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Vídeo-clip: Secret Ambition, Michael W. Smith - Ambição Secreta (de Jesus)


Felizes aqueles que aspiram por ser justos e bons, porque terão a justiça com toda a certeza.
Felizes aqueles que procuram promover a paz - pois serão chamados Filhos de Deus.
Felizes aqueles que são perseguidos por ser justos, pois o Reino dos Céus é deles.
Quando vocês forem maltratados, perseguidos e caluniados por ser meus seguidores ótimo!,
Fiquem contentes com isso! Fiquem muito contentes! Porque uma grandiosa recompensa
Espera vocês lá em cima no céu. E lembrem-se: Os profetas antigos também foram perseguidos.

Jesus
Você sabia que...

... Lutero não saiu aos tapas com membros da igreja, nem antes Jesus com os fariseus,
mas que ambos tampouco promoveram paz com a instituição religiosa e seus mestres?


Há tempo certo para cada coisa
Eclesiastes, 3


Estudo sobre o Satanismo Infiltrado nas Igrejas Cristãs

(...) Estratégias Satânicas para a Destruição das Igrejas Cristãs

(...) 5) O Ensino e a mudança de doutrinas

(...) c. A doutrina do amor: "Não se deve julgar a ninguém". Os satanistas protegem a si mesmos com esta doutrina e os cristãos passivos não querem "ficar no calcanhar de ninguém". Assim, os servos de Satanás não são perturbados, nem suas vidas investigadas.


"A igreja está doente, ferida, contaminada. Mergulhamos em um evangelho místico, cheio de dogmas,
rituais, receitas que levam nada a lugar nenhum" (Daniel Mastral, ex-satanista convertido ao Evangelho)


Para a mudança deste quadro, não falta "estudo": falta mudança do estado de espírito! E os que
encontram maior dificuldade para isso são justamente os maiores "conhecedores", viciados em religião


Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça
Jesus



SELF-SERVICE DE RELIGIÕES
Você Escolhe: Teoria ou Paixão. Esta Escolha Lhe Valerá a Vida!


As ditas igrejas cristãs sofrem de muitos males, o maior deles é a hipocrisia escondida por trás
de se maximizar a teorização da vida de Jesus. E o de, na prática, julgar-se acima do bem e do mal 

30.12.2010

Nas últimas décadas no Brasil, tem crescido vertiginosamente o número de adeptos do Evangelho, tanto de católicos - através da Renovação Carismática - quanto, principalmente, de protestantes - sendo estes 25% da população total brasileira em 2010, cerca de 45 milhões de pessoas de acordo com dados do Datafolha. Contudo, enquanto o princípio categórico do Evangelho de Jesus é de poder transformador do caráter do indivíduo, o país piorou no quesito corrupção nos últimos anos, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Transparency International, além da realidade nua e crua do dia-a-dia, que dispensa medidores estatísticos. Por quê?

Você já percebeu que grande parte das ditas igrejas cristãs faz o máximo possível para teorizar Jesus, isto é, transformar literalmente cada passo Seu em algo absolutamente, puramente racional, doutrinário, metodológico com supervalorização do conhecimento intelectual e memorizações bíblicas, relegando virtudes espirituais e prática da fé? E que esta mesma Bíblia "serve" à maioria dos religiosos ora paras se defender e ora para acusar, ao invés destes que facilmente mudam de posição "servi-la"? Pois infelizmente é assim há séculos, faz parte da formação das igrejas, nasceram dessa maneira e tentaremos mostrar, com exemplos bem práticos, como se dá isso e, mais importante, os porquês e suas consequências.

Porque a palavra de Deus é viva e eficaz (Hebreus, 4:12)
 
Tomemos como exemplo a passagem em que Jesus deixou rigorosamente TUDO para socorrer uma menina doente, e quando chegou ela já estava morta, tendo sido milagrosamente ressuscitada por Ele (em casos assim, Jesus cobrava, quando necessário até de maneira enérgica, atitude de seus discípulos). A lição disso é dada por si só, sem necessidade de maiores filosofias para que qualquer analfabeto seja muito acrescentado em fé através dela, tirando todo o proveito espiritual possível (e o apóstolo Pedro era analfabeto, tendo sido instrumento do Espírito Santo para converter, de uma só vez, mais de 3 mil pessoas, algo sem precedentes).

Muitos religiosos (esses doutores em Deus das Bíblias anotadas, Bíblias corrigidas, Bíblias Thompson, Bíblias para damas, Bíblia do adolescente, Bíblia para atletas, Bíblia dos artistas, Bíblia Ave Maria e por aí vai) teorizam, racionalizam cada mínimo detalhe das atitudes de Jesus, passando anos e anos discutindo e tentando encontrar pêlo em ovo de pouco efeito prático, que acaba apenas dividindo e distraindo a atenção do fundamental, da verdadeira essência da vida de Jesus - isso quando leem o Evangelho propriamente, rara exceção: esse tipo de casa é caracterizada, inevitavelmente, por não fazer em suas explanações abordagens substanciais do leve e simples Evangelho, apenas curtas citações em situações mais formais de suas celebrações que acabam não sendo lembradas na exposição principal, nem no final delas por seus seguidores. Até mesmo a simples menção da palavra Evangelho é raramente feita nas prédicas de muitas dessas ditas igrejas cristãs.

Em atos milagrosos de Jesus como o citado mais acima, a intelectualidade da fé passa distante do sofrimento da menina e de sua família, de sua imensa felicidade posterior bem como da irradiante alegria do próprio Jesus com o resultado, mas pergunta-se, o objeto de estudo dos doutores em Deus - que cultuam a doutrina, a oratória ao invés de ter na vida o fim da Palavra de Deus - passa por coisas do tipo, “"Por que Jesus ressuscitou a menina, que quis mostrar, qual registro quis deixar?'”; "“Por que saiu exatamente de madrugada, não pela manhã?"” (Parábola: comparação da vida humana a um avião); "“Por que Jesus mostrou-se entristecido em público e não dentro de casa, o que quis deixar gravado no Livro?'” (Relato de trama de filme sucesso de bilheteria nos anos 70); "Por que, na advertência aos discípulos, Jesus fez uma pausa no meio dela, um silêncio, e depois prosseguiu?" (Parábola, "Prove e veja como Deus é bom", Salmo 34: diferença entre se provar um sorvete de chocolate e a bondade de Deus); "Há uma vírgula após o advérbio de tempo na frase, seguido do pronome demonstrativo 'esta' (menina) indicando proximidade do narrador quem, clarividentemente, usou o agente da passiva à menininha e aplicou o pronome oblíquo 'lhe' em vez do 'a' ao verbo 'entregar' em oportuna ênclise, o qual, por conseguinte, foi usado como verbo transitivo indireto, tudo isso clarividenciando que Jesus, quem havia aplicado pública e notória hipérbole ao substantivo 'morte' aos familiares e todos presentes, apenas quis mostrar à pobre e moribunda menininha no momento da cura milagrosa que o Velho Testamento era verídico, e que a menininha crêsse em II Reis 25:9, Zacarias 17:59, Números 31:25, Malaquias 2:13 (...)". 

E o “"suco'" que produzem de todo esse "nada", uma espécie de codificação das palavras de Jesus totalmente sem sentido de vida que retira de Suas palavras a própria vida que trazem em si, é um conjunto de teorias tão absurdo e ridículo que, além de não se aprofundar no contexto bíblico, leva Jesus a algo que, em sua essência, não foi jamais - um Jesus igualzinho a eles: frio e calculista, indiferente e sem vida, um ser pedante fechado em números, vírgulas, pronomes oblíquos, retos, relativos, metonímias, onomatopeias, advérbios de tempo, modo, trailers, parábolas, conjunto de doutrinas e muito sermão descontextualizado, com pouco ou nenhum efeito prático enquanto "o mundo sofre porque desconhece a Palavra de Deus" (Oséias, 4:6). Tudo isso se enquadra perfeitamente no que disse Jesus aos fariseus, mestres da religião à época que, segundo Ele, estavam atrás das prostitutas e dos ladrões no conceito de Deus: "São guias cegos guiando cegos, e todos cairão numa vala. (...) Guias cegos! Vocês coam um mosquito e engolem um camelo" (Mateus 15:14 e Mateus 23:24). Seres que quanto mais falam de sua religião, mais repulsa causam nas pessoas.

Alguém já presenciou a metodologia que marca este setor da sociedade, pular página à página bíblica, voltar página à página em discussão insolúvel, incapaz de tomar o contexto que apenas divide e espalha ódio? Tal prática e raciocínio que os envolve, obviamente se reflete nos mais diversos segmentos da vida, são famosos por isto: alcance intelectual que enxerga quadradinhos isolados da realidade é a essência da "fé" que se ensina hoje de maneira geral, matéria prima da dominação e da exploração por parte dos donos dos templos.

Simples e viva é a Palavra de Deus aos de coração sincero, como tudo que é de Deus é simples e belo, a exemplo de todos os seus profetas e apóstolos que levaram Sua mensagem de uma maneira poderosamente, sabiamente simples: "(...) Minha pregação parece pobre, pois não recheio meus sermões com palavras profundas e idéias de grande efeito, por medo de diluir o poder grandioso que há na mensagem simples da cruz de Cristo", disse o apóstolo Paulo, I Coríntios 1: 17.

Certamente, conhecer a Palavra de Deus é bem diferente da retórica vendida por tais mestres em Deus, fanáticos e mercadejantes da fé quem, ao contrário do que manda o mínimo bom-senso de se tomar o panorama, o contexto da Bíblia (para o que não há nenhum segredo) e de se adotar o Evangelho como chave hermenêutica, atêm-se geralmente a versos e até palavras isoladas em suas pregações longas, eloquentes e cansativas andando em círculo, enormes voltas sem levar a nada valioso que mereça tanta oratória as quais muito mais exibem pseudoconhecimento teológico que acrescentam algo realmente produtivo à vida dos pupilos, os quais deixam tais maçantes celebrações aliviados muito mais porque estas, enfim, terminaram e estão liberados do meio-sacrifício, do que por algum consolo ou alguma grande lição de vida e de virtudes espirituais, transformando a fé em um preto e branco estático, legalista, um conjunto de letras sem vida que leva instituição, figuras humanas, teologia e doutrina à frente da verdade e do amor (i.e., Evangelho).

Eles se esquecem na teoria e, claro, como consequência na prática também (passam-se anos e continuam com o mesmo caráter, nada muda na vida), de um pequeno detalhe que acaba fazendo toda a diferença: Jesus antes de mais nada amava, tinha sentimento e fazia TUDO apaixonadamente, TOTALMENTE livre de dogmas. Ele queria ver as pessoas curadas, amava o bem-estar delas! Fez tudo o que lhe foi permitido para isso, pois tinha, tanto quanto tem e sempre terá todo o poder para colocar em prática esse amor, em prol das pessoas. Simples assim!

Uma das marcas registradas dessas casas, especialmente dentre os ditos protestantes hoje em dia e causa dos diversos males abordados neste comentário, é que se pratica muito, nos mais diversos aspectos da vida, baseado em informação (simplesmente "a letra diz, porque diz"), e/ou hábitos e costumes sem conscientização. Prezam pelo convencimento baseado na persuasão e no muito falar. Exemplos de vida são, quando muto, meros acessórios.

Enquanto por um lado isso é causa de diversos efeitos nocivos formando os famosos gramaticóides e tecnocratas da fé, por outro essa evidência fortemente enraizada em tantas confrarias religiosas é o natural efeito da corrupção, do espírito dominador e explorador delas: à grande maioria de suas autodenominadas lideranças (as quais na realidade não lideram na acepção da palavra, mas ditam) é completamente desinteressante ensinar as pessoas a pensar, a questionar, a agir e viver baseadas na consciência pois isto significaria a libertação do cabresto que lhes é imposto por aqueles que chamam de líderes.

Disso surgem as mais gritantes contradições, não apenas no que diz respeito à teoria religiosa mas sobretudo, é claro, à prática agindo de maneiras que, muitas vezes, não enganam ninguém, nem a si mesmo. Ao invés de conscientização e aprofundamento nos aspectos mais práticos da vida, abarrotam-se de teorias religiosas também chamadas de doutrinas, através das quais se perdem e aí sim, com a consciência religiosamente tranquila (ao menos aparentemente...).

A conscientização é fundamental para qualquer ser humano, envolvendo todas as situações. Porém, quando se racionaliza muito determinada questão, a tendência é criar-se o efeito completamente reverso da conscientização tornando o indivíduo gelado, insensível em relação ao assunto, banalizando-o.

Neste caso particular da religiosidade predominante, tomar uma simples passagem e "desvendar" minúcias inexistentes, fazendo conexões com outras passagens bíblicas totalmente isoladas, é o que cria as maiores distorções e enfermidades religiosas fazendo ainda esses doutores em religião "debaterem vorazmente"... o amor! As maiores divisões da Igreja dita cristã hoje, dão-se por embates teológicos acerca do amor: grupos e subgrupos afastam-se de seus meios, alugam o primeiro boteco que encontram e montam uma nova igreja, efeito que parece interminável nas mais diversas sociedades.

Contudo, o que menos existe nesse embates é realmente amor - na prática, eles se esquecem do que discutem selvagemente pois a esquizofrenia religiosa os cegou, a teoria excessiva que se perde em doutrinas e mais doutrinas os fez perder a noção prática das coisas. Nos debates sobre amor, paz, justiça, o que vale mesmo é a vaidade teológica e os interesses próprios, tudo isso disfarçado em longos discursos e um "banho de conhecimento bíblico".

Através disso (para nem mencionar a ganância que leva as "igrejas" a se consagrarem como verdadeiros mercadões, e as maiores casas de espetáculo dos mais diversos países, como é o caso principalmente do Brasil), o Evangelho e sua simples vivência já se perderam em meio a insuportáveis hasteamentos de bandeiras doutrinárias: Religião 10 x 0 Vida.

O Evangelho, cuja simples mensagem de paz com Deus e tanto quanto possível com o ser humano implica atitudes e renúncias, além de igualdade incondicional entre seres humanos e dependência unicamente de Deus (Mateus, 23: 9), é revolucionário demais para esse tipo de religioso escravizado, fechado e retrógrado (leia Mateus 10 e Lucas 14), por isso não se usa Jesus, a Palavra encarnada, como natural referência das interpretações enquanto toda a Bíblia gira em torno Dele e do próprio Evangelho, mas o que impera nas prédicas, recheadas de parábolas criadas por esses mesmos pregadores, é a vida dos profetas do Antigo Testamento ligadas a uma ou mais passagens das cartas de Paulo - daí, extrai-se a religião dos sonhos. É exatamente através dessa sutil exclusão do Evangelho de Jesus que a história registra os maiores desvios das igrejas cristãs, levando inclusive a atos dos mais deploráveis recheados de sistematizações bíblicas.

Vale observar que Jesus costumava usar parábolas, simples comparações para fazer as pessoas pensar sobre princípios e valores espirituais, não para formar opinião e definir conceitos em massa como se costuma fazer hoje em explanações apresentando muito mais pontos de vista pessoais, tendo o Evangelho, quando muito, como acessório do que efetiva explicação da essência da Palavra de Deus em seu contexto mais amplo.

