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XXXVI. REVOLUÇÃO BOLIVARIANA NA VENEZUELA


Série de Viderreportagens: Por Dentro da Venezuela - Desmistificando a Revolução Bolivariana

XXXVI. REVOLUÇÃO BOLIVARIANA NA VENEZUELA

Conteúdo:

Relato Escrito da Viagem à Venezuela, de Ponta a Ponta: Feliz no Amor, Feliz na Revolução (mais abaixo)

Vídeos:

● Fronteira da Colômbia com a Venezuela: Trânsito caótico na disputa raivosa por contrabando

● (Tentativa de) Entrevista anônima com funcionário colombiano, na fronteira:
Expulso da sala, vigiado fora dela, saindo às pressas à Venezuela

● Entrevistas: Cidade de Barquisimeto
Ditadura ou democracia? Por que tanto interesse dos Estados Unidos na Venezuela?
(com flashes da cidade de Barquisimeto: Venezuela, Território de Paz)

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● Entrevistas, Manifestações Populares e Locais Históricos: Caracas, capital federal
Ditadura ou democracia? Por que tanto interesse dos Estados Unidos na Venezuela?
(com flashes da colorida capital Caracas: Venezuela, Território de Paz)


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XXXVI. REVOLUÇÃO BOLIVARIANA NA VENEZUELA
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#Posté le mardi 16 février 2016 18:49

Modifié le mercredi 24 février 2016 11:05



POR DENTRO DA VENEZUELA
Feliz no Amor, Feliz na Revolução


Justamente quando o governo norte-americano de Barack Obama decreta que a Venezuela significa ameaça inusual e extraordinária à economia e à segurança nacional dos Estados Unidos (sem nenhuma justificativa), o país caribenho, na vanguarda da Revolução Bolivariana, é cruzado e investigado de ponta a ponta, da fronteira com a Colômbia passando pela capital Caracas, até o outro extremo, à fronteira com o estado de Roraima, no Brasil: de fevereiro a março de 2015, exatamente um ano após as violentas "guarimbas" (manifestações de grupos oposicionistas locais, treinados e financiados por Washington), entrevistas, registros de manifestações populares, câmeras ocultas e arriscadamente escancaradas - em meio à raivosa luta por cada centímetro no caótico e arriscadíssimo trânsito fronteiriço da truculenta Colômbia com a Venezuela.

O Estado colombiano policialesco, maior aliado dos Estados Unidos na América Latina, foi também percorrido de ponta a ponta: hostilizado e "convidado" a se retirar de pequena sala escura na cidade colombiana de Cúcuta (600 km a nordeste da capital Bogotá, enquanto entrevistava às escondidas funcionário colombiano no local que solicitara anonimato a fim de contar o secreto plano de desestabilização perpetrado pelo eixo Bogotá-Miami-Madrid (já não tão secreto assim) contra o governo socialista da república vizinha, algo constantemente denunciado pelo presidente venezuelano - desdenhado pela grande mídia internacional - como "guerra econômica".

E hostilizado não apenas na Alfândega, na altamente tensa fronteira colombo-venezuelana: metendo-se em meio aos carros a fim de registrar a feroz disputa por espaço rumo à cidade venezuelana de San Antonio, e retornar com grandes quantidades de gasolina, outros produtos contrabandeados e drogas, este autor foi mais de uma vez detido com a câmera e duramente questionado por determinados indivíduos que simplesmente "vendem" espaços mais adiante a motoristas - contrabandistas e narcotraficantes, em seus carros. Tais negociantes de espaços aos carros constantemente desviavam do foco da câmera, com semblante nada amigável (é importante ser ressaltado: no lado Venezuelano da fronteira, em San Antonio, reina a mais absoluta paz).

Fatos ou Factoides? Estão certas as grandes empresas de mídia internacionais, ao vender sistematicamente a ideia de que a Venezuela vive terrível ditadura, onde não há liberdade de expressão mas muita perseguição e até tortura? Por que é noticiado isso? Qual o interesse por trás desta versão, e quem são os maiores interessados neste jogo sujo? No caso particular dos Estados Unidos, por que tanto interesse exatamente na Venezuela? O que realmente mudou no país caribenho pós-Hugo Chávez? Como seu sucessor, o atual presidente Nicolás Maduro, segue tal política que tem se espalhado pela América Latina e recebido diversos reconhecimentos internacionais, além de provocar tanto entusiasmo e até paixão nos quatro cantos do globo, especialmente em quem entra no país, ainda que cheio de preconceitos conforme igualmente apresentado na amadora, improvisada - mas fiel à realidade dos fatos - série de gravações (sem cortes) a serem publicadas mais adiante?

O que a Mídia Não Vê. Detentora das mais importantes conquistas sociais na América Latina e, em alguns casos, até no mundo - índices que têm levado a Organização das Nações Unidas (ONU) a considerar o país exemplo mundial em direitos humanos. Enquanto um bilhão de seres humanos passam fome em todo o planeta (quase 55 milhões de crianças), a Venezuela está livre da fome hoje, além de ter-se erradicado o analfabetismo, entre outras conquistas sociais a serem detalhadas na sequência de vídeos, e ao longo deste texto. A Revolução Bolivariana é autora também de Constituição das mais avançadas do planeta, fato a ser igualmente detalhado mais abaixo.

Entre a Cruz e a Espada. Por outro lado, a primeira nação latino-americana a proclamar a República, primeira a elaborar Constituição, a que mais a tem regido em toda a região, a primeira a incorporar Ministério Público na Constituição (1901), a Venezuela é ridicularizada e demonizada pelos barões da mídia - e junto do país, todos aqueles que enaltecem suas conquistas. Quem, afinal, diz a verdade?

A Série de Vídeos. Nas ruas, nos hospitais, em frente a universidades, nas praças públicas, nos bares, em centros comerciais, em órgãos públicos, em manifestações públicas, em mesas de abaixo-assinado contra a ingerência do presidente norte-americano Barack Obama e até no meio das estradas, com a palavra os cidadãos venezuelanos, ouvidos nos mais diversos cantos do país -, das pessoas mais simples até membros do governo passando por professores universitários, médicos, agentes públicos, políticos, ativistas por direitos humanos e tantas outras pessoas dos mais diversos segmentos, de todas as classes sociais.

Que Ditadura? Tudo isso sem ser, em nenhuma circunstância, minimamente molestado na liberdade de expressão, de entrevistar, filmar e nem de gravar o que quer que seja, onde seja com a amadora mas atenta câmera e seu tripé muitas vezes a postos, expostos nos mais diversos locais públicos gozando da maior tranquilidade, sem o menor problema, tanto quanto qualquer outro cidadão - em muitos casos recebendo simpatia e solidariedade de cidadãos comuns e até da força pública.

Está registrado também na sequência de vídeos, determinado pregador evangélico com seu microfone falando ao bel-prazer no centro de Caracas em uma das mais importantes praças públicas da capital nacional, exatamente em frente à Assembleia Nacional, a algumas quadras do presidencial Palácio de Miraflores.

Desta parte, por toda a Venezuela a câmera, em público sobre o tripé ou em mãos, jamais foi molestada, pelo contrário: toda a liberdade para se entrevistar e registrar absolutamente todos e tudo o que era desejado.

Bem-vinda, bem-vindo à República Bolivariana da Venezuela! Não à Venezuela vendida pela mídia de desinformação em massa, desconstrutora da realidade social, econômica e política quando seus mesquinhos interesses estão em questão.

A colorida e livre Caracas, palco de tão públicas quanto intensas atividades culturais e esportivas promovidas pelo governo socialista de Maduro-Chávez, palco também de inúmeras manifestações populares, a favor e contra o atual governo - como as de 2014, tão violentas cometidas pela inescrupulosa oposição local. Nada disso é possível ocorrer em um regime ditatorial.

A Ditadura da Oposição. É oportuno antecipar-se aos vídeos aqui: a única represália seguida de censura - aos berros - e expulsão de local público sofrida durante as inúmeras gravações, deu-se em estado oposicionista ao governo do presidente Maduro: enquanto era realizada entrevista com professora universitária em cooperativa da cidade de Barquisimeto (um dos epicentros das sangrentas manifestações de 2014), capital do Estado de Lara (centro do país), na qual a idosa docente contava as conquistas do bolivarianismo, um militante oposicionista (adepto dos partidários venezuelanos de Aécio Neves, da grande mídia brasileira e do regime de Washington) a interrompia aos berros, até que um funcionário local nos interrompeu e "convidou" a nos retirar, alegando o "crime" de se realizar entrevistas ali.

Não por mera coincidência, e o que também revela como funciona a cadeia midiática global, este autor sofreu forte boicote no sítio na Internet do programa Observatório da Imprensa, da TV Brasil - dirigido pelo "jornalista" Alberto Dines, um dos promotores do golpe militar de 1964. Outro detalhe: tal programa é mantido nada mais, nada menos que pela tal de Ford Foundation (ONG de fachada da CIA). A oposição venezuelana é comprovadamente financiada e treinada também por ela, a CIA conforme será abordado - com exposição de provas documentais - mais abaixo.

