
Fonte da imagem: Jornal A Nova Democracia
Nossa Constituição é uma brilhante fachada,
por trás da qual se abre um enorme terreno baldio
Fábio Konder Comparato, jurista
por trás da qual se abre um enorme terreno baldio
Fábio Konder Comparato, jurista
Não basta [o veículo de comunicação] se dizer mais inteligente,
mais criativo, mais ético e mais crítico: é preciso sê-lo
João Peres, editor da Rede Brasil Atual
mais criativo, mais ético e mais crítico: é preciso sê-lo
João Peres, editor da Rede Brasil Atual
CONTEÚDO:
A Era da Mediocridade no Brasil
LAVA JATO NA LAMA
Guerra Suja contra a Esquerda
FUSÃO PPL-PCdoB
Orgia Política sem Limites
Em Terra de Abjeto Bolsonaro, Só Falta Corrupto Moro Ministro!
Bolsolão, 'Justiça' Cafajeste e Complexo de Vira-Latas do PT
BOLSONARO
Canalha de Estimação de uma Sociedade Doente
“Justiça” Tupiniquim Irregeneravelmente Apodrecida: Base Empírica
FARSA E TRAGÉDIA
Casas Gospel Apoiam Bolsonaro, que Fere Direitos Fundamentais do Ser Humano
Luiz Inácio: Faça um Curso sobre Marxismo
Aumento Anunciado da Desigualdade Social no Brasil
¡Qué Se Vayan Todos!
Golpe à Democracia no Brasil Relaciona-Se à Geopolítica Regional e Mundial
Brasil Tornou-Se a "Venezuela" das Lendas Reacionárias
Por Que o Assassinato da Marielle É Altamente Perturbador
Mundo Surtou. Viva a Primavera Tupiniquim!
Intervenção Militar no Rio: 'Laboratório para o Brasil'?
Escola sem Partido e Brasil sem Rumo
Discriminação e Ódio em um País que Glorifica a Desinformação, a Estupidez e a Ignorância
PRÉ-CANDIDATURA MANUELA D'ÁVILA
Festa Pobre à 'Esquerda'
RETRATO DO CAOS
MBL, Informação e Contrainformação: Presente Sombrio, Futuro Catastrófico
MBL: Campeão Nacional de Notícias Falsas
MBL e "Esquerda": Diálogo de Surdos sobre Cotas Raciais nas Universidades
"Vareio" do MBL sobre "Esquerda": Me Bate que Eu Gosto, até Quando?
Malabarismos Políticos do Cão Arrependido e Novo Autgolpe do PT
Onde Está a "Esquerda" Brasileira com "Pedigrí"?
Clamor do General Mourão por Ditadura e Eterno Abraço de Luiz Inácio no Capeta
E Então, Quem É Cão Vira-Latas no Brasil?
Brasil Glorifica os Iguais, a Estupidez e a Ignorância
A Fragilidade do Mito Reacionário de "Doutrinação" Progressista
Crise Política, Econômica, Judiciária e Midiática: Sinuca de Bico no Brasil
Picadeiro Brasileiro: Entre Desmando e Oportunismo
MITO DA DOUTRINAÇÃO
Serás um Pateta nas Mãos da Abin e da Oligarquia Tupiniquim?
Lições do Equador ao País da Pobreza Intelectual e Moral
Queda do Brasil em Educação e a "Esquerda Moderada"
Repressão contra MST Tem Endereço Certo: Departamento de Estado dos EUA
Golpe Anunciado e Cegueira diante dos Deslumbres com o Poder
Freud Explicaria o Sambódromo Ideológico Tupiniquim?
MANO BROWN
Providencial Desabafo sobre Apatia entre a Sociedade Brasileira
GOLPE EM CURSO
Sobra Histeria, Falta Sobriedade e Cidadania
MOVIMENTO ENDIREITA BRASIL
Pagamento de Mil Reais por Hostilidade a Ciro Gomes: Qual a Origem do Dinheiro?
SERGIO MORO
Operação Carbono Pode Ter Vínculo com Assassinato de Celso Daniel
ONDA DE PROTESTOS
Primavera ou Massa de Manobra?
'BRAZIL'
Crise, Cenário de Golpe e as Lições Nunca Aprendidas
EDUCAÇÃO & CULTURA
Memórias de um Professor no País da Mediocridade
OPERAÇÃO LAVA JATO
Denúncia de Propina a Aécio Neves de R$ 300 mil – Com Direito a Recuo da Raivosa Reação Tupiniquim
ATO EVANGÉLICO
Anti-Cidadania e Natural Truculência
ALIANÇA PT-PMDB
Briga de Casal – Mas de Casal Bandido
AFIF MINISTRO
Brasil Perpetuamente Indecente, de Todos os Lados
CURTINHAS: REVISÃO SEMANAL
Retalhos de Democracia
CARTA ABERTA: PASTOR MALAFAIA
Enfiando a Cruz de Cristo no Bucho Alheio
CARTA ABERTA: PORTAL INTER-JORNAL
Jornalismo Brasileiro, Hugo Chávez e Washington
PT, JORNALÕES & JORNALECOS
Casuísmo Governamental e Parcialidade Midiática
LEITURA DE El PAÍS
Ativismo Espanhol e as Lições Nunca Aprendidas no Brasil
MENSALÃO, STF, JORNALÕES E JORNALECOS
Atoleiro Brasileiro, Mais que Ideológico, É Sistêmico
O (Eterno?) Autoengano Democrático do Brasil
COMISSÃO DA VERDADE, PT E DEPUTADO BOLSONARO
Verdade sem Justiça até Quando no Brasil?
DENÚNCIAS DE PM CONTRA MINISTRO DO ESPORTE
Justiça no Grito Evidencia Fragilidade Democrática do Brasil
CARTA ABERTA
Presidente Dilma Rousseff
OITO ANOS E MEIO DE PT
"Seis por Meia Dúzia" no Brasil até Quando?
MANIFESTAÇÕES POPULARES NA ESPANHA E ARGENTINA
Por Que no Brasil Não Há Similares?
DISCRIMINAÇÃO
Superação Depende de Mudanças Estruturais
SANEAMENTO PÚBLICO: ONDE JOGAR TANTO LIXO HUMANO?
O Estado Brasileiro Racista, Criminalizador da Pobreza e Exterminador
CARTA ABERTA
Vereador Paulistano, Sr. Apolinário
Descoberta de Petróleo no Brasil e Reativação da IV Frota Naval dos EUA: Isso Não É Mera Coincidência
DESCOBERTAS PETROLÍFERAS NA CAMADA PRÉ-SAL BRASILEIRA
O Melhor para a Sociedade É o Monopólio Estatal
COPA DO MUNDO NO BRASIL
País que Vive Corrupção Generalizada e Guerra Civil, Não Pode Receber Evento Dessa Magnitude
LULA E MALUF ALIADOS
Uma Questão de Falta de Vergonha na Cara
Bebidas Alcoólicas e Violência no Brasil
CASO ISABELLA
Uma Questão de Irreflexão
O Brasil no Espelho

Leia mais sobre a conjuntura brasileira, em:
Golpes Militares na América Latina / Pingo no i - Edu Entrevista / WikiLeaks / Contracapa - Últimas Notícias / Meio Ambiente /
Especial: Brasil - Onda de Manifestações ou Primavera? / Somos Todos Santa Maria - Por Memória, Verdade e Justiça / Análises da Mídia
Você sabia que...
... a partir do programa de desarmamento, posto em prática pelo governo federal desde dezembro de 2003, vem ocorrendo expressiva redução de homicídios no Brasil? E que em São Paulo, o número de homicídios diminuiu 18%, no Paraná, mais de 20% e em Pernambuco, 10%, o que permite a conclusão de que resultados igualmente positivos muito provavelmente estão sendo obtidos em outros Estados brasileiros?
Afirmações do jurista, prof. dr. Dalmo Dallari, outubro de 2008
Citado em A Paz e o Desafio de Desarmamento, jornal Brasil de Fato
E você também sabia que...
... apesar do tamanho de sua economia, o Brasil é, de acordo com dados da ONU (Organização das Nações Unidas)
de 2012, o quarto país mais desigual da América Latina, região mais desigual do planeta, ficando atrás de países
como Paraguai, Bolívia e Haiti, estando à frente apenas de Guatemala, Honduras e Colômbia?
Enquete do Blog:
Lamentavelmente, no Brasil o voto não é ideológico, lamentavelmente as pessoas não votam partidariamente e, lamentavelmente, você tem uma parte da sociedade que, pelo alto grau de empobrecimento, ela [sic] é conduzida a pensar pelo estômago e não pela cabeça. É por isso que se distribui tanta cesta básica. É por isso que se distribui tanto ticket de leite. Porque isso, na verdade, é uma peça de troca em época de eleição. E assim você despolitiza o processo eleitoral. Você trata o povo mais pobre da mesma forma que Cabral tratou os índios quando chegou no Brasil, tentando distribuir bijuterias e espelhos para ganhar os índios, eles [políticos hoje] distribuem alimento. Você tem como lógica manter a política de dominação que é secular no Brasil
Quem é o (a) autor (a) desta frase, proferida nos idos de 2000?
a) O então governador de São Paulo, Mário Covas;
b) A então secretária de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff;
c) O então presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva;
d) O então proprietário do jornal O Estado de S. Paulo, Ruy Mesquita.
A resposta encontra-se na Contracapa do Blog
A Era da Mediocridade no Brasil
Incauto ativista e parlamentar que arrasta consigo milhões de cérebros lavados, Kim Kataguiri enalteceu no último discurso na Câmara dos Deputados um dos maiores exemplos de Estado de Bem-Estar Social da história do Planeta: a Dinamarca. A "gafe" do patético caçador de esquerdistas passou desapercebida antes de tudo a si mesmo, devido à notável ignorância que esbanja o adorado rapaz da grande midia
12 de outubro de 2019 / Publicado em Pravda Brasil
O pronunciamento do deputado federal Kim Kataguiri na Câmara em Brasilia, no ultimo dia 9, revela uma vez mais a era da imbecilização coletiva mais grave da história do Brasil.
O caçador de comunistas que lidera o rebaixamento do Brasil a uma situação sem precedentes, em inúmeros casos impossível de se dialogar até com a propria família sobre política, sofre de esquizofrenia crônica contra qualquer coisa que cheire a políticas sociais. Histérico neste quesito como grande parte da sociedade tupiniquim, aliás, especialmente classes média e alta cheias de fobias, e pouquissimo conteúdo.
Chegando ao cúmulo da imbecilidade de, nas últimas eleições presidenciais dos Estados Unidos que tanto venera, tachar nada menos que Hillary Clinton de... esquerdista (!).
Imaginar que na ditadura capital-bipartidista estadunisende possa existir um candidato realmente de esquerda, já é algo bastante suspeito, especialmente nos tempos atuais. Ir além disso para situar Hillary no espectro politico à esquerda, só pode partir de um sujeito mal-intencionado ou profundamente ignorante - ou as duas coisas, como é indubitavelmente o caso do reaça incauto em questão, a figura do perfeito idiota que coordena o obscuro Movimento Brasil Livre (MBL).
Gente totalmente dessituada, fazendo uso da precária retórica como papel higiênico diante de uma sociedade brazuca completamente perdida.
Pois no discurso do dia 9 na Capital Federal brasileira, o tal deputado deu mais um grande bom dia a cavalo: exaltou uma das sociais-democracias mais avançadas do mundo, a Dinamarca. Não mencionou Paraguai nem Colômbia, capitalistas e satélites dos Estados Unidos, nem a Etiopia cujo primeiro-ministro, fantoche neoliberal, Kataguiri tanto elogia por ter ganho o último Prêmio Nobel da Paz (sob aplauso concordante da plateia virtual do MBL, outros milhoes de idiotas que ignoram uma virgula que seja da biografia de Abiy Ahmed, seguramente incapazes de localizar o território etíope no mapa). Não! O enaltecimento, como padrão a ser seguido foi a esquerdista e mundialmente admirável Dinamarca!
Um aloprado que arrasta consigo milhões de outros cérebros lavados que passam a vida repetindo estupidez sobretudo nas redes sociais, morrendo de rir de videochacotas que pretendem ser, em muitos casos, didáticas.
Condenando aumento do salario minimo no Brasil que era discutido entre parlamentares, Kataguiri, manipulando e invertendo completamente o cenário com sua arte da persuasao mais vagabunda, comparou nosso Pais (atualmente vivendo este caos por obra e graca de gente como ele mesmo que prometia solução através de grande parte do que esta ai) com os nórdicos: "Na Dinamarca, nem salário minimo existe".
Alguém precisa avisar mais esse polico imbecil e profundamente mal-informado e ignorante que não apenas a esquerda retornou ao poder em junho deste ano no avançadissimo pais nórdico, como a Dinamarca possui vasta história de politicas voltadas ao Estado de Bem-Estar Social. Algo que essa cambada tanto condena, demonizando-as junto de seus adeptos, com muita persuasao e noticias falsas - além das chacotinhas, peculiares dos patetas do MBL e que o público brazuca, às multidoes, tanto adora assistir e se divertir!
Por exemplo, para não se extender muito, a Dinamarca é um dos paises historicamente com menor taxa de desemprego da Europa, além de ter superado as crises internacionais das ultimas decadas e tudo isso com um importante detalhe: sem abrir mão de seu sistema de Bem-Estar Social (enchamos a boca: politicas de esquerda). Sobre isto, leia The foundation for the Danish Welfare State, Denmark: A Case Study in Social Democracy, Welfare state (1915-2000), e Social Class, Social Democracy, and the State: Party Policy and Party Decomposition in Denmark and Sweden.
E como sempre, vale também apontar, o deputado utilizou os Estados Unidos como um dos modelos. Pois o estúpido da vez, à direita, não leva em consideraçã que aquele pais providenciou no século 18 o que esses idiotas tanto berram contra: eficiente reforma agrária, propiciando igualdade social e permitindo, exatamente, determinados números e fatos enaltecidos por esses "pagadores de mico", para usar um termo mais ao nivel desses incautos irregeneravelmente perdidos.
Pois a ampla reforma agrária dos "States", assim como o vertiginoso aumento da pobreza avdindo da liberalizacao economica alavancada especialmente nos anos de Reagan e continuada por Bush pai, tais bibelos nunca observam nesses lixos que o Brasil anda qualificando de... "analises" (Hare Krishna!). E agora, para piorar nossa situação, de "pronunciamentos parlamentares". Quanta desgraça!
E o que salvou os Estados Unidos, outra vez tomados como exemplo pelo parlamentar em questao no discurso do dia 9, do desastre do liberalismo economico (de direita), foi tambem a forte social-democracia (de esquerda) colocada em pratica por Franklin Delano Roosevelt no inicio dos anos de 1930. Politica tao condenada por ele, MBL, Jair Bolsonaro, Serginho Moro e outros cafajestes que estão levando o Brasil a este precipicio sem fim, ao mesmo tempo o "pais modelo" desses profundos ignorantes.
By the way, bibelôs tipo-exportação: o que resgatou todos os paises especialmente os do que eles adoram chamar de Primeiro Mundo da tragédia liberal-economica, foram fortes pollticas sociais (outra vez, de boca cheia: de esquerda, nome que eles tentam a todo o custo criminalizar no Brasil), ou o Estado de Bem-Estar Social que tanta tremedeira causa nesse tipo mentalidade.
Quanto ao aumento do salario minimo, o deputado federal pelo nada glorioso DEM (ex-PFL, filhote da ditadura militar) condenou colocando hipoteticamente uma inflacao superior a tal incremento, o que evidentemente o torna inócuo.
Pois a politica que defendemos, e que o PT em alta medida praticou como nenhum outro na historia do Brasil (com todas as diferencas politicas e economicas com os governos de Lula e Dilma que se possa ter, e temos), proporcionou aumentos que possuem um nome, e Kataguiri parece ignorar: aumento real do salario minimo. E que se faca justica aos governos federais petistas, de 2003 a 2016: atingindo o pleno emprego com Dilma Rousseff, igualmente inédito na história brasileira.
Tudo isso contendo a inflacao, medidas que requerem interferência estatal na economia, exxatamente o que historicamente faz a Dinamarca, elogiada agora e tida como exemplo por Kataguiri.
O pior é que as multidoes caem nessa manipulacao toda! O nada nobre deputado, usando e abusando da retórica e do embaralhamento das informaçoes, o que de melhor sabe fazer, para confundir a opiniao publica neste caso tentando impedir um aumento salarial ao miserável trabalhador brasileiro.
Irá Kataguiri que tanto atira a todos os lados, sempre cheio de manipulacao e piada qualificando gente seria de ignorante etc, fazer um novo discurso mea culpa inventando alguma coisa a fim de dizer que errou ao mencionar a Dinamarca "comunista comedora de criancinhas cuja classe politica metralha o proprio povo" como exemplo a ser seguido, ou será suficientemente sincero, finalmente, em reconhecer-se como um grande jogador de palavras ao vento e indiscriminado falsario de noticias por natureza?
Ou deixará passar mais essa, né, garoto Kim?! O queridinho da grande midia tupiniquim e da revista gringa Time...
Por falar em MBL pistoleiro de péssimo nivel, tachando muita gente seria de ignorante para todos os lados, recentemente outro politico e coordenador do grupelho, Renan Santos, disse em discurso cheio de palavores, "a Alemanha da America" (querendo dizer Republica Federal da Alemanha).
O discurso de Renan iniciou-se com ataques a palavroes desferidos aos colegas: eis a raivosa direita brasileira, historicamente histerica e devastadora, transtornada e dividida. Pois o empresario que tem contra si mais de 60 processos na justica por picaretagem financeira, seguiu a linha de Kataguiri, e enalteceu a Suecia, historico padrao social-demovcrata europeu, como um pais estruturado e sem problemas sociais.
Estarao os imbecis do MBL dando uma guinada a eesquerda? Seus idiotas!
No mesmo video em que terminou afirmando que a menina Greta Thumberg "nao sabe nem limpar a porra da bunda dela!". Ativista sueca pelos direitos humanos de 16 anos, Greta sofre de autismo.
Eis os ativistas (artificiais) e agora politicos, que arrastam milhoes de idiotas consigo: que Krishna tenha pena deste pobre e desgraçado Brasil!
Falta de aviso (da esquerda), nao foi... Que, agora, o Pais arque com as consequencias, e siga sendo pupilo destas aulas do retrocesso cultural, moral e democrático.
LAVA JATO NA LAMA
Guerra Suja contra a Esquerda
Guerra Suja contra a Esquerda
Enquanto a direita brasileira impôe ao País uma grave regressão, The Intercept revela que sua ferramenta para retomar o poder
através do sistema de Justiça, especialmente prendendo Lula, é tão repugnante quanto a nação de Bolsonaro nos tempos atuais. "Simplesmente não consigo acreditar no que está acontecendo no Brasil", diz Noam Chomsky com exclusividade a Edu Montesanti
através do sistema de Justiça, especialmente prendendo Lula, é tão repugnante quanto a nação de Bolsonaro nos tempos atuais. "Simplesmente não consigo acreditar no que está acontecendo no Brasil", diz Noam Chomsky com exclusividade a Edu Montesanti
5 de agosto de 2019
Originalmente em inglês em Pravda Report (Rússia), e em Telesur,
e em português em Pravda Brasil
A denominada Operação Lava Jato, desde 2014 alardeada pela grande mídia nacional e internacional como uma limpeza do Brasil da corrupção, tornou-se outro exemplo do grande serviço à verdade e democracia por parte das mídias alternativas, desde o início denunciando - enfrentando ira e todo tipo de agressões - o nojento desserviço dos patéticos "heróis" da fajuta Força-Farefa, ideólogos clandestinos de direita, disfarçados de aplicadores da lei apolíticos. Perpetradores de uma guerra jurídica (lawfare) evidente por si só, desde o início... do Mensalão.
Glenn Greenwald do portal The Intercept tem revelado, ou confirmou levando-se em conta nossas denúncias exaustivas nos últimos cinco anos, delitos graves, comportamento antiético e fraude sistemática por parte dos promotores da Lava Jato liderados pelo aqueroso promotor-chefe "gospel" Deltan Dallagnol, que supervisionou o processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, junto com o politiqueiro então travestido de "juiz", Sérgio Moro, agora ministro da Justiça do presidente de extrema-direita brasileiro Jair Bolsonaro, eleito em outubro passado com base em notícias falsas e uma campanha de profundo ódio. - fortemente apoiado pela grande mídia local.
Lula foi condenado por Moro a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em julho de 2017, condenado por, segundo a acusação, ter se beneficiar de reformas em um apartamento à beira-mar, ambos pagos pela construtora OAS como contrapartida de alguns contratos que teria ajudado a empresa a obter. Algo sem nenhuma prova, mas baseado pelos super-herois das classes mais abastadas tupiniquins em uma reportagem desencontrada do jornaleco O Globo, cujo lixo se contradiz em uma mesma publicação sobre o caso.
Vale lembrar que a exclusão de Lula da eleição do ano passado, com base na constatação de culpa de Moro enquanto Dallagnol confidenciou ao juiz suas crescentes dúvidas sobre dois elementos-chave do caso da promotoria, foi um episódio-chave que abriu o caminho para a vitória de Bolsonaro. Assim que este militar aposentado assumiu a Presidência, nomeou Moro seu "super-ministro" de Justiça e Segurança Pública.
"Acredito que o governo dos EUA influenciou pelo menos tacitamente o resultado das recentes eleições nacionais do Brasil", afirma a Edu Montesanti o denunciante e ex-agente da CIA John Kiriakou, co-apresentador do programa de Loud and Clear da rádio Sputnik International.
Um bem conhecido sistema brasileiro de "Justiça" composto principalmente pelas mesmas famílias elitistas brancas ao longo dos anos, profundamente corrompido, uma sólida casta secretamente treinada pelo regime de Washington segundo revelada anos atrás por WikiLeaks (Moro incluído em tais cursinhos jurídicos, baseados nas leis dos Estados Unidos e cheios de bajulação por parte dos pupilos tupiniquins).
Seu principal objetivo, através da Lava Jato, tem sido:
A deterioração da esquerda brasileira, especialmente impedindo Lula de vencer a eleição de 2018;
A destruição da indústria nacional, especialmente petroleiras e construtoras, em favor das norte-americanas; e,
A desintegração da América Latina e dos BRICS.
O criminoso processo chamado Lava Jato, em aliança com a grande mídia - especialmente ela, a Rede Globo com vasta história de promoção de golpes no país - assumiu a forma de regime totalitário no Brasil, pois tem tido um forte e claro caráter político. Que renuncia à soberania nacional em favor dos interesses dos Estados Unidos assim como ocorreu por ocasião do Golpe Militar de 1964, financiado justamente pela CIA ("O que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil", disse o ministro da Justiça Juracy Magalhães logo após o golpe, que derrubou o presidente João Goulart).
Força-Tarefa Tendenciosa Levando o Brasil ao Caos
Excesso de prisões temporárias; barganhas e até pressão por delação para que se delineiem especialmente declarações que, ainda que falsas, atendam aos interesses políticos de Sérgio Moro; inclusão de documentos ilegais; escutas clandestinas ilegais; vazamento para a mídia de operações secretas incluindo a famosa escuta clandestina do chacrete Moro envolvendo a então presidente Dilma Rousseff com Lula; desconsideração de formalidades tais como informar previamente ao Ministério da Justiça sobre certas medidas; reversão na jurisdição brasileira de muitos julgamentos, inclusive no caso de Lula (repetindo o Mensalão, onde valeu o dominio do fato de Joaquim Barbosa, para condenar) - são marcas da Lava Jato desde 2014, quando esta se iniciou como investigação de lavagem de dinheiro.
Logo, muitos advogados, incluindo alguns funcionários do Ministério Público em todo o Brasil, passaram a dizer em meios alternativos que todas as sentenças de Lava Jato poderiam ser invalidadas, e Sérgio Moro expulso do Judiciário. The Intercept também revelou que o então juiz agiu como chefe do Ministério Público, algo, é claro, ilegal para um juiz que deve ser imparcial.
Ao mesmo tempo, procuradores aliando-se a fim de proteger o vaidoso juiz, e evitar que tensões entre o genioso Moro e o Supremo Tribunal pudessem paralisar investigações, em março de 2016. "A submissão dos promotores a Moro é escandalosa. Não há dúvidas de que eles agiram ilegalmente", disse recentemente Marcelo Freixo, sobre as revelações de The Intercept.
A Operação Lava Jato origina-se do escândalo do Banestado, banco estatal do Paraná: entre 1996 e 2002, durante os anos do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2003), o Banestado foi usado como meio para que políticos do PSDB, doleiros, nada menos que Fernandinho Beiramar "O Peixe Pequeno", economistas e empresários evadirem moeda para paraísos fiscais que chegaram a 84 bilhões de dólares.
A construtora brasileira Odebrecht. no centro da investigação da Lava Jato, fechou um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos em 2016, admitindo que pagou pelo menos 3,5 bilhões de dólares em propinas em todo o mundo, da América Latina à África. Valor bem inferior ao do Banestado.
Em meados dos anos 2000, o juizeco Moro, até então jurista desconhecido - enquanto a tarefa, é claro, exige um profissional renomado -, condenou vários funcionários do banco, mas nenhum político entre muitos envolvidos no caso que se desenvolveu desembocando exatamente na atual Lava Jato e que, nos últimos anos, gerou forte histeria nacional (falsamente) contra a corrupção - contra o Partido dos Trabalhadores, particularmente.
Houve outra investigação no Brasil, importante de ser notada neste contexto: a Operação Zelotes questionou o Ministério do Tesouro brasileiro pelo desvio de 4,9 bilhões de dólares (ajudando novamente os cínicos "faxineiros" do Brasil a pensar: outra soma/escândalo maior que a Lava Jato), em que funcionários do governo de Fernando Henrique, empresários incluindo os das montadoras Ford e Mitsubishi, banqueiros (Bradesco Santander e Safra) e ela, a Rede Globo, maior empresa de mídia do país estiveram envolvidos.
Mesmo sendo os valores monetários envolvidos muito maiores do que no escândalo da Lava Jato, Zelotes tampouco chamou a atenção da grande mídia - exceto quando, no final de 2014, o filho de Lula foi denunciado. Nehuma grande empresa, nem sequer um empresario foi condenado.
Em outros vazamentos de The Intercept em 21 de junho, o então juiz Moro aparece fazendo vistas grossas ao esquema de corrupção em que o brucutu Flavio Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro [e irmão de Eduardo, que deve ser o novo embaixador do Brasil nos Estados Unidos por ter fritado hamburguer na America anos atras, segundo suas próprias palavras jogando confete sobre si mesmo (estara essa gente sob efeito de droga ou sao "apenas" grandes imbecis, demais da conta?!)], mantinha em seu gabinete enquanto era legislador no Rio de Janeiro, para não desagradar seu pai, que já lhe dera o cargo de Ministro da Justiça no futuro governo.
Tais escândalos, entre outros no Brasil, não obtiveram o interesse da (lavemos a boca!) "Justiça" nem das grandes empresas de mídia, nem as revelações de The Intercept recebem o destaque que merece: cinicamente, o foco tem sido quem raqueou os celulares de promotores e do superman Moro, não o conteúdo das revelações. Um contraste forte, desproporcional e incrível à histeria generalizada anticorrupção em relação à sonda Lava Jato.
Greenwald versus Moro, "O Filho da Puta dos EUA"
"Estamos, é claro, observando com verdadeiro fascínio o grande trabalho que Glenn Greenwald tem feito", diz Noam Chomsky a Edu Montesanti. "Esperamos que aqueles com o efetivo poder, não sejam capazes de abafa-lo", antecipa o renomado sociólogo estadunidense que, com sua esposa (brasileira) Valeria, enviou recentemente carta solidarizando-se, uma vez mais, a Lula.
Para piorar a situação no já tragicômico Brasil, Glenn Greenwald foi, desde suas revelações sobre a Lava Jato em junho passado, tem sido investigado e intimidado pela Polícia Federal brasileira, subordinado ao palhaço numero 2 desse grande picadeiro (depois de Bolsô,que em recente visita oficial aos States declarou-se cada vez mais apaixonado pelo presidente-magnata Trump), o "super-ministro" Moro.
"Conheço Glenn Greenwald desde 1986, desde logo como um jornalista honesto mesmo que nem sempre eu concorde com ele", afirma John Kiriakou a esta reportagem. "Se Glenn Greenwald estivesse nos Estados Unidos para conversar com o FBI ou qualquer outra agência do governo, teria sido considerado dentro de seu papel de jornalista legítimo", afirma intrigado com a situação brasileira o ex-agente da CIA, preso por dois anos por denunciar praticas de tortura da Inteligência contra acusados de terrorismo, sem nenhuma prova, a mando de Bush.
Procurada pela reportagem, a espanhola Esther Solano, doutora em Ciências Sociais pela Universidade Complutense de Madri, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e articulista da revista Carta Capital, reforça que era evidente o que ocorria entre Moro e seus cãezinhos amestrados, os procuradores envolvidos na Lava Jato.
Os bolsonaristas sempre souberam que a Lava Jato era parcial, e não tinham nenhum problema com isso, pelo contrario: apoiam-se nela porque sabem que se trata de uma operação como instrumento anti-petista por excelência. O grande meio para tirar o PT do poder, e prender Lula. O que para nós e um escandalo, para a direita brasileira é virtude.
Apresentado como um super herói enviado com a tarefa messianica de limpar o Brasil, o objetivo de Moro sempre foi acabar com o PT, para quem não importa o devido processo nem garantias penais.
Apresentado como um super herói enviado com a tarefa messianica de limpar o Brasil, o objetivo de Moro sempre foi acabar com o PT, para quem não importa o devido processo nem garantias penais.
Segundo a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU), referindo-se ao caso de Greenwald, o Estado brasileiro é agora "obrigado a prevenir, proteger, investigar e punir a violência contra jornalistas, especialmente aqueles que foram intimidados, ameaçados ou que venham sofrendo outros tipos de violência ".
Um dos ditos secretos de Moro para seu obediente (lavemos a boca!) "procurador público" Dallagnol revelado por Greenwald sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, foi, bem ao etilo Ze Carioca - a figura do jeitinho da Disney: "Um apoio importante, que é melhor não ser melindrado [por meio de investigações]". Que maravilha!
Greenwald disse que a Rede Globo, que em 2013 publicou uma cínica carta (para o tambem golpista Alberto Dines, que ajudou a promover o Golpe de 64, a Primavera da midia brasileira florescia!) declarando que a organização lamentou ter apoiado o golpe de 1964 no Brasil, "tem sido amigo de Lava Jato, um aliado e associado". Uma coalizão que muitos ainda acreditam ser "a união de gente de bem", que esconde debaixo do tapete o sangue das vítimas da ditadura, que Bolsonaro e o ministro terrorista da Suprema Corte, Dias Toffoli, defendem abertamente.
O que disse o então presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, sobre o ditador da Nicarágua em 1936, sem nenhuma sombra de dúvidas pode estar sendo dito sobre Moro pelos poroes do poder dos EUA hoje: "Ele pode ser um filho da puta, mas ele é nosso filho da puta".
Fantoches de Tio Sam: Criminosos de Gravata
Durante os anos dos presidentes Lula e Dilma (2003-2016), a produção da Petrobras multiplicou-se por várias vezes: enquanto em 2000 representava 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, em 2014 a empresa produziu nada menos que 13% do PIB.
Vale ressaltar que as elites locais, alinhadas ao regime de Washington (segundo cabos secretos liberados por WikiLeaks entre tantas evidências históricas), querem privatizar a petrolífera nacional - desde sua criação, nos anos 50. A Petrobras impulsionou a derrubada dos presidentes Getúlio Vargas em 1954, muito provavelmente de Jânio Quadros em 1961, e parte importante do que motivou o golpe contra João Goulart, três anos mais tarde.
Certamente e não por mera coincidência, a Lava Jato enfraqueceu fortemente a Petrobras, como mencionado mais acima enquanto em nenhum outro país do mundo um agente do Estado age contra os interesses da nação, como o verde-e-amarelo Moro e sua gangue fazem. Além disso, o sistema brasileiro de "Justiça" é bem conhecido por ser tendencioso contra pobres, negros e esquerdistas em geral, ao mesmo tempo que blinda vergonhosamente os interesses da elite.
Quanto ao promotor-"gospel" Deltan Dallagnol (bem ao estilo excessivamente falso moralista "gospel", alias), este recebeu dinheiro nos últimos anos apresentar palestras a dois setores poupados pela investigação que condenou Lula da Silva: planos de saúde e bancos. Tanto o promotor-chefe de Lava Jato em Brasília, que pretende ser pastor, quanto o juizeco Moro, em Curitiba, que acreditava que se tornaria presidente logo, desconsideraram as acusações contra esses setores bilionários (no segundo caso, os bancos Bradesco, Itaú, Safra e BTG).
Sobre o recente trabalho de Greenwald, o Ministério Público manifestou-se contra a anulação da pena imposta a Lula.
"Primavera" Brasileira: Revolução Colorida que Muitos ainda Não Vêem
A Operação Lava Jato, tão precária quanto agressiva lawfare, faz parte de uma intervenção imperialista no Brasil, golpe suave com objetivos bem claros apoiado pelos oligarcas locais, velhos e envelhecidos catadores de migalhas de seus lords de Washington, diz-nos qualquer livro de História e as próprias evidências atuais com nossos suseranos tupiniquins avexando-se diante deles, esbanjando a antiga baixa auto-estima das classes dominantes brasileiras.
Brasil, junho de 2013. A presidente era, desde 2010, Dilma Rousseff com índice de aprovação de 57% à época do que seria considerado por muitos a "Primavera" tupiniquim. O Brasil, após oito anos de Lula na Presidência, antecessor de Dilma, era altamente respeitado em todo o mundo, como nunca antes. Internamente, a nação vivia o pleno emprego - como nunca antes, novamente: o desemprego era então de apenas 5,7%, um recorde histórico no Brasil que, desde o impedimento em 2016, nunca mais seria alcançado pelo contrario: os índices, que vinham subindo criticamente durante o segundo mandato de Rousseff (2015-2016), apenas despencariam ainda mais com seus sucessores, Temer (2016-2017) e agora Bolsonaro, que prometeram, em altissono com a grande midia, tirar logo o Brasil da crise com a derrocada de Dilma.
De repente, a popular "Primavera" tomou as ruas de todo o país. O motivo? Poucas pessoas podiam explicar por que estavam nas ruas protestando, furiosamente. "Contra tudo o que está aí" era a resposta mais comum aos jornalistas, em muitos casos depois de pensar em alguns segundos para falar poder alguma coisa, as pessoas estavam visivelmente confusas.
Três semanas após o início dos protestos, profundamente alimentados pela grande mídia e incitados também por Mark Zuckerberg do Facebook (!), sabidamente um laranja da CIA, a então presidente Dilma caiu aos 30% de aprovação. Inexplicável. Nada havia mudado no país para justificar tal queda livre. Da noite para o dia, a grande mídia local, logo seguida por The New York Times, incitou ainda mais protestos, enaltecendo ao "sagrado povo" (de cujas causas estes mesmos elitistas por excelência pouco ou nada haviam advogado, jamais antes), e demonizou a presidente Dilma. No caso particular da grande imprensa brasileira, passou-se a promover as Forças Armadas e a ditadura militar brasileira, ao mesmo tempo que demonizava a política.
Sobre o repentino interesse de Zuckerberg pelas massas nas ruas brasileiras, especialmente pelo que motivou isso tudo, os vinte centavos de aumento nas tarifas de onibus da cidade de Sao Paulo, observou o jornalista russo Nil Nikandrov em Who is Shaking Up Brazil and Why (Quem Agita o Brasil, e Por Quê - Papel da CIA, NSA, USAID nas manifestações no País vai sendo revelada), em Strategic Culture Foundation:
São bem conhecidos os laços que unem o início da carreira empresarial de Zuckerberg e a CIA. Os contatos foram muitos e sabe-se que a CIA financiou o início de seu negócio. Zuckerberg tem também contatos estreitos com a Agência de Segurança Nacional dos EUA, os quais não são segredo para ninguém. Difícil acreditar que Zuckerberg tenha-se envolvido por iniciativa sua nos protestos no Brasil (e ainda mais difícil, que tenha passado, repentinamente, a preocupar-se com o preço dos transportes públicos por lá).
A "Primavera" brasileira seguiu o mesmo padrão dos países que foram, em todo o mundo, vítimas de uma revolução colorida norte-americana, idealizada pelo estadunidense Gene Sharp. Milhoes de perfis falsos no Facebook incitavam as massas a irem as ruas. Estratégias de Tensão eram também observadas no país sul-americano, por meio de ataques de locais públicos por policiais a fim de justificar mais repressão por parte do Estado - este vídeo publicado pela Telesur é apenas um exemplo, entre muitos outros, da Estratégia realizada no Brasil à época.
Parte da mídia alternativa brasileira, timidamente e somente por algum tempo, alguns autores (como este repórter, desde os primeiros dias dos protestos) denunciaram que uma Revolução Colorida estava em curso. Era totalmente impopular relatar um fato como esse na época. E até hoje. Muitos outros na mídia não entendiam o que estava acontecendo de repente no país - os protestos maciços pegaram todos de surpresa. Os sociólogos não conseguiam explicar aquele "fenômeno".
Nikandrov comentou ainda, no contexto daqueles protestos:
Hoje, como se sabe, está operando no Brasil uma das maiores bases organizadas da CIA e da inteligência militar dos EUA, em todo o mundo. O coordenador político dessas operações no Brasil é o Embaixador Thomas Shannon. Pode-se tomar como fato absolutamente verdadeiro que o embaixador Shannon está ocupado em tempo integral com o "despertar o gigante sul-americano".
Os protestos de junho continuarão pelo mês de julho e, em grande medida, já começam a afetar a imagem que o Brasil oferecia ao mundo, de país bem-sucedido em seu projeto de desenvolvimento com orientação social.
Em outubro de 2014 haverá eleições presidenciais no Brasil; a atual presidenta Dilma Rousseff é candidata a um segundo mandato. Nesse contexto, qualquer ação para desestabilizar seu governo é apresentada como tentativa dos adversários políticos, com olhos nas eleições: "Estão nos testando".
Os protestos de junho continuarão pelo mês de julho e, em grande medida, já começam a afetar a imagem que o Brasil oferecia ao mundo, de país bem-sucedido em seu projeto de desenvolvimento com orientação social.
Em outubro de 2014 haverá eleições presidenciais no Brasil; a atual presidenta Dilma Rousseff é candidata a um segundo mandato. Nesse contexto, qualquer ação para desestabilizar seu governo é apresentada como tentativa dos adversários políticos, com olhos nas eleições: "Estão nos testando".
O cenário político e social brasileiro, claro, começou a mudar drasticamente, então. Ao mesmo tempo, Edward Snowden denunciou, na primeira semana de julho, que o Brasil foi o mais espionado do mundo pelos EUA em janeiro de 2013 e na última década, havia sido o mais espionado de toda a América Latina - especialmente a presidente Dilma e a Petrobras.
Esther Solano concorda que as denominadas Jornadas de 2013 foram um divisor de aguas na historia do Brasil, e observa a esta reportagem que foi exatamente em 2013 que a direita brasileira passou a se articular:
O PT que ja tinha dificuldade de governar, acabou perdendo a legitimidade. O PT perdeu as ruas e perdeu Brasilia
naquela epoca. Os bolsonaristas aglutinaram toda aquela insatisfação social, e articularam a crise politica.
naquela epoca. Os bolsonaristas aglutinaram toda aquela insatisfação social, e articularam a crise politica.
Dois anos depois, houve um forte boicote contra o governo Dilma pelo Congresso, secretamente liderado pelo então vice-presidente Michel Temer, que também liderou, falando sobre isso publicamente, o processo de impeachment contra o então presidente - uma vergonha total como o primeiro. mulher na presidência do Brasil não cometeu nenhum crime.
Temer foi revelado por WikiLeaks como o principal informante da CIA. Enquanto isso, movimentos obscuros como Vem pra Rua e Movimento Brasil Livre, evidentemente financiados e treinados pelos porões de Washington (algo detalhado anteriormente em Pravda Brasil) - este último, campeão nacional de divulgação notícias falsas, segundo estudos acadêmicos nacionais.
Depois veio o processo de impedimento da presidente Dilma, em 2016, uma aberração que atraiu negativamente a atenção de juristas, jornalistas, ativistas e intelectuais em geral em todo o mundo. Nenhuma palavra dada pelo regime de Washington, cuja "diplomata" no Brasil era ninguem menos que Lilian Ayalde, que serviu como embaixadora no vizinho Paraguai em 2012 quando o presidente progressista Fernando Lugo foi derrubado por um golpe parlamentar, muito parecido com o caso brasileiro. A investigação da Lava Jato atingiu seu pico na época.
A mídia alternativa, local e internacional, começou muito em breve a denunciar que um golpe estava em curso no Brasil, e não um processo de impedimento como a mídia tradicional e a oposição brasileira estavam afirmando. E que Temer não seria uma solução para as crises econômica e política como anunciado, que logo o País recuperaria o crescimento e a estabilidade - ao contrário, ele e sua gangue seriam venenosos para a fraca democracia do Brasil.
Logo após a posse de Temer, em 5 de outubro de 2016, a Câmara dos Deputados revogou a Lei 4567/16, que garantiu exclusividade para a Petrobras explorar petróleo bruto.
Em 14 de março de 2018, enquanto havia intervenção militar no Rio de Janeiro, a vereadora Marielle Franco que costumava denunciar a repressão do Estado aos pobres da cidade, foi assassinada em uma operação sofisticada. Pouco depois, a mídia alternativa em todo o país começou a denunciar que a a ativista e poltica carioca havia sido assassinada por forças do Estado - tese ridicularizada por políticos de direita (incluindo o então deputado pelo Rio, Jair Bolsonaro) e civis -, fato que acabou ficando evidente com o tempo - inclusive pelo desinteresse do proprio Estado em desvendar o crime, neste caso sem nenhuma sede de justiça como, raivosamente, manifesta em outros.
Todos esses "fenômenos" têm cooperado fundamentalmente com o discurso do ódio e com a eleição de um caráter muito medíocre e violento para a Presidência brasileira: Jair Bolsonaro, no ano passado. Advertido pela mídia alternativa em todo o mundo, o Brasil estaria longe de encontrar o caminho de volta com o capitão reformado na Presidência.
