
A paz de Deus é muito mais maravilhosa
do que a mente humana pode compreender
do que a mente humana pode compreender
Apóstolo S. Paulo
somos MAIS que vencedores, por causa daquilo que Jesus fez na cruz por nós


Seja você a mudança que tanto procura nos outros.
As pessoas não mudam com cobranças, mudam com exemplos
Mahatma Gandhi (imagem à direita)
As pessoas não mudam com cobranças, mudam com exemplos
Mahatma Gandhi (imagem à direita)
Todos pensam em mudar o mundo, mas poucos pensam em mudar a si mesmos
Leon Tolstoy (imagem à esquerda)
Leon Tolstoy (imagem à esquerda)
Não há nada mais político que afirmar que a religião não tem nada a ver com a política
Desmond Tutu
Desmond Tutu
Se você se mantém neutro em situações de injustiça, então escolheu o lado do opressor
Desmond Tutu
O choro e ranger de dentes bíblico se dará através do encontro de muitos com a consciência
Edu Montesanti
Edu Montesanti
Quando algo se torna modismo - religioso, político, filosófico, matrimonial, etc -, perdeu-se tudo. Sob um sistema
que impõe ausência de pensamento e muita superficialidade, as mais diversas áreas, para um número cada vez
maior de pessoas em todos os setores da sociedade, tendem a ser nada mais que estereótipos
Edu Montesanti
que impõe ausência de pensamento e muita superficialidade, as mais diversas áreas, para um número cada vez
maior de pessoas em todos os setores da sociedade, tendem a ser nada mais que estereótipos
Edu Montesanti
Qualquer ato, por mais nobre que seja, se não traz consigo conscientização e caráter, não vale rigorosamente nada.
Exemplos são os "gramaticoides da fé" que, com ditos e feitos elaborados em salas de doutrinas comportamentais e cerimoniais, são como um belo sino sobre a cátedra: fazem barulho, não convencem ninguém e, em algum momento, sua essência virá à tona
Edu Montesanti (leia I Coríntios 13)
Exemplos são os "gramaticoides da fé" que, com ditos e feitos elaborados em salas de doutrinas comportamentais e cerimoniais, são como um belo sino sobre a cátedra: fazem barulho, não convencem ninguém e, em algum momento, sua essência virá à tona
Edu Montesanti (leia I Coríntios 13)
Indignação e até atos ríspidos decorrentes de revolta são bons, naturais e fundamentais em determinadas ocasiões.
Porém, se a essência de sua causa for revolta - caso de muitos - ao invés de consciência e solidariedade, perdeu-se tudo
Edu Montesanti
Porém, se a essência de sua causa for revolta - caso de muitos - ao invés de consciência e solidariedade, perdeu-se tudo
Edu Montesanti
No mundo hoje, o certo não é fazer o certo, mas a convencional
Edu Montesanti
Edu Montesanti
Falta de consciência perpetua dor, tanto quanto injustiça prenuncia novos erros. Atividade intelectual, verdade e justiça libertam
Edu Montesanti
Edu Montesanti
A venda nada mais é que o encontro de um ser que acordou otário, com outro que acordou esperto
De um colega de trabalho, regozijando-se no final de um dia repleto de táticas da arte de enganar melhor as pessoas
(Tal "filosofada" adveio de prática generalizada hoje. No dia seguinte, esse colega foi, fruto do sistema que eles mesmos criam,
traído seriamente por outro, contra o qual vomitou todo seu cavernícula senso de justiça - a selvageria humana moderna)
(Tal "filosofada" adveio de prática generalizada hoje. No dia seguinte, esse colega foi, fruto do sistema que eles mesmos criam,
traído seriamente por outro, contra o qual vomitou todo seu cavernícula senso de justiça - a selvageria humana moderna)
A promoção da paz é fundamentalmente ativa, apaixonada e, muitas vezes,
requer renúncias e resistência - sem jamais ferir a vida e a liberdade do outro
Edu Montesanti
requer renúncias e resistência - sem jamais ferir a vida e a liberdade do outro
Edu Montesanti
A Igreja é cada vez mais imagem e semelhança, quase retrato perfeito do sistema mundial intolerante, mesquinho, arrogante, ganancioso, corrupto, cínico, explorador. Em determinados casos inconscientemente, as instituições religiosas em geral repousam, completamente rendidas, nas mãos do poder oculto que governa este mundo, desfrutando as benesses imorais de seus banquetes. A Igreja, que deveria ser maior opositora, é grande aliada do poder oculto mundial, parte fundamental da sua consolidação
Edu Montesanti
Edu Montesanti
O ódio é um veneno que se toma, esperando que o outro morra
Frei Betto
Frei Betto
O ressentimento é um aprisionamento do psiquismo no passado – sobretudo sob a forma da incapacidade
de assimilar e transformar uma vivência traumática; com o travamento do esquecimento, o trauma sempre
de novo retorna, impedindo a abertura da consciência para novos estados, novas vivências
Oswaldo Giacoia Junior
de assimilar e transformar uma vivência traumática; com o travamento do esquecimento, o trauma sempre
de novo retorna, impedindo a abertura da consciência para novos estados, novas vivências
Oswaldo Giacoia Junior
A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude
François de la Rochefoucauld (1613-1680)
François de la Rochefoucauld (1613-1680)
Enxergar o que está diante do nosso nariz, exige um esforço constante
George Orwell (1903-1950)
George Orwell (1903-1950)
Se o mundo está em trevas, é porque a Igreja deixou de ser luz
São José Maria Escrivá
Sem coragem não é possível ser honesto. Sem coragem não é possível ser solidário e caridoso
Heloísa Helena
Heloísa Helena
Não diga poucas coisas em muitas palavras, mas muitas coisas em poucas palavras
Pitágoras
Pitágoras
Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é se perder
Soren Kierkergaard (filósofo e teólogo dinamarquês, 1813-1855)
Soren Kierkergaard (filósofo e teólogo dinamarquês, 1813-1855)
A audácia sem juízo é perigosa, e o juízo sem audácia, inútil
Gustave Le Bon (psicólogo, sociólogo e físico amador francês, 1841-1931)
Gustave Le Bon (psicólogo, sociólogo e físico amador francês, 1841-1931)
Vida é a arte de desenhar sem apagador
John Gartner
John Gartner
Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende
Leonardo Da Vinci
Pensar é o trabalho mais dificil que existe. Talvez seja por isso que tão poucos se dedicam a ele
Henry Ford
A Igreja precisa sair às ruas, não pode ser uma ONG
Papa Francisco
Papa Francisco
Não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma. Uma sociedade assim simplesmente empobrece a si mesma; antes, perde algo de essencial de si. Lembremo-nos sempre: somente quando se é capaz de compartilhar, enriquece-se de verdade; tudo aquilo que se compartilha, se multiplica! A medida de grandeza de uma sociedade se dá no modo como trata os mais necessitados, quem não tem outra coisa senão a pobreza
Papa Francisco
Papa Francisco
Em nossa época atual, o discurso e a escrita política consistem, em grande parte, na defesa do indefensável
George Orwell, 1946
George Orwell, 1946
A crítica é o freio que impede um líder de se tornar ditador
Corpo Illuminati
Corpo Illuminati
A burrice goza de um imenso poder de inércia
Barbara Tuchman
Barbara Tuchman
Ao questionar as ações dos seus líderes, pergunte-se como
enfrentar os mesmos dilemas se assumisse suas mesmas responsabilidades
Corpo Illuminati
enfrentar os mesmos dilemas se assumisse suas mesmas responsabilidades
Corpo Illuminati
Os privilegiados detestam pensar que são apenas privilegiados. Passam rapidamente a se definir como intrinsecamente dignos
do que possuem, a se considerar elite "natural" e até a ver seus bens e privilégios como extensões naturais de seu eu superior
Charles Wright Mills, sociólogo norte-americano
do que possuem, a se considerar elite "natural" e até a ver seus bens e privilégios como extensões naturais de seu eu superior
Charles Wright Mills, sociólogo norte-americano
A função do líder é produzir mais líderes, não mais seguidores
Ralph Nader, advogado e político norte-americano
Ralph Nader, advogado e político norte-americano
A mente de um rei e um plebeu difere-se apenas naquilo que ambos escolheram ocupá-la
Corpo Illuminati
Corpo Illuminati
Jesus orientou líderes a formar líderes. Os donos dos templos, a fim de manter privilégios, perpetuam-se nas lideranças, centralizam poder religioso preocupando-se apenas em produzir massas de seguidores, em sistemas excessivamente verticais
Edu Montesanti
Edu Montesanti
Jesus não propôs fundar uma nova religião. Nem pretendeu que as pessoas fossem mais religiosas. O que de fato quis
foi que todos, com religião ou sem ela, fossem mais humanos, solidários, fraternos, justos, amorosos e misericordiosos
Leonardo Boff (teólogo e filósofo)
foi que todos, com religião ou sem ela, fossem mais humanos, solidários, fraternos, justos, amorosos e misericordiosos
Leonardo Boff (teólogo e filósofo)
As Igrejas, diferentes de Jesus, raramente se voltam às pessoas para que façam uma experiência de misericórdia. Escolhem o
caminho do moralismo, reforçando o medo que mantém cativa a liberdade, torna triste a vida. Jesus denuncia isso, presente no filho bom que ficou em casa, à sombra do pai. Nega-se a voltar ao irmão. Quer observância da norma, aplicação do castigo. Filho bom, único criticado por Jesus, a quem não basta sermos bons, mas sempre voltar ao outro, e mostrar amor e misericórdia
Leonardo Boff
caminho do moralismo, reforçando o medo que mantém cativa a liberdade, torna triste a vida. Jesus denuncia isso, presente no filho bom que ficou em casa, à sombra do pai. Nega-se a voltar ao irmão. Quer observância da norma, aplicação do castigo. Filho bom, único criticado por Jesus, a quem não basta sermos bons, mas sempre voltar ao outro, e mostrar amor e misericórdia
Leonardo Boff
Quanto mais examino o universo e estudo os detalhes de sua arquitetura, tanto mais evidências
encontro de que Ele [Deus], de alguma maneira, devia ter sabido que estávamos a caminho
encontro de que Ele [Deus], de alguma maneira, devia ter sabido que estávamos a caminho
Freeman Dyson (físico britânico)
Tudo no universo precisou de um ajuste muito fino para possibilitar o desenvolvimento da vida; por exemplo, se a carga elétrica
do elétron tivesse sido apenas ligeiramente diferente, teria destruído o equilíbrio da força eletromagnética e gravitacional
nas estrelas e, ou elas teriam sido incapazes de queimar o hidrogênio e o hélio, ou então não teriam explodido.
De uma maneira ou de outra, a vida não poderia existir
Stephen Hawking (matemático e físico britânico, no livro Uma Nova História do Tempo, 2005)
do elétron tivesse sido apenas ligeiramente diferente, teria destruído o equilíbrio da força eletromagnética e gravitacional
nas estrelas e, ou elas teriam sido incapazes de queimar o hidrogênio e o hélio, ou então não teriam explodido.
De uma maneira ou de outra, a vida não poderia existir
Stephen Hawking (matemático e físico britânico, no livro Uma Nova História do Tempo, 2005)
Em nossos escritórios refrigerados ou entre quatro paredes brancas de uma sala de aula, podemos dizer qualquer coisa
e duvidar de tudo. Mas inseridos na complexidade da natureza e imbuídos de Sua beleza, não podemos nos calar.
É impossível desprezar o irromper da aurora, ficar indiferentes diante do desabrochar de uma flor ou não
se quedar pasmados ao contemplar uma criança recém-nascida
Abraham Heschel (rabino polonês)
e duvidar de tudo. Mas inseridos na complexidade da natureza e imbuídos de Sua beleza, não podemos nos calar.
É impossível desprezar o irromper da aurora, ficar indiferentes diante do desabrochar de uma flor ou não
se quedar pasmados ao contemplar uma criança recém-nascida
Abraham Heschel (rabino polonês)
Um fanático é alguém que não consegue mudar de opinião, e tampouco muda de assunto.
É um ponto de exclamação ambulante: tem todas as respostas, e não está interessado nas perguntas
Amos Oz (escritor israelenese)
É um ponto de exclamação ambulante: tem todas as respostas, e não está interessado nas perguntas
Amos Oz (escritor israelenese)
Na falta de argumento, a ignorância usufrui da agressividade e da ofensa como modo de ataque
Agni Shakti
Agni Shakti
Quem não quer, ou não pode ser virtuoso e honrado, luta para que as grandes almas pareçam na mesma condição que ele
José Bonifácio de Andrada e Silva, Patrono da Independência (1763-1838)
Nunca subestime o poder dos imbecis em grandes grupos
George Carlin
George Carlin
As pessoas exigem liberdade de expressão como compensação pela liberdade de pensamento que raramente usam
Søren Aabye Kierkegaard, filósofo, teólogo, poeta e crítico social dinamarquês (1813-1855)
Søren Aabye Kierkegaard, filósofo, teólogo, poeta e crítico social dinamarquês (1813-1855)
Converse com um tonto, e ele o chamará de tonto
Euripides, romancista grego (480-406 a.C.)
Euripides, romancista grego (480-406 a.C.)
Não há nada mais adoecedor e imbecilizador, que o perpétuo aprendiz de um ensino que não produz efeitos práticos em sua vida
Caio Fábio (psicanalista)
Caio Fábio (psicanalista)
O ser que compreende o Evangelho não se jacta do saber, mas alegra-se em servir
Caio Fábio
Caio Fábio
Não existe rebeldia a favor, mas amor. Rebeldia é ir contra o Evangelho
ou continuar submisso ao que vai contra ele. Do contrário, Jesus seria o maior rebelde
Caio Fábio
ou continuar submisso ao que vai contra ele. Do contrário, Jesus seria o maior rebelde
Caio Fábio
Se é dito que o rei não pode errar, este entra em estado de segurança semelhante ao dos idiotas e loucos
Thomas Paine
Thomas Paine
Eles devem achar difícil, aqueles que consideram a autoridade a verdade, ao invés de ter na verdade a autoridade
Gerald Massey (egiptólogo)
Gerald Massey (egiptólogo)
Tradição é a personalidade dos imbecis
Maurice Ravel
Maurice Ravel
Qualquer coisa que a filosofia possa fazer para libertar um pouco nossa imaginação, é
de grande serventia política. Quanto mais livre for nossa imaginação no presente, maior
será a probabilidade de que as práticas sociais futuras sejam diferentes das passadas
Richard Rorty (filósofo norte-americano, 1931-2007)
de grande serventia política. Quanto mais livre for nossa imaginação no presente, maior
será a probabilidade de que as práticas sociais futuras sejam diferentes das passadas
Richard Rorty (filósofo norte-americano, 1931-2007)
Ou triunfam as ideais justas, ou triunfa o desastre
Fidel Castro
Fidel Castro
Leis são como salsichas: é melhor não saber como são feitas
Otto von Bismarck
Otto von Bismarck
Não se pode defender, simultaneamente, a verdade e o poder global estabelecido (establishment)
Edu Montesanti
Edu Montesanti
Por trás de todo sucesso, há um crime
Lyndon Johnson, presidente dos EUA (1963-69)
Lyndon Johnson, presidente dos EUA (1963-69)
Uma nódoa da civilização, é o apoio de países que pregam democracia a ditaduras corrompidas e sanguinárias
Antônio Luiz da Costa, professor
Antônio Luiz da Costa, professor
Para resumir o século XX, despertou as maiores esperanças já concebidas pela humanidade e destruiu todas as ilusões e ideais
Yehudi Menuhin (músico britânico)
Yehudi Menuhin (músico britânico)
O momento eternamente decisivo das nossas vidas é quando acolhemos o Evangelho com liberdade de consciência tornando-nos pedras vivas da construção de Deus, cartas vivas do Seu amor e poder ao mundo à nossa volta, em antítese ao conhecimento e aceitação meramente intelectuais da verdade que geram autoengano, cinismo e congelamento da alma. Uma questão de liberdade
Edu Montesanti
Edu Montesanti
O conhecimento é uma arma, faca de dois gumes: se não gera conscientização,
volta-se contra o indivíduo e este se torna pior que os desconhecedores
Edu Montesanti
volta-se contra o indivíduo e este se torna pior que os desconhecedores
Edu Montesanti
Tudo que se coloca acima de Deus como experiência interior (doutrina, liturgia, igreja, cargo, ativismo,
autoimagem etc) configura-se idolatria, e para muitos que se dizem cristãos o próprio Jesus é um ídolo.
E como todo ídolo é nocivo, esse Jesus deformado acaba servindo para diversos fins: massagem de ego,
guerra de ideias e vaidades, preservação de reputação, obtenção de benefícios, afirmação psicológica
etc, menos como efetivo salvador da alma com suas virtuosas consequências espirituais
Edu Montesanti
autoimagem etc) configura-se idolatria, e para muitos que se dizem cristãos o próprio Jesus é um ídolo.
E como todo ídolo é nocivo, esse Jesus deformado acaba servindo para diversos fins: massagem de ego,
guerra de ideias e vaidades, preservação de reputação, obtenção de benefícios, afirmação psicológica
etc, menos como efetivo salvador da alma com suas virtuosas consequências espirituais
Edu Montesanti
Fé que encoraja a ser diferente em um mundo corrompido, anima a continuar ainda que subtraído, perseguido e desprezado. Fé que salva, independente de emoção e de qualquer outra sensação, traz a permanente consciência do infinito amor de Deus, haja o que houver. Fé para abrir mão do humanamente irrecusável, para viver de mãos estendidas, mover as mãos de Deus em oração dentro do que é bom, agradável e perfeito à existência, sobretudo ao próximo. Dádiva gratuita a qualquer um que a deseja
viver plenamente, sinceramente, indivisivelmente, a fé é tão livre quanto prática por excelência
Edu Montesanti
viver plenamente, sinceramente, indivisivelmente, a fé é tão livre quanto prática por excelência
Edu Montesanti
Eu e Jesus sempre fomos algo maravilhoso; eu, Jesus e a Igreja evangélica foi o que de pior aconteceu,
inconciliável com minha consciência do Evangelho e com a mínima sensatez, por sua essência aprisionante
que não se dispõe à cura, apenas se aprofunda na contagiante insalubridade religiosa
Edu Montesanti
inconciliável com minha consciência do Evangelho e com a mínima sensatez, por sua essência aprisionante
que não se dispõe à cura, apenas se aprofunda na contagiante insalubridade religiosa
Edu Montesanti
Se a Igreja católica, com caráter mais prático, maior capacidade de aplicar um único verso bíblico à vida cotidiana, nas raízes transformou-se em conjunto de dogmas levando Jesus a um ícone, que se esperar da Igreja evangélica a qual nervosamente defende que fé não envolve prática, mas entendimento intelectual baseado em estudos doutrinários fechados em sistematizações viciadas que definem conceitos em trechos isolados (literalismo), incapaz de tomar ideias em um contexto mais amplo?