Politicamente Incorreto. Vale conferir os vídeos! E deixar as ideias pré-concebidas de lado, como também, se for o caso, entender diante de quem e por que o monopólio da informação está de joelhos, absolutamente prostrada em sua cínica e patética arte de publicar informações desencontradas e, velha tática, embaralhar a cabeça das pessoas - muitas das quais ainda devem seguir, após estes registros, a tendência midiática predominante e sua agressiva "caça às bruxas" pois, convenhamos, já explicava Freud, para não poucos se trata de um caminho bem mais cômodo continuar vivendo sob estado de tutela e, assim, manter-se em paz com o sistema vigente, por mais fantasioso e corrupto que seja este. Além do mais, encarar a realidade levaria à (para muitos, tarefa árdua) autoanálise, o que por sua vez faria seu mundo das aparências e do faz-de-conta desabar.

Por outro lado, observou certa vez o jornalista e escritor britânico George Orwell que "em uma época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário". A escolha é sua.

Por Dentro da Revolução - De Alienada à Companheira

O poder não pode estar associado à acumulação desmedida de riquezas, mas deve ser entendida assim: Podem ou
não podem os trabalhadores ter acesso a uma moradia digna?, ter acesso ou não a uma educação gratuita e de qualidade?
Decidir ou não sobre o investimento dos recursos destinados a sua comunidade? Isso só é possível através da Revolução.
É, então, o verdadeiro poder: de, além disso, eleger democraticamente suas autoridades, participar da distribuição equânime
da riqueza nacional e assumir a corresponsabilidade social no marco das leis e da Constituição
(Hugo Chávez, abril de 2011)


A República Bolivariana da Venezuela respira hoje senso cidadão, transpira política como jamais antes em sua história. Cartazes de Hugo Chávez e Nicolás Maduro por toda a parte - nas residências, nos estabelecimentos comerciais; suas fotos nos momentos mais importantes do país e nos mais singelos, ao lado de pessoas comuns que choram em seus braços. As grandes obras sociais, especialmente os incontáveis prédios de ótimo gosto construídos às camadas menos favorecidas vistos em todo o país, contém os olhos de Chávez com sua assinatura mais abaixo.

Mas nem só de Chávez vive a Revolução Bolivariana, que tem inspirado governos, movimentos sociais e grande parte de nações por todo o globo: o presidente Nicolás Maduro, ex-motorista de ônibus e líder sindical, foi considerado o líder mais popular da América Latina em 2014, segundo ampla pesquisa da rede de TV NTN 24 da Colômbia (fato nada noticiado pela mídia predominante internacional).

Pessoas das mais diversas atividades, de todas as classes em todo o país se referem ao líder da Revolução Bolivariana, "el Comandante Eterno y Supremo", muitas vezes chorando. Vale apontar que também são vistos pela Venezuela cartazes e pichações em muros propagandeando líderes opositores ao governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) - o que tampouco se vê em uma ditadura.

O discurso de Chávez em 2 de outubro de 2012, sob forte chuva em Caracas às vésperas da eleição presidencial, e em 20 de setembro de 2006 na ONU (dizendo ao então presidente Bush o que todos pensavam, mas ninguém tinha coragem de dizer), não saem da memória do cidadão venezuelano. E não viraram apenas história: são levados na vida cidadã de todos os dias, de maneira muito sensível.

Nas ruas, nos transportes públicos, crianças são vistas saindo das escolas com a Constituição nas mãos, elaborada e aprovada logo que Chávez assumiu a Presidência em 1999, das mais democráticas do mundo que tem mudado completamente a vida do país, principalmente das classes mais baixas.

Muito além de políticas sociais ímpares na região, Hugo Chávez promoveu, tão reconhecidamente quanto visível no país,, substancial conscientização da sociedade, fato observado também no meio jurídico - consciência constitucional "inexistente há décadas", segundo palavras dos conceituados juristas, professores universitários e escritores, drs. Santiago Hernández e Frank Mila na obra Derecho Constitucional Jurisprudencial (Mobilibros, 2008), referência no meio acadêmico venezuelano.

Em suma, o que se vê fortemente ao se percorrer a Venezuela é que a Revolução Bolivariana tem levado ao povo a ideia de que ele pode e deve ser protagonista de seu próprio desenvolvimento; que a economia solidária implantada a partir de 1999 requer a participação de todos, de maneira equânime e justa - eis aqui o pesadelo do Império norte-americano e de seus lacaios, que promovem jogo baixo contra o que chamam de Banana Countries, seu quintal na América, velha e envelhecida ideia difundida pelo "Pentágono" publicitário situado na avenida Eighth de Nova Iorque, com fidelidade canina espalhada por seus serviçais em todo o planeta. Especialista em inverter a realidade mundial através da mentira tão sutil quanto generalizada, a cadeia midiática global se concentra nas mãos de sete famílias.

A nova Constituição vigente estabelece também o Estado na obrigação de fazer com que cada cidadão progrida no contexto da economia solidária, com responsabilidade, igualdade e cooperação - nisso, as comunas desempenham papel crucial. Tal realidade levou o escritor colombiano William Ospina a observar, em fevereiro de 2014: "A Venezuela é um país ímpar, único lugar onde os ricos protestam, e os pobres celebram". O Império agoniza.

Ideólogo Delirante, Eu?! Completamente contagiada por tais ares de cidadania está hoje a jovem esposa deste autor, Mari, brasileira, a camerawoman destes registros em vídeo: antes de chegar à Venezuela, foi-lhe séria e sistematicamente advertido, em todos os locais por onde passava, que não seguisse a viagem pois - diziam cheios de autoridade, baseados no show midiático de todos os dias - aquele país vivia um caos que apenas piorava, onde não havia comida nem produtos básicos, mas apenas filas intermináveis compostas por pessoas desesperadas. O governo venezuelano era tirânico, seguido pelos mais violentos cidadãos, de onde ela certamente seria metralhada - se antes não morresse de fome, de acordo com os macacos precariamente amestrados pelo poder estabelecido e sua arte de desinformar.

Entre crises de choro e pavor da esposa em tempos nos quais até a relação amorosa acabou na berlinda (este autor havia sido categoricamente (des)qualificado pelas mentalidades conservadoras,lavadas pela mídia predominante, de delirante, que mentia em nome da ideologia), em situação indesejável ao pior inimigo,,foi necessário todo um (novo) trabalho didático-psicológico com Mari: desconstruir o mundo-fantasia erguido pela grande mídia - de posse dos banqueiros, agronegociantes e da indústria petrolífera -, para que a companheira, ainda em grande medida desconfiada, seguisse a viagem rumo ao berço de Simón Bolívar.

A publicação de Caros Amigos em abril de 2015, retrata perfeitamente a ignorância global, que não escolhe classe social nem grau de instrução, quando o assunto é Revolução Bolivariana. Na reportagem Da Despolitização ao Ódio, o jornalista Igor Carvalho relata:

A empresária e farmacêutica Silvia Frey veio de Catanduva, interior de São Paulo, somente para o protesto. "Têm três ônibus chegando de lá, ajudamos a contratar", comemorava. À corrupção, ela acrescentou outro fator que lhe preocupa no Brasil. a "intervenção bolivariana". "Queremos um Brasil para nós, que caminhe com nossa força trabalhadora", discursa.

Porém, quando questionada sobre o que seria o "bolivarianismo", Silvia afirma que tentará resumir: "Isso é fruto da política internacional do PT, que quer adotar aqui as mesmas políticas usadas pelo governo da Bolívia. Espero estar equivocada, mas é isso", afirma a cautelosa empresária, provavelmente desconhecendo que a palavra tem origem no general venezuelano Simón Bolívar, que liderou os processos de independência de diversos países da América do Sul. O termo "bolivariano" é aplicado aos países que questionam o neoliberalismo e o Consenso de Washington, como a Venezuela.

Não sem razão, a elite brasileira é considerada, internacionalmente, das mais ignorantes, dessituadas e histéricas do mundo.

Tensão Dobrada ao Cruzar Fronteira. Visto solicitado e devidamente recebido para cruzar a altamente tensa fronteira da Colômbia com a Venezuela. A tensão acabou multiplicada por algumas vezes: filmagens em meio aos carros disputando espaço rumo à Venezuela gerava olhares hostis, alguns desviavam do foco não desejando serem filmados, e em duas oportunidades este autor acabou interrompido e questionado sobre o que fazia ali com uma câmera, de maneira nada amigável.

Mais adiante, após conversa com funcionário colombiano daquela fronteira, veio a decisão deste de conceder uma entrevista desde que anônima, em sala escura e de costas à câmera. Assim, dirigimo-nos os três, o funcionário, a esposa deste autor e o autor a uma pequena sala, após quase uma hora já que, segundo o entrevistado, estávamos sendo vigiados, e ele questionado sobre o que queríamos com uma câmera constantemente aberta ali.

Meio que escondidos, de maneira bem rápida, eis que adentramos à minúscula sala. A entrevista, no escuro, é interrompida após a apresentação, assim que o entrevistado foi questionado e inicia as denúncias - como se alguém já estivera do outro lado da porta ouvindo-nos: o narcotráfico e o contrabando são facilitados pelo governo colombiano e pela Alfândega local, a qual tem "parte" no sujo negócio através de subornos.

Quanto ao contrabando de produtos básicos da Venezuela, que faz com que a nação vizinha careça de boa parte deles, possui caráter político, segundo o funcionário fronteiriço: boicotar o governo de Nicolás Maduro e culpá-lo pela crise, através de orquestra internacional apoiada também pelos Estados Unidos.