Questionado sobre um possível financiamento dos EUA para a campanha de Bolsonaro, John Kiriakou analisa:
Não acredito que houve uma operação maciça e cara para eleger Jair Bolsonaro. Mas os Estados Unidos nem sempre precisam de operações caras para influenciar os resultados. O Departamento de Estado, trabalhando com a CIA e outros, pode facilmente exercer um 'soft power' para manipular eleições estrangeiras de acordo com seus desejos.
Por exemplo, os Estados Unidos pressionaram as cortes brasileiras para manterem o presidente Lula preso? Os Estados Unidos apoiaram as forças brasileiras que tentaram destituir a presidente Rousseff? Qual foi a influência dos Estados Unidos sobre a mídia brasileira, para tornar a linha dos Estados Unidos conhecida, sem necessariamente estar vinculada publicamente aos Estados Unidos?
Por exemplo, os Estados Unidos pressionaram as cortes brasileiras para manterem o presidente Lula preso? Os Estados Unidos apoiaram as forças brasileiras que tentaram destituir a presidente Rousseff? Qual foi a influência dos Estados Unidos sobre a mídia brasileira, para tornar a linha dos Estados Unidos conhecida, sem necessariamente estar vinculada publicamente aos Estados Unidos?
Essas são questões nunca investigadas, nem solicitadas pela grande mídia brasileira - ela mesma também questionada por Kiriakou, na conversa com esta reportagem.
Recentemente, uma pesquisa no Brasil sobre o comportamento de Moro revelado por The Intercept apresentou um resultado assustador. Foi considerado inadequado por 33% dos entrevistados mas por 32%, não. No entanto, muito mais pessoas, 48%, consideraram que Moro e os promotores agiram corretamente, enquanto aqueles que pensam o contrário, corresponderam a 31%.
Certamente subproduto da grande mídia, que se negou a realizar o trabalho básico do jornalismo ao cobrir a Lava Jato - investigando, criticando, questionando, refletindo -, a posição da sociedade brasileira agora, em relação ao comportamento secreto de Moro, assusta Chomsky: "Chocante e deprimente", afirma o intelectual em conversa com Edu Montesanti.
O empresário corrupto Emilio Odebrecht disse, certa vez: "Tudo o que está acontecendo é um negócio institucionalizado. Toda a imprensa sabia que o que realmente estava acontecendo era isso. Por que eles estão fazendo isso agora? Por que não fizeram isso dez, vinte anos atrás? Este setor da imprensa sempre soube disso, mas agora vem com essa demagogia".
No Lixo da História
Enquanto no interior do País a elite brasileira busca com raiva, por todos os meios possíveis, defender seus privilégios, no exterior a vergonha é cada vez mais evidente. O quintal dos EUA, novamente. Heil, poodle Bolsonaro e chihuahua Moro!
"Simplesmente não consigo acreditar no que está acontecendo no Brasil. Vi clipes de Bolsonaro na conferência do G20, fazendo papel de bobo e constrangendo o Brasil", observa Chomsky para esta reportagem. "É difícil lembrar que, há uma década, o Brasil era um dos países mais respeitados do mundo".
A Lava Jato é a maior evidência do que está acontecendo no Brasil. Há muitos políticos progressistas, jornalistas e ativistas em geral sofrendo nas mãos de uma forte elite no poder, implacável guerra juridica pavimentando o caminho para o fascismo cujo palhaço estrelando, agora, chama-se Jair Bolsonaro aplaudido por obscuros grupos de manipulação em massa como a MBL, que controla milhões de cérebros lavados através do marketing, muitas mentiras e muito dinheiro não declarado. Tudo isso, subproduto da grande mídia.
O que está acontecendo no Brasil faz parte do plano de domínio regional e global dos EUA, através de um neofascismo generalizado.
O futuro preocupa Esther Solano. A intelectual espanhola aponta para o desgaste de Bolsonaro, que segundo ela não tem a governabilidade garantida. "Personagem muito drástico, tragicômico", afirma. A docente não acredita que o PT possa assumir uma oposição capaz de fazer frente a este avanço autoritário no Brasil, como consequencia incapaz de se apresentar como alternativa politica, "inclusive por problemas internos", avalia.
Este vazio pode ser preenchido por Doria, atraves de uma direita neoliberal na mesma linha, mas mais sofisticado, mais "vendavel" mundo afora, mais tratavel atraves do livre mercado, menos bruto, menos tosco [que Bolsonaro].
Infelizmente, a esperança de Chomsky de que aqueles com o poder de fato não consigam abafar os crimes de Lava Jato revelados por Greenwald, não deve se tornar realidade. Muito mais surpreendente do que a manipulação dos fatos neste caso por parte da mídia tradicional, é que milhões de indivíduos, em tempos de revolução da informação pela Internet, e mesmo antes disso, estando completamente cientes das características da mídia predominante - tais como Rede Globo, Radio Jovem Pan,Veja, O Estado de S. Paulo e outros lixos semelhantes - ainda formem opinião através dela, sendo tão facilmente ludibriados.
FUSÃO PPL-PCdoB
Orgia Política sem Limites
Como sempre contradizendo suas já pobres ideias, nanicaiada uma vez mais se evidencia tão golpista quanto as
oligarquias, contra quem esperneia. Sistema falido: em nome dos interesses políticos dão razão aos que, mal-
informados, votaram “contra tudo o que está aí” na podre política brasileira. Há saída ao País do carnaval?
Orgia Política sem Limites
Como sempre contradizendo suas já pobres ideias, nanicaiada uma vez mais se evidencia tão golpista quanto as
oligarquias, contra quem esperneia. Sistema falido: em nome dos interesses políticos dão razão aos que, mal-
informados, votaram “contra tudo o que está aí” na podre política brasileira. Há saída ao País do carnaval?
16 de novembro de 2018 / Publicado em Pravda Brasil
Nesta patética ressaca eleitoreira brasileira pós-berreiro de surdos, cuja raivosa arena de cobras venenosas acabou se transformando em mais um grande espetáculo da vergonha nacional para o mundo todo se assombrar ao mesmo tempo em que se tentava, a todo o custo em terras tupiniquins, vender uma falsa polarização direita-“esquerda” e em que a sociedade, no final e como sempre, foi a que mais perdeu – humilhou-se, apanhou e se literalmente se matou –, eis que descaradamente Partido Pátria Livre (PPL) e Partido Comunista do Brasil (PCdoB) anunciam desejo de se fundir.
O intuito é superar a cláusula de barreira, dispositivo que restringe ou impede a atuação parlamentar de um partido que não alcança 1,5% de votos em pelo menos nove estados. PCdoB consegue manter a estrutura partidária, direito à liderança no plenário e indicações para comissões na Câmara a partir do ano que vem.
Ora, vão se fundir!
Para quem ainda tinha alguma dúvida, também nanicos – e à “esquerda” – abrem mão da mínima vergonha na cara, sem nenhum constrangimento, e aplicam autogolpes como se nada tivesse acontecido: interesses político-partidarios, é claro, sempre imperam neste podre sistema político brasileiro, selvageria evidenciada na bem conhecida disputa pela vagabundagem de se conseguir, através da mediocridade, um orgíaco lugar ao sol dos holofotes públicos e dos privilégios, mamando nas tetas do Estado.
Eis a patologia do poder, em estagio desesperadamente avançado!
Nao é de se surpreender no caso do PCdoB, velho balcão oportunista que já não possui ideologia clara há muito tempo cujo partideco, desde a primeira vitória presidencial de Luiz Inácio em 2002, aliou-se caninamente ao PT.
Durante todos esses longos anos, o Partido “Comunista” do Brasil acobertou e participou dos maiores atentados ao Estado brasileiro, como por exemplo apoiando o leilão do petrolífero Campo de Libra em 2013. Exatamente o que motivou o... PPL (!) a abandonar apoio à aliança PT-PCdoB e demais bandos do (des)governo Dilma Rousseff.
Desde então o mais novo nanico da politicagem canalha brasileira, que teve como candidato presidencial nas últimas eleições o excelente João Goulart filho, passou a fazer ferrenha (e justa, revelando-se agora oportunista para manter o “script” tupiniquim) oposição “a tudo o que está aí” na política nacional, especialmente em relação à pitoresca alianca mencionada.
Pois o neonanico fundado em 2009 cuja liderança, que até ontem mergulhada em falso moralismo travava qualquer tentativa de diálogo sobre o atual cenário do País em nome da raivosa briga pelo poder (agora, mais claro que nunca tal fato), sentimento que se aflorava no ódio antipetista e ao irmao siamês do PT – exatamente o PCdoB – acabou sendo mais um partido “trabalhista” e “nacionalista” a dar toda a razão aos milhões de eleitores que, mal-informados, acabaram votando em protesto no dia 28 de outubro em favor do ignorante Jair Bolsonaro “contra tudo o que está aí” na politicagem brasileira mais baixa.
Liderança do PPL em geral, claramente por ódio antipetista e com uma dose de “dor de cotovelo”, certamente dadas as vaidades da politica bem conhecidas de todos nós, tem descartado a “hipótese” de se estar em curso no Brasil um golpe contra a democracia, nega influência externa sobre isso, e mais: diz que acredita na ridícula “faxina ética” do juizeco Segio Moro!
A aversão ao PT (outro partido que nao possui nada de diferente dos demais), pois, não continha nada mais que a mesma essência dos atuais donos do poder: muleta politiqueira.
Eis que o hiponanico aparece em cena agora, com o pires na mão em busca de crescimento pelo caminho mais fácil, como de praxe no Brasil.
Nenhuma novidade: a nanicaiada incluindo “esquerda” em geral revelando-se, quando o amargo caldo em busca do poder engrossa, seu caráter tão golpista quanto o dos gigantes com pés de barro que, da maneira mais intensa da história, arremeteu-lhe o bico nos fundilhos recentemente sob inércia generalizada desses politiqueiros profissionais que usam a sociedade como fantoche, quando e como bem entendem.
Vão se meter a criticar o povo, despolitizado (absolutamente correto)? Com que moral? Ou mesmo o sistema politico, como sempre fizeram? Ora, vão se fundir!
O Brasil precisa de reforma politica, e mais que isso: enterrar de vez essa moribunda democracia de fachada que atende pelo bonitinho nome de “representativa”, pela democracia participativa com todo o poder devidamente ao povo, conforme reza a Constituição Federal.
Pela qual apenas o povo trabalhador, unido, farto de ser enganado e explorado, e em espírito de revolução permanente pode alcançar.
Povo que, no final das contas, acaba humilhado, espancado e morto, pegando-se por nada enquanto esses canalhas, lambedores de botas, mexem os pauzinhos da politicagem descarada, em suas salas encarpetadas e com ares-condicionados, gozando de suas amantes morrendo de rir de quem lhes vota a cada quarto anos, moralmente “de quatro” como cãezinhos atrás de migalhas.
O povo precisa deixar de ser coadjuvante, para protagonizar a história deste falido País.
Em Terra de Abjeto Bolsonaro, Só Falta Corrupto Moro Ministro!
Vomitando diuturnamente falso moralismo entre uma e outra canalhice que sempre acaba vindo à tona, neste Estado putretato
em estágio avançado Bolsonaro, Moro, STF, Ministério da “Justiça” se merecem e há muito em comum entre eles – relação de
amor bandido extrapolando as fronteiras nacionais, sob o mais absoluto sigilo rebolam freneticamente diante de Tio Sam
Vomitando diuturnamente falso moralismo entre uma e outra canalhice que sempre acaba vindo à tona, neste Estado putretato
em estágio avançado Bolsonaro, Moro, STF, Ministério da “Justiça” se merecem e há muito em comum entre eles – relação de
amor bandido extrapolando as fronteiras nacionais, sob o mais absoluto sigilo rebolam freneticamente diante de Tio Sam
30 de outubro de 2018 / Publicado em Pravda Brasil
Era o que faltava para completar o grande elenco da corja nacional, com orelhas de ouro! Presidente “eleito” (à base de falsas notícias, excesso de truculência, ausente de todos os debates além da boa, velha e indispensável dose de imbecilzação midática) Jair Bolsonaro deseja que ninguém menos que Sergio Moro assuma o Ministério da “Justiça” tupiniquim, ou o Supremo Tribunal Federal.
Muito provavelmente, dado o contexto e pelo que conhecemos da politicagem brasileira mais baixa que esses cínicos personagens dizem combater, trata-se, no conceito da bandidagem usurpadora do poder, de “justa gratificação” a Moro pelos “serviços prestados” à campanha do milico, e à própria oligarquia nacional ao longo desses anos incluindo a promoção de Temer, político mais impopular da história do Brasil por justíssimas razões: afundou ainda mais o Brasil em corrupção e caos econômico, além de ter transformado o País em um nanico, justifcado motivo de chacotas internacionalmente.
Durante vésperas de Temer assumir o poder, pós-impedimento da presidente Dilma Rousseff, apenas um perfeito idiota poderia acreditar que o emedebista seria a solução – e houve milhões e milhões de perfeitos idiotas para isso, com os quais era, então, impossível tentar dialogar, alguém se lembra?
Na realidade, todos os elementos acima se merecem nesta farra através da qual o País tem sido entregue aos piores bandidos – amounts to the same thing para ser mais original, nao é, Moro?
O juizeco da moda, fundamentalmente promovido por uma grande mídia de caráter bem conhecido, tem arrancado indignação em juristas renomados de todo o mundo pelas descaradas arbitrariedades que comete – com tendências bastante claras.
Moro, envlovido no abafado escândalo de corrupção do Banestado (vídeos aqui e aqui), tem sido um dos agraciados por WikiLeaks ao estrelar em telegramas secretos enviados da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília ao Departamento de Estado em Washington, recebendo treinamento dos norte-americanos tanto no Brasil quanto em territorio estadunidense, com tudo pago evidentemente (o que é, no mínimo, muito anti-ético senao mesmo crime receber financiamento e orientação estrengeira para cargo público, tanto que nunca se soube desses cursinhos através do próprio envolvido nem de sua principal porta-voz, a canalhada da grande mídia).
Nas aulas de justiça made in USA, aparecem rasgando o verbo em elogios aos seus lords diversos outros juristas que compunham o Ministério da Justiça, Supremo Tribunal Federal, Ministério “Público” (MP), enfim, nos bastidores, toda a nossa digníssima “Justiça” soltando as frangas diante dos teachers.
Bolsonaro, militar da reserva que deixou a corporação pelas portas do fundo em 1988 após ter planejado explodir bombas na instituição, qualificada por ele de “a classe de vagabundos mais bem remunerada que existe no País” (exatamente os milicos sobre os quais se apoia hoje), tem como maior bandeira política seu nacionalismo do pau-oco – como sempre foi o dos milicos em geral na ditadura, hoje e sempre: prestou continência à bandeira dos Estados Unidos em visita à capital norte-americana de Washington, em outubro do ano passado.
O lema “O Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” de Bolsonaro, cópia da ordem do III Reich de Adolf Hitler que o pervertido presidente eleito (para usar um tom mais moderado, em respeito sobretudo aos leitores mais pudicos) diz admirar, e de um falso moralismo se tomado o contexto da vida política que apenas uma sociedade adomercida intelectualmente, distraída em profundo odio e discriminação, é incapaz de enxergar.
Longa vida de parlamentar que custou à Nação o patrimônio de mais de R$ 15 milhões do atual presidente eleito, em troca de duas propostas aprovada em 27 anos (!).
Um Supremo Tribunal Federal que, apenas para ficar no trágico exemplo mais recente, na pessoa do ministro Dias Toffoli afirmou recentemente que a derrubada do presidente João Goulart em 1964 nao foi, para ele, um golpe mas sim um movimento militar – desta maneira, legitimando tortura e assassinato extrajudiciais de milhares de pessoas inocentes, além do próprio atentado à Constituição (que o STF diz defender) utilizado para afastar Jango da Presidência.
Parece piada macabra – e é, é o Brasil de hoje. Essa gente vomitando diuturnamente falso moralismo, compondo um Estado putretado em estágio avançado.
MP doutrinado na mesma Estratégia de Seguranca Nacional dos Estados Unidos, nesta Republiqueta de Bananas prevalecendo desde os Anos de Chumbo dos milicos: o combate ao "inimigo interno" que, na pratica, nada mais é que a declarada guerra deste terrorista Estado semicolonial contra as oprimidas classes trabalhadoras, especialmente pobres e pretos.
Por fim, e enquanto troca-se seis por meia duzia em Brasilia: para quem não tira lições da história como, por exemplo, no caso mais contemporâneo de Temer ao assumir interinamente a Presidência em março de 2016 com discurso pacificador ridículo, nao se deve iludir com tom mais moderado do neonazista Bolsonaro em patético prounciamento na noite em que foi eleito, 28 de outubro.
A campanha e o que vem ocorrendo desde o início deste ano, foram apenas preliminares do que aguarda o Brasil.
Bolsolão, 'Justiça' Cafajeste e Complexo de Vira-Latas do PT
23 de outubro de 2018 / Publicado em Pravda Brasil e Global Research (Canadá)
Nesta selvagem campanha “eleitoral” promovida por Jair Bolsonaro – idiota preferido da casta dominante tupiniquim – o cafajeste sistema de “justiça” (pasmem!), tão usurpador do poder nacional quanto o sistema político, confirma a quem ainda tinha alguma dúvida que possui bem claras tendências, mesmas de sempre desde tempos de escravidão (como se esta tivesse terminado no País do Imponderável).
Se não bastassem as próprias evidências no contexto da grande palhaçada denominada Operação Lava Jato, patético espetáculo midiático condenado por especialistas em direito em todo o mundo que, internamente, causa estrago apenas na fachada do sistema enquanto se dedica, com mortal ódio, peculiar discriminação e afinco seletivo, a criminalizar o campo progressista brasileiro e terminar de arruinar a indústria nacional. Ao mesmo tempo, escancarando a porta do armário para a Besta Nazi-Fascista, que sempre rondou o Brasil.
Para coibir o Bolsolão e até mesmo, amparado na lei, cassar a candidatura “exótica” deste ser tosco que se recusa a participar de debates dedicando-se a ameaçar indiscriminadamente, e envolvendo-se em escândalos de abuso de poder econômico e difusão de noticias falsas do covarde Bolsonaro, onde está agora o ativismo anticorrupção representado pelo justiceiro tipo-exportação, arrogante e arbitrário Sergio Moro, repugnante lambedor de botas que consta na coleção WikiLeaks de telegramas secretos rebolando oculta, obediente e assanhadamente diante de seus tão admirados teachers?
Onde estão os carteis blindadores dos piores bandidos do Brasil, Tribunal Superior Eleitoral, Supremo Tribunal Federal, Ministério “Público” (pasmem!). e outros picadeiros falidos, expositores da maior vergonha nacional em nome da moral e da ordem?
O Brasil é famoso mundialmente por ser o amontoado de terras onde se predomina a máfia detentora do poder institucional, prostitutos do Estado de direito travestidos de gente decente em ternos, gravatas e os mais finos vestidos que apenas causam deslumbres nos mais ingênuos, capazes de tornar até traficantes de drogas “peixes pequenos”.
Onde está agora, ó Krishna, toda aquela “indignação”, esquizofrenia anticorrupção da grande mídia de imbecilização das massas e da própria sociedade excessivamente cínica, inerte, ignorante como poucas no globo, hipócrita em seu eternamente cômodo papel de fantoche como subproduto daquela, que esta mesma mergulhada em profundo falso moralismo acusa de manipuladora, na maior cara-de-pau?
Multidão atolada compulsivamente em uma moral e intelectualmente promíscua relação de amor dependente e ódio com os supra-sumos showmen e showwomen midiáticos, no fundo deslumbrada diante de quem apenas lhe perpetua o colonialismo cultural através da sutil imposição do cabresto da ausência de pensamento, fazendo-se pensar por ela.
Era tudo uma grande farsa! As oligarquias, incluindo os impiedosos barões da mídia de propaganda acompanhados de seus milhões de macacos de auditório esbanjando todos, uma vez mais na história deste falido país, sua velha e bem conhecida intolerância às diferencas.
Da Patota da 'Justiça' aos Vira-Latas do PT
Saindo do espectro dessa asquerosa patota da “Justiça” e seu bando de capachos e propagandistas – a canalhada da grande mídia –, certamente grande parte da tal de “esquerda” tupiniquim vestiu muito da carapuça acima. E o fez bem.
Em particular o Partido dos Trabalhadores, nisso tudo é mais culpado que vítima considerando os treze anos gozando dos deslumbres com o poder formando alianças mais espurias contra o que existe de pior – e contra os quais berra desesperado agora. Como se isso fosse democracia!
Treze anos, somados aos dois e meio desde que o PMDB de Temer (escolhido a dedo por Luiz Inácio) buscando desesperadamente por seu “grande” e único “projeto” de Brasil: vencer as eleições e retomar o poder. Bravo, PT! Não tomando exemplo nenhum da primeira queda, novamente caiu de bumbum nessa!
Nestes dois anos e meio desde que levou um previsível pé nos fundilhos por parte das oligarquias nacionais e internacionais, Luiz Inácio fez campanha em 2017 abraçado entusiasticamente com ele, o rei do agronegócio e da pilantragem mais descarada, emaranhado em casos de corrupção: Renan Calheiros – além de um dos mentores do golpe de Estado jurídico-parlamentar-midiático contra a “companheira” Dilma.
Aliás, sobre “companheiras” e “companheiros” lembremo-nos que o próprio José Dirceu, poucos anos após sua prisao pela Ação Penal 470 (Mensalão), qualificou Luiz Inácio e Dilma, exatamente, de “covardes”.
O PT também banalizou o jogo democrático, usou e abusou da politicagem mais baixa!
Em seus treze anos no poder nacional, apenas para resumir em um centésimo suas traquinagens – e chorem lágrimas de sangue por remorço, petistas! –, Luiz Inácio, quando gozava de enorme popularidade no poder desta Republiqueta de Bananas, vomitou filosofia barata exatamente aos milicos em contraposição aos vizinhos Uruguai, Argentina e Chile, que puniram seus gorilas: “Passado é pasado!”, ou seja, esqueçamos todos os crimes contra a humanidade da milicaiada golpista que até hoje chocam o mundo – inclusive pela impunidade dentro de casa. E “ai” de quem discordasse do, então, melhor amigo dos milicos!!
Mais adiante, em meados de 2013 a presidente Dilma não apenas perdeu a maior chance de chamar a sociedade em peso para si ao se manter omisamente calada diante dos clamores multitudinários por reforma política, como criou a profundamente reacionária Lei mentirosamente denominada Antiterrorismo, engodo que apenas serve para reprimir manifestações populares – algo que o PT e a democracia brasileira carecem fatalmente hoje – a fim de blindar os usurpadores do poder.
Abriu-se mão de reforma judiciária, midiática, enfim, novamente se optou por ficar ao lado das mesquinhas oligarquias.
O PT foi o governo que mais “investiu”, milhões e milhões de reais em tralhas historicamente golpistas como Rede Globo, Veja e outros lixos da imprensa comercial.
Não se precisava possuir diploma na área de Ciências Políticas para prever tragédias contra a democracia, em um futuro muito breve. E assim foi até o melancolico fim, com Haddad fazendo média com o pires na mão diante de ninguém menos que Eunicio de Oliveira! Até o fim, negaram realizar a urgente e honrosa mea culpa. Arrogância e demagogia no DNA, como diz Ciro Gomes.
Da mesma maneira que o bolsonarismo tende a ser mais agressivo que os 21 anos de ditadura militar, o PT novamente no poder, se vencesse estas eleições seria ainda mais dócil com o submundo da política, ou seja, governaria na posição em que Napoleão perdeu a guerra de maneira ainda mais orgíaca diante da oligarquía brasileira e d'alem mar, do que ocorreu em comparação aos treze anos em que esteve, arrogantemente, no poder.
O PT passou treze anos patrulhando soberanamente, de maneira nada democrática as críticas construtivas, atacando agressivamente os que advertiam que se daría com os burros do poder n'água com qualificações do tipo “esquerda radical”, acusava os critcos – sobretudo quando esas críticas tratavam da despolitização da sociedade brasileira – de sofrer do “complexo de vita-latas” tapando o sol da nossa fragilidade com a bem conhecida peneira da hipocrisia, dentre ataques muito mais graves.
Amarga ironia do destino: os petistas necessitam hoje, desesperadamente, deste setor tão atacado pelo partido quando gozava do poder – e das massas as quais não se preocupou em politizar. Em um beco sem saída, buscaram bem ao estilo cãezinhos vira-latas amparo em todos os setores políticos, a semelhança tambem dos caninos de rua, chutados para todo o lado.
Terminaram esquecidos, levados pela fría e cruel carrocinha da apatia, mais letal arma de destruição em massa – como em abril de 1964, doença saudada pelos donos do poder que mata o Brasil atualmente.
Por isso tudo, o PT é mais culpado que vítima neste cenário caótico. Tanto quanto a propria sociedade brasileira como um todo, em plena era da informação.
Triste, mas assim a fragilíssima democracia perdeu no Brasil.
BOLSONARO
Canalha de Estimação de uma Sociedade Doente
Canalha de Estimação de uma Sociedade Doente
"Os militares são a classe de vagabundos mais bem remunerada que existe no País", capitão sublevado do Exército,
Jair Bolsonaro, em 1987 quando planejava explodir bombas nas dependências de sua própria instituição
Jair Bolsonaro, em 1987 quando planejava explodir bombas nas dependências de sua própria instituição
Demagogo da vez não foge de debates por falta do que dizer como muitos afirmam, até porque clara patologia do poder do capitão nacional do falso moralismo manifesta-se através de sua principal adversária (ou aliada, considerando milhões de reducionistas por excelência que a aceitam): a fala e seus excessos. Presidenciável representante das tragicocircenses Forças Armadas tão corruptas quanto tudo o que condenam, foge das batalhas de ideias como o capeta da cruz porque sua campanha eleitoral, assim como a própria biografia militar e política, baseia-se em mentira e na mesma corrupção que tanto diz combater. O que sobra em verborragia, falta em estatura moral
Mal caráter profissional cujo excesso de incontinência verbal com indiscriminadas ameaças e agressões permeiam apenas mentalidades profundamente ignorantes, histéricas e discriminadoras. Frágeis alicerces, perfeito retrato do Brasil preponderante deixado pelos milicos em 1985, herança maldita muito além da terrível dívida externa. Mais um rato de esgoto da política nacional e, outrossim, covarde antes de tudo intelectualmente – ou “cagão”, como se diz na velha Laranjal Paulista sobre canalhas deste nível, a ponto de louvar “tio Adolf”. Documentado, pois: pares milicos consideram a vaca fardada contemporânea um CCCC – ou 4Cs: “Canalha, corno, contrabandista e covarde”. Quem somos nós para discordar desta “bela reputação” de Jair Bolsonaro, segundo os que melhor o conhecem?
"O conhecimento não só amplia como multiplica nossos desejos. Portanto, o bem-estar e a felicidade de todo Estado ou Reino requerem que o conhecimento dos trabalhadores pobres fique confinado dentro dos limites de suas ocupações, e jamais se estenda [...] além daquilo que se relaciona com sua missão.
"Quanto mais um pastor, um arador ou qualquer outro camponês souber sobre o mundo e o que lhe é alheio ao seu trabalho e emprego, menos capaz será de suportar as fadigas e as dificuldades de sua vida com alegria e contentamento", A Fábula das Abelhas: Vícios Privados, Benefícios Públicos, compêndio sobre filosofia moral de Bernard de Mandeville (1670-1733)
Mal caráter profissional cujo excesso de incontinência verbal com indiscriminadas ameaças e agressões permeiam apenas mentalidades profundamente ignorantes, histéricas e discriminadoras. Frágeis alicerces, perfeito retrato do Brasil preponderante deixado pelos milicos em 1985, herança maldita muito além da terrível dívida externa. Mais um rato de esgoto da política nacional e, outrossim, covarde antes de tudo intelectualmente – ou “cagão”, como se diz na velha Laranjal Paulista sobre canalhas deste nível, a ponto de louvar “tio Adolf”. Documentado, pois: pares milicos consideram a vaca fardada contemporânea um CCCC – ou 4Cs: “Canalha, corno, contrabandista e covarde”. Quem somos nós para discordar desta “bela reputação” de Jair Bolsonaro, segundo os que melhor o conhecem?
"O conhecimento não só amplia como multiplica nossos desejos. Portanto, o bem-estar e a felicidade de todo Estado ou Reino requerem que o conhecimento dos trabalhadores pobres fique confinado dentro dos limites de suas ocupações, e jamais se estenda [...] além daquilo que se relaciona com sua missão.
"Quanto mais um pastor, um arador ou qualquer outro camponês souber sobre o mundo e o que lhe é alheio ao seu trabalho e emprego, menos capaz será de suportar as fadigas e as dificuldades de sua vida com alegria e contentamento", A Fábula das Abelhas: Vícios Privados, Benefícios Públicos, compêndio sobre filosofia moral de Bernard de Mandeville (1670-1733)
15 de outubro de 2018 / Publicado em Pravda Brasil e Global Research (Canada)
Raso intelectualmente, violento nas palavras e nos atos cujo esfaqueamento sofrido em plena campanha presidencial (obviamente condenável) nada mais foi a tempestade colhida pelos agitados ventos que celebremente produz, o que de melhor sabe fazer. Afinal, na falta de argumento a ignorância usufrui da agressividade e da ofensa como modo de ataque, segundo palavras de Agni Shakti
Profunda ignorância refletida na completa falta de projeto para o Brasil, inclusive envolvendo sua farrapa bandeira, a seguranca pública que apenas engana os mais incautos: nada além da posse universal de armas, tortura e assassinato indiscriminados, institucionalizados e clandestinos de acordo com suas vontades e as de seus milhões de raivosos seguidores que, alegremente, aplaudem-no sedentos por preenchimento de um vazio que apenas produz o efeito reverso sobre tudo o que dizem combater.
Que esperar, pois, de um país pobre de alma, o que menos lê no mundo – a uma media de três linhas anualmente –, que ano a ano tira as piores notas internacionais em língua matter, na simples interpretação de textos, em matemática básica e nas ciências elementares? Normalmente, absolutamente nada; porem, conforme disse certa vez George Carlin, nunca se deve subestime o poder dos imbecis em grandes grupos.
Vaca Fardada de Estimação
“Quando ouço falar em cultura, logo pego meu revólver”, Joseph Goebbels, ministro de Propaganda de Adolf Hitler
“Quando ouço falar em cultura, logo pego meu revólver”, Joseph Goebbels, ministro de Propaganda de Adolf Hitler
Se não bastassem todas essas muito resumidas (e na medida do possivel, polidamente descritas) característas que marcam Jair Messias Bolsonaro dotado de rara psicopatia, a besta arreada de estimação das multidões que, em entrevista às figuras dos perfeitos idiotas do CQC disse que se alistaria ao Exército de Adolf Hitler (!) ao enaltecer “positivas qualidades” de “tio Adolf (seu bisavô foi soldado do nazista), recebeu neste domingo (14) através de video circulado na Internet apoio bastante proporcional de nada menos que Guilherme de Pádua (!), aquele ator da Rede Globo dos anos 90 que, no início daquela década, chocou o Brasil ao assassinar com a esposa a dezenas de tesouradas a colega da novela De Corpo e Alma, Daniela Perez sem que até hoje se saiba ao certo os motivos da profunda barbaridade (muito provavelmente, ciúme por parte da cônjuge).
Tal apoio, mais um emblema da inglória e paradoxalmente exitosa campanha presidencial, da carreira política e militar e, evidentemente, da própria biografia de Bolsonarinho, a “vaca fardada” preferida dos brasileiros no século XXI (como dizia de si mesmo o general Olympio Mourão Filho, figura central do golpe militar de 1964). Vergonhosamente para o Brasil mais uma vez, ao mesmo tempo que simplesmente Marie Le Pen (!), da extrema-direita da França, condenou Bolsonarinho: segundo a líder reacionária francesa, um radical que fala barbaridades, seguindo assim diversas manifestações recentes da direita mais radical da Europa contra este que lidera as pesquisas presidenciais brasileiras..
Desde o primeiro semestre de 2016, mais especificamente no patético circo parlamentar armado para a votação do impedimento da então presidente Dilma Rousseff que causou mescla de risos e espanto em todo o mundo, inacreditado com o que assistia (lembrando que, em sua votação pela cassação da Dilma, Bolsonarinho fez apologia da tortura para a alegria pobre de milhões de brazucas, adeptos do Pão e Circo com uma boa dose de terror sobre a vida alheia), o Brasil está atolado em um poço do qual não sai e afunda-se cada vez mais através da atual ratazana-em-chefe desse imundo esgoto, o miserável Michel Temer, asqueroso mais impopular da história político-mafiosa tupiniquim igualmente da preferência, a época, das classes média e alta mais ignorantes do planeta em mais um de seus inúmeros desservicos histericos a Nação, que de novo tapava histericamente seus já moribundos ouvidos a todas as advertências que apontavam ao que daria o Brasil, em um breve futuro.
Nas mãos dessa gente, de trágica imbecilidade à trágica imbecilidade anda este País que glorifica a estupidez. Um bando de fantoches da grande imprensa, esta marionete das oligarquias nacionais (especialmente agronegócio, banqueiros, indústria armamentista e farmacêutica, além das milionárias e algumas até bilionárias empresas gospel-religiosas que arrastam consigo milhões e milhões de fieis adoradores da mais primitiva mediocridade, negócio religioso que depende fundamentalmente de mentalidades reduzidas e cheias de fobias para sobreviver, tanto quanto do lucro financeiro) e internacional.
Bolsonaro segundo Colegas Milicos: “Canalha, Corno, Contrabandista e Covarde”
"Você não deve se acovardar nas ações, porque o remorso da consciência é indecente", Nietzsche
"Você não deve se acovardar nas ações, porque o remorso da consciência é indecente", Nietzsche
No ultimo dia 6, o sitio Diário do Centro do Mundo (DCM) publicou dossier contendo informações do alto-comando do Exército desde o julgamento do capitao Jair Bolsonaro nos anos 80, até o início da vida parlamentar, na década seguinte.
Antes de se passar por algumas dessas informações, favor retirar a família da sala: nada pro-família, em nada pró-vida, nada pró-religião, nada pró-bons costumes desde o primeiro casamento do dito-cujo, segundo o relatorio militar. Como, aliás, em nada pró-vida, nem pró-religião, nem pró-liberdade em sua essência nem sequer superficialmente, até os dias de hoje. Mais um grave engodo à brasileira, assombrando o planeta.
A investigação militar sobre Bolsonaro, que no início dos anos 90 repercutiu no jornal carioca Tribuna da Imprensa, incluiu “relatos da jornalista Cássia Maria Rodrigues, atuando então na revista Veja, que disse ter sido ameaçada de morte por Jair Bolsonaro”, de acordo com o documento sobre o qual teve acesso o DCM.
Determinado trecho sobre Bolsonaro colocado na parede, dizia:
Ao invés de fazer croqui de bombas [Bolsonaro preparava atentados à bomba para promover sua campanha por aumentos de salários], escreva quantas vezes você foi ao Paraguai trazer muamba. Conte sobre os seus problemas no Mato Grosso [fronteira com Paraguai].
Para em seguida qualificar o atual presidenciavel de “mercenario, corno e contrabandista. Sobre a segunda antivirtude, o DCM elegantemente preferiu nao discorrer:
Também há menções ofensivas a Rogéria Nantes Braga, então esposa de Bolsonaro. O militar autor da carta, fazia acusações de cunho pessoal à Rogéria, que a reportagem preferiu não publicar por não trazer conteúdo de interesse público. Mas não fizeram assim os colegas e comandantes de Bolsonaro que pregaram a carta na parede do quartel.
Rogéria é mãe dos três filhos mais velhos do capitão reformado e foi eleita vereadora do Rio sob influência do marido em 1992. Depois, se separaram, e Bolsonaro disse que foi porque ela não o estava mais consultando antes de decidir seus votos e outras ações na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Outro milico, o então chefe do Estado Maior das Forças Armadas em 1991, general Jonas de Morais Correia Neto, chama-o, ele mesmo, Jair Bolsonaro, de “embusteiro, intrigante e covarde”, por “inventar e deturpar visando aos interesses pessoais e da política”, o que também virou reportagem na Tribuna da Imprensa à época.
Em outubro daquele mesmo ano, quando Bolsonaro já era deputado federal então pelo PDC-RJ (Partido Democrata Cristão), suas frequentes visitas ao antigo emprego, para fazer propaganda política e angariar votos, contrariaram de tal maneira seus ex-comandantes que estes proibiram a entrada de Jair Bolsonaro nos quartéis do Rio de Janeiro. É que, de acordo com o Comando de Operações Terrestres (Coter) do Exército Brasileiro, Jair Bolsonaro estava insuflando a revolta na tropa”, observou o DCM.
A conclusão do relatório aponta que Bolsonaro passou a atuar na esfera dos militares sem “representatividade” ou “delegação” para tanto, questionando e acusando autoridades “de forma descabida” e contrariando as regras de hierarquia e ordem das Forças Armadas.
Deve-se lembrar, contudo, que as próprias Forças Armadas que condenaram Bolsonaro, as mesmas sobre as quais este oportunista (para dizer o mínimo) se apoia e diz seguir em termos disciplinares e morais, encontra-se hoje assim como nos 21 anos de ditadura, longe, muito longe de ser exemplo de retidão e patriotismo: entreguistas desavergonhadas, camufladas em profundo cinismo sobre forte apelo moralista, foram recentemente acusadas pelo Ministério Público (sob silencio ensudercedor da grande imprensa) de ter desviado nada menos que R$ 191 milhões – o que acabou terminando, como sempre quando tal instituição está em questão – em pizza tanto quanto quando suas aliadas politicas estão envolvidas.
Para que nao reste duvidas, o capitão sublevado do Exército, Jair Bolsonaro, afirmou em off a jornalista Cassia Maria em 1987, quando planejava explodir as tais bombas em protesto aos altos escaloes das Forvas Armadas: "Os militares são a classe de vagabundos mais bem remunerada que existe no País".
Corrupção Patológica
"Não há nada mais adoecedor e imbecilizador, que o perpétuo aprendiz de um ensino que não produz efeitos práticos em sua vida",
Caio Fábio (psicanalista)
Caio Fábio (psicanalista)
Antes disso, veio a tona na midia a meteorica multiplicacao do patrimonio de Bolsonaro: em sete mandatos como deputado federal, o capitao da reserva que em 1988, ano em que ingressou a politica, declarava possuir um Fiat Panorama, uma moto e um pequeno terreno em Resende (RJ) no valor de pouco mais de R$ 10 mil corrigidos.
A casa em que Bolsonaro vive, na Barra da Tijuca adquirida com preco bem abaixo do valor de mercado que misteriosamente gerou prejuizo a sua antiga proprietaria, apresenta "serios indicios" de terem sido adquiridas atraves de operacao que envolveu lavagem de dinheiro, segundo o Coaf (Ministerio da Fazenda), e o Conselho Federal dos Corretores de Imoveis (Cofeci).
Enquanto em 2008 Bolsonaro deu um grande salto declarando R$ 1 milhao, hoje em dia o presidenciavel que tem apenas a politica como profissao, junto dos tres filhos - tambem politicos - e dono de imoveis no Rio na cifra de R$ 15 milhoes, alem de carros, um jet ski e aplicacoes financeiras que chegando a R$ 1,7 milhao.
O atual candidato a presidente pelo PSL nunca respondeu a questionamentos da imprensa sobre estes fatos, e dois de seus filhos, Flavio e Carlos, responderam alguma vez de maneira muito vaga, sem nenhuma objetividade.
Ja dizia François de la Rochefoucauld (1613-1680): "A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude". Contudo, no final, até Bolsonaro acaba acima do bem e do mal e, ainda mais desgracadamente para o Brasil: como o mocinho pateticamente salvador de uma pátria em vertiginoso naufrágio – e vai daí, para muito pior.
Covardia como Maior Aliada da Ignorância
"A burrice goza de um imenso poder de inércia", Barbara Tuchman
"A burrice goza de um imenso poder de inércia", Barbara Tuchman
Diante disso tudo (ainda muito pouco sobre Bolsonarinho), alguém ainda pode alegar que o “valentão” da politica nacional recusa-se a comparecer a debates por simplesmente não ter o que dizer? Os próprios milicos, que o conhecem muito melhor que qualquer um de nós, tratou de antecipar o que melancolicamente assistimos hoje, no momento mais delicado, pelo menos, dos últimos 34 anos: ausenta-se da batalha de ideias por ser um covarde, antes de mais nada intelectualmente. Não há a menor estatura moral. Ou como dizemos em minha velha Laranjal Paulista, em situações desta natureza: cagão!
O estágio da ignorância e da crise moral chegou a um nível tao agudo no Patropi, que até fugir do debate e liderar pesquisas para a Presidência da Republica, tornou-se normal - em nome da moral!
Em epítome, diz o filosófo que cada povo tem o governo que merece. Será?
Salve-se quem puder!
“Justiça” Tupiniquim Irregeneravelmente Apodrecida: Base Empírica
Ministro terrorista Dias Toffoli, que em qualquer país democrático do mundo estaria no mínimo destituído do Supremo Tribunal
Federal por apologia à ditadura militar (e isto é empírico), alega não haver base empírica sobre descrédito de sua instituição
perante a sociedade brasileira, o que é mentira. Há, igualmente, empirismo de sobra comprovando a indecência predominante
no blindado sistema “judiciário” tupiniquim e periféricos tal como Ministério “Público” – se não bastassem as próprias palavras
de Toffolii colaborando para se evitar prestação de contas sobre os anos de autoritarismo no Brasil, e o alto grau de cooperação
entre Judiciário, especialmente o próprio STF do analfabeto jurídico e político em questão, e os militares que, impunemente,
cometeram crimes de lesa-humanidade por 21 anos no País. “Festa” da “democracia” brasileira em naufrágio irreversível?
Federal por apologia à ditadura militar (e isto é empírico), alega não haver base empírica sobre descrédito de sua instituição
perante a sociedade brasileira, o que é mentira. Há, igualmente, empirismo de sobra comprovando a indecência predominante
no blindado sistema “judiciário” tupiniquim e periféricos tal como Ministério “Público” – se não bastassem as próprias palavras
de Toffolii colaborando para se evitar prestação de contas sobre os anos de autoritarismo no Brasil, e o alto grau de cooperação
entre Judiciário, especialmente o próprio STF do analfabeto jurídico e político em questão, e os militares que, impunemente,
cometeram crimes de lesa-humanidade por 21 anos no País. “Festa” da “democracia” brasileira em naufrágio irreversível?
