HUGO CHÁVEZ
Três Anos da Partida Física de Quem Ousou Enfrentar o Império
"Recordamo-lo [a Chávez] os que, pela primeira vez, tiveram um prato de comida, uma casa, um carro, um salário justo,
educação, dignidade; os que sabemos que entregou a vida por um povo livre, e um legado de unidade americana"
(Ex-presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner)

Neste dia 5 de março de 2016, cumprem-se três anos da imortalidade do comandante eterno, Hugo Chávez, quem não exagerou quando fez sua voz ecoar pela apaixonada Caracas: "A Venezuela mudou para sempre!".
Enquanto no Brasil há cursinho pré-vestibular "ensinando" que o "ditador" Chávez "impôs" a (segure-se na cadeira!) "Revolução Boliviana" (Mundo Vestibular, que segue a ignorância preponderante imposta, esta sim, pela mídia de desinformação das massas que forma uma das elites mais ignorantes e histéricas do planeta), durante este terceiro 5 de março sem Chávez, a sociedade venezuelana saiu em peso às ruas e instituições de todo o país para entre choro e alegria pelo legado deixado, rememorar e prestar homenagem ao comandante supremo.
À capital Caracas neste dia 5 também compareceram chefes de Estado, ativistas por direitos humanos e as mais diversas personalidades, de diversos cantos do planeta, para visitar o Quartel da Montanha, no bairro caraquenho de 23 de Enero, onde estão os restos de Chávez, e recordar aquele ser humano que fez o jornalista colombiano William Ospina observar: "A Venezuela é um país ímpar, único lugar no mundo onde os ricos protestam, e os pobres celebram".
Durante as celebrações deste dia 5, o presidente venezuelano Nicolás Maduro assegurou que o povo de seu país seguirá trilhando os caminhos da Revolução Bolivariana, graças à fortaleza das forças revolucionárias que mantêm vivo seu legado.
"Aqui está o povo venezolano pronto para seguir lutando pela verdadeira independência e liberdade (...). A Venezuela continuará no caminho da Revolução Bolivariana", afirmou o chefe de Estado no foro “Chávez: Líder del siglo XXI, Unidad Latinoamericana y Caribeña” realizado no Teatro Teresa Carreño (segundo maior da América do Sul), na capital Caracas.
Lá no Quartel da Montanha, visitado diariamente por cidadãos de todas as partes do país e do mundo, ocorre todos os dias solenidade em memória de Hugo Chávez, exatamente às 16h25, horário da partida física do comandante eterno, realizada por oficiais da Milícia Bolivariana.
A filmagem deste acontecimento, como em qualquer local do Quartel da Montanha, é proibido, mas a Milícia Bolivariana, gentilmente, permitiu que este autor registrasse a solenidade:
Neste vídeo abaixo, jovens militares do interior da Venezuela deixam o Quartel da Montanha após visita ao local:
Em frente ao Quartel encontra-se a Capela Santo Hugo Chávez, a qual uma de suas fundadoras e atual zeladora, Elizabeth Torres, 50, garante que o local serve como ponto para oração e recordação através das imagens do comandante Chávez, não para exaltá-lo como ser superior aos seres humanos. Seja como for, eis aqui mais uma evidência de que Chávez está e sempre esteve muito distante do estigma imposto pelos grandes meios de comunicação, de um ser odiado que amedrontava e feria gravemente os direitos humanos - vídeos da fachada da Capela:
Comerciante formal, segundo ela graças ao ex-presidente Hugo Chávez, Elizabeth fica todo o dia dividida entre a Capela e seu pequeno comércio de alimentos. Nesta emotiva conversa no interior da Capela (em duas partes), ela conta como sua vida e a de milhares de comerciantes ambulantes e informais, mudou com a ascensão da Revolução Bolivariana, marcada pela eleição presidencial de Chávez em 1998. Ela também explica que significa Chávez para ela e para a maioria da sociedade venezuelana. Ela também conta se estão certos os grandes meios de comunicação internacionais, quando dizem que na Venezuela se vive a tal ditadura terrível. Tudo isso, além da lição que Elizabeth Torres dá de vida, de paz e de amor à justiça social, o que apenas a universidade da vida pode proporcionar - vídeos da conversa:
Tributo ao Comandante Eterno
A ex-presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner, disse que as melhores recordações de Chávez, certamente, têm aqueles que "pela primeira vez tiveram um prato de comida, uma casa, um carro, um salário justo, educação, dignidade".