O funcionário, aconselhando-nos sair dali e cruzar logo a fronteira rumo à Venezuela, concedeu seu número de telefone em pedaço pequeno de papel - ao dar a mão em despedida, discretamente, para não gerar suspeitas -, prometendo a entrevista em sua casa, em Cúcuta.

Feliz no Amor, Feliz na Revolução. Na Venezuela, não demorou muito para que o jogo fosse naturalmente revertido, e Mari deixasse de ser mais um dentre os tantos cérebros lavados mundo afora: de maneira presencial, tornou-se entusiasta colaboradora destes vídeos, sem recursos mas poderosas evidências do por que ela é hoje apaixonada pela Revolução Bolivariana; de avessa à política, hoje a discute como defensora ferrenha deles mesmos: Nicolás Maduro Moros e Hugo Rafael Chávez Frías!

E nem poderia ser diferente, com ojeriza definitiva deles, dos vendedores de informação a uma melancólica massa consumidora de mentiras desmedidas, acobertadora da roubalheira indiscriminada enquanto, injustamente, demoniza de nações inteiras.

Logo na chegada ao país caribenho, no Estado de Táchira, fronteira com a Colômbia, começou a "grande surpresa" de Mari: as riquezas da Venezuela vão muito além de possuir o melhor cacau e o melhor café do mundo. Um povo extremamente solidário, alegre. Ao longo do caminho, era vista fartura de comida nas estradas e nas cidades, sem exceção. Ouvia relatos por todo o país: indivíduos e famílias contavam como eram suas vidas na Venezuela antes de Hugo Chávez, e como ela é agora.

Não raramente, experiências contadas cheias de emoção que dificilmente são testemunhadas na "democracia" tupiniquim - onde comunicadores, escritores, professores são agressivamente hostilizados, demonizados e até prejudicados impiedosamente por apresentar tal realidade frente a uma plateia boquiaberta com as "inconveniências" do "apátrida", "ideólogo socialista do contra", "subversivo" ou até mesmo "maconheiro".

Também ouvimos alguns relatos de que em Táchira, estado governado pela oposição à Revolução Bolivariana e epicentro das "guarimbas" de 2014, candidatos aos mais diversos empregos são questionados sobre suas preferências políticas: se a resposta for a favor do atual governo, o postulante perde a chance de trabalhar - além da hostilização. Em outras palavras: se o cidadão for simpatizante do Partido Socialista Unido da Venezuela, a liberdade de expressão lhe é no mínimo vedada, sob risco de agressão física, o que é também conhecido como ditadura.

Ali, já ficara claro à Mari a diferença gritante entre um defensor da Revolução Bolivariana, e seu reacionário opositor.

Mais adiante, Mari conheceu profundamente a vida de uma comuna na cidade de Barquisimeto, e seus respectivos líderes. Ali, pôde comprovar o quanto a riqueza venezuelana é revertida às classes mais necessitadas: cestas básicas a preço módico. Ela mesma precisou de assistência médica: prontamente atendida e remediada - gratuitamente - na comunidade.

Encaminhada ela mesma ao Centro de Saúde público construído por Chávez em Barquisimeto, prontamente atendida e sem nenhuma burocracia: exames feitos seguidos dos necessários remédios, tudo sem nenhum tipo de custo. Os ganhos com petróleo são hoje revertidos no bem-estar social - diferentemente das longas décadas anteriores à Revolução Bolivariana. A esta altura, Mari, que via claramente a marcante diferença entre um apoiante (geralmente simples, solidário) e um opositor (agressivo, individualista e de mentalidade elitista) da revolução Bolivariana já era chamada de "companheira" por irmãos venezuelanos.

Ali em Barquisimeto, esta reportagem inicia série de entrevista cujas perguntas básicas - por todo o país - são: - Que pensa do decreto do presidente norte-americano Barack Obama, que considera a Venezuela ameaça à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos? - Por que tanto interesse de Washington em relação à nação caribenha? - Estão certos os grandes meios de comunicação internacionais, quando dizem que na Venezuela se vive terrível ditadura, país onde não há liberdade de expressão e se tortura indiscriminadamente? - Que lhe parece a Lei Habilitante proposta pelo presidente Maduro [para proteger o país da ingerência estadunidense], aprovada pela Assembleia Nacional?

A entrevista com uma professora universitária em cooperativa na cidade de Barquisimeto é interrompida diversas vezes, aos berros, por determinado apoiante oposicionista até se tornar impossível a conversa. Após reinício da entrevista, o entrevistador e a professora são "convidados a se retirar" do local pela truculenta segurança.

Vale repetir: Lara é governada pela oposição ao bolivarianismo. Previsível ironia do destino àqueles que não formam opiniões segundo a cartilha da mídia predominante: a única proibição de filmagem e entrevista por toda a Venezuela, deu-se envolvendo apenas oposicionistas ao governo bolivariano, bem conhecidos no país pela truculência.

Saindo do estado de Lara à Caracas, no limite com estado de Yaracuy, resolvemos entrevistar um casal que atua no comércio informal às margens da estrada: mais uma entrevista entre a razão e a paixão quando o assunto é Revolução Bolivariana.

No meio da viagem, na capital Caracas a chegada coincidiu com a decreto do presidente Obama que considerava a Venezuela "ameaça inusual e extraordinária à segurança nacional e à economia dos Estados Unidos": os caraquenhos estavam em peso nas ruas cantando, realizando apresentações artísticas e esportivas, manifestando-se com a alma.

A eles, somavam-se cidadãos não apenas de todas as partes do país, mas inclusive estrangeiros: eram dadas as lições mais fantásticas de cidadania e de amor à nação nas ruas. Caracas estava colorida, mergulhada em música, seu hino entoado a todo o instante. Os nomes de Chávez e Maduro eram incansavelmente bradados. "Chávez vive! La lucha sigue! Venezuela se respeta! Tenemos presidente, tenemos Constitución!", ouvia-se o dia todo, todos os dias.

Em um dia memorável, juntou-se às manifestações de protesto a Obama duas outras: a pela igualdade de gênero em apoio ao presidente Maduro, formada em sua maioria por mulheres, e a celebração (maior parte de negros) pelo Dia da Abolição da Escravatura que também comemorava, com muita música e dança africana (registrada nesta sequência de vídeos) o convívio racial pacífico de hoje. A absolutamente contagiante Caracas foi, por várias semanas, uma mescla quase que mágica de alegria e bravura. Vez ou outra aparecia o presidente Maduro em meio ao povo, discursando e tirando entusiasmadas fotos com todo tipo de gente.

No Cuartel de la Montaña, onde estão os restos de Chávez, gente de todos os cantos do planeta em reverência ao Comandante. (Nesta série de filmagens, está registrada a homenagem das 16h25 de todos os dias no local, horário da partida física de Chávez, em 5 de março de 2013. É proibido realizar qualquer tipo de filmagens naquele Cuartel, mas a nós foi gentilmente concedido pela Milícia Bolivariana e pelo Exército, o importante registro).

Lá mesmo em Caracas, onde as massas comparecem entusiasmadas e indignadas para assinar o abaixo-assinado contra o decreto de Obama, a pá que, para Mari, jogou a última porção de terra a fim de sepultar, definitivamente, a já rasa reputação da mídia tupiniquim e das mentalidades elitistas que transbordam em preconceito e díspar agressividade, em todas as classes sociais do Brasil: duas senhoras começaram a chorar copiosamente ao relatar como Chávez retornara ao Palácio de Miraflores (casa presidencial), após o sequestro seguido de golpe de Estado financiado e arquitetado por Washington (que duraria menos de 48 horas), em abril de 2002 (ver também vídeo em Arquivo - Os Noticiários Mundiais, aqui no blog Uma Questão de Liberdade).

A multidão em Caracas - as duas senhoras incluídas - amontoava-se, perplexa, perguntando-se pelo paradeiro do presidente democraticamente eleito, com ampla maioria dos votos. A versão oficial era que Chávez havia renunciado e que, muito provavelmente, teria se suicidado. No cativeiro, o "comandante" entregara, em oculto, um bilhete a determinado oficial das Forças Armadas, jovenzinho que admirava seu líder. O oficial, por sua vez, repassou o comunicado a um colega que o leu em público: "Não renunciei ao poder que o povo me deu. Assinado: Hugo Chávez". Foi então que a massa explodiu em aplausos em muito choro. Treze anos depois, nossa camerawoman, dizendo-se "arrepiada", também caiu em lágrimas, ali,a poucas quadras do Miraflores.

Três ruas abaixo dali, dias antes uma família havia nos recebido para contar como fora uma das tantas beneficiada pela Gran Misión Vivienda: ganhara um apartamento no ano de 2010 após a casa, em bairro da periferia caraquenha, ter ido completamente abaixo, vítima de torrenciais chuvas. Foi feito o relato de que Chávez, à época, recebera cerca de 200 outras famílias, vítimas das tempestades, em Miraflores para que ali se abrigassem até que o Estado tivesse a possibilidade de lhes conceder nova e digna moradia.

