassados, das tradições do nosso povo e das glórias dos nossos herois"
(Rufino José Cuervo, filósofo e humanista colombiano)

"Para nós, as galegas e galegos, ó igual que para o resto dos pobos do mundo, a lingua é o xeito que temos de interpretar e expresármo-la realidade e a cultura. O idioma é a base das nosas experiencias, dos costumes, das festas, da arte, da música... en palabras dun dos nosos pensadores, 'unha lingua é máis que unha obra de arte; é matriz inesgotable de obras de arte'. O galego é a 'lingua propia de Galicia' gracias ós millóns de persoas que ó durante moitas xeracións soubemos mante-la nosa lingua como sinal de afirmación colectiva, tanto nos momentos de maior esplendor, como nas situacións máis complicadas e difíciles" (idioma português-galego, em galego.org).

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"A vida da humanidade (...) não se desenvolve sob o regime de uma uniforme monotonia,
mas através de modos extraordinariamente diversificados de sociedades e civilizações"


Levi-Strauss


Fonte da imagem: Direitos Humanos Ilustrados


Diga-me do que você se vangloria, e direi do que você carece
Vezo popular venezuelano

A educação que não é emancipatória, faz com que o oprimido queira se transformar em opressor
Paulo Freire


Você sabia que...

... o Mc Donald's realiza um dia no ano o Mc Lanche Feliz para ajudar com fundos
ao tratamento de câncer infantil, mas que nos outros 364 dias promove o câncer infantil?


A fritura de um alimento provoca a maléfica reação chamada acrilamida, que é cancerígena. Redes de fast food como o Mc Donald's
possuem em seus lanches taxas de acrilamida 500 vezes acima do nível máximo permitido pela Organização Mundial de Saúde

Saiba mais sobre a acrilamida, de onde vem e como evitá-la entre tantas outras dicas de saúde, e os ganhos que
proporcionam a ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA com muita informação (com base científica) quebrando mitos e tabus, aqui



Vídeo: El Secreto de la Carne de McDonald's (O Segredo da Carne do McDonald's). Dois minutos mais que sufcientes para que você nunca mais se intoxique das partes mais contaminadas dos animais, tais como intestino e rabo repletos de bactérias altamente nocivas; se não bastasse, a carne dos sanduíches comercializados pelo simpático Ronald McDonald são conservadas em amoníaco para não se deteriorar, entre outros produtos químicos profundamente tóxicos conforme detalha o vídeo. A saúde é nosso maior patrimônio, embora as leis do mercado não deem a menor importância para isso


Ideias e informações possuem o poder de libertar e de escravizar... ou pior. Nossa escolha se dá através da adaptação a isso
Dylan Charles, escritor norte-americano


É preciso ser muito ignorante sobre a história, assim como sobre os acontecimentos atuais, para não ver que tanto os EUA como o mundo sempre foram se transformando, se encontram em meio a grandes e terríveis mudanças, e se transformam de vez em quando através do poder da vontade popular e dos movimentos idealistas
Rebecca Solnit, escritora norte-americana

Não podemos mudar simplesmente o mundo. Mas sempre podemos começar a mudar este pedaço do mundo que somos cada um de nós. E se a maioria incorporar esse processo, daremos o salto quântico necessário para um novo paradigma de habitar a única Casa Comum que temos [o planeta Terra]

Leonardo Boff


Se alguma vez tiverem que ler esta carta, será porque não estarei entre vocês. Quase não se recordarão de mim, e os menores não recordarão nada.

Seu pai tem sido um homem que age como pensa, seguro, tem sido fiel às suas convicções.

Cresçam como bons revolucionários. Estudem muito para poder dominar a técnica que permite dominar a natureza. Lembrem-se que a Revolução é o importante e que cada um de nós, sozinho, não vale nada.

Sobretudo, sejam sempre capazes de sentir profundamente qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo. É a qualidade mais linda de um revolucionário.

Até sempre, filhinhos, espero vê-los ainda. Um beijo enorme, e um grande abraço do Papai. (Ernesto Che Guevara)



A revolução não é só uma bisteca no prato em cada mesa, nem muito menos uma TV em cada quarto e nem,
absolutamente, um carro em cada porta. A revolução é, sobretudo, uma mudança de atitude nas relações humanas

Alfredo Maneiro (político venezuelano)


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UmaVidaMelhor.org

Valores: não importa em que lugar vivemos, vivemos de acordo com nossos valores, e valem mais quando os divulgamos


Só podemos utilizar a face positiva da racionalidade moderna, se a utilizarmos amalgamada com a sensibilidade do coração
Patrick Viveret

Sem homens justos, probos e amantes da justiça, teremos povo e território, mas não pátria
Simón Bolívar

Nossa civilização é cínica, pois perdeu a capacidade de sentir a dor do outro
Papa Francisco

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Me lembrei do Che Guevara [quando sequestrado e quase assassinado no frustrado golpe
de Estado de 48 horas, em 2002], e pensei que era melhor morrer de pé que viver de joelhos

Hugo Chávez, perguntado sobre o sequestro (Imagem acima. Veja vídeo do resgate)

l. MATEANDO COM EDU - Perfil, Literatura & Variedades
Chávez viu que não incluir todos os excluídos significa viver em permanente guerra civil. Por isso ele viverá para sempre
Slavoj Zizek

A boa intenção dá um pão, se este não lhe fizer falta. A paixão abre mão dos próprios interesses, toma as dores
de um desconhecido ainda que de classe, etnia e sexo diferentes, defendendo sua causa e entregando a própria vida
Edu Montesanti

Não se luta pelos homens por caridade
Alí Primera

Se você é capaz de tremer de indignação toda vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros
Che Guevara


em um mundo que glorifica os iguais, a estupidez e a ignorância, decida por si mesmo, opte pela conscientização, não pela fuga

www.edumontesanti.skyrock.com

para quem não se contenta apenas com notícia, mas requer a verdade dos fatos em contexto


Conteúdo (com ligações)


PÁGINA INICIAL


l. MATEANDO COM EDU - Perfil, Literatura & Variedades

Página 1

Página 2


lI. TERCEIRA PÁGINA. Questões Internacionais


III. NO PIQUE DA VIDA. Reflexões


IV. ARQUIVO. Os Noticiários Mundiais

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V. TERRORISMO DE ESTADO. A Invasão Norte-Americana ao Iraque



VI. O 11 DE SETEMBRO DE CADA DIA DO AFEGANISTÃO

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Página 2

Página 3



VII. GOLPES MILITARES NA AMÉRICA LATINA


VIII. RECONTANDO A HISTÓRIA


XI. A VOZ DOS SEM VOZ. Questão Palestina

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Página 2



X. PINGO NO i. Edu Entrevista

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Página 2


XI. O BRASIL NO ESPELHO. Crônicas


XII. ESPECIAL: 'GUERRA AO TERROR'. Maior Mentira da História


XIII. ESPECIAL: 11 DE SETEMBRO DE 2001. Execução Interna


XIV. IDIOMAS

Inglês

Espanhol

Alemão

Italiano

Francês

Sueco

Português



XV. WIKILEAKS

Brasil (Página 1)

Brasil (página 2)

América Latina

Estados Unidos, Europa, África e Ásia

Oriente Médio



XVI. MALALAÏ JOYA. A Filha Corajosa do Afeganistão

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Página 3

Página 4


XVII. PÁTRIA GRANDE PORTENTOSA. Paisagem & Cultura Latina

Página 1

Página 2

Página 3



XVIII. AVÓS DA PRAÇA DE MAIO. Uma Voz por Liberdade na Argentina

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Página 2



XIX. MISSÃO CUMPRIDA, POR EDU MONTESANTI


XX. PALAVRAS DO CORAÇÃO. Poemas


XXI. MEIO AMBIENTE, ESPORTE & SAÚDE



XXII. CONTRACAPA: CURTINHAS. Notícias Nacionais


XXIII. CONTRACAPA: CURTINHAS. Notícias Internacionais



XXIV. MENTIRAS E CRIMES DA "GUERRA AO TERROR", E O JORNALISMO BRASILEIRO MANCHADO DE SANGUE


XXV. ARQUIVO: CONTRACAPA. Nacional

Página 1

Página 2


XXVI. ARQUIVO - CONTRACAPA. Internacional

Página 1

Página 2


XXVII. THE GLOBE TODAY. Edu Montesanti in English

News & Opinion

Edu Interviews

News & Opinion - Archive

Special Story: The Biggest Lie in History



XXVIII. MIRADOR INTERNACIONAL. Edu Montesanti en Español

Noticias & Opinión

Reportaje Especial: 11 de Septiembre de 2001, Mayor Mentira de la Historia

Edu Entrevista

Noticias & Opinión - Archivo



XXIX. DIAS PARA MUDAR O BRASIL, JUNHO/JULHO DE 2013. Onda de Manifestações ou Primavera Brasileira?

Página 1

Página 2



XXX. SOMOS TODOS SANTA MARIA. Por Memória, Verdade e Justiça

Página 1 - Documentos

Página 2 - Documentos


Página 3 - Artigos

Página 4 - Série de Reportagens


XXXI. MÍDIA EM QUESTÃO


XXXII. REVOLUÇÃO BOLIVARIANA NA VENEZUELA
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#Posté le mercredi 18 juin 2008 07:40

Modifié le vendredi 06 avril 2018 23:15


Recomendações Literárias

Um país se faz com homens e livros
Monteiro Lobato

Remontando à antiguidade, a escrita é parte essencial da humanidade
Edu Montesanti


Ô, Lobato: mas se todos aprenderem a ler e escrever, quem vai pegar na enxada?
Do proprietário do jornal O Estado de S. Paulo, quando o escritor propôs campanha para erradicar o analfabetismo no Brasil


A Era do Capital Improdutivo. A Nova Arquitetura do Poder:
Dominação Financeira, Sequestro da Democracia e Destruição do Planeta

Outras Palavras/Autonomia Literária, 2017, 316 páginas

Gênero: Economia

Autor: Ladislau Dowbor


A obra é uma síntese dos estudos que o renomado economista Ladislau Dowbor tem feito nos últimos anos sobre o sistema financeiro. Nela, o professor Dowbor trabalha com dados e pesquisas recentes que demonstram a necessidade de regulação desse sistema.

Não se trata de acabar com os bancos, mas de exigirmos processos regulatórios que controlem o imenso poder que hoje as corporações detêm. Um poder que, sem ser eleito, derruba democracias, impede que governos realizem políticas públicas, asfixia a capacidade de investimento das empresas nacionais, e reduz drasticamente a renda das famílias e de cada um de nós.

Um poder que se autofinancia por meio da especulação e se torna cada dia mais forte. Sua fragilidade, porém, é óbvia: trata-se de um capital improdutivo. Um sistema criado e fortalecido às custas de quem trabalha e efetivamente produz, cujo poder depende do desconhecimento da população que nada sabe sobre os mecanismos do sistema financeiro. Este trabalho é uma contribuição neste sentido.



A História Não Contada dos Estados Unidos

Faro Editorial, 2015, 355 páginas

Gênero: História

Autores: Peter Kuznick e Oliver Stone

Original em inglês: The Untold History of the United States


Este é um arquivo histórico importantíssimo e raro. A obra cobre um período de mais de 100 anos de história mundial, fruto de uma profunda pesquisa por cinco anos, em que os autores se debruçaram sobre arquivos da época, e conferiam dados de fontes à exaustão.

O resultado mostra que tudo está conectado: dos governos Reagan e Eisenhower a todo o conceito da Segunda Guerra Mundial; o real significado da batalha contra o nazismo; o desenvolvimento (e a alimentação) da Guerra Fria; os diversos momentos em que os Estados Unidos agiram, na verdade, como agressores.

O Macarthismo e a tradição de espionar toda gente, desde pessoas comuns à líderes mundiais; o modus operandi em que se inserem os conflitos no Iraque, Teerã, o trabalho da CIA e tantos outros eventos que, segundo documentos, tiveram como meta criar uma guerra global ao terror e dividir o mundo.

***

“Neste livro há muito material para reflexão. E essa perspectiva é indispensável. (...) O que está em jogo é se os Estados Unidos escolherão ser a polícia de uma 'Pax Americana'- a receita para um desastre-, ou o parceiro de outros países a caminho de um futuro mais seguro, justo e sustentável”

– Mikhail Gorbachev, ex-presidente russo


“Um estudo corajoso de revisão do passado, que abala diversos mitos de política externa. Abra espaço em sua estante para este livro”

– Douglas Brinkley, autor de The Great Deluge, best-seller do New York Times


“Uma leitura irrefreável, brilhante, uma obra-prima! ”

– Daniel Ellsberg, autor de Secrets: A Memoir of Vietnam and the Pentagon Papers


“Oliver Stone e Peter Kuznick contam como o país se tornou um império por meio de decisões conscientes, e a luta para manter esse Império, independente do partido no poder”

– Lloyd C. Gardner, autor de The Road to Tahrir Square


“O livro de história mais instigante, revelador e intelectualmente provocativo dos últimos anos... Altamente recomendável”

– Jornal britânico The Guardian


“Stone e Kuznick removem camadas de mitos enganosos”

– Jeff Madrick, autor de Taking America

“A imensa contribuição deste livro é quebrar o pensamento convencional, desafiando os leitores a reconceituar o papel dos Estados Unidos no mundo”

– Carolyn Eisenberg, autora de Drawing the Line: The American Decision to Divide Germany, 1944-1949


As Veias Abertas da América Latina

Editora Paz e Terra
, 2002, 307 páginas

Gênero: História

Autor: Eduardo Galeano (jornalista uruguaio)


"As Veias Abertas da América Latina propõe um rigoroso inventário da história de um continente que deu ouro e prata, açúcar e diamantes, café, minerais estratégicos e vidas humanas aos colonizadores de plantão, recebendo em troca pouco mais que um subdesenvolvimento crônico e controlado".

Jorge Escosteguy (Veja)

"Quase perfeitamente: substituindo "linguagem novelesca" por "linguagem jornalística", seu depoimento torna-se irretocável. Como um repórter, percorre todo o continente, do descobrimento aos nossos dias (ou noites), do extermínio de antigas civilizações indígenas à atual desolação de nossas maiorias".

Joseli Ernesto Gescham (O Globo)

"O escritor e jornalista Eduardo Galeano, uruguaio, até há pouco tempo diretor da extinta revista Crisis em Buenos Aires, escreveu um livro que relata os quase 500 anos de exploração econômica e miséria social na América Latina".

O. P. J. (Folha de Londrina)

O livro de Eduardo Galeano é ao mesmo tempo científico, jornalístico e didático, capaz de estabelecer profundas conexões de tempo e de espaço, unindo África, Brasil, Europa e Caribe em uma mesma tonalidade que vai do século XVI até os dias de hoje".

Luciano Ramos (Folhetim)

"É oportuno ler uma história da América Latina que é, ao mesmo tempo, fatual, teoricamente sólida e de leitura fácil. O livro realiza uma excelente tarefa ao detalhar a história paradoxal da América Latina".

Peter Roman (Science & Society Magazine, Estados Unidos)

Pergunto-me, com As Veias Abertas da América Latina nas mãos, de onde se irradia suas fascinação. É, a um só tempo, um e vários livros: história do saque continental desde os tempos das caravelas até os aviões a jato, o livro constitui síntese de economia política e manual de desditas".

Hugo Neira (Expresso, Peru)

"O livro de Galeano é absolutamente imprescindível para todos os interessados na América Latina".

(Deutsche Volkszeitung, Alemanha)



Meu grande medo é que todos nós estejamos sofrendo de amnésia.
Escrevi para recuperar a memória do arco-íris humano, que corre perigo de ser mutilado
Eduardo Galeano, em entrevista ao jornal britânico The Guardian (23.7.2013)


The War on Freedom: How and Why America was Attacked, September 11, 2001

Editora Media Messenger Books, 2002

Gênero: Política Internacional

Autor: Nafeez Mosaddeq Ahmed

Idioma: Inglês

(Livro disponível para leitura, na íntegra, através da ligação mais acima, no título)


Uma perturbadora exposição da agenda oculta do governo norte-americano, antes e depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Uma grande variedade de documentos mostra que funcionários do governo dos EUA sabiam, de antemão, da trama dos "boeings bomba", mas não fizeram nada. Será que os ataques se encaixam aos planos de uma política externa mais agressiva por parte dos EUA?

Nafeez Ahmed examina a evidência, direta e circunstancial, e a coloca perante o público em detalhes assustadores: como os agentes do FBI que descobriram a trama de sequestro foram amordaçados, como agentes da CIA treinaram membros da Al Qaeda com táticas de terror, como a família Bush lucrou com suas conexões financeiras com os Bin Laden, bem como com a guerra no Afeganistão. Leitura obrigatória para quem quer entender a nova guerra dos Estados Unidos contra o terror.

(Fonte: Amazon.com). Tradução livre)


Rumo a uma Guerra Santa? O Debate do Século

Jorge Zahar Editor, 159 páginas

Gênero: Política

Autor: Roger Garaudy


SERIA UMA GUERRA ENTRE O ISLÃ E O CRISTIANISMO? Não. Entre o ateísmo e a fé? Tampouco. A "guerra santa", para Roger Garaudy, será travada entre o "monoteísmo do mercado", isto é, o dinheiro, e todos os que desejam um sentido para a vida.

GARAUDY INCOMODA. CRÍTICO CONTUNDENTE e incansável do modelo ocidental de crescimento, volta-se aqui contra todos os tipos de dominação, sobretudo a religiosa. Afinal, vaticina, o que salvará o século XXI não será nem o cristianismo nem o islã. Nem a religião dominante dos dominadores, nem a religião dominante dos dominados. Porque a história só comecará com a morte das dominações.

INSURGINDO-SE CONTRA A DIVISÃO existente no mundo entre os abastados e os que passam fome, Garaudy se pergunta porque as tradições espirituais e as grandes religiões permanecem mudas e indiferentes a esse flagelo mundial. E responde sem rodeios: "Porque ao longo da história compactuaram com os poderes dominantes e tornaram-se religiões de dominação".

PORÉM, RESSALVA, É EM SEU BOJO que se encontra o princípio da libertação e superação dessas divisões desumanas.

A EDIÇÃO BRASILEIRA INCLUI AINDA uma resposta de Roger Garaudy ao papa João Paulo II, na qual tece incisivas críticas ao teor da encíclica Evangelium Vitae.



Fernando Pessoa - Poesias

Editora L&M Pocket, 1996, 134 páginas

Gênero: Poemas (portugueses)

"Tudo vale a pena se a alma não é pequena"

(trecho de poema de Fernando Pessoa)

(1888-1935) Dono de romantismo impressionante, Fernando Pessoa usa as palavras com muita sabedoria, beleza, harmonia e paixão.