O destino da Igreja evangélica como um todo, é mais fatídico que o da católica - quem viver verá
Edu Montesanti
O destino da Igreja evangélica como um todo, é mais fatídico que o da católica - quem viver verá
Edu Montesanti
Diga nas Igrejas ditas evangélicas, "obedeço à Bíblia sobretudo", e notará, no mínimo, desconforto na maioria delas. Seja mais contundente, "o Evangelho é unica, suficiente, terminante, invariável e apaixonada autoridade sobre mim", fatal: os "serviços de inteligência" prepararão contra o "rebelde" clima insustentável, através das redes de intrigas e fofocas dos "evangélicos"
Edu Montesanti
Edu Montesanti
A oração não é feita de palavras, mas de atitudes, das quais as palavras são naturais
consequências que vêm da alma. Essa é a oração a Deus à qual, certamente, virão respostas
Edu Montesanti
consequências que vêm da alma. Essa é a oração a Deus à qual, certamente, virão respostas
Edu Montesanti
Enquanto "ética cristã" é o sorriso amarelo do espírito reduzido à letra pela letra, que se encerra na própria letra muitas vezes em nome do politicamente correto, jamais passando de determinados limites, o Evangelho como experiência interior, cujos valores geram virtudes que vêm de dentro, é o alento que dá graça à vida, paixão para ir além do previsível. É pascigo gerando o entusiasmo que a existência não pode perder, ânimo para ir incansavelmente em favor da vida ainda que não seja a sua - vida que é o fim de todas as coisas, razão de ser da Palavra de Deus -. A "ética cristã" - criação humana que gera orgulho baseada em vazias sistematizações bíblicas, "metodologias de espiritualidade" e estereótipos que servem também para dominar indivíduos e manter o status quo salteador dos donos dos templos - não encontra fôlego espiritual para acompanhar nada disso, nem de longe. A dificuldade em se transferir as Escrituras à espiritualidade, em que até líderes profundamente conhecedores das letras com todas as suas referências mal conseguem fazer uma simples interpretação espiritual de uma única passagem, reduzindo sua abordagem a teorias pouco produtivas carentes das virtudes do espírito, é o que leva determinados religiosos a discursar de uma maneira e possuir espírito distinto: quase nunca se aplica as palavras e atitudes de Moisés, Abraão e Paulo, tidos como heróis da fé idolatrados como seres donos de capacidades especiais, às virtudes tais como bondade, humildade, força de caráter, espírito serviçal, sede de justiça, etc. Sutilmente, muitos se fecham a sistematizações de cada um de seus passos que produzem crenças e métodos comportamentais muitas vezes mecanizados que não desenvolvem a espiritualidade descaracterizando o discípulo de Jesus, descredibilizando-o perante a sociedade secular que o tem, generalizadamente, como um ser fanático e vazio interiormente, dono das afamadas "duas caras". "Fé retórica" que transforma essas congregações de fachada em segregações na prática, ambientes nada saudáveis desde seu topo. Os fariseus dos tempos de Jesus, mais éticos religiosamente e maiores conhecedores das Escrituras em meio à sociedade, foram justamente os mais advertidos por Jesus, tão duramente como lindos por fora e podres por dentro; justamente os que não tiveram olhos espirituais para perceber Jesus como o Ser que tanto pregavam e esperavam, terminando por condená-Lo à morte de cruz
Edu Montesanti (leia I Coríntios 13)
Edu Montesanti (leia I Coríntios 13)
A vida extrapola o conceito
São Tomás de Aquino
São Tomás de Aquino
À época do Apocalipse, repetir-se-á perfeitamente o filme de 2 mil anos atrás quando os fariseus, mestres das Escrituras, foram os que menos perceberam Jesus, e O condenaram. Na era do Apocalipse, à qual adentramos rapidamente, os mais apegados à letra religiosa serão os mais distraídos em seus dogmas, literalismos, arrogância, luxúria, vaidades, embates teológicos, fechados nos quadradinhos isolados da realidade que se limitam a enxergar, sem capacidade contextual. Serão os primeiros a colocar, e já colocam em descrédito advertências das manifestações do Anticristo (o qual, muito provavelmente, virá do próprio meio cristão). Sem espiritualidade, sem sensibilidade, sem intuição serão os primeiros a aderir ao sistema do Anticristo, a servi-lo, o que já fazem na sociedade secular e nas próprias congregações religiosamente, fervorosamente
Edu Montesanti
Edu Montesanti
Jesus ensinou a não julgar pelas aparências, mas de acordo com a reta justiça. Nisso há grandes lições: é possível ser reto, honesto, ao contrário do que (pasmem!) muitos ditos cristãos ensinam. Outro ensimamento: quando está clara injustiça que requer posicionamento e se recusa isso, ficando "neutro" (de praxe) não se está mantendo neutralidade mas sim indo contra o lesado, gerando neste efeito reverso. Isso explica o porquê de milhões de afastados revoltados das confrarias religiosas. Tal "neutralidade" nasce na essência dessas confrarias, defensoras de interesses próprios e privilégios, não da verdade e da justiça
Edu Montesanti
Edu Montesanti
"Não acredito que haja alguém totalmente honesto, por isso não critico", uma das frases clássicas da ética cristã contemporânea, cheia de amor pelo que há de mais podre. É com essa indiferença que se porta quem ama o Evangelho?
"O amor nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a verdade triunfa", I Coríntios 13: 6
(considerado "o capítulo do amor")
Edu Montesanti
"O amor nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a verdade triunfa", I Coríntios 13: 6
(considerado "o capítulo do amor")
Edu Montesanti
Se você se mantém neutro em situações de injustiça, então escolheu o lado do opressor
Desmond Tutu
Desmond Tutu
Sobre o pouco ensinado da Bíblia em grande parte das igrejas, são aplicados outros trechos isolados, totalmente fora de contexto servindo como senões: a Bíblia para contradizê-la, justificar seu não seguimento, a Bíblia para ensinar como não seguir a si mesma entre "parábolas" criadas sobre determinadas realidades humanas que não, necessariamente, podem aplicar-se ao Evangelho. Assim, a "igreja" vai montando doutrinas de acordo com seus interesses, facilidades da ocasião distanciando-se cada vez mais do Evangelho, andando em círculos insolúveis, alimentando a mente de seus seguidores de hipocrisia e modismos, os vícios da religião
Edu Montesanti
Edu Montesanti
Mas, tio, o senhor vai legalizar uma religião que prega que
todos os homens são livres e iguais, negando a divindade do Imperador?!
De Calígula a seu tio Tibério, Imperador de Roma, momentos antes de assassiná-lo por este feito.
Quando Calígula assumiu o poder, os cristãos sofreram os maiores massacres da história
todos os homens são livres e iguais, negando a divindade do Imperador?!
De Calígula a seu tio Tibério, Imperador de Roma, momentos antes de assassiná-lo por este feito.
Quando Calígula assumiu o poder, os cristãos sofreram os maiores massacres da história
REINO UNIVERSAL E PACÍFICO DO MESSIAS
... Naquele dia o lobo e a ovelha morarão juntos;
o leopardo e o cabrito viverão em paz.
Os bezerros e os bois andarão junto com os leões,
guiados por um criança.
As vacas e os ursos serão companheiros no mesmo pasto;
os bezerros os ursinhos brincarão juntos;
o leão comerá capim, como o boi.
Os nenezinhos poderão brincar no meio de cobras venenosas
ou mexer em buracos de escorpião, que nada vai acontecer.
Não haverá destruição alguma no meu reino santo,
porque assim como as águas cobrem o mar,em toda a terra todos conhecerão o Senhor.
A Bíblia - Profeta Isaías
... Naquele dia o lobo e a ovelha morarão juntos;
o leopardo e o cabrito viverão em paz.
Os bezerros e os bois andarão junto com os leões,
guiados por um criança.
As vacas e os ursos serão companheiros no mesmo pasto;
os bezerros os ursinhos brincarão juntos;
o leão comerá capim, como o boi.
Os nenezinhos poderão brincar no meio de cobras venenosas
ou mexer em buracos de escorpião, que nada vai acontecer.
Não haverá destruição alguma no meu reino santo,
porque assim como as águas cobrem o mar,em toda a terra todos conhecerão o Senhor.
A Bíblia - Profeta Isaías

Você sabia que...
... o médico, professor , escritor e pesquisador, dr. Alberto Peribaldo Gonzalez, afirma que a abstenção do consumo da carne e de sentimentos do ciúme, raiva e desejos de vingança diminuem consideravelmente as chances de se adquirir câncer, proporcionam plena saúde e uma vida mais prazerosa?
A Terra pode viver sem nós, e até melhor. Nós não podemos viver sem a Terra
Leonardo Boff
Leonardo Boff
Se Satanás acusá-lo lembrando-o do passado, lembre-o do futuro dele - a perdição
Nosso futuro é a vida eterna com Deus
Nosso futuro é a vida eterna com Deus
Conhecendo a Verdade, esta mesma Verdade os fará, de fato, livres
Jesus, Uma Questão de Liberdade
Que eu diminua e o Senhor cresça
Não poupou nem Seu próprio Filho a meu favor
Mas O entregou, Ele negou toda Sua grandeza
Para ser gozado, chutado, cuspido, assassinado
Era eu quem deveria estar ali
Não sou digno nem de desamarrar Seus sapatos, Jesus
Mas não, não O mataram, deu Sua vida - era essa Sua ambição secreta
A alegria que vem do Senhor é o que me faz forte
Rocha da minha salvação
Vida transformada, amor restaurado
Haja sempre em minha boca e em meu coração palavras de exaltação
Engrandecê-Lo com toda minha força e entusiasmo
Eu te amo, Cordeiro Santo de Deus que tira o pecado do mundo
Me faz feliz e esperançoso, não pelo que vejo
Mas pelo que acredito, há de voltar para buscar os Seus
Me cerca de perto, por todos os lados
Mil podem cair feridos ao meu lado, dez mil à minha direita
Mas eu não serei jamais atingido
Minha alma descansa em águas tranquilas com o Senhor, meu bem-querer
É e sempre será sobre todos
Vem sem demora, Jesus Salvador!!
Não poupou nem Seu próprio Filho a meu favor
Mas O entregou, Ele negou toda Sua grandeza
Para ser gozado, chutado, cuspido, assassinado
Era eu quem deveria estar ali
Não sou digno nem de desamarrar Seus sapatos, Jesus
Mas não, não O mataram, deu Sua vida - era essa Sua ambição secreta
A alegria que vem do Senhor é o que me faz forte
Rocha da minha salvação
Vida transformada, amor restaurado
Haja sempre em minha boca e em meu coração palavras de exaltação
Engrandecê-Lo com toda minha força e entusiasmo
Eu te amo, Cordeiro Santo de Deus que tira o pecado do mundo
Me faz feliz e esperançoso, não pelo que vejo
Mas pelo que acredito, há de voltar para buscar os Seus
Me cerca de perto, por todos os lados
Mil podem cair feridos ao meu lado, dez mil à minha direita
Mas eu não serei jamais atingido
Minha alma descansa em águas tranquilas com o Senhor, meu bem-querer
É e sempre será sobre todos
Vem sem demora, Jesus Salvador!!
WHO COMPARES TO THE GOD OF OUR LIFE?
HE WHO SPARED NOT HIS OWN SON
BUT DELIVERED HIM FOR US ALL
THE CONSOLATOR HAS HEALED US
SING NOW HALLELUJAH
FOR OUR REDEEMER LIVES AGAIN
STAND UP AND BEHOLD HIS GLORY IN THE SKY
WORTHY IS THE LAMB
OF POWER, AND WISDOM, AND HONOR
BELONG TO THE MAN IN WHITE
LIFT UP YOUR VOICE AND PRAISE
HE IS THE REASON WHY WE SING
REJOICE, FOR THE ANCIENT OF DAYS REIGNS FOR EVER AND EVER
HE AROSE FROM THE GRAVE ON THE THIRD DAY
THE FIRST AND THE LAST HAS PALMS
AND A SWORD IN HIS HANDS
TO WIN SIN AND DEATH
HE HAS SET US FREE FOR EVER MORE
DO NOT LOOK BACK
LIGHT SHINES IN DARKNESS
HE WHO SPARED NOT HIS OWN SON
BUT DELIVERED HIM FOR US ALL
THE CONSOLATOR HAS HEALED US
SING NOW HALLELUJAH
FOR OUR REDEEMER LIVES AGAIN
STAND UP AND BEHOLD HIS GLORY IN THE SKY
WORTHY IS THE LAMB
OF POWER, AND WISDOM, AND HONOR
BELONG TO THE MAN IN WHITE
LIFT UP YOUR VOICE AND PRAISE
HE IS THE REASON WHY WE SING
REJOICE, FOR THE ANCIENT OF DAYS REIGNS FOR EVER AND EVER
HE AROSE FROM THE GRAVE ON THE THIRD DAY
THE FIRST AND THE LAST HAS PALMS
AND A SWORD IN HIS HANDS
TO WIN SIN AND DEATH
HE HAS SET US FREE FOR EVER MORE
DO NOT LOOK BACK
LIGHT SHINES IN DARKNESS
Leia mais abaixo:
A IDADE DA MENTIRA
O Evangelho de Sonhos, Igualdade e Poderosa Transformação do Ser Humano
Como Ferramenta de Alienação Social e Arma para Corruptos Inescrupulosos
O Evangelho de Sonhos, Igualdade e Poderosa Transformação do Ser Humano
Como Ferramenta de Alienação Social e Arma para Corruptos Inescrupulosos
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SALMO 125
Quem Confia em Deus É Firme como o Monte Sião! Nada É Capaz de Derrubar Essas Pessoas
A Palavra de Deus fala por si só, e de modo tão poderoso e íntimo de acordo com a disposição de cada um, que o mais iletrado (como o apóstolo Pedro, analfabeto) não só pode entendê-la no espírito, como também, dentro de sua simplicidade (do mesmo modo que a própria Palavra de Deus é simples por excelência) e sabedoria (diferente de conhecimento) pode tirar as lições mais práticas e profundas!
Através do próprio ex-pescador e então apóstolo Pedro em determinado discurso, mais de três mil pessoas se converteram ao Evangelho de uma só vez, algo sem precedentes. A vida cotidiana é a melhor referência para esse entendimento espiritual, bem como para a aplicação prática da Palavra de Deus - na realidade, a vida é o fim de todas as coisas, é claro, e razão de ser da própria Palavra de Deus.
Contudo, através dos elementos da natureza e do avanço do conhecimento científico relativo à toda a criação de Deus, também podemos aplicar Sua Palavra de maneira muito prática, bela e profunda à nossa vida. Pode ser o caso do verso primeiro do Salmo 125, dos mais fortes e profundos de toda a Bíblia: "Quem confia em Deus é firme como o Monte Sião! Nada é capaz de derrubar essas pessoas".
Airy e o Estudo das Montanhas
Muitas montanhas possuem raízes que ultrapassam 60 km abaixo do solo atingindo grande profundidade no oceano, o que implica dizer que a maior parte de uma montanha é a que não se vê, cuja raiz chega a ser centenas de vezes maior que a superfície, isto é, a montanha visível. Tal teoria, introduzida pelo matemático e astrônomo britânico, George Biddell Airy, em 1865, vai além nas descobertas: as montanhas mais altas são justamente as que possuem raízes mais profundas. As montanhas estabilizam a Terra, impedindo-a de vibrar.
Outra conclusão dos estudos de Airy, denominada equilíbrio isostático, é que enquanto montanhas cujas alturas proporcionais ao desenvolvimento das raízes levam a ajustamentos isostáticos, a elevação de outras sem raízes que a acompanhem na extensão, ou que sejam menos densas influenciam negativamente em toda a estrutura da superfície causando, inevitavelmente, uma anomalia isostática, isto é, desequilíbrio na crosta terrestre.
À Luz da Palavra de Deus
A partir disso, podemos fazer quatro paralelos muito verdadeiros e práticos entre o primeiro verso do Salmo 125 dentro do contexto bíblico, e nossa vida:
1. A raiz: O que forma um indivíduo é o que ele acredita, sente, pensa (ou intenciona), diz e, como reflexo disso tudo, o que faz. Cada um desses pontos interligados, que influenciam diretamente um no outro, formam um conjunto primordial para a formação da raiz, a sustentação da vida do ser humano o qual faz desse conjunto um círculo virtuoso, ou vicioso. Com a palavra, a Palavra de Deus: "Se o seu olho for puro, haverá o brilho do sol na sua alma" (Mateus, 6: 22). "Não imitem a conduta e os costumes deste mundo, mas seja, cada um, uma pessoa nova e diferente, mostrando uma sadia renovação em tudo quanto faz e pensa. E assim vocês aprenderão, por experiência própria, como os caminhos de Deus realmente satisfazem vocês" (Romanos, 12: 2).
A seguir, consequências naturais do acreditar, do sentir, do pensar e do dizer: "A fé que não resulta em boas obras, realmente não é fé" (Tiago, 2: 20). "Vocês nunca confundirão uma videira com um espinheiro! Ou figos com cardos! As diversas qualidades de árvores frutíferas podem ser rapidamente identificadas pelo exame do seu fruto. Uma árvore que dá bons frutos, nunca dá um fruto que não se pode comer. (...) O meio de identificar uma árvore, ou uma pessoa é pela qualidade do fruto que dá" (Mateus, 7: 16 a 20). "A tentação é a fascinação dos próprios pensamentos e desejos maus do homem" (Tiago, 1: 14).
Portanto, os cinco elementos deste conjunto formam o ser humano, são sua essência, sua estrutura, determinando como ele enxerga o mundo, como encara e suporta as situações da vida - muitas vezes (mas nem sempre, já que somos todos passíveis de passar por dificuldades e até perseguições em um mundo injusto que "jaz no maligno", segundo Jesus), esses elementos são os próprios provocadores de tais circunstâncias, mais um componente a entrar no círculo virtuoso ou vicioso, dependendo de cada um de nós.