“Não me convidaram pra essa festa pobre, que os homens armaram pra me
convencer a pagar sem ver toda essa droga, que já vem malhada antes de eu nascer.
“Não me ofereceram nenhum cigarro, fiquei na porta estacionando os carros.
“Não me elegeram chefe de nada, o meu cartão de crédito é uma navalha.
“Brasil, mostra a tua cara! Quero ver quem paga pra gente ficar assim!
“Brasil, qual é teu negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim...” Cazuza
convencer a pagar sem ver toda essa droga, que já vem malhada antes de eu nascer.
“Não me ofereceram nenhum cigarro, fiquei na porta estacionando os carros.
“Não me elegeram chefe de nada, o meu cartão de crédito é uma navalha.
“Brasil, mostra a tua cara! Quero ver quem paga pra gente ficar assim!
“Brasil, qual é teu negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim...” Cazuza
10 de outubro de 2018 / Publicado em Pravda Brasil
No início deste mês, ao mesmo tempo que o caricato presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro José Antonio Dias Toffoli, apresentava mais uma evidência da essência autoritária, corrupta, manipulatória, elitista, profundamente ignorante e golpista do Poder “Judiciário” (pasmem!) – e evidência de que os privilégios do poder repousam sobre os medíocres - ao dizer, sem o menor constrangimento, que nos dias de hoje qualifica o golpe civil-militar de 1964 de “movimento de 1964”, o dito-cujo ainda alegou sem ruborizar que não há “base empírica” para o abalo da confiabilidade do monocrático STF perante a sociedade brasileira, quando questionado em palestra na Universidade de São Paulo (USP) sobre os 30 anos da Constituição de 1988. Existe estudo neste sentido, sim, corroborando o questionamento ao “desinformado” (será?) juizeco sobre falta de confiança do brasileiro na “Justiça” e no Ministério “Público” (pasmem!), o que será abordado mais adiante.
A nova classificação de Toffoli para o golpe dos milicos, algo nada mais que “movimento” como se fosse parte natural, legal e até saudável da nossa história, não se deu sem gerar protestos subsequentes, a começar no meio acadêmico. A grande mídia, obviamente, não deu muita importância ao que, em qualquer país civilizado, seria um escândalo a gerar medidas judiciais: ela mesma, promotora do golpe de 64 e, em enorme medida, dos 21 sangrentos anos que o seguiram. Falando um pouco de hipocrisia, no que a mídia comercial reina soberana, imaginemos por um instante se a palrada oficial tivesse partido de membro de governo ou do Poder Judiciário de algum país latino-americano em que predomina a esquerda do espectro político, como comportaria essa mesma mídia "democrática". Pois é, né?
Antes de apresentar números com bases empiricas para todo o gosto sobre o enorme descrédito da sociedade em relação aos blindados sistema “judiciário” e Ministério “Público”, e de discorrer sobre uma ínfima parte da interminável lista que compõe a vergonhosa base empírica de um sistema de “justiça” e seus periféricos completamente apodrecidos por dentro, o primeiro ponto proposto por Toffoli sobre golpe dos milicos há mais de 54 anos vale ser brevemente observado, inclusive porque diz muito sobre a “credibilidade” desta maldita casta tupiniquim: os verdadeiros donos de um poder canalha a serviço das oligarquias nacionais, todos catadores de migalhas, lambedores das sanguinolentas botas de Tio Sam – isto também possui base irrefutavelmente empírica a ser exibida a seguir, dando a palavra a estes próprios patéticos fantoches do pior obscurantismo internacional para que confirmem este fato, através de telegramas secretos liberados por WikiLeaks.
Analfabetismo Jurídico e Político
“Nossa Constituição é uma brilhante fachada, por trás da qual se abre um enorme terreno baldio”, Fábio Konder Comparato, jurista
Em primeiro lugar, ao contrário do que mais este melancólico representante da mais alta instância do Poder “Judiciário” brasileiro – que, aliás, não apenas ajudou a promover o golpe em questão junto da grande imprensa, do alto empresariado e do regime de Washington, como também colaborou fundamentalmente com a ditadura nas milhares de torturas e assassinatos de inocentes, crimes de lesa-humanidade condenados até hoje por todos os organismos internacionais a começar pela Organização dos Estados Americanos (OEA) –, o presidente (eleito) João Goulart detinha ampla popularidade em todo o País até às vesperas de sua destituição, em 1 de abril de 1964: de acordo com o Ibope, em 26 de março metade dos eleitores em oito capitais estaduais reelegeriam o então presidente; na cidade de São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil, as medidas recentemente anunciadas por ”Jango”, que tanto irritaram as elites nacionais e internacionais e levaram a sua derrocada, eram aprovadas por nada menos que 64% da sociedade – encampação das refinarias de petróleo, desapropriação das terras às margens de açudes, ferrovias e rodovias federais, e tabelamento de alugueis. Os grandes meios de desinformação em massa nunca revelaram tais pesquisas – e “lords” do bem-dizer de hoje, incluindo cafajestes de toga, ignoram tal fato.
O presidente do STF, para a palrada da vez, justificou-se no historiador Daniel Aarão Reis, quem corrigiu a ignorância da alteza em entrevista à Carta Capital: “Ele [Toffoli] cometeu um equívoco. Deveria ter citado outra estudiosa do assunto”, afirmando que é impróprio utilizar o termo movimiento ao invés de golpe, assim como igualar "os que lutavam por justiça social com os que queriam eternizar a injustiça social."
Pois não é que, além de analfabetos jurídicos que andam escandalizando o mundo pela profunda inaptidão na área, esses velhos e envelhecidos vendedores de sentenças que não enganam nem os mais ingênuos são, igualmente, analfabetos políticos? Desgraça pouca é sempre uma grande bobagem no Brasil, especialmente quando as classes dominantes histéricas, devastadoras e ignorantes como nenhuma outra no mundo, estão envolvidas.
Além do mais, e para resumir mais esta terrorista ópera à brasileira (e à direita), o “movimento” que o bibelot de turno se refere feriu gravemente, como nunca na história deste falido país, as leis que este mesmo bofe diz defender. E certamente não haveria momento mais inoportuno para o terrorista de direita em questão, que atende por presidente do mais alto grau da “justiça” tupiniquim, prestar outro grande desservico à Nação – em pleno processo eleitoral, encontra-se no mais acentuado ponto de efervescência o clima de ódio e violência que estes mesmos setores promovem, impunimente de longa-data. Tempos em que altos escalões militares ameaçam novo golpe, livre e impunemente!
Além disso, as cacarejadas do ministro justiceiro cooperam para se enterrar de vez qualquer chance de prestação de contas por parte dos sanguinários milicos sobre o terrorismo de Estado que praticaram por mais de duas décadas no Brasil.
Tropeçante ou Politiqueiro: Terroristas de Toga e Novo Golpe em Marcha
“A pior ditadura é a do Poder Judiciário; contra ela, não há a quem recorrer”, Rui Barbosa
Terá essa blasfêmia criminosa de Toffoli, condenada por historiadores, juristas e estudantes, sido um “mero tropeco” de “Vossa Alteza” (sic), ou possui objetivos politicos “mais profundos”, ou seja, uma (mais uma) baforada de gasolina sobre a fogueira eleitoreira tupiniquim (Bolsonaro e Mourão certamente agradecem), ou mesmo uma tentativa de atualizar o alto grau de cooperação entre Judiciário, especialmente o próprio STF de Toffoli, e militares durante a ditadura?
Não deve haver nenhuma dúvida, isto sim, de que lado está o sistema de “justiça” brasileiro em geral, e seus derivados cujos componentes é impossivel, a um mero mortal, serem pensados como servidores públicos (tal consideracão, uma ofensa a esta casta). Seres que habitualmente batem no peito e levantam a crista para cantarolar que ninguém no Pais está acima da lei, manjado blá-blá-blá enquanto eles mesmos vivem absoluta e descaradamente acima da lei com seus descendentes, não raras vezes mimados jovens criminosos, estupradores e assassinos hediondos, levando consigo neste sistema da patologia do poder, é claro, as oligarquias nacionais e gringos endinheirados.
E Dias Toffoli, mais um terrorista de toga se considerarmos as leis nacionais e internacionais, em qualquer país do mundo minimamente democrático – vizinhos Uruguai e Argentina ou Chile, apenas para citar alguns exemplos –, ao menos seria prontamente destituído do cargo por tentar minimizar já fazendo apologia do terrorismo de Estado, que por 21 anos espalhou-se impunemente pelo Brasil a partir de abril de 1964.
Está em marcha hoje, gradualmente sendo implantado como rezam as cartilhas da Escola Superior de Guerra no País, eis aí, Brasil do “deixa a vida me levar”, mais um exemplo agonizantemente vivo da omissão covarde estampada na amarga arte da impunidade, decorrente também – e sobretudo – de se recusar a recontar sua história com justiça, que deveria ser feita punindo, igual e ironicamente, muitos de nossos “juristas” e “promotores”.Ja dizia a jornalista norte-americana Dorothy Thompson (1893-1961): “"Quando a liberdade é retirada à força, pode ser restaurada à força; se renunciada voluntariamente, pela omissão, jamais poderá ser recuperada”. Algo a ver a realidade brasileira dos últimos 55 anos?
Brasil Não Confia na “Justiça” nem no Ministério “Público”: Base Empírica
“Leis são como salsichas: é melhor não saber como são feitas”, Otto von Bismarck
A atual midiatização e os ataques de histeria justiceira dos imperadores do Poder “Judiciário” e Ministério “Público”, contudo, não tem sido capaz de melhorar e nem de sequer manter a já arranhada imagem de seus componentes que, em grande medida, primam pela arrogância, intolerância ao nivel exato da ineficiência, tudo isso bem ao estilo milico-brucutu de mandar e desmandar, que contribuiu decisivamente para trazer o Brasil a esta situação que hoje se encontra.
Em 2017, houve uma queda na confiança da população no “Judiciário” e no Ministério “Público” de acordo com a edição de 2017 do Índice de Confiança na “Justiça”, da Fundação Getulio Vargas. Em 2016, o Ministério “Público” havia sido citado como "confiável" por 44% da população para, no ano seguinte, o número cair para 28%; enquanto 30% dos entrevistados pela GV diziam confiar na “Justiça” em 2016, apenas 24% disseram o mesmo entre maio e junho de 2017, quando o levantamento foi feito.
Sistema de “Justica” Apodrecido por Dentro: Base Empírica
“Aos amigos, tudo; aos indiferentes, a lei; aos inimigos, todo o rigor da lei”, vezo popular (com base empírica)
Por um lado o ministro policialesco mostra-se (nenhuma novidade no Brasil) incapaz de respeitar sequer a memória de vítimas e seus familiares da ditadura, por outro desconversa quando questionado sobre tão inegável quanto vertiginoso decrédito do Poder “Judiciário” tupiniquim entre a sociedade brasileira alegando ausência de base empírica para se fazer tal afirmação.
Pois se ao cabeção do STF não interessa o que as pessoas dizem no dia a dia (ao que tudo indica, Toffoli não dialoga com o povo além de ignorar diversas pesquisas, atuais e de anos anteriores), há no entanto, a que pesem jogos de palavras e oficiais saídas pela tangente, vastíssima base empírica que comprova não somente a essência podre do STF e do sistema “judiciário” – único, considerando as principais democracias do mundo, onde ao juiz se permite orientar delação premiada contra um réu, instruir processo e julgá-lo, como Sergio Moro fez com Lula –, e derivados, como MInistério “Público”, “Corregedorias” e Polícia “Judiciária” (dentro desse sistema nem poderia ser diferente: tais órgaos não teriam como ficar de fora da “festa”... da “democracia” representativa).
Causa de grande parte dos excessos mencionados a seguir, o “Judiciário”, tupiniquim, cujas cúpulas (incluindo ministros) não são escolhidas pelo voto, segue estruturado sobre ato normatizado à época da ditadura hoje louvada sutilmente por Toffoli, exatamente a Lei Orgânica da Magistratura Nacional aprovada em 1979, que traz consigo diversos dispositivos autoritários.
Se não são mais indecentes em comparação à enraizada corrupção do sistema político nacional (e pode ser que sejam piores), possuem, sem lugar a dúvidas, o maior potencial corruptor pela posição e “independência” que gozam (em seu sentido mais amplo). Um “Judiciário” distante da sociedade e sem capacidade de defender direitos coletivos, especialmente das classes mais desfavorecidas e etnias historicamente discriminadas.
Enquanto exatamente o Estado brasileiro é o maior violador de direitos fundamentais do ser humano, o sistema de “Justiça” é seu maior cúmplice – tal e qual nos tempos de ditadura. Sistema ao qual aproximadamente apenas 30% da sociedade tem acesso, o “Judiciário” possui arraigado caráter de classe, é racista e preconceituoso. Via de regra, descumpre a lei. Historicamente, pouquíssimos negros e mulheres compõem suas brancas, machistas e elitistas fileiras.
Em 2017, dos 726 de presidiários 292 mil cumpriam pena provisória, ou seja, chegou a haver naquele ano nada menos que 40% de presos preventivamente sido condenados segundo dados do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (Infopen); nos estados brasileiros, os presos provisórios variavam, então, entre 15% a absurdos 82%. No mesmo ano, pesquisa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) revelou excesso e uso indevido de prisões provisórias. Excesso que diz respeito à lentidão bem conhecida da “Justiça” brasileira, e também à corrupção e discriminação que a marca.
A imensa maioria desses detentos, incluindo os condenados, encontravam-se detidos por crimes considerados leves, tais como furto, roubo e tráfico de drogas. Diante disso, como revelou o professor e pesquisador Carlos Eduardo Martins à repórter Fania Rodrigues da revista Caros Amigos para a edição especial Judiciário no Banco dos Reus (2014): para quarto presos, três estão condicionados à situação de escassez, revelando maior rigor da “Justiça” quando há implicacoes sociais e raciais entre os condenados. Outro grave fator: em muitos casos, quando o juiz sentencia a pena, esta acaba sendo inferior ao tempo da própria detenção preventiva.
Em contraposição a todo esse rigor judicial, chega perto de zero a punição a crimes cometidos por policiais que atinge em cheio pobres e pretos inocentes – especialmente nos chamados autos de resistência, criados exatamente nos anos da ditadura.
Enquanto, no final de 2017, a Organização das Nações Unidas (ONU) advertia que a população negra é a mais afetada pela desigualdade e pela violência no Brasil, o Infopen emitia mais um estudo: dos 622 mil brasileiros privados de liberdade à época, 61,6% eram pretos e pardos, que correspondem a 53,63% da população brasileira. Outra revelação (lamentavelmente, nada novo) da pesquisa do órgão: 75% dos encarcerados têm até o ensino fundamental completo, um indicador de baixa renda.
No outro extremo da pesada mão dos promotores de um perpétuo Estado de exceção, cometem crimes livremente os grileiros – parlamentares e grandes latifundiários – que expandem o agronegócio, desmatam e terminam de dizimar os povos originários; um total de R$ 500 bilhões (22,3% do total arrecadado) são sonegados anualmente no Brasil, na imensa maioria dos casos impunemente, de acordo com dados do Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional, duas vezes e meia maior que o valor anual desviado por corrupção (R$ 200 bilhões), sendo que os maiores sonegadores são grandes empresários; segundo o Banco Mundial, a evasão illegal de divisas do Brasil varia anualmente entre R$ 25 e R$ 30 bilhões, sem constar nas manchetes de jornais; 42,4% da riqueza brasileira vai anualmente parar nas ociosas mãos do setor financeiro, diante da migalha social de cerca de 4% para o setor da saúde, 3% para a educação e mísero 1% (!) ao Bolsa Família que tanta raiva gera nas esquizofrênicas classes dominantes (e classes médias que nada sabem, manipuladas por aquelas).
Abaixo, tradução de trecho de um dos telegramas secretos liberados por WikiLeaks, emitidos pela “Embaixada” (centro de espionagem) do regime de Washington em Brasília revelando profundo grau anti- é tico de juízes e promotores de “Justiça” brasileiros, e uma declarada subserviência diante de seus super-herois, os padrinhos norte-americanos em conferências nunca reveladas por nenhum desses juízes e promotores – que incluiu viagens aos Estados Unidos, com tudo pago, evidentemente. Sempre presente, ele, o juíz Sergio Moro. O cabo abaixo foi emitido em 30 de outubro de 2009:
“A conferência de uma semana foi elogiada através de avaliações escritas por parte dos participantes, com muitos pedindo mais treinamento incluindo um específico sobre combate ao terrorismo.”
Com um importante detalhe: terrorismo, criado e usado atualmente pelos Estados Unidos para espalhar bases militares por todo o mundo e pilhar riquezas nacionais, não é um problema brasileiro, muito longe disso. Porém, o próprio Ministério “Público” é ainda pautado pela Lei de Segurança Nacional da ditadura miltar (sob influência também de Washington), com foco no esquizofrênico “inimigo interno” dos milicos, e em jogar individuos à cadeia. Eis o Império agonizante e suas caninamente fieis clases dominantes locais, buscando desesperadamente inimigos a combater a fim de justificar o autoritarismo que lhes facilita exploração e dominação. Continuando o festival do entreguismo, inclusive moral e intelectual:
“Os participantes, sem exceção, elogiaram o fato de o treinamento ter sido multijurisdicional, prático e incluido demonstrações reais (por exemplo, como preparar uma testemunha, e o exame direto das testemunhas). O próximo treinamento deverá se basear em áreas como forças-tarefa ilícitas das finanças, que podem ser a melhor maneira de combater o terrorismo no Brasil.”
Tudo isso, um sistema “Judiciário” e periféricos desmorazlizados, comprometidos com o direito penal (contra os mais desfavorecidos) contudo em nada com direito social e defesa da dignidade humana, explica muito bem por quê o golpe militar e todas as suas sangrentas arbitrariedades, para Toffoli e demais usurpadores do poder, nada mais significaram que um simples “movimento” para quem deveria ser guiado pelos valores que incluem defesa dos direitos fundamentais e da defesa da Constituição
FARSA E TRAGÉDIA
Casas Gospel Apoiam Bolsonaro, que Fere Direitos Fundamentais do Ser Humano
É o que melhor sabem fazer: enfiar a cruz de Cristo no bucho alheio; contudo, em país onde há gente que se respeita lembra-se o quanto, um apoiado exatamente no outro do início ao fim do regime militar, entre 1964 e 1985 atacaram furiosamente centros de cultura e educação, perseguiram, torturaram e assassinaram cruelmente estudantes, padres católicos, trabalhadores, mães denunciantes, e os seus mesmos para "queima de arquivo" (o cocainado, constantemente bêbado e envolvido com amante, delegado Fleury, foi um deles). Eles não prestam! Em nome da liberdade, dos bons costumes, dos valores da família, de Deus, estão de volta – a história vai se repetir? Como farsa ou tragédia?
Se (para eles) não é papel do professor questionar assuntos poíiticos em sala de aula, nem colocar sua posição diante dos alunos, (por que) é então papel de pastor, bispa, apostólo e coisa que o valha, travestido de democrata liberal impor sutilmente, valendo-se da posição de voz oficial dos Ceus, em quem seus incautos fantoches devem votar? Por que devemos aceitar como normal isso? Qual o jogo deles?
Casas Gospel Apoiam Bolsonaro, que Fere Direitos Fundamentais do Ser Humano
É o que melhor sabem fazer: enfiar a cruz de Cristo no bucho alheio; contudo, em país onde há gente que se respeita lembra-se o quanto, um apoiado exatamente no outro do início ao fim do regime militar, entre 1964 e 1985 atacaram furiosamente centros de cultura e educação, perseguiram, torturaram e assassinaram cruelmente estudantes, padres católicos, trabalhadores, mães denunciantes, e os seus mesmos para "queima de arquivo" (o cocainado, constantemente bêbado e envolvido com amante, delegado Fleury, foi um deles). Eles não prestam! Em nome da liberdade, dos bons costumes, dos valores da família, de Deus, estão de volta – a história vai se repetir? Como farsa ou tragédia?
Se (para eles) não é papel do professor questionar assuntos poíiticos em sala de aula, nem colocar sua posição diante dos alunos, (por que) é então papel de pastor, bispa, apostólo e coisa que o valha, travestido de democrata liberal impor sutilmente, valendo-se da posição de voz oficial dos Ceus, em quem seus incautos fantoches devem votar? Por que devemos aceitar como normal isso? Qual o jogo deles?
23 de setembro de 2018 / Publicado em Pravda Brasil
As Roupas Novas do Rei
Todos os súditos estavam de joelhos, admirando as roupas novas do rei.
Aos milhares, os plebeus o aplaudiam. Nunca tinham visto algo tão bonito.
De repente, uma garotinha que segurava a mão da mãe em meio à multidão apontou o dedo ao rei e disse:
- Mamãe, o rei está nu! Ele não está usando roupa nenhuma!
Ninguém acreditou na garotinha. Sua mãe pediu que ficasse quieta e todos esqueceram dela.
As pessoas continuaram a admirar as roupas novas do rei (...).
Todos os outros agiram motivados por seus interesses, por seus medos ou por uma combinação de ambos.
(Romance norte-americano Síndrome de Pinóquio, David Zeman, editora Planeta, 2003)
Todos os súditos estavam de joelhos, admirando as roupas novas do rei.
Aos milhares, os plebeus o aplaudiam. Nunca tinham visto algo tão bonito.
De repente, uma garotinha que segurava a mão da mãe em meio à multidão apontou o dedo ao rei e disse:
- Mamãe, o rei está nu! Ele não está usando roupa nenhuma!
Ninguém acreditou na garotinha. Sua mãe pediu que ficasse quieta e todos esqueceram dela.
As pessoas continuaram a admirar as roupas novas do rei (...).
Todos os outros agiram motivados por seus interesses, por seus medos ou por uma combinação de ambos.
(Romance norte-americano Síndrome de Pinóquio, David Zeman, editora Planeta, 2003)
Assemelham-se mais – e portam-se como tais, e vivem como tais, e reivindicam sutilmente ser tratados como tais, e são efetivamente tratados pelos seus como tais – a artistas que líderes religiosos.
“Olha, não recebi nenhum centavo do Bolsonaro para falar isso, aquí”, apressou-se em se justificar um “apóstolo”-publicitário recentemente, após proferir a “voz de Deus” para as próximas eleições para seus macacos de auditório, sedentos de qualquer coisa que supra suas carências.
Mas o “ap”, como e chamado na congregação o “apóstolo” da moda, ex-vendedor de biquínis e sungas no litoral norte paulista antes de se tornar milionário e de adquirir grande status na sociedade (pelo "apostolado"), nem por isso se contrange.
Para quem não sabe, pastores e principalmente esses autointitulados apóstolos representam autoridades espirituais inquestionaveis, e discordar ainda que polida e democraticamente se considera uma afronta, grave heresia que resulta em hostilidade ao "rebelde" por parte dos "irmãos" obedientes "a Deus": discordar dos autoritários donos dos templos, nestas casas, considera-se o mesmo que desafiar ao Criador do Universo.
As vesperas de eleições presidenciais no Brasil, seria cômico se não fosse trágico: chefes da religião que apenas podem manter o sistema de dominação apoiados no excesso de mediocridade.
“Conselhos politico-espirituais”: a politicagem e a manipulação mais descarada, que apenas evidencia o que produzem, massas sem a menor autonomia reflexiva. Essa gente não encontra limites!
Subproduto dessas confrarias religiosas: carência de autodeterminação no simples voto, obrigação de todo cidadão desde o mais respeitável analfabeto.
Simples assim! Se com o passar dos anos essas massas religiosas fossem bem orientadas e suas mentalidades esclarecidas, “cheias da sabedoria do Senhor” como reivindicam para si, não seria necessário agora, como em cada eleição, todo esse apelo “pastoral”, indisfarçavelmente constrangedor e desesperado por votos.
O reconhecimento da alienação que produzem.
Na realidade, essas multidões não apenas estão absolutamente acomodadas na condição de marionetes, como apreciam viver sendo pensadas ao invés de se dar ao trabalho de tão-somante pensar; gostam que se lhes diga tudo o que devem pensar, fazer e sentir – acreditam, inconscientemente, ser mais facil viver assim.
Anestesia-lhes a consciência, livra-os dos (muitos) complexos de culpa apegar-se a um guru, versao American Way of Life.
Complexos estes, outrossim, decorrentes do sistema opressor em que subsistem, uma rede de intrigas e muita bajulação que, no final das contas, os reprime dia e noite.
Dentro disso, não se tente mostrá-los um outro caminho. Já dizia o romancista grego Eurípedes, mais de quatrocentos anos antes de Cristo: “Converse com um tonto, e ele o chamará de tonto”.
Falam em “avivamento do Evangelho” no Brasil, referindo-se ao crescimento avassalador do exitoso proselitismoque praticam, angariando mais fieis para suas empresas religiosas.
Pois como compreender a equação que aponta, paralelamente, uma piora significativa em corrupção neste mesmo País? Apenas por uma questão de lógica, mínima que seja, a equação não deveria apontar, exatamente, ao sentido contrário considerando o crescimento vertiginoso da religiosidade?
Curioso: quanto mais crescem, mais cresce a corrupção, e tal fenômeno os pastores, bispos e “aps” mais preocupados com a causa social, deveriam explicar.
Um fanático é alguém que não consegue mudar de opinião, e tampouco muda de assunto. É um ponto
de exclamação ambulante: tem todas as respostas, e não está interessado nas perguntas
(Amos Oz, escritor israelense)
de exclamação ambulante: tem todas as respostas, e não está interessado nas perguntas
(Amos Oz, escritor israelense)
A postura persuasivamente agressiva dos “representantes de Deus na Terra”, tanto apelo “divino” trata-se da mais tragicamente clara evidência a que se prestam, ao longo dos anos entre uma eleição e outra.
Um filme milenar.
Os donos dos templos não estimulam o povo a pensar, não desenvolvem o minimo senso critico em suas ovelhinhas – ensinadas (eufemismo para “impostas”) a viver como eles jamais viveram nem viverão, isto é, servindo ao próximo e olhando a todos como se fossem superiores a si mesmos como prova de humildade (apregoam).
Alguém já viu, pois, algum chefe da religião comportar-se desta maneira? Não! Como exemplo - dos mais brandos, para não se correr o risco de ser humilhado ou ainda agredido -, “ouse” apenas discordar deles, emitindo sua “humilde” opinião, caro leitor!
O sistema da repressão. Do mandar-obedecer. Do falar-calar.
Esta Missão [Embaixada dos Estados Unidos em Brasília] tem obtido significativo sucesso em implantar entrevistas encomendadas a jornalistas, com altos funcionários do governo dos EUA e intelectuais respeitados.
Visitas ao Brasil de altos funcionários do governo dos EUA, seriam uma excelente oportunidade para pautar a questão junto à Imprensa brasileira.
(...) Aumentar a atividade pela mídia e o alcance das comunidades religiosas parceiras [do governo de Washington]: até agora, nenhum grupo religioso no Brasil assumiu a defesa da difamação de religiões.
(...) Essa campanha também deve ser orientada às comunidades religiosas que parecem ter influência sobre o governo do Brasil [Grifos nossos].
[Telegrama confidencial emitido em em 22.12.2009 pela “Embaixada” (centro de espionagem)
norte-americana em Brasília, liberado por WikiLeaks à Imprensa em 6.2.2011]
Visitas ao Brasil de altos funcionários do governo dos EUA, seriam uma excelente oportunidade para pautar a questão junto à Imprensa brasileira.
(...) Aumentar a atividade pela mídia e o alcance das comunidades religiosas parceiras [do governo de Washington]: até agora, nenhum grupo religioso no Brasil assumiu a defesa da difamação de religiões.
(...) Essa campanha também deve ser orientada às comunidades religiosas que parecem ter influência sobre o governo do Brasil [Grifos nossos].
[Telegrama confidencial emitido em em 22.12.2009 pela “Embaixada” (centro de espionagem)
norte-americana em Brasília, liberado por WikiLeaks à Imprensa em 6.2.2011]
Um dia desses, o “ap” publicitário apresentando a cartilha político-espiritual que trazia a vontade de Deus em relação ao voto dos fieis para estas eleições, saiu-se com esta, insistindo que adversarios de Bolsonaro em determinadas ocasioes “apareceram abraçados com gente LGBT”. Movidos pela intolerância.
“Quiseram agradar a todo mundo, mas não conseguiram agradaram ninguém” (eis a fraseologia que os marca), para completar, “e nós? Estão desprezando nossos valores, aquilo que acreditamos”.
A mentalidade totalitaria não permite que se tente garantir o direito de todos, que cada um viva de acordo com o que acredita garantindo o mesmo direito ao outro, especialmente as minorias para que todos vivam em paz.
E pergunta, bem sincronizado com a plateia: “Qual o melhor candidato para a Igreja?”, ao que um macaco de auditorio grita, bem forte, “Booolsooonaroooooo!”, e, “palmas para Jesus, gente? OK?”. Anda cada vez mais nojento esse apelo mal armado dos aproveitadores da religião.
A artista Baby Consuelo advertiu o "ap" publicitario, de forma particular: "Esses caras apoiam torturadores e assassinos!" e conta um pouco do que os militares golpistas fizeram no passado.
Ao que o publicitario, que vendia trajes de banho nas areias paulistas hoje conduzindo milhoes de seu rebanho enquanto "apostolo", respondeu: "Aquilo [torturas] ocorreu em outro tempo", ignorando ou querendo ignorar que Bolsonaro apoia cabalmente tais crimes, fortemente condenads internacionalmente.
Faltou tambem o "apostolo" publicitario dizer, publicamente, se apoia os crimes de lesa-humanidade da ditadura militar.
Nos dias de hoje, evidentemente Bolsonaro contribui em medida inigualavel àquilo que diz combater, isto é, o aumento vertiginoso da violência por sua postura acentuadamente agressiva, intolerante, discriminadora à imagem e semelhança das casas gospel.
Essa gente, famosa pela habilidade impar em descontextualizar fatos - mais uma vez provado, não se tratar de culpa do diabo, como muitos dos seus são levados a acreditar por individuos que ja perderam a noção pratica da vida, ha muito tempo.
É Preciso Saber Fraudar
"Há determinadas coisas que não se deve fazer, mas não quero me fazer de santo. Se num determinado momento elas sau uteis, é razoavel que se pense em faze-las, eu não critico toda essa bobageira [fraude eleitoral no Rio em 1982] que gente [ditadores militares] fez, porque eram coisas condenaveis em si.
"O que eu critico é o fato deles terem se metido a fazer coisas condenaveis sem saber faze-las [acabaram fracassadas as fraudes contra o candidato a governador Leonel Brizola, PDT].
"Então voce acha que roubar uma eleicão atraves do sistema de computacão e coisa facil? Eles simplesmente não sabem fazer isso. Nos não devemos tentar fazer o que nao sabemos."
(General Golbery do Couto e Silva, fundador do SNI, Servico Nacional de Informações, citado no livro Ditadura Envergonhada de Elio Gaspari. Citado na Colecao A Ditadura Militar no Brasil, da revista Caros Amigos, fasciculo 12)
"Há determinadas coisas que não se deve fazer, mas não quero me fazer de santo. Se num determinado momento elas sau uteis, é razoavel que se pense em faze-las, eu não critico toda essa bobageira [fraude eleitoral no Rio em 1982] que gente [ditadores militares] fez, porque eram coisas condenaveis em si.
"O que eu critico é o fato deles terem se metido a fazer coisas condenaveis sem saber faze-las [acabaram fracassadas as fraudes contra o candidato a governador Leonel Brizola, PDT].
"Então voce acha que roubar uma eleicão atraves do sistema de computacão e coisa facil? Eles simplesmente não sabem fazer isso. Nos não devemos tentar fazer o que nao sabemos."
(General Golbery do Couto e Silva, fundador do SNI, Servico Nacional de Informações, citado no livro Ditadura Envergonhada de Elio Gaspari. Citado na Colecao A Ditadura Militar no Brasil, da revista Caros Amigos, fasciculo 12)
A moral absolutamente divisivel, para dizer o minimo envolvendo os falsos moralistas da ditadura militar da qual os milicos Bolsonaro e Mourao fazem apaixonada apologia, e tambem o perfeito retrato das casas gospel que sempre apoiaram os crimes da ditadura.
Pateticamente autodesignados pastores e até “apóstolos”, na imensa maioria dos casos sem nenhum passado em trabalhos sociais nem histórico de vida que indique engajamento em favor de algum segmento da sociedade, nem sequer estudos de cursos como História, Sociologia, Filosofia, Ciências Políticas. Sua credencial, a estupidez.
Quanto mais medíocre, melhor a fim de atingir seus objetivos, a idiotização das massas.
Quando um ou outro revela-se formado em alguma coisa, nada mais apropriado para o que se prestam hoje: Marketing (“apostolo” Estevam, por exemplo), Publicidade (“apostolo” Rinaldo, outro exemplo) palrando coisas do tipo, “sem investimento estrangeiro, o Pais não cresce”.
Para dizer que todo e qualquer partido de esquerda fechará completamente as portas ao capital externo. Ao mesmo tempo que apenas faltou colocar o pessoal de esquerda como terrorista (velha tatica), sugerindo ainda que a esquerda deseja fechar as casas gospel em todo o Pais.
Sintomático? Alguma semelhança com o dia da mentira de 1964? A “revolução democrática” de primeiro de abril dos milicos, fundamentalmente apoiados nas santas confrarias religiosas em nome da moral, dos bons costumes, da familia e da liberdade!
A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude
(François de la Rochefoucauld - 1613-1680)
(François de la Rochefoucauld - 1613-1680)
Há mais de 500 anos, uma das regiões mais ricas do planeta transformada em República de Bananas como marca metafórica mais adequada das oligarquias e seus palhaços que distraem facilmente as multidões, cujos horizontes não vão muito alem de alguns palmos a frente do nariz.
A serviço de quem? Da nação e seu progresso? Insistem que sem seus padrinhos, os lords do bem-dizer de quem esses brazucas tipo-exportação catam migalhas, nós não podemos nada.
O golpe militar de 1964 e os 21 sanguinolentos anos que o seguiram, que nunca sairam do coração dessa gente, são o mais inconteste exemplo disso – dos quais esses lavadores de cerebro por excelência jamais se retrataram – e até escondem a conivência criminosa.
O próprio Jesus libertário, como diz Frei Betto um preso politico – à época, poder religioso significava político –, representa a mais evidente antítese desses neofariseus e suas massas perdidas, histéricas, intolerantes, cujas fobias lhes são impostas como maior arma para seu assassinato intelectual.
Enxergar o que está diante do nosso nariz, exige um esforço constante
(George Orwell)
(George Orwell)
Em nome de autoridades espirituais, apoiam-se no medo e na incapacidade de pensar, por si só, das massas para dominá-las, manipulá-las.
Gente que fala em moral sem o menor pudor enquanto se servem da religião (i. e., do suor de seus seguidores, e também das mulheres de seus seguidores e mais uma vasta lista do cambalacho como regra cujas exceções acabam massacradas nesses centros mafiosos que vendem o nome de Deus como banana e tomate no Ceasa carioca).
Gente que fala em moral sem o menor pudor, enquanto se servem da religião (i.e., do sour de seus seguidores) que os faz viver bem próximos do conforto e de todo o luxo do um por cento do topo, e que proporciona status ao invés de um servical dotado de uma missão.
Neste caso, o Evangelho como ele é, configure-se algo revolucionário demais para esse tipo de gente, que tem na religião dominante e dominadora um privilegiado meio de vida.
O homem justo se preocupa em saber as necessidades e direitos
dos pobres, mas o perverso não se importa com essas coisas
(Provérbios da Biblia, 29:7)
dos pobres, mas o perverso não se importa com essas coisas
(Provérbios da Biblia, 29:7)
Evangelho foi astutamente transformado em Gospel. (Não por mero acaso, brasileiro tem sido, a começar por eles, considerado ser inferior aos falantes de gospel, escolhidos por Deus para salvar o planeta e o proprio Patropi).
E um aplauso para Jesus – como andam pateticamente encerrando suas “orientações” hoje, às vesperas das eleições denominadas “politico-espirituais” em favor dele – e nem poderia ser diferente – de Jair Bolsonaro, quem torna moda entre as criancinhas brasileiras gestos ameaçantes com as mãos, como se fossem dois revólveres.
Apos uma oratória recheada de uma escancarada neurolinguista que intimida de maneira sutil, o que de melhor sabem fazer, “votem no Bolsonaro, e palmas para Jesus, irmaos!”. Aleluia!
Obedientes à autoridade celestial, as multidões aplaudindo o novo presidente, centro do discurso finalizado com o desgastadissimo nome de Jesus como ultimo e grande chacoalhar das cordas sobre as marionetes.
Eis que entra triunfante Jesus no pobre espetáculo! A entrada triunfante do seculo XIX! (As vesperas das eleições de 2010, estes mesmos seres repugnantes colocaram a candidate de esquerda, Dilma Rousseff que foi guerrilheira nos tempos de ditadura militar, como apostolo Paulo do século XXI).
Mais uma vez para lavar de vez os cérebros, no caso especialmente de haver uma ou outra ovelha esbocando a “rebeldia” diante da autoridade: “Bolsonaro presidente”. E logo depois, nao pode faltar: “Amem, Jesus!”.
Eis que a casa criadora do gospel, a tal de Renascer em Cristo, banalizadora do nome de Jesus como poucas, entre diversos politicos de pessima memoria apoiou fervorosamente ele, ele mesmo em mais de uma candidatura: o senhor engenheiro, doutor Paulo Maluf!
A epoca, havia um movimento dentro da Renascer chamado Bola de Neve, que virou igreja, de propriedade do “ap” Rinaldo, um publicitario, hoje fervoroso apoiante de Jair Bolsonaro.
Pois agora, que o dito-cujo esta em baixa, obviamente que os renascentistas do marqueteiro “apostolo” Estevam “tiraram o time de campo”, e até tentam negar o histórico apoio a Maluf que estão ai, podendo ser facilmente comprovados atraves dos sitios de busca na Internet.
Aliás, a Renascer sobrevive com franquias Brasil afora que, se incapazes de gerar lucro, fecham as portas. Não ha, portanto, nada de “divino” no crescimento de todas essas casas, como reivindicam para si.
Vivem do lucro.
Pensar é o trabalho mais dificil que existe. Talvez seja por isso que tão poucos se dedicam a ele
(Henry Ford)
(Henry Ford)
A que nivel chegamos, como brasileiros? Em se tratando dessas casas de espetáculo que nem sequer protestantes são – quanto mais evangélicas! –, nenhuma surpresa.
Apoiados no medo do castigo hoje, do inferno amanhã, e no ilimitado emburrecimento das massas, esses autoestabelecidos pastores, apóstolos, bispas e bispos exercem dominio e pilham essas multidões, blindando-se nos privilégios de um sistema completamente verticalizado e, nem poderia ser diferente, bem menos transparente que o próprio sistema politico corrupto.
Ninguém está mais desesperadamente escravizado, que aquele que falsamente acredita ser livre
(Goethe)
(Goethe)
Cupulas totalitarias, rivalizam-se entre e dentro de si como e natural em todas as mafias, mesmo entre traficantes de drogas dos mais vagabundos.
Com redea curta e pouco milho, sobre seus suditos primam pela teorização; o climax espiritual disso tudo nao e a pratica diaria que evidenciaria virtudes interiores, mas a capacidade de persuadir enfim, a antivirtude é sua marca registrada: a capacidade de convencer ao invés de conscientizar, o proselitismo que gera intolerancia por um lado, e fazer crescer o mercado que mais cresce no Pais: exatamente o mercado gospel, de péssimo gosto.
E tralha gospel nao falta! As inanimadas são o que ha de menos sofrivel neste mercado cujo principal produto-tralha e feito de carne, osso e, desgraçadamente, cerebro (o grande problema dos autoritarios representantes de Deus na Terra).
Como dizia o cineaste frances Claude Chabrol: A estupidez é infinitamente mais fascinante que a inteligência. A inteligência tem seus limites, a estupidez não.
Pensar é o maior perigo nestes locais. Não por acaso, exatamente a gente dos milicos Bolsonaro e Mourão desde o inicio do golpe de 64, além de espancar estudantes e trabalhadores em geral, tratavam de invader casas, bibliotecas, livrarias e universidades não só para torturer e assassinar, mas tambem, outra prioridade, queimar livros de Sociologia, Filosofia, História, Ciencias Politicas etc. Emburreceram a Nação, e hoje continuam cobrando seu preço.
Não há nada mais adoecedor e imbecilizador, que o perpétuo aprendiz de um ensino que não produz efeitos práticos em sua vida
(Caio Fábio, psicanalista)
(Caio Fábio, psicanalista)
Assassinos de almas! Estão de volta – nunca se foram, apenas se trancaram no armario da covardia, aguardando as ordens de seu amo do Norte, que norteia nossa morte.
Bolsonaro tem gerado contra seus eleitores e no Brasil, aquilo que diz combater. Violencia, divisão social, dependencia, a velha escravidão que insiste em marcar esta Nação.
Sobre a capacidade impar que possuem de dividir sociedades, vale relembrar os recentes estudos arqueológicos (se não bastassem incontáveis evidências cotidianas) que contradisseram mito de que religião une sociedades, e leva paz às nações.
Realizadas no México pelo professor Arthur A. Joyce e pela professora Sarah Barber nos vales de Rio Verde e de Oaxaca (costa pacífica do México), as pesquisas científicas que avaliaram o período de 700 a.C. a 22 d.C., apontaram a religião como fator agravante para confrontos, fortalecendo de maneira ínfima a união das comunidades locais além de servir como obstáculo para o desenvolvimento de grandes instituições.
Os estudos demonstraram claramente que aqueles que controlavam a vida espiritual e os rituais religiosos, com grande frequência confrontavam-se com líderes seculares por interesses pessoais (alguma semelhança com os dias de hoje, e com o que conhecemos da pobre e mal-contada história?).
No caso do Brasil contemporâneo, cara de Bolsonaro é muito parecida com a da dita “Igreja” – mas será a de Jesus? “Igreja” sisuda, mesquinha, sectária, obscura, truculenta, incauta, antipática, demagoga, elitista.
Não se poderia esperar absolutamente nada além disso de instituições – neste caso, as confrarias autodenominadas evangélicas – menos transparentes que o proporio sistema politico podre que nos oprime.