"Recordamo-lo os que sabemos que entregou a vida por um povo livre e um legado de unidade americana, e talvez estarão alegres os que somente observaram nele imperfeições, erros e horrores", acrescentou Cristina.
Já o presidente boliviano Evo Morales afirmou, no foro Chávez:
Como ser humano [Chávez] um grande solidário. Como irmão latino-americano, grande irmão integracionista. Como político (...), anti-imperialista que nos ensinou a perder o medo do Império, a levantar a voz diante do Império sem nenhum medo.
O dignatário boliviano conclamou a direita nacional e internacional a respeitar "nossas revoluções democráticas e pacíficas", garantindo que se não as respeitam, haverá outras maneiras de luta.
"As oligarquias latino-americanas devem respeitar nossas revoluções democráticas e pacificas com justiça social; se não respeitam, há outras formas de luta e, aí, vamos ver quem perde", advertiu o presidente Morales.
As oligarquias a que se refere o presidente boliviano podem ser muito bem representadas pela "indignada" farmacêutica e empresária que, entre milhares de manifestantes brasileiros em 2015, clamava raivosamente por inconstitucional cassação à presidente Dilma Rousseff com retorno à ditadura militar. Na "análise" da preocupada socialyte paulista, o cenário internacional é perigoso e pode contaminar o Brasil:
A empresária e farmacêutica Silvia Frey veio de Catanduva, interior de São Paulo, somente para o protesto. 'Têm três ônibus chegando de lá, ajudamos a contratar', comemorava. À corrupção, ela acrescentou outro fator que lhe preocupa no Brasil. a 'intervenção bolivariana'. ''Queremos um Brasil para nós, que caminhe com nossa força trabalhadora', discursa.
Porém, quando questionada sobre o que seria o 'bolivarianismo', Silvia afirma que tentará resumir: 'Isso é fruto da política internacional do PT, que quer adotar aqui as mesmas políticas usadas pelo governo da Bolívia. Espero estar equivocada, mas é isso', afirma a cautelosa empresária, provavelmente desconhecendo que a palavra tem origem no general venezuelano Simón Bolívar, que liderou os processos de independência de diversos países da América do Sul. O termo 'bolivariano' é aplicado aos países que questionam o neoliberalismo e o Consenso de Washington, como a Venezuela."
(Citado na reportagem Da Despolitização ao Ódio, do jornalista Igor Carvalho da revista Caros Amigos de abril de 2015).
Porém, quando questionada sobre o que seria o 'bolivarianismo', Silvia afirma que tentará resumir: 'Isso é fruto da política internacional do PT, que quer adotar aqui as mesmas políticas usadas pelo governo da Bolívia. Espero estar equivocada, mas é isso', afirma a cautelosa empresária, provavelmente desconhecendo que a palavra tem origem no general venezuelano Simón Bolívar, que liderou os processos de independência de diversos países da América do Sul. O termo 'bolivariano' é aplicado aos países que questionam o neoliberalismo e o Consenso de Washington, como a Venezuela."
(Citado na reportagem Da Despolitização ao Ódio, do jornalista Igor Carvalho da revista Caros Amigos de abril de 2015).
Hugo Chávez, até a vitória... sempre, camarada! Provavelmente o mataram, mas não seus sonhos e as sementes que deixaste!