Neste caso, não foi possível se cumprir a afirmação de Joseph Goebbels, ministro de Propaganda de Hitler, que uma mentira contada mil vezes torna-se verdade. E isso tudo também evidencia que os jornais impressos sofrem de crise econômica não pelo advento da Internet, mas pela queda vertiginosa de credibilidade perante a sociedade - assim como os meios de comunicação em geral, cujo jornalismo possui audiência cada vez menor.

Disse certa vez Robert Francis Kennedy, fria e "misteriosamente" assassinado na Califórnia em 1968: "Certos homens veem as coisas como são, e perguntam, 'por quê?. Eu sonho com coisas que nunca existiram, e me pergunto, 'por que não?". Um outro mundo é possível, onde os seres humanos sejam levados à solidariedade e não à competitividade; à igualdade e não ao poder da posse; à à cooperação e não à ilimitadamente feroz concorrência.

Pelos estados de Anzoátegui e de Bolívar, rumo à fronteira com o Brasil, inúmeros cidadãos são também vistos mobilizados nas manifestações, e coletando voluntariamente assinaturas contra o decreto de Obama. Entrevistados respondem sem hesitar às perguntas desta reportagem: na Venezuela não há ditadura, é um país democrático, livre (afirmam mesmo opositores ao PSUV), que defende como nunca antes em sua história os direitos humanos. E a grande maioria também rechaça a postura norte-americana, de caráter imperialista, enquanto apoia em peso a Lei Habilitante. Quanto aos interesses de Tio Sam, todos são unânimes em responder: as maiores reservas petrolíferas do mundo, que se encontram em subsolo venezuelano.

A Revolução Bolivariana em Contexto

A Venezuela mudou para sempre!
(Presidente Hugo Chávez no Balcão do Povo, vencedor, com folga, do Referendo Popular de 2004)


Denúncias contra o Imperialismo. O governo bolivariano - Chávez em seus 13 anos no Palácio Miraflores, e hoje Maduro, desde 2013 - tem questionado seriamente a política externa norte-americana, condenando o imperialismo contra a América Latina assim como as invasões que desrespeitam a soberania de Estados em todo o mundo, espalhando bases militares e ferindo todas as leis internacionais.

Os crimes de guerra de Washington através de assassinatos de civis inocentes que inclui, especialmente no Oriente Médio, o trituramento de crianças, mulheres e idosos no Oriente Médio, jogados em hospitais precários e até destruídos por bombas "inteligentes" norte-americanas naquela região - mais rica em petróleo do planeta -, têm sido frequentemente expostos por Maduro, e no passado por Chávez.

Integração Regional. Hugo Chávez é idealizador e criador da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América) e da Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos), bem como do Banco do Sul.

O bolivarianismo também propõe a criação da Moeda Única Bolivariana, conforme aponta Paul Samuelson, Prêmio Nobrl de Economia em 1970, no obra de Ricardo Valbuena, El Dolar, Una Moneda Falsa - Desafío de la Moneda Única Bolivariana al Fraude Planetario de la Reserva Federal y de Wall Street:

O fato de que o dólar sirva como a moeda chave deu aos Estados Unidos o privilégio de criais dinheiro a partir do mais fino ar, assim como os bancos comerciais desfrutavam dentro dos EUA...Em certa medida, esta posição chave deu aos EUA o direito de obter uma certa quantidade de bens sem custo real nenhum.

O autor do mencionado livro afirma:

Temos proposto que a Revolução Bolivariana planteie, com seus parceiros da Alba, um novo regime monetário e, afortunadamente, quanto este trabalho vier à luz, estará em ação o Sucre (Sistema Único de Compensação Regional), um novo regime para libertar-se da colonização monetária que, como matéria-prima financeira, servia para gerar improdutiva e esquálida renda em juros passivos (mais ou menos 5 por cento), que nos pagavam os bancos estrangeiros com nosso próprio dinheiro, que logo reciclavam e nos emprestavam, contudo agregando-lhes uma margem financeira mais o Risco País, a juros ativos. (mais ou menos 14 por cento). O Sucre substituirá as moedas de papel que circulam como um fardo pesado a nossos países.

Tudo isso criado libertar a América Latina do monoteísmo do mercado imposto por Washington e pela Reserva Federal, uma instituição sabidamente privada - e de posse de sociedade secreta.

Medidas Econômicas. Uma das primeiras medidas do governo bolivariano foi reverter os ganhos financeiros com as reservas petrolíferas em investimentos sociais, nacionalizando a maior riqueza nacional, histórica e docilmente entregue pelas classes dominantes locais a Tio Sam em troca das migalhas deste - fato muito bem conhecido no Brasil e em todo o mundo. Migalhas que, é claro, valiam mansões fora do país, e todo o luxo dentro dele em detrimento da pobreza da grande maioria.

Chávez rompeu também com os ditames do Fundo Monetário Internacional (FMI), abrindo mão do Consenso de Washington que impõe abertura das economias nacionais em favor de empresas estrangeiras, medidas econômicas contrárias aos investimentos sociais, desregulamentação do mercado de trabalho e a privatização de longo alcance (inclusive das empresas petrolíferas).

Guerra Econômica. Uma das principais lojas da Venezuela, a Daka, aumentou o preço de seus produtos em até 1.000% recentemente; a Pablo Electrónicos, em até 2.000%. Tudo isso - alguns poucos exemplos da guerra econômica sofrida pelo atual governo venezuelano - tornando os produtos inacessíveis para a grande maioria da sociedade, apenas para citar dois exemplos da guerra econômica que enfrenta o presidente Nicolás Maduro, quem tomou medidas: fez o comércio praticar preços justos, com margem de lucro que não pode ultrapassar os 30% sob risco punição, de acordo com dispositivos constitucionais. A regulação dos preços gera intensas críticas entre os oposicionistas, mas fazem com que o presidente, evidentemente, ganhe popularidade entre a sociedade.

Guerra econômica envolta em persuasão idêntica à imposta contra o Chile pelo presidente norte-americano Richard Nixon: "arrasar a economia" foi o imperativo contra o presidente Salvador Allende, democraticamente eleito, apoiado maciçamente pelos chilenos e derrubado do poder por um golpe sujo em 1973 para dar lugar a Augusto Pinochet, um dos maiores genocidas que a história já conheceu, escolhido a dedo por Washington. Equador, Bolívia e Argentina têm sido vítimas hoje do mesmo boicote ao longo dos anos.

A abordagem midiática da postura do presidente Maduro em relação à guerra econômica, segue o tendencionismo do antijornalismo global: é ditador, contrário à liberdade de mercado e ao avanço da economia. Para sustentar essa precária tese, a mídia, velha prática apontada no início deste artigo, simplesmente não divulga os fatos e as palavras do presidente venezuelano em sua totalidade, bem longe disso. Trata-se de algo artificial, como no Chile de Allende com apoio dos EUA.

A cada semana, funcionários do governo encontram cerca de mil toneladas de produtos estocados a fim de gerar escassez nacional - inclusive papeis higiênicos, inclusive comercializados com outros países a preços irrisórios. 40% dos alimentos e bens importados ou produzidos no país, são contrabandeados à Colômbia, sob controle de máfias binacionais e com o apoio político da oposição oligárquica. Portanto - e nunca ninguém acusou o governo de Maduro disto -, o relativo desabastecimento não é fruto de escassez de divisas nem por casos de corrupção. Nem sequer de nenhum ato de incompetência por parte do governo.

O conservador semanário britânico The Economist publicou em 2014 que, mesmo com todo o boicote econômico, a escassez, então no auge, afetou apenas 28% dos produtos. Com toda a sabotagem econômica, que gera escassez de produtos superdimensionada pela mídia, a Venezuela foi um dos quatro países com menos fome da América Latina em 2012 (de acordo com FAO e OMS), inferior a 5%, e um dos países com maior índice de crianças e jovens obesos (antes de Chávez, a Venezuela padecia de terrível desnutrição).

Mídia Venezuelana. Outro mito diz respeito ao "controle midiático" do governo venezuelano. Acrescentemos a realidade trazida no artigo Dialogue or Coup, do jornalista chileno Pedro Santander:

80% da mídia [venezuelana] é privada. Os três jornais de circulação nacional (El Universal, El Nacional e Últimos Noticias) são oposicionistas ao governo, especialmente os dois primeiros, os quais detêm, sozinhos, 90% da leitura no país. Dos quatro canais de TV com cobertura nacional, três deles (Venevisión, Globovisión e Televen) são oposicionistas, detendo 90% da audiência, de acordo com informações fornecidas pela empresa AGB. Neste sentido, e de acordo com os critérios das Nações Unidas, a liberdade de informação na Venezuela é, sem nenhuma dúvida, mais ampla e melhor que no Chile enquanto no país caribenho a diversidade de propriedade, a diversidade de tipos de mídia (pública, comercial, comunitária) e de discurso – que são os três principais critérios de medição da UNESCO [para avaliar liberdade de Imprensa] – são superiores ao sistema do Chile. Ninguém que compare objetivamente, isto é, com dados (indicadores, medidores, escalas, etc), a mídia chilena com a venezuelana, verá que nosso país [o Chile] está em situação muito mais precária, e não muito democrática.