2. "Destaque" da raiz: Fator preponderante para a sustentação da montanha através dos séculos venha o que vier, ao mesmo tempo que a raiz forma a maior parte do corpo da montanha, ela é justamente o que não se vê. Trata-se, paradoxalmente, do "destaque oculto". Disso, podemos tirar duas lições:
a) Não alardear aquilo que somos e fazemos, com base nas palavras de Jesus registradas no capítulo 6 do Evangelho de Mateus: "Cuidado! Não pratiquem suas boas obras publicamente, para serem admirados, porque então vocês perderão a recompensa do seu Pai do céu. (...) Quando vocês fizerem um favor a alguém, façam-no secretamente - não contem à sua mão esquerda aquilo que a sua mão direita está fazendo" (versos 1 e 3).
b) De um lado, os passageiros do destino, turistas aleatórios levados por marés fortuitas prendem-se à superfície, fotografam-na alegremente, vislumbram-na sem entender bem sua razão de ser, sem conhecer nem se preocupar com a essência. Do outro, aqueles que têm olhos para ver o que menos se vê, sensibilidade para sentir o que menos se percebe não se guiando por aparências, conveniências nem por nada a não ser pelo interior, por menos vistoso que seja: "Eu tive fome, e vocês Me deram de comer; Eu tive sede, e vocês me deram água; Eu era um estranho, e vocês me convidaram para suas casas; Eu estive nu, e vocês me vestiram; Eu estive doente, na prisão, e vocês me visitaram. Então esses justos me responderão: 'Quando, alguma vez, O vimos com fome, e Lhe demos de comer? Ou com sede, e Lhe demos algo para beber? Ou como estranho, O socorremos? Ou nu, e O vestimos? Quando vimos o Senhor doente, ou na prisão, e O visitamos?' E Eu, o Rei, lhes direi: Quando fizeram isso ao menor destes meus irmãos, estavam fazendo a mim!'" (Mateus, 25: 35 a 40).
"Muitos que agora são os primeiros, então serão os últimos; e alguns que são os últimos agora, depois serão os primeiros" (Mateus, 19: 30).
Entende-se no espírito que os grandes e verdadeiros valores que dão vida plena, vigor e duram para sempre, sustentando decisivamente a existência, são invisíveis aos olhos humanos: Sede de justiça (Mateus, 5), amor, alegria, paz, paciência, bondade, retidão, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas, 5: 22 e 23). E vai-se às últimas consequências por tais valores, destaque oculto: "Se alguém quer ser um dos meus seguidores, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Porque todo aquele que conserva a sua vida para si mesmo, vai perdê-la; e todo aquele que perder a sua vida por Mim, vai achá-la novamente" (Mateus, 16: 24 e 25).
3. Dimensão da raiz: As maiores montanhas, menos falhas e menos sujeitas a variações, são as que possuem raízes mais desenvolvidas não apenas em volume, mas também em densidade. Perfeita ilustração para concluir que, assim como as fortes montanhas sobrevivem intactas a terremotos, maremotos e furacões ao longo dos milênios, na vida não estamos livres de problemas e dificuldades mas nenhum deles nos abalará, acarretarando em consequências negativas em nossa vida se as raízes forem vigorosas e sólidas, fazendo com que observemos, de maneira prática e natural em nossa vida cotidiana, esta verdade trazida pelo apóstolo Paulo: "(...) Tudo quanto nos acontece está operando para o nosso próprio bem, se amarmos a Deus e estivermos nos ajustando aos plano dele" (Romanos, 8: 28).
Raiz desenvolvida dessa maneira nos traz a sensação da presença momentânea de Deus, fazendo-nos andar de cabeça erguida seja lá o que for que aconteça, cheios de paz e felicidade que não dependem das circunstâncias da vida: "Podemos nos alegrar, igualmente, quando nos encontrarmos diante de problemas e lutas, pois sabemos que tudo isto é bom para nós - ajuda-nos a aprender a ser pacientes. E a paciência desenvolve em nós a força de caráter, e nos ajuda a confiar mais em Deus cada vez que a utilizamos, até que finalmente a nossa esperança e a nossa fé fiquem fortes e sólidas. Então, quando isso acontecer, poderemos sempre erguer a cabeça, seja lá o que for que aconteça, e saber que tudo vai bem, pois conheceremos quanto Deus nos ama; sentiremos também este seu amor afetuoso em todo o nosso ser, pois Deus nos deu o Espírito Santo para encher nossos corações com o seu amor" (Romanos, 5: 3 a 5). "Sei viver com quase nada ou tendo tudo. Já aprendi o segredo para viver contente em qualquer circunstância, quer com o estômago satisfeito, quer na fome, na fartura ou na necessidade" (Filipenses, 4: 12).
É esse tipo de vida e de fé que nos faz olhar para dentro de nós mesmos, durante a após as tempestades da vida, e saber quem exatamente somos sobretudo diante de Deus; saber que tudo vai bem como colocou o apóstolo Paulo, porque temos em nós a força que capacita a superar todas as adversidades, vivendo não pelo que vemos mas pelo que acreditamos: o amanhã muito melhor que o aqui e agora, vida eterna livre de dores e lágrimas - nosso Deus é recompensador.
"Deus dará uma paz perfeita a todos que confiam nEle, aos que concentram seus pensamentos nEle. Confiem para sempre em Deus, porque no Senhor Deus vocês encontrarão a força que nunca se acaba" (Isaías, 26: 3 e 4). "Posso fazer todas as coisas que Deus me pede com a ajuda de Cristo, que me dá a força e o poder" (Filipenses, 4: 13). "Sabemos que essas coisas são verdadeiras pelo que cremos, e não pelo que vemos" (II Coríntios, 5: 7). "A cada um que vencer - que até o fim continuar fazendo as coisas que me agradam - eu darei poder sobre as nações" (Apocalipse, 2: 26). "Ele enxugará todas as lágrimas dos olhos deles, e não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. Tudo isso passou para sempre. E aquele que está sentado no trono, disse: 'Veja, eu estou fazendo novas todas as coisas! Todo aquele que vencer herdará todas estas bênçãos, e eu serei o seu Deus e ele será meu filho'" (Apocalipse, 21: 4, 5 e 7).
4. Influência da montanha: No que diz respeito ao exercício de influência à vida à sua volta, existe fundamental diferença entre montanhas que se elevam até de maneira estupenda aos olhos humanos, mas sem raízes sólidas causando efeitos negativos ao ambiente, não sendo em sua essência o que parecem, e aquelas que possuem raízes consistentes: as primeiras, deformadas em seu interior, apresentam enorme contradição entre o que se vê e os resultados que proporcionam, enquanto as que desenvolvem o que nem sempre os olhos veem, crescendo na contra-mão do convencional, "são o Sal da terra que a tornou suportável. Se perderem seu sabor, que acontecerá ao mundo? Vocês mesmos serão jogados fora e tratados como coisa sem valor. Vocês são a Luz do mundo - uma cidade sobre um monte, brilhando durante a noite para ser vista por todos. Não escondam a Luz de vocês! Deixem que ela brilhe para todos; e que as boas obras de vocês brilhem para serem vistas por todos, de tal maneira que louvem o Pai celeste" (Mateus, 5: 13, 14 e 15). Por causa dessas, o mundo não apodreceu totalmente.
Assim como as grandes montanhas com grandes raízes estabilizam a terra, nada toca tanto o mundo em que vivemos quanto o caráter do cristão; e nada impressiona tanto quanto a força interior independente das circustâncias, a paz e a alegria inabaláveis mesmo nas maiores dificuldades. Isso tudo ressoa muito mais por si mesmo, fala muito mais alto sem nenhum esforço que qualquer voz, que qualquer sermão, que qualquer conquista terrena. Esse é o maior poder que qualquer indivíduo sincero, invariavelmente, recebe de Deus.
"Estas provações apenas põem à prova a fé de vocês, para verificar se ela é forte e pura ou não. Ela está sendo experimentada como o fogo prova o ouro e o purifica - e a fé que vocês têm é muito mais preciosa para Deus do que o simples ouro; portanto, se essa fé permanecer firme depois de ter estado no caminho das provações ardentes, isto redundará em muito louvor, glória e honra para vocês no dia da sua volta" (I Pedro, 1: 7).
Outra lição que podemos tirar do efeito negativo que gera o crescimento de uma montanha sem que haja raízes condizentes, danos a ela mesma e ao seu redor, é o efeito reverso que causa quando se adquire cada vez mais conhecimento intelectual do Evangelho, o qual é vida em sua essência, sem que haja acompanhamento do crescimento espiritual, isto é, a prática de seus princípios, os mandamentos de Jesus: paradoxo com consequências nocivas tanto ao indivíduo - sabendo o que fazer e não faz, torna-se cada vez mais cínico diante das pessoas e da própria consciência, à medida que amplia conhecimento -, quanto efeito reverso em seu meio, afastando mais pessoas do Evangelho.
"Os que ouvem os meus ensinos e não obedecem, são loucos como um homem que constrói sua casa sobre a areia. Quando as chuvas e as enchentes vierem, e os ventos de tempestades baterem contra sua casa, ela cairá fazendo um barulho medonho" (Mateus, 7: 26). "Todo aquele que não está Me ajudando, está Me atrapalhando" (Mateus, 12: 30). "Ai de vocês, fariseus e líderes religiosos - fingidos! São tão cuidadosos em limpar a parte de fora da taça, mas o interior está imundo de exploração dos outros e cobiça (...) Procuram parecer homens santos, mas por baixo desses mantos de bondade estão corações manchados de toda espécie de fingimento e pecado" (Mateus, 23: 25 e 28). "Todo aquele que não está sabendo que a sua conduta é má, só será castigado um pouco. Muito se exige daqueles a quem se dá muito, pois sua responsabilidade é maior" (Lucas, 12: 48). "Eu o conheço bem - você nem é quente nem frio; eu desejaria que fosse ou uma coisa ou outra! Porém já que é meramente morno, eu o cuspirei para fora da minha boca!" (Apocalipse, 3: 15 e 16).
Eu Próprio Não Vivo Mais, e Sim É Cristo quem Vive em Mim (Gálatas, 2: 20)
"Todos os que ouvem os meus ensinos e seguem, são ajuizados como um homem que constrói sua casa na rocha sólida. Embora a chuva caia em torrentes, as enchentes subam e os ventos de tempestades batam contra sua casa, ela não cairá, porque está construída sobre a rocha" (Mateus, 7: 24 e 25).
Sejamos sempre a montanha de raízes profundas e densas que nunca se abala - se entristece, passa por dificuldades e sofrimentos, se indigna mas permanece firme e forte para sempre venha o que vier, porque, enquanto Deus não promete vida livre de problemas e até de opressões externas, a nossa está firmada na Rocha sólida que faz passar por todas as circunstâncias crescidos como seres humanos, em paz de espírito e com mais sabedoria que universidade nenhuma pode proporcionar: a do conhecimento da pessoa e do amor de Deus, único que pode tocar nosso espírito e manter nosso interior sim, totalmente livre de opressão sempre descansando em águas tranquilas. Isso é o que faz a diferença quando se vive em comunhão com Deus: o tamanho da raiz, jamais a aparência da montanha (riquezas materiais, status etc).
"Ele é a minha Rocha, o meu Salvador, a minha Proteção segura. Os problemas da vida nunca conseguirão me derrotar completamente!" (Salmo, 62: 2). "Ele me leva aos pastos de grama bem verde e macia para descansar. Quando sinto sede, Ele me leva para os riachos de águas mansas. Ele me devolve a paz de espírito quando me sinto aflito. Posso andar pelo vale escuro, onde a morte está bem perto; mas continuo tranqüilo e não sinto medo" (Salmo 23: 2 e 4). "Nós, os cristãos, entretanto, não temos nenhum véu sobre nosso rosto; podemos ser espelhos que refletem claramente a glória do Senhor. À medida que o Espírito do Senhor trabalha dentro de nós, tornamo-nos mais e mais semelhantes a Ele" (II Coríntios, 3: 18).
Portanto, esse viver de força em força, de fé em fé, de vitória em vitória sobre as adversidades não depende de conhecimento intelectual, posição social, etnia, do que tenhamos feito no passado, das próprias circunstâncias nem do pior que tenham feito contra nós, tirando covardemente as travas das nossas chuteiras antes de entramos em campo no jogo da vida, fazendo-nos por vezes deslizar e perder alguma partida, se para tudo isso contamos com Jesus que alivia toda a sobrecarga deste mundo, acrescentando Suas virtudes que enriquecem nosso interior à medida que as buscamos, fazendo sempre novas todas as coisas! Estou cada vez mais feliz com o que Jesus tem feito dentro de mim, e não troco isso por nada! É só uma questão de liberdade...
"Venham a Mim e Eu lhes darei descanso - todos vocês que trabalham tanto debaixo de um jugo pesado" (Mateus, 11: 28). "Atenção! Eu tenho permanecido à porta e estou batendo constantemente. Se alguém me ouvir chamá-lo e abrir a porta, eu entrarei e farei companhia a ele, e ele a mim" (Apocalipse, 3: 20). "Porque Deus está operando em vocês, ajudando-os a desejar obedecer-Lhe, e depois ajudando-os a fazer aquilo que Ele quer" (Filipenses, 2: 13). "Quando alguém se faz cristão, torna-se uma pessoa totalmente nova por dentro. Já não é mais a mesma. Teve inicio uma nova vida!" (II Coríntios, 5: 17).
Setembro de 2011
Este vídeo foi produzido por Cyriltreveys (louvores em francês)
Deus é minha única esperança; confio Nele e fico tranqüilo, porque Ele é meu Salvador. Ele é minha Rocha, meu Salvador, minha Proteção segura. Os problemas da vida nunca conseguirão me derrotar completamente! Minha salvação e boa fama dependem somente de Deus. Nele estão minha firmeza e proteção. (Salmo 62)
Vocês não deram valor aos Meus conselhos e não aceitaram Minha repreensão. Quando a desgraça lhes cair como tempestade, quando seu triste fim chegar violento como furacão, quando estiverem sufocados pelas angústias, procurarão desesperados Minha ajuda mas não responderei. Tentarão em vão Me encontrar. Sabem por quê? Porque vocês desprezaram a verdade e se recusaram a honrar e obedecer-Me. Não deram valor aos Meus conselhos e acharam que Minha repreensão era inútil. Por isso, vocês comerão os frutos amargos de sua desobediência. Já que seus planos foram semear ventos, colherão tempestades; Vejam que diferença! Quem Me ouve e obedece vive em paz e segurança, sem ter medo do mal. (Provérbios, 1)
Leia mais abaixo, em Convivência Tolerante: Até Onde É Possível? - Existe um limite para todas as relações,
individuais ou coletivas. Há tempo para tudo na vida. Inclusive o de ser mais radical, e não pegar atalhos...
Trecho: "As possibilidades de troca de informação, aquisição de conhecimento além das já abordadas facilidades de comunicação proporcionadas pela Internet não possuem precedentes. Por outro lado, o fato de essas facilidades deixarem as portas escancaradas para que se coloque na tela do computador as mais profundas subjetividades, igualmente de maneira instantânea, é um perigo inimaginável, também sem precedentes à humanidade que ainda não assimilou muito bem o que tem à disposição. Como consequência não se apercebeu destes riscos que envolvem as relações sociais, e a comprovada ausência de privacidade da rede."
FELIZ 2013 NA ESSÊNCIA DO SER
Mortais Modinhas de um Performático Mundinho
Massacre em Connecticut e Mensalão: O Que Ambos Têm em Comum? A Ideologia...
"O arrivismo sectário em antítese à paixão. A agressividade erudita contraposta à singeleza e à delicadeza.
Os estritamente racionais tecnocratas do bem-dizer com métodos, sistemas e esquemas da "verdade" de um lado,
do outro apaixonados filósofos da vida desprovidos de vícios contemplando a utopia, os ideais, os sonhos que a
existência não pode perder, entre a ciência e a metafísica singelos poetas do que é bom traduzindo a essência da alma.
"(...) Feroz, egoísta e segregacionista por natureza, apenas a ideologia é capaz de defender o que classifica de direito humano, algo muitas vezes profundamente controverso, enquanto cassa direitos humanos mais elementares para tal defesa, e para sua própria sobrevivência. Enfurece-se quando se vê contrariada, e a partir disso tenta nervosamente convencer, jamais conscientizar"
Massacre em Connecticut e Mensalão: O Que Ambos Têm em Comum? A Ideologia...
"O arrivismo sectário em antítese à paixão. A agressividade erudita contraposta à singeleza e à delicadeza.
Os estritamente racionais tecnocratas do bem-dizer com métodos, sistemas e esquemas da "verdade" de um lado,
do outro apaixonados filósofos da vida desprovidos de vícios contemplando a utopia, os ideais, os sonhos que a
existência não pode perder, entre a ciência e a metafísica singelos poetas do que é bom traduzindo a essência da alma.
"(...) Feroz, egoísta e segregacionista por natureza, apenas a ideologia é capaz de defender o que classifica de direito humano, algo muitas vezes profundamente controverso, enquanto cassa direitos humanos mais elementares para tal defesa, e para sua própria sobrevivência. Enfurece-se quando se vê contrariada, e a partir disso tenta nervosamente convencer, jamais conscientizar"
Janeiro de 2013
O performismo cresce avassaladoramente em número e grau nos mais diferentes segmentos da sociedade, podendo envolver diversos aspectos da mentalidade e das intenções de um indivíduo: vaidade e egocentrismo, afirmação da identidade, fuga de alguma frustração ou trauma sofrido no passado, subterfúgio para defesa forçada de determinada(s) ideia(s) e pior, bastante comum, artifício para se tentar desviar a atenção de alguém sobre determinado assunto, ludibriando a fim de se obter algum tipo de vantagem, entre outras coisas.
Em qualquer um dos casos, este estereótipo com forte apelo neurolinguístico (ao qual se incluem "táticas" gestuais) se trata de recurso, consciente ou inconscientemente usado, que pode ser definido dentro do que se conhece como muleta psicológica e, portanto, de frágeis alicerces.