Este livro inclui também poemas maravilhosos de Álvaro Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reiz, e ainda Poesias Coligidas, Quadras ao Gosto Popular e Poemas para Lili.

Os amantes de poema não podem deixar de ler esta linda coletânea!



Síndrome de Pinóquio

Editora Planeta, 2003, 575 páginas

Gênero: Romance (norte-americano)

Autor: David Zeman, doutor em Filosofia pela Universidade Johns Hopkins, nos EUA,
autor de várias obras sobre filosofia. Síndrome de Pinóquio é seu primeiro romance.


O TRANSATLÂNTICO CRESCENT QUEEN leva um grupo de jovens estudantes em cruzeiro quando sofre o impacto de uma arma nuclear de origem desconhecida e desfaz-se instantaneamente. Pouco tempo depois, uma estranha doença começa a tomar conta dos Estados Unidos e não demora muito, torna-se uma epidemia, contagiando pessoas no mundo inteiro. Sem origem e cura conhecidas, a peste paralisa suas vítimas criando uma deformidade física terrível, pela qual passa a ser chamada Sídrome de Pinóquio.

COBRADO PELO ESCLARECIMENTO do ataque ao Crescent Queen e pela solução da misteriosa doença que se espalha, o presidente dos Estados Unidos perde popularidade e á acusado de ser indulgente com os terroristas. Acuado quando seu vice-presidente cai prostrado pela peste, resta apostar tudo no carisma do jovem senador Michael Campbell, verdadeiro herói nacional, e colocá-lo na vice-presidência imediatamente. Mas enquanto a Casa Branca sofre duros golpes dos acontecimentos, e os cientistas procuram fracassadamente pela cura da Síndrome, a repórter Karen Embry segue as pistas por conta própria e uma outra história começa a aparecer.

AS ROUPAS NOVAS DO REI

Todos os súditos estavam de joelhos, admirando as roupas novas do rei. Aos milhares, os plebeus o aplaudiam. Nunca tinham visto algo tão bonito.

De repente, uma garotinha que segurava a mão da mãe em meio à multidão apontou o dedo ao rei e disse: - Mamãe, o rei está nu! Ele não está usando roupa nenhuma!


Ninguém acreditou na garotinha. Sua mãe pediu que ficasse quieta e todos esqueceram dela. As pessoas continuaram a admirar as roupas novas do rei (...). Todos os outros agiram motivados por seus interesses, por seus medos ou por uma combinação de ambos.

SÍNDROME DE PINÓQUIO



Ascensão e Queda das Grandes Potências - Transformação Econômica e Militar de 1500 a 2000

Editora Campus, 2000, 513 páginas

Gênero: História econômica e militar

Autor: Paul Keneddy, historiador inglês formado pelas Universidades de Newcastle, Oxford e Bonn.


NESTE IMPORTANTE E LÚCIDO ESTUDO, o historiador contemporâneo Paul Kennedy traça a ascensão e queda das grandes potências mundiais em um período de cinco séculos. Começando no século XVI, com a ascensão do Império Habsburgo, e concluindo com uma brihante análise das tendências econômicas e tecnológicas de hoje para o equilíbrio de forças no século XXI, ele mostra como a interação das forças econômicas e militares governa o progresso das nações.

SEJA NO SÉCULO XVl OU NO SÉCULO XXI, uma nação projeta o poder militar de acordo com seus recursos econômicos. O alto custo da manutenção da supremacia militar, porém, enfraquece a base econômica. As grandes potências em declínio reagem gastando mais com a defesa, e desse modo intensificam seu processo de enfraquecimento, desviando recursos essenciais dos investimentos novos e produtivos. Ao descrever a ascensão e posterior queda dos principais países no grande sistema de poder desde o avanço da Europa Ocidental no século XVI - de nações como a Espanha, Holanda, França, Império Britânico e atualmente os Estados Unidos - Paul Kennedy mostra a correlação significativa que sempre houve, em toda a História, entre a capacidade produtiva e criadora de receitas e a força militar.

EM UM ESTUDO DE AMPLAS PROPORÇÕES e ao mesmo tempo detalhado em sua análise, Paul Kennedy esclarece a política das grandes potências durante mais de cinco séculos e focaliza o dilema crítico enfrentado hoje pelos Estados Unidos, pela ex-União Soviética anos atrás, Europa Ocidental e as potências emergentes da Ásia.

ASCENSÃO E QUEDA DAS GRANDES POTÊNCIAS, 31 semanas nas listas de best-sellers do New York Times Book Review e da Publishers Weekly, já se tornou um clássico internacional.



O Poder da TV

Editora: Scipione

Gênero: Ciências Sociais

Autor: José Arbex Jr.


Essa obra discute a televisão como um veículo de simulação de imagens pouco criticado pelo telespectador, que o cultua indiscriminadamente.

A televisão não é como um livro, nem sequer é como um jornal cuja leitura pode ser interrompida, refeita, submetida a reflexões. A dinâmica das imagens da TV solicita respostas imediatas do telespectador.

Ao tratar da relação entre o telespectador e a TV, o autor demonstra como tudo o que é veiculado por ela tende a se tornar um espetáculo.

Trecho do Livro:

"(...) Censores militares enlouqueceram quando um comandante deixou alguns repórteres virem um vídeo feito de um helicóptero Apache que atacou um batalhão no Iraque. No tape, adolescentes aterrorizados correm caoticamente por todas as direções, enquanto metralhadoras disparando do helicóptero, que eles não conseguem ver, cortam seus corpos pela metade. O vídeo foi rapidamente tirado de circulação. Quando perguntei a razão disso a um funcionário do Pentágono, ele respondeu: 'Se permitirmos que as pessoas vejam esse tipo de coisa, nunca haverá outra guerra'."


Série de Vídeos Baseados no Livro "História do Brasil", de Boris Fausto

I. Colônia / II. Império / III. República Velha / IV. Era Vargas / V. Período Democrático / VI. Regime Militar / VII. Redemocratização

A história é vital para a formação da cidadania porque nos mostra que, para compreender o presente, é preciso entender quais os caminhos percorridos pela sociedade brasileira; senão, parece que tudo começou quando tomamos consciência da nossa vida
Boris Fausto

➳
Muito mais recomendações literárias
com ligações para e-books,
em Mateando com Edu - Página 2

Perguntaram ao Dalai Lama:

- Que mais lhe surpreende na humanidade?

- Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem-se do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente, nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer.... E morrem como se nunca tivessem vivido.



Grupo Amigo Bicho

Somos amigos que se dedicam sem nenhuma compensação financeira.
Por amor e compaixão, batalhamos dia a dia em defesa dos animais


Thaís Zimmermann Darif, uma das 242 pessoas que perderam a vida no criminoso incêndio da boate Kiss na cidade gaúcha de Santa Maria em 27 de janeiro de 2013, sempre colaborou com o Grupo Amigo Bicho. Estudante de Medicina Veterinária, Thaís, hoje um anjinho velando por nós, havia prometido que, quando se formasse, faria tudo o que estivesse ao seu alcance pelo Grupo Amigo Bicho.

O sonho desta menina linda, irradiante de energia, hoje um anjinho que nos guarda e dá forças para seguir adiante, pode se tornar realidade com sua ajuda: um Centro de Reabilitação para o Amigo Bicho. Que tal tornar este sonho realidade?! Certamente, Thaís sorrirá de maneira tão bela quanto na imagem acima, se este sonho for concretizado entre nós em prol das vidas inocentes que ela tanto ama!

O Grupo Amigo Bicho precisa muito de sua colaboração: não é um sonho?! Para Thaís, sim. E para os animaizinhos de tantos afagos da Thaís, um Centro de Reabilitação com estrutura capaz de atender aqueles em situação vulnerável será tudo de bom! Qualquer quantia é muito bem vinda por nossa anjinha dos Pampas, e pelos inocentes que tantos maus-tratos sofrem.

Contato: 49 - 8427-4557 / Contribuições: Banco do Brasil, Ag. 1388-9, Cc 14223-9, em favor de Rogério Salla Darif


Vai, sutileza incomparável - a tua, Santa Maria:
dá a cada um teu cálido manto,
fiel ombro fagueiro.

Pôr do sol, o Guaíba é todo pranto.
Suas vicejantes margens já não mais espetacularizam,
excruciantes: choram almas, clamam copiosamente;
a teus filhos que se foram, o resplendor do Pegureiro,
da chalana compassivamente
a acenar, para neles eternamente raiar.


Leia o poema "Santa Maria - Almas que Choram"
em Palavras do Coração - Poemas

Thaís, nossa eterna princesa


Falta de inspiração é a desculpa dos poetas e escritores preguiçosos
Reinaldo Montero, escritor cubano


Somos Todos Santa Maria!! Não ao Esquecimento!

Brasileiro não pode mais ser sinônimo de apatia e indiferença. Este país não pode mais ser o da impunidade


Acesse Somos Todos Santa Maria - Por Memória, Verdade e Justiça: Documentos, Artigos e Série Especial de Reportagens


Povo que esquece seu passado, está condenado a vivê-lo novamente
Nicolás Avellaneda, jurista argentino (1837-85)



Você sabia que...

... uma alimentação rica em fibras ajuda na limpeza intestinal, gerando maior quantidade de serotonina, substância produzida por neurotransmissores que causa equilíbrio físico e emocional, sensação de bem-estar e bom-humor, aliviando a ansiedade?

E que a maior incidência de anemia se dá em quem come carne e não em vegetarianos, e que os primeiros, de acordo com recentes pesquisas internacionais, têm chance 54% maior de adquirir câncer de próstata, e 88% de intestino grosso?



mais informações sobre alimentação e saúde, em MEIO AMBIENTE, ESPORTE & SAÚDE


Imagem: Instituto Nina Rosa
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#Posté le mercredi 18 juin 2008 08:18

Modifié le lundi 27 novembre 2017 00:13

O melhor cacau e o melhor café do mundo, são:

a) Brasileiros;
b) Argentinos;
c) Venezuelanos;
d) Suíços;
e) Canadenses.

Confira a reposta aqui - e surpreenda-se


Assista ao vídeo Nova Ordem Mundial Explicada

Saiba o que está por trás da parceria monopólio da mídia - políticos


O mundo gosta de pessoas neutras, mas só respeita as que têm atitude
Sérgio Vaz, poeta, na revista Caros Amigos, julho de 2012



Você sabia que...

... Edu Montesanti, ao vivo na rádio Trianon-SP em 2003, afirmou que o então presidente da
Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah (quem renunciaria ao cargo três meses
depois para não ser cassado pela Justiça), era mau-administrador, corrupto e ditador?
Detalhe: o dito-cujo era proprietário de tal rádio, até falecer em estado de depressão em 2014




Ninguém, jamais, comprará meu silêncio, e nem sequer uma vírgula da minha opinião
Edu Montesanti
 
Não temo a morte, mas o silêncio frente à injustiça. Se morrer não me arrependerei, pois eu disse a verdade
Malalaï Joya
 
A omissão é grande força sustentadora da corrupção, cumplicidade tão indecente quanto o direto apoio à tal
prática com o diferencial de ser talvez mais cínica, mais covarde, de servir como anestesista da consciência

Edu Montesanti
 
Há homens que lutam um dia, e são bons. Há outros que lutam um ano, e são melhores.
Há quem lute muitos anos, e são muito bons. Mas há os que lutam a vida toda, esses são os imprescindíveis

Bertold Brecht


"(...) Novas gerações de jornalistas que chegam ao mercado despreparadas não tecnicamente, mas na dimensão deontológica. (...) As escolas de jornalismo não têm conseguido formar profissionais críticos e éticos, mas sim despejado no mercado de trabalho pessoas adestradas, temerosas e complacentes com eventuais intromissões dos seus superiores hierárquicos. Intervenções, inclusive, que poderiam vir na contramão dos interesses que devem orientar o jornalismo e suas práticas."
Rogério Christofoletti, professor da Universidade Federal de Santa Catarina. Observatório da Imprensa, 31.10.2012


Artigo
Eduardo José Farah. O Homem que Pode Mostrar a Ricardo Teixeira a Amargura.
E, Principalmente, A Dor de Quem Acreditou que Seu Poder Seria Eterno. E Se Vê Esquecido...

por Cosme Rímoli, 13.3.2012 / R7 Notícias

Ninguém passa sem marcas no futebol.
Ainda mais quem foi poderoso e caiu em desgraça.
Soube de uma das maiores tristezas da vida de Alberto Dualib.
Ele teve a confirmação que um de seus parentes procurava ocultar o próprio sobrenome.
Não queria ficar marcado no trabalho por ter parentesco com o ex-presidente corintiano.
Foi uma mágoa profunda...
No entanto, um dos dirigentes mais tristes com a reviravolta na sua vida é outro.
Seu nome: Eduardo José Farah.
Aos 78 anos, muito doente, ele vive recluso.
Amargurado, afastou-se do mundo do futebol em 2003.
Uma das últimas aparições públicas foi há dois anos.
Falou sobre a Copa de 2010.
As mãos e a voz estavam trêmulas.
Cabelo, bigode e sobrancelhas brancos sem a tinta caju, sua marca registrada.
Mais que a idade, a amargura o envelheceu.
Transformou-o em uma sombra do homem decidido, imponente que mandava com mão de ferro na FPF.
Seu reinado durou 15 anos.
Naquele período, fez o que quis com o futebol mais rico do País.
Instituiu um velho hábito na Federação.
Os almoços em que os dirigentes de clubes grandes e pequenos brigavam por um lugar à mesa.
Farah transformou a FPF em uma potência milionária.
Tirou a sede de um velho prédio na avenida Brigadeiro Luiz Antônio.
Levou-a para uma fortaleza imponente com direito a heliporto, na Barra Funda.
Valor da obra: R$ 14 milhões.
Fez questão que o prédio tivesse uma bola gigantesca, e o símbolo da FPF.
Queria que fosse visto de longe e demonstrasse seu poder.
Farah fez questão de instalar câmeras em todos os andares e nas maiorias das salas.
Tinha mania de perseguição.
E queria controlar absolutamente tudo o que acontecia no milionário prédio.
Pensava que controlava.
Farah adorava a mídia.
Queria se tornar um dirigente internacional, com grande prestígio.
Adorava chamar atenção para a FPF e seu pensamento 'moderno'.
"Criei a parada técnica, o spray que os árbitros usam, as várias bolas para o jogo não parar.
Parada técnica, limite de faltas, lateral com os pés.
E também as cheerleaders, meninas que dançam nos intervalos das partidas.
A Federação Paulista deu sua contribuição para a modernização do futebol mundial."
Se tivesse ficado nisso, tudo bem.
Mas foi Farah quem instituiu o controle econômico dos clubes.
Controlava a todos antecipando as verbas de transmissão da televisão.
Muitas vezes, emprestava o dinheiro de um ou até dois anos adiantados.
Com isso, tratava a todos com rédeas curtas e pouco milho.
Era o Imperador do futebol paulista.
E não abria mão disso.
Adorava sua popularidade.
Criativo, quando quis o amor dos corintianos, criou o Disque Marcelinho.
A rica FPF foi repatriar o jogador da Espanha.
E entre quatro números de telefones, os torcedores deveriam escolher o destino do jogador.
Foi uma promoção destinada ao Corinthians, todos sabiam.
E Farah devolveu o jogador ao Parque São Jorge.
O presidente da FPF quase foi canonizado.
Mas a ambição cegou Farah.
Ele queria um cargo maior que o da presidência da FPF.
Aproximou-se de Ricardo Teixeira nos primeiros dias de poder.
Tinha certeza de que ganharia a confiança do genro de João Havelange.
Só que não contava com a concorrência dura e forte.
Dois homens acostumados com os bastidores do poder se juntaram para anulá-lo.
E conseguiram.
Eurico Miranda e Eduardo Viana se aliaram a Teixeira e exigiram que virasse as costas a Farah.
Desesperado, o dirigente paulista tentou fazer um pacto com o presidente da CBF.
São Paulo sempre estaria com ele, se o ajudasse a assumir a Confederação Sul-Americana de Futebol.
Teixeira foi obrigado a escancarar o pacto entre Brasil e Argentina.
Nicolás Leóz está desde 1986 comandando a entidade por ser paraguaio.
Brasileiros e argentinos se comprometeram a sempre manter na Sul-Americana alguém que não tenha nascido em nenhum dos países.
Assim garantem, teoricamente, um equilíbrio de forças.
Farah tentou que Teixeira o ajudasse a ter um forte cargo na Fifa.
Mas o presidente da CBF estava muito ligado a Eurico Miranda e Caixa d' Água.
Desprezou o pedido de Farah.
Enquanto olhava para fora do país, o dirigente se descuidou.
Perdeu toda a força na sua Federação.
Ao mesmo tempo, tornou-se alvo de uma terrível investigação da Receita Federal.
As denúncias eram estampadas nas primeiras páginas dos jornais.
E em revistas de circulação nacional.
Ele tentou fazer seu sucessor José Reinaldo Carneiro Bastos.
Mas não conseguiu.
Marco Polo del Nero, seu advogado por 18 anos, foi mais ágil na transição.
Ajudou-o demais com a Receita Federal.
E Farah tinha a convicção de que continuaria com os privilégios de presidente.
Com relembra o comentarista Flávio Prado:
"Como Farah ainda tinha voz forte, Del Nero prometeu-lhe tudo.
Até a permanência na mesma sala, motorista, salário régio etc.
Aos poucos foi cortando tudo.
Até que Farah sumiu."
De repente, o homem todo poderoso viu-se esquecido.
E completamente sem saída.
Era 2003.
As portas da CBF já estavam fechadas a ele há muito tempo.
As da FPF se mostraram ainda mais trancadas.
Rancorosos com sua maneira ditatorial de comandar, os dirigentes dos clubes também não quiseram saber dele.
Jornalistas só queriam falar da sua riqueza, dos problemas com a Receita Federal.
Velhos amigos de Farah revelam que ele foi perdendo sua característica mais forte: a vaidade.
Abandonou os ternos italianos.
Parou de pintar o cabelo, o bigode, as sobrancelhas.
Isolou-se de tudo e de todos.
Envelheceu de repente.
Sem o poder, perdeu o viço, a alegria de viver.
Doente, faz hemodiálise três vezes por semana.
Quer distância da Imprensa.
Ser esquecido.
E esquecer que, por 15 anos, foi o homem mais poderoso do futebol paulista.
A história de Eduardo José Farah vem a calhar.
No dia seguinte ao final de 23 anos de Ricardo Teixeira na CBF.
De Miami, ele deveria ligar para Farah.
E preparar-se para o amargor de quem se achava eterno.
Um dia pareceu que Farah nunca sairia da FPF.
Assim como a CBF desabaria sem Teixeira.
"A gente se acostuma com o poder.
É bajulação de todos os lados.
E, depois, quando perdemos o cargo, tudo muda.
Ninguém nos abre a porta dos carros, carrega as nossas malas, nos dá as melhores mesas nos restaurantes.
E a verdade é uma só.
Depois de ser rei, ninguém quer voltar a ser plebeu."
Sábias palavras de Alberto Dualib.
Elas se aplicam bem demais ao destronado Eduardo José Farah...