Instituições que não tem, a cada desgraça neste pais, resposta prática nenhuma a dar à sociedade.
Fraseologias mais baixas. Poeticismo biblico tão ridiculo quanto termina por jogar este segmento social cada vez mais no descrédito. E eles acham (ou dizem que acham) que a culpa é do diabo!
Tanto quanto Bolsonaro, as confrarias religiosas que enfiam a cruz de Cristo no bucho alheio apoiando-o, casas que não são evangelicas e nem sequer protestantes por excessivamente reacionarias, a antitese de um Estado de direito – livre, tolerante, justo, pacific, onde haja harmonia apesar das diferenças.
Tradição é a personalidade dos imbecis
(Maurice Ravel)
(Maurice Ravel)
São o oposto da figura de Jesus, personagem que, em termos praticos e ate retoricos, não cabe nas quarto paredes de suas casas de espetaculo.
Pobre Jesus: se resolvesse voltar hoje, de surpresa para “sua” casa! Seria assassinado pela Terceira vez! (Pela segunda, ja foi quando da criação desse maldito cristianismo reacionario, elitista por Constantino, no século III).
Não merece um minuto sequer da nossa filosofia a fim de se tentar compreender tal aliança, não se trata de nenhum “fenômeno a ser sociologicamente desvendado”: ambos se merecem, natural casamento.
Trata-se, aqui também, da milenar e canalha aliança religião-politica mais baixa mais descarada, uma apoiando-se na outra para violentar, explorar e acumular. (Eles achavam que poderiam efetivar tal aliança com o “apostolo Paulo do seculo XXI”, em 2010, mas por algum motivo a armação debaixo das saias de Deus não surtiu o efeito esperado...).
Uma nódoa da civilização, é o apoio de países que pregam democracia a ditaduras corrompidas e sanguinárias
(Antônio Luiz da Costa, professor)
(Antônio Luiz da Costa, professor)
Que se fique registrada a questão, inevitavel: se o brucutu de turno, “o preferido de Cristo” eleger-se presidente, e daqui a quarto anos a violencia estiver ainda mais deteriorada, e estara, a sociedade ainda mais dividida em odio, e estara, as confrarias que hoje o apoiam haverão de se comportar como, por exemplo, nos anos pos-ditadura militar, isto é, no mais absoluto silencio sem fazer a devida mea culpa?
O presidenciavel em questão fere nada menos que os direitos fundamentais do ser humano.
Enquanto isso os donos dos templos, rememorando os piores anos da Guerra Fria patrocinada por seus padrinhos de Washington, voltam a gerar terror psicológico entre os milhões de cérebros lavados de sua propriedade que individuos de esquerda combatem a religião .
O que se condena, ao contrário, é o emburrecimento em massa como metodo de dominar, manipular e acumular riquezas, no que essas confrarias religiosas ocidentais são lideres mundiais, imbatíveis.
Muitas pessoas exigem liberdade de expressão, como compensação pela liberdade de pensamento que raramente usam
(Søren Aabye Kierkegaard, filósofo, teólogo, poeta e crítico social dinamarquês, 1813-1855)
(Søren Aabye Kierkegaard, filósofo, teólogo, poeta e crítico social dinamarquês, 1813-1855)
Exatamente este segmento apoia o projeto Escola sem Partido que, precariamente disfarçado de alguma coisa que prima pela diversidade e neutralidade, visa impor uma mordaça ao professor - com um fim bem claro, dado o contexto disso tudo.
Especialmente o setor religioso, defende uma postura "apolitica" alegando que cabe à familia, e apenas à familia, discutir e conscientizar os filhos - inclusive sobre politica.
E evidente que essa postura com ares apoliticos possui uma tendencia politico-fascista muito clara, e ai esta, nestas vesperas de eleições presidencias, mais uma incontestavel comprovação de que, sim, eles possuem um lado muito claro e que a sucessão de "projetos" liberais possuem uma essencia ditatorial bastante acentuada.
Se (para eles) não é papel do professor questionar assuntos poíiticos em sala de aula, nem colocar sua posição diante dos alunos, (por que) é então papel de pastor, bispa, apostólo e coisa que o valha, travestido de democrata liberal impor sutilmente, valendo-se da posição de voz oficial dos Ceus, em quem seus incautos fantoches devem votar?
Por que devemos aceitar como normal isso? Qual o jogo deles?
Sem entrar no merito da questao, se o projeto mencionado e viavel ou nao, a incoerencia religiosa, mais uma vez exposta em seu entusiatico e aberto apoio a Bolsonaro, evidencia a tendencia e o objetivo gospel.
Apenas um ser completamente mergulhado nas maiores profundezas da escuridao intelectual, e incapaz de perceber que a alianca gospel-politica, visa manter os privilegios do poder, estatal e religioso.
Aliança Nada Santa
"Não existe organização criminosa mais bem-sucedida, que a que conta com apoio estatal"
Misha Glenny em McMáfia – Crime sem Fronteiras
Misha Glenny em McMáfia – Crime sem Fronteiras
Sobre a velha aliança Estado-religião e a despolitização como suporte à opressão perpetrada pelas classes dominantes, vale observar que através do Relatório Rockefeller de 1975 substituiu-se na América Latina a Igreja Católica - parceira já não muito confiável - através da criação e financiamento de seitas evangélicas pela CIA, pelo pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos e ONGs de fachada a fim de combater ideais socialistas na América Latina em defesa do imperialismo norte-americano.
Exercendo lavagem cerebral, manipulando, dominando e acumulando riquezas, tais seitas possuem a acentuada capacidade de penetrar em setores populares que determinados movimentos não conseguem alcançar, sendo que muitas delas têm estado envolvidas até no tráfico de armas por meio de lideres supostamente religiosos de péssimo nível intelectual, o que pode muito bem explicar o "enigmático fenômeno" de "igrejas" multimilionárias e, automaticamente, a própria multiplicação de armamentos em territórios nacionais.
Já houve denúncias por parte de indignado pastor evangélico brasileiro, de que alguns colegas participam da lavagem de dinheiro de políticos nacionais e do narcotráfico).
Os autores do relatório, arquitetado e financiado pela Fundação Rockefeller que, historicamente, promove políticas de dominação e exploração global através sobretudo da lavagem cerebral induzindo medo às massas, reclamaram, então, do que denominaram "excesso de democracia" alegando que este sistema só funciona se houver apatia e desinteresse societário.
Em outras palavras: o capitalismo apenas se sustenta apoiado na alienação e despolitização dos indivíduos, na retirada de seu senso de cidadania e da noção de sua posição no mundo.
Pois WikiLeaks liberou telegrama secreto revelando que realmente existe uma organização secreta da qual a família Rockefeller é uma das 13 dinastias Illuminati, atuando como governo global nas sombras e estreitamente ligada ao governo dos EUA; o próprio Federal Reserve, banco central norte-americano, pertence a oito famílias-membro dos Illuminati, entre elas os próprios Rockefeller.
Um vídeo em que líder Illuminati recebe e orienta novos membros na sociedade secreta mais poderosa do mundo, evidencia como a organização controla todas as esferas da sociedade, desde a economia até a mídia, passando pela educação e pela própria religião – sobre esta, é revelado interesse muito particular e domínio completo: nas próprias escolas de Teologia é exercida influência, ditando em que se deve acreditar e como se proceder.
A seguir, transcrição da passagem em que se explica o domínio sobre as instituições religiosas cristãs, em tradução livre do inglês ao português:
A religião tem servido aos nossos objetivos de uma maneira incrível. É a mais antiga e talvez a mais gloriosa forma de controle social utilizada pelo Corpo [Illuminati].
A religião perdeu seu controle sobre as pessoas, de maneira que o fanatismo é resultado de tal declínio, o que ajuda o Corpo. Nossa influência invisível sobre as igrejas ajuda a criar cristãos fundamentalistas, para manipular suas opiniões sobre acontecimentos atuais de acordo com a política do Corpo.
Eles [líderes religiosos] são enviados a nossos ministros que lhes interpretam a Bíblia, e eles pregam isso a seus seguidores. A fé cega deles é utilizada para lhes transformar em soldados voluntários para defender nossa causa durante a catástrofe que está por vir.
(...) A ascensão do fundamentalismo islamita é uma vantagem ao Corpo Illuminati, através de ameaças de violentos ataques. Nos próximos anos, os ataques terroristas justificarão retaliação, iniciando a fase final do Grande Projeto [Nova Ordem Mundial].
Os cristãos apoiarão nossas ações, visto que a crença deles será demonstrada como verdadeira para as profecias do fim do tempo, criadas diretamente pelos líderes religiosos do Corpo Illuminati.
A religião perdeu seu controle sobre as pessoas, de maneira que o fanatismo é resultado de tal declínio, o que ajuda o Corpo. Nossa influência invisível sobre as igrejas ajuda a criar cristãos fundamentalistas, para manipular suas opiniões sobre acontecimentos atuais de acordo com a política do Corpo.
Eles [líderes religiosos] são enviados a nossos ministros que lhes interpretam a Bíblia, e eles pregam isso a seus seguidores. A fé cega deles é utilizada para lhes transformar em soldados voluntários para defender nossa causa durante a catástrofe que está por vir.
(...) A ascensão do fundamentalismo islamita é uma vantagem ao Corpo Illuminati, através de ameaças de violentos ataques. Nos próximos anos, os ataques terroristas justificarão retaliação, iniciando a fase final do Grande Projeto [Nova Ordem Mundial].
Os cristãos apoiarão nossas ações, visto que a crença deles será demonstrada como verdadeira para as profecias do fim do tempo, criadas diretamente pelos líderes religiosos do Corpo Illuminati.
Há um só Deus, e um mediador entre Deus e os homens: Mamon
(Máxima historica das religioes dominantes e dominadoras ocidentais. Que tal?)
(Máxima historica das religioes dominantes e dominadoras ocidentais. Que tal?)
Na realidade, a raiz do protestantismo e completamente elitista e reacionaria, caracteristica que o acompanharam por toda a historia: essa seita que, como foi observado mais acima nem sequer protestante na acepco do termo e (quanto mais evangelica!) acabou estabelecendo "listas de dogmas".
A partir disso, os protestantes primitivos, sob aprouve das lideranças, trataram de lançar à fogueira os que julgavam "hereges", praticando o mesmo que tanto haviam condenado em relação aos católicos, e que lhes valeu justamente o título de protestantes.
Vale também apontar que, no campo social mais amplo, Lutero apoiou os príncipes alemães contra os trabalhadores do campo que, vivendo em completa miséria e sob profunda exploração, clamavam por melhorias das condições de "vida" (guarde esta palavra) - em nada obediente aos apelos de Jesus em favor dos pobres e injustiçados, mas oportunisticamente favorável aos mais poderosos da época.
Alguma semelhança da maioria das ditas igrejas cristãs de hoje com seu grande mestre fundador?
Foram ainda calvinistas (correspondentes aos presbiterianos de hoje) ingleses os que financiaram a colonização da América do Norte em meados do século XVI, sob o manto de povo eleito, predestinado a se apropriar daquele território após exterminar quase por completo seus milhões de habitantes "retrógrados", através de ataques com requintes de extrema crueldade que torturavam e assassinavam em massa, enquanto se apoderavam das diversas riquezas naturais de uma terra muito mais rica que a britânica.
Enfim, a fundação de uma nova religião, no caso dos protestantes, enquanto a manutenção e expansão de outra, a católica, valiam a vida, passavam por cima dela indiscriminadamente.
Trata-se de mais uma evidência do sectarismo religioso, a teoria, a filosofia religiosa que ao longo dos séculos até os tempos atuais enferma, aprisiona, explora, mata corpos e almas.
Eles devem achar difícil, aqueles que consideram a autoridade a verdade, ao invés de ter na verdade a autoridade
(Gerald Massey, egiptólogo)
(Gerald Massey, egiptólogo)
Luiz Inácio: Faça um Curso sobre Marxismo
No Brasil, a Casa Grande contemporânea também tem portas à “esquerda”. Alguma novidade?
No Brasil, a Casa Grande contemporânea também tem portas à “esquerda”. Alguma novidade?
20 de setembro de 2018 / Publicado em Pravda Brasil
Embora Luiz Inácio tenha escrito, nesta quarta-feira (19), grandes verdades em carta ao discriminador e excessivamente burro general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República (a chapa das figuras dos perfeitos idiotas), por outro lado a demagogia contida no DNA do petista não poderia deixar de se aflorar.
Na mencionada epístola.
General Mourão, não julgue avós e mães pobres pelo seu conceito medíocre sobre a espécie humana.
Se o senhor já pensava assim não deveria ter chegado a general e muito menos querer ser vice-presidente.
Se o senhor já pensava assim não deveria ter chegado a general e muito menos querer ser vice-presidente.
Até aí, perfeito, Luiz Inácio! Afinal, que esperar de um brucutu (para dizer o minimo) do nível do milico Mourão que, entre outras tantas imbecilidades criminosas, defende tanto quanto Bolsonaro tortura e personagens como Brilhante Ustra quem, condenado mundialmente, apoiava-se em um sanguinolento delegado (Fleury) viciado em cocaína?
“[Fleury] Bebia e usava cocaína – senão, diziam seus amigos, ninguém faria o que ele fez” (fascículo 9 da coleção A Ditadura Militar no Brasil, da revista Caros Amigos). Gente tomada da paranoia anticomunista, embora tambem muitos oportunistas que sem duvida, utilizava-se deste discurso para impor-se e usurpar o poder.
O que o delegado paulistano fazia: perfurava corpos de oponentes ideologicos (incluindo jovens estudantes e ate mães de vitimas, que denunciavam os horrores) com furadeiras eletricas, cortava carnes de desconhecidos com navalha, ordenava arremesso de individues ao mar e uma lista interminável da arte de torturar e assassinar inocentes aprendida na Escola das Américas, de Tio Sam. Além de possuir uma amante, a (anarquista, pasmem!) Leonora.
Eis os bons costumes, em nome dos valores da família e da religião da ditadura - querendo retornar! Drogas, bebidas, tortura, sexo & rock'n roll! E aos domingos, uma boa missa seguida de uma bela “ordem” pública ao longo da semana!
Retornando à contemporaneidade, Luiz Inácio, para não perder o costume nem sequer em tempos que se deveria aproveitar para colocar a consciência – e os próprios bons hábitos, neste caso, o da leitura – em dia, o ex-presidente finaliza, sem ruborizar:
“General, um conselho, faça um curso sobre o Humanismo.”
Ex-mandátario, convenhamos: Vossa Excelência, reconhecidamente, nunca concluiu a leitura de 1 (hum) livro sequer em toda a vida. Falou alguma vez sobre Karl Marx, sem nunca ter lido absolutamente nada sobre o filósofo alemão - muito provavelmente, o dito-cujo nem saiba que o proeminente proponente do comunismo era, exatamente, filósofo.
Certamente, o falso moralista autor da referida carta ao milico não sabe sequer explicar o significado de Humanismo. Tenho ainda plena convicção de que Luiz Inacio tenha desejado dizer "humanitarismo". Seja como for, se tivesse compreensão do significado de qualquer um dos termos não teria se aliado, exatamente, aos milicos enquanto presidente desta republiqueta de bananas, e defendido ferrenhamente anistia para ex-torturadores e assassinos.
"Passado é passado": definitivamente, e Luiz Inácio ignora isto, não é esse tipo de postura que o humanismo ensina. Mas o que isso importa, diante da patología do poder e sua obsessão por angariar votos, não é?!
Pois alguma vez Inácio falou em Marx, ressalte-se, em um passado remoto, antes, bem antes de deslumbrar-se com o brilho do poder e ter formado aliança (em nome da democracia!!!) com as oligarquias nacionais. Fato que o levou a ostentar, com Dilma Rousseff, o título de maior genocida dos povos originários desde que os portugueses deixaram esta terra (ganhando morbidamente de figuras nada simpáticas como Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello, José Sarney e dos próprios genocidas ditadores militares).
Durante os 13 anos do dueto petista no governo federal, que optou pela inclusão, social através do consumo, concentrou-se terras absurdamente e a questão ambiental, uma perfeita tragédia. Luiz Inácio foi também campeão, imbativel, em proporcionar lucros, ano após ano, aos bancos, à Rede Globo e à revista Veja (contra quem, com toda a razão, tanto esperneia hoje), em evasão de divisas entre outros melancolicos recordes históricos.
Luiz Inácio, faça um curso sobre marxismo!
E, por que não dado seu passado tenebroso como presidente que a tal de “esquerda” não faz muita questão de se lembrar, aproveite, enfim, este seu duro momento – e da própria Nação – para colocar em prática alguma coisa do que diz, e faça um curso de Humanismo também, “companheiro”! E/ou de humanitarismo, seja la o que tenha tentado dize - ambas as consciencias lhe faltam.
Enquanto, segundo o vezo popular, pimenta nos olhos alheios é colírio (e em política brasileira, vale tudo), alguém neste País, especialmente gente da “esquerda” tupiniquim, ainda tem alguma duvida do porquê é mais fácil, no Brasil hoje e em toda a historia com uma esquerda de mentirinha, aplicar um golpe que tomar doce das mãozinhas de minha filhinha de 2 (dois) anos de idade? Basta de hipocrisia! Basta de cinismo, Brasil! Basta de preguiça intellectual! A direita e à “esquerda”.
Aumento Anunciado da Desigualdade Social no Brasil
ONU apresenta mais um entre tantos subprodutos criminosos da tal Ponte para o Futuro de Temer, fantoche das classes dominantes e do regime de Washington, que foi capaz de enganar apenas seres que insistem raivosamente em ser pensados ao invés de pensar, os perpétuos imbecilizados pela grande imprensa que glorifica os iguais, a estupidez e a ignorância. Pois aí está... Mais um desservico ao povo brasileiro por parte das elites e mentalidades elitistas em geral, cujos segmentos, aos milhões, nem sequer entendem o conceito “desigualdade social”
ONU apresenta mais um entre tantos subprodutos criminosos da tal Ponte para o Futuro de Temer, fantoche das classes dominantes e do regime de Washington, que foi capaz de enganar apenas seres que insistem raivosamente em ser pensados ao invés de pensar, os perpétuos imbecilizados pela grande imprensa que glorifica os iguais, a estupidez e a ignorância. Pois aí está... Mais um desservico ao povo brasileiro por parte das elites e mentalidades elitistas em geral, cujos segmentos, aos milhões, nem sequer entendem o conceito “desigualdade social”
20 de setembro de 2018 / Publicado em Pravda Brasil
O Brasil continua estagnado nos indicadores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e desce ladeira abaixo no quesito desigualdade social segundo recente relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
De acodo com o estudo Indicadores e Índices de Desenvolvimento Humano: Atualização Estatística 2018, lançado mundialmente na sexta-feira (14/9) pelo Pnud, em IDH o Brasil mantém a mesma posição que ocupava em 2015, 79 entre 189 países.
Com valor de 0,759, mais esta “conquista” da Ponte para o Futuro” de Michel Temer e afins que enganou apenas os mais idiotizados pelos grandes meios de idiotização das massas, representa um “avanço” brasileiro de 0,001 em relação a 2016..
Na América do Sul, o Brasil situa-se atrás de Chile, Argentina, Uruguai e da raivosamente atacada (pelas oligarquias nacionais) Venezuela em IDH, que leva em conta níveis de expectativa de vida, e indicadores envolvendo educação e renda média per capita. No primeiro caso, o Brasil melhorou um pouco, No segundo, encontra-se estagnado e no último, enfrenta acentuada deterioração, para alegria das velhas oligarquias nacionais que sustentam a grande imprensa.
O gigante “bobão” sul-americano caiu 17 posições em desigualdade social comparado com 2015, alarmante aumento da concentração de renda que leva o País a ocupar vexatoriamente a nona ultima posição do mundo neste quesito, a frente, na região, apenas de (pasmem!) Paraguai e Bolívia.
Fausto Augusto Junior, economista e professor da Escola Dieese de Ciências do Trabalho, observa em entrevista para TVT que tais indicadores revelam um sério desafio ao Pais: “O Brasil precisa encarar a questão da desigualdade com uma poliitica efetiva de redução. Isso significa passar por distribuição de renda, passar por aumentar os impostos dos setores mais ricos da sociedade, ou seja, reorganizer sua lógica de produção e distribuição da riqueza, algo que o Brasil não vem fazendo em especial desde o impeachment da Dilma”.
Para Fausto Augusto, o congelamento de investimentos sociais proposto por Michel Temer e aprovado pelo Congresso no ano passado, “inevitavelmente” afetará a área da educação e, muito provavelmente também, os indicadores de saúde que, por sua vez, afetará a expectativa de vida.
“Essa desigualde, o congelamento de gastos sociais, tudo isso tende a reduzir, a longo prazo, o IDH brasileiro. Esperamos que tudo isso seja revisto”, diz o economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O Pais vinha seguindo uma trajetória de leve melhora da distribuição de renda com aumento das politicas sociais, desde a aprovação da Constituicao de 1988 especialmente durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016), interrompida com o descarado golpe parlamentar-juridico-midiático de 2016 e seu anunciado “processo regressivo”, segundo Fausto Augusto.
O economista adverte para propostas de determinados candidatos a president hoje, de tentar revertar conquistas sociais decorrentes da Constituição de 88 – longe de ser progressista ao ponto do que uns tantos patrícios trombeteiam - ao propor reformá-la para algo muito mais liberal do ponto de vista econômico.
“Isso nos preocupa bastante: a Constituição de 88 deu ao Brasil uma condição muito melhor de encarar seus desafios, independentemente dos governos que aqui passaram.”
Fausto garante que o próximo governo nao conseguirá governar, contudo, se for mantido o teto de investimentos públicos de Temer, apoiado pelas oligarquias nacionais.
“Precisamos de clareza de projeto, a fim de saber para onde o País vai. De preferência distribuindo renda, diminuindo a desigualdade social, uma melhora de vida da população em geral, o serviço público passa, necessariamente, cumprindo essa função.”
Fausto chama a atenção para a desigualdade como problema histórico no Pais, que atinge todos os segmentos da sociedade configurando-se um desafio na estrutura do nosso desenvolvimento econômico.
“O Brasil carrega um conjunto de mazelas, que precisa ser enfrentado. As desigualdades no Brasil são diversas. A desigualdade de gênero é uma questão importante no Brasil. A desigualdade de raça é uma questão importante. A diferença entre um homem negro é um homem branco e muito grande; entre um homem branco e uma mulher negra, é maior ainda.”
Fausto chama a atenção para o fato, “escondido pela midia”, de que a crise que a Argentina vem enfrentando deve-se, exatamente, ao modelo econômico neoliberal adotado pelo successor da presidenta progressista Cristina Kirchner (2007-2015), o preferido da Escola de Chicago e do proprio Temer, isto é, Mauricio Macri.
"O que estão vendendo como 'grande maravilha hoje, é o que vem acontecendo na Argentina, que esta quebrando”, finaliza Fausto Augusto Junior.
Engana-se, contudo, quem imagina que apenas a via eleitoral e uma (risível) boa-vontade dos donos do poder podem trazer as mudancas estruturais que um pais altamente discriminador, desigual e corrupto como o Brasil exige.
Independentemente de quem seja o próximo presidente desta republiqueta de bananas, a sociedade organizada, unida e em pé de luta permanente é a única que pode modificar este quadro tenebroso, vencer os poucos donos deste Estado abandonado através de reformas política, judiciaria, midiática, educacional e agrária.
Uma luta por mais democracia, mais direitos e justiça social.
Viveremos e venceremos!
¡Qué Se Vayan Todos!
Brasil sem saída. Carta de Temer ao jornal O Estado de S. Paulo sobre posição do (des)governo diante da paralisação dos
caminhoneiros, não poderia ter sido mais cínica embora incapaz de superar, neste sentido, apenas a tal de "esquerda" e seu mais ilustre representante: o reacionário e irregenerável PT. Ao diabo que o carregue, rato Temer! Ao trancafiar dos diretórios regionais, criminoso PT!
caminhoneiros, não poderia ter sido mais cínica embora incapaz de superar, neste sentido, apenas a tal de "esquerda" e seu mais ilustre representante: o reacionário e irregenerável PT. Ao diabo que o carregue, rato Temer! Ao trancafiar dos diretórios regionais, criminoso PT!
2 de junho de 2018 / Publicado em Pravda Brasil e em Global Research (Canadá)
Os pífios (para dizer o mínimo) argumentos do presidente Michel Temer sobre a posição do (des)governo diante da paralisação dos caminhoneiros das últimas semanas, em artigo publicado no Espaço Aberto do jornal O Estado de S. Paulo neste dia 2 intitulado A Democracia Real (pasmem!) revelam, uma vez mais, o profundo cinismo de um político desmoralizado antes mesmo de assumir, definitivamente em agosto de 2016, a Presidência baseado em descarada traição e corrupção.
E junto, mais essa estupidez de Temer traz consigo outra evidência do rotundo fracasso de uma tal de "esquerda" fajuta que consegue ser mais reacionária que o dito-cujo contra quem (com razão) esperneia e acusa agora de aliança com as oligarquias nacionais (as mesmas às quais o próprio PT aliou-se quando gozou dos privilégios do poder), os donos de um poder canalha - a saber: grandes corporações, sobretudo agronegócio, indústria farmacêutica, bancos e transnacionais em geral; confrarias religiosas politiqueiras, alienantes e manipuladoras desavergonhadas das massas que, extremamente medíocres intelectual e moralmente, sobrevivem sobre o salário alheio; um funcionalismo público mafioso, incluindo nesta seleta lista do banditismo juizecos e promotores de (pasmem!) "justiça" em geral, safados engravatados cujo maior desserviço à Nação é colocar-se acima do bem e do mal, acima de toda e qualquer lei enquanto, nenhuma novidade a ninguém, sabidamente mercantilistas e elitistas vendem sentenças indiscriminadamente além de praticar de toda sorte de arbitrariedades, especialmente contra classes menos favorecidas e negros; e a grande mídia de manipulação em massa.
Ao contrário do alegado agora por Temer sem o menor senso do ridículo, seu regime autoritário e anti-popular em todos os aspectos não deixou de fazer uso da força física contra os caminhoneiros por trazer em sua essência abertura ao diálogo, senso democrático e aversão ao autoritarismo - suas marcas registradas são exatamente o oposto disso tudo.
Basta lembrar, apenas, a convocação das Forcas Armadas para conter as manifestações denominadas Ocupa Brasília de maio de 2017, através da Operação de Garantia da Lei e da Ordem decretada então pelo auto denominado "democrata" Temer, para desmentir agora esse rato de esgoto, mestre da roubalheira indiscriminada entre o que existe de pior na politicagem nacional.
Temer, politico mediocre, fez, sim, uso da leniência em certos aspectos:
1. Após receber negativa das Forcas Armadas para reprimir os caminhoneiros;
2. Assim, isolado e acuado, esteve consciente de que qualquer excesso significaria o fim - já iminente - de seu vexatório desmando em uma Presidência golpista, e golpista pela maneira como assumiu o poder.
Exatamente por essas duas razões, desta vez a gangue usurpadora do poder em Brasília acabou cedendo de todos os lados diante de uma classe não apenas esquecida enquanto, paradoxalmente, fundamental para o País como também marginalizada, estigmatizada, sofredora das piores (sem nenhum exagero) explorações que colocam, dia a dia, quilômetro a quilômetro, suas vidas em risco sob mando de patrões inescrupulosos, diante de uma terra sem lei e a economia nacional em vertiginosos frangalhos (previsíveis desde o anúncio da tal "Ponte para o Futuro" de Temer), que os obriga a se submeter à vida desumana no mais absoluto silêncio.
Por isso, tampouco vale mais um espetáculo da imbecilidade temerária ao tratar o grosso das manifestações dos caminhoneiros como "alguns" protestos de "uns" mais radicais: mais uma prova da discriminação e até criminzalização da classe caminhoneira, gente solidária e sofredora como poucas no Brasil.
Vá ser hipócrita assim, no diabo que o carregue, Michel Temer!
A tua piscina tá cheia de ratos; tuas ideias não correspondem aos fatos (Cazuza)
A ratazana de esgoto de turno no Palácio do Planalto foi, sim, politiqueiramente omissa em relação aos infiltrados e violentos contra a vida humana - inclusive contra os próprios caminhoneiros, o que comprova uma vez mais o caráter casuísta e corrupto da gangue temerária.
Exatamente aí reside a maior vergonha da tal de "esquerda" dessituada, mais reacionária que este rato-mor e demais ratos do navio em vertiginoso e divertido naufrágio (tripulação bandida que inclui todas as malditas classes acima mencionadas, uma a uma, a começar pelos bandidos da "Justiça" tupiniquim).
A ex-presidente Dilma Rousseff, injustamente impedida de seguir como presidenta da República, não apenas perdeu sua maior chance de trazer o povo consigo nas artificiais manifestações de junho de 2013, e de fazer as urgentes reformas (por exemplo, política, judiciária, tributária além da regulação midiática), como ainda o reprimiu colocando em prática, além da violência militar, a malfadada Lei Antiterrorismo que é, na verdade, uma lei repressivamente anti-popular que blinda o regime brasileiro - este atual e, outrora, o petista - de protestos que coloquem em risco os usurpadores do poder.
Para nem se detalhar, aqui, números e fatos tenebrosos sobre os quais, tanto o regime de Dilma quanto o de Luiz Inácio, foram campeões históricos no que diz respeito à repressão contra povos originários, e na defesa canalha do agronegócio e grandes latifundiários.
O dueto petista superou, tanto em número de assassinatos de indígenas, em insuficiência na demarcação de suas terras quanto em expansão dos latifúndios, figuras como Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney. Para consultas da repressão silenciosa do PT contra esses povos, leia-se relatórios anuais do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).Sugestões de leitura: Informe de 2011 do próprio Cimi; O Que o Governo Dilma Fez e Não Fez para Garantir o Direito a Terras e para Conservacão; Relatório Diz que PT Tem Sido um Desastre para os Índios ; Assassinatos de Indígenas no Brasil Cresceram 269% nos Governos Dilma e Lula.
Vale também recordar a posição profundamente reacionária dele, Emir Sader, porta-voz do PT (des)qualificando o Movimento dos Trabalhadores sem-Teto (MTST) de cães vira-lata em 2014, pelos protestos às vésperas da Copa do Mundo que despejou milhares de famílias pobres em todo o País - naquela ocasião, o MTST manifestava-se na cidade de São Paulo, cujo prefeito era o petista Fernando Haddad, o que explica a raiva de "esquerda" desse tal de "intelectual", entre os preferidos deste segmento de péssimo gusto que prima pela covardia e pelo casuísmo.
Se sobra hipocrisia mas há alguma inteligência / astúcia à ratazana emedebista (escolhida a dedo pelo PT, recordemos, pois), por outro lado nem sequer um mínimo de sagacidade politiqueira os regimes Lula e Dilma demostraram nos momentos mais cruciais - desta maneira, de nada adianta espernear hoje por apoio de uma sociedade despolitizada e historicamente reprimida, inerte como poucas no mundo também por obra e graça petista.
Nada está mais próximo do autoritarismo, nunca após 1985 o Brasil esteve tão perto de um novo golpe militar que agora, com a tal de "Democracia Real" temerária baseada na farsante "Ponte para o Futuro" que enganou apenas os mais idiotizados pelos grandes meios de imbecilização em massa (Veja, Globo, Folha de S. Paulo, o próprio Estado entre outros monopólios midiáticos que apresentam seu show diário a uma plateia de mentalidade elitista e escravocrata, colonizada intelectualmente que se presta desavergonhadaente a ser pensada ao invés de pensar), durante o impedimento de Dilma.
Vá ser oportunista e criminoso assim, trancafiado nas quatro paredes de seus cada vez mais murchos, inertes diretórios regionais, PT!
Pois que não reste nenhuma dúvida: no interior desse navio infestado de ratos naufragando cômica e desesperadamente, está também o PT e seus asseclas, sectários em geral.
Quando, em dezembro de 2001 e janeiro de 2002, através de intensos protestos os argentines derrubaram cinco presidentes da República em 23 dias, comecando por Fernando de la Rúa, o lema era: "Qué se vayan todos!". Esta deve ser a ordem no Brasil agora, incluindo na lista dos excluídos pelo povo a milicaiada golpista para que uma autêntica democracia, sob um governo realmente popular, ascenda ao poder - o que não se dará apenas através de eleicões como insistem PT e "esquerda" em geral, mas de intenso engajamento popular por objetivos bem definidos e claros.
Golpe à Democracia no Brasil Relaciona-Se à Geopolítica Regional e Mundial
Militarização do Brasil vem sendo esboçada há anos, e os sucessivos golpes à democracia possuem remetente e
objetivos tão claros que apenas um míope intelectual (para dizer o mínimo) é incapaz de enxergar. Atual guinada
à extrema-direita não se trata de "fenômeno a ser sociologicamente desvendado". Pelas dúvidas, WikiLeaks e
Snowden corroboram de maneira inconteste tais verdades, aos espíritos realmente dispostos a encontrá-las
Militarização do Brasil vem sendo esboçada há anos, e os sucessivos golpes à democracia possuem remetente e
objetivos tão claros que apenas um míope intelectual (para dizer o mínimo) é incapaz de enxergar. Atual guinada
à extrema-direita não se trata de "fenômeno a ser sociologicamente desvendado". Pelas dúvidas, WikiLeaks e
Snowden corroboram de maneira inconteste tais verdades, aos espíritos realmente dispostos a encontrá-las
25 de março de 2018 / Publicado em Pravda Brasil e em Global Research (Canadá)
É realmente espantoso que, a fim de se tantar compreender (se é que determinados indivíduos buscam compreender) o que anda ocorrendo na política e na própria sociedade brasileira, haja considerável dificuldade no País em se colocar alguns fatos da mais alta relevância em contexto, e inclusive se lambrar hoje, tempos mais sombrios pós-"redemocratização", das denúncias documentais de Edward Snowden de que o Brasil vinha sendo, por dez anos até 2013, o país mais espionado de toda a América Latina e um dos mais espionados em todo o mundo pelo regime de Washington.
Logo da descoberta de petróleo na camada pré-sal do litoral brasileiro em 2008, que coloca o País entre as maiores reservas mundiais do produto, Tio Sam reativou a IV Frota Naval desativada até então desde o final da II Guerra Mundial (1945) que navega até hoje nas proximidades da mencionada região petrolífera, ferindo a soberania e, consequentemente, é claro, ameaçando a segurança nacional.
Vale destacar que, sobre isto, os autodeclarados "patriotas" à direita no Brasil (donos de peculiar raiva ideológica que perambula entre esquizofrenia democrática e histeria justiceira de acordo com cada caso, e quando lhes convém) jamais disseram uma vírgula sequer, repetindo assim um velho filme, bem conhecido de longa-data e que se repetiria mais tarde, em casos similares.
Naquela mesma época, o jornal mensal carioca A Nova Democracia publicou reportagem (role a tela) em que denunciava:
"Os brasileiros vêm sendo alvo de uma monumental tentativa de embuste, na sequência de uma série de casos de grampos telefônicos legais ou ilegais. (...)
"São investigações de fachada, falsos surpreendidos, mentirosos fingindo-se de escandalizados, CPI dos grampos comandada por um legítimo representante do Estado policialesco, e promessas de regulamentação daquilo que foi criado exatamente com o objetivo de funcionar na surdina, à revelia de qualquer supervisão de caráter verdadeiramente democrático. (...)
" As classes populares não podem se deixar iludir por toda esta concertação (...). A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) não passa de uma reedição do SNI, o Serviço Nacional de Informações, criado sob a supervisão da CIA em 1964 pelo gerenciamento militar então recém instaurado no Brasil.
"A Abin foi criada há quase dez anos, e quase dez anos depois do fim do seu antecessor. O "monstro" — nas palavras do antigo manda-chuva do SNI, o general Golbery Couto e Silva — foi extinto em 1990 e ressuscitado em 1999 por obra e graça de Fernando Henrique Cardoso, sendo então devidamente rebatizado. (...)
"Hoje, os sucessivos casos de grampos ilegais que chegam ao conhecimento público — além das exorbitantes 407 mil autorizações judiciais para escutas telefônicas — nada mais são do que a ponta do iceberg. Valendo-se das atualizações tecnológicas, generalizou-se uma prática fascista do SNI na época dos milicos sob o nome de "sangrar linhas. (...)
"Manteve-se para a Abin a dupla missão que norteava o SNI, ou seja, minar a resistência interna às políticas de entreguismo e colaborar com o USA na perseguição internacional àqueles que se opõem à dominação imperialista."
Em janeiro de 2013, segundo documentos apresentados pelo ex-contratista da CIA Edward Snowden, o Patropi era exatamente o mais espionado do mundo, e junto (atenção para estas informações) sua então presidente Dilma Rousseff, a Petrobras e até milhões e milhões de civis comuns (incluindo as figuras dos perfeitos idiotas que hoje integram movimentos "tipo-exportação" como MBL, comprovadamente financiados por personagens ao norte do Rio Bravo). Naquele período, foram nada menos que "2,3 bilhões de telefonemas e mensagens espionados", segundo a reportagem", segundo reportagem (role a tela) de O Globo à época.
Logo a seguir, importamos do mundo árabe (ilustre desconhecido a nível nacional, vale colocar em questão) a "Primavera": as tais Jornadas de Junho levaram às ruas milhões de pessoas que, fato comprovado por diversas entrevistas inclusive internacionais, atrapalhavam-se em dizer contra o que protestavam então, qual era a reivindicação que as levava às manifestações em enorme medida impulsadas por ele mesmo, Fez-se buque.
Este lixo de rede social, segundo WikiLeaks "máquina de espionagem em massa" que todo cidadão dotado do mínimo senso de diginidade deveria deletar para todo o sempre, criou à época milhares de falsos perfis arrastando as multidões desavisados às ruas de todo o Brasil, inúmeros desavisados que mesclavam alegria ocasional com raiva por não se sabia bem o quê; mas a ordem era extravasar.
Entrevista Telesur com uma reaça tupiniquim do Rio de Janeiro à época, mostrou-a gaguejando ridiculamente diante da pergunta da repórter sobre o que revindicava nas ruas, até palrar qualquer coisa catada em seu imaginário aleatório: "Corrupção! Lutamos contra a corrupção!".
A revista Caros Amigos entrevistou uma empresária do ramo da farmácia na avenida Paulista entre os manifestantes, que condenava severamente o governo Dilma por tentar importar o bolivarianismo da Venezuela; questionada sobre o que siginficava bolivarianismo, segura na cadeira: a reaça de turno deu mais um exemplo perfeito da ignorância de seu segmento ao dizer que se trata de políticas da Bolívia, destinadas a ferir a soberania nacional uma vez impostas no Brasil (enquanto, para terminar o tragicômico festival da mais retumbante imbecilidade, a mesma cidadã defende, sim, ditadura dentro de casa). Vale destacar que o termo bolivarianismo, e a Caros Amigos observou isto também, refere-se à política independendista de Simón Bolivar (= bolivariano, nada a ver com boliviano) para a América Latina.
Durante nossa "Primavera", que miraculosamente terminou tão repentinamente quanto começou sem ninguém entender nada do que nem para que aconteceu bem ao estilo das "Primaveras" mundo afora, cuja artificalidade e origem são bem conhecidas (The Arab Spring: Made in the USA; IT'S OFFICIAL: “ARAB SPRING” SUBVERSION U.S. FUNDED; WIKILEAKS: Telegrama secreto emitido pela Embaixada dos EUA em Damasco, Síria, role a tela), os três principais jornais do Brasil publicavam "pesquisas" (guarde-se este dado) claramente favorecendo um cenário para intervenção militar no País, quase que diariamente.
E através de terrorismo jornalístico pela mesma grande mídia, a então presidente Dilma que contava com amplos índices de popularidade e taxas de emprego recorde na história do Brasil, de repente passou a cair vertiginosamente em termos de popularidade, sem nenhuma justificativa a não ser muito xingamento do mais baixo nível.
Sem nenhuma explicação, sem nenhum fato concreto jamais mencionado a não ser muita ofensa pessoal. Ali, passou a ser assustador o cenário; exacerbavam os velhos ódio e ressentimento especialmente das classes média e alta, cheia de preconceitos, enquanto Estratégias de Tensão ocorriam por todo o País na tal "Primavera", inclusive ataques de militares travestidos de manifestantes contra órgãos públicos.
Até que veio a "Primavera" versão 2016 apresentando como novidade um subproduto da anterior: obscuros movimentos como MBL, desavergonhadamente seletivos e covardes em seus "protestos" - cuja máscara vem se despedaçando em ritmo acelerado há uns tantos meses.
Hoje, a sempre pobre indústria brasileira (também por irresponsabilidade petista, mas não apenas) está destroçada, a começar pela (atenção) Petrobras, e ao menos 50 por cento dos brasileiros apoiam raivosamente intervenção militar a nível nacional - 78 por cento apoiam essa afronta ao Estado de direito e à vida humana quanto à intervenção no Rio há um ano e meio do regime do ultradireitista Donald Trump nos Estados Unidos, que tem manifestado abertamente de levar às últimas consequências a "política" idealizada pelo presidente estadunidense James Monroe (1817-1825), "a América para os americanos" conhecida como Doutrina Monroe, isto é, a América Latina como quintal dos norte-americanos - e isso mesmo os "lords do bem-dizer" na terra da liberdade" declaram em público, sem o menor contrangimento.
Em setembro e dezembro do ano passado, o general Antônio Hamilton Mourão sugeriu que as Forças Armadas podem participar de uma intervenção militar no Brasil, caso se instale uma situação de "caos no País", ao mesmo tempo que militares norte-amaericanos realizavam exercícios em território roraimense: gravíssima afronta à soberania nacional. Ambos os fatos somam-se entre os vários, que apontam sério indicio de que o Brasil está muito mais próximo de um novo regime militar que à implementação, finalmente, de uma democracia efetiva.
O Brasil que, durante os anos de Luiz Inácio e Dilma fortalecia como nunca antes na história a integração latino-americana (criação da Celac, Banco do Sul etc) e a própria aliança de cooperação Sul-Sul da economia mundial a fim de se descolar de Washington, além do Brics que ascendia potente bloco a nível mundial, está hoje isolado, empobrecido diplomaticamente, e toda essa integração tão temida pelo regime de Washington, enfraquecida.
Em 2005, foi Luiz Inácio Lula da Silva quem, em parceria com Hugo Chávez e Néstor Kirchner, afundou de vez os sonhos estadunidenses de impor a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) à América Latina, bloco que terminaria de arrasar com a economia da região em favor de Washington.