No Peru, cujo governo é pró-EUA, 78% da mídia impressa está em apenas uma mão. No Brasil, a mídia de massas, totalmente pró-Washington, encontra-se mais oligopolizada que à época da ditadura: pertence a cinco famílias oligárquicas. Além do mais, os EUA e seus parceiros ocidentais baniram redes de TV e estações de rádio iranianas da América do Norte e de vários países europeus em 2012/2013.

Acrescentemos também que o governo bolivariano da Venezuela promoveu expansão sem precedentes no país, e na América Latina equiparável apenas a Bolívia e Equador, em relação à mídia comunitária, dando voz a todos os setores da sociedade inclusive indígenas, historicamente abafadas.

Mark Weisbrot apontou que:

Uma análise minuciosa dos canais [venezuelanos] mostra que os canais privados dedicaram proporção muito maior da cobertura ao candidato Henrique Capriles Radonski, aos acontecimentos de sua campanha [presidencial de 2013] e aos seus his seguidores (73%), com muito menor porcentagem (19%) dedicada ao partido governista do então candidato, Nicolás Maduro, aos acontecimentos de sua campanha e a seus seguidores. (...) Na mídia privada, o candidato Henrique Capriles recebeu 60% de cobertura positiva (com 23% negativa, e 17% neutra), enquanto o candidato Maduro teve 28% positiva (com 54% negativa, e 18% neutra).

Faz-se oportuno qinda recordar aqui o que afirma John Perkins, economista com anos de serviços prestados ao governo dos EUA e à CIA, no livro Confessions of an Economic Hit Man (Confissões de um Assassino Econômico):

A maioria dos meios de comunicação – jornais, revistas, editoras, emissoras de TV e estações de rádio – é de propriedade de grandes corporações internacionais, as quais não têm o menor escrúpulo em manipular as notícias que divulgam.

Afinal, como diz o vezo popular, "pior que ser um país pobre, é ser pobre e rico em petróleo". A Revolução Bolivariana, contudo, veio para mudar esse quadro tragicamente histórico - postura de Caracas que é, por motivos óbvios, inaceitável aos barões da mídia de manipulação das massas.

Sistema Eleitoral e Político. Nunca, em toda a sua história, a Venezuela participou de tantas eleições quanto nestes 16 anos, desde que a nova Constituição entrou em vigor.

Hoje, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), com 18 vitórias em 20 eleições (5 presidenciais) desde que Hugo Chávez venceu o pleito presidencial em 1998 (na era Chávez, 17 vitórias em 15 anos), transformou o sistema eleitoral do país, historicamente corrupto, no mais seguro do mundo. Em cada eleição, o governo de Caracas permite o acompanhamento de observadores internacionais, que inclui juristas norte-americanos e líderes internacionais oposicionistas ao governo bolivariano da Venezuela. A mídia gorda (muito peso, pouco conteúdo) ignora tudo isso, é óbvio.

As únicas derrotas eleitorais do governo bolivariano foi na segunda tentativa de reformar a Constituição, pacífica e democraticamente aceita por Hugo Chávez, quem, durante o referendo presidencial de 2004, garantiu que acataria a decisão do povo. Ganhou por enorme maioria e gritou no Balcão do Povo, no Palácio de Miraflores: "A Venezuela mudou para sempre!", diante de uma colorida Venezuela em intensa festa. A outra, nas eleições parlamentares de dezembro de 2015.

Em 2004, a oposição criou (mais um) clima de instabilidade exigindo referendo a fim de possibilitar a saída de Chávez da Presidência. Este mesmo havia incluído na nova Constituição a possibilidade de referendo. Resultado: esmagadora vitória de Hugo Chávez. Abafou-se o caso internacionalmente, é claro.

Na eleição presidencial vencida por Nicolás Maduro em 14 de abril de 2013, com margem de 1,59% dos votos contra Henrique Capriles quem se recusou a reconhecer a derrota e, logo em seguida, incitou seus partidários em todo o país a "incendiar o país extravasando toda a raiva nas ruas {a fim de deslegitimar a vitória do PSUV]", observadores internacionais voltaram a destacar o sistema eleitoral venezuelano, como o mais seguro do mundo. Vale destacar que a raivosa posição de Capriles, candidato declarado do regime de Washington, levou à morte 11 eleitores do presidente Maduro nos dias subsequentes.

Enquanto Capriles, ao deslegitimar a vitória de Maduro, contrariava importantes organismos internacionais, da União Europeia à Organização dos Estados Americanos incluindo observadores internacionais presentes na eleição, porém em perfeita sintonia com Washington, mais uma aula anti-democrática oposicionista, a mídia predominante global creditou a Nicolás Maduro a extrema violência nas ruas, deixando de noticias os fatos, o verdadeiro caos armado por Capriles além de ter manipulado discursos e imagens. Maduro se manteve intacto no poder, conseguiu apaziguar os ânimos e nunca mais a mídia tocou no assunto pós-eleitoral.

A jurista norte-americana Tobin Alexander, do Grêmio Nacional de Advogados dos Estados Unidos, quem participou como observadora das eleições de abril, disse na rede venezuelana de TV Telesur que "o processo foi organizado e transparente (...). A CNE (Conselho Nacional Eleitoral) ganhou credibilidade ao longo dos anos", afirmou ainda que o sistema eleitoral do país é "respeitado a nível internacional por seu processo aberto e transparente, (...) sistema totalmente eletrônico com auditorias, (...) melhor sistema do mundo", o qual "deveria ser aplicado nos Estados Unidos. (...)". Concluiu dizendo que "na Venezuela, 80% votou em abril, enquanto nos Estados Unidos, 57,5% na última eleição, em 2012. (...) Temos [os norte-americanos] muito que aprender com este sistema (...)". Nada disso virou notícia fora das fronteiras venezuelanas, evidentemente.

Tal sistema garante liberdade total para que os mais de 50 partidos venezuelanos participem das eleições, e para que realizem seus comícios de maneira absolutamente livre. O voto é facultativo contando, ano a ano, com uma maior participação popular não apenas no ato de votar, mas também nos intensos debates promovidos no país. A sociedade se entusiasma cada vez mais com a política, a politização só cresce na Venezuela, cenário completamente diferente de, por exemplo, Estados Unidos onde o movimento Free & Equal Elections luta, há anos, contra o bipartidarismo eleitoral, o que inclui a nada democrática participação nos debates nacionais apenas por parte das duas velhas faces de uma mesma moeda: republicanos e democratas, fazendo com que a sociedade norte-americana esteja cada vez mais desacreditada com a política.

O presidente Maduro sofreu bombardeio midiático antes mesmo de colocar os pés no Palácio Miraflores em abril de 2013: O jornal O Estado de S. Paulo, em artigo de 22 de maio daquele ano, pouco mais de um mês após o dignatário Maduro ter assumido a Presidência da Venezuela, fez estas observações baseadas no nada: "(...) Incapacidade administrativa do presidente Nicolás Maduro e à corrupção galopante".

Poucos governos latino-americanos têm sido tão duros e eficazes contra a corrupção, quanto a administração de Maduro. Poucos dias depois dessa publicação completamente tendenciosa do Estado, políticos corruptos de governos estaduais na Venezuela, cinco membros do partido presidencial foram investigados e presos. Tem havido transparente e eficiente limpeza na política venezuelana, desde Chávez. O Estado não noticiou a prisão dos políticos governistas presos, a exemplo de nenhum outro meio de comunicação.

O dignatário Maduro logo instaurou, exatamente um mês após sua vitória nas urnas, um projeto combate pacífico à violência denominado Plano Pátria Segura através da qual enviou três mil militares e policiais para reforçar a segurança nacional. "Decidimos lutar com toda nossa alma para construir uma pátria segura", afirmou o presidente Maduro.

O Plano Pátria Segura apresentou resultados imediatos: em menos de dez dias, a melhora da segurança pública foi sensível: duas noites com taxa zero de homicídios na capital Caracas. "Nossa prioridade é a segurança do povo", afirmou o mandatário Maduro no dia 23 de maio. Nas semanas subsequentes, a taxa de homicídios no país seria reduzida: apenas em Caracas, a mais de 30%. Na primeira semana de julho de 2013, o Parlamento aprovaria ainda a Lei de Desarme, que passou a regular o controle sobre a posse, a compra e a venda de armas.

Após as eleições municipais de 8 de dezembro de 2013 vencidas pelo PSUV (com 11,5% do total de votos, 55% dos votos municipais que garantiram 76% das prefeituras do país ao partido governista, o que representa 256 das 317 municipalidades contra apenas 76 da oposição, ou 23% do total nacional), as quais a oposição havia considerado vitais para "evidenciar a ilegitimidade do governo bolivariano", o presidente Maduro passou a convocar governadores, prefeitos e os mais diversos líderes oposicionistas para diálogos no Palácio de Miraflores, onde passaram a discutir vias sociais, políticas e econômicas para a Venezuela. O primeiro encontro, com políticos do Executivo de oposição, foi televisionado ao vivo, em cadeia nacional.

Outro fator positivo, e que explica muito bem os porquês da manipulação midiática e da guerra oculta de Washington contra a Venezuela, é que hoje a Colômbia, sob a presidência de Juan Manuel Santos, menos submisso aos ditames norte-americanos que seu antecessor (pero no mucho), agradece a colaboração dos vizinhos bolivarianos pela eficiente colaboração no tráfico de drogas e terrorismo em suas fronteiras (por parte do antecessor, Álvaro Uribe, que escancarou o país às bases militares norte-americanas, tido por George Bush como seu grande aliado na região, Chávez era constante e fortemente acusado de apoio ao narcotráfico e de apoio a atos de terror, sem nenhuma base).