Exemplos evidentes da perversão da mensagem do Evangelho temos de sobra, e mais uma delas é que uma celebração hoje em dia baseada na simples leitura de cinco capítulos do Evangelho, mais alguns capítulos inteiros de cartas apostólicas para terminar a reunião com uma hora de louvor e oração a Deus seria algo impensável, inimaginável dada a importância que cada vez mais adquirem as prédicas e seus formalismos cultuados sem que muitas pessoas percebam a distorção envolvida nessa cerimônia toda na qual, sutilmente, prevalece o conteúdo do "sacerdote" com suas visões, opiniões, parábolas pessoais e trailers, sobre a simples e poderosa Palavra de Deus que fala por si só sem precisar de ajuda, menos da "esforçada", "pelejante" ajuda em que "sacerdotes" se "desdobram" intelectualmente para "apresentá-la" - sem necessitar de ajuda humana, desde que priorizada (o que não exclui comentários e compartilhamento de ideias se centradas fundamentalmente no Evangelho, o qual é apesentado com conteúdo cada vez mais raso no meio religioso em geral). Trata-se do "outro Evangelho" imperceptível, para nem entrar na questão dos "novos Evangelhos" bastante perceptíveis - um mar de livros doutrinários que substituem crescentemente a leitura da Palavra de Deus.

Conforme lemos no capítulo 13 de Mateus, Jesus foi perguntado pelos discípulos do porquê de usar parábolas: "Explicou-lhes que só a eles era permitido entender a respeito do Reino do Céus, aos outros não". Pessoas que tinham coração duro acabavam não entendendo o que Jesus queria dizer, mesmo dentre os mestres da sã doutrina religiosa, enquanto os humildes de espírito, isto é, os de coração ensinável entendiam facilmente tudo aquilo, mesmo os menos letrados. Contudo, tal princípio está distorcido hoje em dia, descobriram que usar parábolas é uma maneira fácil também de vender seus próprios conceitos, distantes da essência do Evangelho.

Ainda em relação à compreensão de parábolas, outra evidente realidade que podemos trazer aos dias de hoje é que questões simples que qualquer pessoa de coração aberto entende rapidamente, aplicando à vida prática sem maiores filosofias, sem necessidade de discussão nem de longos sermões, justamente os mais apegados á letra e suas sistematizações da fé são os que tendem a fazer complicações chegando apenas até certo ponto com sua racionalidade sem conseguir, contudo, conscientizar-se desses ensinos (i.e., entender no espírito): cumpre-se, assim, as previsões bíblicas de que a sabedoria espiritual não se alcança através da inteligência humana.

Quanto mais esses doutores estudam, menos entendem, menos bom senso possuem e mais confusão criam a partir do nada, substituindo a simplicidade do Evangelho baseada na sensatez advinda de um coração humilde, por sistematizações bíblicas que apenas reduzem a mentalidade das pessoas levando inevitavemente às egoístas e odiosas fragmentações: "Uns estão dizendo: 'Eu sou seguidor de Paulo'. Outros dizem que estão do lado de Apolo ou de Pedro; e outros ainda que só eles são os verdadeiros seguidores de Cristo. E assim vocês, de fato, partiram Cristo em muitos pedaços. Mas será que eu, Paulo, morri por seus pecados? Alguém de vocês foi batizado em meu nome?" (I Coríntios, 1: 12).

Outra naturalmente trágica consequência de toda essa excessiva teorização bíblica, é que a retratação (pedidos de perdão por equívocos) prevista no Evangelho como fundamental à vida do indivíduo, também acaba reduzida à poucas palavas - quando muito, ou geralmente a uma só palavra: "perdão", sem maiores gestos, sem a necessária conscientização, sem o reconhecimento e as tentativas de reparação naturais em um ser arrependido que busca, de todas as formas, refazer-se de seus equivocados atos e/ou palavras.

Contudo, o perdão evangélico, tanto o pedido quanto sua aceitação,são total e generalizadamente atos formais, meramente mecânicos e, se não bastasse, hoje em dia, com o advento da Internet e a consagração das "relações virtuais", tal formalismo muitas vezes se dá através de correios eletrônicos e de redes sociais.

E quem tenta viver na acepção da palavra, vivenciar os ensinos de Jesus de maneira alternativa a essa agressividade teórica e opressora, na contra-mão desse sistema cínico, encontrará muita resistência generalizada, provará invariavelmente o mal-estar das pessoas a começar por suas lideranças já que esse sistema faz parte da macabra arte da subjugar e acumular riquezas. Um sistema incompatível, que não pode aceitar pessoas que saiam da mediocridade que os marca: os donos dos templos sentem-se permanentemente ameaçados por cabeças que pensam, enquanto seus macacos de auditório sentem o natural incômodo com tais seres em seu meio por mais dotados de boa-vontade e da humildade bíblica que sejam estes. A exclusão é iminente, agressiva, a menos que estes se façam mais um medíocre.

O amor é muito paciente, nunca arrogante nem tampouco rude (I Coríntios, 13)

Para essas casas (totalmente intolerantes com o diferente, tendo-o como inimigo se alguma vírgula estiver fora de suas regras doutrinárias além de cada vez mais avacalharem, profanarem o Evangelho projetando, sobretudo no próximo, seu caráter escarnecedor e usurpador) tudo o que Jesus fez foi absolutamente racional, maquinado e poderia não ter sido feito se não fosse para que hoje possuíssemos esses “objetos de estudo e de pleno conhecimento intelectual”. Jesus fez tudo para que sirva de estudo, é a ideia desses auto-considerados letrados da fé, como argumentamos, tirando a razão principal, a natureza da vida de Jesus que é a prática, a paixão. Ele é um homem prático e apaixonado. Quando recebia impulso (do Espírito Santo) para largar a tudo e a todos e socorrer uma menininha enferma, pobre, nos lugares mais remotos de Sua terra, fazia isso movido, antes de tudo, por paixão.

Paixão que Ele não perdeu, nem Sua prática advinda dela, nem nós podemos perdê-la em nenhum segmento da vida. A partir do momento em que perdermos a paixão (equilibrada com razão, é evidente), perderemos tudo seja para observar uma flor, para alimentarmo-nos, projetar nossa vida, paixão para sonhar, lutar por ideais, para entristecermo-nos (como Jesus entristeceu-se profundamente quando chegou e viu o estado terminal da menininha), paixão para relacionarmo-nos com Deus.

O contrário disso, um racionalismo excessivo baseado em questionamentos vãos, tradições, métodos e sistematizações bíblicas nada mais é que a maneira religiosa de escravizar pessoas, de fragmentar cristãos, de gerar incredulidade, de petrificar pessoas em relação ao sentimento e ao arrependimento, e de estragar a fé de muitos conforme tem ocorrido ao longo de toda a história, inclusive dentro do próprio protestantismo primitivo que acabou estabelecendo "listas de dogmas". A partir disso, os protestantes primitivos, sob aprouve das lideranças, trataram de lançar à fogueira os que julgavam "hereges", praticando o mesmo que tanto haviam condenado em relação aos católicos, e que lhes valeu justamente o título de protestantes.

Vale também apontar que, no campo social mais amplo, Lutero apoiou os príncipes alemães contra os trabalhadores do campo que, vivendo em completa miséria e sob profunda exploração, clamavam por melhorias das condições de "vida" (guarde esta palavra) - em nada obediente aos apelos de Jesus em favor dos pobres e injustiçados, mas oportunisticamente favorável aos mais poderosos da época. Alguma semelhança da maioria das ditas igrejas cristãs de hoje com seu grande mestre fundador?

Foram ainda calvinistas (correspondentes aos presbiterianos de hoje) ingleses os que financiaram a colonização da América do Norte em meados do século XVI, sob o manto de povo eleito, predestinado a se apropriar daquele território após exterminar quase por completo seus milhões de habitantes "retrógrados", através de ataques com requintes de extrema crueldade que torturavam e assassinavam em massa, enquanto se apoderavam das diversas riquezas naturais de uma terra muito mais rica que a britânica.

A América hispânica e lusófona, por sua vez, foi invadida e seus habitantes também levados quase à extinção: de 90 milhões no início do século XVI, em apenas um século e meio os povos nativos "selvagens" foram reduzidos a três milhões e meio (!), pelos donos do poder "civilizado" sob aos bênçãos do Vaticano bem como da Igreja católica na Espanha e em Portugal que o representavam, em nome da expansão dos impérios que, ao seu bel-prazer, aniquilaram vidas e jogaram por terra, para sempre, inúmeras culturas milenares além de terem deixado um continente que é hoje, desde a "independência" de cada uma das respectivas nações, o mais desigual do planeta muito embora seja o mais rico em biodiversidade, por outro lado uma terra profundamente desgastada por seu uso excessivo - o que afeta profundamente o clima - e sociedades oprimidas ainda hoje sob as feridas ainda não cicatrizadas do genocídio que durou séculos (leia mais sobre isso em O Choro da América, aqui no Blog).

Enfim, a fundação de uma nova religião, no caso dos protestantes, enquanto a manutenção e expansão de outra, a católica, valiam a vida, passavam por cima dela indiscriminadamente. Trata-se de mais uma evidência do sectarismo religioso, a teoria, a filosofia religiosa que ao longo dos séculos até os tempos atuais enferma, aprisiona, explora, mata corpos e/ou almas.

O conhecimento que a Bíblia se refere é espiritual, através de experiências práticas com Deus que geram sabedoria igualmente espiritual - a baseada no racionalismo e sabedoria humana ao invés do efetivo conhecimento da pessoa de Deus e Suas virtudes para entendê-lo, acabam ofuscando tal entendimento além de causar muita confusão: "Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Deus, em sua sabedoria, providenciou para que o mundo nunca O encontrasse através da inteligência humana" (I Coríntios, 1). Há um só dogma: Deus é amor, ama toda a humanidade e toda a Sua criação sem nenhuma distinção, e enviou Jesus para demonstrar esse amor que religa o ser humano a Ele. O resto, é esquizofrenia dogmática de teólogos e seus seguidores, ou ganância por vender livro doutrinário.

Jesus andava com os chamados "pecadores" e não com os fariseus, mestres da religião bíblica à época: os primeiros reconheciam sua condição e, com coração aberto, permitiam diálogos práticos, vivenciais com Jesus que acabavam transformando a vida deles em sua essência, enquanto com os fariseus isso tudo era impossível, desde o diálogo mais simples acabava sendo levado a embates teológicos. "Certamente, os perversos e as prostitutas arrependidos entrarão no Reino antes de vocês", disse Jesus aos fariseus.

O Evangelho e sua difusão vêm da relação, não da mera oratória nem de algo puramente mecanizado, intelectualizado conforme tem preponderado no meio religioso, e Jesus pregava sobretudo através de relacionamentos apaixonados com as mais diversas pessoas - Sua vida era uma pregação viva como ordenou que fosse a nossa, o que não depende de estudos da religião nem de neurolinguística mas advém da relação com a vida -, convívio de Jesus que vinha da alma e gerava profunda indignação nos fariseus (leia Mateus 9). Ao contrário de teólogos e de grandes debatedores doutrinários em geral, Jesus resolvia as mais controversas questões com um gesto, com um olhar, com um abraço, com um estender de mão.

Tendo em vista esse caráter sectário dos fariseus, Jesus disse:

Que direi Eu a respeito desta nação? Esta gente é como crianças que estão tocando, e dizem aos seus amiguinhos: 'Nós tocamos música de casamento, e vocês não se alegraram; então, tocamos música de enterro, e vocês não ficaram tristes'. Porque João Batista não bebe nem vinho e muitas vezes fica sem comer, então vocês dizem: 'Está louco'. E Eu, o Messias, tomo parte em festas e bebo, vocês se queixam e dizem que sou 'um comilão e bebedor, um homem que vive andando por aí com a pior espécie de pecadores! Mas homens brilhantes como vocês podem justificar todas as suas contradições! Ai de ti, Corazim, e ai de ti, Betsaida! Porque se os milagres que Eu fiz nas tuas ruas tivessem sido feitos em Tiro e Sidom, há muito tempo aqueles povos teriam se arrependido com vergonha e humildade. Verdadeiramente, Tiro e Sidom estarão em melhor situação no Dia do Juízo do que Corazim e Betsaida! E tu, Cafarnaum, embora altamente honrada, descerás ao inferno! Porque se os admiráveis milagres que operei aí tivessem sido feitos em Sodoma, a cidade ainda existiria hoje. A situação de Sodoma será melhor do que a sua, no Dia do Juízo". E Jesus fez esta oração: "Ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, Te agradeço porque escondeste a verdade daqueles que se julgam tão sábios, e a revelaste às crianças! (Mateus, 11: 17 a 25).

Alguma semelhança com os religiosos e usurpadores do "poder religioso" ao invés de liderar dos dias de hoje?

Psicopatas agem e reagem friamente em relação aos seus erros, sem nenhum sentimento de culpa (*nota ao final deste artigo). Invariavelmente manipuladores, têm ativada com muito maior intensidade a parte racional do cérebro, em detrimento das emoções (relacionadas às paixões, ao sentimento, ao arrependimento), o que os torna indiferentes e insensíveis. Estudos apontam que o número de psicopatas cresce vertiginosamente na sociedade brasileira, ao mesmo tempo que vemos religiosos apresentando, dentro desta realidade, claros traços psicopatas: frios, arquitetos de famosas manipulações no meio e exageradamente racionais, são também famosos por matar fantasmas a facada combatendo raivosamente diferenças doutrinárias, reagindo de maneira meio que esquizofrênica em relação à cada vírgula fora do lugar dentro do que acreditam teoricamente correto. "Não é pela força, nem com poder que vocês vencerão. Será pelo meu Espírito" (Zacarias, 4: 6).

Mudando assustadoramente o tom e o semblante, deixando totalmente de lado a tolerância intrínseca no amor de Deus, psicopatas religiosos vivem em beligerância doutrinária simplesmente descartando, escurraçando friamente indivíduos do seu meio por diferenças teóricas mínimas, enquanto adulam péssimos caráteres que partilham seus métodos religiosos e seus interesses. Quem nunca presenciou algo assim? Pois é o preponderante, situações constrangedoras bastante conhecidas que transcendem o meio cristão, afastando inclusive pessoas de outras religiões do Evangelho.

"Os psicopatas interpretam a falta de normas do mundo atual como licença para violentar os direitos dos outros, e não como espaço para a cidadania" (leia matéria). No campo religioso, essa sensação acima do bem e do mal encontra subterfúgio em doutrinas que colocam seus adeptos, autoconsiderados representantes de Deus ao invés de seguidores de Jesus, supostamente livres do julgamento de Deus, desta maneira em condição privilegiada em relação a outros seres humanos: a distorcida ideia de que pertencem a um distinto grupo, retira desses religiosos a equilibradamente saudável e fundamental consciência dos erros que leva ao arrependimento, à retratação e à regeneração, e consequentemente ao consolo e ao equilíbrio existencial.

Certamente, a ausência dessa consciência (outro extremo da culpa como permanente autoacusação e opressão), que dessensibiliza criando um inevitável círculo vicioso somada às famosas e ferozes obstinações doutrinárias e a um sistema que reprime as pessoas de diversas maneiras, é em grande parte responsável pela evidente sociopatia ou psicopatia no meio religioso, visto que ninguém nasce psicopata mas desenvolve a doença principalmente através das características acima mencionadas.