Insuportável Ser Performático
O performático - ser pedante, reducionista, demagogo, pesado e fingido por natureza, em maior ou menor grau dependendo do caso - pode ser um jornalista que fala/escreve de maneira relativamente longa: tais oratórias/textos poderiam ser consideravelmente reduzidos ou nem falados/escritos, pois prestariam grande favor à humanidade se não existissem, mas são envoltos em grande quantidade, muita eloquência geralmente recheados de forte apelo moralista porém vazios na essência enfim, não dizem nada; não há conteúdo, base de argumentação, apenas "exibição literária" em ataques ou defesa de algo através de verborragia. Essa prática é invariavelmente diária em jornais, revistas, TVs e rádios de distintas tendências, disfarçada de intelectualidade por parte de personagens tidos como intelectuais.
Além da classe dos jornalistas, setores da sociedade onde mais se encontram os performáticos são entre militantes políticos, juristas, pseudofilósofos e "praticantes" religiosos, esferas onde até se prepara as pessoas para serem exatamente assim, baseadas no poder da argumentação e do convencimento a qualquer custo em detrimento do esclarecimento e do conteúdo (sobretudo prático) pois tais segmentos envolvem grandes massas, muitos interesses em jogo, portanto as aparências (performances) escondidas atrás da retórica são fundamentais. Valorizam muito mais o parecer ser que o ser de verdade.
Para todos esses casos existem os jargões equivalentes dando a impressão que, quando se toca em seu tema de estimação, o interlocutor incorpora um espírito que até ousadia de frases em grego antigo e aramaico seriam possíveis no meio do discurso/texto. Seu semblante também tende a ser, nessas ocasiões, surpreendente, estranha e peculiarmente modificado (geralmente, irritadiço e altivo).
Para o pseudofilósofo, cujas sociedades estão repletas deles dentro e fora do meio acadêmico, o mero conhecimento teórico é suficiente: não objetiva ou muitas vezes se esquece, distraído em sua obsessão literal, de traduzir a torrente de filosofias e sistemas em benefício à sua vida e à do outro. Ele é surpreendentemente capaz de defender calorosamente as mais diversas teses de personagens históricos da filosofia, enquanto, no mesmo instante, sua prática as contradiz clamorosamente e, assim, sua vida está encerrada nas letras e na metodologia que criou de seus "herois".
Quando estiver disposto a raciocinar muito, fará o papel de advogado do capeta, dificultará de todas as maneiras a compreensão de determinados assuntos mesmo que, para tanto, deva contrariar o óbvio ou mesmo abrir mão das altas probabilidades, da muitas vezes necessária, indispensável capacidade intuitiva, contradizendo-se desta maneira a si mesmo: tudo isso, não para levantar novas ideias nem muito menos pelo interesse em se desfazer mitos, (des)preocupado com a causa existencial, mas pela simples necessidade ímpar, vital que possui de levar as mais diversas questões ao campo teórico além de chamar a atenção a si, e à sua "capacidade filosófica".
No caso do religioso, quando envolve performance é muito comum tal gramaticoide da fé palrar amor e compaixão enquanto literalmente soca a Bíblia ou qualquer que seja seu livro sagrado, esbanjando raiva contra as mínimas diferenças teóricas. Sim, Deus perdoa a tudo e a todos, ele diz, mas a vírgula doutrinária fora de lugar dentro do que acredita religiosamente ético, não pode ser perdoada jamais! Afinal, ele é um "guardião da palavra" (a Palavra virou palavra, isto é, apequenou-se resumindo-se à letra pela letra, que se encerra na própria letra).
São os adeptos não de um Evangelho, de um Islã ou seja do que for fundamentado em transparência, doação, paz, justiça, bem viver como são na essência, mas discipuladores (raramente discípulos, ou ao menos buscando arduamente o posto de líder, um alto grau na comunidade enfim, reconhecimentos religiosos públicos) da "filosofia da religião", isto é, seres que conhecem como poucos os livros sagrados e as respectivas doutrinas que criam, que identificam nesse conhecimento intelectual sua saúde espiritual - o diferencial em relação ao que julgam uma sociedade perdida (por falta de conhecimento doutrinário-religioso) -, pelo que causam situações das mais desagradáveis em nome desse conhecimento (que acaba gerando inevitavelmente vaidade), e afastam a sociedade das confrarias religiosas, em crescente descrédito, pichando assim os nomes das religiões e de seus mestres históricos.
"É Você ou Sua Representação?"
Comparando a oratória de um performático em geral com sua maneira de viver, acaba beirando, chegando ou mesmo ultrapassando o ridículo, caso a caso. Torna-se tarefa complicada muitas vezes saber distinguir se se está tratando com o indivíduo ou com a representação dele. A máscara está tão impregnada à alma, a personalidade incorporou de tal maneira a fantasia que ele acaba acreditando nas próprias mentiras contidas em seus artificiais sinais (palavras e gestos), em seu raso conteúdo enfim, sua vida já se confunde (no sentido mais amplo) à ideologia, sua bandeira. São eternamente inseparáveis. O arrivismo sectário em antítese à paixão. A agressividade erudita contraposta à singeleza e à delicadeza. Os estritamente racionais tecnocratas do bem-dizer com métodos, sistemas e esquemas da "verdade" de um lado, do outro apaixonados filósofos da vida desprovidos de vícios contemplando a utopia, os ideais, os sonhos que a existência não pode perder, entre a ciência e a metafísica singelos poetas do que é bom traduzindo a essência da alma.
Sobre a muitas vezes enigmática distinção entre indivíduo e sua representação devido ao performismo, advindo da ideologia e não da conscientização (ideal), vale apontar esta observação da revista norte-americana The Hollywood Reporter voltada à indústria do entretenimento, sobre pesquisa realizada por ela mesma em 3 de janeiro a fim de constatar o quanto a sociedade local enxerga a violência da mídia como causadora da violência societária, que retrata perfeitamente nossa questão colocada: "Note-se que um fenômeno semelhante é visto nas pesquisas com frequentadores da igreja norte-americana; as pessoas relatam níveis muito mais altos de religiosidade do que o comportamento delas sugere. Devemos, portanto, esperar que as respostas a essas perguntas incluam pelo menos algumas pessoas dizendo o que seria esperado que elas dissessem, mais do que o que eles realmente acreditam". Conforme alegamos no início, são pessoas chatas e fingidas, técnicos na fé muito mais interessados nas aparências e na capacidade de argumentação que na interiorização e no esclarecimento. Tais seres são incapazes de se enxergar, aceitar como são ou se renovar.
As respostas para a pesquisa, realizada poucas semanas após o tiroteio na escola de ensino básico Sandy Hook em Connecticut nos EUA, em 14 de dezembro, em grande parte criticaram as produções cinematográficas, os programas de TV e a publicidade com conteúdo violento. Porém, uma das conclusões dos sociólogos, e nem poderia ser diferente em um país fortemente marcado pelo performismo: "é totalmente possível que os entrevistados sejam pessoas com pressa para voltar para casa e assistir o Havaí 5-0" (violento seriado de TV). Pessoas éticas do ponto de vista social e religioso, politicamente corretas discursando uma realidade que não existe (uma bolha social).
Nada é relativizado: para tais mentalidades incapazes de ponderar não existe contexto a ser considerado, a não ser seu pequeno mundo das sistematizações de pessoas, de hábitos, de expressões, de culturas... Tudo é daquele jeito, voltará a ser daquele jeito, a consequência será novamente daquele jeito, o castigo será sempre daquele jeito, fez-se aquilo por circunstâncias que envolvem aquele jeito e daqui em diante tudo deverá ser feito deste jeito ou, do contrário, tudo resultará naquele jeito. Dessa sistematização excessiva nascem, inevitavelmente, os mais diversos tipos de preconceito - ideias pré-concebidas são outra marca registrada desses indivíduos, para os quais o alvo dos "diálogos", na realidade duros embates na maioria das vezes, dificilmente é trocar informações, ideias, conhecimentos e experiências gerando, desta maneira, consciência, mas sim encerrar questões.
Faz-se separação seletiva de trechos da Constituição, da Bíblia, da história, da política, tudo de acordo com sua "visão" sobre determinado assunto e, por incapacidade intelectual ou por falta de vontade, ou pelas duas coisas não se enxerga o conteúdo de cada um desses itens em seu contexto mais amplo (colocar todos os itens indissociavelmente em questão? Já seria pedir demais!), montando assim a maior insensatez pela qual até as pedras clamam estar na contramão da evidência prática mais salutar. E a partir dessa metodologia chamada de literalismo, reducionista à estatura exata de seus praticantes, vão surgindo novos grupos e subgrupos sectários nos mais diversos segmentos, tratando eles mesmos de se segregar formando, assim, guetos ideológicos, cada vez mais fragmentando as sociedades.
Consciente ou inconscientemente, acredita ser capaz de mudar o mundo à sua volta com o exaustivo poder da teoria e da persuasão. Tudo pode e deve ser mudado pelo muito falar e, se for o caso, até pela força, jamais por um olhar, por estender a mão, por gestos e exemplos práticos. Até estes, se mencionados envolvendo grandes personagens da história ou se colocados em ação hoje, acabam virando "doutrina" e, é claro, motivo de se debater ideologicamente tais atos.
A capacidade teórica de um bom performático sempre se supera. Para todas as ocasiões, para todas as pessoas sempre tem aquela palavrinha de consolo, de incentivo, de advertência tirada da manga, decorada de trás para frente que seria dita a você ou a qualquer outro em seu lugar naquele momento. É vazio, não convence. Diga o que você disser, contradiga-o como for, faça o que fizer, as palavras e a posição teoricamente prática ou praticamente teórica do performático serão sempre as mesmas, está tudo pré-estabelecido: seus métodos de vida não se alteram, antes não sabem sequer conviver com as mínimas diferenças ainda que as pedras clamem - nem que a vaca tussa.
Ideologia Reducionista, Aprisionante
Michel Foucault, filósofo francês (1926-1984), disse que "não é através da ideologia que se molda o social, mas através da verdade". O performismo possui forte caráter ideológico - este, a razão de ser do performático. Portanto, a capacidade de estigmatizar é outra forte peculiaridade, indissociável desses seres. Sobrevivem de rótulos, por vezes para si, por vezes ao outro dependendo do que for mais oportuno. O reducionismo histericamente evidente, em seu estágio mais avançado alcançando proporções contíguas à irracionalidade. Personagens históricos não fogem do festival do estigma: espelhos são transformados em ícones. Matam-nos pela segunda vez. Inclusive Jesus, os apóstolos e os profetas bíblicos, para muitos religiosos praticantes hoje, funcionam muito mais como símbolos (o que o Evangelho, o Islã e o Judaísmo chamam de idolatria; muitos de seus adeptos a condenam raivosamente enquanto eles mesmos praticam, exatamente, essa religião da simbologia).
A ideologia molda o performismo. Intoxicante intelectual, ela é focada no conhecimento (ou na simples informação disfarçada dele), não necessariamente naquilo que se possa fazer com as informações em prol do bem comum,, em todas as esferas da sociedade. O convencimento teórico encerra-se em si mesmo sendo, para tais seres, a "salvação" intelectual ou da alma do indivíduo. Sua alma é reacionária, ainda que disfarçada de progressista. A estigmatização é natural consequência da ânsia agressiva do performático pelos iguais. Seu pascigo é a superficialidade, apenas conhece o significado de ser genuíno nas torrentes de livros doutrinários. Foge do aprofundamento como morcego fugia da luz da minha lanterna na máquina de moer café do avô (bons tempos). Em suma, "tem todas as respostas, e não está interessado nas perguntas", como diz Amos Oz, escritor israelense.
A ideologia, exclusivista, polarizadora e gradativa congeladora de almas, não possui vínculo nenhum com a essência do bem comum, vive divorciada ou em vários casos nunca conheceu a interiorização (conscientização) do que muitas vezes defende - daí a fácil mudança de posição no que diz e faz quando julga oportuno pois o centro de tudo é si mesmo; ou o outro extremo, a terminante defesa da velha e maldita ideologia mesmo se as pedras gritam pelo contrário: seu compromisso maior é com um grupo, movimento, tendência, ideia, com uma história, tradição, com uma lei (jamais com a justiça), com a governabilidade ainda que com medidas obscuras e com alianças contraditórias e até com políticos corruptos (na prática, primeiro o partido, o poder e depois a sociedade, essência da doutrina maquiavélica), com um ou diversos interesses enfim, não existe o teor mais prático em prol do que é puramente bom, verdadeiro, justo e agradável.
Para esses espíritos, o bem comum deve sempre servir a cada um dos elementos apontados acima, nem que por eles tenha que se sacrificar - geralmente, o próximo é o maior sacrificado no final de toda essa história, a qual tem se repetido tragicamente ao longo dos tempos. Silencioso, esconderijo da ignorância espiritual e/ou intelectual dependendo de cada caso, não declarado mas predominante estilo contemporâneo, o performismo, sob diversos nomes e bandeiras, vale até registro em cartório.
Feroz, egoísta, polarizadora, segregacionista por natureza, em maior ou menor grau dependendo de cada caso, apenas a ideologia é capaz de defender o que classifica de direito humano, algo muitas vezes profundamente controverso, enquanto cassa direitos humanos mais elementares para tal defesa, e para sua própria sobrevivência. Enfurece-se quando se vê contrariada, e a partir disso tenta nervosamente convencer, jamais conscientizar.
A ideologia são ideais colocados em uma cartilha recheados de senões, sistematizados tornando-se assim uma grande e nefasta metodologia de vida e de crenças, agressivamente egocêntrica defesa de ideias e/ou de grupos enraizando em si intransigência, ortodoxia, limitação à capacidade intelectual e existencial fazendo com que todas as outras ideias e comportamentos devam partir daquela linha de raciocínio específica, sendo portanto incapaz de considerar outras ponderações e de permitir um convívio saudável em que todos busquem, de sua maneira, a liberdade de expressão, de ir e de vir enfim, o bem comum sem jamais ferir a liberdade do próximo. Como a ideologia desconsidera outras realidades, outras culturas, outras maneiras de se ver o mundo, configura-se o caminho mais curto para todo a sorte de segregação, de dominação e de exploração em meio à sociedade.
O performático "não pode trair seus princípios", nem jamais contrariar o movimento/comunidade/classe/gênero que segue. Ama a ideologia sobretudo. Morre e mata por ela se necessário. Se não mata corpos, mata facilmente almas assim como a sua está morta. Muitas vezes sob o lema revolucionário, sob o rótulo ético, sob o estigma messiânico, o ser performático precisa manter a performance. Custe o que custar. Pela vida? Pelo próximo? Pelos injustiçados? Contra a corrupção? Pela verdade em sua essência? Nestes casos, já não vale, nem de longe, a intensidade do "calor" sectário contido em seu performismo e em sua sopa das letras que muito mais segrega e, na prática, omite-se, do que pratica a justiça, esta o pano de fundo (cenário) de todo o seu engajamento (ou pano de chão, trapo histórico). Nem poderia ser diferente: não há espelho, há ícones (mutáveis época após época), representações históricas das representações contemporâneas.
Amos Oz concluiu a frase apontada mais acima afirmando que "o fanático é um ponto de exclamação ambulante". Isso não apenas vale ao ser performático (fanático pelas ideias ao invés de apaixonado pelas causas), como ele é uma interminável contradição viva, das mais diversas maneiras e não apenas entre falar e agir, esquecendo-se completamente na prática da doutrina que raivosamente defendeu no minuto anterior, como também, não raras vezes, consegue ser assustadoramente contraditório entre falar e falar, dentro do mesmo minuto muitas vezes.
Tudo isso faz com que o recente massacre na escola de Connecticut e o jornalismo brasileiro - cuja emblemática cobertura contemporânea, talvez mesmo histórica foi a do Mensalão ao longo de todos esses oito anos de escândalo, tanto para os veículos de tendência esquerdista quanto direitista - possuam uma perfeita conexão, algo maleficamente forte une ambos os casos.
Tiroteio em Connecticut
Na América, Estado policial e externamente o mais terrorista da história, os setores mais conservadores, mesmo neste momento, não abrem mão da estrita obediência ao livre porte de armas de fogo, garantido pela Segunda Emenda constitucional de 1791 sobre a qual poderia ser aplicada nova emenda, alterando sua prática vigente (ao contrário de outras constituições, a norte-americana não pode ser jamais modificada, apenas acrescentada de novas emendas que alterem o efeito das já existentes).
Os neoconservadores defendem verborragicamente a ideologia que deságua no livre porte de armas, em grande parte religiosos (por incrível que pareça). Os favoráveis à Segunda Emenda segregam-se em relação ao restante da sociedade enquanto promovem ferrenha disputa doutrinária, aplicando inclusive estigmas (bem ao seu estilo intolerante, natural em espíritos reacionários) aos defensores do controle de armas ("cruzadores pelo controle", e outras coisas desse tipo), enquanto muitos, de ambos os lados (mas principalmente os reacionários), não se dão conta (ou nem querer perceber) de que vivem sob um Estado repressivo, e além disso aterrorizante, extremamente desumano além de suas fronteiras, cultuando assim a violência - a sociedade tende a imitar seus representantes.
Nessa guerra ideológica, através da qual a realidade já passa desapercebida (ou nem lhes interessa percebê-la), a sociedade fragmenta-se ainda mais, vítima da violência e de si mesma: não é a defesa do bem comum que está na essência das (necessárias) discussões, e quando tudo termina poucos sabem o que realmente aconteceu. Na realidade, por trás da "ideologia" do livre porte de armas se escondem interesses bilionários, os da indústria armamentista e os do próprio Estado policial norte-americano, que castra direitos civis apoiado no caos social, em nome da "segurança nacional" (argumento usado também no empreender de suas sucessivas guerras). Lá tal qual cá.
Mensalão no Brasil
Enquanto isso no Brasil, o recente escândalo do Mensalão cujo julgamento foi indiscutivelmente o maior espetáculo jurídico-político-midiático da história do país, quiçá da América Latina, jornalões (direita) e jornalecos (esquerda) foram incapazes de ponderar as várias faces do esquema de corrupção em questão (com exceções, as quais não se enquadram nos chamados jornalões nem jornalecos), e portanto de levar também um debate minimamente sóbrio à sociedade, à qual "após a tempestade foi dada uma ambulância" (parafraseando o saudoso Vicente Matheus) em que não se entendeu praticamente nada do que houve - em muitos casos, não se quis entender em nome da performance que a ideologia exige, além dos interesses político-partidários e comerciais de cada lado que usa a paupérrima ideologia como esconderijo, o que na maioria das vezes ocorre.