Nos anos do PT, o Brasil acentuou o tom contra as ocupações sionistas contra os palestinos a ponto de a presidente Dilma ter recusado, no início de 2016 (vésperas de sua derrubada, atente-se a isso), de maneira inédita em nossa história, o estabelecimento de Dani Dayan como embaixador israelense em Brasilia por defender abertamente os assentamentos de Tel Aviv sobre indiscriminado massacre e expulsão de palestinos, donos legítimos das respectivas terras.
Houve graves erros petistas, recheados de demagogia e márquetim político mas baixo; houve golpe da Dilma a seu próprio programa de governo assim que, pela segunda vez, pisou no Palácio do Planalto em 2014; as maiores repressões da história pelo Estado brasileiro contra povos originários em favor do agronegócio e dos grandes latifundiários, deu-se nos anos petistas; os lucros bancários promovidos pelo PT deram-se como nunca antes na história, assim como o financiamento petista da grande mídia; Luiz Inácio gargalhou da cara de quem hoje mais precisa para salvar a pele, ao dizer que apenas um débil-mental atinge certa idade mantendo ideias de esquerda, diante de auditório composto pela elite paulistana em 2006; houve alianças indecentes do começo ao fim, que deixavam claro a qualquer um que se voltava contra o PT e ainda cobraria um preço muito maior colocando em risco a própria democracia brasileira (como este autor vinha observando, sob fortes ataques dos neomoderados esquerdistas lulopetistas); houve a mais completa e aberrante cooptação dos movimentos sociais pelo PT, que terminou de generalizar inércia e apatia entre a sociedade, condição que hoje pesa amarga e ironicamente contra o partido derrubado do poder.
Mesmo diante disso tudo o Brasil, com o dueto em questão na Presidência da velha República de Bananas, havia deixado o Mapa Mundial da Fome, e retirado 36 milhões de brasileiros da miséria. Com Dilma o Brasil viveu pleno emprego e, com ambos, Luiz Inácio e Dilma, o País estava menos distante (digamos assim, pois o termo "mais próximo" poderia ser um exagero a governos neoliberais com aspecto humano como os do PT, como diz o economista canadense Michel Chossudovsky) de futuros governos efetivamente populares do que esse de hoje e qualquer um envolvendo MDB, PSDB e tantos outros - até pelo que sempre esteve em torno do ex-dueto presidencial e de seu partido.
Nunca o Brasil foi tão respeitado em todo o mundo, nunca esteve tão afirmado diplomaticamente e, consequência disso, com tanta voz nos mais diversos organismos internacionais. Nunca houve tanta esperança no Brasil, em parceria com africanos, latino-americanos, russos, chineses, indianos, de se vencer o imperialismo e de se construir economias mais voltadas à cooperação que à imposição e pilhagem de riquezas alheias.
E inúmeros cabos secretos e ultrassecretos emitidos pelos "embaixadores" (espiões) estadunidenses em Brasilia, liberados pela rede do jornalista australiano Julian Assange, atestam preocupação em relação a isso tudo por parte dos melhores amigos dos hoje donos do poder deste país falido, com sua "Ponte para o Futuro" que terminou de nos arrasar.
O acelerador do desmonte nacional e do enfraquecimento do Estado de todos os lados, Michel Temer, segundo WikiLeaks informante da CIA no Brasil, e o juiz Sérgio Moro, desmantelador da indústria nacional quem ainda, outrossim de acordo com cabos confidenciais liberados por WkiLeaks, foi treinado com colegas de toga por Tio Sam, são a maior evidência disso tudo. Um contexto simples de ser entendido: o "fenômeno" brasileiro está intimamente relacionado a métodos bem antigos, que passam pelas vésperas de 1964.
A (ir) responsabilidade da mídia alternativa diante desta situação caótica - setor midiático que não faz totalmente jus à autodenominação -, dá-se no fato de tentar, em muitos casos envolvendo política nacional, combater tendencionismos dos monopólios midiáticos com outros tendencionismos e ocultação de informações cujo natural efeito colateral, é prestar sua enorme porção de serviço à alienação coletiva. Manipulações midiáticas apenas podem ser combatidas através da verdade dos fatos, e isso não tem sido completamete praticado no Brasil (em nada por ingenuidade "alternativa", mas por interesses político-partidários).
Ele pode por algum motivo não ocorrer, mas um novo golpe militar está na ordem do dia de diversos usurpadores do poder, entre eles a poderosa FIESP que promoveu o golpe de 1964 travestido de Revolução Democrática: que ninguém esperava, e com dinheiro e orientações da CIA (nem de ideias golpistas originais, nossas classes dominantes são capazes). Hoje, os sinais estão mais que claros, escancaram sobre o sangue de mártires como Marielle. Aliás, em um país sem memória que carece de mártires-exemplos a serem seguidos. Presente!
Brasil Tornou-Se a "Venezuela" das Lendas Reacionárias
Enquanto nunca importou que a Venezuela sofre boicote econômico e invasão de capangas colombianos devidamente
pagos, atual tragédia brasilera traz contra si o fato de ter contado com amplo apoio popular desde as raízes, nanificado
moralmente na ridícula "Ponte para o Futuro". Mas em terras tupiniquins, cinismo ilimitado é sempre a ordem do dia
23 de março de 2018 / Publicado em Pravda Brasil e em Global Research (Canadá)
A Venezuela vive guerra econômica - nada nova na história - que inclui comprovado contrabando e armazenamento ilegal de toneladas e mais toneladas de produtos básicos a fim de gerar escassez no país caribenho; não fosse assim, não teria ao longo de todos esses anos acumulado vitórias eleitorais,com maciço apoio social através de pleitos elogiados internacionalmente, inclusive pelo ex-presidente estadunidense Jimmy Carter: "Mais seguro sistema eleitoral dos 92 paises que observei. Os EUA têm muitas lições a tirar da Venezuela, (...) melhor sistema eleitoral do mundo".
Além disso, capangas especialmente da Colômbia têm cruzado a fronteira a fim não apenas de assassinar políticos bolivarianos, como também eleitores do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) - ou "suspeitos" de serem tais, isto é, cidadãos venezuelanos de pele mais escura. Tudo isso, apoiado abertamente pela oposição política e mídia locais.
Mesmo assim, o presidente Nicolás Maduro, favorito para vencer as eleições de abril, entregou até agora nada menos que dois milhões de casas populares de alto padrão que incluem centros de lazer e de saúde, construídas em quinze anos, e com os ganhos da criptomoeda denominada Petro, atrelada ao petróleo venezuelano, já promete mais 236 mil casas para este ano Maduro e o antecessor Chávez nunca dexaram de cumprir tais promessas, daí os números de residências entregues como parte de investimentos sociais que têm recebido elogios de diversos organismos internacionais). E até 2019, serão contruídas mais residências populares que totalizarão três milhões entregues pelo governo bolivariano.
Não sem razão, não há páreo contra ele entre uma oposição, lá, semelhante à direita brasileira no que diz respeito à baixeza intelectual e moral, e à agressividade exagerada.
Enquanto isso, ao longo desse tempo todo foi impossível dialogar, tentar levar aos reacionários brasileiros uma outra narrativa envolvendo essa questão: a da artificialidade comprovada da crise econômica - não tão grave quanto se diz, mas uma crise, sim -, e de uma violência em grande parte programada, e completamente invertida pelos meios de comunicação - tanto quanto têm sido difundidas diversas imagens de supermercados vazios que não são venezuelanos, sendo um deles até nova-iorquino travestido pela mídia, sabidamente manipuladora, de venezuelano.
Diante do boicote econômico, por algum período chegou a faltar papel higiênico porém não em escala alardeada pela grande mídia: foi o suficiente para seres sequer capazes de localizar no mapa o país caribenho, apresentarem mais um festival da ignorância e do ódio, sem aceitação de nenhuma vírgula que fugisse do que lhes impõe meios como Rede Globo, Veja, Estadão etc.
Se quando, recentemente, faltou papel no Brasil por razoavemente longo perído a fim de se emitir passaportes este autor questionou esses setores da sociedade brasileira (calada), e agora que o Brasil, insatisfeito com as taxas anuais de 60 mil mortes violentas além da polícia mais violenta do mundo, tem ido além e assassinado semanalmente políticos como Marielle, a resposta que se recebe dos conservadores em geral é que se trata de "mais um(a), vítima da violência", nada mais que isso. Indiferença com o objetivo claro de se "deixar passar...". Por quê?
Enfim, acusavam e acusam equivocadamente a Venezuela de viver sob ditadura, algo não dito por todo o país caribenho sequer entre cidadãos que não votam no PSUV, enquanto advogam para dentro de casa (Brasil).. exatamente um regime ditatorial! Isso vai muito além da contradição: é idiotice ou até mesmo problema patológico de alto grau, enquanto acusa (equivocadamente e sem margem ao contraditório) o outro, daquilo que aprova para si. Há algo mais enfermante?
Nem a oposição venezuelana, fundamentada em acusações mentirosas, acusa Maduro e Chávez de abusarem do erário e de casos de corrupção diversos, a não ser alguns factóides sem nenhum sentido que acabaram se perdendo nas próprias contradições e boatos. Se entre opositores comuns, não-eleitores do PSUV por toda a Venezuela costumam negar que se vive ditadura quando perguntados - "a liberdade é tanta ue chega a ser até libertinagem", chegou a ouvir este autor -, entre eleitores bolivarianos é muito comum chorar de emoção ao se referir à Revolução Bolivariana, como pode ser visto nesta série de videoentrevistas.
Que dizer, pois, do Planalto e Congresso brasileiros nestes sentidos, corrupção e excesso de arbitrariedades? Vale ressaltar que esta pergunta, como todas as demais, não são direcionadas a cidadãos venezuelanos, em geral não entremetidos em assuntos alheios a fim de não ferir soberanias nacionais, mas a brasileiros alegadamente incomodados com ditadura, corruppção, violência e falta de dinheiro no bolso... do outro. Ainda que um outro ilustremente deconhecido - e nem se queira conhecê-lo bem. Que dizer, pois, deste Brasil de hoje entregue às dessa gente - Temer, MBL, Bolsonaro, Rodrigo Maia, João Doria "gestor, não político", Alckmin -, escolhida a dedo pela mídia e por grande parte da sociedade?
Há sete dias da morte da Marielle no Rio, em uma missa de "Ipanema" o padre tentou lembrar e rezar por esta que foi brutalmente assassinada, tendo sido interrompido e xingado por dois "católicos" que tiveram que ser retirados por seguranças do encontro de "paz" e "oração".
Aliás, se seguranças não tivessem retirado nossos "democráticos" reaças tupiniquins da missa da riquíssima Ipanema, teriam aquelas bestas humanas agredido fisicamente ou até mesmo assassinado o sacerdote? Neste caso, tampouco mereceria a indignação do setor brasileiro em questão,pois seria algo que confrontaria suas patologias e interesses, certamente.
Além da severa crise econômica, e crescente (o buraco será ainda mais fundo) pós-Ponte para o Futuro de Temer e das classes média e alta cujoo presidente da República, com meia dúzia de palavras de péssimo gosto capazes de enganar apenas um perfeito ignorante, nunca aceitou contra-argumentação de que, inevitavelemente, dar-se-ia com os burros n'água como todos sentimos diariamente no bolso e na geladeira de nossas casas. E nas próprias ruas, cada vez mais violentas.
Até porque, atualmente, mesmo organismos como FMI condenam políticas econômicas neoliberais, que andam na contra-mão das políticas da grande maioria dos governos internacionais, baseadas em invetimentos sociais, em maior ou menor grau dependendo de cada caso, para sair da crise: tomemos como exemplo de rotundo fracasso das mesmas políticas adotadas pela marionete Temer hoje, nos casos de Espanha, Portugal e Grécia - além de uma breve espiadinha na própria história do século XX.
Contudo, essa discussão toda sem dúvidas foge das habilidades dos nervosos miolos dos teólogos do livre-mercado irrestrito, outros tantos milhões de fantoches nas mãos da mídia predominante deste país - este setor sequer se interessa por isso... Folha de S. Paulo, Silvio Santos, Rede Record etc, são extremamente eficientes na arte de alienar (= emburrecer) as massas.
Na elitizada Santa Catarina brasileira (não por acaso, o estado em que menos se lê no Sul-Sudeste nacional), este jornalista tentou argumentar isso mesmo, que a imoral Ponte para o Futuro seria um rotundo fracasso - em 2016 já dizia que este 2018 seria o pior ano da história do Brasil -, e terminou ameaçado de agressão para, semanas depois, acabar agredido verbal e fisicamente na mesma época em que capas da revista Caros Amigos, para a qual este comunicador escrevia à época, eram atacadas diariamente nas bancas de jornal da cidade de São Paulo, em julho do ano passado.
Tudo isso, para nem mencionar a corrupção indiscriminada, encrustrada na política brasileira a qual, até antes de ontem, era motivo do profundamente histérico berreiro entre brazucas mais "moralistas"... hoje substituído por coisas como vídeos de Ronald Golias nas redes sociais (exatamente como se deu nas primeiras horas pós-assassinato da Marielle por este setor doentio), e nenhuma manifestação popular desde que esta cumpriu, em 2013 e 2016, a agenda claramente politiqueira.
Pois não é que o Brasil tornou-se a "Venezuela" do imaginário midiático e reacionário tupiniquim?
A diferença é que se na Venezuela o grosso da população, cerca de 90% constantemente se opõe ao jogo violento da direita e à sua (falta de) proposta econômica ao país, enquanto no Brasil desavergonhado essa tragédia tem se dado exatamente sob a Presidência de um fantoche conclamado pelo segmento reacionário nacional - a autoconsiderada "nata intelectual e moral", elite econômica e nada mais que isso incapaz de algo mais que escolher a marca do papel higiêncio, por falar nisso -, e todo esse cenário tem também o apoio, ou ao menos a cumplicidade, de uma das sociedades mais ignorantes do planeta.
Outra gritante diferença é que a violência de Roraima para baixo, até o Rio Grande do Sul, em enorme medida possui raízes na incompetência local, sobretudo na repressão estatal histericamente defendidas pelas classes dominantes.
E agora, onde está a indignação contra o próprio umbigo? O pedestal imaginário era hiperdimensionado para si mesmo, de maneira que agora não há condição de se fazer auto-crítica neste sentido.
É estranho que durante todos esses anos tenha-se apontado canhões tão agressivos contra um país que, repita-se, o grosso dessa gente mal sabe localizar em um mapa, nação pela qual nunca se houve o menor interesse anteriormente, enquanto essa mesma gente esteja, agora, em silêncio diante do que o Brasil acabou sendo transformado - e transformado por eles mesmos, os quais sabem bem disso.
Sociedade que, em geral, insiste em não tomar lições da história - e bem antes da Venezuela, muitos sequer são capazes de localizar no mapa nacional a própria capital Brasília. Alguma dúvida?
Por Que o Assassinato da Marielle É Altamente Perturbador
21 de março de 2018 / Publicado em Global Research (Canadá) e em Pravda Brasil
O assassinato da Marielle Franco não é mais um entre milhares, como a maioria idiotizada por excrecências como Rede Globo, Veja, Estadão e diversos reaças tupiniquins têm afirmado, por alguns motivos mundialmente claros.
Vale apontar que nesta terça-feira, entre manifestações populares em todo o mundo, foi a vez de The Washington Post concordar com este autor e com todos os habitantes da Terra exceto uma centena e tantas dezenas de milhões de brasileiros, autoconsiderados a "nata intelectual e moral": o jornal norte-americano publicou reportagem indignada com a morte da ativista pelos direitos humanos no Rio.
Antes de mais nada, trata-se de uma vereadora. Assassinada brutalmente (= crime hediondo) em pleno Centro da segunda maior metrópole do País. Marielle foi morta com uma arma capaz de atirar 20 balas por segundo (!) um dia após ter denunciado, como sempre fazia, o 41º Batalhão de Polícia Militar da sua cidade, mais violento do mundo.
O assassinato da Marielle, ativista pelos direitos humanos, não é mais um, vitima de violência "fortuita" como andam palrando especialmente os ignorantes, histéricos, raivosos e devastadores setores reacionários pois teve um motivo bem claro: silenciar uma voz que denunciava os crimes contra sua gente, gente das favelas e de sua etnia, a negra. E aí mesmo está o grande problema para o brasileiro médio, dono de mentalidade elitista.
Diferentemente de seus politiqueiros de estimação, que os enganam com estupidez/márquetim político de péssimo nívelcomo o "gestor e não político" prefeito paulistano João Dória, bem à altura da mentalidade dessa gente, Marielle não vivia engabinetada, e foi enterrada em um cemitério ao lado de outros favelados: morreu tão barbaramente quanto brava e dignamente!
O assassinato da Marielle esfrega na cara da sociedade e do mundo a máfia policial - que deveria, ao menos por motivo de mínima coerência, indignar os reaças tupiniquins -, e a própria insegurança pública como natural consequência dessa farra fardada, generalizada e desavergonhada.
E, a grande ferida, o assassinato de Marielle escancara, tanto quanto a resposta de milhões de imbecis a ele, o ódio étnico e classista, uma guerra declarada contra negros, vermelhos e pobres deste país falido!
Essa voz eles querem silenciar, voz farta por um "já basta" de genocídio étnico e classista no Brasil. Essa vergonha contra si, tentam abafar.
Imaginemos por um instante, perguntando-nos a nós mesmos (o famoso "olhar-se no espelho" da psicanálise): como estaria o País hoje se fosse o deputado carioca Jair Bolsonaro, que se enriqueceu tanto na política, assassinado daquela maneira, naquele lugar e mais, após ter denunciado constantemente militantes de esquerda, e por estes ter sido ameaçado até às vésperas do crime?
Até quando uma vida branca e abastada financeiramente, valerá mais neste País?!
Marielle, presente, nosso amor!
Mundo Surtou. Viva a Primavera Tupiniquim!
21 de março de 2018 / Publicado em Pravda Brasil
Tenho trocado informações e ideias constantemente com contatos estrangeiros sobre últimos acontecimentos no Brasil, cujos amigos andam manifestando indignação sobre o que lhes parece inimagináveis situações ocorrendo em terras tupiniquins. O Brasil anda sendo muito mal compreendido lá fora, mesmo - há muita má vontade, talvez até inveja recheada de arrogância dos "gringos".
"Ridículo!", "Assustador" etc vêm de mentalidades como Peter Kuznick, John Kiriakou, Noam Chomsky, Michel Chossudovsky entre outros especialistas internacionais.
O mais recente fato levado a esses seres que não entendem nada de Primavera brasileira é o fato de que "honrarias" públicas à Marielle têm se dado também - e sobretudo - através de agitações de bandeiras político-partidárias (de "esquerda") nas ruas nacionais.
Como na última terça-feira houve tiroteio em Maryland, Estados Unidos, dei a ideia ao morador daquele estado, historiador Peter Kuznick, de fazer uso da liberdade democrática e sair às ruas, em homenagem às vítimas, com uma bandeira do Partido Democrata - até para comemorar/esfregar na cara do neonazista Partido Republicano, as vítimas do ataque.
Mas eles não entendem esse tipo de "ato de democrático"... O que seria uma grande inovação no estrangeiro, a ideia deste autor naufragou logo de cara!
O fato de que "professores" e "Advogados pela Democracia" (de "esquerda") tenham recentemente em Campinas, berrando em nome da liberdade de expressão, expulsado a chutes e cotoveladas colegas e pais de alunos de um "debate" por discordar de suas ideias, valeu o "ridículo!" de Kiriakou.
Apenas para ficar nestas duas... "manifestações democráticas".
O que acontece é que o mundo todo está errado, é claro, e viva a Primavera brasileira! Viva a democracia tupiniquim!
Quanta vergonha...
Intervenção Militar no Rio: 'Laboratório para o Brasil'?
Exatamente há um mês da intervenção militar no Rio, execução de Marielle escancara a guerra étnica, classista e política em curso no Brasil - desde sempre. Onde está a Primavera? Onde estão, agora, os raivosos guardiães da segurança pública entre a altamente hipócrita sociedade brasileira? "O assassinato da Marielle é uma tentativa de atemorizar a esquerda brasileira", diz o historiador Vitor Schincariol
Exatamente há um mês da intervenção militar no Rio, execução de Marielle escancara a guerra étnica, classista e política em curso no Brasil - desde sempre. Onde está a Primavera? Onde estão, agora, os raivosos guardiães da segurança pública entre a altamente hipócrita sociedade brasileira? "O assassinato da Marielle é uma tentativa de atemorizar a esquerda brasileira", diz o historiador Vitor Schincariol

Publicado em inglês em Pravda Report (Rússia), em Global Research (Canadá), e em Telesur
Em português em Global Research e Pravda Brasil, e em espanhol em Globalización
As revistinhas distribuídas pelos oficiais das Forças Armadas no estado do Rio a crianças, desde os primeiros dias da intervenção, cuja capa traz um monstro vermelho (o "perigo vermelho") tentando devorar um menino branco e loiro protegido por dois militares, tem tudo a ver com o assassinato brutal com quatro tiros da ativista pelos direitos humanos e vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSoL), 38, no último dia 14, quando retornava de um encontro de mulehres negras para discutir engajamento social contra abusos do Estado e de uma sociedade brasileira altíssimamente discriminatória, especiamente contra etnias negras e indígenas, e classes menos favorecidas. Agressividade rara, difíicil de se encontrar mundo afora.
Sectários! Covardes! Cínicos! Crueis! Histéricos! Ignorantes! Psicopatas! Sofrem da patologia do poder! Tal abordagem, retrata perfeitamente a estatura intelectual e moral da ala reacionária deste País!
E agora, que a negra e pobre Marielle da favela da Maré foi cruelmente morta, onde está a Primavera, Brasil? Onde está a indignação raivosa neste momento, MBL, Vem prá Rua, FIESP, bolsonaristas, crentes gospel-evangélicos & cia? Não há manifetsação popular para "essa gente" da classe e etnia da Marielle, tanto quanto não há para os crimes cometidos por gente como Michel Temer, Aécio Neves, Geraldo Alckmin & cia, pelo proprio enriquecimento meteórico da família Bolsonaro uma vez na política, nem sequer pelas forças de um Estado profundamente opressor e corrupto. Vergonha! Mas neste país, os canalhas se atraem. "Indignação", sempre desavergonhadamente seletiva em uma sociedade altamente discriminadora em todos os segmentos.
"Quem pode manda, quem tem juízo obedece": é essa patética máxima histórica que tem sido imposta dia a dia à sociedade pelo Estado e pela própria sociedade, indisfarçavelmente tentando ser levada às últimas consequências nestes sombrios dias brasileiros. É esse raciocínio encrustrado na alma do brasileiro, perpétua mentalidade escravocrata, que torna barbáries como contra a Marielle mais "aceitáveis".
Guerra Declarada contra o Povo por um Estado Canalha e Classes Dominantes Devastadoras
As balas usadas no crime que assassinou também o motorista Ândesron Gomes (39), cometido exatamente um mês após a ocupação militar na "Cidade Maravilhosa", um dos paraísos da bandidagem institucionalizada deste País, advieram da Polícia Federal (PF) em 2006. Compradas pela equipe oficial de Brasília, os criminosos muito provavelmente as obtiveram, deireta ou indiretamente, através da corrupção na PF. A arma, permitia atirar 20 balas por segundo (!).
Marielle não reagiu ao ataque, e nada foi roubado, o que reforça a tese de execução sumária - os próprios assassinos que utilizaram dois carros para a emboscada, tiveram o cuidado de executar o crime em um local mais escuro, sem câmeras de vigilância e em local com várias saídas à cidade para veículos, o que, no primeiro caso, apenas pode ser do conhecimento de funcionários da segurança pública, funcionários públicos, ou de indivíduos que tenham tido íntimo contato com estes para ter o cuidado de se prevenir desta maneira.
Quatro dias antes da execução, Marielle havia publicado em sua rede social uma nota repudiando o 41º Batalhão da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, na qual, segundo ela, policiais jogaram dois garotos em um rio após tê-los assassinado. Tal Batalhão é o mais violento do estado, e amplamente conhecido na vizinhança e nas favelas da Zona Norte carioca como antro de bandidos fardados, especialistas em abusos contra inocentes (pobres e negros), execuções e torturas de massas (pobres e negras) desarmadas.
Embora a grande mídia de idiotiação em massa brasileira tenha exibido pós-assassinato uma Marielle ativista por luta abstrata, por uma paz genérica deslocando sua causa do contexto étnico, político e classista - causas que levaram a mulher negra da favela do Rio à morte -, este crime tem muito o que revelar sobre a assustadora realidade do Brasil. "O assassinato da Marielle é uma tentativa de atemorizar a esquerda brasileira", diz o historiador Vitor Schincariol.
A guerra é também ideológica, por parte dos mesmos ignorantes travestidos de "não-ideológicos", os "apolíticos", tão "patriotas". Apenas um perfeito idiota para permitir ter os miolos pautados por essa gente, convenhamos! Respiram Rede Globo, engolem Veja, têm Folha encrustrada nos neurônios, vomitam Silvio Santos, urinam Gentilli, arrotam Jovem Pan, defecam Estadão e, elitistas por excelência, fieis seguidores de um bando de jornalistinhas afrescalhados, cínjcos politiqueiros disfarçados que atuam muito mais como publicitários do 1% do topo da pirâmide, bebem diariamente o sangue de cidadãos inocentes, dos verdadeiros pacifistas e patriotas brasileiros como Marielle.
Diante da profunda diversidade literária nas livrarias e bancas de jornal, sobretudo da era de relativa revolução da informação através da Intenet, essa gente melancólica, para dizer o mínimo, dona de desavergonhada indignação seletiva e incapaz de demonstrar o mínimo de autonomia reflexiva, de possuir visão de mundo que ultrapasse as respectivas polegadas da TV local, tem subterfúgio cada vez menos legítimo ao apresentar escusas pela escravidão mental.
Portanto, cúmplices de um Estado canalha, desta sucessão diária do terrorismo de Estado brasileiro. São os medíocres citados pelo poeta Sérgio Vaz, que não fazem nada para mudar a própria vida, mas se aborrecem profundamente quando você dá um passo à frente na sua:
O medíocre é aquele que não faz nada para mudar a própria vida, mas se incomoda com a mudança que você faz na sua. Um bom medíocre sabe tudo sobre nada, discorda sempre do óbvio. É oco, insípido e inodoro. Na sua pequenez, não conhece o sabor da derrota nem da vitória. Braços cruzados, posição predileta. A mediocridade é amiga íntima da inveja, outro sentimento profundo.
A vereadora e ativista costumava denunciar os graves crimes dos órgãos de segurança públicos contra residentes de favelas da mesma cidade que os militares, hoje, alegam defender; duas semanas antes de ser morta, Marielle tomou parte em uma comissão para analisar a intervenção militar do golpista - informandte da CIA no Brasil segundo cabos secretos liberados por WikiLeaks. Ela mesma, logo, passou a denunciar abusos.
Marielle não foi roubada nem reagiu aos tiros, levados por trás, o que muito provavelmente caracteriza execução sumária. Por isso tudo, somado a suas origens, não merece a mesma indignação da "nata" intelectual e moral, os bonequinhos e papel e bibelôs em geral deste país hipócrita!
Acima da Lei, Acima do Bem e do Mal: A Patologia do Poder
Ao mesmo tempo, o comandante das Forças Armadas, Eduardo Villas Bôas, disse em encontro oficial de 19 de fevereiro que a intervenção no estado fluminense requer "garantias" a fim de se evitar uma nova "Comissão da Verdade": os usurpadores do poder patologicamente saindo do armário, indecentemente acima da lei, criminosamente acima do bem e do mal. Sem vergonha, e sem o menor peso na consciência.
Segundo o professor doutor Schincariol, docente da Universidade Federal do ABC (UFABC) de São Paulo, o impedimento de Dilma Rousseff em 2016 "não foi suficiente para evitar a continuidade das mobilizaçoes das forças progressistas no País, sob diferentes formas democráticas, com suas legítimas exigências de igualdade de direitos entre brancos e negros, mulheres e homens, etc".
O renomado historiador explica que as forças de direita estão conscientes disso, de maneira que tentam brecar as organizações populares. "Desta maneira, as máfias das forças de direita juntamente com as forças imperialistas, estão disputando um jogo crescentemente perigoso,o qual possui como efeito lógico o questionamento das formas tradicionais de oganizações democráticas pela própria esquerda, e sua substituição por outras mais radicais".
O pesquisador tem total razão, e era previsível a essas forças mafiosas que haveria certo grau de insatisfação popular inclusive pelo caos econômico que também era certo quando o golpista Temer assumiu a Presidência, daí a consideração, pelos porões do poder, de um novo golpe militar muito antes do que a maioria dos desavisados brasileiros andam se apercebendo.
Contra Números e Fatos, Não Há Argumentos
Dados de 15 de março, exatamente há um mês da ocupação militar do Rio, baseados em estudos da imprensa e de canais da Polícia Militar do Estado do Rio, revelaram que 149 assassinatos a tiros foram cometidos no período de 30 dias desde 17 de fevereiro, contra 126 entre 15 de janeiro e 16 de fevereiro deste ano. Os tiros na presença de oficiais da segurança representaram 133 do total do último mês (sob intervenção militar), contra 106 do perído de 30 dias anterior (sem intervenção).
Em setembro de 2017, 48% da população brasileira apoiava novo golpe militar no Brasil, número considerável; desta vez, 74% apoiam a intervenção do Rio, "laboratório para o Brasil" segundo o general Braga Neto, interventor do Rio - claramente, mais uma insinuação por parte dos militares de que militarização nacional está na agenda do dia. Quem lia os principais jornais nacionais (porta-vozes dos donos do poder) durante a "Primavera" tupiniquim de 2013, podia perceber de maneira muito evidente um novo golpe latente. E uma sociedade, para não perder o costume, completamente alienada, assustadoramente retrógrada.
Se ditadura de qualquer espécie solucionasse os problemas de uma nação, estes mesmos elementos não estariam agora, como sempre estiveram, aliás, clamando po retorno a um regime de ficou 21 anos no poder e, quando em tese se foi, evidenciou que repressão apenas abafou e acirrou os problemas e a pressão, cuja panela tem seu apito soando cada vez mais descontroladamente, tentando alertar uma sociedade que insiste em fazer do efeito a causa dos problemas.
'Esquerda': Excessiva Agressividade Evidencia a Própria Fragilidade
Como o Partido dos Trabalhadores formou, mal e porcamente, consumidores mas fez questão de "se prevenir" não formando cidadãos, aí está ele, provando uma vez mais de seu veneno: vê- se ilhado, diante de uma sociedade completamente alienada, sem capacidade de reação - e até mesmo sem a menor noção do que anda ocorrendo no País hoje [pelo que grande parte da mídia autoproclamada "alternativa" do Brasil é, igualmente, (ir)responsável ao praticar o mesmo antijoralismo da grande mídia, apenas pendendo para o outro lado da balança politiqueira conforme será detalhado mais adiante].
Não só o PT, mas uma folclórica "esquerda" completamente sectária, dessituada vê-se hoje sem subsídios para se engajar contra este agressivo avanço reacionário.
O professor Schincariol observa que "dadas as disparidades existentes entre a direita e a esquerda no que diz respeito às capacidades militares, provocar uma guerra civil aberta é o objetivo em nome das forças reacionárias. A combinação das políticas econômicas ortodoxas com a eliminação física de militantes de esquerda agora, nas áreas mais populosas do Brasil, pode lançar uma guerra civil a médio prazo". E acrescenta:
Isso justificaria o uso das forças militares pelo Estado. É o novo cenário em que
vivemos, e as forças democráticas deveriam estar muito preocupadas com isso.
vivemos, e as forças democráticas deveriam estar muito preocupadas com isso.
Desde à vésperas da cassação do mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, a "esquerda" tupinica palrava: "Não vai ter golpe! Vamos ocupar o Brasil!". E esse discurso tragicômico, que não enganava nem os mais ingênuos, seguiu-se a cada fatídico episódio desde que, sim, Dilma caiu e Temer assumiu o poder - passando por todas as medidas aprovadas contra o povo, até a condenação do ex-presidente Luiz Inácio.
O que a "esquerda" tem sido capaz de oferecer é, de PT a PCB, um discurso que apela à violência extrema e indiscriminada - mais uma evidência de sua fraqueza, intelectual e moral, e física também pois estes mesmos personagens e seus respectivos setores não são capazes de nada além de esporádicas e efemeras manifestações com seus cafonas trios elétricos, e bandeiras de partidos e sindicatos. Além de ter como "grande" e único projeto de Brasil, é claro, a retomada do poder via eleitoral.
Luiz Inácio, que chegou ao extremo cinismo de oferecer perdão aos líderes do golpe contra seu próprio partido no final do ano passado, e posar abraçado em campanha eleitoral com nada menos que Renan Calheiros em Alagoas no mesmo período, hoje esboça uma "carta para a esquerda brasileira". (A mídia "alternativa" que acompanhou religiosamente as caravanas do lulinha paz e amor à época, acabou "pulando" o abraço com Calheiros, não noticiando o... "fato").
Tanto quanto os idiotas do MBL andam impondo retumbantes derrotas nos "debates" de péssimo gosto com lideranças de "esquerda" do noso País, muito mais pela fragilidade e "contadições" (i.e., cinismo e excessivo oportunismo) destas que por méritos intelectuais daquele, tudo indica que os motivos de preocupação apontados pelo docente da UFABC não devem surtir efeitos práticos, seja porque a inérica e interesses político-partidários já estão no DNA dos militantes de "esquerda", seja porque já é tarde demais para despertar e tomar atitudes de modo que um novo golpe militar - o qual este autor vem prognosticando convictamente no deserto desde a "Primavera" de junho de 2013 - deve encontrar cenário bem semelhante ao de 1º de abril de 1964, quando em nome de Revolução Democrática os militares golpistas encontararam nas ruas desertas nada mais que pássaros cantando, para impor um regime de terror de 21 anos.
Crimes de lesa-humanidade jamais punidos, e já dizia o jurista argentino Nicolás Avellaneda (1837-1885): "Povo que esquece seu passado, está condenado a vivê-lo novamente". O mesmo Luiz Inácio hoje desesperado, recusou-se a mover uma palha que fosse para revogar a Lei de Anistia aos militares. Alguém ao menos se lembra que o dito-cujo disse, em seu primeiro mandato como presidente, no alto de seu pedestal ao se fechar a vozes alternativas (acusadas pelo PT de "esquerda radical"), que "passado é passado", ou seja, esqueçamos os crimes dos militares?
Neste vídeo, antes de se tornar presidente Luiz Inácio, usando e abusando da cara-de-pau, critica a posição da "esquerda" brasileira sobre o regime militar falando como se a primeira lhe fosse um agrupamento estranho, distante, enquanto enaltece o segundo que nos idos dos anos de 1970 o prendeu e torturou, assim como fez com Dilma além de ter sequestrado e assassinado outros tantos camaradas seus... de direita?
Com os militares o líder petista aliou-se fraternalmente, chegando até a elogiar o regime militar contrariando, assim, toda a América Latina que puniu seus ex-ditadores, e as recomendações de todos os organismos internacionais que exigiam julgamento. Pois é...
Mas a célebre frase viria mesmo durante a ressaca da vitória eleitoral, em dezembro de 2006. Aos apreciadores de teorias políticas, aqui vai:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) arrancou, na noite desta segunda-feira, risos e aplausos de uma platéia formada por empresários e intelectuais ao, de certa forma, desmerecer a esquerda brasileira. Segundo ele, trata-se de uma ideologia típica da juventude.
"Se você conhece uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque está com problema [risos e aplausos]. Se você conhecer uma pessoa muito nova de direita, é porque também está com problema", afirmou o presidente depois de receber o prêmio 'Brasileiro do Ano' da revista IstoÉ.
Lula explicou que, em sua opinião, as pessoas responsáveis tendem a, conforme amadurecem, abrir mão de suas convicções radicais para alcançar uma confluência. Tal fenômeno ele classificou de 'evolução da espécie humana'.
"Quem é mais de direita vai ficando mais de centro, e quem é mais de esquerda vai ficando social-democrata, menos à esquerda. As coisas vão confluindo de acordo com a quantidade de cabelos brancos, e de acordo com a responsabilidade que você tem. Não tem outro jeito".
"Se você conhece uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque está com problema [risos e aplausos]. Se você conhecer uma pessoa muito nova de direita, é porque também está com problema", afirmou o presidente depois de receber o prêmio 'Brasileiro do Ano' da revista IstoÉ.
Lula explicou que, em sua opinião, as pessoas responsáveis tendem a, conforme amadurecem, abrir mão de suas convicções radicais para alcançar uma confluência. Tal fenômeno ele classificou de 'evolução da espécie humana'.
"Quem é mais de direita vai ficando mais de centro, e quem é mais de esquerda vai ficando social-democrata, menos à esquerda. As coisas vão confluindo de acordo com a quantidade de cabelos brancos, e de acordo com a responsabilidade que você tem. Não tem outro jeito".
Em um país sem memória, sem verdade e sem justiça, e sem vontade política de nenhum lado neste sentido, logo a morte brutal de Marielle também cairá no esquecimento geral, e nada mudará no Brasil - a não ser à extrema-direita, única mudança que parece factível neste momento sombrio.
Em epítome: alguém duvida que, uma vez livre da cadeia ou se necessário fosse para se safar dela, Luiz Inácio se "esqueceria" novamente que é de "esquerda", rasgaria essa tal "carta à esquerda", e não hesitaria sequer por um instante em aliar-se às velhas oligarquias nacionais, as mesmas que assassinaram Marielle agora, como fez por 13 anos continuando no segundo semestre do ano passado?
Por isso tudo, a "esquerda" nacional e o partido que tenta se impor como sua porta-voz, o PT, são presas muito fáceis das imensuravelmente medíocres forças reacionárias brasileiras.
Brasil, mostra a tua cara!
Escola sem Partido e Brasil sem Rumo
27 de fevereiro de 2018 / Publicado em Pravda Report (Rússia), e Pravda Brasil
Republicado por Education News (Estados Unidos)
Escola sem Partido (EsP), aprovado em vários estados brasileiros limitando os professores a apenas transmitir os respectivos conteúdos dos materiais didáticos, é claramente um movimento político conservador que, falsamente, afirma-se não partidário. Apenas apoiado em excessiva ignorância alguém pode pretender vender este "projeto" como "livre de ideologias", ou "imparcial".
Enquanto diversos seguidores de EsP não assumem publicamente, alguns líderes têm dito abertamente qual a essência desse novo "projeto": "O papel dos professores não é formar cidadãos, mas apenas repetir o que o livro didático lhes dita". Porém os professores, muito mais que ensinar as respectivas matérias, devem desenvolver senso crítico e criatividade entre alunos.
Assim os professores, especialmente com visão mais progressista que geralmente baseiam o trabalho na conscientização dos alunos, têm sido proibidos de emitir opiniões em sala de aula. A punição proposto por EsP é um processo criminal contra professores que se atrevam a dar qualquer tipo deopinião aos alunos, ou mesmo ir um pouco além dos respectivos livros.
Estudantes patrulham professores, e pais e diretores processam-nos em um tribunal se denunciados por algum aluno: a lei da mordaça no Brasil, retrocesso aos piores anos da ditadura militar.
Por outro lado, o Brasil enfrenta, há muitos anos, profundo ódio em todos os segmentos da sociedade a começar pela grande mídia e a "alternativa" que, recentemente um sentimento mais aberto devido à crise política e financeira, divide nossa sociedade. O "debate" do EsP, por ambos os lados, contrários e favoráveis, representam apenas o último capítulo do ódio profundo entre os brasileiros: está incrivelmente polarizado.
Têm havido inúmeras declarações e atos de agressão em nome da liberdade no Brasil. Tornou-se moda terrível (nada surpreendente para muitos) uma retórica revanchista no país sul-americano, é claro, seguida de atos violentos na sociedade local validando a si mesmo o que condena nos outros - em nome da "liberdade" e " justiça social "(na verdade, um antigo Modo de Vida Brasileiro).
Antes de tudo isso, muitos professores, em seu papel de conscientizar estudantes, têm sido tão intolerantes e muito mais "vendedores" políticos que professores na acepção da palavra (em grande parte, em defesa do Partido dos Trabalhadores; em alguns casos, realmente promovendo a discussão entre alunos, como professores devem fazer). Portanto, EsP não pode ser discutido sem ser levado ao contexto mais amplo do Brasil.
Menos Ruim É o Melhor no Brasil (como sempre)?
A própria Constituição brasileira não limita aos pais a educação dos filhos: diz categoricamente que o Estado compartilha essa função com a família. Além disso, soa como grande piada que o professor não tenha o papel de formar cidadãos, e que ele não seja livre para expressar opiniões na sala de aula - com responsabilidade, sempre se recordando de que liberdade sem regras, sem respeito ao espaço do outro, nada mais é que libertinagem.
Os Estados Unidos são o sonho de consumo da extrema direita brasileira: armas, guerras, capitalismo, Walt Disney. Não neste caso, relacionado a Escola sem Partido. Conversando com o ex-agente da CIA John Kiriakou sobre esse "projeto", ele disse: "É loucura que, no século 21, ainda estejamos travando esses debates". O "debate" se oprofessor tem ou não o direito de emitir opinião na sala de aula, apenas se encaixa em uma cabeça de direita brasileira.
O que acontece no Brasil é um avanço agressivo e altamente histérico dos setores reacionários; um golpe militar é iminente no país latino-americano com forte apelo moralista (e hipócrita), defendido por grande parte dos defensores do EsP ao afirmar que as Forças Armadas brasileiras são a única instituição honesta do país, o que não é verdade já que, durante a militarização do Brasil (1964-1985), o Exército esteve metido em casos de corrupção, assim como hoje em dia.
Apenas o fato de que alguns defendam hoje outro golpe militar, demonstra que os 21 anos de ditadura militar não beneficiaram a nação - a repressão nunca é a solução, ou esses mesmos elementos não precisariam defender volta ao passado devido à tragédia cultural e moral deste País, apenas abafada pela ditadura como logo em 1985 já ficou claro. Na verdade, faz parte do imperialismo dos EUA tentar, desesperadamente, forçar toda a região à extrema direita.
Ao mesmo tempo, relacionado ao EsP e suas raízes, houve muitos excessos de muitas maneiras, de todos os lados, o que é inegável: nas salas de aula (o que deve ser resolvido entre coordenadores escolares e professores, nunca através de processos criminais) e na defesa (muitas vezes irracional) da profissão docente em oposição ao Projeto em questão, que vulgariza a atividade e o papel do professor diante da sociedade.