Exemplo recente, entre tantos e bastante famoso, é o da fria justificativa dos bombardeios ocidentais no Oriente Médio árabe-islamita, que aliás são também históricos. Para esse tipo de religioso, demais crimes, mortes e tanta injustiça no mundo são encarados e tratados de maneira totalmente diferente, dependendo da profissão doutrinária da vítima (leia O Discípulo de Jesus no Espelho, e Carta Aberta à Igreja Calvary, mais abaixo).

Aqui no Blog, na Segunda Página publicamos a matéria Psicopatas S.A. da revista Superinteressante, na qual estudos indicam que o número de psicopatas nas empresas é quatro veses maior que na sociedade em geral. Se se fizesse um estudo neste sentido nas igrejas, certamente o resultado apontaria a um número bastante elevado de psicopatas religiosos, enquanto qualquer pessoa minimamente observadora percebe a psicopatia religiosa como um verdadeiro fenômeno. O mais preocupante: eles não estão abertos à ajuda, mas apenas aprofundam o quadro dentro do sistema, dos interesses pessoais e institucionais, e do fanastismo decorrente disso tudo.

A revista Cadernos de Saúde Pública, por sua vez, publicou em abril de 2008 estudo intitulado Religião e Transtornos Mentais em Pacientes Internados em Hospital Geral Universitário, realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Constatou-se que, enquanto indivíduos evangélicos possuem muito menor propensão a envolvimento com álcool e drogas, o que diminui a tendência a determinados problemas psíquicos, a pesquisa concluiu que "pessoas muito religiosas em relação às que são regularmente (ou moderadamente) religiosas tiveram cerca de três vezes mais chance de ter o diagnóstico de transtorno bipolar", e membro de "igrejas evangélicas associou-se a uma freqüência maior de sintomas depressivos". Por pessoas muito religiosas, segundo a análise, entenda-se muito envolvidas com doutrinas e atividades da igreja. Dos pacientes internados, 85,9% eram das ditas igrejas cristãs (63,2% católicos e 22,7% protestantes).

Tais números contêm verdades muito relativas, mas são importantes e reforçam nossas impressões testemunhais. Como tais estudos não especificam quantos internados com problemas psíquicos adquiriram tais problemas após o ingresso às igrejas e quantos já chegaram a elas com tais distúrbios, a realidade inconteste é que, em última análise, tais números colocam mais um ponto de interrogação na instituições religiosas no que diz respeito à recuperação social, o quanto apresentam respostas efetivas às complexidades humanas, e o quanto à salubridade de seus ambientes.

De modo generalizado, a instituição Igreja tem sido origem, muito provavelmente a maior entre a sociedade, de enorme diversidade de disfunções psicológicas a partir de seu sistema aprisionante, interesseiro, intolerante que oprime e reprime baseado em teorias reducionistas, agressivas e, em grande parte, mortas.

Exemplifica muito bem isso tudo, e de maneira bem resumida, um enorme cartaz que por anos ficou pendurado na parede da sala de oração da Igreja Calvary International de São Paulo (leia Carta Aberta à Calvary mais abaixo): "Você está disposto a ensinar as nações?". Antes de mais nada, tais palavras deixam implícita a ideia de que os "irmãos na fé" estão em um nível diferenciado, superior dos demais seres humanos olhando de cima para baixo enquanto exclusivos representantes de Deus, ao invés de pessoas que possuem experiências e valores a serem compartilhados.

Quanto a estes valores, tal pergunta instigante (instiga os fieis a cumprirem a missão determinada, e instiga quem está de fora pelo caráter teórico do "desafio" que envolve a vida, limitando-a a experiências literárias) os elimina já que "ensinar" diz respeito a convencer intelectualmente as nações sobre determinada doutrina - a Igreja Calvary é batista com tendência ultraconservadora, e ao lado dos presbiterianos acredita e defende irritadamente a ideia de que o cristão é caracterizado unicamente pelo que acredita através de exercícios teóricos, e não pela maneira como vive advinda do cotidiano, do exercício da fé.

O Evangelho acaba, assim, resumido a aulas teóricas a serem ensinadas por pessoas que possuem todas as respostas, e não estão interessadas com as perguntas (parafraseando Amos Oz, escritor israelense) relegando a prática, a essência do Evangelho, se muito, a um passado remoto (estudam até mesmo as práticas do Evangelho como atitudes absolutamente racionais, previamente ponderadas e selecionadas por Jesus, a fim de servir exatamente como objetos de estudo e convencimento intelectual das doutrinas que defendem).

O Evangelho acaba, assim, resumido a um chato e exageradamente racional manual de teorias sobre Deus, a teorias comportamentais e, desta maneira, a um célebre formador de indivíduos pedantes que devem ser em tudo ouvidos, nem sempre observados... (O contra-argumento a isso são, é claro, as palavras de Jesus, "Vão ao mundo inteiro e preguem a Boa Nova a todo mundo, em toda parte", mas essa pregação, saindo do verso isolado rumo ao contexto evangélico (textos e atos), implica uma série de outros fatores que antecedem a pregação oral, tal como, sobretudo e impreterivelmente, a vivencial, interiormente experimental).

O reino de Deus não é só falar; é viver pelo poder de Deus (I Coríntios, 4:20)

Não sem motivo vemos essas pocilgas vendendo (em celebrações e em infindáveis cursinhos bíblicos pagos com devida matrícula, além do próprio sistema de arrecadação de dinheiro descomedida, sem nenhuma prestação de conta e sem o fim bíblico, que é de ajuda mútua) metodologia de fé: elas precisam optar pela teorização de tudo que for possível, e isso é efeito, não causa. A realidade é que tal subterfúgio implícito serve para, sobretudo, usar-se o explícito: escusas, colocando panos quentes no que fazem, justificando o que de mais podre existe no meio delas.

Mesmo quando se metem em tocar em temas mais práticos, é tudo complicado, de difícil solução, algo recheado de fraseologia, de fala religiosa decorada e persuasiva, até de um poeticismo vazio sempre intervalado por "cacos bíblicos" enfim, meio que inacessível a pessoas comuns, como Jesus e os que O aceitavam eram comuns e simples.

Até defesa e prática de virtudes acabam sendo, muitas vezes, cheias de legalismo, performismo e jactância religiosa, um sistema que reprime as pessoas ao invés de fazê-las livres. Majoritariamente, há espaço nessas casas aos medíocres intelectualmente, seres incapazes de transformar cultura em capacidade intelectual.

Em muitos casos, não há a menor disposição para se mudar tal estado de espírito, pois isso implicaria na perda de privilégios e status (no sistema mundial, os privilégios estão cada vez mais reservados aos medíocres, e nessas casas não é diferente, pelo contrário: em grande parte, é mais acentuado o espaço que encontra a mediocridade nelas que na própria sociedade secular, do contrário elas não poderiam se sustentar).

Precisam transformar tudo em fraseologia e "questão doutrinária" distanciando-se da prática, mesmo que inconscientemente teorizam tudo que possível porque isso já faz parte da natureza religiosa incoerente, intolerante e de baixo valor intelectual e moral delas, está intrínseco nas intenções e no próprio sistema, na estrutura dessas casas: já que se escondem atrás da religião e suas doutrinas, se o sistema for muito prático tal subterfúgio não será possível, fazendo-se necessário, portanto, que seja tudo o mais teórico que puder. Tal círculo vicioso explica por que, nessas casas, um gramaticóide da fé tem muito mais valor que um praticante da fé.

Outra importante causa nada bíblica de todo esse efeito teórico, reducionista e vazio é que os elaboradores de doutrinas, em sua grande maioria, "vivem da obra" no jargão deles mesmos, isto é, não vivem a vida cotidiana - não trabalham, não vivem a solidariedade, não são explorados, não pedem demissão nem são demitidos, não atravessam as ruas com as pessoas, não estudam (quando muito, fazem alguns rápidos cursos doutrinários com tudo pago, inclusive avião e hotel) enfim, não sabem o que é ser humano, ser cidadão e se sabiam, hoje já perderem esse senso, a noção prática das coisas.

Vivem da religião, não para o Evangelho, ao contrário dos profetas e apóstolos de Jesus - pior: sob aprouve de seus súditos... Portanto, são pessoas de baixo nível intelectual cuja vida ociosa se limita a coisas pouco produtivas, de quem não se pode esperar grandes engenharias intelectuais, nem morais.

E a tais fanáticos e intolerantes por excelência, sectários cuja causa que defendem, em sua essência, não é o Evangelho nem o ser humano em si, mas acima de tudo obsessão doutrinária e institucional (em sua quase totalidade recheada de meios escusos), qualquer suspeita de se esboçar partida desse sistema de teorias e comodismo a algo mais prático, mesmo em mero diálogo gera irritação acentuada e generalizada - um calor pelas vírgulas da doutrina que nem necessidades urgentes do próximo acabam causando enfim, a marca registrada dessas casas, gente gelada: o ser humano feito para a letra morta, não a Escritura para o homem, deste modo tornando a vida mero acessório da esquizofrenia doutrinária.

"Ninguém está mais desesperadamente escravizado, que aquele que falsamente acredita ser livre" Goethe

Logo, grande parte das atitudes no dia-a-dia e na própria igreja é baseada em amor utilitário - oportunista e/ou fanatizado, portanto instável e de pouca duração -, em métodos, tradições, algo puramente racional e mecânico muitas vezes sem o devido sentimento (algo conhecido como performismo), preocupados muito mais com reputação (i.e., com o olhar das pessoas) que com o que realmente são na essência enfim, uma sutil escravização religiosa que deságua nas afamadas "duas caras", bastante conhecidas na praça - faz-se e diz-se uma coisa, sentindo, intencionando e vivendo outra formando pessoas dementes, membros de um teatro muitas vezes cheio de folhagem, mas sem frutos em seu interior.

Performáticos, agem cada vez mais distantes do amor e da paixão, cada vez mais engessados de acordo com métodos religiosos e comportamento de outros. Alimentando-se de toda essa hipocrisia, acabam produzindo dentro de si mesmos enfermidades mentais conhecidas como psicossomáticas que mais cedo ou mais tarde se refletem no físico do indivíduo, as quais jamais podem ser resolvidas com oração nem através de "amarração do capeta" se não houver conscientização e disposição esforçada rumo á mudança, enquanto tais doenças são consequência justamente de se ir contra Deus, subproduto da enfermidade religiosa escolhida por essas próprias pessoas.

Muitos duvidando irredutivelmente que algo pode acontecer mesmo que seja bom ao ser humano e esteja registrado na própria Bíblia, se não estiver previsto em suas teorias e tradições deste modo aniquilando a fé genuína, até o falar-se de Deus e com Deus acaba, nesse sistema de escravidão, possuindo metodologias. Produzem também, a partir dessas cartilhas de fé, torrentes e mais torrentes de livros doutrinários que vendem demais, e melhoram de menos o caráter deles, é evidente - se nem a Bíblia resolve, livro gospel menos ainda...

E grande parte dos sermões e conversas de rodinhas acabam sendo os maçantes "assuntos da religião" (insuportabilidade que é outro perfeito retrato desse tipo de "fiel" medíocre): defesas de doutrinas, usos e costumes em relação a outras casas (celebrações mais animadas com palmas e saltos de alegria ou mais moderadas, vestimentas, bandas com que instrumentos e estilos musicais, mãos erguidas ou abaixadas na igreja na hora de cantar, e por aí vai a lista do ridículo), fechados em seu mundinho (nada amoroso, mas uma rede de intrigas e richas). A grande maioria, desta maneira, acaba distarindo-se ou até nem sabendo qual é a essência do Evangelho, que passa desapercebido em um ambiente condicionado a ideias pré-concebidas, vaidades, disputas, falsidade e muita agressividade.

Casas onde as pessoas não vivem a liberdade de Jesus, mas escravas da religião com opressões causadas por doutrinas, reprimidas, cheias de medos e fobias, tudo isso em antítese repulsiva à bondade (graça) de Deus, caminho oposto ao do Evangelho. Em relação a essa antítese repulsiva, Caio Fábio muito bem observa:

Porque a graça chega te desinstalando de toda realidade vivida até o dia em que é inundado por ela. A graça te coloca numa certeza incerta de crer sem ver, de acreditar sem tocar, de viver sem saber, de ser de Deus pra além de toda a realidade perceptível, tangível, de seguranças e outras realidades que são imprescindíveis para o bem viver do ser, de modo que o justo vive pela fé, e a vive na fé no Filho de Deus, a saber Jesus Cristo o Senhor. E para os líderes religiosos, tal realidade-vivência-e-fé é horrível"
(O Medo como Neurose e Fobia Religiosa Espiritual).

Casas que ainda (é claro, isso não pode faltar, é a alma do negócio) acumulam riquezas em um mundo onde, a cada seis pessoas, uma morre de fome e a cada cinco segundos morre uma criança faminta (para não ir mais além nos problemas mundias, aos quais elas se calam), gerando até ateus e revoltados com Deus no meio delas (algo bastante comum), principalmente quando se saem com argumentos assim, para justificar erros depois que esses tornam-se inegáveis, quando não há mais saída: “"Precisamos estudar a Bíblia juntos, se fôssemos todos perfeitos não precisaríamos estudar a Bíblia juntos", "O homem é falho mesmo, quem nunca errou?", "A liderança do Senhor foi estabelecida por Deus para ser obedecida, não questionada! (...)”. A mesma "liderança do Senhor" colocada por Caio Fábio, para a qual é horrível uma fé que saia muito do mero convencimento intelectual, gerando liberdade ao ser humano que, por sua vez, deságua inevitavelmente em senso analítico e independência.

Entre vários que existem, esses são alguns dos argumentos-chefe, o clássico quando vem à tona o que realmente existe na essência mal cheirosa dessas casas (bem diferente da essência de Jesus, e a palavra "cristão", isso não se escuta ensinar nessas casas gospel, significa "parecido com Cristo").

E, é claro, "o homem é falho mesmo, por isso precisamos estudar a Bíblia juntos", como se o problema dessas figuras fosse falta de conhecimento bíblico e não de caráter. Isso, enquanto vendem bandas, livros, CDs etc, mal-produzidos, tralha de péssimo gosto alegremente comprada por seus milhares de súditos - e tralha comprada a preço de mercado! No caso das músicas, além de cafonas na maioria ainda fogem do espírito do louvor a Deus, algo absolutamente particular, íntimo, enquanto um bando de bobos alegres "artistas do Senhor" sobre os palcos fazem caras e gestos de adoração a Deus devidamente ensaiados, expondo-se ao extremo ridículo.

Onde houver inveja ou ambições egoístas, haverá desordem e todas as outras espécies de mal (Tiago, 3:13)
 
Os escolásticos da fé que velam raivosamente por cada vírgula de seus argumentos doutrinários, sabem até quantas vezes a Bíblia menciona a palavra "predestinação", por exemplo, mas desconhecem princípios mais básicos de amor, tolerância e companheirismo, honestidade e bondade, é o que deixam claro com atitudes e argumentos pífios desvinculando totalmente teoria de prática, e tudo isso acaba refletindo-se, claro, em outros segmentos da vida, não se resumindo ao que diz respeito apenas à religião.