Justamente escondido detrás da maltrapilha ideologia o PT, "partido mais ético e revolucionário", sentiu-se livre e com todo o direito de praticar o Mensalão e, anteriormente, o famoso caixa dois na campanha eleitoral presidencial: o poder em nome da "revolução", a governabilidade, projetos aprovados em tese "pelos mais pobres" - afinal, "todo mundo faz, por que não nós?". Sensação de liberdade e de direito... contanto que não fossem tornados públicos ambos os esquemas. Eis a velha e maldita ideologia! Em nome dela, travestida de liberdade, direito e revolução, o partido acabou vítima da própria ideologia ao dar um pouco mais de autonomia à Polícia Federal (PF).
Por outro lado, se ao invés de ideologia retórica o PT possuísse saudáveis ideais políticos, econômicos, sociais enfim, princípios, paradigmas e diretrizes claros e coerentes visando traduzir sua agenda de governo em benefícios à sociedade, não ao partido e à ideologia, a PF teria toda a autonomia hoje, o partido não estaria emaranhado no lamaçal, algumas de suas mais fortes lideranças não estariam hoje aguardando a chegada da polícia em casa a fim de os levar presos enquanto dizem que suas vidas acabaram, e o país estaria vivendo dias melhores. Ou talvez o PT nem tivesse chegado ao poder, mas a vida do ex-presidente do partido, do arquiteto da campanha presidencial e do ex-tesoureiro não estariam amarguradas, conforme lamentam. Contudo, os novos detentos de luxo do país estão caminhando à cela comum defendendo ferrenhamente a ideologia, enquanto o ideal que uma vez proclamaram perdeu-se em algum lugar do passado. E ao que tudo indica, seus últimos suspiros serão ideológicos.
Pois o Mensalão, do escândalo em si à cobertura jornalística e à reação de diversos setores da sociedade, é uma emblemática ocorrência nacional que evidencia o quanto a defesa ideológica está comprometida com a verdade e com o bem comum.
Subterfúgio Descarado: Humanidade de Terror em Terror
Hipocritamente impregnada em ambas as sociedades, norte-americana e brasileira, a obsessão ideológica que as conecta agora tem roubado a cena e servido como subterfúgio tanto para o massacre de Connecticut quanto para o Mensalão, e tudo seguirá como sempre foi... Assim sendo e infelizmente é, até os novos tiroteios, até os próximos assaltos indiscriminados aos cofres públicos que porventura venham às claras, até os inevitavelmente enfadonhos e prepotentes embates ideológicos que estão por vir, cheios de teoria e da arte do bem dizer - psicossomáticos para uns, fisicamente mortais para tantos outros.
Foi a velha e maldita ideologia que levou o presidente norte-americano Barack Obama a insultar ao presidente venezuelano Hugo Chávez, enquanto este se internava para ser tratado de tumor maligno. Foi a nefasta ideologia que fez a oposição política e midiática do Brasil não se solidarizar ao ex-presidente Lula, quando submetido também à cirurgia de câncer. Fundamentado na hipocondríaca ideologia, o grupo terrorista norte-americano Ku Klux Klan, "evangélico", assassinou friamente negros por todos os EUA, dentro de suas casas e em locais públicos, "em nome de Deus" e de uma "raça superior".
Foi a aprisionante ideologia que levou Pinochet, Hitler, Stalin, Calígula, a Igreja católica, a ditadura militar no Brasil e George Bush a matar milhões de seres humanos inocentes no Iraque e no Afeganistão, baseado no princípio amplamente aplaudido em seu país, "ou se está ao nosso lado, ou se está contra nós". Foi a doentia ideologia que levou dezenas de milhões de outros seres a apoiá-los entusiasticamente, em cada uma de suas empreitadas justas. Os grandes genocídios cometidos no mundo hoje, de Israel contra a Palestina, justificam-se em forte ideologia elaborada em gabinetes políticos, aceita por diversos cidadãos: a sionista.
Feliz Ano sob Ideais do Bem Comum!
É a falta de ideal, de princípios, de paixão que faz bilhões de outros seres manterem o silêncio, a passividade conivente perante tudo isso muitas vezes em nome da ideologia performática em forma de religião: "eu não julgo". Causa inveja a Pilatos o espírito ideólogo contemporâneo! Mais "ético" e "justo", talvez impossível! Até que seja seu telhado o atingido, sua escola seja a Sandy Hook da vez, até que sua ideologia seja confrontada, então se justificarão as ditaduras, as guerras, o Estado repressor interna e externamente (eis a mudança de lado típica dos ideólogos apontada mais acima)
Os ideais, que podem ser saudáveis ou não, andam muito próximos da ideologia escravizante, invariavelmente geradora de algum nível de jactância, de acentuada segregação e do velho performismo: a diferença pode ser sutil, percebida apenas através do contexto, do espírito, dos detalhes (gestos, palavras, atitudes) enfim, da essência dos elementos envolvidos, sobretudo das consequências que cada lado apresenta. Um belo ideal pode vir a tornar-se ideologia - neste caso, perdeu-se tudo. A ideologia é personalista e impositiva (imposição geralmente sutil, por meio da persuasão): leva à criação de mitos, à intransigência, aos dois pesos e duas medidas em favor dos interesses do indivíduo/comunidade/movimento.
O ideal, cujo alvo transformar o que aspira, o que conhece e defende em benefício próprio e ao próximo, conduz o idealista a ser radicalmente contra algo apenas em favor da vida, enquanto tolerante (por natureza, não por ideologia, nem tolerante com o mau), adepto do diálogo, da convivência com as diferenças (jamais com forças corruptas de exploração e de dominação). O ideólogo, em nome da ideologia, tende a se associar ao corrupto ou a ser conivente com ele, aparentemente em nome do politicamente correto.
Significado de Ideologia: Na visão crítica, é algo voltado à criação/manutenção de relações de dominação por meio de quaisquer instrumentos simbólicos: uma frase, texto, artigo, notícia, reportagem, uma novela, um filme, uma peça publicitária ou um discurso.
Significados de Ideal: Aquilo a que se aspira: realizar seu ideal. Visão de mundo.
E dizia Montesquieu: Quando os princípios se mantém sãos, até as leis más sofrem efeito das boas. A força do princípio supre tudo!
Não seja radical, seja livre: feliz 2013 com muitos ideais visando ao bem comum, sem ideologia.
Continue no Blog, e boa leitura. Uma questão de liberdade.
Não é através da ideologia que se molda o social, mas através da verdade
Michel Foucault, filósofo francês (1926-1984)
Michel Foucault, filósofo francês (1926-1984)
As ideologias são perigosas, por serem imunes aos fatos
Paul Craig Roberts, economista norte-americano
Paul Craig Roberts, economista norte-americano
Uma Constituição ideologizada impõe a tirania da maioria
Manuel Álvarez Tardío (historiador espanhol)
Manuel Álvarez Tardío (historiador espanhol)
Não posso compreender que, na estrada da revolta, haja uma direita e uma esquerda (...). Digo que a chama revolucionária arde onde quer e não compete a um pequeno número, no período de expectativa que vivemos, decretar que só aqui ou ali ela pode arder
André Breton
André Breton
Dá-se mais ênfase hoje ao conhecimento, que àquilo que se pode fazer com ele
Edu Montesanti
Edu Montesanti
Há que se ter convicções sem ser ortodoxo - simples desafio, tanto quanto a vida é sabiamente simples por excelência
Edu Montesanti
Edu Montesanti
Quando as pessoas se definem, na maioria das vezes estão mentindo
Julian Assange, 3.2.2013 (entrevista ao Estado de S. Paulo)
Julian Assange, 3.2.2013 (entrevista ao Estado de S. Paulo)
(...) O medíocre é aquele que não faz nada para mudar a própria vida, mas se incomoda com a mudança que você faz na sua. (...)
Ele é oco, insípido e inodoro. Porque na sua pequenez, não conhece o sabor da derrota nem da vitória. Os braços cruzados são
sua posição predileta. (...) Outra coisa, um bom medíocre sabe tudo sobre nada, discorda sempre do óbvio (...)
Sérgio Vaz, revista Caros Amigos, janeiro de 2013
Ele é oco, insípido e inodoro. Porque na sua pequenez, não conhece o sabor da derrota nem da vitória. Os braços cruzados são
sua posição predileta. (...) Outra coisa, um bom medíocre sabe tudo sobre nada, discorda sempre do óbvio (...)
Sérgio Vaz, revista Caros Amigos, janeiro de 2013
Onde Está Deus Frente às Catástrofes Mundiais? E os Cristãos, Onde Estão?
Vivemos séria crise intelectual e moral em escala mundial, a qual nossa era da informação em tempo real está tratando de trazer às claras como nunca se fez: corrupção civil e governamental descomedida, a nível nacional e internacional (WikiLeaks está mostrando que ela é pior do que muita gente razoavelmente informada imaginava); intermináveis guerras impiedosas, genocidas, escancaradamente perseguindo interesses econômicos e imperialistas; degradação indiferente e desenfreada do meio ambiente que atinge picos desesperadores enfim, os noticiários apresentam variedade morbidamente surpreendente do ponto que anda chegando a indiferença, o egoísmo e a maldade humana, a qual parece sem limites superando sempre nossas expectativas.
No mundo atual, a cada seis pessoas, uma morre de fome e a cada cinco segundos morre uma criança faminta. Apenas na América Latina, somos silenciosamente atingidos por três bombas de Hiroshima todo ano: a cada minuto, morre uma criança faminta ou enferma nesta que é a região mais desigual do planeta.
O Povo Se Corrompe Porque Antes o Governo Se Corrompeu, Ou o Governo É Corrompido Reflexo do Povo que Se Corrompeu?
Se veio primeiro o ovo ou a galinha nos problemas mundiais, é sempre motivo de longa discussão entre historiadores, sociólogos, filósofos e debatedores em geral das questões internacionais. Cada caso possui suas peculiaridades, mas a realidade é que, no círculo vicioso do mundo de hoje, falta referência às pessoas.
Essa ausência, que deveria ser suprida pela Igreja cristã (isto é, indivíduos, de acordo com o sentido bíblico), segue mais acentuadamente perdida no vazio que nunca, e é exatamente aí que queremos chegar: a Igreja, tanto a instituição quanto a maioria dos indivíduos, vive em absoluto sistema de apartheid, um mundo à parte, distante que as exime da maioria das responsabilidades contrariando o princípio do Evangelho, aquele que é o primeiro chamado de Jesus a todos: "Sal que não deixa a terra apodrecer, luz que não deixa o mundo cair em trevas", o que implica, evidentemente, fazer diferença na sociedade de maneira prática com incansáveis obras de caridade e assistências de todo tipo, funcionando como natural referência em um mundo carente dela.
Se há algo que caracteriza o cristão, seja quem for, como e de onde for, é justamente o caráter incansavelmente prático de viver - o resto é retórica, e Jesus está longe, muito longe de ser retórico. Pois não é essa realidade bíblica que tem predominado no meio cristão, em sua grande maioria, e, a começar dentro da própria Igreja, a inversão de valores e falta de referência é uma escandalosa mas, para grande parte dela, desculpável realidade (sempre se encontra justificativas). Perante a realidade bíblica e mundial atual, isso é altamente preocupante.
Antes de mais nada, a instituição Igreja, bem como a maioria dos cristãos simplesmente se calam diante da desgraçada realidade humana com indiferença assustadora, marcantemente vazios de Deus. Isso implica em graves consequências por dois motivos bem simples e claros: 1. Pessoas afligidas, naturalmente, esperam da Igreja resposta para os problemas que atravessam, o que por um lado apresenta ótima oportunidade para se desfazer mitos (por exemplo, o de que Deus é o culpado por vários problemas mundiais e pessoais). Não encontrando nas Igreja, que são pessoas, tal referência, afastam-se de Deus porque não podem receber melhor exemplo Dele através de quem está, ou deveria estar em comunhão com Ele. Perde-se aí, portanto, a melhor oportunidade de se evangelizar na condição de companheira no sofrimento dessas pessoas, além de servir como exemplo sem necessidade de abrir a boca; e 2. Torna a Igreja omissa nas atitudes (através das quais, ferramentas imprescindíveis para se conduzir pessoas a Deus, manifestar-se-iam o poder e a graça de Deus).
Segundo Jesus, aquilo que fazemos não deve ser alardeado, mas é tristemente evidente que não se trata disso nesse caso: a Igreja sofre de inércia crônica. Gandhi (1869 - 1948) disse com muita propriedade certa vez: "O cristianismo é lindo, mas a prática dos cristãos hoje...". Se tivéssemos de consciência, ativismo e caridade o que temos de fraseologia, poder material e intolerância, certamente teríamos inúmeros Gandhis cristãos sendo espelho às sociedades por várias gerações, como é o caso do indiano hindu até hoje. E, consequentemente, teríamos também, certamente, muito menos sofrimento no mundo e muito mais gente em comunhão com Deus. Pois, infelizmente, quando se sabe de alguma comunidade cristã que se limita a doar cesta básica a quem vai à sua porta solicitar, ou algo mais do tipo, já é tida hoje em dia como muito virtuosa, tal a paralisia que toma conta da Igreja em geral.
É natural e necessário, a ambos os lados, que o mundo jogue todos os holofotes à Igreja cristã mais que a qualquer outra instituição (João, 3: 21, e 13: 15), como realmente faz configurando-se em grande desafio à Igreja, esperando dela respostas e soluções para o que o aflige como ocorreu com o próprio Jesus, por mais que grande parte dela relute perante tal realidade (e reluta argumentando que não deve ser assim pois o homem é falho, todos são humanos e estão em condições de igualdade, o que é uma verdade muito relativa e, nesse contexto, tal argumento contraria a própria Bíblia conforme observamos mais acima), a qual tem historicamente reivindicado tal destaque muito mais para defender privilégios que para assumir responsabilidades.
Quando torrenciais chuvas arrasaram a cidade de Campos do Jordão (SP) no verão de 2000, em que o país se mobilizou enviando pelo correio roupas e alimentos às 3 mil vítimas das classes mais baixas da cidade jogadas às ruas, totalmente desabrigadas sem casa e sem comida, em grande parte moradoras de morros deixando um saldo de 10 vítimas fatais, propus pessoalmente a duas igrejas evangélicas de São Paulo, a Calvary International e a Do Fundamento Apostólico (hoje Igreja Cristã da Família, que teve o nome mudado para tentar se renovar das agruras), que fizessem doações comigo e que, tanto quanto possível, juntassem pessoas para levar pessoalmente as roupas e os alimentos, além de calor humano e pregação do Evangelho. A primeira cumpriu isso tudo "até que os carros partissem": fez suas doações e enviou cerca de 20 jovens; a outra respondeu friamente à questão, ninguém foi conosco e um dos convidados à viagem (para a qual não era necessário doar nada, apenas nos acompanhar visitando as vítimas), respondeu que iria orar para saber qual era a vontade de Deus. Uma semana depois lhe perguntei se iria conosco, ao que fui respondido: "Orei, e até agora Deus não disse nada...". Deus nunca respondeu nada, é claro (redundante, Deus não é), e o amigo passou aquele sábado assistindo pela TV o sofrimento das milhares de pessoas a apenas 173 km de si.
Assim, em cerca de sete carros partimos à cidade de Campos do Jordão após eu ter tentado, em vão, a proeza de juntar duas igrejas evangélicas diferentes em uma atividade social: parti com os membros da Calvary International para o que se tornou, desde a chegada, um dos dias mais desagradáveis em que quase nada funcionou devido a vaidades e, sobretudo, disputas doutrinárias (alguns poucos dentre nós acharam aquilo um absurdo, mas era tão grande a tradicional fúria religiosa com as vírgulas doutrinárias - que jamais vieram em questão no trabalho, apenas foi detectado um "ser evangélico doutrinariamente diferente em determinados pontos" dentre eles -, que tornou desnecessário qualquer pedido e tentativa de conscientização a fim de se mudar o espírito, em prol das vítimas da cidade). A agressividade, a opressão exercida durante todo aquele dia chegou a tal ponto, foi algo tão fora do comum que se seguiu até a volta a São Paulo e durante a festa de aniversário de uma das envolvidas no período da noite, o que desagradou a esta e à sua mãe, encerrando-se o festival do ódio doutrinário apenas quando cada alma pegou, definitivamente, seu rumo de casa.
Isso tudo além do desejo de alguns, manifestado logo na chegada à romântica cidade de Campos do Jordão por uma gatinha no conforto e no chaaaaaaarmeeeeee de seus óculos escuros, de enviarmos através de terceiros as roupas e os alimentos às vítimas - afinal de contas, Campos do Jordão, também conhecida como a Suíça brasileira, é uma linda cidade para se desfrutar com suas montanhas, lindos centros sociais de arquitetura alemã e as melhores docerias e sorveterias do país em pleno verão, de maneira que, assim, teríamos o dia todo para passear -. Respondi que não poderíamos fazer aquilo, mas deveríamos ir nós mesmos às favelas nos morros entregar diretamente os suprimentos aos sem-teto e sem-comida já que, se fosse para enviá-los através de alguém, teríamos feito isso pelo correio em São Paulo como muitos estavam fazendo no país, sem necessidade de termos ido até lá, alegando que as vítimas estavam precisando de calor humano tanto quanto de suprimentos, o que causou o primeiro desagrado generalizado. Enfim, eram pessoas no lugar errado, na hora errada fazendo o que não estava no espírito de si mesmas: não compreenderam jamais o porquê de se estar ali.
A pequena comunidade jovem da igreja Calvary já possuía grave e longo histórico neste mesmo sentido, tendo sofrido diversas intervenções pastorais por parte do sr. Bill Fawcett, pastor da igreja, com o intuito de acalmar os ânimos e mudar os espíritos que os dividiam internamente de maneira acentuada, e tantos estragos estavam causando (contudo, o baixo grau intelectual, a miopia espiritual, uma coisa diretamente ligada à outra, e até a (in)disposição para a mudança não lhes permitia enxergar que o problema era estrutural, ou seja, tais frequentes ocorrências eram o claro reflexo do sistema, dos ensinamentos e do ambiente que não serviam de exemplo a ninguém, que muito mais reprimia as pessoas do que as fazia livres, conforme o apóstolo Tiago muito apropriadamente definiu envolvendo casos assim: "Onde houver inveja ou ambições egoístas, haverá desordem e todas as outras espécies de mal". Tanto isso é verdade em muitas dessas casas, que passa o tempo, mudam-se as pessoas muitas vezes, mas o ambiente segue igual, ou até pior.