Para não mencionar que o próprio "debate" sobre o próprio EsP, está muito feroz - o nível cultural brasileiro espelhado nisso, e um sinal evidente de que muitas coisas devem ser feitas no sistema educacional nacional, algo fora de questão, nunca discutido devido a o grande ódio e os antigos interesses políticos que travam a sociedade local.
Este vídeo, que retrata algo comum no País, suscita as seguintes questões: que liberdade de expressão e mais, que tipo de educação e conscientização cidadã este tipo de "professor" defende / pode fornecer violando os direitos humanos fundamentais, expulsando à base de chutes, cotoveladas e ofensas, por ser contra o EsP, outros professores e pais de alunos de um "debate" sobre o projeto EsP, por diferenças ideológicas? Este é um dilema brasileiro, que mantém o país em um perpétuo lamaçal.
Do mesmo modo, têm havido "aulas" ridículas em que "professores" tentam enfiar goela abaixo dos alunos o Partido dos Trabalhadores, e mesmo o socialismo. Essas práticas, que acabam fornecendo subsídios ao Projeto reacionário, razão pela qual EsP nasceu, acaba levando oponentes desse estado de coisas a outro extremo. Mas não pode ser resolvido em um tribunal criminal, como já foi dito.
É visto no vídeo acima determinado advogado, um dos líderes do "debate", reivindicando a expulsão de professoes e pais em nome da liberdade de expressão; outra advogada diz histericamente a um pai de estudante: "Sou advogada, conheço meus direitos", então saia daqui, não há debate para você!
Os brasileiros também devem debater a própria forma do "debate" no País, o que permitiria desvendar o que está por trás de muitos interesses, a essência de ambos os lados.
Este é o momento de se pensar o sistema educacional no Brasil e a preparação dos próprios professores. A liberdade de expressão tem sido usada, sim, de forma desigual inclusive em emitir opiniões em sala de aula. Algo parece muito errado, uma vez que soluções justas não têm sido discutidas como em todas as questões, o País bem distante da sobriedade vê um "debate" sem saída, obscurecido pela ignorância, pelo ódio e pelos interesses político-partidários.
A selvageria na "defesa" da "liberdade" e da "democracia" mostrada no vídeo acima não se trata de exceção entre brasileiros, não só em oposição ao projeto Escola sem Partido, mas em tudo o que envolve a sociedade brasileira: o Brasil tem visto a onda de declarações de professores, líderes políticos e outros atores importantes na sociedade, que o conservadorismo nacional só será resolvido "na ponta da faca" (de um professor universitário e colunista), através de "uma boa pá e um bom túmulo a todo e qualquer conservador, ainda que seja boa pessoa" (líder esquerdista) , "uma metralhadora contra a maioria dos brasileiros" (fundador do Partido dos Trabalhadores).
Aqui temos uma discussão sobre o que é possível agora, e o que deveria ser em uma nação utópica. Liberar professores para opinar, promover discussões em sala de aula é bom e necessário, trabalho fundamental dos professores - enquanto respeitam as diferenças e a integridade física do próximo, antes de mais nada como exemplos vivos de cidadania que... deveriam ser, não é mesmo, Brasil?
Mas tudo indica que no caso brasileiro, novamente, temos de optar pelo menos mau: se esse tipo de professor evidenciado no vídeo, que abunda Brasil afora, fosse capaz de transmitir tão-somente o que os livros didáticos dizem, já estaria bom demais!
Não debater o sistema educacional, uma mudança na postura de professores e um debate sobre o próprio "debate" brasileiro, qualquer debate é hipócrita no país. E a única maneira pela qual a "esquerda" brasileira poderia ganhar este "debate", em tais circunstâncias, seria pela força - parece que este setor se apercebeu muito bem disso.
Discriminação e Ódio em um País que Glorifica a Desinformação, a Estupidez e a Ignorância
"A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude"
François de la Rochefoucauld (1613-1680)
Apoiando-se na grande mídia, sabidamente de desinformação e idiotização em massa, e em seus patéticos super-herois,
descaradamente politiqueiros e corruptos, as classes dominantes brasileiras esbanjam discriminação, ódio e ignorância através
da cega caça às bruxas petistas baseada não na racionalidade, mas na estupidez mais evidente. Nunca a verdade dos fatos
importou tão pouco neste País falido, destruído nos alicerces por sua autoproclamada "nata" intelectual e econômica, canalhada
dominante escondida detrás de forte apelo moralista que insiste em jogar as cartas do Brasil, ao mesmo tempo que o joga na lata
do lixo mundial. Pois onde está a indignação contra o corrupto e manipulador clã Marinho, da Globo? Os canalhas se atraem
François de la Rochefoucauld (1613-1680)
Apoiando-se na grande mídia, sabidamente de desinformação e idiotização em massa, e em seus patéticos super-herois,
descaradamente politiqueiros e corruptos, as classes dominantes brasileiras esbanjam discriminação, ódio e ignorância através
da cega caça às bruxas petistas baseada não na racionalidade, mas na estupidez mais evidente. Nunca a verdade dos fatos
importou tão pouco neste País falido, destruído nos alicerces por sua autoproclamada "nata" intelectual e econômica, canalhada
dominante escondida detrás de forte apelo moralista que insiste em jogar as cartas do Brasil, ao mesmo tempo que o joga na lata
do lixo mundial. Pois onde está a indignação contra o corrupto e manipulador clã Marinho, da Globo? Os canalhas se atraem
2 de dezembro de 2017 / Publicado em Global Research , em Pravda Brasil e Instituto Presidente João Goulart
Repassando a informação (omitida pela grande mídia) de que agora - não faltava mais nada no Brasil - o patético super-herói das classes dominantes brasileiras, Sérgio Moro, juiz de primeira instância da Operação Lava Jato, está sendo denunciado na... Lava Jato (!), um senhor amigo, branco e da classe média "não-proletária" (eles não gostam do termo burguesia, classe a que pertencem) do Sul do País, sem me questionar de quem partia a denúncia, o que exatamente ela dizia e nem sequer me dar tempo de dizer que havia sido previamente periciada na Espanha, apenas afirmou sumariamente - após apontar, ele mesmo, que o denunciado não merece confiança, justificando isso sobre um passado segudo ele (na verdade, segundo um amigo havia relatado) nada favorável ao jurista paranaense, o que deveria dar crédito à atual denúncia na mente de qualquer cidadão minimamente coerente e lúcido - não acreditar em seu conteúdo o qual, em resumo, revela uma "indústria das delações" praticada por uma "panela" de advogados em Curitiba, levando à adulteração de documentos e acusações falsas, o que inocentaria a ex-presidente Dilma Rousseff da acusação de recebimento de propina da Odebrecht na campanha presidencial de 2014, e pode fazer o mesmo em relação à acusação de que o sítio de Atibaia pertence ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para logo o enclausurado mental que se recusa a sequer ouvir qualquer um que contrarie suas certezas, sabedor de que escrevo a Pravda, desviar o assunto rumo ao flanco das críticas, completamente vazias e alternadas com chacotas, à Rússia e ao presidente russo, Vladimir Putin - com direito a apelido jocoso a este, sem nenhuma base e bem ao estilo grande mídia de idiotização em massa, excedendo em ódio e faltando em conteúdo ainda que se valha da remontagem de sombrios anos de revanchismo à la Guerra Fria. Como diz Agni Shakti: "Na falta de argumento, a ignorância usufrui da agressividade e da ofensa como modo de ataque". Assim, no Brasil hoje, conversar sobre o quê?
Me pegou de supresa a primeira, e mais ainda a segunda postura obrigando-me a, sem entender nada daquilo do ponto de vista mais racional-humano (considerando que animais em geral, de sua maneira, raciocinam), usar a sensatez e colocar em prática a observação de Euripides, romancista grego (480-406 a.C.): "Converse com um tonto, e ele o chamará de tonto". Assim, de maneira bem humorada e disfarçada, "peguei meu boné" como se diz na gíria do futebol, e na pequena cidade do interior do estado de Santa Catarina retirei-me elegantemente da "conversa", joia rara no Brasil de hoje - quantas saudades de uma boa conversa!
Mas conversar sobre o que em um país onde Eduardo Cunha na Câmara e Renan Calheiros no Senado, o primeiro condenado e preso e o segundo, megaprocessado, lideraram o impedimento de uma presidente contra quem não há provas, de cuja mandatária foram aliados até às vésperas do processo, e de quem o mesmo PT hoje se aproxima, sem nada disso gerar manifestação popular?
Debater o quê, enquanto o policial federal Newton Ishii, condenado e preso a 4 anos, 2 meses e 21 dias de prisão por ter facilitado contrabando, com tornozeleira eletrônica é designado a prender outros condenados sem nenhuma indignação da sociedade que, por outro lado, com tanta energia condena uns "outros" tantos sempre pendendo a balança da raiva "anti-corrupção" para o mesmo lado?
Meu bom relacionamento com este senhor, gentil e educado, não muda (espero que não); porém, embora o Brasil de 205 milhões de criaturas humanas não se resuma a este indivíduo, em primeiro lugar sua postura certamente retrata o estado de espírito do brasileiro em geral em relação à verdade dos fatos, glorificando a pós-verdade segundo a definição dos dicionários de Oxford: "Relaciona-se com, ou denota circunstâncias nas quais fatos objetivos exercem menos influência na formação da opinião pública, que os apelos à emoção ou à crença pessoal".
Ao brasileiro médio, o que mais importa hoje (e sempre foi assim, estando agora apenas mais exacerbado o caótico nível social) não é se a informação é verdadeira ou falsa nem o quanto ela pode desempenhar um papel crucial na (delicadíssima) vida do País, mas se se adequa aos medos, às fobias e ideias pré-concebidas do indivíduo. Qualquer coisa que fuja disso, mexe profundamente com os espíritos fazendo logo manifestar o alto grau de esquizofrenia democrática e histeria justiceira do brasileiro, longe de discussões sóbrias e racionais, construtivas e equilibiradas ainda que necessariamente críticas.
Nada mais patético! Seres que possuem nada menos que dona Rede Globo como outra heroína, no sentido mais amplo do termo - no mais "nobre", hoje em dia de modo um tanto velado é verdade, ao condenarem abertamente por manipulação das informações a quem emprestam irregeneravelmente a mente a fim de ser, por ela mesma, pautada, seguindo fielmente suas imposições opinativas sem o menor contrangimento. No sentido mais nocivo, heroína que anestesia a consciência: os históricos escândalos de corrupção envolvendo o clã Marinho não geram, nunca geraram a menor indignação na "nata intelectual e moral" deste País. Os canalhas se atraem.
A posição do escravo mental em questão ilustra também o ódio e a discriminação preponderantes em relação ao Partido dos Trabalhadores, dando razão à ex-presidente Dilma Rousseff quando, recentemente, disse que para as classes dominantes e grande midia, "o PT é coisa de preto". Cresci em um bairro de classe média e em uma escola particular da cidade de São Paulo, e me lembro bem o quanto se dizia que "PT... é coisa de baiano!", ridicularizando, de uma só vez, o partido e os cidadãos baianos de maneira completamente inadequada, criminosa até. Alguém tem alguma dúvida se tal mentalidade ainda prepondera, até hoje, entre paulistas e paulistanos naquela cidade?
Ódio e disciminação são as únicas coisas que podem explicar essa "jurisprudência" covarde aplicada pela sociedade em aceitar tudo que condena o PT como verdade absoluta, deleitar-se sobre isso ao passo que nega apenas e tão-somente conhecer toda e qualquer posição que possa absolver o partido em questão, e condenar seus acusadores (longe, bem distantes de serem reservas morais e intelectuais, repitamos). Isso, para nem se estender aqui na jurisprudência da própria "Justiça" tupiniquim, elitizada, raivosa, revanchista, completamente parcial, grande emblema do falacioso Estado de direito brasileiro. Em tudo isso refletida fielmente, é claro, pela sociedade em um agressivo círculo vicioso.
Com todas as críticas e, se necessário, investigações em relação ao PT - e tudo isso é justo e necessário, sim -, assusta a atual aversão da sociedade baseada na desinformação vendida descaradamente pela grande mídia a indivíduos que se entregam a uma profunda cegueira mental, marcante nas classes média e alta brasileiras, as mais ignorantes, histéricas e devastadoras do mundo, segundo pesquisas sociais as que menos leem entre a humanidade, hoje e sempre - muito bem representadas, aliás, por seus aloprados super-herois de péssimo nível, intelectual e moral.
Apenas não vê quem realmente não quer, que há em todos os segmentos da sociedade uma seletividade muito descarada na criminalização do PT, baseada em acusações infundadas e não na racionalidade. Trata-se do velho ódio de classe, de gênero (especialmente contra Dilma Rousseff), regional, étnico neste País fortemente colonizado culturalmente, de mentalidade agressivamente escravocrata.
Não é do interesse da sociedade nem de ninguém a busca pela verdade e o combate à corrupção, mas sim o combate às diferenças, ao "forasteiro".
Fatos que, ao contrário dos militantes petistas, este autor não vem observando apenas agora, pós-golpe: manteve essa linha ao longo de todos os anos 2000, ainda quando esses mesmos petistas respondiam - no poder, é claro - com histeria a tais críticas qualificando-as, nervosamente, de síndrome de vira-latismo. Pois hoje há até fundador do PT, Sérgio Paladini, não apenas denominando a sociedade brasileira de "gentinha", "povinho insignificante", "o brasileiro, o homem brasileiro é uma coisinha nojenta", "analfabeto político", "o povo brasileiro independente da roupa, vive de propina, de gorjeta, de coisinhas", e pior que conservador, "é corrupto, é ´podre, o povo brasleiro é podre, podre! Podre! Povinho tão vagabundo! Brasileiro não é raça, é uma coisa..." entre outras tantas além de dizer, categoricamente, que se deve fuzilar todo e qualquer cidadão que não compactue com a ideia de que houve golpe jurídico-parlamentar-midiático em 2016, contra a ex-presidente Dilma.
Esta aberração petista não é isolada e deve-se, outrossim, ao ódio, à falta de conteúdo e de atitude (solidariedade, brios, capacidade de ação e reação, etc) versão "esquerda" no Brasil a qual, historicamente prepotente como poucos segmentos neste País, após anos julgando-se o último pé de alface da geladeira vegetariana, vê seu bobo da Corte (seus partidos políticos e personagens mais emblemáticos) completamente nu, e mesmo seu único e patético projeto de Brasil à beira do naufrágio, isto é, retomar o poder.
O Brasil está indialogável. Em todos os aspectos o debate, ou mesmo conversas entre e sobre as mínimas diferenças está completamente travado. Pelo ódio, pela intolerância, pela discriminação, pela escravização mental, pelo espírito fortemente reacionário mesmo à "esquerda", e pela profunda ignorância que, desde que a primeira Missa foi rezada no Monte Pascoal, anda de mãos dadas com nossa sociedade, irmã siamesa que, de uns tempos para cá, resolveu sair do armário com mais fúria, tornando inconteste tal realidade tanto á direita quanto à "esquerda" que padece, exatamente, daquilo que sempre acusou o outro: do que chama de vira-latismo [neste sentido, observemos também "o Brasil é assim mesmo, todo mundo faz e não há outro jeito" petista, a fim de justificar as novas (velhas) alianças com a oligarquia podre e megaprocessada deste País, lições nunca aprendidas por gente inescrupulosa que não almeja progredir mas se interessa apenas pelo poder, o poder pelo poder a qualquer custo, iguaizinhos aos cães de rua que se submetem aos chutes por migalhas].
Nestes dias, um importantíssimo editor de determinado meio de comunicação brasileiro disse-me, pela segunda vez, que acredita estar assustador o ambiente no Brasil hoje, e que teme pelo que possa ocorrer a médio prazo no País. Recentemente, um renomado historiador brasileiro comentou comigo o mesmo, que a situação tem estado muito estranha a ponto desse intelectual retirar-se, por tempo indeterminado, da atividade escrita.
Nesta mesma cidade de Santa Catarina, em dois locais públicos a esposa deste autor, jovem acreana, morena, de ascendência indígena e com forte sotaque nortista em busca de serviços públicos, deparou-se em cada um deles com a humilhante ordem fascista de que "para quem é de fora, demora mais". Pois é isto mesmo: a prestação de serviços "públicos" (!) em Santa Catarina tem dependido do estado de origem do desgraçado cidadão brasileiro (para nem dizer se for estrangeiro trabalhador...).
Os tais serviços nunca se consumaram conforme direito constitucional, inalienável da cidadã acreana e, diante disso, não há órgão público procurado que aja minimamente, pelo contrário e não há novidade nisto: eles se blindam descaradamente desde o topo, são indevida e indecentemente estrutuados para isso levando-os a situações de inevitável escarnecimento do cidadão indefeso, completamente refém de um Estado elitizado, putrefato, impiedoso, terrorista psicologicamente diante do qual não há justiça, não há lei, não há Constituição, não há absolutamente nada a não ser quando isso tudo e qualquer coisa possa ser utilizada em favor dessa canalhada dominante escondida detrás de forte apelo moralista, que insiste em jogar as cartas do Brasil ao mesmo tempo que o joga na lata do lixo mundial.
No caso específico do fascismo catarinense, casos como o relatado acima abundam em mais este estado das aparências tupiniquins, paupérrimo e insuportável; contudo, parafraseando o brilhante jornalista e editor da revista Caros Amigos, Aray Nabuco em recente editorial: sempre surge o momento em que o povo, farto de tanta humilhação e exploração neste sistema podre, levanta-se. É o que esperamos, ardentemente.
Estão assustadores os tempos atuais no Brasil. E na era da relativa revolução da informação através da Internet, a sociedade é altamente (ir)responsável por isso: conforme o caso aqui exposto vem a evidenciar, não dá mais para culpar os podres poderes somente, embora estes desempenhem papel preponderante neste festival do ódio, da discriminação e da profunda ignorância que reina soberana neste País! E cujo quadro tenebroso, o PT não fez nada para mudar... Diz o psicanalista Caio Fábio: "Não há nada mais adoecedor e imbecilizador, que o perpétuo aprendiz de um ensino que não produz efeitos práticos em sua vida".
PRÉ-CANDIDATURA MANUELA D'ÁVILA
Festa Pobre à 'Esquerda'
♪♫ Não me convidaram prá esta festa pobre que os homens armaram prá me convencer ♪♫
♪♫ A pagar sem ver toda essa droga que já vem malhada antes d'eu nascer ♪♫
♪♫ Não me ofereceram nem um cigarro, fiquei na porta estacionando os carros ♪♫
♪♫ Não me elegeram chefe de nada, o meu cartão de crédito é uma navalha ♪♫
♪♫ Brasil! Mostra tua cara, quero ver quem paga prá gente ficar assim ♪♫
♪♫ Brasil! Qual é o teu negócio, o nome do teu sócio? Confia em mim ♪♫
(Cazuza)
♪♫ A pagar sem ver toda essa droga que já vem malhada antes d'eu nascer ♪♫
♪♫ Não me ofereceram nem um cigarro, fiquei na porta estacionando os carros ♪♫
♪♫ Não me elegeram chefe de nada, o meu cartão de crédito é uma navalha ♪♫
♪♫ Brasil! Mostra tua cara, quero ver quem paga prá gente ficar assim ♪♫
♪♫ Brasil! Qual é o teu negócio, o nome do teu sócio? Confia em mim ♪♫
(Cazuza)
25 de novembro de 2017 / Publicado em Global Research e Instituto Presidente João Goulart
Manuela D'Ávila, deputada estadual pelo Rio Grande do Sul e pré-candidata à Presidência da República pelo PCdoB (Partido Comunista do Brasil), hoje uma espécie de João Dória da "esquerda" brasileira fajuta pelos mixurucas holofotes do desgraçado márquetim político barato que, sobre a jovem gaúcha, pairam há algumas semanas, possui agenda que se fosse de surpresa aplicada a algum tucano (pessedebista), ou mesmo a partidos como PPS ou PTB etc, no mínimo passaria desapercebida sem nenhum tipo de entusiasmo e nem sequer o menor elogio por parte da mesma "esquerda" hoje um tanto "eufórica" com a possível presidenciável que ostenta, como principal proposta, nada menos que a retomada do poder a exemplo de seus padrinhos petistas.
Truco! "Nossa ideia programática é baseada em duas questões. Primeira, é relacionada à retomada no crescimento econômico do Brasil. A eleição de 2018 é fundamental para que o Brasil saia da crise". Grande "esquerda"! O que Manuela disse é que, para que o bolo capitalista cresça (eis nossa "esquerda" fazendo inveja até a Delfim Neto, economista da ditadura militar), é imprescindível que os monopolistas do discurso de esquerda no Brasil ganhem a eleição. Eis o principal projeto de Brasil.
Entre outras abordagens, sem propostas minimamente consistentes ao menos até o presente mas merecedoras de confetes à "esquerda" carente da mínima seriedade e coerência, passam por observações críticas quanto aos ganhos salariais femininos inferiores em 30% em relação aos homens (sem definição de como alteraria isso), enaltecimento da importância da educação para a sociedade e da segurança pública, neste caso através do fortalecimento das polícias aliado à fiscalização destas pelo Poder Público, entre alguns outros pontos.
Tal padrinho, tal afilhada: temas como reforma agrária, demarcação de terras indígenas, evasão de divisas,"desprivatização" de bens públicos tão vailosos como Petrobras, Eletrobras e outos, redução drástica dos lucros bancários não fazem parte da simpática pré-campanha da Manuela D'Ávila.
E pelo que se sabe do PCdoB, irmão siamês do PT, não fará parte de mais essa grande farsa à "esquerda" até outubro de 2018, afinal de contas, tocar nestes pontos já seria demais a nossos personagens políticos "progressistas" que, a todo o custo, buscam acima de tudo a retomada do poder sem nenhum projeto alternativo de Brasil, que altere as relações de poder e as estruturas sociais e econômicas, neoliberais e profundamente excludentes.
E outra coisa bastante "curiosa" nisso tudo é que nenhum dos meios "alternativos", até este momento, tem sido capaz de usar a criatividade a ponto de colocar em pauta tais discussões envolvendo a mais nova "alternativa" da "esquerda". Se esse mesmo setor midiático, que de alternativo em relação à grande mídia só tem mesmo o tendencionsimo politiqueiro, tivesse se preocupado em levantar tais pontos, centrais no que diz respeito ao interesse do povo trabalhador, e fizesse isso proporcionalmente em 25% ao que tem fotografado o sorriso da Manuela de todos os ângulos, e 15% que fosse das imagens com língua de fora e caretas em geral dos oposicionistas, já seria tempo deste autor começar a considerar a possibilidade de retirar aspas da "esquerda" tupiniquim.
Há pré-candidatos presidenciais atualmente com forte discurso progressista tais como João Vicente Goulart do PPL, Ciro Gomes do PDT, Luciana Genro do PSoL, Heloísa Helena da Rede entre outros poucos, com pouquíssimo ou nenhum espaço na mesma mídia auto-proclamada "alternativa": por quê? Será mera coincidência que nenhum dos citados são parte do arco de alianças com o PT, ao contrário exatamente do PCdoB de Manuela?
"O ministro Alexandre de Moraes, aquele indicado pelo Temer, está construindo um debate sobre parlamentarismo que será a continuidade do golpe”, reclamou recentemente Manuela pois, conforme noticiou o Instituto Presidente João Goulart no último dia 24, "o sonho da direita de manter sob rédeas curtas a escolha do chefe do governo – e da administração – está outra vez em pauta. Recentemente o ministro do STF Alexandre Moraes propôs que o mandato de segurança 22972, parado no STF desde 1997, seja incluído na pauta do tribunal" (artigo Parlamentarismo É Golpe).
Pois o que a pré-candidata de "esquerda", até agora a mais bem acabada peça do márquetim "alternativo", propõe como resistência à possibilidade de outro golpe jurídico-parlamentar, lamentar e limitar-se a postar vídeos no Iútube direcionados ao japinha do MBL, como tem feito?
Se não se despertar da velha apatia, sectarismo, mesquinharia atrás de votos em nome da patologia do poder, se não se tirar as amargas lições contemporâneas que ainda doem na pele, nem sequer o único e patético projeto da "esquerda" que insiste no diálogo esquizofrênico, isto é, falar consigo mesma, será viável. É bom, é urgente que a "esquerda" caduca pare de brincar de ser de esquerda.
RETRATO DO CAOS
MBL, Informação e Contrainformação: Presente Sombrio, Futuro Catastrófico
23 de novembro de 2017 / Publicado em Pravda Brasil, em Instituto João Goulart e em Global Research
Não apenas pela quantidade mas também pela maneira como o MBL (Movimento Brasil Livre) pratica e espalha contrainformação traz alguns sinais preocupantes: até onde chega a "distração" de determinados setores da sociedade brasileira, a falta de poder de reação de outros, a evidência de que o movimento, surgido há três anos, tem por trás de si profissionais muito bem pagos, especialistas dedicados exclusivamente a isso que vão muito além de um punhado de "moleques liberais", como seus líderes tentam explicar as origens do agrupamento, além do futuro da própria informação e, consequentemente, da democracia e da liberdade que daquela dependem para sobreviver - exatamente o que o excessivamente cínico MBL garante defender, apenas enganando os mais "desavisados".
A pós-verdade, considerada palavra do ano no final de 2016 pelos dicionários de Oxford, foi definida por estes conforme a seguinte tradução livre: "Relaciona-se com, ou denota circunstâncias nas quais fatos objetivos exercem menos influência na formação da opinião pública, que os apelos à emoção ou à crença pessoal".
Sobre este último ponto, que envolve crença pessoal, vale ressaltar que se refere ao fato de que indivíduos, certamente os mais incautos, comodistas e sectários, tendem a buscar e proporcionar maior credibilidade a notícias, verdadeiras ou não (isso acaba não importando muito no subconsciente do consumidor de desinformação, que não aceita ter seu pequeno mundo confrontado), que melhor se moldem a seus valores e fobias, algo também conhecido como "anestesia psicológica".
Enquanto se crê muito bem informado e até um potencial "expert" em assuntos mundiais que acaba achando-se intelectual, comportando-se como intelectual, falando como intelectual, fazendo amor como intelectual, o sujeito está nada mais que fazendo as vezes do perfeito fantoche, grande imbecil nas mãos do poder estabelecido.
E para a afirmação da desinformação entre a sociedade, fenômeno absolutamente previsível há, no mínimo, cerca de uma década e meia, uma preferência e até defesa de "curtinhas" no meio jornalístico incluindo as faculdades, têm desempenhado papel crucial: "notícias" cada vez mais reduzidas a gosto (em grande parte induzido) de consumidores de informação sem muita disposiçao para ler (no caso particluar do Brasil, velha característica sempre incentivada pelos sucessivos governos e pelos próprios meios de comunicação), ou "cacos de notícias" completamente descontextualizados. Atalho mais curto e certo para a criação de factoides, o que, aliás, a grande mídia mais sabe fazer.
Tal atentado jornalístico generalizado sobretudo na Internet, barbárie cultural que enxerga clientes ao invés de cidadãos, só poderia, mesmo, dar no que deu, sendo as redes sociais o reflexo disso através das notícias falsas já descontroladas. Um caminho que causa a impressão de não ter mais volta.
Enfim, alguma semelhança da definição de Oxford sobre pós-verdade com o que prepondera no Brasil atualmente, festival da contrainformação refletida também na seletividade mais descarada em relação ao "combate à corrupção" no País, liderado exatamente, mal e porcamente pelo MBL?
Enquanto isso pesquisadores da Associação dos Especialistas em Políticas Públicas de São Paulo (AEPPSP) da USP (Universidade de São Paulo), seguindo critérios metodológicos bem definidos através de seu “Monitor do Debate Político no Meio Digital”, constatam que exatamente o MBL, liderado por um grupo de idiotas que facilmente leva outros milhões de idiotas consigo, é o maior difusor de notícias falsas do Brasil.
"Quem diria?", devem estar se perguntando uns tantos milhões de "desavisados". Entretanto, o estudo não traz nenhuma novidade, ou não deveria sê-la diante da apelação mais baixa a que tem recorrido o MBL na difusão de informação falsa atrás dos objetivos dos poderes ocultos que o sustentam.
Uma breve passeada por suas ferramentas virtuais permite constatar materiais bem acabados, até com aspecto altamente profissional no que diz respeito ao jornalismo como no caso de sítios, porém profundamente manipulados: vídeos completamente cortados, "notícias" sem autoria e sem as devidas fontes mencionadas, na grande maioria dos casos.
É claro que não se poderia esperar outra coisa da liderança de um agrupamento que, além de não esclarecer as origens de seu financiamento (e nem ser minimamente questionada pela grande mídia por isso), recentemente em "debate" na Câmara dos Vereadores de São Paulo disse, categoricamente, que papel de professor não é formar cidadãos mas sim o de se limitar a passar aos alunos a respectiva matéria (!).
A contrainformação é uma tendência global, e o próprio Fez-se buque do Mark Zückerberg, laranja da CIA sobre o qual se apoiam fundamentalmente MBL e outros promotores de "primaveras" mundiais, foi criado também para espalhar notícias falsas que não serão superadas nos próximos anos e décadas, por um motivo bem simples: não há vontade política, até porque quem controla a tecnologia são os usurpadores do poder. A tecnologia da informação em geral foi originalmente projetada, exatamente, para manipular as massas, e seria muito ingênuo imaginar que parta desses poderes a democratização e a decência comunicacional.
A passividade (nada surpreendente) da grande mídia "independente" diante dessa torrente de contrainformação e muita calúnia despejada diariamente pelo MBL é reveladora, traz mais uma importante peça nesse quebra-cabeças da atualidade brasileira e tem muito a responder se as novas tecnologias serão capazes de conter o avanço dessa guerra da falsa informação.
Não serão capazes, jamais, diante das atuais relações de poder nem sequer da "esquerda" tupiniquim em claros frangalhos que, na ausência de senso solidário, de conteúdo intelectual e moral e da capacidade de politizar a sociedade levando consciência cidadã, apresenta cada vez mais o seguinte como solução de País : lançar cidadãos conservadores (ainda que sejam boas pessoas) à frente da ponta de um fuzil.
Desta maneira fazendo jus ao adjetivo "esquerdopatas" que, do outro lado, tem sido lançado aleatoria e histericamente com base na raiva ideológica mais que tudo, porém justificado de certa forma por determinados indivíduos e agrupamentos de "esquerda" brasileiros que apenas causam vergonha, geram cada vez mais ódio, polarizam a sociedade e acentuam a própria desmoralização, deixando as pessoas ainda mais perdidas, atônitas neste ambiente caótico em busca da verdade dos fatos, de solução sem saber se correm dos bandidos, da polícia, dos políticos à direita e à esquerda, ou se correm de todo mundo.
A "esquerda" (outrora tão prepotente) não tem outro discurso a oferecer, não há solidariedade, não há nem nunca houve diálogo com a sociedade, não há nem jamais houve brios: os porões do poder aproveitaram-se exatamente disso para lançar o MBL e fazê-lo crescer, sendo que apenas a "esquerda" esquizofrênica deste País ainda não se apercebeu disso.
E nem vai preceber, nem mudar significativamente o vergonhoso estado intelectual e de espírito nos "debates" públicos onde tem levando rotundos "vareios" (sobretudo do próprio MBL), nem fazer nada que não seja responder com violência em busca de seu único projeto de Brasil: retormar o poder.
Quem se prestar a acreditar que a saída para este tenebroso quadro reside em nossa "esquerda", não apenas não receberá em retorno o maior legado moral daqueles personagens históricos em quem ela diz se espelhar, isto é, a solidariedade, como certamente brigará absolutamente sozinho sob risco de, o ingênuo sim, ter a oportunidade de solitariamente dizer suas últimas palavras de "luta" diante da ponta do fuzil de algum oligarca ou latifundiário deste País que, apoiados pelo PT, assassinaram povos originários como jamais antes se fez na história da "redemocratização" do Brasil (José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique), nem se faz atualmente (Michel Temer, escolhido a dedo pelo PT).
Diante disso tudo, quem porventura ainda insistir em acreditar que na praça tupiniquim à "esquerda" haja remédio, tornar-se-á mais um dentre as milhões de figuras do perfeito idiota à brasileira. Conforme escreveu recentemente o grande Frei Betto: "Não consigo ver luz no fim do túnel, porque nem mesmo enxergo o túnel [no Brasil hoje]".
Portanto, a única saída que seria o esclarecimento social, um apego irredutível à verdade dos fatos, a verdade como maior lema acima de toda e qualquer ideologia e escolhas políticas como "antídoto" à guerra comunicacional que se vive, e em que a verdade anda perdendo de longe, é carta absolutamente fora do baralho neste jogo imundo pelo poder à direita e à "esquerda" brasileira, duas faces de uma mesma moeda politiqueira que, mais ainda no caso do PT, acotovela-se com seus inimigos políticos nada mais que por uma feroz briga pelo poder e pelo mesmo projeto neoliberal de Brasil, como dizia o grandíssimo Leonel Brizola em tempos não tão distantes.
Pois aí está o resultado, diante de cujas (ir)responsabilidades a esquerda fajuta deste país tenta não apenas se esquivar, como também colocar-se como vítima.
MBL: Campeão Nacional de Notícias Falsas
13 de novembro de 2017 / Publicado em Pravda Brasil
Neste domingo (12), o jornalista Gustavo "Guga" Chacra, correspondente da GloboNews em Nova Iorque, compartilhou em sua conta no Tuíter uma notícia veiculada pelo jornal britânico The Guardian, que abordava as manifestações de extrema-direita de sábado na capital polonsa de Varsóvia. Na postagem, o jornalista alertou: "Cerca de 60 mil pessoas participaram de manifestação nazista na Polônia defendendo uma Europa apenas para os brancos. Antecipo para os supremacistas do Brasil que brasileiros não são considerados brancos por estes nazistas".
No dia seguinte, o Movimento Brasil Livre (MBL) publicou em sua conta no Fez-se buque forte crítica ao comentário de Guga, acusando-o de difundir notícia falsa (ou fêique níls, para os mais chiques) enquanto, no final das contas e conforme faz todos os dias, o dia inteirinho, era exatamente o MBL quem falsificava grotesca e covardemente as informações.
Pisotear a garganta alheia, especialmente daqueles que podem lhe representar alguma ameaça, sob um quê intelectual e com forte apelo moralista é o tom desses bonequinhos de papel do MBL, que jamais tiveram de suar a camisa nem contar moedinhas no final do mês para pagar as contas.
Este caso sintetiza da maneira mais clara possível como o grupo apoia-se na difusão de mentiras pauperrimante plantadas, e os interesses por trás do agrupamento que tem arrastado milhões de incautos consigo que, em sua marcante histeria e intolerância, peculiares e crescentes, têm acusado em coro com o movimento até meios como a Rede Globo de comunista.
Passeata em Varsóvia
Os protestos na Polônia neste final de semana, dos mais numerosos da Europa nos últimos anos, continham gritos e cânticos xenofobos tais como "Polônia pura, Polônia branca!; "Refugiados, fora!", nenhuma novidade naquele país, e cartazes com dizeres fascistas como "Reze por um holocausto islamita". Alguns ainda berravam: "Nós queremos Deus!", enquanto defendiam os "valores" (!) cristãos.
Determinado manifestante entrevistado pela TVP, rede de TV estatal local conservadora e pró-governo Andrzej Duda, de ultra-direita, disse: "Tire os judeus do poder!", "Grande marcha de patriotas", e em suas transmissões descreveu o evento como aquele que atraiu na maioria dos poloneses comuns expressando seu amor pela Polônia, não pelos extremistas.
Havia também, entre as dezenas de milhares de manifestantes, bandeiras com símbolos da Red Falanga, grupo fascista local que remonta aos anos de 1930, enquanto os que discursavam incitavam uma posição contra cidadãos de esquerda, ainda que fossem apenas social-democratas.
Na realidade, manifestações populares - sempre com forte toque reacionário como este - tem origem em 1918, ano da independência polonesa dos impérios austro-húngaro, prussiano e russo. Contudo, desta vez o tom baseado na intolerância e ódio assumiu proporções poucas vezes vistas nas últimas décadas no país leste-europeu.
Manipulação: Marca Registrada do MBL
O MBL, contudo, contestou a postagem de Guga no Tuíter supostamente (atente a esta palavra) com outra postagem na mesma rede social, nada menos a de Jack Posobiec, ativista virtual norte-americano de ultra-direita, apaixonado apoiador de Donald Trump. Ali, Jack (atenção) supostamente escreveu: "Notícia falsa qualificou a passeata pelo Dia da Independência da Polônia, de 'Marcha nazista'. Doentes".
Na postagem no MBL, que diz ser originalmente a de Jack, manifestantes poloneses portam bandeiras divididas entre o símbolo anti-nazista de um lado, e o anti-comunismo de outro passando, assim, uma imagem de "equilíbrio" sem apelo de extrema-direita nazista na passeata, poupando assim os teólogos seculares do livre-mercado irrestrito, das leis anti-imigração e do forte apelo moralista apoiado na religião impositiva e impostora, dominante e dominadora, da indisfarçável evidência de que poussuem essência elitista, supremacista, intolerante, carregada de ódio às mínimas diferenças.
Uma simples busca na conta de Jack observa seu tom fortemente crítico em relação à cobertura midiática, que noticia a passeata polonesa deste fim de semana como uma manifestação nazista. Contudo, a postagem que o MBL diz ser de Jack não é encontrada em seu perfil, e este é, sinal dos tempos, apenas o início da manipulação das postagens e das informações.
Os desocupados do MBL, e isto é marca registrada destes ilustes representantes das dominantes brasileiras que, cada vez mais, passam a impressão de portar um penico no crânio ao invés de cérebro, tiveram o cuidado de, simplesmente, cortada pela metade o tuíte de Guga, sem exibir sua ligação para o artigo do Guardian.
Ao que o grupelho proto-fascista, que entre outras tantas se pretende a última palavra em jornalismo, sentenciou sem dó nem veronha na cara: "Guga Chacra consegue se superar SEMPRE! Fake News absurda!". E daí, a inundação de comentários dos mais insensatos de seus seguidores, fazendo as vezes de críticos de mídia. Vale ser notado estes, cheios de autoridade crítica (!):
"Nunca o jornalismo brasileiro viveu um momento tão fraco como o atual. Guga Chacra é apenas um exemplo disso. Esse ano ele bateu o recorde em bobagens publicadas";
Resposta:
"Não diria 'fraco'. Digo canalha, parcial,ideológico, pró-comunismo e [sic] destruição da família e de nossos valores".
E mais estes:
"Como pode um jornalista falar uma merda dessa. Que triste! Pior que muita gente ainda acredita na Globo. Pela amor de Deus, desliguem isso";
"Esse 'jornalista' não conhece ou finge não conhecer a história da nação mais católica e avessa a ideologias da Europa? O nível da Globo e seus jornalistas sem cultura só piora".
Isso porque se trata da dona Rede Globo, a qual essas mesmas figuraças dos mais perfeitos idiotas assistem todos os dias, e onde os bibelôs tupiniquins com forte cacoete para fantoche sonham em alugar suas tralhas laborais. Pois agora, imagine a cara leitora, o caro leitor o que é dito, caluniado sobrando palavras do mais baixo calão por parte desses imbecis de palntão, quando é a mídia alternativa quem está envolvida nesses ataques dos pimpolhos do MBL. Para quem nunca perdeu o tempo tendo o desprazer de se deparar com tanta baixaria, é tudo o que se pode imaginar - e muito mais.
Jogo de Interesses: Marca Registrada do MBL
A cúpula do MBL sabe muito bem que o brasileiro médio, que lê três linhas de livro por ano enquanto, por exemplo, o russo lê em média 30 livros anulamente, não terá imaginação e/ou coragem suficiente para vencer a preguiça intelectual, a ponto de conferir a postagem do jornalista da Rede Globo; seus gurus das leis do mercado sobre tudo e sobre todos são, na mentalidade dessa gente tosca (para dizer o mínimo), a última palavra.
Outra marca registrada do MBL neste caso, e bastante sintomática: a defesa da manifestação envolve os interesses dos Estados Unidos já que não apenas a ideologia polonsesa é a mesma de Donald Trump, coincidindo ainda com a do próprio MBL, como Varsóvia é a maior aliada de Washington na Europa hoje, com três importantes detalhes a Tio Sam e seus lacaios: situando-se nas proximidades da fronteira russa, a Polônia aderiu à OTAN em 1999, e atualmente atorizou exercícios militares da Organização em seu território.
Se for feito um levantamento diário das movimentações do MBL, não sairão desse raio estratégico tanto as práticas manipulatórias quanto as tendências dos pimpolhos de péssimo nível, intelectual e moral.
A tempo, a velha pergunta jamais respondida: como o MBL se formou, exatamente? E quem os banca, quem paga essa gente para que passe o dia tido, os sete dias da semana montando esse tipo de coisa, difamando e espalhando calúnias e ódio no Fez-se? Evidências documentais apontam a origem exata do financiamento do movimento em questão: não por mera coincidência, exatamente os Estados Unidos e, mais especificamente, Koch Brothers (leia Pagamento de Mil Reais por Hostilidade a Ciro Gomes: Qual a Origem do Dinheiro?, mais abaixo) o que os aloprados do MBL, frequentemente questionados por isso, jamais explicaram nem contradisseram pontualmente a não ser tentando se sair com gracejos e jogos de palavras.
No Brasil hoje, o cúmulo da mediocridade já tem endereço bastante certo.
O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos
sem caráter, dos sem ética... o que me preocupa é o silêncio dos bons (Martin Luther King)
sem caráter, dos sem ética... o que me preocupa é o silêncio dos bons (Martin Luther King)
MBL e "Esquerda": Diálogo de Surdos sobre Cotas Raciais nas Universidades
9 de novembro de 2017 / Publicado em Pravda Brasil
Comentamos no último dia 8 (artigo abaixo) a sucessão de rotundos "vareios" que a "esquerda" brasileira anda levando da liderança do Movimento Brasil Livre (MBL) há três anos, desde que este foi criado, e mais especificamente daquele japinha que, de maneira que até hoje ele mesmo não consegue explicar, fundou e mantém o tal agrupamento de direita.