Nota do Blog - Apenas faltou o jornalista Rímoli mencionar que, durante o reinado de 15 anos de Farah, os jornalistas também eram tratados com rédea curta e pouco milho, a exemplo dos dirigentes dos clubes, ao que os profissionais de comunicação respondiam com fidelidade canina a um dos imperadores mais nocivos que o futebol já teve, bajulando-o de todas as maneiras. Além de Jorge Kajuru, Juca Kfouri e Armando Nogueira, NENHUM outro jornalista ousava contrariar o autoritário Eduardo José Farah. Rímoli menciona que quando a Receita Federal iniciou investigações contra Farah, os jornalistas falavam muito nisso, o que é uma verdade muito relativa: os noticiários não discutiam a fundo a roubalheira indiscriminada praticada pelo então presidente da FPF, apenas reportavam que ele enfrentava problemas fiscais e quando Farah enfim renunciou, nunca mais se falou no assunto conforme revelaria Kajuru que no Cartão Verde [debate esportivo da TV Cultura-SP, onde trabalhou], proibiram-no de tocar em Farah e em sua renúncia, alegando tratar-se de "assunto do passado". Vale observar: Farah é ligado à banda podre da Justiça e da Polícia Civil paulistana, pertence à gangue de Paulo Maluf entre outros personagens nada simpáticos à sociedade. Os jornalistas foram muito exitosos em vender, por mais de uma década, a ideia de que o futebol paulista era realmente moderno, exemplo mundial a ser seguido, ressoando Farah. Quando "a casa caiu", nunca mais se falou no assunto - pesquise nos sítios de busca da Internet pelo caso e praticamente nada será encontrado, nem mesmo sobre a administração e a pessoa de Farah em geral, por uma década e meia o bajulado presidente da federação de futebol mais rica do país. Por quê?

Pode-se enganar a todos por algum tempo; às vezes, pode-se enganar a quase todos o tempo inteiro,
mas não se pode enganar a todos o tempo todo

Abraham Lincoln


Você sabia que...

... segundo o relatório da Unesco de 2011, apenas 2% da ajuda financeira dos
países doadores de ajuda internacional é destinada à educação no mundo?

Somente com o que os países ricos dedicam a gastos militares durante seis dias, seria possível anular o déficit anual de financiamento do programa "Educação para Todos", avaliado em 16 milhões de dólares


Criança chegando à escola na Palestina


"A economia de guerra proporciona abrigos confortáveis para dezenas de milhares de burocratas com e sem uniforme militar que vão
ao escritório todo dia construir armas nucleares ou planejar uma guerra nuclear; milhões de trabalhadores cujo emprego depende do sistema de terrorismo nuclear; cientistas e engenheiros contratados para buscar aquela "inovação tecnológica" final que pode oferecer segurança total; fornecedores que não querem abrir mão de lucros fáceis; intelectuais guerreiros que vendem ameaças e bendizem guerras." Richard Barnet, Real Security, Nova Iorque, 1981. Citado por Eric Hobsbawm em Era dos Extremos, uma de nossas recomendações literárias,
em Mateando com Edu, Página 2


TRANSPARÊNCIA RADICAL NA ERA DA INTERNET
Uma Questão de Liberdade

"O desenvolvimento de novas tecnologias de comunicação, a imediatez e o alcance que possibilitam está
necessariamente influenciando. Quando se trata seriamente esse tema, vê-se que é um tema da humanidade.
Os jovens são especialmente sensíveis a isso. Na medida em que têm acesso à informação, eles se interessam.
Por isso, precisamos ter acesso à toda informação, não apenas a uma verdade parcial ou a uma mentira parcial"

(Macarena Gelmán, cujos pais foram assassinados pela ditadura militar argentina em 1976, logo que ela nasceu)


Há 20 anos, quando ruía o Muro de Berlim e junto a União Soviética, quem diria que um presidente dos Estados Unidos, no caso George Bush (2001-2009), tido como o homem mais poderoso do mundo eleito e reeleito à Casa Branca (comprovadamente de maneira fraudulenta em ambas as eleições), pediria repetidas desculpas diretamente ao sofrido povo iraquiano, após se tornar escândalo mundial as torturas por parte de soldados norte-americanos na prisão iraquiana de Abu Ghraib, e depois pelos tiros de outro soldado de seu país sobre um exemplar do Alcorão no Iraque?

Retratações, em grande parte, feitas devido ao encurralamento e constrangimento pela pressão mundial cada vez maior por não haver no Iraque bombas de destruição massiva, motivo que, supostamente, o levara à prepotente invasão genocida passando por cima da ONU, do Direito Internacional, da própria Constituição dos EUA e que tantos civis inocentes torturou e assassinou no Oriente Médio, crimes de guerra e contra a humanidade cada vez mais evidentes.

A que se devem tais retratações por parte de altos escalões da política internacional, nada comuns na história mundial mas que temos testemunhado com certa frequência nos últimos anos?

A era da Internet permite que pessoas comuns de todas as partes do mundo tenham acesso às mais diversas informações em tempo real, conectem-se, organizem-se (tão eficazmente a ponto de derrubar antigos líderes ditatoriais, como em países do mundo árabe), e criem suas páginas sendo, elas mesmas, produtoras de notícias e formadoras de opinião.

Grande ícone dessa era é WikiLeaks, destemida organização jornalística que tem publicado telegramas secretos e confidenciais emitidos pelas embaixadas dos EUA em todo o mundo, evidenciando a totalmente corrupta e assassina essência de grande parte do poder político, disponibilizando mais de 250 mil documentos em seu sítio de fácil acesso para que ativistas e autores de denúncias em todo o mundo difundam tais revelações.

Mesmo nos EUA, tão autoafirmados a "maior democracia do mundo", após os ataques do 11 de Setembro foram estabelecidas por Bush as Patriot Acts (Leis Patrióticas) que, em vigência até hoje, legitimam o monitoramento indiscriminado do acesso à Internet de qualquer cidadão, além de praticar ampla sorte de arbitrariedades: invadir domicílios, espionar, interrogar e torturar supostos suspeitos de terrorismo sem direito à defesa.

Com isso, grampos telefônicos tornaram-se prática comum nos EUA desde a administração de Bush, bem como o próprio monitoramento do uso da Internet. Ao FBI (Departamento Federal de Investigação, na sigla em inglês - a polícia secreta norte-americana), foram ampliados os já existentes poderes arbitrários, como o de vistoriar uma casa na ausência dos residentes - as Patriot Acts trataram de tornar oficial essa ofensiva prática.

Assim como George Bush, usando e abusando do demagógico discurso democrático, até do bom nome de cristão na praça cerceava a liberdade, assaltava cofres públicos - nacionais e internacionais - e dizimava povos, muitos políticos agem das velhas maneiras maquiavélicas sem considerar as novas tecnologias que permitem tal revolução da informação, o que se configura em armadilha contra eles mesmos. É exatamente aí que os grandes poderes coercitivos têm-se complicado nos últimos anos.

Há anos, mesmo que alguns não se deixassem enganar por ditos e feitos de muitos políticos, no final das contas tudo acabava no dito pelo não dito, tal como a ditadura militar no Brasil, imposta em nome de Revolução Democrática e direitos humanos sob forte apelo religioso, entre tantos outros acontecimentos dentro e fora do país que aterrorizaram e mancharam de sangue a história, enquanto vozes contrárias clamavam solitárias no deserto para todo o sempre. Tanto que, desde a chamada redemocratização do Brasil, nossa política é composta por diversas figuras que foram ativas na época da ditadura, e pouco se comenta ou mesmo se sabe disso no país.

Uma Questão de Liberdade

Hoje, as coisas mudaram bastante. Está comprovado que Bush, homem mais poderoso do mundo por oito anos, é corrupto e invadiu países do Oriente Médio baseado na mentira, motivado por interesses regionais e econômicos. Alguém pode democraticamente discordar disso (grande paradoxo, uma defesa democrática de Bush), mas trata-se de fato inconteste, não mais simples opinião - os que possivelmente defendam Bush, da maneira que for, são, ironia do destino, as vozes que clamam no deserto vazio hoje. Sinal dos tempos.

Perante tal realidade, temos visto o desconforto de muitos políticos e de setores reacionários das mais diversas sociedades em relação a esse novo padrão da informação mundial: no Brasil, há tentativa dos senadores da República de aprovar lei que limita seriamente a blogosfera.

Poucos meses atrás, na Tunísia e no Egito os ex-governos repressores bloquearam o acesso individual à Internet enquanto a sociedade se manifestava de maneira absolutamente pacífica, totalmente desarmada até derrubar, estoicamente, esses mesmos poderes cujos ventos da liberdade hoje sopram cada vez mais intensamente em diversos lugares do mundo sob poder repressivo, tais como Líbia, Palestina, Jordânia, Bahrein, Iêmen, Arábia Saudita, Afeganistão, China entre tantos outros.

Os donos do poder estão se dando conta disso tudo que tem se voltado contra eles, certamente se adaptarão à nova realidade no que diz respeito à maneira de agir e também, sem dúvida, tratarão de desfazer essa armadilha na qual muitos têm caído - seja mudando as próprias táticas políticas, seja limitando as informações pela Internet, seja dessas duas maneiras ou até mais, não sabemos o que pode ser criado futuramente.

A plena democracia só pode ser alcançada através da transparência radical, e a Internet tem possibilitado chegar-se a isso. A esse respeito, afirmou o secretário-geral da Anistia Internacional, Salil Shetty:

"A informação é fonte de poder, e para quem desafia os abusos de poder dos Estados e de outras instituições, vivemos uma época de imensas possibilidades. Desde que a Anistia Internacional surgiu, há meio século, temos visto e moldado transformações semelhantes na luta de poder entre os que cometem abusos e as pessoas corajosas e criativas que denunciam as injustiças.

"Como movimento que se dedica a canalizar a indignação das pessoas de todo o mundo em favor de outras pessoas injustiçadas, nós nos empenhamos em apoiar os ativistas que acreditam num mundo em que a informação seja verdadeiramente livre e onde as pessoas possam exercer o direito de manifestar pacificamente suas diferenças de opinião sem serem controladas pelas autoridades.

"A pessoas cansaram de viver com medo. Uma gente corajosa, estimulada por lideranças jovens, resolveu se erguer em defesa de seus direitos enfrentando balas, tanques, gás lacrimogêneo e espancamentos. Essa bravura – combinada com as novas tecnologias que estão ajudando os ativistas a denunciar e suplantar a repressão governamental da livre expressão e das manifestações pacíficas – é um sinal para os governos repressores de que seus dias estão contados.

"Mas as forças da repressão estão reagindo com fúria. A comunidade internacional não pode desperdiçar essa oportunidade inédita de mudança, e deve garantir que este despertar dos direitos humanos que vimos em 2011 não se torne uma ilusão”, afirmou Salil no Informe Anual da Anistia Internacional' 2011 - "O Estado dos Direitos Humanos no Mundo".

Por tudo isso, o poder corrupto tende a ficar ainda mais agressivo ao invés de recuar ou simplesmente aceitar as coisas como estão. Como a plena democracia só pode ser alcançada através da transparência radical, cabe às pessoas que amam liberdade, direitos humanos e justiça atingir esse nível sendo porta-vozes persistentes do que defendem, usufruindo da época ímpar que vivemos e do espaço que está disponível jamais permitindo que seja impedido o direito à informação irrestrita - e que esta seja cada vez mais responsável, verdadeira e corajosa. É só uma questão de liberdade...

Setembro de 2011

Não há exército que possa invadir totalmente um Estado; mas os veículos de informação podem
Rafael Correa, presidente do Equador
 
Liberdade de expressão deve incluir liberdade de distribuição, uma das coisas mais importantes que a Internet nos deu
Julian Assange, 3.2.2013 (entrevista ao Estado de S. Paulo)
 
A liberdade custa muito caro e temos que nos resignar a viver sem ela, ou decidir pagar o seu preço
José Martí

"O rico rouba ao pobre, chama-se 'negócio'.
O pobre defende o que é seu, chamam de violência"

Manifestação popular na Costa Rica, novembro/2013

É preciso um gesto de coragem das pessoas comuns, para mudar a história
Barack Obama

O direito à vida é maior que o direito à propriedade privada
Cartaz levantado por civil durante Revolução Russa - 1917

Até agora, eles acreditavam que lei e ordem estavam de acordo com os interesses de proprietários
de terra e burocratas, mas nós asseguramos a lei e a ordem de acordo com os interesses da maioria

Lenin, 1917

Meine Ehre ist Treue (Minha honra é a subordinação cega)
Lema das SS nazistas de Adolf Hitler


Você já notou que...

... quanto mais os donos dos templos conquistam espaço político apoiados em seus fieis, paradoxalmente esses mesmos fieis estão cada vez mais despolitizados? Pois tal paradoxo não é mera coincidência: cada cabresto ungido tem alto valor nessas confrarias. O cúmulo da ignorância é idolatrado, bem raivosamente disputado neste sistema podre sem espaço para o mínimo uso da inteligência


Religião é baseada no medo da maioria, proporcionando lucros à minoria; esta minoria instrumentaliza o medo da maioria
Henri-Marie Beyle (Stendhal, 1783-1842)


A IDADE DA MENTIRA
Estudos Científicos Apontam Religião como Histórico Fator de Tensão Social

Novos estudos científicos negam histórico mito pacificador das grandes religiões. Uma síntese da realidade, histórica, política, social
e religiosa (reforçada por exposição de documentos secretos dos porões do poder), explica por que, ainda assim, elas crescem
vertiginosamente e, quanto mais se multiplicam, mais geram divisões ferozes e muita guerra – sob a bênção dos poderes políticos

Os frágeis alicerces psicológicos das religiões dominantes e dominadoras, que manipulam como poucas instituições o imaginário coletivo,
são inversamente proporcionais aos alicerces materiais de suas cúpulas e a todo o aparato à disposição – incluindo instituições estatais,
a mídia e a propaganda. Tudo isso a fim de dominar e acumular riquezas em um blindado sistema de privilégios, completamente verticalizado e bem menos transparente que o próprio sistema político corrupto

Aliança histórica, Estado e religião apoiam-se um no outro cinicamente em nome do bem-estar social e de Deus, sob o velado contrato social: roubalheira indiscriminada por anestesia da consciência. O uso equivocado da religião para retirar das pessoas a consciência cidadã, que tanto amedronta os podres poderes

"Não existe organização criminosa mais bem-sucedida, que a que conta com apoio estatal"
(Misha Glenny em
McMáfia – Crime sem Fronteiras)

29 de dezembro de 2015 / Publicado no Diário Liberdade (Galiza) e na Pravda (Rússia)

Republicado por Pátria Latina, por História Vermelha, por e-Democracia (Portal da Câmara dos Deputados), e por Ensino Público


Recentes estudos arqueológicos (se não bastassem incontáveis evidências cotidianas) contradizem mito de que religião une sociedades, e leva paz às nações. Pelo contrário: provoca divisões e enfrentamentos, segundo várias escavações desde, ao menos, 700 anos antes de Cristo (a.C.).

Realizadas no México pelo professor Arthur A. Joyce e pela professora Sarah Barber nos vales de Rio Verde e de Oaxaca (costa pacífica do México), as últimas pesquisas científicas que avaliaram o período de 700 a.C. a 22 d.C., apontam a religião como fator agravante para confrontos, fortalecendo de maneira ínfima a união das comunidades locais além de servir como obstáculo para o desenvolvimento de grandes instituições.

Os estudos demonstraram claramente que aqueles que controlavam a vida espiritual e os rituais religiosos, com grande frequência confrontavam-se com líderes seculares por interesses pessoais (alguma semelhança com os dias de hoje, e com o que conhecemos da pobre e mal-contada história?).

Os professores das universidades de Colorado e da Central Flórida, ambas nos Estados Unidos, contradizendo crenças históricas, acreditam que a religião não uniu sociedades passadas, mas que tem produzido exatamente o efeito reverso.

“Considerando o papel da religião na vida social e na política hoje, tal fato não deveria ser uma grande surpresa”, afirmou o professor Joyce ao jornal britânico The Independent em 22 de dezembro de 2015.

Curiosamente, a educação e a cultura em todo o mundo se deterioram desenfreadamente além da fome crônica, das mortes por doenças facilmente tratáveis, da corrupção e das guerras que crescem tão vertiginosamente a nível global quanto as religiões.

No caso do Brasil, tem crescido meteoricamente o número de adeptos das religiões cristãs, tanto de católicos – através da Renovação Carismática – quanto, principalmente, de protestantes cujas igrejas se proliferam destacadamente no País – sendo estes 22,2% da população total brasileira em 2010, o que representa 42,3 milhões de pessoas de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), um crescimento de 61,43% de aumento em 10 anos já que em 1991, o percentual de evangélicos era de apenas 9% da sociedade brasileira. Neste frenético ritmo têm sido transformados em confrarias religiosas teatros, cinemas, livrarias, centros culturais em geral, estádios e ginásios esportivos, botecos, etc.

Contudo, paralelamente ao que se denomina de "avivamento do Evangelho" entre as religiões brasileiras predominantes, o país sul-americano piorou no quesito corrupção nos últimos anos segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Transparency International. O preconceito é alarmantemente agressivo, atingindo níveis cada vez mais assustadores no Brasil. Segundo a Unesco, de 1979 a 2003 o índice de homicídios na população brasileira cresceu 542,7%, e 742,9% entre os jovens, sendo motivo de óbito de um em cada três destes. Em curva ascendente na última década, o número de mortes violentas tem estado na cifra de 55 mil anualmente (índice de grave guerra civil, segundo a ONU). Isso tudo, além da realidade nua e crua do dia-a-dia que dispensa medidores estatísticos.

A que se deve tal fenômeno mundial? Apenas por uma questão de lógica, mínima que seja, a equação não deveria apontar, exatamente, ao sentido contrário considerando o crescimento da religiosidade global?

Conectando Fatos: A Quem Interessa 'Self-Service' de Religiões, Mundo Afora?