Detalhe providencial aos desavisados que nunca provaram do veneno dessa gente: aos que não fazem parte do seleto grupo dos mais-mais da fé, isto é, dos ensinadores de uma suposta sã doutrina, inquestionáveis e pavoneados líderes do Senhor que "vivem da obra" (o salário deles vem do salário do povo, entendeu?), não cabe a justificativa do "precisamos estudar a Bíblia juntos", "o homem é falho mesmo", e por aí vai... Se usar justificativa desse tipo, um simples mortal frequentador desses locais será incondicionalmente advertido pelas Comissões de Ética do Senhor, antes mesmo da advertência pelo erro cometido anteriormente.

Enquanto minorias cristãs em geral, tais como os pertencentes à Congregação Cristã, os adventistas, mormons e testemunhas de Jeová (os quais por um lado bem mais discretos e ordenados que qualquer ramificação evangélica, por outro exageradamente sectários e nenhuma beleza sob o ponto de vista de focar-se em vidas humanas como manda a Bíblia, ao invés de templos e números de adeptos), raramente estão envolvidas em casos de escândalo - financeiros, sexuais, de ofensa religiosa contra as diferenças, etc -, os católicos e principalmente os ditos evangélicos, que dão seu tradicional festival da vergonha anual em todas as partes do mundo, inflamando os ânimos da humanidade, são os primeiros a atirar as infinitas pedras estocadas de sobra em seus templos contra essas minorias, as quais nem cristãs são consideradas pelos "paladinos da verdade" que se autoproclamam (muitas vezes raivosamente) portadores de todas as respostas para as questões espirituais possíveis de serem dadas nesta vida.

Outro "pequeno detalhe": nessas minorias (que tampouco consideram cristãos os de fora, desta maneira anulando totalmente a bondade (graça) de Deus que é livre, é espírito, ultrapassa fronteiras e dogmas soprando onde quer, em todo e qualquer coração desejoso, sincero e fiel (fé) já que o coração humano é o único e grande templo de Deus, conforme a Bíblia diz), os líderes não são "profissionais" da fé, mas cada um tem seu trabalho e lidera a comunidade com transparência, tranquilidade e muita dedicação, ao contrário das Igrejas católica e evangélica, onde ser padre e principalmente pastor é uma profissão (neste segundo caso, os "missionários do Reino de Deus" ficam ricos em muito pouco tempo, passando suas "férias do Reino" na Europa e feriados na casa de campo em Miami, em um mundo de miseráveis).

Será mera coincidência que justamente essas duas instituições estejam cada vez mais confusas, e onde o nome de Deus esteja mais banalizado cada vez mais caindo em descrédito perante a sociedade, ou tal fato responde os porquês deste parágrafo e do próprio artigo como um todo?. A realidade cada vez mais evidente é que em NENHUM outro meio religioso a Palavra de Deus está tão banalizada quanto nas Igrejas católica e, principalmente nos últimos anos, na dita evangélica, de modo tão generalizado.

As igrejas ditas protestantes o são apenas quando se trata de combater, geralmente de maneira nervosa, diferenças especialmente as doutrinárias, que pouco implicam na vida mais prática ou mesmo questões morais envolvendo os de fora; contudo, quando o assunto são suas próprias contradições teóricas e, principalmente, sua baixíssima estatura moral e intelectual, soa a corneta dando início ao patético festival do subterfúgio bíblico. Por esse tipo de postura, cada vez mais pessoas de bem estão cansadas, decepcionadas e se afastando em enorme quantidade do meio deles, muitas delas revoltadas até com Deus.

Se questionado por tudo isso, um desses porta-vozes de Deus certamente dirá, cheio de agressividade peculiar e com o devido sarcasmo, parte integrante do contexto: "Salvação não vem de obras!", ou "estamos no final dos tempos, por isso a Igreja verdadeira [a deles] está em crise", isso se não estiver de mau humor.

Todavia, estando em seu estado mais normal (a famosa intolerância crônica às diferenças teóricas), a resposta para tanta prática que causa admiração negativa nas melhores lojas maçônicas mundo afora, passará pela sentença de que quem argumenta esse tipo de coisa "vai assar no fogo do inferno" - no caso particular dos chamados evangélicos, são famosíssimos por adorar tirar uma onda moralista com a cara das pessoas, sem nenhum constrangimento, e isso, em muitos casos, também faz parte do jogo segregacionista e dominador que impera no meio, enquanto em alguns outros é resultado da estatura intelectual e principalmente moral dessas pessoas, cujo ambiente as inculca a se comportar assim.

E para os equívocos de um mero pagador de dízimos e ofertas, o grau de repreensão (inevitável) virá de acordo com, 1.) Grau de amizade em relação aos donos dos templos enfim, conforme cada um se adequa às análises sintáticas dos Picaretas da Fé, e 2.) Seu nível patrimonial: o membro é avaliado e tratado segundo seu poder aquisitivo - claro, o "negócio" nessas casas, nenhuma novidade a ninguém por ser descarado em demasia, nunca foi nada espiritual; paira no ar, passeia livre nesse meio tal atmosfera, observa-se claramente nas atitudes e nos olhos as cifras incrustadas na alma dessa gente, minotauros da religião cristã (na mitologia grega, criatura que possuía corpo de ser humano e cabeça de uma besta).

Isso tudo também explica de onde geralmente vêm os afamados "grupinhos" ou "panelinhas" da maioria dessas casas. Enfim, é um sutil e ao mesmo tempo descarado comércio de indulgências da modernidade, nove séculos depois tanto do lado católico quanto, pasmem, do protestante. Enfim, Deus absurdamente girando em torno das igrejas, a serviço destas que se julgam representantes Dele (em vez de seguidoras Dele).

Por seus frutos os conhecereis (Mateus, 7:16)
 
Assemelhando-se fielmente ao caráter farisaico estereotipado, retórico, competitivo, interesseiro, fingido e invejoso, esse é o saudável ambiente dos intermináveis "estudos da Palavra", subproduto da metodologia de fé aplicada. Tais legalistas, apoiados por seus macacos-de-auditório de cérebro lavado que aplaudem entusiasticamente qualquer desafinado "aleluia" de seus "superiores na fé", posicionam-se absolutamente acima do bem e do mal não desempenhando papel de auxiliadores no caminho do Evangelho, mas sim de vozes oficiais de Deus cheias de dois pesos e duas medidas - na prática, o próprio Deus encarnado entre nós.

De maneira generalizada (com raras e honrosas exceções), os púlpitos tornaram-se, escancaradamente, palcos: motivos de todo tipo de jactância através de diversas "exibições" e até negócios (promoção de CD's, por exemplo, geralmente de péssimo gosto), tal espírito já faz parte da estrutura da maioria dessas casas, está na essência delas que leva quase que inevitavelmente a isso, cuja atmosfera se exala de diversas formas, muito práticas e evidentes. Tal jogo das vaidades é uma delas, fruto das verdadeiras intenções, presente de maneira clara e agressiva nos mínimos detalhes.

Dois exemplos que resumem bem a ópera: os líderes (autodenominados apóstolos) e fundadores de Renascer e Bola de Neve (esta dissidente da outra, deixando-a para abrir seu próprio negócio), megaigrejas protestantes neopentecostais dentre as maiores do país, não possuem passado de serviços sociais nem mesmo missionários cristãos (o que, hoje em dia, já não diria muita coisa), mas são formados em marketing com ampla e razoável experiência no ramo, respectivamente, e mestres comprovados na área (destacados sobretudo através da religião nesses quesitos).

Trocaram um baita negócio que dá status por outro que, claro, não deixam por nada - iguaizinhos aos profetas do Velho Testamento, Moisés, Abraão, Daniel, Isaías, e aos apóstolos Pedro, Tiago, Paulo. O negócio é tão abençoado que, seguindo as tendências do meio e através do qual ganham a vida, jamais se doam, igrejas espalhadas pelo país se dão em forma de franquia - iguaizinhas à igreja bíblica.

Você, certamente, já ouviu frases do tipo, "Não confie nem queira precisar de alguém dessas casas", ou "A fofoca reina nessas casas, como em nenhuma outra parte" (A Bíblia, tanto no Velho quanto no Novo Testamento, condena duríssimamente isso; o livro de Provérbios, capítulo 25, verso 18, diz que "quem fala por trás de uma pessoa, faz-lhe mais mal do que se tivesse dado uma machadada nas costas", e em I Pedro, 2: 1, "libertem-se dos seus sentimentos de ódio. Não se finjam de bons! Acabem com a falta de sinceridade e o ciúme, e parem de falar dos outros por trás"; desses detalhezinhos, na verdade de todos os detalhezinhos desse tipo, é costumeiro que os doutores do Senhor se esqueçam, em geral).

Pois, infelizmente, tratam-se de argumentos verdadeiros sobre o que impera nessas casas, e garantimos: NÃO foi o diabo quem disse isso! NÃO saíram do inferno tais palavras de advertência, como muitos deles alegam. A ideia de que um falso religioso possui potencialidade para o mal muito maior que um não religioso mau caráter é absolutamente verdadeira, pelo simples motivo que saber o que fazer e não fazer, crescendo neste conhecimento apenas teórico, vai gerando caráter cada vez mais cínico na pessoa, aflorando-se nas ações e estampado em suas mínimas expressões.

Para tudo isso, o discurso clássico é "não olhe para o homem, olhe para Jesus", enquanto eles mesmos são os maiores combatedores dos de fora - majoritariamente por questões doutrinárias, muitas vezes mínimas enquanto criam os piores ambientes em seu meio (em nome de Jesus). Na realidade, o sistema da maioria dessas casas é um convite perfeito às "duas caras" e ao falatório da vida alheia, em muitos casos até incentivado por líderes religiosos como parte da sustentação de suas posições e privilégios.

Ai de vocês, fingidos. Vão a qualquer distância converter alguém, e depois fazem a mesma pessoa duas vezes mais digna do inferno que vocês mesmos. Procuram parecer homens santos, mas por baixo desses mantos de bondade, estão corações manchados de toda espécie de fingimento e pecado (Mateus, 23)

Se havia algo que Jesus repugnava por completo, e Ele abominava muita coisa, era justamente essa teorização da fé, dissociando-a da prática - não o ativismo pura e simplesmente baseado no legalismo religioso, mas consequência da essência do ser humano que tem o Evangelho no espírito. Poucas vezes, a Bíblia revela revolta tão grande de Jesus como exatamente aquelas (plural; atenção, gramáticos da fé, plural!) manifestadas, apaixonadamente, contra os doutores da religião, intolerantes e falsos moralistas, a quem Ele usou palavras fortíssimas, tais como "raça de víboras, prostitutas e bandidos entrarão no Céu muito antes de vocês, hipócritas", comparando-os a "túmulos: lindos e enfeitados por fora, podres por dentro".

Tudo isso, certamente, explica por que as atitudes desses doutores das letras, lords da ética e do bem-dizer, andam tão distantes do que praticam e, como consequência, por que vemos tão poucos igrejeros engajados em atividades sociais - não estamos falando em abrir a janela do carro e dar moedinha -, e tão raramente exercendo algo destacado, uma influência positiva na sociedade - não nos referimos a, necessariamente, ter cara na TV nem fama.

Mas a realidade é que muito mais indivíduos e mesmo teólogos de outras religiões impactam, fazem diferença, funcionam como referência à sociedade e até marcam história servindo como grandes exemplos, enquanto a maioria dos frequentadores dessas igrejas encontra-se inerte e guetizada, totalmente fechada nas quatro paredes da paróquia com raso conteúdo intelectual e moral.

Deus não mora em templos feitos por homens. Seu corpo é a morada do Espírito Santo

A Igreja de Jesus somos você e eu, não um prédio nem sequer uma instituição - e isso eles até dizem de vez em quando, mas é pura retórica, uma teoria a mais sem nenhum efeito prático. Para se ter certeza de que se trata de palavras vazias basta observar o quanto cada casa faz de si o centro de todas as coisas e não Deus, colocando em si, enquanto instituição, o centro das prioridades e não em pessoas, além da polarização religiosa cada vez mais agravada dentro deles mesmos através das evidentes, ferozes e generalizadas divisões históricas, tanto internas em competição de vaidades e por lugarzinho ao sol, quanto as degladiações interigrejas por doutrina, por tipo de música que a banda de cada casa toca, por usos e costumes enfim, por N "motivos" transformamdo-os em uma colcha de retalhos que, no fim, não são luta pelo Evangelho mas uma baixa beligerância por interesses pessoais e pelos da instituição, uma fanática e egoísta peleja de ideias vazias, por mais clientes, os macacos-de-auditório que sustentam essas casas que se tratam mutuamente como concorrentes (sempre foi assim, ao longo de toda a história), sendo que o cliente que sai de uma à outra é geralmente hostilizado e, não raramente, tem sua vida injustificadamente mal-falada pelos "antigos irmãos na fé".

Enfim, divisões ferozes muito mais por questões metodológicas (e financeiras) que de caráter... A palavra diabo vem do latim diabolus e do grego dábolos, que significa aquele que divide, e comparando a origem da palavra à realidade das tais igrejas fica fácil concluir quem é o senhor dessas casas sisudas, exclusivistas que agressivamente se acusam reciprocamente de ser seitas (principal motivo das mais ferrenhas disputas e divisões), enquanto cada uma delas se porta exatamente como tal, de maneira absolutamente sectária.

Por mais que esporadicamente se diga que a verdadeira Igreja, no sentido bíblico, são pessoas e não catedrais, e por mais até que, vez ou outra, muito raramente se escute alguma pregação chamando à unidade, tudo isso acaba se perdendo no vazio, jamais sai da retórica, não entra na mente nem no coração das pessoas pelo simples motivo que o problema dessas casas é estrutural: tudo gira em torno das instituições - a mesma que teoricamente defende união -, inclusive a verdadeira Igreja, isto é, indivíduos, vivem em função dela que funciona como instrumento de alienação e fragmentação na sociedade.

Em nossa sociedade hoje, nada é tão centralizador, segregacionista, reducionista e inoperante quanto a instituição Igreja hoje, com exceção, talvez, dos carteis de narcotráfico. Assim, tudo e todos continuam como sempre estiveram, e qualquer coisa que aponte a mudanças são meras retóricas, murros em ponta de faca aos mais bem-intencionados que nunca saem do papel.

Pois essa verdadeira Igreja, você e eu, precisa de vida, de razão, de paixão, de caráter, e isso tudo, a prática tem-nos mostrado (e a ausência dela também), NÃO advém dos sofísticos cursinhos bíblicos promovidos por eles, do agressivo conhecimento das letras que propõem, nem das celebrações circenses recheadas de prédicas ufanistas que preponderam na praça.

Tua palavra é uma lâmpada que ilumina meu caminho (Salmo, 119:105)

As "igrejas" fazem raio-X de tudo e de todos na sociedade, inclusive dentro delas mesmas quando lhes convêm e, se julgam necessário, sob todo o rigor dentro do que acreditam ético. A óbvia e providencial conclusão da igreja no espelho exposta aqui é uma só: tanto a católica quanto a protestante, histórica, pentecostal ou neopentecostal, afastaram-se da essência da Boa Notícia de Jesus (Evangelho), que é o arrependimento como reconciliador entre o ser humano e Deus, além de uma série de atitudes e renúncias a partir do interior do ser humano.