Anos mais tarde, em 2007 fomos convidados pela Tribo de Judá, outra igreja evangélica de São Paulo, a participar de uma atividade evangelística no centro da cidade conhecido como Boca do Lixo no final da noite e madrugada adentro, ao que respondemos positivamente. Os participantes eram, na maioria, cantores e os chamados obreiros (oficiais) da igreja. Chegamos cerca de 22h à Boca do Lixo e, ao contrário do grupo que permaneceria até as primeiras horas da manhã, deixamos o serviço cerca de 1h com um casal o qual, assim como nós, deveria levantar cedo naquele dia. Neste mesmo dia, chegou-nos a notícia do que não se tratava de nenhuma novidade em tal comunidade, mas naquela ocasião havia extravasado: no meio da madrugada, houve uma briga feia aos gritos por divergências posturais e pessoais quanto à oração, pregação (um discordou de um ponto, alguém se achou mais apto a algo que outros) enfim, na realidade a marca registrada da casa, a excessiva vaidade que gerava a mais fútil e agressiva concorrência pessoal, e os espíritos distintos por diversas banalidades que acabavam dividindo-os ferozmente. Alguns desses jovens moravam na mesma casa, e a briga seguiu-se de maneira intensa na casa durante todo aquele dia, e por um bom tempo alguns deles ficaram sem se falar, com relações abaladas. O que deveria ter sido uma visita de consolo (com mãos vazias), tornou-se um pesadelo entre os mensageiros da paz com Deus. No pouco a que se tem disposto, tem-se sido uma catástrofe mundial a mais.
O espírito que tomou conta dos frequentadores mais afins das igrejas (católica e mais ainda protestante) é, literalmente, assustador. Tais ocorrências não são fatos isolados, muito pelo contrário: são a realidade cada vez mais indisfarçável das igrejas brecadas em suas mesquinharias, internas ou inter-igrejas, e a condição totalmente fragmentada delas é a maior evidência dessa lamentável realidade antibíblica. Mas há algo mais grave, muito mais grave nisso tudo que vai além do comodismo, da indiferença, do ostracismo, das distrações e fanatismos doutrinários, do bloqueio mental e até das vaidades e suas diferenças pessoais na Igreja cristã - estes são efeito de uma dura realidade à vista de todos mas que acaba, por N motivos, silenciada, daí nunca resolvida.
Até Tu, Brutus, Filho Meu?!
Um século antes de Cristo, o Imperador romano Júlio César foi vítima de conspiração de senadores a fim de tomar seu trono, e quando reconhecera seu filho Brutus entre os traidores que o assassinariam, teria ficado chocado e dito: "Até tu, Brutus, filho meu?!" Essa famosa interrogação perante a baixa traição, que na realidade expressa uma exclamação em surpresa negativa, amarga, desesperada, indignada, chocada, é tudo que a Igreja não pode escutar. Mas é o que mais tem escutado neste mundo conturbado, desesperançoso em tempos que as pessoas não sabem se correm do bandido, da polícia, ou se correm de todo mundo.
Dias atrás, enquanto um amigo (cristão, muito próximo a mim) e eu degustávamos pizza e desfrutávamos de uma boa conversa, em determinado momento passamos a trocar ideias do papel que a Igreja tem desempenhado na sociedade, observando sobretudo o grande número de indivíduos que chegam a ela sedentos de Deus e acabam deixando-a revoltados com o próprio Criador, totalmente incrédulos e até perdidos na vida conforme ambos temos presenciado na caminhada cristã de longa-data, nela conhecendo várias e várias comunidades as quais, além de atitudes lamentáveis, encontram dificuldade enorme em fazer mea culpa, mudando completamente sua posição e seu rigor metodológico quando se trata de suas próprias falhas (essa postura indiferente e arrogante da Igreja, que leva ao sistema totalmente distorcido do cristianismo ausente em referência e em auto-correção, tem afastado as pessoas talvez mais que os próprios erros em si, levando-a ao presente descrédito generalizado).
Tentamos encontrar os porquês e discutir as consequências disso: na opinião do amigo, as responsabilidades pelo desligamento traumático de um indivíduo em relação à Igreja e até de Deus, são divididas entre os maus exemplos da Igreja e a fé do indivíduo revoltado que, segundo o amigo (no que posso até concordar), não era sólida (daí, na opinião dele, 50 por cento de culpa ao mais novo ateu no mundo, subproduto da "Igreja" (!), e a outra metade da responsabilidade imputada à própria Igreja). Na minha concepção, todavia, é totalmente inadmissível que indivíduos se acheguem à Igreja procurando crescer espiritualmente, seja na situação que for, e deixem-na revoltados, escandalizados com o que veem a ponto de se tornar ateus e muitas vezes, devido a esse forte abalo em suas estruturas pessoais, acabarem desandando na vida.
Há os que já chegam à Igreja com fé sólida, ou desenvolvem-na rapidamente, mas nem todos são assim, e mais: ninguém pode ser culpado moralmente por não ter fé sólida, mas quem se diz auxiliador no caminho do Evangelho, preparou-se para isso, em muitos casos mantido financeiramente apenas para esse fim, e, com suas atitudes e seu sistema, acaba transformando pessoas sinceras, desejosas de crescer espiritualmente em revoltadas, inimigas do Evangelho, deve ser invariável e totalmente responsabilizado moralmente pelo estrago e prestará muito mais sérias contas a Deus do que o novo ateu formado... pela Igreja (!), e Jesus, como sempre, foi categórico também neste sentido: "(...) Mas se qualquer um de vocês fizer um destes pequeninos que crêem em Mim perder a sua fé, seria melhor para vocês serem jogados no mar com uma pedra amarrada no pescoço" (Mateus, 18: 6). Deve ser muito mais respeitado um ateu sincero (os quais respeitamos profundamente), que um falso religioso que tanto estrago causa em vidas humanas e até não humanas, produzindo ateus não por convicção espontânea mas por revolta.
A deliberada traição aos princípios cristãos, sobretudo dos que alegam ser auxiliadores no caminho do Evangelho que têm feito tantos e tantos perder sua fé, representa uma traiçoeira e profundamente dolorosa punhalada no coração, mesmo àqueles que acabam não perdendo a confiança em Jesus mas saem indignados. Muito mais danos emocionais causa àqueles que justamente chegam sem fé sólida, com N problemas de várias ordens atrás de referências, credibilidade e amparos morais (consciente da vital importância disso tudo, o apóstolo Paulo repetiu o que disse Jesus: "Sigam meu exemplo, assim como eu sigo o de Jesus" (I Coríntios, 1: 11). Sem essa credibilidade por parte de quem defende a causa que for, mais ainda em posição de liderança, perdeu-se tudo.
Portanto, e quem diz isso não somos nós conforme observamos claramente em Mateus 18: 6 mais acima (verso este muito dificilmente lido nas igrejas), a responsabilidade é total ou quase total desses que causam escândalo, afastando pessoas de Deus através de erros enraizados no incorrigível caráter e sistema que tem preponderado no meio, os quais não se justificam na simples falibilidade humana (Hebreus, 10: 26). Aliás, se fossem erros simplesmente relacionados à inevitável fraqueza humana, não seriam suficientes para causar tais irreparáveis danos.
A passagem de Mateus 18: 6 no contexto da Bíblia, fica claro que Jesus, deparando-se com pessoas que perderam a fé em tais circunstâncias, as abraçaria, escutaria, compreenderia e transmitiria muito amor, diferentemente da Sua posição bem clara em relação aos que acabam produzindo pessoas assim.
A verdade é que meu amigo, perante a bastante conhecida realidade do sistema, acabou sendo até "duro demais" com a Igreja imputando-lhe metade da culpa: diante disso tudo, lava-se as mãos no meio religioso, vive-se como se nada acontecesse pois ela criou um inconcebível sistema no qual está "blindada", de maneira distorcidamente bíblica, de assumir responsabilidades e divergências mas é muito comum a ocorrência dos mencionados casos, o que precisa ser terminantemente colocado como gravísimo por parte da Igreja, dos que acreditam e amam o Evangelho em geral e (utopia?) fazer-se revisão de valores e do sistema, para que isso encontre um fim. O problema da Igreja, na realidade, é estrutural, o que discutiremos abaixo.
As Catástrofes, Deus e os Cristãos: Onde Está Todo Mundo?
Mais acima, argumentamos que para os problemas mundias cada caso possui suas peculiaridades, e por um lado é assim, realmente: cada Estado e cada povo tem sua própria formação e história a ser sociologicamente analisada - embora no caso da imensa maioria, a galinha (corrupção estatal) veio primeiro mesmo em Estados mais democráticos, ou ditos como tal, segundo nossa ótica.
Porém, deixando governantes e governados de lado para ir mais a fundo e tomar a espécie humana como um todo chegando ao seu interior, partindo para a análise espiritual que coloca o dedo na grande ferida e resume a questão: o mundo está corrompido por seu afastamento do Criador, colhendo os frutos disso: "Não se iludam; lembrem-se de que vocês não podem desprezar a Deus e escapar: um homem sempre colherá justamente o produto da semente que ele plantou!" (Gálatas, 6: 7, e leia também (Oseias, 4: 6) .
Mesmo àquelas pessoas inocentes que sofrem sendo até dizimadas nos confins do mundo, não se deve esperar que apareça Deus em pessoa e impeça a injustiça de ser feita. Ele realmente é um Deus que possui todo o poder, encheu a Terra com Sua bondade, pode e quer intervir como muitas vezes faz, mas, via de regra, Ele não fará por nós o que nós mesmos podemos fazer, e mais: dá-nos o livre-arbítrio e o respeita profundamente. Grandes catástrofes são consequência das atitudes equivocadas do ser humano (imputar parte da culpa a Deus nesses casos, configurar-se-ia no mesmo erro grave de se dividir a culpa entre o escandalizado e aquele que causou o escândalo, ao que se opõe o próprio Jesus, conforme vimos).
Um exemplo recente: o governo japonês, segundo revelações WikiLeaks (leia sobre esta caso aqui no Blog), fora alertado pela Agência Internacional de Energia Atômica que as usinas corriam sério risco de explosão no caso de abalo sísmico, pois os guias de medidas para segurança sísmica estavam totalmente desatualizados, tendo sido revistos apenas três vezes nos últimos 35 anos.
Não se sabe o porquê, mas medidas cabíveis não foram tomadas, e de tal negligência veio a catástrofe que acabou e continua acabando com milhares de vidas. Deus não vai tomar as necessárias medidas de engenharia ou coisas do tipo no lugar do ser humano, sendo, portanto, um tremendo contra-senso culpá-lo ou sequer questioná-lo pelo terrível incidente e suas consequências.
Moral de toda essa história: a transformação deve partir do interior do ser humano, o qual não foi criado para viver longe de seu Criador - e a humanidade está distante de Deus, o que tem amor e poder suficientes para apagar o pior passado humano e fazer tudo novo, o que requer fé, muita determinação, uma Bíblia e muita oração. Maravilhosa viagem através da qual nossa alma é saciada com as virtudes de Jesus - entre elas paz -, a vida passa a ser transformada como a minha mesmo, outrora na boca do lixo, hoje mudou para muito melhor a partir do Alimento que mata a fome da carência humana (e todos temos nossas carências). Do afastamento do homem da comunhão com Deus, surge a famosa bola de neve dos problemas mundiais.
Portanto, a conclusão óbvia é que a situação cada vez mais calamitosa do planeta e da humanidade é consequência de suas próprias escolhas. Pense: grande parte dos seres humanos tem optado, ao longo de toda a história, a viver de acordo com os padrões de Deus, isto é, de retidão, ou de acordo com seus próprios desejos, que se tornam inevitavelmente desenfreados? É evidente: a maioria esmagadora tem escolhido esta segunda via ao longo dos séculos. Entre as virtudes de Deus estão a retidão e o direito concedido para que sigamos nosso caminho, Ele não nos impõem nada, isto é, existe um Contrato Celestial, chamemos assim (assim como Jean-Jaques Rousseau escreveu sobre um Contrato Social entre sociedade civil e políticos), através do qual nos é dado o direito inalienável de escolher o que desejamos para nós, o caminho que queremos seguir. Enquanto Deus deixou bem claro quais seriam as consequências de nossas escolhas, o mundo, como um todo, segue a via que escolheu: O mundo sofre porque desconhece a Palavra de Deus (Oséias: 4: 6). É claro que o conhecimento da Palavra de Deus, neste caso, imputa consciência se tomamos a ideia de Oseias e o contexto bíblico mais amplo, não se referindo apenas ao conhecimento intelectual dela. (Nada disso significa que uma pessoa reta não passará por dificuldades e problemas, pois vivemos em um mundo dinâmico, injusto que, conforme disse Jesus, "jaz no Maligno" - Jó foi o grande exemplo disso. Mas as consequências interiores das nossas escolhas corretas, bem como para o mundo serão sempre sadias, e jamais serão apagadas).
O mais preocupante disso tudo é que a Igreja, por sua vez, está longe, muito longe de assumir parte preponderante nesses acontecimentos (quando se lembra deles em algumas reuniões de oração, voltam todos de consciência bastante tranquila à casa, por ter feito a boa ação do dia, "e agora a história é lá com Deus, Ele cuida"), mas tem sido muito mais motivo justamente de escândalo e de tantos afastamentos de Deus, gerando ela mesma ateus devido, sobretudo, à diferença entre o que prega (que não tem sido grande coisa) e o que (não) pratica.
Em relação à sua inércia crônica, de um modo geral, desde instituições até pessoas, o "menos grave" nisso tudo (!), é como se os problemas não lhe dissessem respeito - aliás, aos seus próprios problemas ela já se blindou na Bíblia, distorcendo-a há muito tempo, como observamos, a fim de não assumi-los. Ela encontra fôlego suficiente para apontar erro em tudo, e defeitos que muitas vezes não existem dentro dela mesma, o que tem gerado grandes divisões tornando a Igreja bastante famosa no mundo também por sua intolerância, para dentro e para fora - o que é pior: intolerância doutrinária (muitas vezes mínima) e não moral.
Quando esses mesmos erros lhe são apresentados, costuma-se esquivar descaradamente, colocando-se acima do bem e do mal, isenta de toda e qualquer responsabilidade - o que vale a eles, não vale a nós: "O homem é falho mesmo" ou até, dependendo da ala, "Salvação não vem de obras", para justificar aquilo que a própria Igreja, cheia de princípios intolerantemente morais, duramente condena (por vezes com razão) nos outros.
Ao invés do círculo virtuoso preocupação real - posicionamento claro e firme - práticas efetivas e abrangentes, tem-se vivido totalmente fechado em tradições vazias e raivosas disputas internas dogmáticas totalmente destrutivas, que apenas dividem e desviam o foco da verdadeira essência do ser humano, do ser cristão e do próprio Deus. Tudo isso porque a Igreja se descaracterizou, tornou-se um ajuntamento resumido a métodos e instituições totalmente dispersas centradas em si mesmas, ao invés da igreja bíblica que são pessoas cujo alvo é vida e o centro é Deus.
O conceito de igreja deve ser totalmente revisto (revisão que, indiscutivelmente, no mínimo fariam Jesus e os apóstolos se estivessem em nosso meio hoje). É triste ver o mundo nesta situação, mas mais triste ainda é ver que ele não tem referência, ao menos não na instituição Igreja cristã como um todo, o que nos atrevemos a dizer: última esperança da humanidade, mas Igreja fechada em um mundo tão pequeno e vazio, tão sofrível quanto o próprio mundo real que não pode, ou não quer enxergar.
Onde está a voz da Igreja perante as catástrofes mundiais? Qual posição ela assume, como um todo, perante as injustiças sociais, ambientais, econômicas e políticas em nosso mundo? É cientificamente provado, há muito tempo, que há no mundo alimento suficiente, e de sobra, para os 6,8 bilhões de seres humanos, mas qual a posição da Igreja perante as 925 milhões de pessoas que passam fome, além de acreditar que Deus pode salvar, geralmente vendendo Bíblias que dizem isso? Qual a prática da Igreja frente a tanta violência, guerra e injustiça, além de enviar (geralmente por avião) líderes religiosos a finos cursos doutrinários, durante os quais, com o dinheiro das comunidades, hospedam-se em bons ou até nos melhores hoteis?
O que o cristão está disposto a fazer, qual o sonho do cristão além de ser enviado, com tudo pago, aos Estados Unidos para pregar o Evangelho, ou fazer cruzeiro evangelístico pelo mundo igualmente com tudo pago, que se configuram muito mais em grandes passeios de filhinhos de papai, cujas paradas são pré-estabelecidas em lugares onde serão bem recebidos, em muitos até festejados por alguns grupos? Qual a missão do cristão? Nisso se deve refletir: qual sua missão, qual minha missão? O que Deus espera e ordena que façamos?
Enfim, por um motivo ou por outro, não se tem refletido em nada disso mas, ainda que ausente da pauta pastoral, tratam-se de perguntas simples e naturais na vida de qualquer um, cujas respostas não exigem alto teor de conhecimento bíblico para ser respondidas conforme Jesus espera, tratam-se de perguntas cuja prática, mais que tudo, revela a essência, a verdadeira intenção da nossa alma, e isso será rigorosamente avaliado por Deus conforme Hebreus 4: 13: "Ele sabe de cada um, em cada lugar. Cada coisa a respeito de nós está descoberta e escancarada aos olhos penetrantes do nosso Deus vivente; nada pode se esconder dele, a quem devemos prestar contas de tudo o que fizemos".
A realidade sofrível (mais ainda para os de fora, desde pessoas ao nosso redor até de lugares e culturas mais remotas, que tanto sofrem sem serem ouvidas nem muito amparadas) é que a Igreja, enquanto instituição, tornou-se na maioria dos casos um grande negócio, abertura de inúmeras oportunidades e privilégios especialmente a líderes e muitos ditos missionários, cujas posições oferecem considerável status servindo-se da religião, ao invés de servir ao Evangelho e à verdadeira Igreja: pessoas. Tudo isso contraria totalmente o princípio do Evangelho e a vida prática de Jesus, dos apóstolos e de todos os profetas (estes, sempre os primeiros a servir, tiravam até do próprio trabalho pela causa). Mas a instituição Igreja anda ocupada demais para considerar essas questões.