“Um fanático é alguém que não consegue mudar de opinião, e tampouco muda de assunto.
É um ponto de exclamação ambulante: tem todas as respostas, e não está interessado nas perguntas”

(Amos Oz, escritor israelense)


Quando se lê este telegrama confidencial emitido em em 22.12.2009 pela “Embaixada” (centro de espionagem) norte-americana em Brasília, liberado por WikiLeaks à Imprensa em 6.2.2011, algo chama profundamente a atenção até dos mais distraídos:

(...) O Estado de S. Paulo e O Globo, além da revista Veja, podem se dedicar a informar sobre os riscos que podem advir de se punir quem difame religiões, sobretudo entre a elite do país. Esta Missão [Embaixada dos Estados Unidos em Brasília] tem obtido significativo sucesso em implantar entrevistas encomendadas a jornalistas, com altos funcionários do governo dos EUA e intelectuais respeitados. Visitas ao Brasil de altos funcionários do governo dos EUA, seriam uma excelente oportunidade para pautar a questão junto à Imprensa brasileira. (...) Aumentar a atividade pela mídia e o alcance das comunidades religiosas parceiras [do governo de Washington]: até agora, nenhum grupo religioso no Brasil assumiu a defesa da difamação de religiões. (...) Essa campanha também deve ser orientada às comunidades religiosas que parecem ter influência sobre o governo do Brasil [Grifos nossos].

O financiamento com subsequente controle direto de Washington sobre os subservientes meios de desinformação em massa tupiniquins, mencionado explicitamente no trecho do telegrama acima, não se trata de nenhuma novidade – embora, depois desta importante revelação, tornou-se fato incontestável diante da cínica atmosfera brasileira, que prima como poucas sociedades ao redor do globo pelo autoengano.

Na mensagem confidencial, o que gera muita estranheza mesmo nos mais distraídos e ingênuos é que comunidades religiosas brasileiras sejam (secretamente) consideradas “parceiras” dos impiedosos donos do poder imperialista, tratadas pela autora do telegrama confidencial, a “diplomata” Lisa Kubiske, como perfeitas lacaias de Tio Sam (entre uma sociedade com fortes raízes reacionárias), exercendo inclusive poderoso lobby sobre o governo local. Tal lobby é muito simples de ser compreendido: dá-se pela manipulação das massas por parte das auto-reivindicadas autoridades religiosas, o que garante também a estas o poder de barganhar e exercer chantagem sobre governos.

Alguns fatos, históricos e contemporâneos, servem muito bem como pista para se desvendar o porquê do interesse imperialista nas comunidades religiosas: um deles, as palavras de nada menos que o ex-presidente dos Estados Unidos Richard Nixon (1969-1974), ainda em campanha presidencial, o qual viria a ser um dos políticos mais baixos da história norte-americana, que renunciaria para não ser cassado após escândalos de corrupção e espionagem, especialmente naquele conhecido como Watergate (em que o então ocupante da Casa Branca havia ordenado a instalação de escutas em escritórios de diversos oponentes políticos), curiosamente demonstrando profundo apreço por cidadãos religiosos de seu país através desta “célebre” frase, peça-chave na montagem deste quebra-cabeça ao lado do telegrama confidencial enviado de Brasília em dezembro de 2009, pela espiã Kubiske:

[Devemos prezar por] Aqueles que não violam as leis, que pagam impostos e vão
trabalhar, mandam suas crianças à escola, vão às igrejas [grifo nosso], gente que ama seu país.

Sem mencionar o autor da recomendação acima, poder-se-ia, muito bem, pensar que ela havia saído da boca de cidadãos norte-americanos como Thomas Jefferson, considerado o pai da independência local e um dos redatores da Constituição mais democrática do mundo à época, ou o carismático líder de movimentos anti-racistas e pacifistas dos EUA, o pastor evangélico Martin Luther King Jr. que se tornou célebre nos anos de 1960 por defender a igualdade racial, assassinado por seus ressonantes discursos que contagiavam o país [após perseguição que envolveu espionagem por parte do FBI (Federal Bureau of Investigation), Polícia Federal e secreta doméstica norte-americana] em um dos países mais discriminatórios do mundo e, ironicamente, "berço evangélico" do continente americano, em tese.

Conforme o conteúdo dos telegramas emitidos pelas embaixadas dos EUA em todo o mundo liberados por WikiLeaks deixam claro, não apenas embaixadores de carreira daquele país fazem as vezes de agentes secretos, como muitos deles são, propriamente, funcionários da CIA (Central Intelligence Agency, Inteligência internacional norte-americana) travestidos de diplomatas enviados para espionar, conspirar, boicotar, aplicar golpes e assassinar, histórias muito bem conhecidas da América Latina que não ficaram para um passado remoto.

Daí, aliado ao fato de que aos norte-americanos pouco importa o que acontece fora de suas fronteiras a não ser quando seus próprios interesses econômicos estão em questão, vem a pergunta que jamais quis se calar: por que o interesse dos porões do poder estadunidenses nas religiões - no caso do telegrama confidencial aqui exposto, em não se aprovar internacionalmente a lei que condena difamação contra religiões?, Por outro lado, por que paradoxalmente tanta defesa de religiosos, a começar dentro de seu país?

Uma simples conexão dos fatos somada à realidade religiosa predominante, sustentadora de Estados oligárquicos, pode trazer, por si só, as respostas.

No caso da primeira questão, os Estados Unidos estão promovendo forte polarização justamente entre as duas maiores religiões do planeta, Cristianismo contra Islamismo, rotulada por seus tomadores de decisão de luta do bem (a primeira) contra o mal (a segunda), que inclui agressiva islamofobia a começar entre os norte-americanos, espalhando-a ao mundo a fim de justificar sucessivas invasões ao Oriente Médio, região mais rica em petróleo do globo, a ampliação de suas bases militares, ali e em todos os lugares, providenciando assim a Nova Ordem Mundial, grande projeto das organizações secretas que governam de maneira sombria este mundo.

Quanto á segunda questão, as chefias religiosas (mal chamadas de “lideranças”) e as políticas formam velha e canalha aliança na arte de corromper, dominar e acumular riquezas. As multidões religiosas têm funcionado como massas de manobra aos amos deste mundo corrupto, sobretudo à estratégia coercitivo-expansionista, de dominação global perpetrada pelos Estados Unidos e pelas grandes potências. Mesmo nos países fora desse eixo, as religiões reacionárias servem aos corruptos poderes, usando-as indiscriminadamente para seus inescrupulosos fins.

Historicamente, é assim. A religião elitista que fez do Evangelho da igualdade, solidariedade e liberdade o maldito Cristianismo (vídeo: Cristianismo, Maior Inimigo do Evangelho), transformou Jesus – carismático, apaixonado, servil, prático por excelência, conquistador das camadas populares, socorredor de vidas humanas – em um ser igualzinho aos fieis de suas igrejas, mundo afora: frio, calculista e reacionário, sisudo, apático, indiferente e sem vida, enclausurado em retóricas, intolerantes teorias dogmáticas de pouco ou nenhum efeito prático, que não aceitam diferenças, priorizando a retórica defesa doutrinária dando à vida prática importância inferior, inculcando nos seguidores – incapazes de refletir e de agir segundo suas próprias experiências e convicções – a ideia de que o sucesso religioso reside no conhecimento teológico, na capacidade oratória, persuasiva e no convencimento do próximo em detrimento da conscientização advinda dos sentimentos reais, dos valores e dos exemplos mais práticos no dia-a-dia, que levam à pura, simples e salutar conscientização.

Subproduto inevitável também das metodologias adotadas para sistematizar a vida de Jesus, de profetas e apóstolos – e embaralhar o entendimento coletivo fazendo do Evangelho algo de dificílima compreensão, reservada a poucos privilegiados: o amplo uso de trechos isolados, muitas vezes metade de verso ou até ¹/3 de verso (!) através da qual montam a peculiar insensatez e muita inconsequência que molda o comportamento em todos os segmentos da vida.

Dentro desta sistematização absurda que retira a capacidade analítica do indivíduo, em nada ou muito pouco acabam importando as características dos personagens tidos como heróis pelas religiões, tais como força de caráter, determinação, bondade, espírito serviçal, mas a defesa da “fé” (isto é, a assimilação doutrinária) comunitária. Tudo isso servindo perfeitamente para que as enormes massas, esquizofrenicamente tomadas com embates doutrinários, acabem distraídas dos sérios problemas os mais diversos segmentos societários, domésticos e globais.

Vale destacar que a indisfarçável guerra doutrinária (declarada abertamente entre religiosos, desconversada cínica e pateticamente diante de quem está de fora) é fomentada pelas chefias religiosas, desde cursinhos e faculdades teológicas até os tablados, onde se realiza o "ápice" da espiritualidade, isto é, a oratória com forte apelo moralista.

Tais personagens historicamente heroicos são transformados em uma espécie de ícones muito distantes da realidade cotidiana de cada um, e os tão controversos quanto infindáveis e raivosos debates doutrinário-religiosos acabam medindo o "grau de espiritualidade", relegando a prática e a essência do ser a posições menos importantes na vida de indivíduos famosos por carecer de autonomia reflexiva e exceder na busca esquizofrênica por "ajudar" teoricamente ao próximo, ensinando aos "bebês na fé" que "nada sabem de Deus" (não importando seu passado e presente se estes não incluírem determinada frequência à comunidade religiosa em questão, e seus inúmeros cursinhos) o caminho a seguir.

A ordem religiosa preponderante é, sabidamente, "ensinar as nações" teoricamente, jamais compartilhar entre os seus e nas diferentes culturas valores e experiências mais práticas enfim, um convívio mais producente que se interesse, de fato, pela outra vida. Isso somado ao que virá ao longo do presente texto, explica por que as religiões predominantes não apresentam respostas práticas para dar quando grandes catástrofes ocorrem, quando muitos tanto delas esperam, e nada recebem. Em geral, mantêm-se caladas e inertes, simplesmente não há resposta para dar, ocupadas em demasia com divisões teóricas internas. Mergulhadas em uma profunda guerra doutrinária e em nome dos interesses de cada paróquia, como se poderia esperar das confrarias religiosas preponderantes atuação efetiva em favor da paz e da justiça?

Veja animação abaixo que, em um minuto e meio, retrata perfeitamente o cenário religioso ocidental predominante, mais especificamente cristão-protestante:

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Decorrente da inversão de papeis, tal postura é peculiar em mentalidades reacionárias que, conforme evidenciam outros recentes estudos científicos (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui), indivíduos conservadores, sem muitas perspectivas ao olhar para trás, possuem subconsciente temeroso, enxergam um mundo mais hostil a ser combatido, castigado, e não transformado. Por isso, ao contrário de visões progressistas, tendem à reação, à imposição, ao choque, não à conscientização e à mudança em direção de algo novo, considerado pelos setores conservadores como algo inalcançável (tal como um mundo sem miséria).

Assim, não apenas Jesus mas diversos líderes que deveriam ter marcado a história pelo conteúdo de seu caráter, pela essência de sua mensagem libertária, fundamentalmente igualitária, solidária e não pela intenção de fundar uma nova religião, são assassinados pela segunda vez.


Sobre isso tudo, Clodovis Boff muito bem observa em Atuação Política de Jesus:


O Posicionamento de Jesus - Havia dois dados nos Evangelhos em torno dos quais não há qualquer contestação:

Jesus vivia na companhia dos pobres, dos oprimidos. Sua base social eram os oprimidos e marginalizados daquela sociedade. No capitulo 8 de São Mateus, vemos que Seus primeiros milagres são curas de pessoas muito marginalizadas; Jesus, aqui, reata com a boa tradição profética que é a defesa dos pequenos.

A tradição farisaica dizia, 'Afasta-te dos pobres, dos pecadores, porque são malditos'. A condição de vida dos pobres lhes impedia de praticar a Lei. Portanto, concluía-se que eram pecadores.

Cristo diz o contrário. Ele se aproxima, defende os pequenos. Do partido dos pobres, dos oprimidos, Cristo tem uma atitude crítica frente aos poderosos. O conflito entre Jesus e os di-rigentes do povo atravessa os Evangelhos de ponta a ponta.

No Evangelho de São Marcos, o mais antigo dos Evangelhos (embora apareça em segunda posição no livro do Novo Testamento), percebemos um progresso na oposição entre Cristo e os dirigentes.

No capítulo 2, quando cura um paralítico, os fariseus cochicham entre si e dizem. 'Esse homem blasfema porque perdoa pecados'. Neste mesmo capítulo, Jesus está jantando com os publicanos. Os fariseus conversam com os discípulos e dizem: 'Como é que o mestre de vocês almoça com os publicanos?'.

Logo em seguida, quando os discípulos infringem o sábado descascando as espigas de trigo e comendo, aparece o ataque direto a Cristo: 'Como seus discípulos infringem o sábado?'. Mais adiante, atacam-No porque não lava as mãos antes de comer, desrespeitando a tradição.

Em Jerusalém, o conflito é aberto. Jesus ataca diretamente os escribas, fariseus, o sumo sacerdotes e os saduceus. Expulsa os vendilhões do Templo, e declara que este vai acabar. O Templo significa o sistema da época. Amaldiçoa também a figueira, símbolo do sistema Judaico, A maldição da figueira significa maldição daquela sociedade. Foi logo entendido esse gesto profético de Jesus. É claro, uma semana após ela é levado ao tribunal, e condenado a morte na cruz.

Houve um grande teólogo judeu que escreveu um livro chamado 'Jesus e os judeus'. Ele mostra, de maneira clara, que quem matou Jesus não foi o povo judeu: foram os dirigentes, os chefes do povo de Israel. O povo judeu, ao contrário, estava ao lado de Cristo. Vemos inclusive que os chefes somente conseguiram pegar Jesus escondidos do povo, traindo-o, comprando um discípulo.

Jesus não exerceu uma posição política, direta, e sim profética. Ele não tinha programa político definido, como o tinham os zelotes, os saduceus e os fariseus. Ele também não fundou uma corrente política que visasse diretamente o poder. (...)


Jesus Era um Ser Apolítico? Alienado? - Por outro lado, Jesus não era um ser alienado, indiferente. O poder é uma tentação satânica, mas o poder em questão era o de dominação. Jesus nunca foi contra o poder como tal, enquanto poder de serviço [grifo nosso].
“Ele foi contra o poder de dominação. E se guardava o poder messiânico, era porque o povo fazia uma ideia mística do Messias. Uma ideia mágica de um Messias milagreiro, demagógico, paternalista, portanto uma ideia não libertadora, não autêntica.

Cristo teve uma atuação política verdadeira, mas a nível profético. Foi um revolucionário profético. Sua grande ideia é a do Reino de Deus, um projeto radical total de transformação da sociedade. Quando prega o Reino de Deus, prega revolução integral, revolução absoluta.

A raiz da proposta de Cristo é, na verdade, profética. Mas tinha implicações e efeitos claramente políticos. Essa proposta leva-o a atacar o Templo, cérebro central da exploração do sistema. Porque era profética, Sua proposta possuía implicação política, e os efeitos disso também são políticos.

Vemos que Cristo é perseguido continuamente durante toda a vida pública; é julgado por dois tribunais pelo religioso, declarado blásfemo; pelo romano, condenado exatamente como Messias, como revolucionário. Basta olharmos a cruz para darmo-nos conta de que esse símbolo da nossa fé é um símbolo originariamente político.

Servindo unicamente para transformar homens como Jesus em mitos sem muita vida prática conforme apontado mais acima, além de tornar seres humanos agressivamente viciados em religião, os dogmas que norteiam as confrarias religiosas em geral são, justamente, as grandes armas para não se formar líderes mas sim autoridades eclesiásticas (formadas em escolas de Teologia na imensa maioria pautadas pelo controle global invisível, conforme será abordado detalhadamente, e com apresentação de provas, mais abaixo) apoiadas no medo e nas fobias impostas às massas, capazes de dominar e de desfrutar de privilégios em nome de grandes religiões promotoras de vaidades, intrigas e muita rivalidade – a começar dentro das quatro paredes de si mesmas.

As políticas oligárquicas ao redor do mundo, desde os tempos de Jesus (as que mataram Este, apoiadas exatamente na religião), têm sido alimentadas pelo medo da constante ameaça do inimigo (geralmente, inexistente ou criado artificialmente), tanto quanto as religiões se apoiam na intolerância e nas fobias decorrentes do imaginário coletivo exercitado por suas cúpulas. O imperialismo mesmo tem, historicamente, se apoiado na religião reacionária a fim de promover sua política coercitivo-expansionista.

Basta recordar que desde 1961, às vésperas do golpe militar no Brasil em que a conspiração norte-americana já efervescia nos bastidores da política brasileira, houve multiplicação fora do comum de pedidos de visto de cidadãos norte-americanos no Departamento de Estado daquele país à nação sul-americana, onde entravam como jornalistas, comerciantes, empreendedores e milhares como religiosos (“missionários” ou “autoridades espirituais” que instalariam suas comunidades no Brasil a fim de ganhar mentes e corações locais, conforme palavras de políticos dos Estados Unidos à época).

Há registros do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de que apenas em 1963, chegaram ao país 5 mil norte-americanos, somente dentre os que entraram legalmente. O embaixador dos EUA no Brasil naquele período, Lincoln Gordon, afirmou que à época do golpe de 64 havia "dezenas de milhares" de norte-americanos no Brasil.

No início dos anos 1960, chegou ao Brasil Daniel Mitrioni, que houvera chefiado a Polícia de Richmond, Indiana, EUA. Tendo sido treinado pelo FBI, Mitrioni era especialista em técnicas de tortura - encerraria sua missão no Brasil, justamente, em 1964.

Eis um pouco da versão contemporânea do genocídio americano em nome de Deus, mais silencioso que contra os povos originários da região. Desde 1492, a religião servindo como a maior arma sanguinária em toda a América.

Donos dos templos e usurpadores do poder político apoiam-se, direta ou indiretamente, uns nos outros sendo que os primeiros, de caráter fortemente opressor – os quais se servem ao invés de servir, bem ao contrário da retórica e dos exemplos práticos dos mestres que dizem seguir –, possuem sistema absolutamente verticalizado, bem menos transparente que o próprio sistema político e sem nenhum tipo de oposição, algo incapaz de ser modificado, ainda que minimamente.

Os bem-intencionados, esperançosos com mudanças positivas que tentam cordialmente dialogar neste sentido dentro das autoritárias confrarias religiosas, são invariavelmente mais achincalhados que Judas em Sábado de Aleluia – os que vão um pouco além e alegam discordar do sistema de imposições e excessiva hipocrisia, acabam lançados nas “fogueiras santas” promovidas pelo alto clero, entusiasticamente aplaudido pelo “rebanho”, com peculiar irritação decorrente justamente dos medos e das fobias impostos: tachados de “perigosos”, execrados, difamados, caluniados, esquecidos, boicotados ou até espancados e assassinados.