Não é nada disso o centro da mensagem na maioria das "igrejas" distraída em doutrinas, muita teologia e delírios carismáticos que perverteram o Evangelho e, consequentemente, afastou-se totalmente da igreja bíblica sob uma série de escusas sociológicas-teológicas, mas nada evangélicas.

Distraídas do Evangelho vivo que gera paixão, uma brasa ardente que transforma o indivíduo em sua essência, as pessoas têm cada vez mais o coração petrificado, uma alma gelada. Essa é a consequência do golpe histórico que as igrejas, em geral, têm aplicado contra o Evangelho, formando um sistema que acaba produzindo o tipo de religioso que temos testemunhado, não apenas privilégio desta geração mas algo que remonta toda a história.

Tudo que se coloca acima de Deus como experiência interior (doutrina, liturgia, igreja, pessoa, cargo, ativismo, carisma, autoimagem, etc) configura-se em idolatria, e para muitos que se dizem cristãos hoje o próprio Jesus é um ídolo. E como todo ídolo é nocivo, esse Jesus deformado acaba servindo para diversos fins: massagem de ego, guerra de ideias e vaidades, preservação de reputação, obtenção de benefícios, afirmação psicológica, etc, menos como efetivo salvador da alma com suas virtuosas consequências espirituais.

Até a Bíblia tem servido como amuleto, seja o livro como objeto em si ou as próprias Escrituras servindo para os fins acima mencionados entre tantos outros, usadas geralmente através de "cacos", isto é, passagens absolutamente isoladas chegando ao absurdo de usar até meio verso, ou mesmo ¹/3 de verso (!), "cacos" através dos quais montam as maiores insensatez. Vivemos era de apostasia em estágio avançado, e assim como nos tempos de Jesus os que tem maior dificuldade em enxergar essa evidente realidade são, tão paradoxalmente, os que mais "estudam" as Escrituras, os que mais frequentam os templos.

Entre dar crédito a este texto ou aos doutores das letras farisaicos, incapazes de fazer diferença até mesmo dentro do presépio que armam (o que já seria insuficiente), fique com Jesus: lhe mostrará o que e como fazer. Bastante diferente desses ambientes anti-Evangelho que acorrentam almas e acabam estragando a fé de muitos, produzindo amargurados, incrédulos e até revoltados com Deus, Jesus é bom, fiel, poderoso, justo e bastante, mas bastante, muito, mas muito prático mesmo!

É o mesmo ontem, hoje e assim será para sempre! Está disposto a relacionar-Se conosco através de diálogos diários e íntimos, diretos entre nós e Ele (leitura regular da Bíblia ajuda muito nisso), através do dia-a-dia enfim, da própria vida e de suas maravilhas, desde aquelas estupendas até as mais singelas criadas por Deus! 

Jesus cura! Consola! Perdoa TODOS os pecados, desde que devidamente confessados e deixados para trás, e dá a paz que tanto desejamos, que tão bem nos faz! Paz sem a qual, convenhamos, não vivemos como queremos nem como Deus deseja... Essa foi a essência de Sua vinda, por isso que morreu na cruz ressuscitando três dias depois: para dar-nos VIDA, e EM GRANDE ESTILO!! A começar dentro de nós mesmos, em nosso interior enquanto nos relacionamos com o Jesus eterno, poderoso, espiritual que Se comunica conosco, fala e ensina-nos diariamente, não o histórico, doutrinário, metodológico, sisudo, brega-circense.

Se falasse todos os idiomas que há na terra, se tivesse fé para fazer uma montanha sair do lugar,
Se doasse todos os meus bens aos pobres, se não tivesse amor, de nada valeria

Enfim, se na hora de entregar Sua vida e suportar tudo, ao invés de paixão Jesus tivesse em Sua alma fraseologias, dogmas e tradições religiosas, puro racionalismo, mecanismo e metodologias de fé, semântica, sintaxe e metáforas da religião, certamente não teria aguentado o tranco, não teria havido morte nem ressurreição e tudo o que teríamos para acreditar hoje, aí sim, seriam as teorias religioso-dogmáticas vazias e sem efeito prático dos gramaticoides da fé, e no nanodeus deles.

De igrejas (fragmentadas como um todo, e dentro de cada uma) que consideram o ápice da espiritualidade apresentar verbalmente uma doutrina, mais ainda convencer ao invés de conscientizar (isto, possível apenas através da convivência e não de meros sermões, por mais bem esquematizados que sejam), que investem todos os recursos em "ensinar nações" as doutrinas ao invés de compartilhar com as sociedades vida prática e aplicar recursos em dividir o pão, não se pode esperar nada a não ser muita confusão além de terreno perfeito para oportunismo, jogo de vaidades e excessivo cinismo. Neste sistema, inclusive ativismos sociais são mais métodos doutrinários que algo interiorizado, e as sociedades sentem isso rechaçando, naturalmente, atos mecanizados além de sensíveis palavras decoradas.

Um meio que, por todo o colocado aqui, acaba com o passar do tempo petrificando a alma das pessoas, retirando delas a consciência, dessensibilizando-as e, em muitos casos, gerando pessoas amarguradas com o que veem, totalmente desiludidas após terem entregue a alma no que acreditavam ser um novo universo de amor, através de todo o poeticismo bíblico que, com o passar de um tempo não muito longo, começa a se evidenciar algo meramente retórico que não sai do papel devido à estrutura dessas casas, conforme discutido neste artigo.

Mas obrigado, Jesus o Consagrado, Você é Vida e Amor! Com Você, minha alma descansa em águas tranquilinhas, tranquilinhas, em meio a esse mundo conturbado, corrupto e perdido, que jaz no maligno.


Nota: Nos Estados Unidos imperam fortemente, desde antes de sua independência da Grã-Bretanha, igrejas que se enquadram perfeitamente ao sistema exposto neste artigo. Aí está a sociedade norte-americana...

(*) Sobre o sentimento de culpa, que conforme denotamos deve existir de maneira equilibrada (algo natural em pessoas de bom caráter), sendo seu excesso o outro nocivo extremo da indiferença psicopata, o jornal Correio do Brasil em parceria com a BBC, publicou uma matéria sobre mais recentes estudos de psicólogos internacionais, em 22 de novembro de 2012, trazendo importantes conclusões:

(...) " – A sensação [de culpa por erro ou omissão] é desconfortável, e é algo do qual queremos nos livrar. Mas a vontade de reduzir o sentimento de culpa pode nos levar a tomar atitudes positivas – diz Schaumberg. 'É esse tipo de antecipação ao sentimento de culpa que leva indivíduos a emergir ou assumir papéis de liderança' Os indivíduos com maior “tendência a sentir culpa” foram justamente os que assumiram a liderança nas tarefas.

(...)”O fato mais peculiar da pesquisa é que o sentimento de culpa geralmente é visto como algo negativo. Para Schaumberg, as pessoas que sentem mais culpa também são as que costumam assumir mais responsabilidade pelo que acontece ao seu redor. Também são as pessoas que mais costumam a aprender com seus erros.

"- Uma das coisas sobre a culpa que eu acho mais interessante, mas ainda não foi respondido é: 'Por quem nós sentimos culpa?' Quando pensamos no banqueiro pragmático de Wall Street, nós costumamos pensar que ele deveria sentir culpa em relação ao resto da sociedade. Mas na verdade, ele pode estar se sentindo culpado em relação à organização para a qual trabalha.

"Outra pesquisadora, Taya Cohen, da Universidade Carnegie Mellon, estudou a relação entre culpa e ação ética. Ela também classificou as pessoas conforme a “tendência a sentir culpa” e depois analisou o quão éticas as atitudes de cada um era.

"Uma das perguntas em um questionário era sobre qual medida seria tomada caso o participante descobrisse uma brecha na lei que permitisse que sua empresa fizesse negócios com um país acusado de abuso de direitos humanos.

"Entre as pessoas com baixa “tendência a sentir culpa”, 41% das pessoas disseram que explorariam ou poderiam explorar a brecha da lei. Entre as pessoas com maior sentimento de culpa, apenas 25% disseram que usariam a brecha.

"(...) No entanto, muitas pessoas com grande sensação de culpa costumam ser tachadas de neuróticas. Para Cohen, isso não está certo. 'Ter tendência a sentir culpa não significa que a pessoa está sempre se sentindo culpada por coisas que não fez', diz ela.

"Outro estudo liderado pela pesquisadora indica que as pessoas com maior tendência a sentir culpa costumam sentir culpa com menos frequência. Uma possível explicação é que como essas pessoas, em tese, agiriam de forma mais ética do que as demais elas teriam menos motivos para se sentirem culpadas.

"(...) Tanto Cohen e Schaumberg fazem uma distinção importante entre duas sensações distintas: culpa e vergonha. A vergonha está mais ligada a auto-estima. Enquanto a culpa é uma avaliação negativa de uma atitude em particular, a vergonha é definida pelos pesquisadores como um julgamento negativo em relação à própria pessoa, como um todo.

(...) - A tendência a sentir vergonha está associada ao desejo de esconder ou se remover de uma situação, após uma transgressão – diz Cohen. 'A sensação de culpa, por outro lado, está mais associada à vontade de reparar uma transgressão'. (...)"



Eu dei um exemplo para ser seguido: façam como eu fiz com vocês
Jesus


Sigam meu exemplo, assim como eu sigo o de Jesus
Apóstolo Paulo



Confira Vídeos:
:
Dízimo e Teologia da Prosperidade - Ladrões no Púlpito

Caio Fábio sobre Dízimo



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Vídeo: Animação de 1 minuto e meio que ilustra
perfeitamente* o espírito das igrejas em geral (daí, a fragmentação)

Note: Quando o suicida está prestes a se jogar da ponte, a religiosa grita, "Não se jogue!", ao que é contestada, "por que diabos não?", respondido por ela (com gestos e fala bem peculiares, valem ser notados), "Há muito para se viver!". Nisso, quando o suicida rebate, "[viver] o quê, por exemplo?", ela detêm a eloquência, seu raciocínio é interrompido, muda o semblante e prossegue (ou começa de novo): "Você é religioso ou ateu?", partindo para a bateria esquizofrênica das letras. Entenda quem puder, entenda quem quiser. Realidade: não se tem matado em nome da religião atirando à morte alguém disposto a viver novamente, como fez a religiosa no vídeo. Mas as letras vazias e sem vida baseadas nesta exata raiva doutrinária e nos interesses próprios, têm literalmente matado milhões de almas de diversas outras maneiras


Especial para o Blog: O pastor da igreja dessa "irmãzinha", grande empresária, avisou que ela "reconheceu o erro" no mesmo dia, em particular "para preservá-la", e o fez de maneira tão fria quanto a prática assassina. O pastor disse que como o homem não pode julgar, tudo acabou assim, sem reparação e segue como sempre esteve. Moral da história: a mesma cegueira que leva à postura indiferente de ambas as partes, faz com que não se veja que o problema não é isolado, mas estrutural na igreja formando pessoas doentes. Edu Montesanti, indignado, tentou argumentar ao que acabou condenado pela igreja, tachado de não saber perdoar e de se preocupar com "problemas sociais dos outros". Todos abraçaram a "irmã", e criaram um péssimo clima, hostil para Edu sem perdoá-lo pelo que julgaram errado nele, que acabou se afastando do meio, mal falado, rotulado de todos os lados (=julgado covardemente)


(...) Tal como haverá falsos mestres entre vocês. Estes contarão com habilidade suas mentiras sobre Deus, até mesmo voltando-se
contra seu próprio Senhor, que os comprou; porém o fim deles será repentino e terrível.
(...) E por causa deles, Cristo e o seu caminho serão escarnecidos. Esses mestres, em sua ganância, dirão qualquer coisa para se
apossar do dinheiro de vocês. Mas Deus já os condenou há muito tempo, e a destruição deles está a caminho.
(II Pedro, 2: 1 a 3)


9. Satan [anjo caído] tem sido o melhor amigo que a Igreja já teve, pois sustentou seus negócios durante todos esses anos!
(Uma das 9 declarações da Bíblia Satânica)


Que isto anime o povo de Deus a suportar com perseverança cada provação e perseguição, porque os santos dele são os que até o fim
permanecem firmes na obediência às suas ordens e na confiança de Jesus. (Apocalipse, 14:12)


Todo aquele que vencer será vestido de branco, e eu não apagarei o nome dele do Livro da Vida, e sim, anunciarei diante do meu Pai
e dos seus anjos que esse me pertence. (Apocalipse, 3:5)


Tudo quanto Deus nos diz é cheio de força viva: é mais cortante do que o punhal mais afiado, e corta rápido e profundo em nossos
pensamentos e desejos mais íntimos em todos os seus detalhes, mostrando-nos como somos na realidade. Ele sabe de cada um, em cada lugar. Cada coisa a respeito de nós está descoberta e escancarada aos olhos penetrantes do nosso Deus vivente; nada pode se esconder dele, a quem devemos prestar contas de tudo o que fizemos. Mas Jesus, o Filho de Deus, é o nosso grande Supremo Sacerdote
que foi diretamente para o céu, a fim de nos ajudar; portanto não deixemos nunca de confiar nele. Este nosso Supremo Sacerdote compreende as nossas fraquezas, visto que Ele teve as mesmas tentações que nós temos, ainda que Ele nunca cedeu a elas nem pecou. Portanto, vamos ousadamente até o próprio trono de Deus e permaneçamos lá para recebermos a sua misericórdia e acharmos a sua graça para nos ajudar em nossos tempos de necessidade. (Hebreus, 4: 12 a 16)


Mas vocês receberam o Espírito Santo, que vive em vocês, dentro dos seus corações, a fim de que não precisem de ninguém para ensinar-lhes o que é direito. Porque Ele lhes ensina todas as coisas, e Ele é a Verdade, e não um mentiroso; portanto, tal como Ele disse, vocês devem viver em Cristo, e nunca afastar-se dele. (I João: 2: 27)


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Vídeo: Caio Fabio sobre a religiosidade / 2 partes

Acesse: Caio Fabio.net



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A PALAVRA DE DEUS FALA POR SI SÓ
Ser Discípulo de Jesus, de Deuteronômio ao Apocalipse

O Senhor fará de vocês um povo santo, dedicado a Ele. Prometeu fazer isto, desde que [condicional]
vocês obedeçam aos mandamentos dados por Ele e andem nos caminhos traçados por Ele.
(Deuteronômio, 28: 9)


Se [condicional] o meu povo se humilhar e orar, e Me procurar, e se arrepender e mudar sua maneira errada
de viver, Eu ouvirei do céu as orações do povo, perdoarei os seus pecados, e curarei a terra deles.
(II Crônicas, 7: 14)


Quem confessa e abandona seus pecados, será perdoado.
(Provérbios, 28: 13)


Para que servem os sacrifícios, se vocês nem sentem tristeza quando pecam? O incenso que vocês
queimam para Mim, cheira mal. Suas festas religiosas - a lua nova e o Dia do Descanso, os seus jejuns -
não passam de grossas mentiras! E não há nada que Eu odeie tanto quanto uma religião fingida!
De agora em diante, vocês podem orar com as mãos levantadas para o céu, mas Eu não vou atender!
Podem fazer muitas orações, mas Eu não ouvirei nenhuma delas. E sabem por quê? Porque vocês são
todos assassinos! As suas mãos estão sujas com o sangue das suas vítimas inocentes.
Vamos, limpem-se de seus pecados! Limpem-se! Não quero mais ver vocês fazendo todas essas maldades;
parem de uma vez de fazer o mal!
(Isaías, 1: 12, 15 e 16)