Neste sentido, embora não seja o assunto central do texto vale apontar que existem evidências incontestes de financiamento externo do MBL, mais precisamente de bilionários dos Estados Unidos; pois será mera coincidência que o grupelho de péssimo nível intelectual, que se utiliza de técnicas de manipulação das informações e de repetição centenar de mentiras, bem ao estilo nazista (uma mentira repetida mil vezes, torna-se verdade), defenda privatização irrestrita e que o atual desmonte do Estado brasileira, que inclui a Petrobras, esteja favorecendo amplamente o alto empresariado norte-americano?
Será, igualmente, uma grande coincidência que diante dos escândalos envolvendo Michel Temer, informante da CIA no Brasil segundo cabos secretos liberados por WikiLeaks em 2016, o MBL não demonstre nem de longe a mesma indignação em comparação ao que faz com o PT, e à "esquerda" e à esquerda (sem aspas) brasileira em geral?
Conforme abordado no artigo anterior, a tragicômica "sova" que não tem servido como motivo de reflexão à "esquerda" - que se limita a manifestar expressões fisionômicas de "quadril lavado" (para não dizer outra coisa, evidentemente) do início ao fim dos "debates" -, deve-se à desoxigenação desse espectro político absolutamente engessado, despreparado, sectário, divorciado da sociedade, limitado aos discursos esquizofrênicos, isto é, consigo mesmo e, inclusive dentro da esfera de "esquerda" caricata deste País, em enorme medida muito mais defensor de "determinado" partido e de "determinada" pessoa (tida como insubstituível = personalismo, o que também evidencia, na clamorosa ausência de produzir líderes em quase duas décadas, atolamento político, intelectual e moral no tempo) que de ideias e projetos.
Além disso, conforme abordado no artigo do dia 8 e é o caso no assunto aqui tratado, deve-se às profundas contradições do PT em seus 13 anos do poder sobre as quais se apoia (e se diverte) o MBL, deixando a "esquerda" paralisada nos "debates", sem nenhuma voz, apenas exibindo nacionalmente seu ridículo compromisso partidário-personallsta. Ainda assim, insiste-se em fazer de esquerda um sinônimo de PT no Brasil.
Em um desses "debates" em que "esquerda" e MBL andam em entendiantes círculos e não se acaba discutindo absolutamente nada, apenas evidenciando o nível sofrível deste País falido, foi abordada a questão das cotas raciais nas universidades brasileiras. Novamente, o "debate" acabou travado pelo compromisso militante petistas com os "erros" do PT de um lado, e de outro o japa até usando argumentos corretos - especialmente ao apontar contradições e obras pela metade que abundaram no lulopetismo - para concluir indicando uma saída completamente equivocada à questão.
À indagação (correta) de determinado militante petista da exclusão histórica e atual de negros na sociedade brasileira, daí a necessidade urgente de se implantar medidas - que deveriam ser paliativas - como as cotas raciais, eis que a liderança do MBL responde novamente apontando uma grande distorção, mais uma dentre as inúmeras demagogias petistas para deixar a "esquerda" com aquela "cara de quadril", sem ter nada a dizer e não por uma grande engenharia intelectual dos pimpolhos do MBL, pois estes não possuem tal capacidade, mas exatamente pelos agravantes à "esquerda" esboçados acima, e mais: militantes de uma "esquerda" que passaram décadas achando-se (no saudável linguajar vegetariano) o último pé de alface da geladeira, os supra-sumo da sociedade, última palavra em assuntos políticos, econômicos e sociais esnobando a tudo e a todos, inclusive em seus próprios círculos, tornando-os insuportáveis (e quem já frequentou, por um mês que tenha sido, algum partido de "esquerda" deste País, sabe do que este autor está falando).
Equivocando-se somente na conclusão a resposta do japinha foi, em parte, nada menos o que este autor diz e escreve desde os idos de 2010: não se pode abandonar, como o PT fez, o ensino fundamental imaginando (ou desejando no caso do PT, a fim de manter clientes, os afamados currais eleitorais ao invés de formar cidadãos na acepção do termo, livres, iguais, dotados de consciência política) que as cotas serão eternas: há que se resolver a questão do atraso societário histórico. E as cotas, se aliviam a dívida com etnias historicamente oprimididas, não resolvem por si só (leia Superação da Discriminação na Sociedade Brasileira Depende de Mudanças Estruturais, ao final desta seção).
E isso não apenas oferecendo escolas públicas de qualidade, como também - o que o líder de mentalidade elitista do MBL não abordou, evidentemente, mas retrata a apenas visão deste autor - resolvendo problemas de discriminação estruturais em nossa sociedade, a começar pelas relações de poder o que o PT, jamais, sequer esboçou fazer, muito pelo contrário: acirrou o quadro e aí repete a dose em sua - ilegal - campanha presidencial fora de época, formando promíscuas alianças com golpistas e megaprocessados, os piores oligarcas e coroneis deste país evidenciando que tende a piorar se alcançar seu exclusivo e declarado projeto de país, a saber: angariar votos e retomar o poder.
O lado completamente equivocado a que se sai o MBL dá-se afirmando que é necessário eliminar as cotas: não! Elas devem existir, contudo temporariamente até que se crie oportunidades iguais para todos, o que denota uma cultura de igualdade de direitos, indo além de escolas de qualidade às classes menos favorecidas - sequer isso, o princípio o PT fez, em quase uma década e meia no poder.
Antecipemo-nos, pois, às mentalidades mais sectárias: diante das lideranças de direita, de nada adianta nossa "esquerda" alegar que "pelo menos alguma coisa fizemos, será que somos piores que vocês?", e raciocínio que por aí passa... Estão colecionando ondas de lama sobre o cucuruto com esse discurso.
Mas o bloqueio mental, a cegueira decorrente do fanatismo e da patologia do poder é tal, que muitos ainda não se aperceberam disso; não cabe mais o discurso do menos ruim ou das políticas pela metade, não convence a tentativa de o PT, hoje, tentar provar ser igual aos outros enquanto, no passado, garantia ser o partido da moralidade e da ética.
A questão de como superar os problemas estruturais da discriminação fortemente enraizados em nossa sociedade, será abordada proximamente em Pravda Brasil bem como as "políticas" do PT "equivocadas" em relação às minorias, especialmente povos originários contra quem o dilmismo e o lulopetismo foram os mais crueis desde a dita "redemocratização" do País (segundo relatórios oficiais, e isso tudo será exposto particularmente agora, em tempos que Luiz Inácio, fora de época contrariando a lei, faz campanha presidencial Brasil afora com direito a hipócritas abraços exatamente nos povos originários, como se deles fosse o "padrinho político": demagogia é sua marca registrada, o cinismo está no DNA da cúpula petista).
Posto isso, que se conclua mais este comentário afirmando o óbvio: a ascensão de um grupo de péssimo gosto como o MBL e outros do mesmo espectro deve-se à ignorância e inércia, a todas as mesquinharias, politicagens e antivirtudes de uma "esquerda" esclerosada, que às próprias virtudes dos movimentos de direita.
As expressões fisionômicas anais e verbais no mais absoluto estado de frangalhos de nossa outrora tão altiva "esquerda", diante de cujos semblantes e paupérrimos discursos não se sabe se ri ou se chora, dizem mais que mil palavras nestes tempos sombrios que andam revelando muita baixeza e podridão no Brasil - nada novas, porém muitos se recusaram historicamente a enxergá-las, e continuam, mesmo neste preocupante momento de incertezas, recusando-se a fazer a urgente autocrítica em nome de "prioridade é ganhar a eleição", nas palavras da própria presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann que, ao assumir o posto em abril deste ano, disse não ser este o momento de autocrítica com vistas exatamente às eleições, "não podemos dar armas ao inimigo [através da autocrítica]", disse a senadora petista pelo Estado do Paraná.
A história, que costuma se repetir como farsa ou como tragédia, poderia ensinar neste momento mas a díspar arrogância e os ferozes interesses político-partidários - sempre eles! - têm falado bem mais alto, escancarando as velhas e envelhecidas alas ao festival tragicômico sem fim deste País, que parece irregenerável.
"Vareio" do MBL sobre "Esquerda": Me Bate que Eu Gosto, até Quando?
8 de novembro de 2017 / Publicado em Pravda Brasil
Tem sido tragicômico o verdadeiro "vareio" que a "esquerda" brasileira anda levando daquele japinha do Movimento Brasil Livre (MBL), cidadão de péssimo nível intelectual e de uma moral no mínimo nebulosa, assim como o próprio agrupamento que lidera.
Cheio de jogo de palavras, a mais baixa persuasão que monta loucuras políticas, sociais e econômicas atráves de fatos muitas vezes reais porém completamente fora de contexto e cheio de ironia que só engana os mais incautos, o japa acumula patéticas vitórias, uma atrás da outra nos "debates" além de colocar seus vencidos da "esquerda" em uma situação de claro desconforto, dando a forte impressão de que estes cairão das cadeiras a qualquer momento - senão mesmo que a própria cara haverá de desabar diante da fluência engonosa dessa jovem liderança de direita que, no que diz respeito à manipulação dos fatos, faz lembrar, sem nenhum exagero, as técnicas de propaganda nazista.
Diante disso, há os que acabam sendo agraciados por "imprevistos" para não comparecer a esses "debates" com o ser em questão. Será este mais um sinal dos tempos e da mentalidade tupiniquim que governo NENHUM se preocupou em mudar neste País, pelo contrário, incentivou a fim de se manter no poder desde que Cabral aqui desembarcou há 517 anos? Sempre se dá com os burros do poder n'água quando se "esquece" de educar a sociedade: quando mais se precisa das massas, elas não estão imbuídas do senso cidadão que se desenvolve dia a dia.
Ou será mesmo que políticas progressistas são inviáveis, e os sucessivos triunfos do MBL nos "debates" evidenciam exatamente isso? Ninguém, nestes três anos de existência do movimento neoliberal, teve a imaginação de lembrar ao japa que o próprio FMI considerou, no ano passado, o livre-mercado irrestrito inviável, retrógrado, forte gerador de desgualdades sociais.
Em cima disso, lembraríamos as contradições deste sistema fajuto que não deu certo em lugar nenhum do mundo - e o "comunista" FMi explica isso muito bem, especialmente aos caçadores de bruxas da direita tupiniquim (leia Neoliberalismo: Críticas do FMI e Despolitização da Sociedade Brasileira; role a tela). Porém, a lerdeza de nossa "esquerda" em entrar minimamente nestes questisos nos "debates" é assombrosa, e nem poderia ser diferente tão ocupada que está em interesses polítiico-partidários, trancafiada em entendiantes e inócuos "debates" políticos internos, sempre limitando-se a falar a si mesma, negando-se até a morte a oxigenar-se e aproximar-se realmente da sociedade, como um todo.
Outros pontos que evidenciam a mais profunda ignorância do tal de MBL dizem respeito à reforma agrária, que tão veementemente condena, e a defesa irredutível à privatização da Petrobras. É muito simples desfazer a narrativa do MBL neste sentido, quem tanto defende a política e a economia dos Estados Unidos como modelo mundial: aquele país, para dstribuir riqueza e crescer economicamente realizou, no século XIX, exatamente uma profunda reforma agrária, e no segundo caso, não apenas os norte-americanos mas todos os países do globo, com economias desenvolvidas ou não, jamais retiram petróleo das mãos do Estado para entregar o "ouro negro" a particulares - muito mnos estrangeiros como o Brasil vem fazendo atualmente. Portanto, sob verniz da modernidade, o que o MBL propõe reprsnta um retrocesso reconhecido internacionalmente.
O tal "jornalismo de esquerda" que deveria ser o da verdade dos fatos, mas não o é por óbvias questões oportunistas, trata-se do maior exemplo do nefasto diálogo esquizofrênico, isto é, consigo mesmo. Um exemplo bastante prático desse antijornalismo disfarçado oportunistcamente de alternativo e de paladino da verdade: alguém pode imaginar que o autodenominado "jornalismo de esquerda" - com isso deixando implícita a ideia de que fala para determinado segmento, e não para a sociedade como um todo (= sectarismo) - é capaz de, no caso de algum acerto político de figuras tétricas (para dizer o mínimo) como o prefeito paulistano João Dória, o elogiaria ou sequer noticiaria tal feito, enquanto no caso de um dos políticos de estimação desse setor midiático (em enorme medida do PT), o criticaria na mesma medida que faz com seu oposto conforme reza a cartilha do bom jornalismo? Aí estão os tais meios para serem consultados, e responder por nós.
Pois tal prática do antijornalismo não contribui em nada à democracia, ao debate que tanto importa aqui e, logo, à consumação de uma liderança realmente popular que vá além dos indecentes conchavos políticos e econômicos de Luiz Inácio, considerado por muitos deste setor um "gênio tático" que não passa de 35% de aprovação hoje, e beira os 50% de desaprovação. E eis uma "esquerda" feliz e satisfeita, acomodada com isso tudo: nada mais patético!
Que se ressalte: ainda que os índices de popularidade de Luiz Inácio fossem atualmente tão altos quanto alardeiam petistas e aliados à "esquerda", e à direita como Renan Calheiros, Eunício Oliveira, José sarney e outros desta corja do cinismo ilimitado, o argumento já seria frágil pois tio Adolf, apenas para dar um exemplo, gozou de apoio massivo da sociedade alemã: nenhuma evidência de democracia nisso, nada que legitime um pretenso colete á prova de críticas, nada mais patético especialmente partindo de um agrupamento que se dizia moralizador das instituições democráticas, engajado em transformar o Brasil em algo decente a começar na própria política.
Antes de passar algumas receitas tão simples quanto, reconheçamos de antemão, insuportáveis à "esquerda" politiqueira, dessituada, inerte, apática, mesquinha, vale apontar que nas redes sociais o MBL publica diversos vídeos contendo trechos editados desses "debates" que, não sempre mas muitas vezes, descontextualizam e cortam amplamente as afirmações de seus adversários e, em cima disso, exibem apenas partes tendenciosamente selecionadas das declarações do nissei assim como faz com todos os seus membros, em praticamente todos os embates.
Isso, além das notícias falsas (ou "fake news" para os mais chiques) nas quais o movimento é mestre insuperável neste país através dos meios que controla, cuja origem do financiamento é bastante obscura tanto quanto as origens dopróprio MBL e sobre as quais o japa sempre desconversa quando questionado, como por exemplo se deu com o jornalista Ricardo Kotscho no debate promovido pelo jornalista Heródoto Barbeiro em julho deste ano: nestas circunstâncias, o japinha perde completamente a fluência, o tom descontraído e até divertido dando sempre uma engasgada enquanto fala em um inicial grupo de "moleques liberais", repete a dose dos gaguejos se perguntado novamente, até mudar de assunto sagazmente sem nada especificar.
O que a "esquerda" precisa fazer para começar a sair dignamente desses "debates" é dar-nos a oportundade de retirar aspas em todas as vezes que devemos nos referir a este vigarista espectro político que se esconde atrás de uma falsa polarização direita-esquerda, ou mais precisamente PSDB-PT. Vigarista porque as críticas do segundo agrupamento apenas valem enquanto oposição, perdendo completamente a validade uma vez no poder tanto que hoje o PT e seus fieis aliados, que sempre se venderam como diferentes para melhor, portadores exclusivos da nobre missão de tornar o Brasil decente, atualmente tentam a todo o custo provar que são iguais aos outros - sem muito sucesso.
E é exatamente nesta "fragilidade" (= descaramento) que o líder do MBL se apoia, muitas vezes cheio de razão dando um nó em seus oponentes, usando os próprios argumento destes (dadas as circunstâncias, atuais e históricas, excessivamente cínicas) para contradizê-los e até desmascará-los. Ninguém percebeu ainda?
Por exemplo - e que se veja nisto o quanto é desgraçada a situação de nossa "esquerda" - o japinha do MBL condena duramente os lucros dos banqueiros na era petista no governo federal, os maiores da história deste País: dizer o quê, não?!
As receitas são simples muito não apenas para começar a fazer menos feio nos "debates" como também, e principalmente, a fim de apresentar um túnel para que, em seguida, possamos tentar avistar alguma luz em seu final enquanto, talvez, ainda haja tempo faltando pouco menos de um ano para as próximas eleições presidenciais: antes de mais nada, criar vergonha na cara o que tornará possível o passo seguinte, isto é, desvincular-se do PT, deixá-lo à vontade, livre de críticas e de toda a sorte de empecilhos em seu avanço nas alianças com golpistas e megaprocessados (de direita e "esquerda"), a fim de constituir uma esquerda autêntica neste País que apoie um candidato verdadeiramente popular.
Ou segue mergulhada no vira-latismo que a marca, com um único projeto de País que é a retomada do poder baseado em "política é assim mesmo", "todo mundo faz", "precisamos nos contradizer para nos manter no poder", sem nenhum contrangimento aliando-se (de novo!) às oligarquias golpistas e megaprocessadas além de apanhar, sem piedade e nem poderia ser diferente, dos pimpolhos de péssimo gosto do MBL neste País falido, que alcançaram tal projeção justamente em cima do vácuo escancarado pelas antivirtudes de nossa "esquerda".
É público e notório que parte da grande mídia promove este e outros grupelhos similares de origem bastante questionável, mas a "sova" que a "esquerda" anda levando delas não é culpa da imprensa, na essência. Nada mais patético!
Mas a síndrome de vira-latas é assim mesmo, conforma-se obedientemente com qualquer coisa bastando um punhadinho de migalhas, para tapar o sol da realidade brasileira com a eterna peneira da hipocrisia. Me bate que eu gosto! Até quando, "esquerda" tupiniquim? Vão dar com os burros do poder n'água - de novo, e se é que conquistarão seu projeto de País, isto é, angariar votos e retomar o poder, nada mais que isso.
Malabarismos Políticos do Cão Arrependido e Novo Autgolpe do PT
Sociedade polarizada pega-se em ódio, alimentado também pela mídia em geral; Luiz Inácio tenta, precariamente, retomar aspecto de esquerda enquanto, nos bastidores da politicagem mais baixa, alia-se a velhos algozes. Alguém já viu chihahuas e iorque-cháiars perdidos pelas vias públicas, lambendo as botas de quem os chuta? Não, porque só os vira-latas fazem isso - e a "esquerda" brasileira esclerosada, esquecendo-se na prática da retórica do "mais fino pedigrí". Novo autogolpe do PT prenuncia naufrágio ainda mais profundo da frágil democracia no país do vira-latismo mais gritante onde "todo mundo faz", esperando que todos se conformem e até apoiem a jogatina canalha
14 de outubro de 2017 / Publicado em Pravda Brasil
Enquanto a sociedade brasileira literalmente se pega, fortemente polarizada cujo "racha" é intensificado pela "esquerda" que embarca, oportunisticamente, no maniquesísta discurso "ou estão ao nosso lado, ou estão contra nós", eis que não a mídia "alternativa" mas a grande mídia noticiou, no último dia 8, que o Partido dos Trabalhadores (PT) pretende abrir mão do lançamento de candidatos próprios a governador em até 16 estados nas eleições de outubro do ano que vem, para apoiar, entre outros, partidos como PMDB, PTB e PSB, que atuaram para derrubar a ex-presidente Dilma Rousseff no golpe jurídico-parlamentar-midiático-empresarial do ano passado.
Tudo isso em nome da "luta contra a ofensiva da direita", e para que o "gênio político", Luiz Inácio, tenha espaço em palanques regionais. Que maravilha! Afinal, todo mundo faz, não é mesmo? Além do mais, a estrutura social, política e econômica brasleira - os críticos "incautos" não entendem nada disso, são ingênuos ou oportunistas! - não permite decência na política, enfim, é assim mesmo no Brasil! E ainda: como o dito-cujo é nordestino, origináro da roça, torneiro mecânico aposentado, sem estudo (apesar de todas as oportunidades e tempo livre que teve ao longo das muitas décadas, e ainda tem), seu partido ostenta "trabalhadores" no nome cuja bandeira é vermelha, não deve se tratar, aqui, de politicagem mais baixa como quando a oposição está em questão nas análises, é claro: preconceito ao revés? Pois é.
Este primeiro malabarismo do "esquerdista" arrependido de hoje que, na Presidência, arrancava aplausos e gargalhadas de auditório oligárquico ao achincalhar mentalidades exatamente de esquerda, qualificando-as de enfermas, vem confirmar as impressões expostas de alguns meses para cá nesta página: O PT hoje recusa autocrítica, como sempre fez, mais que por mentalidade rasa: o autogolpe impossibilita encontro com a consciência; e mais: o caminho deve permanecer livre para as jogatinas políticas, que seriam inviabilizadas exatamente com a autocrítica que a presidente do partido, Gleise Hoffmann, rejeitou logo que assumiu a direção do PT em junho deste ano, alegando que "forneceriam armas ao inimigo". Nada mais maquiavélico, e aí estáo as evidências, semana a semana, de que nada mudou no neo-oligárquico PT cujo único "projeto" é angariar votos e retomar o poder - entre o povo, que se peguem em nome de "esquerda"-direita! Direita sem aspas, aliás para quem ainda não entendeu, pois esta, com toda a sua baixeza moral e intelectual, consegue ser bem menos indecente com os seus...
A justificativa de que alianças indecentes são fundamentalmente necessárias por "não haver outro jeito no Brasil", são o ápice do denominado vira-latismo societário ao assumir que o Brasil é "assim mesmo", irremediavelmente corrupto legitimando o "todo mundo faz". Alguém já viu chihahuas e iorque-cháiars, perdidos pelas vias públicas, lambendo as botas de quem os chuta? Não, porque só os vira-latas fazem isso - e a "esquerda" brasileira esclerosada, esquecendo-se na prática de sua retórica do "mais fino pedigrí". E este cenário sombrio, que sempre esteve na cara que nunca mudaria envolvendo tal setor, evidencia também que a defesa disso tudo tem sido a uma pessoa, jamais a ideias e projetos (= personalismo).
Outro argumento em defesa desta politicagem de praxe do PT, embarca no mito democrático criado no Brasil valendo inclusive o patético titulo de "gênio político" a Luiz Inácio por parte de militantes, e "jornalistas" simpatizantes a este partido de centro-direita que engana cada vez menos gente: democracia não é isso, "negociar" com o que existe de pior na política, abrindo mão de suas promessas eleitoreiras traindo, assim, o eleitorado; democracia nada mais é que o sistema da participação popular e da criação de direitos. Neste caso específico, o que o neo-oligárquico PT menos faz é dar ouvidos ao que pensa e deseja a sociedade para a vida política do País.
Portanto, em uma democracia autêntica inclusive alianças políticas devem encontrar limites, com base na coerência e na decência tanto quanto aquilo de melhor que o ofício jornalístico pode fazer em defesa da democracia autêntica não é virar o canhão informativo um espectro político e defender ou "poupar" outro de certas informações, ocultando as que não lhe são politicamente interessantes. O jornalismo realmente comprometido com seus quatro princípios - ética, imparcialidade, objetividade e transparência -, para além dos anúncios publicitários que cada meio faça de si mesmo, defende a verdade dos fatos imparcialmente em favor da democracia, sem selecionar notícias de acordo com o político em questão - e o espectro que se credita a este político, ou que ele credita a si mesmo segundo as conveniências do momento. Isto sim, caracteriza uma mídia efetivamente alternativa em contraposição às duas faces de uma mesma moeda politiqueiro-midiática, que preponderam na praça tupiniquim.
Posto isso, trata-se no mínimo de muito cinismo alegar que as únicas culpadas pela falta de interesse e até ojeriza da sociedade à política são as classes dominates do País, incluindo a grande mídia: com toda a razão, muitos basileiros estão fartos desta bandalheira desgraçada disfarçada de democracia repleta de demagogias, nas quais Luiz Inácio e seu PT de centro-direita são mestres.
Quanto à observação no início, de que a notícia foi dada apenas pela grande mídia, não se trata de observação em defesa desta, muito pelo contrário; porém, mais uma constatação de que, na maioria dos casos, a "moeda midiática" brasileira é uma só, possuindo nada mais que duas faces diferentes. E a ferocidade da briga politiqueira é bem mais acentuada do que se imagina, havendo inclusive muitos jornalistas empesteando a mídia "alternativa" entre negócios pessoais com o PT enquanto jornalista realmente independente neste País, geralmente, é um morto de fome em potencial vivendo, se não bastasse, entre o fogo cruzado da raivosa sociedade polarizada, também, pelo combustível deste setor midiático oportunista com seu apelo maniqueísta. A que ponto anda-se chegando no Brasil, em nome de interesses político-partidários, não?! Que clamorosa vergonha!
O segundo malabarismo politiqueiro de Luiz Inácio na semana que passou, mais um político que nada tem a dizer a não ser palrar muita persuasão precariamente elaborada em laboratórios de márquetim político, deu-se em nome do "feminismo": nada mais oportuno nesta hora em que o cão (de pedigrí) arrependido voltou a ser de esquerda, após a farra diante dos privilégios do poder. Mais um ato de redenção do fllho pródigo da "esquerda" nacional, no último dia 7, acabou desagradando até as militantes petistas (não havendo espaço, evidentemente, na mídia "mais democrática" deste País): tentando jogar a bola para a mulherada, o grande heroi da "esquerda" tupiniquim disse que "a palavra 'cuidar' é mais pertinente [do que 'governar']". Para Luiz Inácio, um partido como o PT deve "cuidar do povo". Enquanto governante em um Estado de direito deve representar, eis aí mais um exemplo da mescla de falta de noção política deste "gênio político" aos setores afins, demagogia e o próprio personalismo, observado mais acima.
O incômodo das militantes feministas começou a mudar quando Luiz Inácio afirmou que o Estado deve fornecer creches às mulheres, para que trabalhem e façam política. Notando mal-estar na plateia, que qualificou a fala de machista, o ex-presidente retomou o rumo dizendo que, conforme a mulher conquistou espaço no mercado de trabalho, "falta o homem conquistar espaço na cozinha". Ao dizer que a mulher tem mais jeito para a política porque sabe "cuidar" - algo que, para ele, "vem da maternidade" -, uma militante reclamou: "tá piorando".
"Como a gente vai despertar na cabeça da mulher [a participação política]?", disse Luuiz Inácio. Mulheres que estavam ao fundo se queixaram, dizendo que não é preciso despertar a cabeça delas. Para a militante do movimento social de mulheres Irani Elias, do Recife, a falta de participação da mulher na política é uma questão de estrutura do poder, não de voluntarismo. "Tem coisas que a gente não concorda com a fala dos homens e isso também inclui o presidente Lula", disse ela, que tentou interromper o discurso aos gritos diversas vezes.
Enfim, não resta mais nada à "esquerda" tupiniquim senão engolir, bem quietinha como tem tentado fazer na medida do possível, os pimpolhos do MBL de péssimo nível intelectual, pois se acentuarem o tom nas críticas estarão, naturalmente, enfiando-se ainda mais profundamente no boeiro da história ao reconhecer, implicitamente, não possuir condições morais nem intelectuais de apresentar nada melhor em cujo vácuo o grupelho se meteu, enquanto a tal de "esquerda" sectária e dessituada ocupa-se em interesses político-partidários, em suas mesquinharias trancafiada nas teorias políticas (de péssimo gosto) tentando ainda justificar os históricos abraços de Luiz Inácio em Sarney, Collor, Maluf, Temer, entre tantas outras figuras tétricas nada aprazíveis à democracia brasileira - mais recentemente, até em Calheiros!
A tempo: não apenas o brucutu Bolsonaro, mas o próprio MBL de péssimo gosto é bem menos indecente com os seus, que Luiz Inácio e grande parte da "esquerda" tupiniquim. Repita-se hoje e sempre: se nunca houve nenhuma dúvida entre morrer de pé ou viver de joelhos, mas este último setor optou por morrer de joelhos, não esperem unanimidade agora. Foi sua opção não apenas sem hesitar, mas outorgando-se ainda o direito de atacar ferozmente todas as críticas que garantiam, ao longo de quase uma década e meia, que se daria com os burros do poder n'água.
Este novo autogolpe petista que se desenha claramente nos nebulosos céus brasileiros, e que vai se intensificar especialmente se o poder for retomado (jogatina que se intensificará, inclusive, em comparação aos mandatos petistas anteriores), acabará mal, de novo...
Onde Está a "Esquerda" Brasileira com "Pedigrí"?
Cara e coroa da moeda politiqueira tupiniquim possuem face reacionária, na essência. Todavia, pretensos
"chihuahuas" e "iorque-cháiars" à "esquerda" são bem mais cínicos, além de morderem brabo, convenhamos...
"chihuahuas" e "iorque-cháiars" à "esquerda" são bem mais cínicos, além de morderem brabo, convenhamos...
29 de setembro de 2017 / Publicado em Pravda Brasil
O festival de corrupção e politicagem mais baixo enraizado, sim, no Brasil, não tiveram início em 2003 quando Luiz Inácio assumiu a Presidência, longe disso e bem ao contrário da ideia passada pelos grandes meios de comunicação, pelas ignorantes e devastadoras elites deste País, e até pela "Justiça" brasileira, altamente discriminadora (especialmente contra o 3P).
Contudo, desde então o País assiste a "mais do mesmo" histórico e com um interessante detalhe, que não pode mesmo cair no esquecimento nem se fingir que não é percebido - se é que o Brasil ainda espera algum conserto em contraposição a este concerto ridículo: à "esquerda"!
Pode-se dizer também, com bastante certeza, que envolvendo este setor o cinismo é bem mais gritante - insuportavelmente gritante. Haja vista a agressiva esquizofrenia contra as diferenças causada por tal setor - ainda que as críticas sejam, nos dias de hoje e quando usurpava o poder, idênticas àquelas feitas pelo próprio PT enquanto oposição. É tão desesperador este fato quanto a realidade indisfarçável que personagens como Jair Bolsonaro são bem menos indecentes com seu próprio eleitorado que muitos desses ditos de "esquerda", especialmente o setor a ser abordado a seguir.
Repressão a movimentos sociais, término do genocídio contra povos originários, nem sequer proposta de reforma agrária, precarização crônica do trabalho como sempre foi, saneamento básico, saúde, segurança e educação públicas tragicamente abandonadas, milhões e milhões de reais anuais despejados como jamais antes sobre uma grande mídia nunca regulada (a mesma grande midia ferozmente atacada hoje pela "esquerda de raça"! Cínicos!!), bilhões e bilhões de lucros aos grandes bancos e outras tantas bilhões de divisas que evadiram anualmente, como jamais antes...
Tudo isso e muito mais em nome da "governabilidade" do PT: afinal, como se tratava do "nosso governo", a imbecilidade que fazia dos ouvidos alheios um verdadeiro penico esborrifava que, exatamente isso tudo, decorrência natural de abraços físicos, políticos e morais em certas figuras da política e do alto empresariado nacional, eram grandes exemplos de... "democracia" (!).
Luiz Inácio é "um gênio político". (Parágrafo dedicado apenas a mais esta grande sacada da teoria política "progressista" brasileira).
No "raciocínio" dessa gente - sectários de plantão que, recentemente, levaram o devido e previsível bico nos fundilhos dos ex-"companheiros" (peemedebistas, demos, etc) e do próprio povo, o qual os gozadores dos privilégios do poder nunca se preocuparam em politizar mas apenas transferir migalhas de renda e imbecilizar -, a sucessão de tragédias políticas, sociais e econômicas - que faziam da economia brasileira uma bolha prestes a estourar, e o próprio "governo" vulnerável ao ódio político - eram justificadas na "profundamente democrática capacidade de negociar" de Luiz Inácio.
Por exemplo no Equador durante o governo de Rafael Correa (2007-2017), determinados movimentos sociais exerceram forte oposição ao govrnista Alianza País pela indiscriminada extração recursos naturais, pelos grandes lucros dos banqueiros entre outras medidas nada à esquerda; porém, asisim como outros governos da região - em cuja Revolução Bolivariana o PT tenta oportunisticamente embarcar, declarando-se pertencente a tal grupo -, além de ganhos sociais inquestionáveis não se tem praticado alianças baixas, longe disso as quais no caso tupiniquim, com histórico tão oligárquico e opressor quanto as outras nações em questão, soam como piada de péssimo gosto em qualquer lugar do mundo. E dentro de casa, geram ainda mais ojeriza societária à política sobre a qual embarcam, é claro, as elites a fim de aplicar um golpe militar.
Assim, a sucessão de horrores pós-2003 que marca este País por 518 anos e que, antes daquela data, tanto indignava tais setores, já não causava mais indignação. Mas o furor, sim, era e ainda é - sem ter tirado nenhuma lição dos rotundos fracassos - levantado quando se sentia e se sente os interesses do partido em questão, outrora dominante e dominador, "ameaçados" pelas críticas. Ou seja: o poder e não a sociedade, era o centro das atenções. Nada mudou.
Tudo já se tornava natural: a aliança do então presidente Luiz Inácio com ele, ele mesmo, o senhor engenheiro, doutor Paulo Maluf (repetida nas eleições municipais de São Paulo no ano passado, quando o defunto do golpe parlamentar-jurídico-midiático ainda estava fresquinho); ''quero fazer justiça ao Collor'', noticiava-se - não através da mídia "alternativa" e "independente" deste País, mas da grande mídia - em julho de 2009: "Lula agradeceu Collor pelo apoio que tem prestado ao governo no Congresso e chegou até mesmo a comparar seu nome ao do presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961). Sorrindo e trocando abraços, após terem viajado juntos no avião presidencial, o Aerolula, nada neles lembrava o fato de já terem sido inimigos políticos, dos mais ferozes"; a escolha de ninguém menos que Michel Temer para ocupar a vice-presidência da República e a indicação dele, dele mesmo, José Sarney, ex-presidente da Arena, partido da ditadura militar, para presidir o Senado logo em 2003 (até 2005, para depois retornar em 2009, empesteando a Casa sob auspícios petistas até 2013). E que se repita: um abraço admirado em aliança com Bolsonaro - que, com toda a razão, causa tanto horror na "esquerda" - não será agraciado por Luiz Inácio, até que aquele aceite efetivá-lo.
E nem poderia ser diferente: "Passado é passado", disse no segundo mandato presidencial Luiz Inácio sobre revogação da Lei de Anistia a ex-ditadores militares perpetradores de crimes de lesa-humanidade no Brasil, condenado até pela OEA pela impunidade neste caso - único no mundo a não julgar ex-ditadores. Porém, em tempos de poder, altíssima popularidade e baixíssimas taxas de rejeição (ao contrário do que ocorre hoje), tudo isso passava desapercebido - e deveria passar, sob ameaça do rótulo de cão vira-latas a qualquer um que apontasse que as coisas não iam tão bem, e que poderiam acabar muito mal...
São estes "apenas" (desgraça pouca é sempre uma grande bobagem neste País onde habita uma "esquerda" do mais fino pedigrí, altamente intelectualizada, cheia de brios!) de alguns banhos de democracia que a cúpula petista exportou ao mundo!
Embora recheado de retóricas das mais vazias como "modernizar de acordo com o século 21 a "esquerda' nacional" (sem dizer como nem por quê, o que implicaria necessariamente auto-crítica que o PT não quer por nada fazer), as quais apenas os incautos sub-produzidos pela cúpula petista e seus ferrenhos defensores de interesses político-partidários podem alegremente aplaudir, o projeto do PT hoje é ainda mais precário que em 2002: nada mais que retomar o poder já que, às vésperas das primeiras eleições presidencias vencidas pelo PT, Luiz Inácio e seus "companheiros" ainda faziam mais uso da capacidade da mentira deslavada ao, pelo menos, incluir algum projeto.
É também deste iorque-cháiar da política nacional, a seguinte célebre filosofia sócio-política noticiada em dezembro de 20015 pelo jornal Folha de S. Paulo:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) arrancou, na noite desta segunda-feira, risos e aplausos de uma platéia formada por empresários e intelectuais ao, de certa forma, desmerecer a esquerda brasileira. Segundo ele, trata-se de uma ideologia típica da juventude.
"'Se você conhece uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque está com problema' [risos e aplausos]. 'Se você conhecer uma pessoa muito nova de direita, é porque também está com problema', afirmou o presidente depois de receber o prêmio 'Brasileiro do Ano' da revista IstoÉ.
Lula explicou que, em sua opinião, as pessoas responsáveis tendem a, conforme amadurecem, abrir mão de suas convicções radicais para alcançar uma confluência. Tal fenômeno ele classificou de 'evolução da espécie humana'.
"'Quem é mais de direita vai ficando mais de centro, e quem é mais de esquerda vai ficando social-democrata, menos à esquerda. As coisas vão confluindo de acordo com a quantidade de cabelos brancos, e de acordo com a responsabilidade que você tem. Não tem outro jeito'".
Lula explicou que, em sua opinião, as pessoas responsáveis tendem a, conforme amadurecem, abrir mão de suas convicções radicais para alcançar uma confluência. Tal fenômeno ele classificou de 'evolução da espécie humana'.
"'Quem é mais de direita vai ficando mais de centro, e quem é mais de esquerda vai ficando social-democrata, menos à esquerda. As coisas vão confluindo de acordo com a quantidade de cabelos brancos, e de acordo com a responsabilidade que você tem. Não tem outro jeito'".
Contactada por esta reportagem, a Friba, líder da Associação das Mulheres Revolucionárias do Afeganistão (RAWA, na sigla em inglês), classificou lá da capital afegã de Cabul as observações acima de "vergonha, mesmo!". Pois será que o mundo todo perdeu, completamente, a noção da realidade, restando apenas à nossa "esquerda dálmata" o pleno entendimento de teoria política? Se sim, por que nos encontramos nesta situação, não? Freud explicaria mais esta exótica matemática à brasileira, diante de uma "esquerda" que insiste em se vitimizar da maneira mais cínica?
Sem a menor intenção de ofender a dignidade dos chihuahuas da plateia tupiniquim à "esquerda", que modernização de que esquerda, Luiz Inácio? Ou será que, de acordo com a mais recente cartilha da teoria política elaborada pelos tão polidos lordes de nossa "esquerda", questionar também é algo... desagradável demais? Lembremos que uma das mentalidades mais respeitadas por nossa "esquerda", o militante petista Emir Sader qualificou em 2014 ativistas do Movimento dos Trabalhadores sem Teto, que protestavam em São Paulo pelos despejos em favor das pompas e segurança da Copa do Mundo da FIFA, exatamente de cães vira-latas. Com um detalhe: o prefeito da capital paulistana de então era o também petista Fernando Hadda,.
Pois desde 1985 o Brasil nunca correu tanto risco de sofrer mais um golpe militar quanto nas últimas semanas, o que na verdade sempre esteve latente, na pauta das elites, enquanto Luiz Inácio desfilou abraçado harmoniosa, fraternalmente com um dos mentores do golpe paramentar-jurídico-midiático contra a "companheira" Dilma, exatamente ele, Renan Calheiros! Por cujo cacique alagoano Luiz Inácio (segure na cadeira!) manifestou... profunda admiração!
Desde o golpe de 2016, o PT vem formando alianças Brasil afora exatamente com o PMDB de Calheiros, Michel Temer e Eduardo Cunha. Outro fato que, lamentavelmente a fim de prestar mais um desserviço à "democracia" nacional, grande parte dos meios "alternativos" não noticia. Neste cenário caótico reclamar pelo quê, envolvendo a grande mídia de imbecilização das massas?
Onde está a "esquerda" dona de nobre pedigrí deste País? Em lugar nenhum a não ser elaborando suas teorias e marquetim político pois não há nada nobre nisso, não há vergonha na cara, com raras e honrosas exceções não há "esquerda" tanto quanto não há movimento social que interesse no Brasil, se não atender os mesquinhos interesses de um bando de falsários da política, estes sim: apáticos, inertes, dessituados, sem a menor capacidade de indignação e de reação, tudo isso decorrente, exatamente, da baixíssima auto-estima estampada na coroa da moeda tupiniquim. E que se salve quem puder!
Pela irreflexão, também consequência da sede pelo poder, Luiz Inácio não apenas é vendido como salvador da pátria como é a única alternativa apresentada pela "esquerda"; sua incapacidade em produzir mais líderes ao longo de todo esse tempo, e uma alternativa que fosse realmente popular, apenas justificam o uso de aspas para esquerda brasileira que, no caso particular do PT e seus aliados, nunca se preocupou em fazer a economia forte a industrializando (embora programas assistenciais sejam fundamentais pela urgência, não se pode ficar limitado a eles como o PT se manteve), nem em educar a sociedade (cotas raciais universidades são imprescindíveis tomando nosso contexto histórico, mas não como medidas definitivas como fez o PT, o qual se "esqueceu" de investir em educação basica e em faculdades federais): surgiu o momento que mais se precisou da sociedade conscciente e ativista, especialmente de junho de 2013 para cá, sem todavia receber nenhuma resposta enquanto o partido neo-oligárquico em questão insiste em se aliar ao que há de mais corrupto na vida politica e econômica do País.
A economia caiu. O PT junto. Porém, nada muda no caráter dessa gente conforme os acontecimentos ao longo dos últimos anos - e últimas semanas - demonstram, justificando tudo em "princípios democráticos" evidenciando pela retórica, se já não bastassem os fatos em si, que no Brasil nem sequer muita noção de democracia existe - isso também, por (ir)responsabilidade da "esquerda".
Para quem não entendeu, há propostas implícitas e outras explícitas como alternativa ao País neste texto; para quem não quer entender, e muitos não querem em nome do poder pelo poder, nada adiantará se encher de dados econômicos e sociais, e fatos políticos como se tem feito nesta página. Para quem não entendeu, se o golpe paramentar-jurídico-midiático foi aplicado na mais absoluta paz pelos porões do poder, nada tendo mudado um ano e meio depois, o próximo golpe militar será aplicado sobre um mesmo cenário em relação a março/abril de 1964: pelas ruas do País, os milicos desfilando e os passarinhos cantando alegremente.
Disse certa vez Hugo Chávez: "Me lembrei [sequestrado e quase assassinado no frustrado golpe de Estado de 48 horas, em 2002] do Che Guevara, e pensei que era melhor morrer de pé que viver de joelhos". Pois se o PT e seus neocapachos optaram e continuam insistindo em morrer de joelhos, não esperem unanimidade em nome da "esquerda" (= votos e retomada do poder).
Ser brasileiro não deve significar, necessariamente, ser desprovido de vergonha na cara a ponto de sermos obrigados a aceitar passivamente o acentuado maquiavelismo petista - isso eles não podem nem vão nos impor, se não permitirmos.