Desta maneira a religião reacionária, dentro da fortaleza dogmática criada por ela, blinda-se das críticas não importando se construtivas, nega a autoanálise, fecha-se ao progressismo formando seres retrógrados, de alma petrificada, sem a menor capacidade analítica e nenhum senso cidadão – aspectos bastante diferentes do caráter do (pacífico mas jamais passivo) Jesus que muitos afirmam seguir, enquanto se configuram características prediletas para a ação dos usurpadores do poder e para deixar o terreno cada vez mais arado à vindoura Nova Ordem Mundial, planejada secretamente pelos poucos tomadores de decisão global tais como os reunidos nas organizações secretas Illuminati (mais poderosa do mundo) e o Clube de Bilderberg (leia “The True Story of the Bilderberg Group” and What They May Be Planning Now, contando com a ausência do exercício da cidadania para impor suas regras, além de “pegar carona” nos apelos histéricos e na mentalidade ultraconservadora da religião de massas, dos medos e da apatia, sobre os quais se também blindam os poderes ocultos.

Um vídeo em que líder Illuminati recebe e orienta novos membros na sociedade secreta mais poderosa do mundo, evidencia como a organização controla todas as esferas da sociedade, desde a economia até a mídia, passando pela educação e pela própria religião – sobre esta, é revelado interesse muito particular e domínio completo: nas próprias escolas de Teologia é exercida influência, ditando em que se deve acreditar e como se proceder.

A seguir, transcrição da passagem em que se explica o domínio sobre as instituições religiosas cristãs, em tradução livre do inglês ao português:

A religião tem servido aos nossos objetivos de uma maneira incrível. É a mais antiga e talvez a mais gloriosa forma de controle social utilizada pelo Corpo [Illuminati].

A religião perdeu seu controle sobre as pessoas, de maneira que o fanatismo é resultado de tal declínio, o que ajuda o Corpo. Nossa influência invisível sobre as igrejas ajuda a criar cristãos fundamentalistas, para manipular suas opiniões sobre acontecimentos atuais de acordo com a política do Corpo.

Eles [líderes religiosos] são enviados a nossos ministros que lhes interpretam a Bíblia, e eles pregam isso a seus seguidores. A fé cega deles é utilizada para lhes transformar em soldados voluntários para defender nossa causa durante a catástrofe que está por vir.

(...) A ascensão do fundamentalismo islamita é uma vantagem ao Corpo Illuminati, através de ameaças de violentos ataques. Nos próximos anos, os ataques terroristas justificarão retaliação, iniciando a fase final do Grande Projeto [Nova Ordem Mundial].

Os cristãos apoiarão nossas ações, visto que a crença deles será demonstrada como verdadeira para as profecias do fim do tempo, criadas diretamente pelos líderes religiosos do Corpo Illuminati.

Os demais pontos em que se explica domínio e funcionamento de diversas instituições, bancos e negócios, complexo militar e Inteligência, política, educação e meios de comunicação, podem ser assistidos em inglês e francês aqui no blog Uma Questão de Liberdade, no vídeo Nova Ordem Mundial (Secreta), com transcrição integral ao português (role a tela).

O lema que molda a estratégia Illuminati é “dividir para conquistar”. Assim, o imperialismo é praticado século após século não apenas sob absoluto silêncio omisso religioso, mas diversas vezes sob aprouve e até participação direta deste.

Ainda sobre a essência do lema Illuminati, dos sombrios governos globais e sua íntima relação com as religiões reacionárias, lembremo-nos aqui de alguns fatos importantes:

● Da (mais que inconstitucional: criminosa) “Guerra ao Terror”, proclamada entre salmos bíblicos em 2001 por George W. Bush de uma catedral em Nova Iorque, abençoado - para iniciar guerra de agressão (crime de guerra) contra um Estado (Afeganistão) que jamais atacou os Estados Unidos - sob fortes emoções por um padre católico, por um pastor evangélico e por um rabino judeu, sob emocionados aplausos de uma plateia predominantemente religiosa.

Bush nunca apresentaria sequer uma prova de absolutamente nada daquilo que afirmava, pelo contrário: o que não se confirmaria como orquestrada mentira, tais como as supostas bombas de destruição em massa no Iraque, acabaria logo pairando nas mais fortes contradições jamais contestadas por ele, porém sempre evitadas – inclusive pela mídia. Uma delas foi o comprovado fato de que os ataques do 11 de Setembro partiram de dentro dos Estados Unidos.

Contudo, Bush tinha "a seu favor" a inspiração nas ideias teológicas do pastor William Branham (1909 - 1965), levada às últimas consequências nos primeiros anos do século XXI. Branham defendia a superioridade civilizatória norte-americana, afirmando ainda que esta estava predestinada por Deus a salvar o mundo "atrasado e perverso", através da espada (intervenções, invasões e guerras).

Para sustentar esta tese, o "pastor da guerra" baseava-se em trechos selecionados da Bíblia, especialmente através de "cacos bíblicos", isto é, tomava versos isolados, em grande parte metade ou mesmo ¹/3 de verso (!), sistematização bíblica imperante nas igrejas ditas protestantes desde suas origens até hoje, de maneira bem marcante, evitando ao máximo a contextualização das palavras e da vida de quem dizem seguir, tendo no Evangelho (razão de ser da Bíblia, do início ao fim) a chave hermenêutica.

Sem exceção, as comunidades religiosas prestam, uniformemente, remota atenção ao Evangelho como um todo, relembrado, quando muito, em momentos mais formais de suas liturgias, tais como breves releituras sem muitos comentários, sem merecer, nem de longe, o mesmo aprofundamento de outros trechos que, escolhidos de acordo com a visão doutrinária de cada confraria, moldam o comportamento desses religiosos em todos o segmentos da vida. Pois a "teologia" de Branham tem pautado a maioria protestante branca norte-americana, levada a histerias que têm marcado sua história belicista (a começar dentro de casa com a sangrenta Guerra de Secessão, de 1861 a 1865, que matou mais de 600 mil combatentes).

Retornando a Bush e sua "Guerra ao Terror", com todas as evidências de ferimento às leis (a começar pela própria Constituição norte-americana) e ausência de provas (o que torna tal posição passiva dos religiosos a Bush um tanto surpreendente, dado o caráter excessivamente legalista das confrarias religiosas, e seu discurso com forte apelo moralista), o mundo tomou e toma até hoje como verdade absoluta grande parte das versões daquele presidente que, ao mesmo tempo que se dizia fervoroso cristão pertencente à Igreja Metodista, também se gabava pública e categoricamente de ser “o presidente da guerra”.

Pois o presidente da guerra que também afirmou que suas “políticas seriam, sem dúvida, mais facilmente implementadas sob regime de ditadura”, limitou-se a jurar em nome de Deus ser verdade tanta acusação precedida de invasão e morticínio (não tinha obrigação de ir além das meras afirmações nem dentro nem fora do país, segundo seu secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, dada a posição “excepcional” dos Estados Unidos em relação ao mundo). Juramento, evidentemente, incrementado pela mídia predominante, o suficiente para que na religião de manipulação das massas Bush encontrasse seu grande apoio, assim como ocorre com seu sucessor Barack Obama hoje).

Este foi o emblemático poeticismo bíblico-belicista de Bush, menos de 12 horas após os atentados de 11 de setembro de 2001, que o tirou de baixíssima popularidade local por comprovados casos de corrupção (a começar fraude eleitoral que o havia dado vitória presidencial no ano anterior), agravados ainda por séria crise econômica que já atingia o país (adiada devido à guerra que, através do complexo militar-industrial, a reaqueceria por algum tempo) aos mais altos índices de aprovação do mundo então, como em um passe de mágica:

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum.

A própria liberdade foi atacada nesta manhã, e a liberdade será defendida. Não se
enganem, os Estados Unidos vão caçar e punir os responsáveis por esses atos covardes.

E Bush concluiu desta maneira a emotiva mensagem:

A determinação de nossa grande nação está sendo provada. Mas não se enganem: vamos mostrar ao mundo
que passaremos neste teste. Deus nos abençoe" (fonte: The New York Times, 12 de setembro de 2001).

No dia seguinte, dia 13, na catedral declarando guerra ao lado de autoridades religiosas, Bush fez este discurso:

Nossa responsabilidade com a história já está clara: responder a esses ataques e livrar o mundo do mal [grifo nosso]. A guerra tem sido travada contra nós pelo roubo, pela fraude e pelo assassinato. Este país é pacífico, mas feroz quando se incita sua raiva... Em cada geração, o mundo produziu inimigos da liberdade humana.

Eles atacaram os Estados Unidos porque somos o lar defensor da liberdade. E o compromisso de nossos pais é agora o chamado da nossa era... E pedir ao Deus Todo-Poderoso que vele por nossa nação, e que nos conceda paciência e determinação em tudo o que está por vir...

E que Ele [Deus] possa sempre guiar nosso país. Deus abençoe os Estados Unidos

Desta maneira, bem original segundo a história dos inescrupulosos poderes que governam este mundo sombrio, George W. Bush declara, em nome de Deus, uma guerra de agressão que contraria a Constituição norte-americana e, unilateralmente, fere as leis e tratados internacionais (assinadas e ratificadas pelos próprios Estados Unidos, além de romper as relações internacionais em quase 400 anos.

Tudo isso, bem à semelhança do nazismo em meados do século passado com o agravante de que nem mesmo Adolf Hitler ousou contrariar as abertamente leis internacionais, como Washington sob os governos de Bush e Barack Obama têm feito nas últimas décadas;

● Do entusiástico apoio das igrejas ditas cristãs, das mais diversas vertentes, ao nazismo de Adolf Hitler na Alemanha (1933 – 1945), especialmente por parte do Vaticano;

● Nos anos de 1950, após a queda do nazismo, o funcionário nazista Adolf Eichmann, declarado culpado por 15 crimes de guerra e de lesa humanidade pelo Tribunal de Nuremberg (marco nas relações internacionais), fugiu da Alemanha à Argentina com passaporte falsificado para evitar a justiça internacional, colaborado para isso diretamente pela Cruz Vermelha e por ela mesma: a Igreja Católica (o que joga por terra a já frágil argumentação por parte do Vaticano, de não ter tido conhecimento dos crimes nazistas á época que ocorreram).

Eichmann foi responsabilizado pela logística de extermínio de milhões de pessoas no final da Segunda Guerra Mundial: organizou a identificação e o transporte de pessoas para os diferentes campos de concentração, fato que o tornou amplamente conhecido como o executor-chefe do Terceiro Reich;

● Do apoio das igrejas ditas cristãs, das mais diversas vertentes, ao fascismo de Benito Mussolini na Itália (1922 – 1945), especialmente por parte do Vaticano;

● Dos Golpes Militares na América Latina, por exemplo:

No Brasil, além do que representaram os religiosos norte-americanos no maior país sul-americano conforme mencionado mais acima, a bênção católica local ao golpe contra um presidente democraticamente eleito, João Goulart (nome bastante estranho à atual geração brasileira), através da patética Marcha da Família com Deus, pela Liberdade, além da colaboração por parte da Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo à violenta repressão física dentro de suas dependências, sobre estudantes pacificamente contrários ao militarismo.

“Que sejam feitas reformas, mas pela liberdade. Senão, não! Pela Constituição. Senão, não! Pela consciência cristã do nosso povo. Senão, não!”, foi o discurso de Auro Soares de Moura, presidente do Congresso Nacional na Marcha da Família com Deus, pela Liberdade a 19 de março de 1964, convocada pelo ultraconservador jornal O Estado de S. Paulo que reuniu meio milhão de pessoas na região central de São Paulo entre freiras, padres e religiosos em geral das classes média e alta, duas semanas antes do Golpe Militar que se daria na calada da noite do dia 31, sobre uma sociedade local completamente passiva.

Na vizinha Argentina, por sua vez, a colaboração direta do então cardeal Jorge Bergoglio – hoje papa Francisco I – aos militares locais que tomaram o poder através de golpe de Estado apoiados secretamente por Washington (confira reportagens, com menção de telegramas secretos emitidos por “embaixadores” norte-americanos revelados por WikiLeaks, além de testemunhas argentinas aqui e aqui que, entre outras coisas em favor dos interesses dos privilégios das elites locais e do capital norte-americano, lançaram inúmeros jovens sedados, com mãos e pés amarrados do alto dos helicópteros ao mar, que se somariam a um total de mais de 30 mil inocentes assassinados e desaparecidos por meras questões ideológicas, que acabavam representando ameaça aos covardes portadores da patologia do poder, político e religioso, no país do Sol de Maio que, em sete anos de ditadura (imagem ao lado: cardeal Bergoglio ao lado de Rafael Videla, sanguinário militar que governou ditatorialmente a Argentina de 1976 a 1983).

O jornal argentino Página 12 revelou em 23.7.2012:

O ex-ditador Jorge Videla disse que o ex-núncio apostólico Pio Laghi, o ex-presidente da Igreja Católica da Argentina Raúl Primatesta, e outros bispos da Conferência Episcopal assessoraram o seu governo sobre a forma de manejar a situação das pessoas detidas-desaparecidas.

Segundo Videla, a Igreja "ofereceu seus bons ofícios" para que o governo de fato informasse da morte de seus filhos a famílias que não vieram a público, de modo que pararam de buscá-los. Isso confirma o conhecimento em primeira mão que essa instituição tinha sobre os crimes da ditadura militar, como consta nos documentos secretos cuja autenticidade o Episcopado reconheceu, perante a Justiça, há dois meses.

Além disso, mostra o envolvimento episcopal ativo para que essa informação não viesse a público,
por meio de comentários dos familiares das vítimas; a Igreja era garantidora desse silêncio (...).

Na realidade o papa Francisco I, hoje com discurso progressista e de defesa à Teologia da Libertação, sempre possuiu estreita relação com o imperialismo norte-americano desde os sombrios anos do golpe militar na Argentina, e assim foi durante os lingos sete anos de Guerra Suja, como ficou conhecido aquele período mais cruel da história argentina.

Outras evidências apontam, irrefutavelmente, ao apoio direto dos altos escalões da Igreja católica argentina e até do Vaticano aos militares argentinos apoiados, financiados e treinados pela CIA, que atualmente contam cerca de 200 condenados por crimes de lesa humanidade.

Quando os militares aplicaram golpe contra a presidente democraticamente eleita, Isabela Perón em 1976, Jorge Bergoglio transformou-se no jesuíta do mais alto escalão na Argentina: de "provinciano" (chefe) da denominada Sociedade de Jesus em 1973, Bergoglio veio a ser bispo e arcebispo de Buenos Aires mais tarde. Em 2001, o então papa João Paulo II o elevaria à posição de cardeal.

Quando "provinciano" da Sociedade de Jesus, Bergoglio delatou dois sacerdotes com tendências de esquerda, Francisco Jalics e Orlando Yorio, aos militares. Ambos acabaram presos e trorturados, enquanto outros seis religiosos da mesma paróquia figuram entre os milhares de desaparecidos pelo regime militar argentino.

O padre Yorio, após ter sido solto, acusou Bergoglio de tê-lo entregue aos "Esquadrões da Morte". Já Jalics, recuou-se a discutir a denúncia após sua reclusão em monastério alemão (leia reportagem da Associated Press de 13 de março de 2013). "Tenho certeza que ele mesmo entregou a lista com nosso nome à ESMA (Escola Superior de Mecânica da Armada, unidade da Marinha que também servia aos ditadores como centro secreto de torturas, nos arredores da capital argentina de Buenos Aires]", declarou Yorio.

Este memorando secreto abaixo, da Junta Militar argentina reconhece a delação de Bergoglio, diretamente aos militares, contra os dois sacerdotes, acusando-os de terem mantido contato com guerrilheiros, e desobedecido às ordens da hierarquia da Igreja católica.


Anos mais tarde, diversos sobreviventes da ditadura argentina acusariam abertamente Bergoglio de participação no sequestro de ambos os sacerdotes, bem como de seus outros seis colegas paroquiais (El Mundo, 8 de novembro de 2010).

Este método de perseguição com base também em grampos telefônicos e delação, ficou conhecido como Operação Condor e envolvia todos os regimes ditatoriais latino-americanos (com exceção de Cuba) que experimentaram golpes militares apoiados, financiados e treinados pelos Estados Unidos.

O documento secreto abaixo, emitido pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, evidencia a coordenação de Washington nesta campanha que contava com a participação conjunta dos Estados da região visando não apenas prender, mas também torturar e assassinar indivíduos opositores aos regimes inconstitucionais, de linha dura.



Nada disso é mencionado pela mídia predominante, nem pela história oficial envolvendo a Guerra Suja na Argentina. E nem Bergoglio, jamais, defendeu-se e nem sequer comentou nenhuma das evidências de seus envolvimentos com o maior genocídio da história do Estado argentino: chamado a depor em 2005 e em 2006 na Comissão da Verdade argentina para apurar e julgar os crimes cometidos nos anos da ditadura militar, não apareceu valendo-se das leis argentinas que garantem direito de não comparecimento em tribunais abertos.

Isso tudo para não retornarmos ainda mais no tempo e seus inúmeros capítulos de horror político-religioso, mencionando entre outras tantas as sangrentas Cruzadas “Santas” (as quais, aliás, já estão muito bem atualizadas pelo agonizante Império de turno e por seus vassalos, mundo afora).

A sociedade secreta mais influente do mundo ao longo de toda a história – através das ações de bancos privados, proprietária do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos – faz-nos também relembrar o famoso discurso de John Kennedy em 27 de abril de 1961(assista-o legendado em português, aqui), quem prometia banir as organizações ocultas e a própria CIA (esta, ligada intimamente àquela) de seu país.

Dois anos e meio depois, em 23 de novembro de 1963 o presidente Kennedy seria “misteriosamente” assassinado, tendo a agência de Inteligência mais bem equipada do mundo falhado grotescamente em dar proteção ao carro presidencial – pela primeira e última vez na história a CIA “atrapalhou-se” na proteção a um presidente dos Estados Unidos, “coincidentemente” no dia em que o assassinato de Kennedy estava planejado para ser executado, segundo peritos, por exímio atirador profissional jamais identificado.

Pois Kennedy agonizou com balas na cabeça, morreu poucos minutos depois, jamais o crime seria devidamente esclarecido, e aí estão a CIA e as sociedades secretas, sutilmente livres, sem nenhum questionamento em um mundo escancarada e crescentemente hostil, dividido, dominado por 1% que ostenta metade da riqueza mundial, devendo em 2016 ultrapassar a dos outros 99% (leia na BBC).