Já que esse povo diz que é meu mas não Me obedece, já que o coração dessa gente está longe de Mim,
já que a sua religião não passa de um monte de leis feitas por homens, que aprenderam de tanto repetir
Eu vou dar uma grande lição a esses fingidos, uma lição que vai deixá-los de boca aberta. Os seus sábios
e conselheiros vão fazer papel de bobo, vão perder toda a sua sabedoria.
(Isaías, 29: 13 e 14)

Grite bem alto. Tão alto quanto uma trombeta! Anuncie ao meu povo Israel, todos os seus pecados.
Para eles que fingem ser tão religiosos! Eles vêm ao templo diariamente e se mostram muito alegres em ouvir a leitura da minha Lei - como se obedecessem a ela - como se não desprezassem os mandamentos do seu Deus. Eles Me fazem perguntas sobre como cumprir a Lei e têm prazer em participar dos atos religiosos no templo.
Eles reclamam: "Nós jejuamos e o Senhor nem notou! Fizemos tanta penitência e o Senhor nem deu importância!" Eu vou lhes explicar por que: É que mesmo no dia do jejum, vocês pensam em ganhar
mais e mais dinheiro; é porque vocês maltratam e exploram seus empregados.
Que adianta ficar jejuando, se vocês continuam a brigar e a fazer violência? Com um jejum desses,
Eu nunca responderia às orações que vocês Me fazem.
Será que o que Eu quero é apenas isso, fazer penitência, andar curvado como bambu ao vento, vestir-se
de pano de saco e sentar-se sobre cinzas? Vocês acham que isso é o jejum que agrada ao Senhor?
Não! O jejum que Eu quero ver é o seguinte: parem de explorar seus empregados, não maltratem os seus servos, perdoem as dívidas dos que não podem pagar, e não obriguem outros a trabalhar como escravos.
Além disso, Eu quero que vocês repartam sua comida com os famintos, ofereçam abrigo a quem não tem casa, dêem roupas aos que estão nus e não se escondam de quem precisa de ajuda.
(Isaías, 58: 1 a 7)

O problema são os seus pecados; por causa deles, vocês estão separados de Deus.
Por causa dos seus pecados, Deus virou o seu rosto de vocês, e não ouve mais o que vocês pedem.
Ninguém exige que a justiça seja cumprida. Nos tribunais, os julgamentos são baseados em mentiras! Vocês confiam em ilusões e espalham mentiras por toda a parte; estão sempre planejando e realizando suas maldades.
Passam seu tempo pensando em coisas ruins, piores que cobras e aranhas venenosas.
E depois executam seus planos perversos, ações para destruir outras pessoas.
Esses planos malvados não ajudam a ninguém; tudo que vocês fazem está carregado de pecado;
a violência é sua marca registrada.
Vocês correm rapidamente quando se trata de fazer o mal; são velozes para matar gente inocente! Os seus pensamentos estão voltados apenas para o pecado, e vocês deixam atrás de si um rastro de sofrimento e morte.
Nada sabem da verdadeira paz; em suas vidas não há a menor marca de justiça. Fizeram de suas vidas
um caminho torto por causa do pecado; quem andar como vocês nunca saberá o que é paz!
(Isaías, 59: 1, 4 a 8)


Se esse povo se arrepender dos seus pecados e deixar de fazer maldades,
Eu não destruirei o país como ameacei.
(Jeremias, 18: 8)


Quando você avisar o pecador e ele não se arrepender de seus pecados e desobediências, ele será
castigado com a morte por causa de seus pecados, mas você não será culpado - fez o que podia para ajudar.
(Ezequiel, 3: 19)

Se um homem pecador se arrepender dos pecados que cometeu e passar
a obedecer os meus mandamentos, fazendo o que é certo e justo diante de Mim,
sem dúvida alguma viverá. Não será morto pelos seus antigos pecados.
(Ezequiel, 18: 21)

Mas Deus lhes diz: "Vocês podem ter absoluta certeza de que Eu não fico contente
quando o pecador morre com a culpa de seus pecados. Minha maior alegria é ver o
pecador se arrepender, deixar seu mau caminho e viver. Por isso, israelitas, arrependam-se!

Arrependam-se! Abandonem seus maus caminhos! Para que morrer sem razão, israelitas?"
(Ezequiel, 33: 11)

E quando Eu disser: 'O perverso morrerá!'; se ele se arrepender de seu pecado e
começar a praticar o que é certo e justo devolvendo objetos dados como garantia
de pagamento de dívidas, obedecendo os meus mandamentos e deixando de lado
a desobediência, ele viverá, sem dúvida alguma!Não será condenado à morte!
(Ezequiel, 33: 14 e 15)


Note que o Evangelho já se inicia com clamor por arrependimento
(e isso se segue por todo ele, todo o Novo Testamento até Apocalipse):


Abandonem seus pecados, voltem-se para Deus, porque o Reino dos Céus está para chegar logo.
(Mateus, 3: 2)

Antes de serem batizados, provem que abandonaram o pecado, praticando obras dignas.
Não tentem escapar assim, pensando: Nós estamos salvos, porque somos judeus - somos
descendentes de Abraão!' Isso não prova nada! Deus pode até mudar estas pedras aqui em Judeus!
E agora mesmo o machado do julgamento de Deus está levantado para derrubar cada árvore
que não produz. Elas serão derrubadas e queimadas.
(Mateus, 3: 8, 9 e 10)

Vocês são o Sal da terra que a tornou suportável. Se perderem seu sabor,
que acontecerá ao mundo? Vocês mesmos serão jogados fora e tratados como coisa sem valor.
(...) Que as boas obras de vocês brilhem para serem vistas por todos.
Eu afirmo a vocês, com toda a verdade que: cada lei do Livro continuará de pé
até que o seu objetivo seja alcançado.
E assim, se alguém quebrar o menor mandamento, e ensinar outros a fezê-lo também,
ele será o menor de todos no Reino dos Céus
. Mas aqueles que ensinam as leis de Deus,
e obedecem a todas elas, serão grandes no Reino dos Céus
.
(Mateus, 5: 14, 15, 18 e 19)

Porém Eu advirto a todos: a menos que vocês tenham melhor caráter que os fariseus
e outros líderes dos judeus, não poderão de maneira nenhuma entrar no Reino do Céus.
(Mateus, 5: 20)

Mas vocês devem ser perfeitos, tanto como o seu Pai do céu é perfeito.
(Mateus, 5: 48)

Vocês não podem servir a dois patrões: Deus e o dinheiro.
Porque vocês odiarão um e amarão outro, ou vice versa.
(Mateus, 6: 24)

Só se pode entrar no céu pela porta estreita! A entrada para o inferno é larga,
e sua porta é bastante ampla, para todas as multidões que escolherem esse caminho fácil.
Mas a Porta da Vida é pequena e a estrada é estreita, e só uns poucos a encontram.
Cuidado com os falsos mestres que vêm disfarçados
em ovelhas inofensivas, mas são lobos, e vão despedaçar vocês.
Vocês podem descobri-los pela maneira como agem,
tal como podem identificar uma árvore pelo seu fruto.
Vocês nunca confundirão uma videira com um espinheiro! Ou figos com cardos! As diversas qualidades de árvores frutíferas podem ser rapidamente identificadas pelo exame do seu fruto.
Uma árvore que dá bons frutos, nunca dá um fruto que não se pode comer.
E uma árvore que sempre dá frutos ruins, nunca dá um fruto que se pode comer.
Por isso, as árvores que têm um fruto que não se come, são cortadas e atiradas no fogo.
Sim, o meio de identificar uma árvore, ou uma pessoa é pela qualidade do fruto que dá.
Nem todos os que falam como gente religiosa são realmente assim.
Tais pessoas podem referir-se a Mim como 'Senhor', porém apesar disso não entrarão no céu.
Porque a questão decisiva é se elas obedecem ao meu Pai do céu ou não.
(Mateus 7: 13-21)

Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha
(Mateus, 12: 30)

Este povo diz que Me honra, mas os seus corações estão muito longe de Mim
(Mateus, 15: 8)

Se não se voltarem dos seus pecados para Deus e
não se tornarem como criancinhas, nunca entrarão no Reino dos Céus.
(Mateus, 18: 3)

Certamente, os perversos e as prostitutas arrependidos entrarão no Reino antes de vocês [fariseus].
(Mateus, 21: 31)

Mas aqueles que ficarem firmes até o fim serão salvos.
(Mateus 24:13)

Portanto, estejam preparados, porque vocês não sabem em que dia o seu Senhor vem.
(Mateus, 24: 42)


O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo.
Arrependei-vos, e crede no evangelho.
(Marcos 1: 15)


Primeiramente vão e provem, pela maneira de viver, que vocês realmente se arrependeram.
E não pensem que estão livres porque são da família de Abraão. Isso não basta.
Destas pedras do deserto Deus pode fazer nascer filhos de Abraão!
(Lucas, 3: 8)

Aquele que quiser Me seguir, deve pôr de lado seus próprios desejos
e carregar sua cruz cada dia, para conservar-se junto a Mim!
(Lucas, 9: 23)

Todo aquele que não está sabendo que a sua conduta é má, só será castigado um pouco.
Muito se exige daqueles a quem se dá muito, pois a sua responsabilidade é maior.
(Lucas, 12: 48)

E ninguém pode ser meu discípulo se não carregar sua própria cruz e seguir-Me.
Assim, ninguém pode ser meu discípulo se primeiro não resolver abrir mão de todas as outras coisas, por mim.
(Lucas, 14: 27 e 33)

É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem!.
(Lucas 17: 1)

O Reino de Deus pertence aos homens que têm o coração tão confiante como o destas criancinhas.
E quem não tiver o tipo de fé que elas têm, nunca entrará no Reino de Deus.
(Lucas 18: 17)

(...) Portanto, quando todas estas coisas começarem a acontecer,
levantem-se e ergam a cabeça com ânimo, pois a salvação de vocês estará próxima.
Vigiai! Que a minha vinda repentina não apanhe vocês desprevenidos.
E eu não encontre vocês vivendo à toa, em festas e bebedeiras, ou ocupados com
os problemas desta vida, como os outros do mundo.
Tomem cuidado! Orem sempre para que, se possível, vocês possam chegar
à minha presença sem ter de enfrentar esses horrores. E se enfrentarem, ficar firmes.
(Lucas, 21: 28, 34 e 35)


Jesus respondeu: "Com toda a sinceridade que tenho, digo-lhe isto:
Se você não nascer de novo, nunca poderá entrar no Reino de Deus".
(João, 3: 3)

A sentença deles está baseada neste fato: a Luz do céu veio ao mundo, porém
eles amaram mais a escuridão do que a Luz, porque a obra deles eram más.
Eles odiaram a Luz celeste porque queriam pecar na escuridão. Ficaram longe
daquela Luz, com medo dos seus pecados serem revelados e eles castigados.
Mas aqueles que se comportam bem, têm prazer em vir para a Luz,
a fim de que todo mundo veja que eles estão fazendo o que Deus quer
.
(João, 3: 19 a 21)

Mas todo aquele que realmente come a minha carne e bebe o meu sangue,
tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no Último Dia.
(João, 6: 54)

Vocês são verdadeiramente meus seguidores, se viverem como Eu digo
Vá embora e não peque mais.
Eu vou embora; vocês Me procurarão, e morrerão nos seus pecados. Vocês não podem ir para onde Eu vou.
Vocês são verdadeiramente meus seguidores se viverem como Eu digo.
Vocês são escravos do pecado, todos vocês. E os escravos não têm direitos.
"Nosso pai é Abraão", afirmaram eles. "Não!", respondeu Jesus.
"Pois se fosse ele, vocês seguiriam o bom exemplo dele.
Vocês estão obedecendo ao seu legítimo pai quando agem desta forma.
Porque vocês são filhos do seu pai, o Diabo, e gostam de fazer as coisas más que ele faz.
Ele foi assassino desde o princípio, e também sempre odiou a verdade - não há nenhum tipo de verdade nele. Quando mente, isso é perfeitamente normal; porque ele é o pai dos mentirosos.
Assim sendo, quando Eu falo a verdade, vocês muito naturalmente não acreditam nela!
A pura verdade é que: Todos que Me obedecem, jamais morrerão!
(João, 8: 11, 21, 31, 34, 35, 39, 41, 44, 45, 51)

Aquele que Me obedece, esse é o que Me ama;
e porque ele Me ama meu Pai o Amará; e Eu também, e Me revelarei aos que Me amam.
(João 14: 21)

Meus verdadeiros discípulos dão colheitas abundantes. Isto resulta em grande glória para O Meu Pai.
Quando vocês Me obedecem, estão vivendo no Meu amor,
tanto como Eu obedeço ao Meu Pai e vivo no Seu amor.
Vocês são os Meus amigos, se Me obedecerem
(João, 15: 8, 10 e 14)


Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados,
e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor.
(Atos, 3: 19)

"Em cada nação Ele [Deus] tem aqueles que O adoram, praticam boas obras, e são aceitáveis a Ele".
(Atos, 10: 35)

Então Paulo mostrou-lhes como o batismo de João era a demonstração do desejo de voltar-se
do pecado para Deus, e que aqueles que recebiam o batismo dele deviam prosseguir e crer
em Jesus, aquele que João disse que viria depois.
Logo que eles ouviram isto, foram batizados no nome do Senhor Jesus.
(Atos, 19: 4 e 5)

"Preguei primeiramente aos que estavam em Damasco, e depois em Jerusalém
e pela Judéia, e também aos não-judeus, dizendo que todos devem abandonar
seus pecados e voltar-se para Deus - e provar seu arrependimento com a prática de obras dignas".
(Atos, 26: 20)


Vocês então não sabem que os que fazem tais coisas não têm parte no reino de Deus?
Não se enganem a si próprios. Aqueles que vivem imoralmente - que são adoradores de ídolos,
adúlteros ou homossexuais - não terão parte no seu reino. Nem tampouco os ladrões,
os gananciosos, os bêbados, os caluniadores e os salteadores.
(I Coríntios, 6: 10)


Quando alguém se faz cristão, torna-se uma pessoa totalmente nova por dentro.
Já não é mais a mesma. Teve inicio uma nova vida!
(II Coríntios, 5: 17)


Vocês podem estar dizendo: "mas que gente tão terrível, acerca da qual você está falando!"
Esperem um momento, porém! Vocês são tão ruins quanto eles. Quando afirmam que eles são maus
e deveriam ser castigados, vocês estão falando de si mesmos, pois fazem essas mesmas coisas.
E sabemos que Deus, com justiça, castigará qualquer um que fizer coisas como essas.
Vocês pensam que Deus julgará e condenará os outros por fazê-las,
e poupará vocês quando as fizerem também?