Porém, dentro de algumas situações em que não se pode mais fugir da realidade, quando determinada igreja local enfrenta uma das inúmeras sérias crises que costumam ocorrer - vítimas do próprio veneno -, nestes casos, quando muito se aplica eufemismos, por exemplo dizendo que há "falhas" na casa, e muito raramente se diz que houve omissão, mas nunca que tem havido uma perversão de valores. Não havia como fugir da realidade, parecia, mas, com base na maestria em retórica, sempre acaba encontrando-se tangentes e subterfúgios, daí a manutenção do status quo, o qual a instituição Igreja não quer mudar por nada.
Se For para Ser como Essa Pessoa, também Quero Ser Cristão!
A grande resposta para toda essa indiferença conivente com fundo de hipocrisia, bem como para toda essa corrupção é apenas uma, bem simples e clara à vista de todos, independente do grau de conhecimento dos ensinamentos de Jesus: o princípio de ser igreja está, de modo geral, pervertido, transformado em instituição em vez de indivíduos fazendo com que tudo gire em torno dela, inclusive e sobretudo as pessoas e as próprias interpretações bíblicas, vivendo todos em função da instituição que, na prática, tornou-se mediadora entre Deus e os homens, a voz oficial do Criador a ser cegamente seguida enquadrando-se perfeitamente nas previsões de Jesus, "cegos guiando cegos". Uma das maiores evidências da perversão do sentido de Igreja, e a mais suave perante tanta distorção, é que se mede a saúde espiritual de alguém através da frequência aos locais de culto.
Assim, sendo um fim em si mesmo, prevalecem interesses institucionais cujas lideranças acabam sendo autoritárias, respondendo como representantes de Deus na terra e não seguidoras de Jesus a exemplo de todos os outros indivíduos. Subproduto disso tudo é que o foco principal acaba não sendo a vida humana, mas aquele espaço físico chamado igreja e seus assuntos internos. E disso, a consequência é que as instituições, na ausência de pleno conteúdo espiritual, criam uma série de cartilhas doutrinárias e códigos morais e éticos a serem seguidos de maneira que, estereotipadas, as pessoas acabam vivendo muito mais baseadas no Evangelho como regra ao invés de sentimento, ao invés do Evangelho como parte indissociável do conteúdo interior de cada um - postura conhecida como performismo, isto é, diz-se e faz-se uma coisa movido muito mais para manter a reputação, enquanto intenciona outra totalmente diferente. Tal representação da pessoa (personalismo) e não a vivência da pessoa (personalidade), por sua vez, leva inevitavelmente à instabilidade da personalidade e aos nocivos sentimentos reprimidos.
Toda essa triste realidade é o que também leva a instituição Igreja a ser servida, não a servir, e a uma dificuldade literalmente mortal em se lidar com as diferenças. É essa completa distorção do Evangelho experiencial, poderoso, doador, libertário, igualitário, protetor das diferenças, da vida e dos direitos humanos que o transforma no perfeito inverso disso: religião sem significado, meramente nominal e dotrinária, charlatã, reacionária, intolerante, discriminatória e maior opositora desses direitos (explicitamente ou não), muito mais afastando de seu meio e do próprio Evangelho complicando corações, corrompendo vidas, que aproximando, já que o sentido invertido do Evangelho leva a distorções bíblicas que, sutilmente, sempre pendem para o lado da instituição Igreja e de seus topos hierárquicos nos mínimos detalhes, nas mais pessoais relações entre indivíduos, em detrimento do bem comum.
Evangelho, tristemente, tornou-se sinônimo de instituição, ativismo religioso, intolerância, segregacionismo, exploração e de todo tipo de reducionismo, seja qual for o segmento religioso - tudo isso, conforme argumentamos, provocado pelas próprias instituições religiosas. Jamais haverá unidade e signifcado prático do Evangelho na vida das pessoas, enquanto a razão de ser da instituição igreja estiver sobre si mesma.
"Até tu, Brutus, filho meu?!", tem sido, inaceitavelmente mas com toda a justiça, a expressão mais aplicada à Igreja, reconheçamos tal realidade ou não. Mesmo passíveis de (determinados e limitados) erros que somos, isso não pode ser! (Gálatas 5, 19 a 21). A Igreja não tem sido capaz nem de colocar o ser humano à frente de seus próprios interesses, quanto mais entregar a própria vida pela causa do Evangelho!
Ela apenas deixará de ouvir tal expressão desoladora de todas as partes, quando tirar o foco dos muros e burocracias, deixar de girar em torno de si mesma e de seus interesses, e voltar-se ao centro do Evangelho colocando o foco nas pedras vivas pelas quais Jesus deu a vida. Do contrário, viver-se-á como sempre: mais uma religião retórica, performática, interesseira, sisuda e morta em sua essência, muito mais afastando que aproximando do Evangelho. Nisso tudo está a resposta do porquê de tantas teorias, longos estudos e enormes cartilhas "ensinando" nas igrejas como amar, como unir-se, sem nenhum efeito prático.
"Se for para ser como essa pessoa, eu também quero ser cristão vivendo sempre em comunhão com Deus!". Se cada um de nós exerce essa influência em nosso meio, então somos os discípulos de Jesus, parecidos com Cristo (= cristãos).
Março de 2011
Regularmente eles adoravam juntos no templo todos os dias, reuniam-se em grupos pequenos nas casas para a Comunhão,
e participavam das suas refeições com grande alegria e gratidão louvando a Deus. A cidade inteira tinha simpatia por eles
[pelos seguidores de Jesus], e cada dia o próprio Senhor acrescentava à igreja todos os que estavam sendo salvos.
(Atos, 27: 46 e 47)
Eu fui um exemplo constante para vocês no socorro aos pobres, com o dinheiro que eu mesmo
ganhava, pois me lembrava das palavras do Senhor Jesus: 'É maior bênção dar do que receber'
(Atos, 20: 35)
Deus move o céu inteiro naquilo que o ser humano é incapaz de fazer.
Mas não move uma palha naquilo que a capacidade humana pode resolver
(Autor desconhecido)
A Igreja possui histórico espírito de conquista, não de serviço
(Caio Fábio)
Conte quantas vezes você ouviu algum pastor ensinar isto:
E todas as nações serão reunidas diante de Mim.
Eu separarei as pessoas, como um pastor separa as ovelhas dos bodes
colocarei as ovelhas à minha direita, e os bodes à minha esquerda.
Então Eu, o Rei, direi àqueles à minha direita: 'Venham, benditos do meu Pai,
para o Reino preparado para vocês desde a fundação do mundo.
Porque Eu tive fome, e vocês Me deram de comer; Eu tive sede, e vocês me
deram água; Eu era um estranho, e vocês me convidaram para suas casas;
Eu estive nu, e vocês me vestiram; Eu estive doente, na prisão, e vocês me visitaram'.
Então esses justos me responderão: 'Senhor, quando foi que nos alguma vez vimos o Senhor
com fome, e Lhe demos de comer? Ou com sede, e lhe demos alguma coisa para beber?
Ou como estranho, O socorremos? Ou nu, e O vestimos?
Quando foi que alguma vez vimos o Senhor doente, ou na prisão, e O visitamos?
E Eu, o Rei, lhes direi: 'Quando vocês fizeram isso ao menor destes meus irmãos,
estavam fazendo a mim!'. Depois Eu Me voltarei para aqueles à minha esquerda e direi:
'Fora daqui, malditos, para o fogo eterno preparado para o Diabo e seus demônios.
Porque Eu tive fome, e vocês não Me deram de comer; Eu tive sede, e vocês não Me deram de beber;
Eu fui um estranho, e vocês Me recusaram hospedagem; Eu estive nu, e vocês
não quiseram vestir-me; Eu estive doente, e na prisão, e vocês não Me visitaram'.
Então eles responderão: 'Senhor quando foi que alguma vez nós vimos o Senhor
com fome, com sede, estranho, nu, doente, ou na prisão, e não socorremos o Senhor?'
E Eu responderei: 'Quando se recusaram a socorrer ao menor
destes meus irmãos, vocês estavam recusando ajuda a Mim'.
E eles irão para o castigo eterno, mas os justos irão para a vida eterna.
(Mateus, 25: 32 a 46)
Agora, pegue as mãos da família toda + vizinhos para contar nos (insuficientes) dedos quantas vezes você
já ouviu pastores solicitarem arrecadação para sustento pessoal, e para gastos com o edifício/templo
Por fim, rememorize também quantas críticas, por trás dos pastores, você já ouviu por parte
dos "justos" que, "na lata", adulam esses mesmos pastores ou, na melhor das hipóteses,
comportam-se como se nada disso fosse da conta deles, através da indiferença conivente
Se após esta breve reflexão você achar que há algo errado nisso tudo, fique com o Evangelho:
Jesus não é o piadista, brincalhão implícito nas ideias pastorais. Eles são...
O que fizeram do Evangelho, de maneira totalmente generalizada, é uma vergonha
Vídeo: Caio Fábio, "O Evangelho de Jesus é simples"
Acesse: Caio Fabio.net
Acesse: Caio Fabio.net
CONHECIMENTO DA RELIGIÃO x CONVERSÃO A JESUS
Uma Bíblia de Distância
Uma Bíblia de Distância
Você foi ao shopping sábado à noite. Na livraria, comprou o livro mais falado ultimamente no mundo, o qual traz revelações que mudam o curso da história contemporânea. Ali mesmo, comprou também o DC (disco compacto) com os mais recentes sucessos da cantora preferida. Na loja de roupas de arrasar, comprou "aquele" traje de gala. Na saída, passou pelo supermercado no piso sub-solo e, entre outras coisas, comprou pães alemães artesanais (fechados na embalagem, sente-se o cheiro deles).
Desde que chegaram em casa, essas mercadorias tornaram-se habitantes ilustres, uma companhia inseparável do lar ao invés de, efetivamente, produtos de consumo: o livro você observa, observa, observa a capa e até a acaricia, olha as folhas inúmeras vezes, abrilhanta a prateleira mas nunca o leu minimamente. O DC é mais um para completar a vasta coleção, mas a capinha dele se destaca, a qual você tanto aprecia - faz jus ao conteúdo, mas o aparelho de som está quebrado, e como comprou o traje mais caro no shopping, não há dinheiro para consertá-lo agora. O traje? Lindíssimo! Mas não havia necessidade de comprá-lo, não há no momento nenhuma ocasião minimamente apta para usá-lo, de maneira que você veste em casa e, com tanta admiração, olha-se no espelho várias vezes ao dia se achando o último pé de alface em uma geladeira vegetariana. Os pães alemães estão intactamente embalados sobre a mesa, servindo de colírio aos olhos entre os coelhinhos de chocolate suíço presenteados pelo ex-romance, e a garrafa de vinho português que era do avô: dá pena consumir tudo isso - e pega bem às visitas contemplar uma mesa dessas.
Porém, nada disso satisfaz e você sente que quanto mais olha tudo isso, mais quer olhar evidenciando que, essencialmente, falta algo dentro de você. Se não consumi-los, tentará preencher esse vazio de outras maneiras que, tampouco, satisfarão: mais compras inúteis, chamará mais visitas para contemplar seus objetos de estimação enfim.... Pior: eles apodrecerão com o tempo, inevitavelmente.
Quem ouve meus ensinos e pratica, é ajuizado como o homem que constrói casa na rocha sólida (Mateus, 7: 24)
Em um mundo consumista cada vez mais mergulhado em parecer ser, é muito comum fatos semelhantes ao mencionado acima. Na realidade, esse sistema de aparências é consequência justamente do vazio espiritual do ser humano, fazendo com que quando a religiosidade esteja envolvida, os estereótipos sejam ainda mais intensos.
Ter-se uma Bíblia e deixá-la aberta na sala com toda a reverência; fechar essa mesma Bíblia todos os domingos rumo à igreja; ocupar um cargo, e de destaque!; ser a pessoa ou formar o casal modelo dessa igreja enfim, quando se conhece a veracidade do Evangelho mas não o acolhe, isso não satisfaz. A vivência crescente da Palavra de Deus é o que realmente preenche o vazio interior do ser humano, religando-o a Deus.
Qualquer coisa que saia disso, por mais convincente que aparente ser, por maior que seja o conhecimento teológico, por mais que se trabalhe na igreja e fora dela, que se ajude insituições de caridade e por mais bajulações que se receba, não condiz com os ensinamentos de Jesus se não resulta em práticas genuínas que venham do interior do indivíduo.
Quem vive esse tipo de religião resumida a conceitos filosóficos sem efeito prático, pode conhecer intelectualmente a Bíblia de maneira pontualmente indiscutível, contudo assemelhando-se àquela pessoa fútil que sabe, por exemplo, que o movimento cultural chamado de Iluminismo nasceu na França, e até a era, século XVIII, desconhecendo totalmente o contexto à época bem como de que se trata o próprio Iluminismo - este, conhecedor das épocas e acontecimentos na mais rigorosa exatidão, é um dessituado intelectual, enquanto aquele, não transferindo o que sabe do intelecto ao espírito, é um perfeito religioso perdido espiritualmente: "Minhas ovelhas reconhecem a Minha voz, e Eu as conheço, e elas Me seguem".
Os momentos que mais requiserem subsídios espirituais para se lidar com a vida, o conhecimento do local e do ano em que se deu o iluminismo espirtual sem ter consciência dele, será totalmente insificiente ao passo que a pessoa realmente consciente do Evangelho pode, ainda que analfabeta, tirar de poucas palavras bíblicas as lições mais maravilhosas e práticas. E algum dia, apodrecer-se-á também o mero ativismo religioso, de uma maneira ou de outra. Assim, o espírito sente tal carência e, inevitavelmente, buscará a saciação de diversas formas paliativas que, quanto mais se busca, mais dependência causa sem proporcionar plena satisfação.
Essa é a resposta para o grande dilema de psicólogos, sociólogos, filósofos e até mesmo de religiosos. Quem se converteu de verdade pode confirmar tal realidade colocada pela Bíblia: Jesus satisfaz! E como é prazeroso diariamente ler a Bíblia e falar intimamente com Deus! Isso perdoa e traz libertação dos pecados aprimorando-nos - pecados que não satisfazem mas apenas aprisionam o ser humano, e em efeito bola de neve.
Um convertido a Jesus erra, pode atravessar dificuldades de diversas ordens, mas na condição de coração convertido está guardado na palma da mão de Jesus. Porém, nada disso vale a um apenas convencido intelectualmente a respeito do Evangelho, por mais ativista que seja.
O religioso meramente convencido, para o que encontramos diversos exemplos na própria Bíblia, é puramente carnal, histórico enquanto o conhecimento que a Bíblia se refere tem a ver com experiências com Deus, o que decorre da obediência, da prática da fé gerando sabedoria espiritual no ser humano, transformando-se no bíblico círculo virtuoso que produz os frutos, as virtudes que caracterizam o cristão. Sem fé é impossível agradar a Deus, e fé sem obras é morta. Pois a fé envolta nesse círculo das virtudes é que vence o pecado e nos leva à paz com Deus, não uma falsa fé estática, legalista e sem vida.
Arrependei-vos e convertei-vos, imperativo de Jesus em absoluta falta tanto na oferta quanto na demanda religiosa hoje em dia, é o princípio básico do Evangelho da reconciliação com Deus que menos se ouve mas nem por isso deixou de ser verdade, e qualquer mensagem que de uma maneira ou de outra saia disso, que não se baseie, não esteja fundamentalmente impregnada a essa verdade não se trata do Evangelho - sem nenhuma discussão, pode se tratar de tradição religiosa, de conceito filosófico da verdade e até de inúmeros sacrifícios de fé, mas jamais do significado do Evangelho, a Boa Notícia de Jesus que nos aproxima do Criador.
"Vem chegando a hora, mulher, quando não nos preocuparemos mais em adorar o Pai aqui ou em Jerusalém. Porque não é onde adoramos que tem valor, mas como adoramos - a nossa adoração é espiritual e verdadeira?", Jesus. A adoração a Deus não se dá, obviamente, através de um entendimento intelectual. Assim como "cristão" significa "parecido com Cristo", conversão não significa outra coisa senão mudar os rumos, mudar os caminhos, mudar os hábitos, regenerar, deixar a velha natureza e ter a essência do caráter e das virtudes de Jesus, e como vale a pena! Uma questão de liberdade...
"Eu Sou o Pão da Vida. Ninguém que venha a Mim terá fome outra vez. Aqueles que creem em mim nunca terão sede", Jesus (João, 6: 35)
"O cristão não é caracterizado simplesmente pelo fazer ou acreditar, mas pelo ser", Edu Montesanti
"Seu Deus não é aquele a quem você diz, 'Ó Deus', mas aquele a quem você serve", Caio Fábio
"Vocês não podem servir a dois patrões: Deus e o dinheiro. Porque vocês odiarão um e amarão outro, ou vice versa", Jesus, Mateus, 6: 24
Junho de 2011
E assim, queridos irmãos, apelo que vocês deem seus corpos a Deus. Que eles sejam um sacrifício vivo,
santo - o tipo de sacrifício que Ele pode aceitar. Quando pensam naquilo que Ele fez por vocês, isto será pedir muita coisa? Não imitem a conduta e os costumes deste mundo, mas seja, cada um, uma pessoa nova e diferente, mostrando uma sadia renovação em tudo quanto faz e pensa. E assim vocês aprenderão, de experiência própria, como os caminhos de Deus realmente satisfazem vocês. Apóstolo Paulo
Nosso Pai do céu, adoramos Seu santo nome. Pedimos que Seu reino venha logo. Que Sua vontade seja feita aqui na terra, tal como é feita no céu. Dê-nos hoje, outra vez, nosso alimento como sempre, e perdoe-nos os pecados, tal como temos perdoado aqueles que pecaram contra nós. Não nos ponha em tentação, mas livre-nos do Maligno. Amém!
CONTRADIÇÃO BÍBLICA
Somente por sua misericórdia imerecida é que nós fomos salvos. (...)
Devido à Sua bondade é que vocês foram salvos, mediante a confiança em Cristo e
até a própria fé em Jesus não vem de vocês mesmos; é uma dádiva de Deus também.
A salvação não é uma recompensa pelo bem que fizemos, portanto nenhum de nós
pode obter qualquer mérito por isto.