Em meio a esta defesa mordaz dos podres poderes às religiões ao mesmo tempo que a usa para invadir, provocar guerras e pilhar riquezas alheias, vale ressaltar que:

● A mesma CIA “falhou” ao não impedir os ataques do 11 de Setembro perpetrados de uma “caverna no Afeganistão”: até a data dos atentados, a comunidade de Inteligência e o governo local foram alertada de dentro e de fora dos Estados Unidos, inclusive por funcionários da própria CIA, de que havia ataques iminentes em solo norte-americano, os quais fariam uso de aviões para serem usados como bombas;

● A segurança aérea dos Estados Unidos “falhou” clamorosamente uma única vez na história do país: exatamente no dia 11 de setembro de 2001.

Justamente neste dia, os Standard Operating Procedures (defesa aérea do país, a mais potente do mundo) estiveram inexplicavelmente suspensos, algo jamais ocorrido na história dos Estados Unidos não podendo, assim, enviar jatos que impedissem os supostos aviões (que por meia hora sobrevoaram os espaço aéreo mais seguros do mundo) de executarem seus ataques (tal omissão nunca seria explicada, nem aparecido o responsável por ela e, ainda mais intrigante, os controladores de voo e funcionários do FBI responsáveis pela questão não apenas não seriam demitidos, como seriam ainda promovidos).

Também seriam logo constatadas graves “falhas” ao permitir os sequestros de quatro aviões e seus relativamente longos trajetos dos quatro aviões, com três ataques a alvos norte-americanos por parte da North American Aerospace Defence (defesa aérea dos EUA), da Federal Aviation Administration (controle de voos) e da National Manufacturing Competitiveness Council (Comando Militar Nacional), com base em gravações de áudio desses próprios serviços do país.

Diversos funcionários de alto escalão viriam a ser promovidos profissionalmente após o maior fracasso conjunto da história da segurança norte-americana, enquanto a lógica aponta que deveriam ser, no mínimo, advertidos pelos "equívocos" que permitiram o maior ataque dentro dos Estados Unidos em toda a história;

● O Pentágono, supostamente local mais seguro do mundo, foi “incapaz” de impedir ataque ao próprio edifício naquele dia;

● A CIA foi igualmente “incapaz” de capturar Osama bin Laden por quase 10 anos, enquanto, sob tratamento de hemodiálise que envolve grandes aparatos, o líder saudita de origem iemenita “fugia” subindo e descendo as enormes montanhas afegãs rumo ao Paquistão – as mesmas montanhas que simplesmente, pela inacessibilidade, haviam dado vitória aos afegãos contra as invasões russa e britânica no século XIX – à época, exércitos mais poderosos do mundo;

● A tal “Guerra ao Terror”, perpetrada pelas maiores potências mundiais, não apenas “não conseguiu” derrotar o Taliban, pequeno grupo de iletrados mal-armados, como ainda tem permitido seu enorme fortalecimento e expansão – os próprios tomadores de decisão de Washington e seus cínicos think-tanks consideram que o Taliban hoje representa ameaça muito maior que às vésperas do 11 de Setembro, e que o número de adeptos da organização terrorista afegã se multiplicou em muitas vezes, atualmente na casa dos nada menos que 60 mil combatentes.

Tudo isso, justificando e perpetuando a “Guerra Santa” contemporânea, que alimenta o complexo militar-industrial estadunidense.

Especificamente sobre Taliban e Al-Qaeda, vale recordar que, à época da Guerra Fria, os Estados Unidos criaram, financiaram e armaram tais grupos em nome do extremismo religioso – elaborado nos laboratórios da CIA – a fim de combater a ex-União Soviética.

Este vídeo flagra Zbigniew Brzezinski, conselheiro de Segurança Nacional do presidente norte-americano Jimmy Carter (1977 – 1981) em solo afegão, entre mujahideen incitando-os ao combate “heroicamente” violento em nome da religião – e dos interesses dos Estados Unidos.

O então conselheiro da Casa Branca orienta os novos combatentes religiosos afegãos cheio de emoção, pousando de um helicóptero à semelhança de um semi-deus, ou pelo menos de um grande profeta.

Nesta imagem à esquerda, datada de 1985, o então presidente norte-americano Ronald Reagan encontra-se reunido exatamente com eles, os combatentes islamitas em plena Casa Branca, a quem o fiel protestante, republicano e ultradireitista e fervoroso protestante Reagan qualificou de “Combatentes pela Liberdade, o equivalente moral aos nossos pais fundadores“.

Este vídeo revela tal encontro, em que Reagan compara publicamente os combatentes jihadistas afegãos aos pais fundadores de seu país.

Nada disso é contado pela versão oficial. Todos os documentos e os próprios relatos dos envolvidos (como Brzezinski e o então presidente norte-americano à época, Jimmy Carter, entre outros membros de alto escalão do governo de Washington então), registra que a entrada dos Estados Unidos no Afeganistão em 1979 foi posterior à soviética, a fim de defender a população local dos comunistas. Uma vez mais, neste caso a história real é exatamente ao contrário.

Brzezinski disse em entrevista ao jornal francês Le Nouvel Observateur, em janeiro de 1988, e também à CNN em novembro de 1997:

Segundo a versão oficial, o apoio da CIA aos mujahideen começou em 1980, ou seja,
após a invasão do exército soviético ao Afeganistão, em 24 de dezembro de 1979.

Mas a realidade, mantida em segredo até hoje, é completamente diferente. Na verdade, em 3 de Julho 1979
o presidente Carter assinou a primeira diretiva para o apoio secreto da oposição contra o regime pró-soviético de Cabul.

E no mesmo dia escrevi uma nota, em que expliquei ao presidente que este apoio iria,
na minha opinião, levar a uma intervenção militar por parte dos soviéticos.

A intenção da Casa Branca era, segundo Brzezinski e o próprio presidente Carter, atolar a então União Soviética no Afeganistão dando àquela "seu Vietnã" de acordo com o então conselheiro de segurança da Casa Branca, desgastando a outra superpotência concorrente de Washington tal qual havia ocorrido com a vergonhosa derrota dos próprios Estados Unidos no Vietnã, anos antes. Assim, surgiram os jihadistas que hoje conhecemos, tachados desesperadamente pelos norte-americanos de terroristas – fomentados por eles mesmos.

Hoje, não apenas o Taliban está bem mais fortalecido e ampliado que antes do 11 de Setembro, mas a própria Al-Qaeda além da criação de outra organização terrorista com ideologia semelhante à daquelas porém ainda mais maléfica, igualmente criada, financiada, treinada e armada diretamente por Washington e seus aliados (tais como França, Turquia, Catar e Arábia Saudita): o autodenominado Estado Islamita.

Tudo isso cumprindo o propósito inicial da “Guerra ao Terror”, vendida ao mundo como “luta do bem contra o mal (aceita majoritariamente entre igrejas cristãs), projetada antes dos atentados em Nova Iorque e em Washington para ser infinita justificando, assim, a permanência e ampliação de bases militares dos Estados Unidos e das grandes potências mundiais no Oriente Médio, e em todo o mundo, o que tem ocorrido nos últimos 14 anos sem precedentes na história global. Para isso tudo, apoiada fielmente pela religião elitista, dominante e dominadora que exercem controle sobre as sociedades mundiais como nenhuma outra instituição, nem mesmo a própria mídia.

As próprias madrassas (escolas do fundamentalismo islamita que formam jihadistas, iniciadas no Afeganistão e no Paquistão, fortemente presentes em ambos os países, especialmente no segundo até os dias de hoje) são, igualmente, criação secreta de Washington (leia aqui).

O jornal The Washington Post publicou em 23 de março de 2002, fato desconhecido do público norte-americano e mundial, que os EUA espalharam ensinamentos da jihad islamita nos livros didáticos Made in America, desenvolvidos na Universidade de Nebraska:

(...) Os Estados Unidos gastaram milhões de dólares para fornecer às crianças das escolas afegãs livros cheios de imagens violentas e de ensinamentos militantes islamitas, como parte das tentativas secretas a fim de estimular a resistência à ocupação soviética.

Os mais importantes, preenchidos com a ideia de jihad e com desenhos cheios de armas, de balas, de soldados e de minas terrestres, têm servido desde então como grade curricular do sistema escolar afegão. Até mesmo o Taliban usou os livros produzidos pelos norte-americanos.

A Casa Branca defende o conteúdo religioso dizendo que os princípios islamitas permeiam a cultura afegã, e que os livros "estão em plena conformidade com a legislação dos EUA e de sua política." Os especialistas jurídicos, no entanto, questionam se os livros violam alguma proibição constitucional [norte-americana] sobre o uso do dinheiro dos impostos para promover religião.

(...) Os oficiais da USAID [ONG de fachada da CIA] disseram em entrevistas que deixaram os materiais islamitas lacrados pois temiam que educadores afegãos rejeitassem os livros, já que carecem fortemente do centro do pensamento muçulmano. A agência removeu seu logotipo e qualquer menção do governo dos EUA a partir dos textos religiosos, disse a porta-voz da USAID, Kathryn Stratos.

"Não é política da USAID apoiar a instrução religiosa", disse Stratos. "Mas fomos em frente com esse projeto, porque o objetivo principal (...) é educar as crianças, o que se trata de atividade predominantemente secular.

(...) Publicado em línguas afegãs predominantes, dari e pashtun, os livros didáticos foram desenvolvidos no início de 1980 no âmbito de um auxílio em favor da Universidade de Nebraska - Omaha e seu Centro de Estudos Sobre o Afeganistão. A agência gastou 51 milhões de dólares nos programas da universidade voltados à educação [grifo nosso] no Afeganistão, de 1984 a 1994;

● Velhos parceiros, CIA e Mossad (serviço de Inteligência do Estado de Israel) fomentaram (e seguem fomentando) a feroz divisão entre muçulmanos sunitas e xiitas no Oriente Médio (leia: US post-9/11 Strategy in the Muslim World: Promote Sunni, Shiite, Arab and non-Arab Divides, e Who is Abu Musab Al-Zarqawi? From Al-Zarqawi to Al-Bagdahdi: “The Islamic State” is a CIA-Mossad-MI6 “Intelligence Asset”);

● A CIA e o Mossad, em nome dos interesses econômicos e estratégicos sionista-norte-americanos escondidos detrás dos valores judaico-cristãos, têm gerado instabilidade social, econômica e política no Oriente Médio (por exemplo, na Síria hoje), perpetrando inclusive assassinatos (mais recente exemplo, contra o ex-presidente líbio Muammar Gadaffi em 2011) guerras (como a Irã - Iraque, 1980 - 1988, mais sangrenta pós-II Guerra Mundial) e golpes [a começar por aquele contra o primeiro-ministro iraniano, Mohammad Mosaddeq, em 1953, fato este confirmado pela própria CIA 60 anos mais tarde, em 2013, registrado no National Security Archive dos Estados Unidos (leia CIA Confirms Role in 1953 Iran Coup)].

Tudo isso, impondo marionetes locais pró-interesses das grandes potências sob o precário disfarce de "defensores da liberdade e da moral";

● A CIA "fundou" a organização terrorista nigeriana Boko Haram, em 2002: dado que o Irã ameaça possíveis retaliações com o fechamento do Estreito de Hormuz, por onde passam 17 milhões de barris de petróleo por dia, o que representa 35% do produto comercializado internacionalmente, em 1998 a administração do presidente norte-americano Bill Clinton deixou claro que entrar na Nigéria era vital à economia dos EUA.

O Boko Haram segue as premissas do Taliban, da Al-Qaeda e do Estado Islamita, ao tentar impor em seus domínios a sharia (lei islamita) levada às últimas consequências. Desta maneira, para desestabilizar a região africana e justificar mais "intervenção humanitária" das grandes potências lideradas por Washington, a CIA tem financiado e treinado os "terroristas islamitas", versão africana. Isso faz parte também da velha tática de dividir para conquistar, bem como para reforçar a "política" (eufemismo para crime contra todas as leis internacionais) de expansão das bases militares norte-americanas por todo o planeta. Leia: CIA Covert Ops in Nigeria: Fertile Ground for US Sponsored Balkanization, no Global Research (Canadá).

São histórias que os livros de História não contam – nem muito menos os “inofensivos” como pombas, chefes da religião das imposições e das fobias que difundem a errônea ideia (não por mera incompetência conceitual e nem religiosa) de que pacifismo passa longe de renúncia, responsabilidades – especialmente daqueles em posição de poder – e de resistência (estas últimas, exatamente as grandes características do Evangelho de Jesus, centro de sua mensagem de paz e libertação dos povos oprimidos, cuja fome e dor não podem esperar, nem Jesus jamais esperou, nem se conformou, nem nunca se ocupou primeiro do ativismo religioso e muito menos dos esquizofrênicos debates doutrinários, em gritante detrimento do bem-estar humano).

Disse Mahatma Gandhi que "a violência é o medo dos ideais dos demais".

Profetas e Arquitetos de 'Guerras Santas' sem Fim

As Roupas Novas do Rei

Todos os súditos estavam de joelhos, admirando as roupas novas do rei.
Aos milhares, os plebeus o aplaudiam. Nunca tinham visto algo tão bonito.

De repente, uma garotinha que segurava a mão da mãe em meio à multidão apontou
o dedo ao rei e disse: - Mamãe, o rei está nu! Ele não está usando roupa nenhuma!

Ninguém acreditou na garotinha. Sua mãe pediu que ficasse quieta e todos esqueceram dela. As pessoas continuaram a admirar as
roupas novas do rei (...). Todos os outros agiram motivados por seus interesses, por seus medos ou por uma combinação de ambos.

(Romance norte-americano “Síndrome de Pinóquio”, David Zeman, editora Planeta, 2003)


Pensando mais um pouco por dentro das religiões, pelo menos a cada década surge um novo “profeta” trazendo “novas verdades” – com um q de descobertas científicas que, mais tarde, comprovam-se para delírio dos seguidores aumentando, assim, a credibilidade da suposta voz oficial de Deus contemporânea.

Afinal, se o “profeta” antecipou-se sobremaneira à ciência e revelou, por exemplo, que a cevada pode ser nociva ao estômago humano, ou que determinado chá natural pode funcionar como libertador da alma humana, ou ainda que as montanhas são mais extensas debaixo que fora d'água, ou mesmo que, com pouco ou nenhum estudo, redigiu livros tão cheios de ensinamentos e músicas sacras tão profundas, o enviado especial só poderia mesmo ter sido inspirado por Deus para fazer os auspícios celestiais, e uma nova religião ou ao menos uma seita, está criada.

Este último fenômeno é também bastante intrigante: quanto mais “profetas” (base das religiões dominantes e dominadoras) trazem suas mensagens tidas como divinas, mais as religiões se dividem – a começar dentro delas mesmas.

E consequentemente, as sociedades acabam ferozmente fracionadas conforme os próprios estudos científicos mais recentes revelam – além da própria realidade cotidiana. Tanto quanto há grandes homens e mulheres, há a criação artificial de religiões e de mitos – tanto quanto há grandes homens e mulheres falsamente transformados em vilões.

Os podres poderes são mestres milenares na arte de inverter os papeis, de desconstruir a realidade social e de criar mecanismos para o aprimoramento de sua roubalheira indiscriminada.

Pois os estudos dos professores Arthur Joyce e Sarah Barber no México vêm, igualmente, confirmar as impressões ao se ler e reler o telegrama enviado pela “embaixadora” Kubiske a Washington: a parceria de sucesso com comunidades religiosas brasileiras, certamente, não se deve a um profundo amor à fé coletiva por parte da “boa samaritana” gringa à época residente na capital brasileira, dos funcionários da CIA e das sociedades secretas em geral, e nem à mera postura política da Casa Branca.

Os mesmos fomentadores de religiões e de todas as lendas que muitas vezes as envolvem, tratam de dividi-la dentro delas mesmas e jogar umas contra as outras, especialmente as dominantes e dominadoras.

Basta reconsiderar o que a CIA tem feito com o Islã – a partir do próprio Islã ou em nome dele – no Oriente Médio, desde a criação dos mujahideen no final da década de 1970 que formaria seres como Osama bin Laden, Saddam Hussein, e grupos terroristas como Al-Qaeda, Taliban e Estado Islamita, além da feroz divisão sectária especialmente entre sunitas e xiitas, isso tudo já abordado.

O espírito reacionário está na raiz das religiões dominantes e dominadoras. A própria Igreja autodenominada protestante, inclui-se neste setor por mais que tente negar. Os "protestantes" primitivos, sob aprouve das lideranças, trataram de lançar à fogueira os que julgavam 'hereges', praticando o mesmo que tanto haviam condenado em relação aos católicos, e que lhes valeu justamente o título de protestantes.

No campo social mais amplo, Lutero apoiou os príncipes alemães contra os trabalhadores do campo que, vivendo em completa miséria e sob profunda exploração, clamavam por melhorias das condições de 'vida' (guarde esta palavra) - em nada obediente aos apelos de Jesus em favor dos pobres e injustiçados, mas oportunisticamente favorável aos mais poderosos da época. Alguma semelhança da maioria das ditas igrejas cristãs de hoje em relação a seu grande mestre fundador?

Foram ainda calvinistas (correspondentes aos presbiterianos de hoje) ingleses os que financiaram a colonização da América do Norte em meados do século XVI, sob o manto de povo eleito, predestinado a se apropriar daquele território após exterminar quase por completo seus milhões de habitantes "retrógrados", através de ataques com requintes de extrema crueldade que torturavam e assassinavam em massa, enquanto se apoderavam das diversas riquezas naturais de uma terra muito mais rica que a britânica.

Enfim, a fundação, a manutenção ea expansão de uma nova religião, no caso a dos "protestantes" (que não são e nem nunca foram sequer protestantes, quanto mais evangélicos na essência do termo), religião opressora por excelência tanto quanto a católica, valiam a vida alheia, passavam por cima dela indiscriminadamente. Trata-se de mais uma evidência do sectarismo religioso, a teoria, a filosofia religiosa que ao longo dos séculos até os tempos atuais enferma, aprisiona, explora, mata corpos e almas.

Tratando novamente da Igreja Católica, a América hispânica e lusófona foi em nome de Deus invadida com seus habitantes originários (índios) levados quase à extinção: de 90 milhões no início do século XVI, em apenas um século e meio os povos nativos "selvagens" foram reduzidos a três milhões e meio (!), pelos donos do poder "civilizado" sob aos bênçãos do Vaticano bem como da Igreja católica na Espanha e em Portugal que o representavam, em nome da expansão dos impérios que, ao seu bel-prazer, aniquilaram vidas e jogaram por terra, para sempre, culturas milenares além de terem deixado um continente que é hoje, desde a "independência" de cada uma das respectivas nações, o mais desigual do planeta muito embora seja o mais rico em biodiversidade, por outro lado uma terra profundamente desgastada por seu uso excessivo - o que afeta profundamente o clima - e sociedades oprimidas ainda hoje sob as feridas ainda não cicatrizadas do genocídio que durou séculos.