O presidente Maduro segue executando também o Gobierno de Calle (Governo de Rua) seguindo os exemplos de seu antecessor Chávez que andava pelas ruas, favelas e mais diversas instituições para conhecer de perto possíveis necessidades, e discutir soluções.

Toda essa postura do presidente Maduro, somado ao amplo apoio popular, está desconsertando os setores oposicionistas violentos. As marés golpistas estão mudando na Venezuela. A aposta oposicionista e imperialista sempre foi que Maduro não teria carisma dentro do país, e nem pulso para governar. Tem apresentado resultados que nenhum outro governo da oposição foi capaz de fazer, e ainda passa pelas tentativas de golpe, uma a uma assim como seu antecessor.

Outro fato louvável na história da política global é que não se tem visto Maduro envolvido, sequer, em boatos (no que a mídia é mestra em produzir) de corrupção, a exemplo de seu antecessor, Hugo Chávez.

Nova Constituição. A atual Constituição venezuelana é uma das mais avançadas do mundo, com ênfase na pluralidade política, na diversidade cultural, nas diferenças étnicas, na dignidade humana, na manutenção da paz, no Estado de direito, na justiça social, no poder cidadão, na soberania nacional, na preservação ambiental, nos direitos trabalhistas, na saúde, na educação, na reforma agrária e na própria integridade constitucional - tão intensamente observada pelos presidentes Chávez e Maduro.

De acordo com os juristas Santiago Hernández e Frank Mila (ibidem), este é o panorama da Constituição da República Bolivariana da Venezuela:

"(...) Com valores cimentados na igualdade, na justiça e na paz internacional. Onde os cidadãos sejam iguais, amparados em seus direitos sobre princípios legais. A República Bolivariana da Venezuela é um território de paz sem intenções belicistas com outros países;

"Com direitos irrenunciáveis, tais como:

● Liberdade (...)

● Soberania - O povo é dono de seu destino;

● Imunidade - Em relação à inviolabilidade da organização democrática do Estado;

(...)

● Autodeterminação nacional - Soberana, exerce essa soberania mediante o sufrágio.

A Pluralidade Política é logo assegurada, no artigo 3;

O Poder Cidadão assegurado pela Constituição bolivariana está garantido no artigo 187, como obrigação correspondente à Assembleia Nacional. Segundo os drs. Santiago Hernández e Frank Mila, "A Constituição da República Bolivariana da Venezuela inclui a toda a população como protagonista no exercício da Justiça, a todos compete alcançar o bem comum (ibidem, pg. 169).

Os Povos Indígenas, antes da Revolução Bolivariana esquecidos e relegados à opressão indiscriminada, hoje elegem três deputados, sob devido respeito a suas tradições e costumes (artigo 150). As autoridades desses povos também poderão aplicar em seu habitat (protegidos hoje pelo Estado) instâncias de justiça que apenas afetem a seus integrantes, e com base em suas tradições ancestrais. Os indígenas têm direito hoje a desenvolver sua identidade étnica, a visão de mundo, seus valores espirituais, aos lugares sagrados e de culto, e a uma saúde integral (artigo 119 a 126).

Os Direitos Humanos são celebrados na Constituição venezuelana hoje como em poucos países do mundo. Os delitos de Lesa Humanidade são imprescritíveis e estão excluídos dos benefícios que conduzem ao perdão, tais como o indulto e a anistia (artigo 29). O artigos 19 e 21 prevem que:

O Estado garantirá a toda pessoa, conforme o princípio de progressividade e sem nenhuma discriminação, o gozo e exercício irrenunciável, indivisível e interdependente dos direitos humanos. Seu respeito e garantia são obrigatórios para os órgãos do Poder Público em conformidade com esta Constituição, com os tratados sobre direitos humanos subscritos e ratificados pela República e com as leis que as desenvolvem.

Todas as pessoas são iguais diante da lei; como consequência: Não se permitirão discriminações com base na raça, no sexo, na crença, na condição social ou naquelas que, em geral, tenham por objeto ou por resultado anular ou desprezar o reconhecimento, gozo ou exercício em condições de igualdade, dos direitos e liberdades de toda pessoa. (...)

No que diz respeito à Educação, o Estado, que passa a considerá-la processo fundamental para alcançar seus fins - justiça social-, coloca-se na obrigação de fomentá-la de maneira gratuita e de qualidade, a qual deve assegurar o respeito a todas as correntes de pensamento e à identidade cultural de cada cidadão. Os pais têm o direito de dar a seus filhos a formação moral e religiosa de acordo com suas convicções. A educação passou também a ser obrigatória em todos os seus níveis, do maternal ao nível médio. E o Estado, progressivamente, compromete-se a oferecer gratuidade em nível universitário também. Tais garantias podem ser lidas nos artigos 3, 102 e 104.

Os Direitos dos Trabalhadores adquiriram protagonismo com a aprovação da Constituição bolivariana. Em nosso recente transcurso pelo país, foi sentida a satisfação da classe trabalhadora, inversamente proporcional ao descontentamento raivoso das classes dominantes (artigos 89 a 97). É proibido por lei na Venezuela hoje, demitir um funcionário sem justa causa, entre tantas outras conquistas que mudaram a vida da nação bolivariana.

Passa a haver também a inédita garantia à equidade de gênero no exercício do direito do trabalho (artigo 87), e o Estado passou a reconhecer também o trabalho doméstico como atividade econômica, o que significa que empregadas e donas de casa têm direito à seguridade social (artigo 88).

Quanto à preservação do Meio Ambiente, ela passa a ser obrigação das instituições públicas e privadas, devendo ser incluída em todos os níveis de educação. Há dever em se cuidar e manter o ambiente para que as pessoas vivam e desfrutem de uma vida saudável e ecologicamente equilibrada. É obrigação do Estado garantir que a sociedade se desenvolva livre de contaminação, onde o ar, o solo, a costa, o clima, a camada de ozônio e as espécies sejam protegidas (artigo 107).

O Poder Eleitoral, considerado internacionalmente o mais seguro do mundo conforme já abordado (intertítulo Sistema Eleitoral e Político, acima), é constitucionalmente independente, com o dever de garantir aos eleitores e aos cidadãos em geral a igualdade, a confiabilidade, a imparcialidade, a transparência e a eficiência dos processos eleitorais (artigo 293 a 295). Neste caso, mais uma vez na Venezuela, o direito não é uma letra morta, fato autenticado pelo mundo jurídico internacional como vimos.

A Soberania Nacional, tão importante para o país mais rico em petróleo do mundo como na caso da Venezuela, também adquiriu atenção histórica, o que tem estremecido a elite entreguista local e seus privilégios advindos das migalhas do Império norte-americano (artigo 10 a 15). As riquezas do país pertencem hoje ao povo, com bastante ênfase no petróleo, irreversivelmente nacionalizado (artigos 302 e 303). A água também está garantida como recurso de domínio público (artigo 304).

A Reforma Agrária e a Segurança Alimentar também está prevista na Nova Constituição, através do artigo 305 ao 309. A partir disso, declara-se o latifúndio como fator contrário ao interesse social - outro ponto que envolve amor e ódio entre a sociedade local, em relação ao governo bolivariano.

A Proteção à Constituição está garantida como inviolável no artigos 7, e 333 a 336. E se dá também através de um recurso consagrado pela primeira vez na história da Venezuela: O Controle Extraordinário - Recurso de Revisão Constitucional. Através dele, foi criada uma Sala especializada em jurisdição constitucional (artigo 336).

Abaixo, da teoria à mais progressista prática que o mundo tem assistido em décadas, em termos de justiça social.

Conquistas Sociais. Aplicando 60% dos recursos estatais em investimentos sociais desde Hugo Chávez, a Venezuela tem atingido níveis sociais reconhecidos e premiados internacionalmente, que a levou a começar a alcançar em 2005 as Metas do Milênio da ONU estipuladas para 2015 - até agora, nenhum outro país no mundo alcançou nenhuma das metas.

