México e Colômbia na Rota da Conspiração da CIA contra Venezuela

O presidente da Venezuela Nicolás Maduro, cobrou resposta dos governos mexicano e colombiano pelas afirmações do diretor da CIA, Mike Pompeo, de que participam da conspiração para provocar desestabilização e um golpe de Estado no país caribenho.
"O diretor da CIA disse: 'A CIA e o governo dos Estados Unidos trabalham em colaboração direta com o governo mexicano e o governo colombiano, para derrubar o governo constitucional na Venezuela e intervir em nossa amada Venezuela ", disse o mandatário venezuelano em entrevista de televisão em cadeia nacional, concedida nesta segunda-feira (24).
A advertência do presidente Maduro dá-se dias após o diretor da Agência Central de Inteligência norte-americana ter confirmado a participação de Bogotá e Cidade do México na conspiração contra a Revolução Bolivariana venezuelana. "Temos muita esperança de que possa haver uma transição na Venezuela e nós, a CIA, estamos fazendo o melhor para entender a dinâmica por lá", disse Pompeo em entrevista à Vanessa Neumann, presidente da empresa estadunidense de inteligência Assymetrica.

Deixando claro que o povo mexicano e colombiano não têm parte na trama, nem seus respectivos exércitos mas demonstrando amor por ambos, o chefe de Estado venezuelano afirmou: "Sei que é uma oligarquia apátrida que entrega o México e a Colômbia aos interesses do império norte-americano".
"Sei que estão desesperados porque o México tem apenas mais cinco anos de petróleo. Eles ficaram sem petróleo. A Colômbia tem mais seis anos de petróleo, e querem acreditar que o petróleo da Venezuela pertence ao imperialismo e a suas oligarquias aliadas", acrescentou o presidente Maduro.
Colômbia: "Play Ground" de Tio Sam e da Cocaína que Sustenta o Império

E este próprio autor esteve na Alfândega colombiana em fevereiro de 2015, de onde acabou de certa forma expulso (vídeo mais abaixo) por entrevistar em um pequeno quarto escuro um funcionário anônimo, pronto para denunciar a participação de colegas ali no contrabando de produtos básicos, de gasolina e de drogas da Venezuela ao seu país, nos primeiros dois casos a fim de boicotar a economia do vizinho bolivariano.
Antes de sair às pressas do local e cruzar a fronteira à Venezuela, este autor foi informado pelo anônimo que estava sendo vigiado e questionado com preocupação pelas câmeras da Alfândega (fachada no vídeo abaixo, com fronteira colombiana sendo focada à esquerda, e a venezuelana à direita) antes mesmo de a entrevista secreta ter ocorrido, segundo relatos feitos diretamente por seus superiores. O clima de tensão e receio esteve, então, presente de forma acentuada desde que a entrevista foi interrompida abruptamente.
Foi também registrado o caos fronteiriço, especialmente no lado colombiano: conforme mostra o vídeo mais abaixo, cada centímetro na cidade de Cúcuta, a fim de ultrapassar a fronteira em direção à cidade venezuelana de San Antonio, é raivosamente disputado.
Passeando com a câmera entre os carros em pleno caótico trânsito cucutenho e muita hostilidade, este autor acabou também interrompido uma vez, e questionado de maneira nada amigáve por determinados indivíduos bastante mal-encarados sobre o que fazia ali, que meio de comunicação representava. Indivíduos que tratavam de facilitar a passagem de carros em meio ao caos, em apoio aos motoristas contrabandistas e narcotraficantes no aguardo de retorno financeiro no negócio do contrabando e narcotráfico.
Tais "negociantes de espaços" aos carros, constantemente, desviavam o rosto do foco da câmera conforme pode ser visto no vídeo abaixo, o qual mostra motos e caminhões que, principalmente eles, trazem os produtos contrabandeados do território venezuelano de acordo com relatos feitos a este autor tanto na Colômbia, quanto na própria Venezuela. Por outro lado, ressalte-se que no lado venezuelano da fronteira reina a mais absoluta paz.
A Grande Mídia de Emburrecimento em Massa Nunca Noticiou
Ao longo destes anos, principalmente após o presidente Maduro ter chegado ao Palácio de Miraflores diversos sicários colombianos têm sido pegos pela Guarda Nacional Bolivariana, praticando crimes especialmente contra cidadãos defensores do governo venezuelano.
Foi também na Colômbia que Henrique Capriles, após ter sido derrotado nas urnas por Nicolás Maduro nas eleições presidenciais abril de 2013, feriu os princípios internacionais e encontrou-se secretamente com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, a fim de buscar apoio aos violentos protestos de rua contra o então novo presidente eleito, cuja derrota Capriles negava-se a reconhecer enquanto observadores internacionais repetiam as análises de sempre em território venezuelano: sistema eleitora exemplar.
Capriles incitara seus eleitores à extravasar a raiva nas ruas nos dias subsequentes à derrota presidencial, o que desencadeou graves atos de vandalismo em todo o país levando à morte 11 eleitores de Maduro que comemoravam a vitória.
Naquela mesma época, uma gravação liberada pelo prefeito de Caracas, Jorge Rodríguez

A única maneira de sair disso [derrota presidencial] é provocar e acentuar uma crise. Um golpe de Estado ou um autogolpe, porque... uma confusão e domesticação onde se gera um sistema de controle social total.
Germán Damas pergunta-lhe, "Isto, com apoio do Império, certo?", ao que Corina Machado responde, "Sim, senhor", contando sobre sua viagem secreta a Washington bem como de Ramón Guillermo Aveledo, ambos a fim de conspirar contra o governo local.
"Viveremos e Venceremos!"
Especialmente na Venezuela, as investidas imperialistas têm sido diárias com estilo muito semelhante aos golpes militares na região nos anos 50, 60 e 70, com destaque ao Chile de Salvador Allende,
Na Venezuela hoje, o grande pilar de sustentação do governo socialista é o povo que faz as ruas do país respirar revolução pacífica - mesmo com toda a violência dos opositores, que estão até queimando apoiantes do governo vivos -, impedindo, assim, a denominada "Revolução Colorida" e outros tipos de golpes mais agressivos.
Já são e salvo em solo bolivariano, uma das inúmeras entrevistas deste autor demonstram o fervor da sociedade em defesa da Revolução Bolivariana, cujo país foi cruzado e ouvido de ponta a ponta.
Em frente a um Centro de Saúde construído por Hugo Chávez na cidade de Barquisimeto, estado de Lara (centro, governado pela oposição, fato que ajuda também a romper o mito de "ditadura do Maduro"), estudante de Medicina estagiária e auxiliar de cozinha do local respondem se estão certos os grandes meios de imbecilização das massas, quando dizem que no país caribenho se vive ditadura, e o que pensam de uma intervenção norte-americana para promover "democracia" e "paz" em seu país:
Diante de todos estes fatos e personagens, sociais e os tétricos da política - para dizer o mínimo -, fica fácil compreender o esquema e as faces exatas da atual ofensiva contra governos populares e democraticamente eleitos da América Latina. O que realmente não há como entender, é a incapacidade de milhões de consumidores de desinformação em aprender com a história e enxergar a pilhagem das classes dominantes contra si.