Diante disso tudo, não surpreende que os mais ferrenhos apoiantes da Nova Ordem Mundial sejam, consciente em alguns casos e inconscientemente em outros tantos, os próprios seguidores das religiões multitudinárias. No primeiro caso, encaixam-se notadamente os chefes da religião, muitos metidos em sociedades secretas e até com o narcotráfico, o que tampouco se trata de mera especulação e nem de grande novidade; no segundo, as multidões de "fieis" a um sistema que lhes proíbe de pensar, questionar, ter memória e de agir.

Assim como nos dias atuais já não espanta mais este autor tanto quanto à época, anos atrás, quando donos de templos "cristãos", tão rigorosos na sistematização da interpretação teológica a ponto de se envaidecer por isso, raivosos defensores de cada vírgula doutrinária deram razão às "políticas" duras de nada menos que Augusto Pinochet, condenado pela Justiça chilena e por todos os organismos por direitos humanos internacionais por crimes de lesa-humanidade, das mais terríveis que a história tem conhecimento por questões ideológicas (mentes condicionadas, a esquizofrenia contra diferenças teóricas acaba atingindo todos os segmentos da vida deste tipo de indivíduo): "matou pouco", proferido por determinado líder de cursinho bíblico como justificativa às crueldades de Pinochet, sem nenhum constrangimento, além da declaração de outro famoso "mestre bíblico", que "tem que soltar bombas no Oriente Médio árabe-islamita, mesmo!", em tom de defesa do "povo de Deus" (= cristãos, mas cristãos protestantes, mais especificamente batistas e presbiterianos).

Quando perguntado por que se deveria soltar bombas no Oriente Médio, o presbítero e "líder" de estudo bíblico no Brasil [elaborado diretamente no Texas, Estados Unidos, denominado Bible Study Fellowship, ou Estudo Bíblico do "Companheirismo", pasmem!, em português], e funcionário da Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo, respondeu sem titubear, cheio de autoridade: "Por que lá, as pessoas não têm Jesus!".

Na mesma igreja, Calvary International Church da cidade de São Paulo, Brasil (igualmente de origem norte-americana) onde se realizam tais "estudos" recheados de intolerância e demonstrações de histeria contra as mínimas diferenças dentro do próprio cristianismo, até onde este autor tinha conhecimento se prestavam a dar também "aulas" de Islã elaboradas e repassadas, é claro, por "missionários" norte-americanos – nem se faz necessário aqui estender sobre o conteúdo dos "ensinamentos".

Haveria certamente muito que se estender a fim de mencionar as inúmeras demonstrações de ódio religioso inter-igrejas – motivada pelas vírgulas doutrinárias, que se esquecem, ou desconhecem, ou nem querem entender em seus vícios religiosos que bem contrário de teólogos e de grandes debatedores doutrinários em geral, Jesus resolvia as mais controversas questões com um gesto, com um olhar, com um abraço, com um estender de mão – e intra-igrejas – por um lugarzinho ao sol no admirado e tão disputado terraço dos privilégios, acessível não aos que possuem mais virtudes e força de caráter, mas sobretudo aos mais hábeis em defender as retóricas doutrinárias e jogar melhor as cartas da Igreja local, de oratória, aparências, inevitavelmente de intrigas e de muita demagogia.

Contrato Social: Roubalheira Indiscriminada por Anestesia da Consciência

Eles devem achar difícil, aqueles que consideram a autoridade a verdade, ao invés de ter na verdade a autoridade

(Gerald Massey, egiptólogo)


Patético cenário religioso em geral, tão apologizado pela nada benevolente CIA e pelos piores manipuladores internacionais.
Sobre este espírito gritantemente reacionário da Igreja dita cristã, o psicanalista e ex-pastor evangélico, Caio Fábio, observa:

(...) Os líderes religiosos são privados deste poder exercido [sobre a vida das pessoas], daí eles preferirem pregar uma graça [bondade de Deus que faz as pessoas livres] barata, sem o explanar das verdades e liberdades que a graça promove, justamente para poder manter o poder de controle acumulado sobre as vidas dos membros dessa confraria chamada "igreja".

(...) Ouvi outro dia de um presbítero que as pessoas não sabem viver com liberdade, por isso tem que haver regras e disciplinas, porque liberdades excessivas geram libertinagem. (...) Muitos pastores e líderes religiosos vivem este medo e fobia que a graça gera, daí eles sempre querer controlar, e manipular situações e pessoas para poder ter ingerência total na vida delas, ditando as regras, e controlando todos os seus passos na vida (...)". Em O Medo como Neurose e Fobia Religiosa-Espiritual.

As cúpulas das religiões elitistas, reivindicando "autoridade celestial", têm servido para amestrar as sociedades levando-as à alienação (estado mental caracterizado pela perda da própria identidade e, consequentemente, à inconsciência do mundo ao seu redor), servindo como instrumento de domínio psicológico. Isso gera, nas massas dessituadas, passividade conivente, indiferença disfarçada de pacifismo que os personagens históricos idolatrados cegamente (idolatria indissociável da cegueira enquanto o próprio Jesus, apenas para citar um exemplo, tem funcionado como ídolo à grande maioria das comunidades religiosas, morto à vida mais prática, bastante vivo aos fins religiosos que incluem massagem de ego, além dos efeitos já mencionados), transformados em ícones por essas mesmas religiões predominantes, jamais ensinaram e nem vivenciaram, muito pelo contrário: foram atores ativos na vida cotidiana (em absoluta antítese às teorias teológicas) de suas épocas, nunca presas fáceis dos poderes corruptos, inertes em relação à vida social mais prática.

O fanatismo, sectário por natureza, é o que impede as pessoas de pensar, de questionar e de ter memória. O alto clero das religiões que jamais foram de serviço, mas que são servidas pela fé da sociedade, sabem muito bem disso. Veja-se, neste sentido, como se dá a tão cega quanto impetuosa devoção á imagem do papa sem que, na grande maioria das vezes, seus devotos tenham o mínimo conhecimento de sua biografia, de como ele chegou a tal posição, qual sua missão. Basta dizer que é o papa, e fim de papo! Não se admite questionamentos, ou neste caso, invariavelmente, vale agressiva acusação de herege por parte dos chamados fieis, autodenominados guardiães do sagrado, sempre a postos no combate a toda e qualquer "ameaça" às tradições da "sã doutrina", inquisidora aos de fora.

Este consenso é praticamente impossível de ser questionado cuja imediata e imperdoável inquisição aos "hereges", com pouca ou nenhuma chance ao diálogo, é perpetrada por todas as religiões reacionárias, que blindam os Estados oligárquicos. No caso cristão-católico, é este senso de se colocar seres humanos acima do bem e do mal que leva inúmeros sacerdotes a praticar ocultamente as maiores barbaridades, entre elas a violência sexual infantil, sob descarada justificativa na falibilidade humana, tese que se sustenta exatamente entre seres sem autonomia reflexiva, sem a mínima capacidade analítica.

Em cima da alienante submissão de suas obedientes massas de manobra – muitas vezes incondicional que não se incomoda com o que existe de mais podre neste mundo, comodismo sutilmente imposto pelos donos dos templos patrocinados pelos donos do poder estatal que, em diversos casos, imputam também nas massas forte espírito belicoso –, abre-se ainda espaço para que políticas de linha dura sejam implementadas as quais, além de servir para acobertar o sistema corrupto, estruturalmente endêmico, vão contra as liberdades civis e levam a muito confronto, doméstico e exterior (exatamente o que temos visto ocorrer historicamente, entre as confrarias religiosas reacionárias e entre nações).

Tal sistema religioso possui direta relação com o falido sistema de ensino global, cujos fins são apontados desta maneira pelo linguista e filósofo norte-americano Noam Chomsky, no sítio Truth Out (Estados Unidos):

Há que se ter ensino em massa. A razão é que milhões estão podendo votar, e deve-se educá-los a fim de que não incomodem. Em outras palavras, deve-se treiná-los para a obediência e servilismo, para que não pensem como o mundo funciona e, assim, não vão depois pegar no pé deles. (...) As escolas são projetadas para ensinar o que vai cair na prova. Não existe a preocupação com a capacidade dos alunos de pensar, de se superar, de levantar questões. (...) Isso acontece em toda parte. E possui a evidente técnica de emburrecimento da população, e também de controlá-la. Para a maioria das pessoas, não há escolha. É o mesmo que dizer que todos têm a chance de se tornar milionários.
Tudo isso é uma forma de transformar a população em um bando de imbecis.

Já dizia Albert Einstein: "A submissão incondicional é a maior inimiga da verdade". Inimigos por natureza da verdade e da igualdade de condições em todos os segmentos da vida, os donos do poder, em todas as esferas, sempre foram muito conscientes disso, mestres na compreensão dos fatores psicológicos e do domínio da neurolinguística. Dos finos gabinetes, dos suntuosos templos e dos pomposos palácios, ora se acomoda, ora se gera ódio e as piores guerras entre suas marionetes: eis o perfeito resumo da pobre história humana.

E dentro desse sistema das conveniências, aqueles que lavam as mãos como Pilatos, não participam dos banquetes indecentes estão, em última instância (na "menos maléfica" das hipóteses), na condição prevista pelo arcebispo sul-africano da Igreja anglicana, Desmond Tutu, quem lutou contra o apartheid em seu país: "Se você se mantém neutro em situações de injustiça, então escolheu o lado do opressor". Além do tão antigo quanto sábio vezo popular, que diz que "é preferível errar por ação, que por omissão", o que encontra eco no próprio conteúdo dos ensinamentos de Jesus. Trata-se da anti-cidadania que os sistemas religiosos mais sabem reproduzir em nome de Deus, aos bilhões.

Os arquitetos e mantenedores de tais sistemas sempre souberam que seus submissos, mesmo os mais acomodados são, na verdade, grandes participantes do saqueio alheio e das tragédias históricas por meios sutilmente psicológicos mesmo sem terem consciência disso, tanto quanto Pilatos foi um dos atores principais na morte de Jesus ao lavar as mãos.

Outro ponto que evidencia de maneira inconteste o caráter fortemente sectário das religiões predominantes, além de seus fragilíssimos fundamentos ideológicos e psicológicos, é que a passividade que as marca quando o assunto é cidadania, transforma-se fatalmente no oposto, indignação (em muitos casos, profunda) ou mesmo a famosa histeria quando interesses ou meras ideias religiosas/doutrinárias/estruturais das comunidades estão em questão. Faz-se os mais duros juízos e, se possível, estabelece-se os mais acalorados debates teológicos, cuja esquizofrenia doutrinária é marcante entre as sociedades ao redor do planeta. Mais um evidente fruto do quanto as profundamente idolatradas chefias religiosas utilizam seus fieis, mergulhados no auto-engano, como massa de manobra e como escudo para esses mesmos chefes das religiões.

Diante disso tudo, a versão atualizada da religião de dominação é, indisfarçavelmente, esta: "Só há um Deus, e um mediador entre Deus e os homens: Mamon". Paradoxalmente, a clarividência de tal fato é tão intensa quanto a incapacidade das plateias religiosas, mundo afora, de enxergá-la.

Outro Mundo É Possível

Sem coragem não é possível ser honesto. Sem coragem não é possível ser solidário e caridoso

(Heloísa Helena)


Quando a humanidade despertar para estes fatos, por outro lado enfatizando, sim, as virtudes – tão simples quanto é simples a beleza encantadora da vida, tão simples quanto ao apaixonante fato de que Jesus corria imediata e até indignadamente, largava absolutamente tudo a fim de curar, de resolver conflitos, exercer justiça e saciar tanta fome por amor, jamais por calculista cumprimento dogmático conforme os cursinhos teológicos enfiam goela abaixo da humanidade –, um outro mundo será possível, em que haja igualdade e solidariedade, tolerância com as diferenças (não com a corrupção, conforme convenientemente invertem os papeis as dominadoras religiões dos intolerantes dogmas).

A questão crucial que se coloca – que certamente a colocariam nos dias de hoje seres humanos tão brilhantes quanto açoitados até a morte pelos falsários da religião e donos do poder em geral, seres iluminados como Jesus, Maomé, Chico Xavier, Madre Teresa de Calcutá, Gandhi, Buda, entre outros – é: desejarão as multidões pertencentes às preponderantes religiões deixar algum dia o caminho, de certa maneira mais cômodo, da inconsciência que os torna indiferentes passageiros do destino ditados por desavergonhados gozadores de privilégios, para serem protagonistas da história e das suas próprias vidas?

Isso será realidade quando as multidões de fieis às suas respectivas autoridades religiosas, supostas porta-vozes de Deus, tiverem brios suficientes para perder o medo de serem acusadas de hereges ao denunciar o que, silenciosamente, presenciam em tais meios escandalizando-se interiormente por isso, tentando fazer com que o próprio subconsciente abafe a indignação apontada pelo consciente (suicídio mental e espiritual).

Em outros casos, quando determinados seres abrirem mão de seus interesses. Ou ainda, este mundo se desvencilhará de seus maiores grilhões quando outros tantos abrirem mão de uma combinação de ambos, do medo e dos interesses inerentes a tais sistemas escravizantes, e deixarem de se prestar ao papel de massa de manobra.

Diz o grande comandante Fidel Castro, um dos principais líderes da Revolução Cubana: "Ou triunfam as ideais justas, ou triunfa o desastre".

Sem ruptura da histórica e corrupta aliança entre religião e política, contudo, o outro mundo é impossível. Não por coincidência, as grandes religiões impregnam nas mentes de seus bilhões de adeptos (de maneira tão exitosa que provoca profunda irritação, quando se diz acreditar no contrário) que ele é invariavelmente impossível de ser alcançado, reservado a outras dimensões.

Eis os fragilíssimos alicerces psicológicos enraizados nas religiões dominantes e dominadoras – que manipula o inconsciente societário como poucas instituições –, inversamente proporcionais aos alicerces materiais e a todo o aparato que as sustentam há muitos séculos, garantindo seus privilégios e os dos Estados corruptos, um se apoiando e se encobertando no outro. Em troca, as multidões têm sua consciência anestesiada por esses poderes. Dizem que é mais fácil viver assim...

Entre a melancolia de um mundo apaticamente sedado que glorifica os iguais, a estupidez e a ignorância, bem mais vale fazer tudo por paixão e conscientemente, sempre. E com todos os obstáculos e até dores que possam surgir decorrentes de se viver a realidade, jamais entre fugas aplaudidas pelos maiores carrascos da humanidade, nunca deixar de olhar adiante e acreditar: outro mundo é possível!

Conforme ironizou Jon Stewart: "A religião oferece às pessoas a esperança em um mundo devastado pela... religião".


Há que se fazer a devida separação colocando em polos completamente opostos o genuíno Evangelho - ensinamentos baseados fundamentalmente em práticas, interiorização e conscientização, igualitário, transparente e inclusivo -, e o perverso, estúpido, repugnante Cristianismo estabelecido por Constantino em Roma nos idos do século IV - agressivamente verticalizado, excludente, cujas cúpulas organizam-se de modo mais obscuro que o próprio sistema político, altamente corrupto - seguido entusiasticamente pela maioria das confrarias ocidentais a fim de retirar consciência, enfraquecer personalidades, dominar e acumular riqueza
Edu Montesanti


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#Posté le mercredi 18 juin 2008 08:21

Modifié le mardi 30 janvier 2018 07:15

MEMÓRIAS DA REVOLUÇÃO
A Primavera dos Povos Árabes' 2011

Meher Bnouni, da Tunísia especialmente ao Blog


Setembro de 2011

Sou um escritor da história... Sou um soldado da liberdade. Nenhuma gaiola poderá jamais encerrar minha alma... Não demonstro medo e continuo altivo. Eu sou da Tunísia!

Enquanto fechava os olhos e vislumbrava rapidamente o passado, uma tempestade de lugares fortuitos, rostos e vozes golpearam minha imaginação. Dentro da combinação de muitas vozes ambíguas e aleatórias, sem rumo correndo na minha cabeça, de repente um som ressoou tão alto e claro, mandando-me direto à noite de 14 de janeiro de 2011 (veja vídeo).

Foi o grito de um advogado tunisiano descendo as ruas mortas de Túnis [capital do país], gritando tão alto palavras que estão e estarão, para sempre, esculpidas em um lugar sagrado em meu coração, em cujo topo está escrito o nome do meu país com caracteres de ouro. "Ben Ali fugiu... A Tunísia está livre... O povo tunisiano está livre!" Esta declaração histórica veio logo após o ex-presidente tunisiano Ben Ali ter fugido da Tunísia.

Este acontecimento acabou com uma era de opressão e escravidão que durou 23 anos. Durante este período cruel, vivemos afastados dos nossos mínimo direitos. O tão dito líder governou o país com mão de ferro, aproveitando-se do seu povo. Ele se beneficiou de cada garrafa de água, de cada pedaço de pão e de cada lâmpada do país. Ele roubou nossa esperança e nossa infância cheia de sonhos jamais vividos, e palavras que nunca entendemos. A criança dentro de mim sempre culpará o líder.

Ao longo dos anos, a situação só piorou com o aumento do desemprego e da corrupção. Até que um dia as pessoas apelaram depois que um homem se queimou vivo, porque seu país não lhe oferecia nenhuma oportunidade de ganhar a vida, frustrando todas as suas tentativas de sobreviver. Essa foi a faísca que acendeu a revolução da Tunísia.

Vivíamos meses sob tensão, até que policiais estavam ao nosso redor em todos os lugares. E, de alguma maneira, eu sabia que era tarde demais para tentar evitar qualquer levante nesta nação. O mal já estava feito, e as pessoas estavam apenas no início de tudo.

Os próximos meses testemunharam uma série de manifestações, bem como o aparecimento de uma palavra que todos os tunisianos diziam, dégage [vá embora, em francês]. Dégage foi dito ao presidente, à polícia e a tudo o que tinha alguma coisa a ver com o antigo regime (veja vídeo da massa clamando dégage, no centro de Túnis).

10 de janeiro, eu estava na escola e tudo parecia calmo na aula de Física, até que ouvimos um barulho vindo da escola próxima. Abri a janela, e havia um grupo de pessoas enfurecidas correndo pelos corredores, fazendo todo mundo sair a fim de participar na manifestação repetindo alguns lemas que, claramente, mexeram com todos.

Fui parar em uma rua principal da cidade, empurrado pela multidão imensa. Policiais estavam por toda a área e conseguiram separar-nos. Cheguei em casa, estava tudo calmo, liguei a TV para saber se as escolas estariam fechadas no restante da semana. Estava emocionado, mas ainda não tinha certeza do porquê. Eu estava sentindo o cheiro de algo suspeito.