Será que não compreendem quão paciente Ele está sendo com vocês? Ou então, não se incomodam
vocês com isso? Não vêem que Ele tem esperado todo esse tempo sem castigá-los, a fim de dar tempo
para que abandonem o pecado? Sua bondade tem a finalidade de levá-las ao arrependimento.
Mas, vocês não querem ouvir; assim, estão guardando um castigo terrível para si mesmos
,
devido à teimosia de vocês em recusar-se a abandonar seus pecados; pois virá o dia da ira,
quando Deus será o justo Juiz do mundo inteiro.
Ele dará a cada um o que suas obras merecerem.
(Romanos, 2: 1 a 6)

Deveríamos continuar pecando sem nenhuma necessidade? O poder do pecado sobre nós
foi quebrado quando nos tornamos cristãos e fomos batizados a fim de sermos uma parte
de Jesus Cristo
: através de sua morte foi esmagado o poder da natureza pecaminosa de vocês.
A natureza humana inclinada ao pecado que vocês tinham foi sepultada com Ele pelo batismo
quando Ele morreu. Quando Deus o Pai, com poder glorioso, trouxe-O novamente de volta à vida,
a sua maravilhosa vida nova foi-lhes dada para que vocês desfrutassem dela.
(Romanos, 6: 2 a 4)

Os antigos desejos malignos de vocês foram pregados na cruz juntamente com Ele; aquela parte
que em cada um de vocês gosta de pecar, foi esmagada e mortalmente ferida, de maneira tal que esse corpo, amante do pecado, não está mais sob o controle do pecado e não necessita mais ser escravo dele.
(Romanos, 6: 6)

Nunca mais o pecado precisa voltar a ser-lhes senhor, pois agora vocês não estão mais amarrados à lei com que o pecado os escraviza, mas livres sob a compaixão e misericórdia de Deus.
Isto significa que agora nós podemos ir avante e pecar sem nos incomodarmos com o pecado?
(Pois nossa salvação não depende de guardar a lei, mas de receber a graça divina!) Naturalmente que não!
Será que vocês não compreendem que podem escolher seu próprio senhor? Podem escolher o pecado
(com a morte) ou então a obediência (com a absolvição)
. Aquele a quem você mesmo se oferecer, este o tomará, será o seu senhor e você será escravo dele.
Graças a Deus que vocês, embora antigamente tivessem escolhido ser escravos do pecado, agora obedeceram de todo o coração ao ensino que Deus lhes entregou.
(Romanos, 6: 14 a 17)

Vocês, porém, não são assim. Vocês são controlados pela nova natureza, se tiverem
o Espírito de Deus, morando em vocês. (E lembrem-se de que se alguém não tiver
o Espírito de Cristo morando em si mesmo, esse não é cristão de modo nenhum
.)
(Romanos, 8: 9)


Entretanto, quando vocês seguirem suas próprias inclinações erradas,
suas vidas produzirão os seguintes maus resultados: pensamentos impuros; ansiedade pelo prazer carnal,
idolatria, feitiçaria, (isto é, incentivo à atividade dos demônios); ódio e luta; ciúme e ira;
esforço constante para conseguir o melhor para si próprio; queixas e críticas; o sentimento
de que todo mundo esta errado, menos aqueles que são do seu próprio grupinho; e haverá
falsa doutrina, inveja, assassinato, embriaguez, divisões ferozes e toda essa espécie de coisas.
Vou dizer-lhes novamente como já o fiz antes, que
todo aquele que levar esse tipo de vida não herdará o reino de Deus.
(Gálatas 5: 19 a 21)


Antigamente estavam sob a maldição divina, condenados eternamente por causa dos seus pecados
(Hoje, convertidos ao Evangelho = arrependimento dos pecados, não há condenação, grifo nosso *).
Seguiam a multidão e eram bem iguais a todos os outros, cheios de pecado e obedientes a Satanás, o poderoso príncipe do poder dos ares que está operando agora mesmo no coração daqueles que estão contra o Senhor.
Todos nós costumávamos ser tal qual eles são, manifestando pelas nossas vidas o mal que havia dentro de nós, e fazendo todas as coisas ruins para as quais as nossas paixões ou os nossos maus pensamentos pudessem nos arrastar, começamos mal, trazendo de nascença uma natureza má dentro de nós, e estávamos debaixo da ira de Deus tal como todos os demais.
Deus, porém é tão rico em misericórdia! Ele nos amou tanto
que embora estivéssemos espiritualmente mortos e condenados pelos nossos pecados,
Ele nos deu de volta a nossa vida quando levantou Cristo dentre os mortos - somente
por sua misericórdia imerecida é que nós fomos salvos
(= não morreu na cruz por nosso mérito, nem alcançaremos tal misericórdia simplesmente praticando obras de caridade, grifo nosso *).
Devido à Sua bondade é que vocês foram salvos, mediante a confiança em Cristo e
até a própria fé em Jesus não vem de vocês mesmos; é uma dádiva de Deus também.
A salvação (a morte de Jesus na cruz e o perdão de nossos pecados, grifo nosso *) não é uma recompensa pelo bem que fizemos, portanto nenhum de nós pode obter qualquer mérito por isto (não a merecíamos, grifo nosso*).
Foi o próprio Deus quem fez de nós o que somos e nos deu uma vida nova da parte de Cristo Jesus;
e muitos séculos atrás, Ele planejou que gastássemos essa vida em auxiliar aos outros
(Efésios, 2: 1 a 5, 8, 9 e 10)

* Grifos não se tratam de "nossa" interpretação: estão de acordo com o contexto exposto aqui. Uma difundida interpretação, que o que reconcilia com Deus é unicamente crer em Jesus mesmo sem arrependimento por pecados, faz sentido apenas analisando isoladamente tal passagem jogando fora esse contexto (sem base no Evangelho), com parábolas humanas para justificá-la. Não faz sentido nenhum, contudo, dentro do claro contexto bíblico amplamente apresentado aqui, livre de parábolas e considerações pessoais. Até porque nem mesmo faz sentido fé em Jesus sem seguir o que Ele pregou - isso pode ser conhecimento intelectual, não fé. Crer, na Bíblia, imputa obedecer; arrependimento e frutos, conforme temos visto, não se tratam de meras obras mas de consequência da fé no Evangelho

Podem estar certos disto: o reino de Cristo e de Deus nunca será de ninguém
que seja impuro ou ganancioso
- pois a pessoa gananciosa, na realidade,
é uma idólatra: ama e adora as coisas boas desta vida mais do que a Deus.
(Efésios, 5: 5)


E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar
o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder,
como labareda de fogo, tomando vingança dos que
não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
(II Tessalonicenses, 1: 7 e 8)


Sim, tais leis são feitas para assinalar como pecadores todos os que são imorais e impuros,
os homossexuais, os raptores, os mentirosos e todos os outros que fazem coisas que se opõem
à Boa Nova gloriosa do nosso bendito Deus
, de quem eu sou mensageiro.
(I Timóteo, 1: 10)

Assim, eu quero que em toda a parte os homens orem com mãos santas erguidas para Deus,
livres de pecado, ira e rancor.
(I Timóteo, 2: 8)

(...) Porém Ele salvará suas almas se elas confiarem nEle, e levarem uma vida calma, boa e cheia de amor.
(I Timóteo, 2: 15)


É importante a você saber disto também, Timóteo, que nos últimos dias vai ser muito difícil ser cristão. Porque as pessoas só amarão a si mesmas e ao dinheiro; serão orgulhosas e fanfarronas, zombarão
de Deus, desobedecendo aos pais, sendo ingratas com eles e completamente más.
Serão duras de coração e nunca se submeterão aos outros; serão sempre mentirosas e desordeiras, e não se incomodarão com a imoralidade. Serão rudes e cruéis, e escarnecerão daqueles que procuram ser bons. Atraiçoarão seus amigos; serão irascíveis, inchadas de orgulho, e preferirão divertir-se a adorar a Deus.
Irão à igreja, sim, porém não acreditarão realmente em nada do que ouvem.
Não se deixe enganar por gente assim
.
(II Timóteo, 3: 1 a 5)


Se alguém pecar deliberadamente rejeitando o Salvador depois de ter conhecido a verdade do perdão,
este pecado não é coberto pela morte de Cristo; não há meio de livrar-se dele.
(Hebreus, 10: 26)

Procurem afastar-se de toda discórdia, e busquem levar
uma vida pura e santa, porque aquele que não é santo não verá o Senhor.
(Hebreus, 12: 14)


Portanto, livrem-se de tudo o que está errado em sua vida, tanto interna como externamente,
e alegrem-se humildemente com a mensagem maravilhosa que nós recebemos, pois
ela é capaz de salvar nossas almas à medida que se desenvolve em nossos corações.
E lembrem-se: esta mensagem é para obedecer, e não apenas para ouvir. Portanto, não se enganem:
pois se uma pessoa apenas ouvir e não obedecer,
será como um homem que olha o seu próprio rosto num espelho;
e logo que se afasta, ele não pode mais ver-se a si mesmo nem se lembrar de como é a sua aparência. Entretanto, se continuar olhando com firmeza na lei de Deus para homens livres, ele não só se lembrará dela, mas fará aquilo que ela diz, e Deus abençoará grandemente esse homem em tudo quanto fizer.
Se alguém diz que é cristão e não controla a sua língua ferina, está apenas enganando-se
a si mesmo, e a sua religião não vale muita coisa.
O cristão puro e sem faltas, do ponto de vista de Deus o Pai, é aquele que cuida dos órfãos
e das viúvas, e cuja alma permanece fiel ao Senhor - sem se contaminar nem se sujar
em seus contatos com o mundo.
(Tiago, 1: 21 a 27)

Mas alguém poderá argumentar muito bem: "Você acha que o caminho para Deus é pela fé sozinha,
sem nada mais; ora, eu digo que as obras são importantes também, porque sem boas obras
você não pode provar se tem fé ou não; mas qualquer um pode ver que eu tenho fé pelo modo como procedo.
Ainda existe alguém entre vocês que sustenta que "apenas crer" é suficiente? Crer num único Deus?
Ora, lembrem-se que os demônios também crêem isso - com tanta convicção que até tremem de terror!
Ó homem insensato! Quando é que afinal você compreenderá que "crer" é inútil
sem fazer o que Deus quer que você faça? A fé que não resulta em boas obras, realmente não é fé.
Vocês não se recordam de que até mesmo o pai Abraão foi declarado justo
por causa do que ele fez, quando estava pronto para obedecer a Deus,
mesmo que isso significasse oferecer seu filho Isaque para morrer no altar?
(Tiago 2: 18 a 21)

Vocês vêem, portanto, que um homem é salvo pelo que ele faz, tanto como pelo que ele crê.
(Tiago 2: 24)

Tal como o corpo está morto quando não há espírito nele,
assim também a fé está morta se não for do tipo que resulta em boas obras.
(Tiago 2: 26)

E evidentemente, não se gabem de ser sábios e bons
se vocês forem amargados, invejosos e egoístas; esse é o pior tipo de mentira.
(Tiago, 3: 14)

Vocês são semelhantes a uma esposa infiel que ama os inimigos do marido.
Vocês não percebem que fazer amigos entre os inimigos de Deus - os prazeres pecaminosos deste mundo -torna vocês inimigos de Deus? Eu volto a dizer que se o objetivo de vocês é desfrutar
o prazer pecaminoso do mundo perdido, vocês não podem ser também amigos de Deus
.
(Tiago 4: 4)

E quando vocês se achegarem a Deus, Ele se achegará a vocês. Lavem as mãos, pecadores,
e permitam que os seus corações se encham somente com Deus, a fim de torná-los puros e fiéis a Ele.
(Tiago, 4: 8)

Queridos irmãos, se qualquer um se desviou de Deus e não confia mais no Senhor,
e alguém ajudá-lo a compreender a Verdade novamente essa pessoa que o trouxer
de volta salvará da morte uma alma extraviada e trará o perdão para os seus muitos pecados.
(Tiago, 5: 19)


Obedeçam a Deus porque vocês são filhos dele; não voltem atrás aos seus velhos caminhos -
a prática do mal porque não conheciam nada melhor.
Mas agora, sejam santos em tudo quanto fizerem,
tal como é santo o Senhor, que os convidou para serem seus filhos.
O próprio Senhor disse: "Vocês têm de ser santos, pois Eu sou santo".
E lembrem-se que seu Pai Celestial, a quem vocês oram,
não tem preferidos quando julga. Ele julgará vocês com perfeita justiça por tudo quanto fizerem;
portanto, procedam com um respeitoso temor a Ele, desde agora até chegarem ao céu.
(I Pedro 1: 14 a 17)


"Vocês não são salvos por serem bons", dizem eles, "portanto, não importa que sejam maus. Façam
o que quiserem; sejam livres". Entretanto, estes mestres que oferecem esta "liberdade" da lei são, eles próprios, escravos do pecado e da destruição. Porque o homem é escravo de qualquer coisa que o domina.
E quando uma pessoa livrou-se dos caminhos pecaminosos do mundo ao aprender acerca do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e depois se deixou emaranhar pelo pecado e se tornou novamente escrava dele, está pior do que antes. Seria melhor nunca ter sabido nada acerca de Cristo, do que aprender a respeito dele e depois disso dar as costas aos mandamentos santos que lhe foram dados.
Há um velho ditado assim: "O cachorro volta ao que vomitou, e o porco é lavado apenas
para voltar e revolver-se de novo na lama". Isto é o que acontece com aqueles que se voltam
novamente para o seu próprio pecado.
(II Pedro, 2: 19 a 22)

E assim, já que tudo ao nosso redor se derreterá, que vidas santas e piedosas nós devemos viver!
(II Pedro, 3: 11)


Portanto, se dissermos que somos amigos dele e
continuarmos a viver na escuridão espiritual
e no pecado, estamos mentindo.
(I João 1:6)

Se confessarmos os nossos pecados a Ele,
podemos confiar que Ele nos perdoa e nos purifica de todo erro.
(I João, 1: 9)

Alguém poderá dizer: "Eu sou cristão, ou estou no caminho do céu, eu pertenço a Cristo".
Mas se não fizer o que Cristo lhe manda, é um mentiroso.
Qualquer um que diga que é cristão, deve viver como Cristo viveu.
E este mundo está perecendo, e estas coisas más e proibidas perecerão com ele,
mas todo aquele que perseverar em fazer a vontade de Deus, viverá para sempre.
(I João 2: 4, 6 e 17)

Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai.
(I João, 2: 24)

A pessoa que nasceu na família de Deus não faz do pecado um costume, porque agora a vida de Deus
está nela e portanto ela não pode continuar pecando, pois esta vida nova nasceu dentro dela e a domina -
ela nasceu de novo.
Assim agora podemos dizer quem é filho de Deus e quem é de Satanás. Todo aquele que vive uma vida de pecado e não ama a seu irmão mostra que não está na família de Deus.
(I João, 3: 9 e 10)

Assim, agora podemos dizer quem é filho de Deus e quem é de Satanás.
Todo aquele que vive uma vida de pecado e não ama a seu irmão mostra que não está na família de Deus.
Filhinhos, deixemos de dizer apenas que amamos as pessoas; vamos ama-los realmente
e mostraristo pelas nossas ações.
Então, saberemos com toda certeza pelas nossas ações, que estamos do lado de Deus
e as nossas consciências estarão limpas, mesmo quando estivermos diante do Senhor.
E aquele que guarda os seus mandamentos nele está, e ele nele.
E nisto conhecemos que ele está em nós, pelo Espírito que nos tem dado
(I João 3: 18, 19 e 24)

Mas se alguém não ama nem é bondoso, isso demonstra que ele não conhece a Deus. Porque Deus é amor.
(I João, 4: 8)


Ao líder da igreja em Sardes escreva esta carta: Esta mensagem é enviada a você
por aquele que tem o Divino Espírito de sete aspectos e as sete estrelas. Eu conheço
a sua fama de igreja viva e ativa, mas você está morta.
Portanto, acorde! Fortaleça o pouco que resta porque até mesmo o que restou está
à ponto de morrer. As suas obras estão longe de ser corretas aos olhos de Deus.
Volte ao que você ouviu e creu no princípio; retenha-o firmemente e volte-se para mim outra vez.
Se não o fizer, eu virei subitamente a você, sem ser esperado, como um ladrão, e o castigarei.
Todo aquele que vencer será vestido de branco, e eu não apagarei o nome dele do Livro da Vida,
e sim anunciarei diante do meu Pai e dos seus anjos que esse me pertence.