Algumas dessas conquistas - que em junho de 2013 na Europa rendeu premiação da ONU ao presidente Maduro (nada noticiado no Brasil, muito pouco na imprensa internacional), são:

● Estado livre do analfabetismo segundo declaração da Unesco em 2005. Até agora, são mais de 2,7 milhões de pessoas alfabetizadas pós-governo bolivariano, inclusive nas línguas indígenas;

● Assistência médica e educação gratuitas e acessíveis a todos. Antes de Hugo Chávez assumir a presidência, o país contava com 20 médicos para cada 100 mil habitantes; atualmente, este número está acima do dobro de doutores disponíveis: 65. O governo bolivariano construiu mais de 13.721 clínicas em bairros que, anteriormente, o Estado não alcançava, e o sistema público de saúde conta com 95 mil médicos;

● Para a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe), a Venezuela era um dos países mais desiguais da América Latina pré-governo bolivariano, e hoje o país é o menos desigual da região;

● A Venezuela possui o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre os países latino-americanos;

● Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) para a Alimentação e a Agricultura (FAO), sob a presidência de Chávez a Venezuela reduziu em 75% a proporção de pessoas em pobreza extrema, e com Maduro tornou-se exemplo mundial no combate à fome e à desnutrição: erradicou a primeira com mais de 3 anos de antecedência em relação às Metas do Milênio estipuladas pela ONU (2015), e a segunda já foi reduzida de 13,6 para 2,4 nos anos de governo bolivariano. Em julho do ano passado, o presidente venezuelano foi premiado pelas Nações Unidas na Europa, por tais conquistas;

● Segundo o Instituto Sofi (Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2012, na sigla em inglês), em 2012 a porcentagem de pessoas subnutridas foi inferior a 5% da população total - de 1990 e 1992, a porcentagem foi de 13,5%;

● Entre 1999 e 2012, a pobreza extrema apresentou queda livre como em nenhum outro país da região: de 21%, despencou para 6% da sociedade. E os níveis de pobreza foram reduzidos de 49% a 25,4%, estando hoje a um taxa de 20% da sociedade;

● O desemprego, que era de 11,3% quando Chávez assumiu o governo, caiu para 8%. O governo elevou o salário mínimo em 10-20% a cada ano, levando a Venezuela a possuir um dos salários mínimos mais altos da América Latina. As pensões estão garantidas após, apenas, 25 anos de trabalho. Os que trabalham na economia informal têm pensão do Estado garantida. Há ainda programas de capacitação profissional, e ajuda a pequenas e médias empresas;

● Quando Chávez assumiu a presidência, o Produto Interno Bruto (PIB) era de US$ 200 bilhões, tendo fechado o ano de 2012 com cifra dobrada, em US$ 400 bilhões. O líder bolivariano assumiu uma economia com inflação na casa dos 35% ao ano, tendo-a baixado para 23,2%, apesar da crise de 2008.

● Segundo a professora da Universidade Central da Venezuela, Mariclein Stelling para a revista Caros Amigos (novembro de 2012, pág. 12), "[A sociedade local hoje] Têm direitos a ter direitos. Não somos mas uma sociedade submissa, esperando um favor de uma escola. Aqui já existe um processo de pró-atividade política. Antes não era assim, o pobre era sempre pobre e não tinha vontade de crescer. As pessoas sabem o que é controle social, o que é poder popular, já estão organizadas em coletivo".

● A educação é gratuita e acessível a todos, do ensino básico ao universitário. A Venezuela é o segundo na América Latina e o quinto no mundo com as maiores proporções de estudantes universitários que cresceu em mais de 800% no governo bolivariano, com cerca de 75% da educação superior pública que faze do país latino-americano com o maior número de universidades públicas. Os estudantes têm computadores portáteis e tabletes de uso gratuito para os estudos. Hoje, 60% dos professores venezuelanos pertencem à rede pública, com salário elevado na última década;

● Os meios de comunicação, especialmente comunitários, expandiram-se em todo o país, dando mais espaço para a expressão de vozes diversificadas, respeitando inclusive as diferenças culturais da Venezuela;

● O aceso à Internet tem aumentado consideravelmente, e o governo bolivariano também tem construído centenas de "infocentros" públicos com acesso a computadores e conexão à Internet gratuita em todo o país;

● O governo construiu também mais de 500 mil casas populares. Neste sentido, há subsídios públicos para aquisição de casas a preços acessíveis a todos que não possuem condição de pagar.

Por isso tudo, não é de se surpreender com o otimismo da maioria dos 10 mil entrevistados, entre 15 e 29 anos de idade (que formam 60% do total da população) de todo o país, pela II Encuesta Nacional de la Juventud no início de 2014:

● 90% acredita que seu diploma universitário lhe proporcionará "muitas ou variadas possibilidades profissionais";

● 93% afirma que pode aspirar a um emprego melhor que o que tem na atualidade;

● 98% continuará estudando, considerando que os estudos lhe servirão para conseguir um trabalho satisfatório (compare-se esses índices com os da Espanha, que tem 56% de desemprego juvenil e centenas de milhares de universitários que se perguntam para que lhes serviu tantos anos de estudo);

● 77% dos jovens aponta que se ficará no país, contra apenas 13% que afirma que deseja sair;

● 60% considera que o melhor sistema é o socialismo, contra 21% que prefere o capitalismo.

Para o jornalista espanhol Alejandro Fierro, "esses percentuais contrariam a propaganda midiática de que a juventude deseja fugir da Venezuela."

Por essas e tantas outras, o Socialismo do Século XXI, idealizado por Chávez e tão caluniado, difamado e demonizado pelas alas mais conservadoras, dentro e fora do Império moribundo, representa incontestavelmente um marco na história, nação que pode mudar os rumos da humanidade.

Jean-Jaques Rousseau, quem creditou à propriedade privada os assassinatos, os crimes, a enorme miséria e horrores dos mais diversos, certamente aplaudiria hoje a Revolução Bolivariana.

Golpe à Democracia 'Made in USA'

Semeamos paz, colhemos Pátria. "Yankees, go home". Paz
(Cartazes com manifestantes pró-governistas do Movimento Camponeses e Pescadores, e Indígena da Venezuela)


A permanente tentativa de desestabilização contra a Venezuela é comprovadamente financiada e treinada por Washington, sempre em parceria com a grande mídia internacional, desde que Chávez assumiu a Presidência, em 1999. A oposição local, impotente e sem nenhuma proposta ao país, também tem sua parte na "fatia".

Nas "garimbas" do início de 2014, microfocos de violência ocorreram em 18 dos 335 municípios do país, fato transformado pelos meios de comunicação internacionais - que se utilizaram de montagens de imagens para acusar o governo bolivariano (veja aqui) - em grave crise generalizada pela Venezuela - a mídia é velha e envelhecida mestra em transformar minorias em maiorias, e vice-versa.

A ex-deputada María Corina Machado, quem recentemente recebeu cordialmente Aécio Neves no aeroporto de Caracas para protestar contra a "ditadura" de Maduro, posando para fotos de braços dados com o tucano brasileiro, logo após a eleição presidencial do dia 14 de abril de 2013, reuniu-se de maneira conspiratória com o historiador venezuelano, Germán Carrera Damas.

O teor da conversa, publicada através de gravações em 26 de junho, apresentou sérias revelações das antigas tentativas de golpe contra os governos progressistas locais, além de trazer uma vez mais à luz o quanto setores reacionários latino-americanos contam com o governo de Washington para manipular a opinião pública, gerar desestabilização e derrubar governos.

Vale recordar, especialmente em meio ao deserto da informação tupiniquim, que na gravação liberada pelo prefeito de Caracas, Jorge Rodríguez do mesmo partido de Maduro, a ex-deputada oposicionista disse ao historiador, entre outras coisas:

A única maneira de sair disso [derrota presidencial] é provocar e acentuar uma crise. Um golpe de Estado
ou um autogolpe, porque... uma confusão e domesticação onde se gera um sistema de controle social total.

Germán Damas perguntou-lhe, "Isto, com apoio do Império, certo?", ao que María Corina respondeu, "Sim, senhor", contando sobre sua viagem secreta a Washington bem como de Ramón Guillermo Aveledo, ambos a fim de conspirar contra o governo local. Pois a "comadre" de Aécio Neves também participou, ativamente, do Golpe contra Chávez em 2002, patrocinado por Washington conforme já abordado. Além disso, foi uma das autoras da tentativa de magnicídio contra o presidente Maduro, segundo provas retiradas de seu correio eletrônico (veja seus correios eletrônicos criminosos com imagens do presidente Maduro como alvo, apontando onde deveria levar tiros, aqui).

Os fundos do regime norte-americano a partidos de oposição na Venezuela ultrapassam 100 milhões de dólares, desde 2000. O partido Súmate de Corina Machado, recebeu ilegalmente verba do regime norte-americano. Prática ilegal tanto perante as leis dos EUA que proíbe financiamento a partidos políticos estrangeiros, quanto de acordo com as leis venezuelanas que não permitem que nenhum partido político receba verbas estrangeiras.

Reportagem do diário norte-americano Herald Tribune relatando o financiamento a Súmate pela Doação Nacional pela Democracia (NED, National Endowment for Democracy) órgão federal dos EUA criado por Ronald Reagan para promover "democracia" internacional.

As contribuições da NED para diversas organizações venezuelanas, apenas em 2012, superaram os 2 milhões de dólares. A NED tem desempenhado ao longo dos anos, desde sua fundação nos anos de um presidente de péssima memória (o do Irã-Contras), papel de órgão de fachada da CIA a fim de potencializar a ingerência do regime norte-americano, e desestabilizar nações.

Alguns dos membros que já passaram pela comissão da NED são nada menos que Henry Kissinger, maior arquiteto dos golpes militares da América Latina e do Plano Condor na região, entre outros personagens com histórico no mesmo sentido e sem nenhum perfil voluntarista, tais como Madeleine Albright, Zbigniew Brzezinski e Paul Wolfowitz, este que foi secretário adjunto de Defesa de George W. Bush (filho), e subsecretário de Defesa de Bush pai. Atualmente, faz parte da comissão Elliot Abrams, homem de confiança do ex-presidente Reagan.