Sempre que penso na revolução, lembro-me do Facebook: armou o povo contra o governo corrupto, e como ele serviu de arsenal para organizar tudo, inclusive as manifestações.

Nos próximos dias, as coisas pioraram enquanto sangue era derramado por toda a parte. E o presidente proferiu alguns discursos que se tornaram muito famosos, pelo fato de que todos são engraçados de uma maneira estúpida. Um discurso que nunca me esquecerei será o último, onde ele disse ao povo: "Eu os entendo... Entendo todos vocês". Bem, já era tarde demais. Após 23 anos sem entender seu povo. Ele não era exatamente um líder. Após seu discurso lendário, a revolução atingiu o cume e as pessoas, incandescentes, estavam por toda a parte nas ruas. Todo mundo esperava que ele proferisse outro discurso, mas jamais o fez e as próximas notícias que ouviríamos, seriam as de que ele fugira.

O presidente fugiu. Soou estranho na primeira vez, já que desde que abri meus olhos nesta vida, Ben Ali era o presidente. E agora, ele fugiu. Então, ouvi o advogado na TV e sabia que era uma vitória para a Tunísia. Demos início a algo de grande importância, expulsando o ditador.

Muitas pessoas comemoraram tal feito como se tivéssemos atingido nosso objetivo. Mas o trabalho duro ainda estaria por vir. Quando o presidente escapou, deixou alguém pior que ele.

As escolas ficaram duas semanas fechadas por causa da perigosa situação do país, já que francoatiradores e bandidos estavam em toda parte, e os prisioneiros foram libertados de maneira que não era seguro sequer dar uma volta no quarteirão. Por isso, homens e garotos de todos os bairros do país passaram a noite fora de casa, vigiando a vizinhança. Certo, então senti que sou tunisiano e estava muito orgulhoso disso, enquanto eu via pessoas que antes brigavam, agora dando as mãos e protegendo umas às outras!

Estávamos de volta à escola, fora de época, e tudo começou a se acalmar aos poucos, mas nunca nos esqueceremos dos mártires, não esqueceremos as pessoas que se sacrificaram por uma causa nobre. Carregaremos a tocha até que a vitória seja alcançada.

A Tunísia não era um país onde as pessoas podiam falar livremente, mas hoje todos têm esse direito, todos podem compartilhar seu ponto de vista sem ser punido, nem nada disso. No entanto, algumas pessoas viram a liberdade a partir de uma perspectiva equivocada, e começaram a abusar dela.

Afinal, essa revolução foi apenas o começo de uma nova era de prosperidade e liberdade na Tunísia.


Nota do Blog - Questão fundamental para o futuro democrático das nações árabes é como se dará a influência da ONU e das grandes potências nessa transição, se em apoio a conquistas populares e a elaboração de novas constituições que defendam, de fato, o Estado de direito (e, é claro, que sejam estabelecidas estruturas sócio-políticas que tornem possível colocar-se em prática essas constituições), ou se a influência ocidental se dará de maneira imperialista ”impondo-lhes” a mesma “democracia” iraquiana, afegã e, por que não, latino-americana através de conspirações, sabotagens, golpes e muita corrupção a fim de pilhar as riquezas locais. Se os interesses das populações locais forem efetivamente priorizados através de transparência radical e ruptura total com as velhas ditaduras, dinastias e monarquias, outrora apoiadas diretamente pelas potências ocidentais imperialistas, a Primavera Árabe alcançará seus objetivos.

WikiLeaks revelou, documentalmente como sempre faz, influência secreta de Washington em favor da revolução egípcia, que derrubou o ditador Hosni Mubarak (leia Protestos no Egito: O Apoio Secreto dos Estados Unidos Por Trás do Levante de Líderes Rebeldes, aqui no Blog). É no mínimo muito estranho que a ajuda para derrubar o presidente Mubarak, antigo aliado norte-americano, tenha sido velada. Na Líbia, o ditador Muammar Gaddafi, arquivo vivo, tendo sido anos aliado da CIA, foi triturado por rebeldes após ter sido derrubado do poder (para não dizer o que sabia?), com apoio direto das grandes potências lideradas pelos EUA.

Enquanto isso, os mesmos EUA orientaram a Liga Árabe, composta por Arábia Saudita, Kuwait, Omã, Qatar e Emirados Árabes, a sufocar as manifestações populares no Bahrein que vive sob a autoritária dinastia Al-Khalifa, a qual massacrou covardemente a população nos protestos de 2011, através de execuções sumárias e muita tortura. Justamente no Bahrein está estacionada a principal base naval norte-americana no Oriente Médio, a V Frota. Para ser realista, direto e breve, o futuro livre e justo das nações árabes dependerá, portanto, do quanto as sociedades conseguirem manter-se livres dos interesses petrolíferos das grandes potências (que não respeitam humanitarismo quando estão em jogo o poder e a riqueza), e dos seus fantoches internos.


A cidadania é um espaço a conquistar
Washington Uranga, jornalista argentino



Nhân Chuyến Thăm Việt Nam Và Nhật Bản Của Tổng Thống Mỹ Obama

Hôm nay các phương tiện truyền thông đại chúng ở New Zealand – và tất nhiên cũng ở Việt Nam – đồng loạt đưa tin về chuyến thăm Việt Nam và Nhật Bản của Tổng Thống thứ 44 của Hoa Kỳ Ngài Barack Hussein Obama Đệ Nhị. Chuyến thăm này của Ngài Obama (a) một mặt làm tiu nghỉu những kẻ chống Việt đã loan tin hàm hồ láo xạo về việc hủy bỏ chuyến thăm Việt Nam của Tổng Thống Hoa Kỳ để phản đối việc Việt Nam bầu lại Chủ Tịch Nước, Chủ Tịch Quốc Hội, và Thủ Tướng trước nhiệm kỳ – một việc hoàn toàn phù hợp Hiến Pháp Việt Nam và luật pháp Việt Nam mà tất cả các nguyên thủ của tất cả các nước trên toàn thế giới phải công khai công nhận và công khai tôn trọng, (b) một mặt tạo điều kiện cho các nhà nghiên cứu quốc tế và các nhà báo lão luyện trên thế giới tập trung viết về tội ác chiến tranh của Mỹ tại Việt Nam và Nhật Bản. Một trong vô số các bài viết ấy là của nhà báo Edu Montesanti, tác giả quyển Những Sự Dối Trá Và Tội Ác Của Cuộc Chiến Chống Khủng Bố (Lies and Crimes of “War on Terror”), phỏng vấn độc quyền Giáo sư Peter Kuzinick, công dân New York, Giáo sư Lịch Sử Đại Học Hoa Kỳ và Viện Trưởng Viện Nghiên Cứu Nguyên Tử Hoa Kỳ, mà tôi dịch sang tiếng Việt như dưới đây để cung cấp cho bạn đọc có thêm thông tin về một giai đoạn lịch sử không thể nào quên của nhân loại. Trong bài phỏng vấn này, Giáo sư Peter Kuzinick nói về việc thả bom nguyên tử xuống Hiroshima và Nagazaki, về tội ác cùng các dối trá của Mỹ đàng sau cuộc chiến tranh tại Việt Nam cũng như về sự thật đằng sau cuộc xâm lược của Mỹ tại Việt Nam, và vì sao Mỹ có cuộc Chiến Tranh Lạnh với Liên Xô cũng như vì sao cuộc chiến ấy cùng truyền thông chính thống đã ảnh hưởng đến thế giới ngày nay, lợi ích từ cuộc ám sát Tổng Thống Kennedy, chủ nghĩa đế quốc Mỹ đối với Châu Mỹ La Tinh thời Chiến Tranh Lạnh và ngày nay dưới vỏ bọc giả trá của Chiến Tranh Chống Khủng Bố và Chiến Tranh Chống Ma Túy.

Hoàng Hữu Phước, MIB

Edu Montesanti: Thưa Giáo sư Peter Kuznick, xin cảm ơn ông rất nhiều vì đã cho phép tôi được phỏng vấn ông. Trong quyển Lịch Sử Chưa Được Nói Đến Của Hoa Kỳ, ông cùng đồng tác giả Oliver Stone có tiết lộ rằng việc ném các quả bom nguyên tử ở Hiroshima và Nagasaki của Tổng thống Harry Truman là không cần thiết về mặt quân sự, cùng những lý do đằng sau nó. Xin Giáo sư vui lòng bình luận về các sự nêu lên này (...)

Sítio na Internet do jornal vietnamita Tin Tức Hàng Ngày (Notícias do Dia)


ベネズエラ制憲議会の意義についてのインタビュー
2017.08.20 Sunday08:16

ベネズエラの社会学者への憲法制定国民議会の意義についてのインタビューです。「これまでの歴史的な議会との、一つの大きな違いがある。議員たちは、政党やエリートの代表ではなく、市民である。」
合衆国と同盟国は、ベネズエラの参加型民主主義を恐れている
(US, Allies Are Terrified of Venezuela's Participatory Democracy)

2017年8月16日 teleSUR (By: Edu Montesanti) 発 (...)

Sítio japonês Jugem



AFGHANSK KVINNEORGANISASJON:TERRORISME ER ET IMPERIALISTISK VÅPEN

Organisasjonen jobber undergrunns. Friba kommenterer i et intervju med Edu Montesanti eksplosjonen i Kabul 31. mai - det verste selvmordsangrep i Afghanistan på mange år med over 100 drepte og minst 400 skadet: (...)

Sítio norueguês Friheten


Greater Boulder Greens Truthout 'র একটি পোস্ট ভাগ করেছেন।
9 মে, 10:20 PM-এ ·

Truthout
8 মে, 02:45 PM-এ ·

In this interview, professor Peter Kuznick speaks of the atomic bombings of Hiroshima and Nagazaki, US crimes and lies
behind the Vietnam war, why the US engaged a Cold War with the Soviet Union and the false premise of today's "war on terror."

The Untold History of US War Crimes

"A revitalized left is the key to saving this planet. We're running out of time though."

TRUTH-OUT.ORG | PETER KUZINICK AND EDU MONTESANTI কর্তৃক

ভালো লেগেছেমন্তব্য করুনশেয়ার করুন

Página no Facebook da comunidade bengali do Greater Boulder Greens, Partido Verde do estado do Colorado, Estados Unidos


“The CIA continues trafficking drugs from Afghanistan”

This is the second part of the interview granted by Friba, RAWA's representative. Interview by Edu Montesanti, Pravda.Ru Portuguese version

Vivekanand Tripathi जवाहरलाल नेहरू विश्वविद्यालय - Sitaram Yechury (सीताराम येचुरी), líder político indiano, no Facebook


افغانستان آزاد – آزاد افغانستان

چو کشور نباشـد تن من مبـــــــاد بدین بوم وبر زنده یک تن مــــباد
همه سر به سر تن به کشتن دهیم از آن به که کشور به دشمن دهیم


Edu Montesanti - افغانستان آزاد

Sítio jornalístico afegão, ao republicar reportagens de Edu Montesanti


Новость pravdareport.com: Global Terrorism: Causes, Consequences and Solutions. Edu Montesanti, Timo Kivimäki. Читать подробнее→

Sítio de notícias russo СМИ



CIA Afganistan uyuşturucu kaçakçılığı devam

Bugün: 07.06.2016

Bu Friba, RAWA temsilcisi tarafından verilen röportajın ikinci kısmıdır. Edu Montesanti, Pravda.Ru Portekizce versiyonu ile SöyleşirnrnYıllar önce, parlamento, eski yazar insan haklarına ve aktivist Malalai Joya CIA Afganistan uyuşturucu kaçakçılığı devam dikkat çekti. (...)

Halkdayanismasidernegi, Associação de Solidariedade Pública, Turquia


批判传播学 · 人物 | 皮尔杰:是谁在与拉美的民主为敌
传播学

批判传播学(皮尔杰) · 2016-05-21 22:51

拉丁美洲,这片被已故乌拉圭作家加莱亚诺称为“血管被切开”的土地,近期接连成为媒体关注的焦点,不论是“bamama文件”、巴西总统遭弹劾,还是右翼反对派在议会取得多数席位后的委内瑞拉的困境,似乎都剪不断理还乱。为此,本期批传公号翻译巴西记者对独立记者约翰·皮尔杰的专访,原文刊于今年3月下旬。皮尔杰在专访中谈及查韦斯执政以来委内瑞拉的社会变革、西方主流媒体对委内瑞拉的“报道”、美国与拉美的关系,并预测近期拉美走势。

(...)
作者:John Pilger、Edu Montesanti

二十年来,拉美地区的多个进步政府在经济、政治和社会层面取得了前所未有的成绩,尤其在人权方面更是逐年得到联合国及数个国际组织的承认。尽管如此,该地区一直正面临由华盛顿暗中支持并资助的新自由主义势力的冲击。(...)

埃杜·蒙特桑迪(Edu Montesanti,以下简称“蒙”):约翰,谢谢你答应接受我的采访,对此我深感荣幸。能否请你谈谈将要推出的新纪录片《即将到来的美中之战》(该片于2014年开始筹备,皮尔杰的第60部纪录片。——译注)?它会给我们带来什么?你制作的动机以及你的目标是什么?(...)

Comunicação Crítica, jornal chinês na Internet



How the CIA Fuels America's Drug Problem to Fund Covert Operations

20 July 2016

According to a June 2016 article on Veterans Today (VT) website, the CIA not only supports the Afghanistan drug trafficking, but also designed the “Afghan narcotics economy”. This accusation was made in an email interview conducted by Edu Montesanti, Pravda with former Parliamentarian in the National Assembly of Afghanistan and human rights activist Malalaï Joya. (...)

Sítio norte-americano Top Secret Writers (Escritores Secretos Top), ao comentar publicação de Edu Montesanti em Pravda Report



Ayer, la respetada revista digital OpEd News, de Estados Unidos, publicó una entrevista del periodista y escritor Edu Montesanti a la distinguida académica María Páez Victor, socióloga y catedrática canadiense en la Universidad de Toronto, Canadá. (...)

Jornalista e analista internacional Ruperto Concha Cosani, no sítio da Revista Correo del Alba (Venezuela), 1º de agosto de 2017


Demokracie v Americe je čistá fantazie: Stephen Lendman
29. září 2017

„Nedo¸iju se toho, abych viděl spravedlnost za 11. září,“ říká profesor Stephen Lendman. Útoky z 11. září změnily průběh lidstva, a ani za ¨estnáct let to nebylo minimálně objasněno, ale přeměnilo to svět na místo plné strachu a nenávisti, mezitím co Spojené státy roz¨iřují své vojenské základny, kterých je po celém světě 737 a více ne¸ 2 500 000 amerického personálu slou¸í po celé planetě. (...)

Edu Montesanti: Profesore Lendmane, rád bych vám poděkoval za tento rozhovor. Tak¸e, jaké byly důsledky útoků z 11. září pro USA a svět?
(...)

sítio tcheco Almanach,cz, republicação de Edu Montesanti em Pravda Report


Edu Montesanti
ادو مونتسانتی
埃杜·蒙特桑迪
エドゥモンテタンティ
에두 몬떼산띠
एडु मॉन्टेजन्ति
එදු මොන්ටෙසන්ටි
এদু মন্টেসনটি
citado em todos os lugares


Conteúdo (com ligações)


PÁGINA INICIAL


l. MATEANDO COM EDU - Perfil, Literatura & Variedades

Página 1

Página 2


lI. TERCEIRA PÁGINA. Questões Internacionais


III. NO PIQUE DA VIDA. Reflexões


IV. ARQUIVO. Os Noticiários Mundiais

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V. TERRORISMO DE ESTADO. A Invasão Norte-Americana ao Iraque



VI. O 11 DE SETEMBRO DE CADA DIA DO AFEGANISTÃO

Página 1

Página 2

Página 3



VII. GOLPES MILITARES NA AMÉRICA LATINA


VIII. RECONTANDO A HISTÓRIA


XI. A VOZ DOS SEM VOZ. Questão Palestina

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Página 2



X. PINGO NO i. Edu Entrevista

Página 1

Página 2


XI. O BRASIL NO ESPELHO. Crônicas


XII. ESPECIAL: 'GUERRA AO TERROR'. Maior Mentira da História


XIII. ESPECIAL: 11 DE SETEMBRO DE 2001. Execução Interna


XIV. IDIOMAS

Inglês

Espanhol

Alemão

Italiano

Francês

Sueco

Português



XV. WIKILEAKS

Brasil (Página 1)

Brasil (página 2)

América Latina

Estados Unidos, Europa, África e Ásia

Oriente Médio



XVI. MALALAÏ JOYA. A Filha Corajosa do Afeganistão

Página 1

Página 2

Página 3

Página 4


XVII. PÁTRIA GRANDE PORTENTOSA. Paisagem & Cultura Latina

Página 1

Página 2

Página 3



XVIII. AVÓS DA PRAÇA DE MAIO. Uma Voz por Liberdade na Argentina

Página 1

Página 2



XIX. MISSÃO CUMPRIDA, POR EDU MONTESANTI


XX. PALAVRAS DO CORAÇÃO. Poemas


XXI. MEIO AMBIENTE, ESPORTE & SAÚDE



XXII. CONTRACAPA: CURTINHAS. Notícias Nacionais


XXIII. CONTRACAPA: CURTINHAS. Notícias Internacionais



XXIV. MENTIRAS E CRIMES DA "GUERRA AO TERROR", E O JORNALISMO BRASILEIRO MANCHADO DE SANGUE


XXV. ARQUIVO: CONTRACAPA. Nacional

Página 1

Página 2


XXVI. ARQUIVO - CONTRACAPA. Internacional

Página 1

Página 2


XXVII. THE GLOBE TODAY. Edu Montesanti in English

News & Opinion

Edu Interviews

News & Opinion - Archive

Special Story: The Biggest Lie in History



XXVIII. MIRADOR INTERNACIONAL. Edu Montesanti en Español

Noticias & Opinión

Reportaje Especial: 11 de Septiembre de 2001, Mayor Mentira de la Historia

Edu Entrevista

Noticias & Opinión - Archivo



XXIX. DIAS PARA MUDAR O BRASIL, JUNHO/JULHO DE 2013. Onda de Manifestações ou Primavera Brasileira?

Página 1

Página 2



XXX. SOMOS TODOS SANTA MARIA. Por Memória, Verdade e Justiça

Página 1 - Documentos

Página 2 - Documentos


Página 3 - Artigos

Página 4 - Série de Reportagens


XXXI. MÍDIA EM QUESTÃO


XXXII. REVOLUÇÃO BOLIVARIANA NA VENEZUELA
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#Posté le mercredi 18 juin 2008 08:24

Modifié le samedi 07 avril 2018 10:36

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