Clamor do General Mourão por Ditadura e Eterno Abraço de Luiz Inácio no Capeta

Se já não bastasse a sucessão de pauladas na cabeça do trabalhador brasileiro, da qual é vítima diariamente na vida cotidiana à mercê de um Estado terrorista, excludente por natureza cuja forte intolerância e ódio regional, sexista, étnico, de classe e de gênero permeiam todos os segmentos da sociedade e órgãos governamentais, nos porões do poder a "festa pobre", nas palavras do saudoso Cazuza cujo banquete é compartilhado alegremente também por Luiz Inácio, cada vez mais mostra-se desolador para não dizer mesmo desesperador.
No último dia, 15 o general Hamilton Mourão, secretário-brucutu de Economia e Finanças do Exército, afirmou que intervenção militar é a solução para a crise política instalada no Brasil. Em 2015, este mesmo general havia sido removido da chefia do Comando Militar do Sul por prestar homenagem póstuma ao coronel Brilhante Ustra, condenado por tortura.
Eis o trecho do comentário de Mourão, em que defende golpe de Estado: “Na minha visão, que coincide com a dos companheiros que estão no alto comando do Exército, estamos numa situação que poderíamos lembrar da tábua de logaritmo, de aproximações sucessivas. Até chegar ao momento em que ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou, então, nós teremos que impor isso”.
O advogado Almir Pereira da Silva, que atua na área de direito militar em São Paulo, observou em seguida: “O militar que apoiar, divulgar ou incitar o povo para participar de um golpe, afronta as leis constitucionais e infraconstitucionais, e fere de morte a hierarquia e disciplina militar, bases fundamentais do militarismo".
Pois para piorar, a situação do Brasil é tão desgraçada hoje que até para se fazer justiça, deve-se pensar duas vezes: o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse que punir Mourão significaria premiá-lo tornando-o “mártir” do intervencionismo militar. Tal raciocínio remete ao seguinte fato: se a crise política piorar e Michel Temer cair - o que está estampado que ocorrerá -, dada a "vitalidade" de nossa "esquerda", quem assumirá este País?
A resposta pode fazer pensar se não seria "menos desvantajoso" (!) ao povo brasileiro aguentar este quase fundo do poço em que se encontra até as eleições de 2018, sem grande alarde e que tenha muito boa sorte Temer e sua quadrilha - que situação! Mas o que aguarda o Brasil para a "festa da democracia" de 2018, pós-ratos na piscina - históricos aliados do PT? Está realmente complcadíssima a situação brasileira, tão grave que fica difícil pensar no que pode ser menos ruim pela frente, diante de cada acontecimento.
É aí mesmo que a porca torce o rabo, que se toca nas feridas dos ferozes combates pelos privilégios do poder de um Estado putrefato em suas estruturas, desde sempre em favor de classes dominantes mesquinhas, ignorantes e raivosas como em nenhum outro lugar do planeta diante de uma grande plateia analfabeta, sobretudo política; portanto vulnerável tanto à direita quanto à esquerda do acirramento dos ânimos, em ampla medida metida em discuss'oes por coisa nenhuma produzida por um punhado de canalhas do topo da pirâmide.
Quase um mês antes das esborrifadas do brucutu Mourão, e no aniversário de um ano da consumação do golpe parlamentar contra a "companheira" Dilma Rousseff, eis que Luiz Inácio tratou de dar mais um exemplo do porquê a maioria dos cidadãos brasileiros está totalmente desacreditada com a política: subiu ao palanque com ninguém menos que Renan Calheiros!
Recebido pelo oligarca e arquiteto do golpe parlamentar-jurídico-midiático contra a ex-presidente com muita festa nas Alagoas, o grande (e único) nome da "esquerda" não poupou a língua em favor do "companheiro" alagoano, e "rasgou o verbo" enaltecendo a "independência" e "coragem" do peemedebista!
Se em qualquer lugar do mundo este fato em contexto soa como piada, no Brasil há 517 anos mandado com mãos de ferro pelos usurpadores do poder, espera-se que seja compreendido "democraticamente". País onde democracia é sinônimo de as classes dominantes (incluindo a mídia, é claro) fazerem o que bem entenderem, enquanto as massas, sem muita compreensão nem do que seja direita e esquerda, obedecem.
Paralelamente, Luiz Inácio proclama, de maneira vazia - e a persuasão é recurso inevitável tanto quanto eficiente em um país que, muito precariamente, produziu consumidores e não cidadãos - arranca aplausos ao apontar, cinicamente, que a esquerda precisa se atualizar neste século 21, não explica de que maneira, evidentemente.
Século 21 que, aliás, foi iniciado com o mesmo arrancando gargalhada de auditório aodizer aos interlocutores oligarcas que quem passa de certa idade permanecendo à esquerda do espectro político, é doente mental (sobre isso, leia Brasil Glorifica os Iguais, a Estupidez e a Ignorância, mais abaixo). Quem se lembra?
Uma enrome parte da mídia "alternativa" brasileira, fiel publicitária dos comícios de Luiz Inácio pelos rincões do País, neste caso das Alagoas (evidenciando o porquê de se dedicar espaço, entusiasticamente, apenas a um candidato assumidamente em campanha presidencial, o que fere os princípios jornalísticos baseados na objetividade, transparencia, ética e imparcialidade), obviamente "deixou passar": não cabe no panfleto lulista o abraço fraterno, respeitoso, admirado de Luiz Inácio exatamente nele, em Renan Calheiros. Afinal, nem todas as traquinagens do líder petista pelos rincões do Brasil, valem ser noticiadas.
No caso específico deste setor midiático-panfleteiro, as observações da jornalista (socialista) norte-americana Rheta Childe Dorr (1868-1948) em seu livro Inside the Russian Revolution (Por Dentro da Revolução Russa), escrito em plena Rússia em 1917, em meio à "Revolução" no qual aponta a tirania do novo governo dos sovietes e as manipulações midiáticas a partir de então, encaixam-se perfeitamente no contexto brasileiro "alternativo": "A censura à imprensa, hoje, é rígida e tirânica como no auge da autocracia, só que um tipo diferente de notícia é suprimido” (grifo nosso). Alguém tem alguma dúvida?
Pois em antecipação aos certos ataques petistas a esta observação que se vale da liberdade de expressão, refresquemos tais mentes recordando que foi em nome dessa mesma liberdade que, há um ano e meio, os petistas deram início (com toda a razão, e tarde demais) à demonização de Calheiros e de todo e qualquer cidadão que o defendesse - assim como de Temer, o mesmo que o PT havia escolhido a dedo, e a quem tanto defendeu das críticas dos "esquerdistas utra-radicais". Quem se lembra?
Quanto à justificada aversão da sociedade brasileira em relação à politica, perfeitamente compreensível, vale apontar que reeleita em 2014, Dilma tratou de amplificar tal rechaço ao colocar em prática, logo no primeiro dia na Presidência em janeiro do ano seguinte, o programa de governo de Aécio Neves, outro ser tido (com razão) como crápula por petistas e seus fantoches baratos que vendem a consciência, a dignidade e o futuro do Brasil por... sabe Krishna o quê!
O grande equívoco de muitos brasileiros - e nisto o PT e as elites (também midiáticas) têm grande culpa - diante de tal aversão, é apontar uma saída rumo ao retrocesso da ideologia do berro, da imposição pela força e do entreguismo nacional, enquanto a solução é clara e unica: mais democracia.
Em todo e qualquer país do planeta, ex-ditadores, perpetradores de crimes de lesa-humandade têm sido condenados, ainda que seus mandatários sejam de direita em determinados casos. O Brasil não se detém no festival de chamar a atenção mundial, negativamente.
Na realidade, desde a "redemocratização" brasileira em 1985 - tão fajuta e providenciada pelo Império dos últimos dois séculos quanto o "bravo grito do Ipiranga" que nos tornou "independentes" de Portugal e mais escravos ainda dos britânicos - brucutus com o Mourão nas Forças Armadas e diversos indivíduos das classes média e alta sempre desejaram retorno à militarização do país.
E esse sentimento de inconformismo internacional, até por parte da Organização dos Estados Americanos (OEA) com a impunidade no Brasil em relação aos ditadores criminosos, amadureceu com a recusa covarde de Luiz Inácio em se abrir os arquivos da ditadura confome liberação de cabo secreto por WikiLeaks, quatro deles traduzidos, na íntegra e com exclusividade, junto do artigo Ditadura no Brasil e o Novo 'Companheiro' dos Militares, Luiz Inácio. Em um desses telegramas confidencias emitidos pela "Embaixada" (centro de espionagem) dos Estados Unidos em Brasília ao Departamento de Estado em Washington, recorda-se que o demagogo e oportunista por excelência em questão, ainda elogia os 21 anos de desmandos militares no Brasil. Em absoluta concordância com este vídeo que precede seu primeiro mandato presidencial, em que o dito-cujo desdenha a esquerda crítica de tal regime por, segundo ele, não saber compreender os anos de ditadura (!).
Publicamente, Luiz Inácio também disse que "passado é passsado", ou seja, esqueçamos todos os crimes da ditadura militar ao se referir a uma proposta de revogação da Lei de Anistia aos militares, o que jamais ocorreu.
Em abril, a senadora Gleise Hoffmann pelo estado do Paraná assumiu a presidência do PT afirmando que o partido neo-oligárquico não faria auto-crítica como jamais fizera, a fim de - aproveitando-se da atual atmosfera de incertezas polarização brasileiras - "não fornecer armas ao inimigo". Que inimigo, o povo? Uma coisa é tão clara quanto os lucros dos grandes bancos, a evasão de divisas e o financimanto da grande mídia nos anos do PT ter batido todos os recordes históricos: não interessa, como nunca interessou, auto-crítica ao PT para que ele não se torne, mais ainda agora, refém de si mesmo em sua arte de praticar a mais baixa politicagem para retomar o poder.
Diante disso, conclui-se que a única lição que os donos do PT tiraram do previsível bico nos fundilhos que levaram, é que o autogolpe de suas cúpulas ao que sempre defenderam enquanto oposição, e em campanhas eleitorais, deve ser evitado repetindo e fortalecendo os "erros" (mentiras e tramoias políticas das mais diversas) do "passado", uma realidade que nos obriga a reconhecer que mesmo Jair Bolsonaro, com todas as suas limitações intelectuais e discurso carregado de preconceito, ódio e persuasão, age de maneira mais correta com seus apoiantes que Luiz Inácio com os seus. Por questão de justiça: há outros polítiicos, no espectro político à esquerda, também, bem mais corretos com seu eleitorado que o petista em questão, e que o próprio Bolsonaro. Nem será de volta ao poder, único projeto claro do PT, que se realizará a (reconhecida, implicitamente) necessidade da auto-crítica.
Aliás: apenas não ocorreu ainda o fraterno abraço entre Luiz Inácio e Bolsonaro por recusa deste. Que se tenha certeza disto: na primeira oportunidade dada pelo segundo, o primeiro não hesitará em enojar ainda mais a sociedade brasileira em relação à política, praticando suas demagogias e evidenciando, cada vez mais, que discurso e prática andam bem distantes, dentro de seu jeitinho de fazer política, o vale-tudo em busca do poder - afinal, "todo mundo faz", não é mesmo?
O abraço em Calheiros, a "solução" para a crise política apontada por Mourão e a (ausência de) resposta da sociedade são a mais recente dentre as perfeitas marcas metafóricas históricas de um Estado indecente, completamente falido, de uma sociedade analfabeta politicamente, portanto imóvel, sem a menor autonomia reflexiva, sem capacidade de açao nem de reação, quadro secular que o PT não fez absolutamente nada para mudar a não ser patrulhar críticas - como até hoje faz - e transformar precariamente massas outrora miseráveis, em efêmeros, momentâneos consumidores em uma economia que foi por alguns anos uma grande bolha, desindustrializada, crescentemente financeirizada, diante das massas com moradias, serviços públicos - espcialmente de saúde -, saneamento basico e condições de trabalho trágicos como sempre foram. Para nem falar em educação, segurança e reforma agrária, nem sequer abordados nas campanhas presidenciais, já recheadas com o mais imbecil e imbecilizador marketing político.
Fechando (por ora) este resumo do festival da demagogia, é de Luiz Inácio (pasmem!) esta observação critica, nos idos de 2000, a perpétuos assitencialismos governamentais que acabam substituindo, exatamente, a criaçao de empregos decentes com base em mão de obra qualificada, e industrialização do país:
Lamentavelmente, no Brasil o voto não é ideológico, lamentavelmente as pessoas não votam partidariamente e, lamentavelmente, você tem uma parte da sociedade que, pelo alto grau de empobrecimento, ela [sic] é conduzida a pensar pelo estômago e não pela cabeça. É por isso que se distribui tanta cesta básica. É por isso que se distribui tanto ticket de leite. Porque isso, na verdade, é uma peça de troca em época de eleição. E assim você despolitiza o processo eleitoral. Você trata o povo mais pobre da mesma forma que Cabral tratou os índios quando chegou no Brasil, tentando distribuir bijuterias e espelhos para ganhar os índios, eles [políticos hoje] distribuem alimento. Você tem como lógica manter a política de dominação que é secular no Brasil.
Perspectivas para o Brasil são obscuras e assustadoras. E tão indigno quanto isso tudo são as históricas inércia, apatia e indiferença da sociedade brasileira que, em muitos casos, defende ferozmente a politicagem mas baixa deste país, especialmente aquela em nome da "esquerda", pura retórica servindo apenas como subterfúgio, peteca lançada pelos usurpadores do poder a fim de distrair ainda mais uma grande plateia de incautos que briga entre si, sem muita noção pelo quê...
E Então, Quem É Cão Vira-Latas no Brasil?
5 de agosto de 2017 / Publicado em Global Research (Canadá), e em Pravda Brasil
Reservas morais e intelectuais do naipe do economista Paulo Kliass, colunista do brilhante sítio na Internet da Revista Caros Amigos, foram achincalhadas nos anos do PT no governo federal.
Em junho de 2011, em uma análise do então partido neo-oligárquico no poder, Kliass observou sobre a agressividade petista em relação a toda e qualquer crítica no artigo Não ao Patrulhamento e ao Medo da Crítica:
"[Vigora hoje] a velha e conhecida chantagem do 'quem não está comigo, então é porque está 'contramigo' [sic] (...) No interior do governo, e mesmo em algumas áreas do próprio movimento social, não se compreendia que a crítica era necessária justamente para que fossem apresentadas alternativas. (...)
"Chega a ser mesmo surpreendente ler e ouvir as tentativas de algumas pessoas buscando defender o indefensável, justificar o injustificável. Quando se trata, então, de indivíduos cujo passado conhecemos e sabemos o que defendiam até anteontem, aí a coisa fica ainda mais triste ou esquisita.
"Imagino o que estariam a dizer e argumentar esses mesmos responsáveis pelo patrulhamento, caso tais políticas estivessem sendo desenvolvidas por outro governo, em um contexto em que estivessem na oposição.
"Mas agora, não! A coisa é diferente, pois se trata do 'nosso governo', como acontece de eu ouvir, baixinho por aí, de alguns ainda envergonhados pelo argumento chinfrim."
Em um passado não muito remoto, mesmo enquanto a ex-presidente Dilma (sim, em grande medida vítima de preconceito de gênero neste País reacionário por natureza) era "fritada", especialmente nos anos em que Luiz Inácio era presidente e gozava de ampla popularidade, para a caricata esquerda brasileira era inadmissível qualquer crítica à sociedade brasileira: uma simples menção crítica neste sentido valia o raivoso título de "cão vira-latas", dando a entender que o crítico sofria de complexo de inferioridade. Todos nos lembramos bem dessa chantagem psicológica, como observou Kliass.
Enquanto hoje abundam entre a própria "esquerda" brasileira delirante, no maior cinismo, as mesmas críticas à sociedade nacional que passou, repentinamente, a não prestar mais após o bico nos fundilhos do PT pela mesma oligarquia a quem ele outrora abraçou, este que escreve agora foi publicamente achincalhado quando escrevia no Observatório da Imprensa (OI) em 2013, tempos nada distantes: por observar a despolitização e falta de dedicação à leitura da sociedade brasileira em geral, um militante petista passou a fazer ataques pessoais no espaço de leitores, para posteriormente, em seu blog, voltar a atacar o autor nominalmente com fotos de cães vira-latas que, na opinião dele, retratavam a mentalidade deste que escreve. Hoje, este tipo de apontamento crítico feito uns anos atrás no OI é "fichinha" em comparação ao que andam dizendo, do brasileiro em geral, os militantes petistas.
Em outras oportunidades - quando o PT esteve no poder - tachado também por militantes petistas de reprodutor da versão da grande mídia, de desmerecedor imperialista da sociedade brasileira (!). Pois uma rápida busca nos arquivos deste autor em comparação ao que essa mesma "esquerda" anda agora dizendo, evidencia a profunda hipocrisia, o descarado mau-caratismo, jogo baixo de muitos que, quando a despolitização e falta de educação da sociedade lhes servia - quadro que o PT nunca fez nada para mudar - estava tudo muito bom, e não se toa neste assunto. Muda-se de de posição facilmente por medo, por interesses, ou por uma combinação de ambos como diz o romancista norte-americano David Zeman.
Ontem deslumbrados e raivosamente agarrados ao poder sobre seus cães de guarda, hoje desesperados pela retomada do poder, a “esquerda” nacional vive de distração em distração (ela mesma o que – agora – tanto critica na outra vertente política) tem se “esquecido” de uma questão: como é possível que, em quase dois anos após Dilma ter começado a “balançar”, não se foi capaz de projetar ou ao menos colocar em discussão uma alternativa realmente popular no Brasil em relação ao mestre na retórica, Luiz Inácio?
Note-se que uma simples menção de opção já gera a raiva de “esquerda” no País. Ou seja: a história não anda sendo capaz de dar lições ao nosso povo em geral.
Está-se há mais de um ano das eleições presidenciais – as quais nem se tem certeza que ocorrerão -, enquanto se trata a questão de “luta” por Luiz Inácio “contra” as oligarquias como se estivéssemos em outubro de 2018, às vésperas do segundo turno eleitoral diante da disputa entre Luiz Inácio e Jair Bolsonaro: excesso de fanatismo que cega o indivíduo, ou a desavergonhada defesa de interesses político-partidários segue imperando no País?
Como pode um país, e das dimensões continentais do Brasil, viver há tantos anos sob uma única “alternativa” vendida como salvadora da pátria, insubstituível na “luta” contra as oligarquias nacionais, e estrangeiras? O que o PT fez em suas bases e com os “movimentos sociais”, além de cooptá-los durante todos esses anos?
O óbvio: a fajuta esquerda tupiniquim não foi nem será capaz de sequer colocar em pauta uma alternativa popular muito mais que pela falência dos partidos políticos, mas porque as críticas que ela mesma anda tecendo à sociedade valem tanto para ela quanto para os outros segmentos sociais.
A ausência de uma sombra alternativa popular no Brasil justificam que este autor insista em destacar “esquerda” com aspas, e todos os adjetivos que, mesmo quando gozava do poder, aplicava. A saber: apática, inerte, sisuda, despolitizada, mesquinha, sectária, reacionária, rancorosa, corrupta.
Em epítome, a fim de ajudar a responder à questão derradeira, palavras do próprio Luiz Inácio a seguir, abraçado com as oligarquias as quais, nem poderia ser diferente neste País perdido, acabam gerando por parte de não poucos raiva e ódio... contra o comunicador que as divulga, e não contra o autor da gargalhada política abaixo!! Enfim, com a palavra, morrendo de rir do povo brasileiro diante das classes dominantes, a única alternativa de “esquerda” deste País em queda livre moral, intelectual, econômica e tudo o mais que a criatividade possa mandar:
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) arrancou, na noite desta segunda-feira [dezembro de 2006], risos e aplausos de uma platéia formada por empresários e intelectuais ao, de certa forma, desmerecer a esquerda brasileira. Segundo ele, trata-se de uma ideologia típica da juventude.
“'Se você conhece uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque está com problema' [risos e aplausos]. 'Se você conhecer uma pessoa muito nova de direita, é porque também está com problema', afirmou o presidente depois de receber o prêmio 'Brasileiro do Ano' da revista IstoÉ.
“Lula explicou que, em sua opinião, as pessoas responsáveis tendem a, conforme amadurecem, abrir mão de suas convicções radicais para alcançar uma confluência. Tal fenômeno ele classificou de 'evolução da espécie humana'.
“'Quem é mais de direita vai ficando mais de centro, e quem é mais de esquerda vai ficando social-democrata, menos à esquerda. As coisas vão confluindo de acordo com a quantidade de cabelos brancos, e de acordo com a responsabilidade que você tem. Não tem outro jeito'”.
Para nem se estender diante do fato que os militares, do mesmo Bolsonaro que causa pavor na “esquerda” hoje, foram do início ao fim elogiados e protegidos dos crimes de lesa humanidade por Luiz Inácio na Presidência da República (mais detalhes). Em uma dessas defesas do regime militar, o líder petista acabou dizendo que ao criticá-la a “esquerda” demonstra não compreender a história (vídeo). Realmente, faltam brios tanto quanto sobra baixa auto-estima em amplos setores da nossa sociedade para aceitar passivamente (e ainda defender!) seguidos tapas na cara desta natureza, e tão obedientemente fornecer a única coisa que quer essa gente, que nunca aceitou ouvir quem esteve fora de seu grupelho:apoio eleitoral e poder!
Brasil: só podia dar no que deu, e só não percebeu quem não quis. Mas, afinal, diante das palavras de Luiz Inácio acima em contexto, quem é cão vira-latas neste País mesmo?
O Brasil precisa, urgentemente, de uma alternativa popular autêntica!
Brasil Glorifica os Iguais, a Estupidez e a Ignorância
Não ao oportunismo, à polarização, ao sectarismo: defender justiça social e direitos humanos no Brasil, não é nem nunca foi sinônimo de apoiar Luiz Inácio nem o PT, muito pelo contrário! Nos porões do poder, riem da nossa cara: quem se lembra?Hoje PT recusa autocrítica e combate críticas externas, como sempre fez mais que por mentalidade rasa: seu autogolpe impossibilita encontro com a consciência
2 de agosto de 2017 / Publicado em Global Research e em Pravda Brasil

Diante das grandes crises, nenhuma novidade, as sociedades mais vulneráveis (i.e., deseducadas) tendem a se polarizar facilmente. E isso significa perder a lucidez, o equilíbrio, a autonomia reflexiva e serem levadas por toda a sorte de oportunistas, demagogos, vigaristas os quais, no caso particular do Brasil, sempre abundaram os quais, atualmente, evidenciam-se cabalmente ou, no português mais popular, saem grotesca e desavergonhadamente do armário.
Subproduto disso é o maniqueísmo barato que apregoa, “ou estão ao nosso lado, ou contra nós”, e uma das traduções que pode se fazer desse velho jogo baixo é a sentença de que quem não apoia Luiz Inácio e o PT hoje, não apenas não está a favor de políticas inclusivas como “faz o jogo da direita”.
Crítica & Autocrítica na Mente dos Insensatos
Quando dei início à compra de diploma na faculdade de Jornalismo de péssimo nível na Universidade Metodista de São Paulo, uma das tantas merdadejantes do capelo (chapeuzinho) com o famoso par de orelhas dos iguais, da estupidez e da ignorância, a tal de “esquerda” tupiniquim gozava dos privilégios do poder na pessoa de Luiz Inácio.

Porém, este autor nunca abriu mão de suas opiniões de acordo com a ocasião: o que diz hoje para a alegria da “esquerda”, dizia à época causando horror até aos “professores” nas apresentações de trabalhinhos universitários. Certas vezes, quando dizia que o Brasil vivia guerra civil inclusive em uma dessas apresentações, olhares pareciam considerar-me terrorista ou um débil-mental. Vale ressaltar: de lá para cá, o quadro tenebroso não mudou muita coisa, a não ser que naquele tempo não tão distante o número de mortes violentas no País do Imponderável era de 45 mil por ano, hoje ultrapassando os 60 mil: só isso! Uma diferença de “apenas” 15 mil cabeças majoritariamente negras, homossexuais e pobres.

A reflexão e, se necessário, a autocrítica são sempre bem-vindas, fortalecendo indivíduos e agrupamentos em uma sociedade transparente, que deseja progredir; especialmente nos momentos mais delicados, de grave crise e incertezas diante do futuro. Enfim, a autocrítica esclarece (o que o Brasil mais necessita neste momento tão conturbado); para mentes sãs e espíritos sinceros, a crítica pode ser construtiva e, ainda, evitar grandes tragédias.
No entanto, depois de tudo, desde maio do ano passado, o PT e seus apoiantes ainda não se deram conta disso, contudo: a ordem petista é acobertar, silenciar e isso nunca mudou no poder ou fora ele, diante das vitórias ou das derrotas eleitorais seguida por determinados setores midiáticos ditos alternativos, que nada mais são que a outra face de uma mesma moeda politiqueira em relação à grande mídia comercial.
Porém, o problema do PT não é apenas de mentalidade, mas sobretudo moral conforme será abordado a seguir, o que explica a impossibilidade de um encontro com a consciência agora.
Os Porquês de Tanta Desolação
Um amigo brasileiro, proeminente historiador e escritor que participou ativa e importantemente dos governos Lula, em conversa particular comigo na semana passada compactuou de minhas amarguras: “Tenho me refugiado como escritor, neste momento estranho que o Brasil atravessa”. Ele se referia, sobretudo, à tal de “esquerda” tupinica, e tal comentário era uma resposta à carência de entusiasmo deste que agora escreve em dissertar para brasileiros em geral, há muito tempo.
“A esquerda brasileira precisa se unir [em torno a mim] neste momento [2016-17, investigado sob risco de ser preso] de perseguição”, tem dito oportunisticamente Luiz Inácio, buscando desesperadamente por aqueles que, em um passado nada remoto, patrulhou e até desmoralizou, publicamente.
É indiscutível e senso mundial o tendencionismo contra Luiz Inácio e o próprio PT por parte da “Justiça” tupiniquim (uma das maiores gozações da Pátria, dos maiores emblemas do falacioso Estado de direito que vivemos a qual, determinado setor, tive o prazer de, recentemente, tachar de safado questionando se não tem nada mais a fazer da vida senão fofocar ao telefone: como pouca desgraça na vida de pobre é sempre uma grande bobagem no Patropi de tantos carnavais, e o pobre nunca tem nada a perder, que vá!).
Por parte da sociedade brasileira em geral, altamente discriminadora em todos os segmentos (mesmo entre as classes menos favorecidas, especialmente no Sul-Sudeste mais branco), é igualmente evidente o preconceito regional contra o ex-presidente e de gênero em relação à Dilma Rousseff.
Outro estigma que deve ser quebrado é que Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e outras migalhas (pela quantidade e qualidade) petistas quebraram o País: investimentos sociais apenas enriquecem qualquer nação, e isto é fato. No caso particular dos governos petistas que iniciaram, sim, a derrocada brasileira levada às últimas consequências por Michel Temer, recorde-se:
“A economia brasileira é uma grande bolha, prestes a estourar; e quando isso ocorrer, o estrago será bem maior do que muitos podem prever”, escreveu este autor em seu Blog no artigo Oito Anos e Meio de PT e Seis por Meia Dúzia no Brasil: Até Quando?, alguns meses depois de Dilma ter tomado posse pela primeira vez, em 2011.
A grande bolha se devia ao fato de que as migalhas transformavam milhões de pobres em consumidores, mas não em cidadãos: não apenas pela falta de investimentos em educação como também por áreas como saúde e saneamento básico terem estado abandonadas, como sempre, tornando efêmeros programas – de baixo valor – como o Bolsa Família.
E mais, o Brasil do PT não investia em industrialização mas apostava na financeirização da economia, e permitia a farra da evasão de divisas conforme justificaria mais tarde este autor, no Observatório da Imprensa, a bolha econômica vivida:
Financeirização da Economia - A presidente Dilma cortou R$ 50 bilhões em investimentos sociais enquanto seguimos campeões mundiais em taxas de juros, estamos entre os 14 países com maior carga tributária, atrás apenas de países europeus, tendo o país crescido quatro posições de 2008 para 2009 segundo dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), de dezembro de 2010 – ano em que tal carga atingiu 35,04% do PIB; os oito anos e meio do governo do PT geraram superávit de 4% do PIB, transferindo mais R$ 1,5 trilhão ao setor financeiro, para pagamento de juros da dívida pública estando o Brasil entre os três mais desiguais do planeta segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), com economia cada vez mais de joelhos ao capital especulativo (dados a seguir publicados pelo jornal A Nova Democracia):
“O lucro líquido do banco Bradesco chegou, no primeiro trimestre desse ano, a R$ 2,7 bilhões, montante 28% maior do que apurado no mesmo período de 2010. O banco Santander, por sua vez, obteve um lucro de R$ 2,071 bilhões, 17,5% maior que no primeiro trimestre de 2010. Já o Itaú/Unibanco registrou o lucro líquido de R$ 3,53 bilhões no primeiro trimestre desse ano, o que corresponde a um crescimento de 9,15% comparando com o ano anterior.
“O lucro líquido dos três maiores bancos privados em atividade em nosso país, quando somados ao lucro líquido do Banco do Brasil, que foi de R$ 2,93 bilhões, ultrapassaram os R$ 10 bilhões, marca nunca antes atingida em um período tão curto.”
“Remessas de Lucro ao Exterior – No mesmo artigo, outros dados apresentados por A Nova Democracia, sobre bilionárias remessas de lucro ao exterior: “As matrizes das indústrias automobilísticas instaladas no Brasil receberam remessas superiores a US$ 2,2 bilhões no primeiro quadrimestre de 2011. Esse valor representa um aumento de 238% comparando com o mesmo período de 2010.
Segundo dados do Banco Central, o valor enviado pelas empresas automobilísticas corresponde a mais de um quarto, ou seja, 26,2%, de todas as remessas de US$ 8,5 bilhões feitas por empresas estrangeiras instaladas no Brasil nesse período.
“Apesar dessas altas cifras remetidas para as matrizes estrangeiras, o grosso dos investimentos anunciados pelo setor é bancado por recursos nacionais, como os US$ 8,7 bilhões de dólares (aproximadamente, 16,3 bilhões de reais) concedidos pelo BNDES a estas montadoras no período 2008-2010.”
“Ainda sobre juros da dívida pública, nos últimos 12 meses custou R$ 213,9 bilhões ao Brasil, para o que o Estado cortou gastos e reservou R$ 119,6 bilhões do total da receita de impostos. O valor não pago, R$ 94,3 bilhões, foi acrescido ao saldo da dívida, que não para de aumentar. O programa Bolsa Família, que beneficia 53 bilhões de brasileiros com média de R$ 155,00 por família, custando ao Estado R$ 17 bilhões, poderia ser multiplicado por 12 vezes e meia e acrescido a R$ 1.400,00 por família com o montante do juro da dívida pública pago nesses 12 meses (fonte: Carta Maior).”
“Vale observar ainda ainda que o governo federal sob Lula e agora, durante o mandato de Dilma Rousseff, tem sido completamente nulo no que diz respeito à reforma agrária e ao fortalecimento dos movimentos sociais, contrariando o programa de governo do partido, bem como toda suas propostas histórias, hoje jogadas à retórica quase que por completo.”
Portanto, o que quebrou o Brasil foi a financeirização da economia somada à indecente evasão de divisas.
Autogolpe
Tampouco era preciso ter comprado diploma de Cientista Político nem ser profeta para saber que isto ocorreria, segundo este autor no Observatório da Imprensa nos idos de 2012, quando a então presidente Dilma gozava de altos índices de popularidade:
“O PMDB trata de tentar aturar o PT hoje por conveniência – e, nenhuma descoberta no campo da ciência política, na primeira oportunidade arrematarão o pé nos fundilhos do PT, e se estiverem de muito bom humor sem dar tiros a todos os lados, o que é improvável que aconteça. Isso deve acontecer na eleição de 2014, mas pode ser adiado de acordo com as costuras partidárias que se deem até lá.”
E o autor continuou, único no País a notar isto talvez pelos deslumbres petistas e de seus puxa-sacos com o poder: que se algo ocorresse com a então presidente Dilma no meio do caminho, o PT estava nos indicando a tétrica figura de Michel Temer para a Presidência: o PT que sempre se justificou das obscenas alianças, agora reclama do substituto de Dilma, por mais golpista que seja e nunca foi novidade a ninguém seu (péssimo) caráter?

Naquela mesma época, o Brasil era mais uma vez reprovado pelos órgãos internacionais de direitos humanos: em seu Informe Anual' 2012, a Anistia Internacional havia condenado diversas questões em que o Estado brasileiro feria os direitos humanos, inclusive as medidas da presidente Dilma Rousseff que favoreciam o extermínio contra os indígenas. A política de cotas nas universidades (medida temporária louvável), perante esta cruel realidade era mais uma das tantas e grandes hipocrisias governamentais dos petistas.
Portanto, se hoje a sociedade brasileira continua sem consciência política, sem senso cidadão e sem capacidade de luta e reação como sempre foi, se o PT e o Brasil não possuem um povo capaz de reagir à ofensiva das elites e do capita estrangeiro, o PT que reprimiu uns e cooptou outros movimentos sociais não tem do que reclamar agora.
No caso do Mensalão, pelo qual José Dirceu acusou Luiz Inácio e Dilma de covardes por não assumirem posição diante de sua condenação, o ex-presidente disse: “Não vou falar por uma questão de respeito ao Poder Judiciário. O partido fez uma nota que eu concordo. Vou esperar os embargos infringentes. Quando tiver a decisão final vou dar minha opinião como cidadão. Por enquanto vou aguardar o tribunal. Não é correto, não é prudente que um ex-presidente fique dizendo, 'Ah, gostei de tal votação', 'Tal juiz é bom'. Não vou fazer juízo de valor das pessoas. Quando terminar a votação, quando não tiver mais recursos vou dizer para você o que é que eu penso do Mensalão”. Quando sentiu a água bater no bumbum de cerca de um ano para cá, perdeu o respeito e mudou facilmente de posição, de novo.
Diversos telegramas secretos enviados da “Embaixada” (centro de espionagem) norte-americana em Brasília liberados por WikiLeaks revelam encontros nunca trazidos ás claras por petistas em território norte-americano na capital federal brasileira, especialmente de José Dirceu com o pires na mão a fim de, obedientemente, prestar contas aos oficiais dos Estados Unidos, assegurando que seus interesses estavam assegurados e continuariam sendo garantidos em solo tupiniquim. Certamente, Che Guevara percebeu seu sangue, no minimo, futilizado através dos delivery do ex-ministro José Dirceu em território estadunidense em Brasília. Bom, como eles mesmos se denominam: são os da “esquerda moderada”, moderna, não é? Pois é...
Acima de todas as controvérsias que se possa criar sobre teorias políticas (o que nossa “esquerda” mais sabe fazer, discutir trancafiada teorias), Luiz Inácio que hoje busca se safar da armadilha oligárquica que outrora o deslumbrou em cima de rótulos, não poupou estigmas jocosos a essa mesma “esquerda” brasileira.
Sobre a grande mídia que agora Luiz Inácio e sua ala demonizam (com toda a razão), vale recordar a emotiva frase do mesmo: “Aí se vai [Roberto Marinho] um grande brasileiro, merecedor de três dias de luto oficial”. Pois tanto Luiz Inácio quanto Dilma sempre evidenciaram, em espécie, seu apreço pelo “doutor” Roberto Marinho:
“O patrocínio petista à mesma mídia contra quem oportunisticamente esperneia hoje, a revista Carta Capital relatou em Publicidade Federal: Globo Recebeu R$ 6,2 Bilhões dos Governos Lula e Dilma, que 'entre os jornais, O Globo foi o que mais recebeu verbas; a revista Veja recebeu mais de R$ 700 milhões no período. (...) Lula e Dilma investiram um total de R$ 13,9 bilhões para fazer propaganda em todas as TVs do país'.
“E pontuou ainda: 'A parte destinada somente às emissoras da Rede Globo representa quase metade desse total. Apesar disso, a porcentagem destinada à Globo tem sido reduzida. Ao final do governo de Fernando Henrique Cardoso, em 2002, as emissoras globais detinham 49% das verbas estatais destinadas à propagada em TV aberta, chegaram a 59% durante o governo Lula e, no ano passado, a Globo ainda liderava com R$ 453,5 milhões investidos, mas do total, o valor representa 36%'”.
É também de Luiz Inácio esta filosofada nada progressista, igualmente bem distante do discurso de hoje:”Passado é passado [esqueçamos tudo]”, sobre ditadura militar e revogação da Lei de Anistia. Não bastasse isso, o ex-presidente “do povo” apoiou José Sarney, ex-presidente do partido da ditadura, para a Presidência do Senado. Em cabo secreto emitido pela “diplomata” (espiã) norte-americana no Brasil Donna Jean Hrinak, em 1º de abril de 2004 liberado por WikiLeaks em que Luiz Inácio simplesmente enaltece, nos bastidores da política, a ditadura militar no Brasil.
Neste vídeo, antes de se tornar presidente Luiz Inácio critica a posição da esquerda brasileira sobre o regime militar, enaltecendo este.
Tudo isso não nos faz lembrar a velha frase do “feitiço que se vira contra o feiticeiro”, ou “provando do próprio veneno” hoje?
E mais: comparando com setores progressistas de países vizinhos, essa nossa “esquerda” é de, no mínimo, ruborizar a face de qualquer cidadão decente, com liberdade de consciência, com o mínimo de seriedade e vergonha na cara. Relances da atualidade para quem tem alguma dúvida: mais de cem ex-ditadores condenados ou em julgamento na Argentina (Rafael Videla morreu em cela comum, condenado à prisão perpétua na Argentina), e quem garante Nicolás Maduro na Presidência venezuelana é o povo mobilizado nas ruas não fazendo esses esporádicos e efêmeros piqueniques de rua do Brasil de hoje e sempre, mas entregando a alma pacificamente à causa que defendem.
Em campanha presidencial, julho de 2006, o então presidente e candidato à reeleição proferia este veredito:
“Nunca fui de esquerda.”
Sobre esta afirmação que reinou no cinismo, o jornalista da Revista Veja, Reinaldo Azevedo, pareceu morreu de rir (quem vai condená-lo por isso?) ao escrever que Emir Sader deveria, então, estar chorando. Até Azevedo viria a se mostrar ingênuo ao acreditar em determinados setores de nossa “esquerda” (!), pois oito anos mais tarde, às vésperas da abertura da Copa do Mundo, Emir Sader, porta-voz do PT, simplesmente qualificaria ativistas do Movimento dos Trabalhadores sem-Teto de cães vira-lata por protestarem contra a remoção de famílias para as obras do evento esportivo. Detalhe: o prefeito da cidade era, então, Fernando Haddad, exatamente do PT. Não dá para desconfiar que, no frigir dos ovos tupiniquins, essa turma travestida de esquerda é a maior adversária do povo brasileiro? Reacionários esses patéticos “companheiros”, quando seus interesses político-partidários estão em questão, não?
Mas a célebre frase viria mesmo durante a ressaca da vitória eleitoral, em dezembro daquele ano. Aos apreciadores de teorias políticas, aqui vai:
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) arrancou, na noite desta segunda-feira, risos e aplausos de uma platéia formada por empresários e intelectuais ao, de certa forma, desmerecer a esquerda brasileira. Segundo ele, trata-se de uma ideologia típica da juventude.
“'Se você conhece uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque está com problema' [risos e aplausos]. 'Se você conhecer uma pessoa muito nova de direita, é porque também está com problema', afirmou o presidente depois de receber o prêmio 'Brasileiro do Ano' da revista IstoÉ.
“Lula explicou que, em sua opinião, as pessoas responsáveis tendem a, conforme amadurecem, abrir mão de suas convicções radicais para alcançar uma confluência. Tal fenômeno ele classificou de 'evolução da espécie humana'.
“'Quem é mais de direita vai ficando mais de centro, e quem é mais de esquerda vai ficando social-democrata, menos à esquerda. As coisas vão confluindo de acordo com a quantidade de cabelos brancos, e de acordo com a responsabilidade que você tem. Não tem outro jeito'”.
Baseada nesta mentalidade reacionária manifestada em práticas políticas e econômicas, a liderança petista expulsou militantes do mais eleado gabarito mora e intelectual de seu quadro no início de seu governo federal, tais como Heloísa Helena, João Batista “Babá” Oliveira de Araújo e Luciana Genro. E agora espera que, porque houve uma volta atrás apenas retórica com base em rótulo, “somos de esquerda”, as mentalidades progressistas nacionais girem em torno de Luiz Inácio? Nada mais patético, imoral.
Alternativa Popular É a Solução
Esta pergunta dirige-se a cidadãos que, como este autor, contam moedas para pagar as contas no final do mês, cujos filhos padecem do sistema público de saúde neste País falido: venderemos ao capeta do sectarismo politiqueiro mais baixo nossa consciência, nossa dignidade, nossa alma?
Não! Ser adepto de políticas sociais e de direitos humanos não significa nem jamais significou apoiar Luiz Inácio nem o PT! E quem declara isso não está favorecendo os setores reacionários que foram bajulados por este, quando gozava dos privilégios do poder. Cidadão brasileiro, não entre nesse engodo – o recente abraço fraternal de Luiz Inácio no golpista e entreguista Michel Temer em pleno velório de dona Marisa Letícia, com um “conte comigo” em consonância com as alianças petistas atuais com peemedebistas Brasil afora, são o mais recente sinal de que seremos, de novo, os otários da vez se o PT retornar ao poder.
O Brasil carece de uma alternativa autenticamente progressista, chegue ela ao poder ou não. O projeto do PT, aliás, nada mais é que chegar ao poder, evidenciado nas próprias entrevistas de Luiz Inácio e Dilma: outro sinal de que nada mudou. E se o brasileiro não despertar mas seguir vítima de retóricas vazias, será novamente vítima do velho seis por meia dúzia, caçoado sem piedade nos encontros dos velhos oligarcas com seus neocapachos.
Se entre viver de joelhos ou morrer de pé o PT optou por morrer de joelhos, que se refunde (e que Luiz Inácio, particularmente, tenha boa sorte em provar que de torneiro mecânico aposentado acabou milionário com toda a família, da noite para o dia trabalhando honestamente), pois passou da hora de um verdadeiro governo popular no Brasil que substitua essa precária democracia formal pela democracia participativa, alterando com isso as relações de poder promíscuas que imperam no Brasil de hoje e sempre, pontos que o neo-oligárquico PT, deslumbrado com o poder como era previsível que ocorresse, do início ao fim se recusou a colocar em prática a fim de usurpar o poder.