(Efésios, 2: 5, 8 e 9)
Ainda existe alguém entre vocês que sustenta que "apenas crer" é suficiente? Crer num único Deus?
Ora, lembrem-se que os demônios também crêem isso - com tanta convicção que até tremem de terror!
Ó homem insensato! Quando é que afinal você compreenderá que "crer" é inútil
sem fazer o que Deus quer que você faça? A fé que não resulta em boas obras, realmente não é fé.
(Tiago, 2: 19 e 20)
Será mesmo contradição da Bíblia, ou as mentalidades e talvez até
intenções que ensinam determinadas "verdades" são contraditórias?
Você sabia que...
... a palavra fé é originária do latim fides, cujo sentido etimológico é "lealdade", "fidelidade"?
E o contexto das ideias e da própria vida de Paulo e Tiago, além do contexto bíblico tendo no Evangelho e na vida de Jesus
a chave interpretativa, diz o mesmo? É o que analisamos em O Discípulo de Jesus no Espelho: Ser ou Apenas Crer? Eis a Questão...
De que maneira determinados setores protestantes transformaram o Evangelho em mera ideologia, tornando sua essência focada na crença em métodos doutrinários ao invés de baseado fundamentalmente na experiência vivencial, uma relação entre o ser humano e Deus de acordo com o que ensinou Jesus. Distorção que gera um agressivo caráter sectário, e abusos de poderes estatais religiosos
mais abaixo
Não reduzido à mera questão doutrinário-religiosa, mas com implicações
práticas na vida do indivíduo, e na relação igreja-sociedade secular
TRECHOS:
Crença x Fé: Um Abismo de Distância - (...) Dado que a fé advém da conscientização de algo (neste caso, do Evangelho), se ela não apresenta resultados condizentemente práticos, é inexistente. Essa é a mais simples e certa maneira de se fazer uma autoanálise, e de se saber o verdadeiro intuito de quem se aproxima em nome da fé. Exemplo bem prático disso: em determinado momento da vida, alguém deixou de discriminar pessoas, seja influenciado por fatores externos ou unicamente pela conscientização (algo possível, nada tão fácil muitas vezes, mas nada impossível ao contrário do incorreto vezo popular, "pau que nasce torto, morre torto"). Essa pessoa se esforçará ao máximo (ao mesmo tempo, isso será consequência, eis o círculo virtuoso da conscientização) para construir esse novo modelo de vida (a atitude é efeito e causa simultaneamente, indissociável da conscientização, uma levando à outra): a conscientização leva à prática, a prática leva a uma maior conscientização e a pessoa deverá ser muito diligente neste novo caminho, para se desfazer do velho. Outro exemplo que leva a essa mesma direção, é que quando se almeja que alguém mude a maneira de enxergar o mundo e/ou de agir, a recomendação mais indicada talvez seja, "tenha fé", cuja ideia implícita é que a fé gerará frutos em sua vida. Exatamente essa é a ideia de Jesus (pelos frutos os conhecereis; aquele que Me obedece, esse é o que Me ama), de Paulo (os frutos do Espírito Santo), de Tiago (crer é inútil sem fazer o que Deus quer que façam), de João (alguém poderá dizer: "Eu sou cristão", ou "Estou no caminho do céu, pertenço a Cristo". Mas se não fizer o que Cristo lhe manda, é um mentiroso. Qualquer um que diga que é cristão, deve viver como Cristo viveu) e de todos os apóstolos e profetas da Bíblia. Isso é o que distingue fé de crença. (...)
A maneira de se provar o resultado de uma multiplicação é transformá-lo em divisão, e vice-versa. Na vida, tudo é assim: inevitavelmente, mais cedo ou mais tarde se prova na prática tudo o que a envolve, e nada mais prático, vivo e eficaz que a Palavra de Deus. Pois um dos resultados inevitáveis da ideia de que simplesmente crer caracteriza um discípulo de Jesus, é o sectarismo (do substantivo "seita", que faz esses mesmos religiosos "se arrepiar"), em que acaba se tratando as mesmas posturas equivocadas de maneiras totalmente distintas, cheias de parcialidade dependendo da profissão de "fé" (na realidade, de crença) da pessoa em questão. Será que é isso que Deus quer, será "isso" Deus? Sua Palavra não diz isso de Si mesmo, muito pelo contrário em diversas passagens em seu amplo contexto, inclusive nesta: Deus não tem preferidos quando julga (Deuteronômio, 10: 27, Atos, 10: 34, Colossenses, 3: 25 e I Pedro, 1: 17). E mais uma dentre as tantas provas cabais de que essa tendência doutrinária confunde catastroficamente fé com crença, reside lamentavelmente nisto: um indivíduo pode dar todas as demonstrações práticas de fé, enquanto crê em Jesus como o único Salvador que morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia bem como em tudo o mais do Evangelho, se contudo não compactua com a via doutrinária dos pertencentes a tal setor religioso, por mais vazios que muitos destes possam ser e por mais cheio que o praticante da fé viva, este é incondicionalmente considerado um herege por aqueles - por suas vezes, incondicionalmente considerados puritanos por si mesmos, apenas porque creem em tal doutrina. Esse reducionismo simplesmente "mata" o Evangelho no coração de milhões de seres humanos, cuja essência vai muito além disso - essa morte explica o porquê do esfriamento crescente de muitos que professam a fé cristã, através de um "Evangelho" morto que se tornou um manual sistemático e antipático de "como conhecer a Deus".
Tal ensinamento, no conteúdo e na forma "metodológica" idêntico ao dos fariseus dos tempos de Jesus, é também fruto do erro histórico de ater-se a versos isolados, que isolados são desconexos do contexto e de sua ideia original enquanto desconsideram o que vem antes e depois deles, o contexto bíblico mais amplo e, além do mais, não possuem no Evangelho sua referência, cuja mensagem central é de arrependimento e mudança de vida (i. e., conversão) - são versos fechados em si mesmos ou em mais um punhado de "cacos bíblicos" cuidadosamente selecionados, igualmente isolados cujas maiores referências são as ideias e "parábolas" pastorais. Fruto do fato de que a Palavra de Deus foi substituída pela panaceia cerimonial em que prevalecem as palavras dos "tecnocratas da fé" sobrepondo-se, sutilmente, à Palavra de Deus pura e simples, de cuja simples realidade não há como fugir desde que lida em seu amplo contexto como um livro de reflexão segundo o propósito pelo qual ela foi criada, não como sistemático instrumento de defesa doutrinária da comunidade local, nem como livro para se fechar os olhos e ler a página que o acaso abriu, nem menos, absurdo ainda pior já mencionado, ater-se a trechos isolados, e muitas vezes ¹/2 verso ou até ¹/3 de verso, prática generalizada nessas mesmas comunidades que confundem fé com crença. Pois tal confusão não é mera casualidade: trata-se de mais uma prova que a vida dá daquilo que o ser humano produz, triste efeito que descaracteriza totalmente a mensagem essencial do Evangelho produzindo um tipo de "fé" que não vence pecado nenhum, contrariando as previsões do apóstolo João (fé que vence o mundo), e que não move sequer um grão de areia - quanto mais uma montanha, conforme previu Jesus. (...)
Esses doutores em Deus têm por prática generalizadamente peculiar correr uma Bíblia inteira baseados neste método dos cacos bíblicos, de trechos em trechos sem pouca ou nenhuma capacidade de tomar a Palavra de Deus em seu amplo contexto, o que se pode chamar de literalismo dentro do qual defendem suas versões, e muitos que discordam em diversas questões tendem a adotar a mesma prática reducionista, correr toda a Bíblia mas argumentando com trechos que se encaixam em suas ideias, debatendo dentro da mesma Bíblia sem nunca haver um consenso. Essa metodologia teológica pode ser comparada a uma hipotética retirada de trechos da(s) fala(s) de uma pessoa e encaixá-los, fora de contexto, de acordo com as ideias de alguém que usa ainda parábolas e frases de efeito de sua criação ou preferência: poder-se-á perfeitamente, a partir disso, formar um anjo ou um demônio através das mesmas palavras em relação à mesma pessoa, dependendo da disposição de cada um (o que, aliás, não é nada incomum em nossa sociedade). É o que se tem feito com o Evangelho ao longo do tempo - muito mais por interesses e conveniências (o que inclui orgulho religioso) pessoais ou coletivos, que por qualquer outra coisa -. Este caso da estrondosa confusão entre fé x crença é mais um exemplo da perversão dos ensinamentos de Jesus, por um motivo ou por outro. O evidentemente certo nessa história toda é que a Boa Notícia trazida por Jesus está muito distante de se resumir a uma crença.
A guerra é uma vergonha ilegal, e quem a pratica terá que prestar contas a Deus e à história
Papa João Paulo II
Vídeo-clip da música Sólo Le Pido a Dios
Deus mostra do céu sua ira contra todos os homens pecadores, maldosos, que repelem a verdade
Apóstolo Paulo - Carta aos Romanos
Apóstolo Paulo - Carta aos Romanos
Uma vez que as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser construíds as defesas da paz
Constituição da UNESCO, 1945
Constituição da UNESCO, 1945
As guerras visam à ampliação de poder econômico; do contrário, não seriam realizadas pois Deus deu ao ser humano
a capacidade de transformação da natureza através da razão, o que o diferencia das outras espécies
Edu Montesanti
a capacidade de transformação da natureza através da razão, o que o diferencia das outras espécies
Edu Montesanti
Os primeiros casos a serem ouvidos entre as pessoas no Dia do Juízo, serão os de derramamento de sangue
Maomé (Hadith)
Verdadeiramente seu sangue, sua propriedade e sua honra são invioláveis [de qualquer cidadão, islamita ou não, grifo nosso]
Maomé (Hadith)
Ó povo! Seu Deus é um e seu pai (Adão) é um. Um árabe não é melhor que um não-árabe e um não-árabe não é melhor que um árabe, e uma pessoa vermelha não é melhor que um negro e um negro não é melhor que uma pessoa vermelha, exceto em piedade
Maomé (Hadith)
Que o ódio para com um povo não vos induza à injustiça. Sede justos: isso é o mais próximo da piedade
Ó fiéis, não entreis em casa nenhuma além da vossa, a menos que peçais permissão e saudeis seus moradores
Verdadeiramente, o mais nobre entre vocês, para Deus, é o mais piedoso
E dê boas novas (ó Maomé) a todos aqueles que creem e fazem boas obras,
porque deles são os jardins (Paraíso) nos quais correm os rios...
Alcorão, 2: 25
porque deles são os jardins (Paraíso) nos quais correm os rios...
Alcorão, 2: 25
Os misericordiosos recebem misericórdia do Misericordioso.
Tenha misericórdia daqueles na terra, e Deus terá misericórdia de você
Maomé (Suna, # 4)
Tenha misericórdia daqueles na terra, e Deus terá misericórdia de você
Maomé (Suna, # 4)
Uma palavra amiga é caridade
Maomé (Suna, # 6)
Maomé (Suna, # 6)
Quem quer que acredite em Deus e no Último Dia (o Juízo), deve ser bom ao seu vizinho
Maomé (Suna, # 7)
Deus não os julga pela sua aparência e sua riqueza, mas Ele olha em seus corações e suas ações
Maomé (Suna, # 8)
Maomé (Suna, # 8)
O governo da República Islamita do Irã e todos os muçulmanos têm o dever de tratar os não-muçulmanos em conformidade
com as normas éticas, e os princípios de justiça islamita e da equidade, bem como respeitar seus direitos humanos
com as normas éticas, e os princípios de justiça islamita e da equidade, bem como respeitar seus direitos humanos
Constituição Iraniana (1979), artigo 14
Prefácio
Há catorze séculos, o Islã concedeu à humanidade um código ideal de direitos humanos. Esses direitos têm por objetivo conferir honra e dignidade à humanidade, eliminando a exploração, a opressão e a injustiça.
Os direitos humanos no Islã estão firmemente enraizados na crença de que somente Deus é o Legislador e Fonte de todos os direitos humanos. Em razão de sua origem divina, nenhum governante, governo, assembléia ou autoridade pode reduzir ou violar, sob nenhuma hipótese, os direitos humanos conferidos por Deus, assim como não podem ser cedidos.
Os direitos humanos no Islã são parte integrante de toda a ordem islamita, e se impõem sobre todos os governantes e órgãos da sociedade muçulmana com o objetivo de implementar, na letra e no espírito, dentro da estrutura daquela ordem.
Infelizmente, os direitos humanos estão sendo esmagados impunemente em muitos países do mundo, inclusive alguns muçulmanos. Tais violações são objeto de grande preocupação, despertando cada vez mais a consciência das pessoas em todo o mundo.
I – Direito à Vida
a. A vida humana é sagrada e inviolável e todo esforço deverá ser feito para protegê-la. Em especial, ninguém será exposto a danos ou à morte, a não ser sob a autoridade da Lei.
b. Assim como durante a vida, também depois da morte a santidade do corpo da pessoa será inviolável. É obrigação dos fiéis providenciar para que o corpo do morto seja tratado com a devida solenidade.
II – Direito à Liberdade
a. O homem nasce livre. Seu direito à liberdade não deve ser violado, exceto sob a autoridade da Lei, após o devido processo.
b. Todo indivíduo e todos os povos têm o direito inalienável à liberdade em todas as suas formas, física, cultural, econômica e política – e terá o direito de lutar por todos os meios disponíveis contra qualquer infringência a este direito ou a anulação dele; e todo indivíduo ou povo oprimido tem o direito legítimo de apoiar outros indivíduos e/ou povos nesta luta.
III – Direito à Igualdade e Proibição contra a Discriminação Ilícita
a. Todas as pessoas são iguais perante a Lei, e têm direito a oportunidades iguais e proteção da Lei.
(...)
IV – Direito à Justiça
a. Toda pessoa tem o direito de ser tratada de acordo com a Lei, e somente na conformidade dela.
(...)
c. É direito e obrigação de todos defender os direitos de qualquer pessoa, e da comunidade em geral.
d. É direito e obrigação de todo muçulmano recusar-se a obedecer a qualquer ordem que seja contrária à Lei, não importa de onde ela venha.
Leia também: O Perdão que Maomé Mostrou aos Não-Muçulmanos
Curiosidades históricas sobre o Islã:
1. A maior parte da população da península Ibérica permaneceu cristã durante os sete séculos em que esteve sob o domínio mouro. Cada etnia continuou falando sua língua, educando-se nas suas escolas e frequentando sua igreja. Falavam livremente cinco línguas e escreviam em três: árabe, latim e hebraico;
2. Domingo, dia cristão de descanso semanal, era o dia estabelecido pelos califas umayyás [ou omíadas] na Andaluzia para descanso dos funcionários públicos, em respeito à sua religião e a pedido deles;
3. Na península Ibérica sob o califado umayyás ou em Bagdá sob o califado dos abássidas, cristãos e judeus, da mesma forma que muçulmanos, eram admitidos nas escolas e nas universidades, alojados e mantidos às custas do Estado;
4. Seitas cristãs, como os nestorianos, monofisistas e monoteletas preferiam viver sob domínio muçulmano a sujeitar-se ao poder de Roma;
5. Na península Ibérica, sob o governo de Abd-al-Rahman Nasr, os grandes doutores das três religiões reuniam-se em seu palácio para estudar o livro de Dioscórides, São eles: o muçulmano Ibn al-Kattani, o judeu Hasdai ibn Shaprut e o cristão Rabi'ibn Zaid;
6. Na passagem do primeiro milênio, o califado de Córdoba era a fonte onde a Europa humanista ia matar sua sede. Estudantes da França e da Inglaterra acorriam para lá a fim de aprender Filosofia e Medicina com professores muçulmanos, cristãos e judeus.
(Trecho do artigo Cultura Islamita, Fonte da Cultura Ocidental, de Nivaldo Manzano na revista Caros Amigos. Edição especial Por Trás da Guerra, dezembro de 2001)
(...) Como conseguiram os árabes [islamitas dos primeiros anos após a morte Maomé] manter-se, uma vez assegurada a conquista. Em profundidade, o sucesso do Islame vem, sem dúvida, de ter conseguido dar amplamente resposta a certos desejos das populações. Para as do Império bizantino, herdeiro de um milênio de tradição colonial greco-romana, pode ter-se tratado de uma verdadeira libertação, nomeadamente nos campos, explorados pela aristocracia urbana, vivendo à margem dos sincretismos étnicos e culturais das cidades transformadas, aos olhos das massas, em outros tantos símbolos de uma presença estrangeira artificialmente implantada no país. (...) O Islame, que dará uma resposta simples às interrogações fundamentais sobre Deus e a Fé, não será sentido, longe disso, como uma religião estrangeira, mas exatamente como o herdeiro e o defensor de uma concepção oriental da divindade.
Para estas populações desprezadas, esmagadas por impostos tanto mais pesados quanto suas regiões acabavam de pagar os custos da guerra entre Bizâncio e Ctésiphon, os árabes não apareciam certamente como estrangeiros, nem como bárbaros. Conhecidos há muito tempo como caravaneiros, nos mercados e feiras, mas, mais ainda, como pastores instalados às margens dos desertos, onde se tinham pouco a pouco, muito antes do Islame e nomeadamente na Síria, infiltrado profundamente nos campos, estes árabes mantinham com as populações locais uma rede tradicional de relações. Estes contatos, que põem em relação, fora das cidades,não mais comerciantes e caravaneiros mas populações miseráveis, são sem dúvida passíveis das mesmas análises que J. Le Goff faz, em outro lugar, a propósito das afinidades que se revelaram entre bárbaros e populações do Império romano: no Oriente também os encontros foram favorecidos, de povo a povo, pelas tensões sociais entre as massas e a aristocracia, pelas aspirações igualitárias, por um certo sentimento, face à riqueza monopolizada, de parentela na miséria: tendências essas que encontrarão todas, na proclamação corânica da justiça comunitária, uma espécie de credo.
(O Islame e Sua Civilização, André Miquel, professor auxiliar da Escola Prática de Altos Estudos de Paris. Edições Cosmos, 1971, pág. 71)
Quando o céu se abrir / Quando os planetas se dispersarem
Quando os mares forem projetados para fora de seus limites / Quando os sepulcros forem revolvidos
Cada alma saberá o que juntou, para si ou contra si
Alcorão
Quando os mares forem projetados para fora de seus limites / Quando os sepulcros forem revolvidos
Cada alma saberá o que juntou, para si ou contra si
Alcorão

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