O diretor do projeto inicial da NED, o professor Allen Weinstein da Universidade de Georgetown, admitiu no diário The Washington Post de 22 de setembro de 1991 que "muito do que fazemos hoje, era feito secretamente pela CIA 25 anos atrás". O Centro Norte-Americano para a Solidariedade Laboral Internacional (American Center for International Labor Solidarity), que trabalha em parceria com a NED, participou do golpe contra o presidente Chávez em 2002 através de reuniões com líderes oposicionistas venezuelanos que aplicariam o golpe, exatamente como se dá hoje (gravações publicadas na Venezuela revelaram reuniões secretas de "diplomatas" dos EUA com opositores ao governo, tais como a deputada María Corina, quem pediu desculpas públicas pelo fato).

Para o fiscal de 2014, Obama aprovou o envio de 5 milhões à oposição venezuelana conforme aponta este documento do Departamento de Estado dos EUA, detalhando o orçamento do país para este ano.

Note neste documento que o governo norte-americano se justifica perante a sociedade para o ilegal financiamento de desestabilização internacional, na velha retórica da segurança nacional dos EUA, seguida fielmente pela mídia predominante.

Neste memorando de 13/1/2014 do Brookings Institute, em sua maior parte financiado pelo governo dos EUA, é sugerido a Obama que "incite uma violenta reação popular ma Venezuela a fim de "derrubar os radicais e o presidente [Maduro]", o que inclui a possibilidade de um "golpe tradicional".

Telegrama secreto emitido da Embaixada dos EUA em Caracas a Washington, revelado por WikiLeaks, o embaixador americano no Chile, Craig Kelly, escreveu uma lista secreta de estratégias para minar o poder político do presidente venezuelano Hugo Chavez no continente:

"Conheça o inimigo: nós temos que entender melhor como Chávez pensa e o que ele pretende; — Engajamento direto: temos que reforçar nossa presença na região e nos aproximar fortemente, em especial com as "não-elites"; — Mudar o cenário político: Devemos oferecer uma mensagem de esperança e apoiá-la com projetos financiados adequadamente; — Aumentar as relações militares: Nós devemos continuar a fortalecer os laços com esses líderes militares na região que compartilham as nossas preocupações sobre Chávez", resumiu.

Kelly propôs ainda reforçar as operações de inteligência na America Latina para entender melhor os objetivos de Chavez a longo prazo, e pressionar os vizinhos a se voltarem contra ele, por exemplo, excluindo a Venezuela de acordos de livre comércio.

Kelly, que acabou de se aposentar como o número dois para temas do hemisfério ocidental no Departamento do Estado, reconheceu no seu telegrama que "Chavez conseguiu muitos avanços, em especial para as populações locais, ao fornecer programas para os desprivilegiados".

Esta reportagem do sítio canadense Global Research, com exposição de outros cabos secretos emitidos pela Embaixada norte-americana na Venezuela, comprovam também a conspiração do regime de Washington contra o país caribenho, em parceria com a oposição local, para gerar desestabilização e provocar um golpe de Estado.

Para que haja mais noção da perfeita conexão dos fatos no que diz respeito à mafia global, vale recordar: o PSDB de Aécio Neves é apoiado pelos grandes meios de comunicação brasileiros, os mesmos promotores do golpe militar de 1964 patrocinado pela CIA; os mesmos que demonizam a Revolução Bolivariana.

O PSDB é, outrossim, citado como apoiante secreto de Washington, especialmente no que diz respeito ao petróleo brasileiro (para que, como nos tempos de Fernando Henrique Cardoso, volte a ser entregue de mão beijada a Tio Sam) em telegramas secretos enviados de Brasília por agentes da CIA travestidos de embaixadores no Brasil, a exemplo do que ocorre em relação à oposição venezuelana, autora de golpes no país caribenho (com apoio sistemático da grande mídia local, financiada por Washington) em defesa do petróleo venezuelano... para Tio Sam, como era feito antes de Chávez, o que beneficiava a elite local.

A entrevista de John Perkins, autor de Confessions of an Economic Hit Man (Confissões de Um Assassino Econômico), ex-membro de alto escalão da comunidade internacional de bancos, além de economista- agente da CIA, à Democracy Now dos Estados Unidos em 5 de junho de 2007, retrata bem o imperialismo estadunidense por todo o mundo, que acomete também a Venezuela.

Trechos da entrevista (tradução livre):

"Basicamente, o que nos ensinaram a fazer foi reforçar o Império estadunidense. Criar situações onde o máximo número de recursos naturais fluam a este país, a nossas corporações e a nosso governo, e na prática temos conseguido muito sucesso. Construímos o Império mais rico da história. Isso foi conseguido nos últimos cinquenta anos pós-Segunda Guerra Mundial. (...)

"O primeiro assassino econômico nos anos 50 foi Kermit Roosevelt, neto de Teddy, quem derrubou ao governo do Irã, democraticamente eleito - o governo de Mossadegh -, considerado o homem do ano pela revista [norte-americana] Time. (...) Kermit era agente da CIA (...)

"Meu verdadeiro trabalho [economista principal de uma empresa com cerca de dois mil funcionários] foi realizar empréstimos a outros países, enormes empréstimos, muito maiores do que eles poderiam pagar. Uma das condições de um empréstimo, digamos de um bilhão de dólares a um país como Indonésia ou Equador, era que esse país deveria dar 90 por cento do dinheiro emprestado a uma empresa norte-americana a fim de construir infra-estrutura (...).

"Tais projetos serviam, basicamente, apenas em benefício de algumas famílias mais abastadas desses países. As pessoas pobres daqueles países ficavam cravadas com essa assombrosa dívida, que não podiam pagar.

"Um país como o Equador hoje deve destinar mais de 50 por cento de seu gasto nacional apenas para pagar a dívida. E não pode fazê-lo. Os temos com a água no pescoço. Então, quando queremos mais petróleo, vamos ao Equador e lhe dizemos: 'Olhe, não pode pagar suas dívidas, então entregue seus bosques amazônicos que estão cheios de petróleo, a nossas companhias petroleiras'. E hoje estamos destruindo a Amazônia, obrigando o Equador a entregá-la porque acumulou muita dívida." (...)

Disse Alexis de Tocqueville: Amo-a [imprensa livre] mais por considerar os males que impede, que pelo bem que faz". É mais que lamentável que, quase 200 anos depois, a tal de "Imprensa livre", gritantemente, não faça hoje nem uma coisa nem outra, devendo nós, ainda, contentar-nos com a Teoria do Jornalismo ditada por Richard Salan, ex-presidente da rede de TV norte-americana CBS News, entre os anos 1961 – 64 e 1966 – 79: "Nosso trabalho é dar às pessoas não o que elas queiram, mas aquilo que nós decidimos que elas devam ter".

'Sou Socialista!'

Jesus foi o primeiro socialista: dividiu o pão e o vinho; Judas foi o primeiro capitalista: vendeu Jesus por trinta moedas
(Hugo Chávez)

Enquanto a Venezuela vive processo revolucionário único no mundo, no Brasil de tantos carnavais grande parte da sociedade clama por retorno à sangrenta ditadura militar, regime que sérias condenações até hoje recebe de organismos internacionais - tais como a OEA em 2010, por crimes de lesa-humanidade ainda nem sequer julgados dentro do país -, ao invés de reivindicar mais democracia (vale ressaltar, e que nos perdoem os jogadores da Pátria de Chuteiras por esta menção, que na vizinha Argentina o ex-ditador Rafael Videla morreu em cela comum condenado à prisão perpétua, além de mais de 100 outros militares já condenados, outros tantos sendo julgados em meio a uma sociedade civil que não sai das ruas por memória, verdade e justiça em relação aos anos de regime militar).

Quanto à companheira Mari, outrora completamente avessa a assuntos políticos além de conhecedora apenas da sociedade brasileira altamente preconceituosa, individualista e de mentalidade excessivamente elitista, atualmente, após dois meses de experiências presenciais na Venezuela - enquanto comparava o comportamento da grande mídia -, não hesita em declarar: "Sou socialista!".

Diante disso tudo nunca é demais repetir: um outro mundo é, sim, possível. E para isso, é necessário abrir-se mão dos preconceitos, o que, por sua vez, requer que a grande mídia de desinformação das massas não paute mais nossas ideias.

Já dizia Simón Bolívar: "Através da mentira eles [poderes imperialistas] nos têm dominado". E disse mais: "Um povo ignorante é instrumento cego de sua própria destruição. Temos sido dominados mais pela ignorância que pela força".

A que se referia o libertador? Àquilo que, previa há exatos 200 anos, tornar-se-ia um Império contra a América Latina, hoje perpetrado nos campos econômico, político, militar, tecnológico e midiático. Na era da informação global entre a propagação da mídia alternativa, só não vê quem não quer - e já dizia o filósofo que o pior cego, é aquele que não quer ver.

Pois este mergulho pela Venezuela que entrevista cidadãos dos mais diversos segmentos sociais e funcionários governamentais, que registra fervorosas manifestações populares e que apresenta imagens da vida cotidiana venezuelana, quebra os mitos e tabus, todas as ideias pré-concebidas vendidas pelos meios de comunicação internacionais, porta-vozes dos interesses econômicos e estratégicos dos usurpadores do poder.


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Fronteira da Colômbia com a Venezuela
(Tomadas do Trânsito caótico e raivoso atrás de contrabando, e entrevista anônima)
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