Que todo aquele que pode ouvir, ouça o que o Espírito está dizendo às igrejas.
Note isto: Eu obrigarei todos aqueles que sustentam as causas de Satanás enquanto afirmam que são meus (porém não são - eles estão mentindo) a caírem aos seus pés e reconhecerem que é você aquele que eu amo.
Pelo fato de que você me obedeceu com perseverança apesar da perseguição, eu o protegerei do tempo do Grande Sofrimento e tentação que virá sobre o mundo para pôr à prova cada um dos que estão vivos.
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca
Atenção! Eu tenho permanecido à porta e estou batendo constantemente. Se alguém me ouvir
chamá-lo e abrir a porta, eu entrarei e farei companhia a ele, e ele a mim
.
E permitirei que cada um que vencer se sente ao meu lado no meu trono, tal como eu ocupei
o meu lugar com o meu Pai no trono dele quando me tornei vencedor. Que aqueles que
podem ouvir, ouçam o que o Espírito está dizendo às igrejas.
(Apocalipse, 3: 1 a 3, 5 e 6, 9 e 10, 15 e 16, 20 e 21)

Porquanto eles são espiritualmente incontaminados, puros como virgens, e seguem ao Cordeiro
por todo lugar aonde Ele vai
. Foram comprados dentre os homens da terra como uma oferta consagrada
a Deus e ao Cordeiro. E não podem ser acusados de nenhuma falsidade; são irrepreensíveis.
(Apocalipse, 14: 4 e 5)

Que isto anime o povo de Deus a suportar com perseverança cada provação e perseguição, porque os santos dele são os que até o fim permanecem firmes na obediência às suas ordens e na confiança de Jesus
(Apocalipse, 14: 12)

E os líderes do mundo, que participaram dos atos imorais dela e desfrutaram seus favores,
lamentarão por ela quando virem a fumaça subindo dos restos carbonizados.
(Apocalipse, 18: 9)

Mas os covardes que deixam de me seguir e voltam atrás, e aqueles que me são infiéis, e os corruptos,
e os assassinos, e os imorais, e aqueles que convivem com demônios, e os adoradores de ídolos
e todos os mentirosos - o destino deles é no Lago que queima com fogo e enxofre. Esta é a Segunda Morte.
(Apocalipse, 21: 8)

Benditos para sempre são todos os que estão lavando os seus mantos, para ter o direito de entrar
pelos portões da cidade e comer do fruto da Árvore da Vida. Do lado de fora da cidade estão aqueles
que se desviaram de Deus
, e os feiticeiros, e os imorais, e os assassinos, e os idólatras e todos os
que gostam da mentira e a praticam
.
(Apocalipse, 22: 14 e 15)


Enfim, a mensagem do Evangelho (Boa Notícia) é simples e categórica, a qual consiste em se arrepender dos pecados e deixá-los. Com ajuda do Espírito Santo através da nossa fé, somos capazes de viver nova vida. Por outro lado, com pecado sem arrependimento, ninguém verá a Deus pois separam-nos do Criador, e foi por isso que Jesus morreu na cruz, para pagar o preço que nós deveríamos pagar por eles.

Antes da vinda de Jesus, o homem sacrificava animais pois seu sangue era oferecido a Deus para que os pecados fossem perdoados. E havia um véu no templo de Deus que O separava do homem, justamente por seus pecados sendo que as pessoas só podiam comunicar-se com Deus através de um sacerdote, o único que falava diretamente com Ele do outro lado do tal véu, lugar santo que só o sacerdote tinha acesso. Hoje, não há necessidade de sacrificar-se vidas pelos pecados, nem nós mesmos teremos que um dia sacrificar a nossa própria por eles, como teríamos que fazer se não fosse por obra e graça de Jesus.

Quando Jesus entregou-Se na cruz, o véu que separava a humanidade de seu Crador foi rasgado. Sabendo que isso aconteceria quando entregasse Sua vida, Ele disse: "Vem chegando a hora quando não nos preocuparemos mais em adorar o Pai aqui ou em Jerusalém. Porque não é onde adoramos que tem valor, mas como adoramos - a nossa adoração é espiritual e verdadeira? Temos a ajuda do Espírito Santo? Porque Deus é Espírito, e nós precisamos ter a ajuda dEle para adorar como devemos. O Pai quer de nós esta qualidade de adoração" (João, 4:.21 a 24). Note que Jesus não disse que Deus é psicológico, que a adoração que tem valor é mental e oratória, nem que precisamos de outros seres humanos para adorar como devemos: tal véu rasgado tornou possível o acesso absolutamente direto a Deus, sem que precisemos de ninguém que fale a Ele por nós, nem que nos diga como devemos nos relacionar com Ele - tudo isso é intimamente pessoal.

Por tudo isso, jamais poderemos apresentar-nos puros a Deus, livres de culpa através de obras de sacrifício ou de caridade, por mais lindas e necessárias que essas últimas sejam. Mas se cada um dos nossos pecados não forem devidamente arrependidos, confessados a Deus e deixados de lado, não há parte com Ele, ninguem irá a Deus com pecado. Essa é a adoração espiritual e verdadeira que Deus quer de nós, citada por Jesus. Essa é a categórica mensagem do Evangelho de Jesus, de todos os Seus apóstolos e de todos os profetas que os antecederam.

Jesus fez tudo para que nosso destino eterno fosse privilegiado, em paz com Deus: deixou toda Sua glória para entregar-Se a uma morte humilhante na qual foi cuspido, chutado, gozado, levou paulada, além de toda a dor que sofreu 9 horas pendurado por pregos na cruz. Cada soco, chute, cusparada, paulada que levou, e cada pregada em Sua mão foi por um pecado nosso. Mas Ele dá e respeita muito o livre-arbítrio de cada um.

Deus e nós mesmos conhecemos a sinceridade do nosso coração, e nossa disposição. Agora, depende de cada um de nós. Viver em santidade baseados no arrependei-vos e convertei-vos, santos como Deus é santo conforme lemos nos versos acima, é possível - se para isso contamos com auxílio de Jesus e de Seu Espírito Santo, com muita perseverança e dedicação (sem ajuda de Jesus, tal tarefa torna-se humanamente impossível).

A porta é estreita, poucos passarão por ela. Mas vale muito a pena! Tal esforço, abrir-se mão do que não presta, de tudo que nos afasta de Deus, se necessário até de nós mesmos acaba não sendo algo tão esforçoso assim na maioria das vezes, se temos no Evangelho parte integrante da nossa existência. Torna-se algo naturalmente prático, satisfatório e libertador, que vem do fundo da alma dos que amam a Deus e à vida.

O Evangelho genuíno, não o do sentimento de culpa nem o do mero conhecimento intelectual que petrifica o coração, mas o do arrependimento realmente liberta da escravidão do autoengano e de uma vida em círculo vicioso; dá-nos a paz que o mundo tanto busca e a vida eterna que riqueza nenhuma jamais poderá comprar!

Eu sou feliz com Jesus!


Que as maldições de Deus caiam sobre qualquer um, incluindo eu mesmo, que pregar qualquer outro meio de salvação, além daquele a respeito do qual lhes falamos; sim, se um anjo vier do céu e pregar outra mensagem qualquer, que seja maldito para sempre. Apóstolo Paulo



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Reflexão de Caio Fábio: Qual é o seu olhar?


O DISCÍPULO DE JESUS NO ESPELHO
Ser ou Apenas Crer? Eis a Questão...


De que maneira determinados setores protestantes transformaram o Evangelho em mera ideologia, tornando sua essência focada na crença em métodos doutrinários ao invés de baseado fundamentalmente na experiência vivencial, uma relação entre o ser humano e Deus de acordo com o que ensinou Jesus. Distorção que gera um agressivo caráter sectário, e abusos de poderes estatais religiosos


Ainda existe alguém entre vocês que sustenta que "apenas crer" é suficiente? Crer num único Deus? Ora, lembrem-se que os demônios também crêem isso - com tanta convicção que até tremem de terror! Ó homem insensato! Quando é que afinal você compreenderá que "crer" é inútil sem fazer o que Deus quer que você faça? A fé que não resulta em boas obras, realmente não é fé (Tiago, 2: 19 e 20)

Aquele que Me obedece, esse é o que Me ama. Vocês são Meus amigos, se Me obedecerem. Os Meus verdadeiros discípulos dão colheitas abundantes. Isto resulta em grande glória ao Meu Pai (João, 14 e 15)

Nem todos os que falam como gente religiosa são realmente assim. Tais pessoas podem referir-se a Mim como 'Senhor', porém apesar disso não entrarão no céu. Porque a questão decisiva é se elas obedecem ao meu Pai do céu ou não (Mateus, 7: 21)

Alguém poderá dizer: "Eu sou cristão, ou estou no caminho do céu, eu pertenço a Cristo". Mas se não fizer o que Cristo lhe manda,
é um mentiroso. Qualquer um que diga que é cristão, deve viver como Cristo viveu
(I João, 2: 4 e 6)
 

Em qualquer segmento da vida, teoria dissociada de prática é um desastre, acarreta danos avassaladores (saber o que deve ser feito e não fazer, é pecado, Tiago, 4: 17). Deste modo, seria melhor nem se adotar tal teoria, acreditar em qualquer outra coisa (conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca, Apocalipse, 3: 15 e 16).

O nome bíblico dessa dissociação é hipocrisia, que vem do grego hypokhrinesthai, cujo sentido etimológico é “representar um papel, mascarar a personalidade, fingir” (hypós, “abaixo”, e krinein, "separar, escolher, peneirar"), o que Jesus chamou pelo nome e foi bastante duro: "Ai de vocês, fingidos. Vão a qualquer distância converter alguém, e depois fazem a mesma pessoa duas vezes mais digna do inferno que vocês mesmos. Procuram parecer homens santos, mas por baixo desses mantos de bondade, estão corações manchados de toda espécie de fingimento e pecado" (Mateus, 23). Com esse tipo de religioso, o qual age muito mais baseado em métodos que em personalidade, sentimento e fé, nunca se sabe se está falando e tratando com a pessoa ou com a representação dela.

Existe uma hipocrisia no meio evangélico, na verdade existem várias, mas uma das mais famosas e nocivas (consequência de uma série de problemas, entre eles o fanatismo e o charlatanismo que tomaram conta do meio) é aquela em que as duas grandes divisões, os chamados tradicionais (majoritariamente batistas e presbiterianos) e pentecostais "tentam" manter-se na velha e boa guerra fria, um ódio silencioso, não declarado tão abertamente mas que, de diversas maneiras e não raras vezes, acaba aflorando-se. Porém, dentro dessas duas tendências doutrinárias existem também suas rivalidades, muitas vezes ferozes: neste caso, não mais por questões doutrinárias, mas sim financeiras atrás de mais adeptos (quando essa rivalidade não é manifestada através de discursos ciumentos e persuasivos, em determinados casos atinge níveis de causar inveja a muitos carteis bandidos no que diz respeito a queimar vidas humanas, ou mesmo à violência física conforme, inclusive, tornou-se escândalo público envolvendo as neopentecostais Universal e Mundial do Poder de Deus).

No meio evangélico, é politicamente correto não demonstrar rivalidade aos de fora, enquanto se pegam dentro. É tão acentuada a concorrência, a raiva e a consequente divisão nesse meio, que pega mal falar de Jesus e citar nome de igreja simultaneamente - é considerado deselegante, antiético.

Do lado tradicional em geral, a agressividade doutrinária é afamadamente bem mais acentuada tanto que há o declarado Livro da Vida imaginário entre os evangélicos tradicionais, que estigmatiza os "salvos" e os "não salvos" (a estes últimos, pertencem também os evangélicos não tradicionais). Na verdade, a esfera pentecostal lida melhor com as diferenças, estando mais aberta à convivência livre da raiva doutrinária enquanto tal polarização parte majoritariamente dos chamados tradicionais: qualquer coisa que cheire a algo que saia de suas tradições gera bastante irritação, e na primeira oportunidade (busca-se isso de todas as maneiras), o "herege" será submetido à imperdoável catapulta das letras, senão mesmo exposto ao ridículo geralmente sem escolher hora nem lugar.

Dois adjetivos por parte desses evangélicos às mínimas diferenças doutrinárias são totalmente comuns: incrédulo e ignorante - os poucos "mais amorosos" que não dizem tão abertamente, consideram-nos já que seu conceito doutrinário, apoiado fundamentalmente em formas e teoria, e teoria minuciosamente exclusivista ao invés de espiritualidade, algo interiorizado no indivíduo, leva inevitavelmente a tal postura que torna esses religiosos muito mais intolerantes que a historicamente inquisidora Igreja católica (na realidade, a Igreja protestante, ao contrário do que sugere o nome, nasceu tão inquisidora quanto seus desafetos religiosos de então: em seus primeiros anos já tratou de lançar à fogueira santa diversos pagãos, mesma prática dos católicos ao longo de muitos séculos).

Nada, nem necessidades humanas mais urgentes geram tanto calor na ramificação evangélica tradicional quanto uma vírgula fora do lugar, dentro daquilo que julgam teoricamente correto. Outra realidade, no mínimo bastante curiosa neste sistema, é que tal calor advém unicamente do que julgam contradição teórica (doutrinária), pelo que descartam sumariamente a muitos indivíduos (prática famosíssima), enquanto contradições gritantes entre teoria e prática envolvendo tais adeptos da "sã doutrina", são completamente absolvidas e até aduladas (dão fortes palmadas na Bíblia aberta para tentar fazer-se entender, perante a sociedade, que essa lógica é a de Deus). Entre pentecostais em geral, característica bastante peculiar é a ferrenha concorrência das lideranças por mais adeptos (muitas vezes de maneira excessivamente apelativa), e de muitos membros por mais carisma (geralmente de modo circense, sob auspícios de seus líderes).

Diz o vezo popular que "em casa que não há pão, todo mundo grita e ninguém tem razão". Diz a Palavra de Deus que "qualquer reino dividido internamente está condenado; e assim também o lar cheio de discussões e contenda" (Lucas 11: 17). A Palavra de Deus também diz que Ele quer de nós uma adoração espiritual e verdadeira (João, 4: 24).

Vocês receberam o Espírito Santo, que vive em vocês, dentro dos seus corações,
a fim de que não precisem de ninguém para ensinar-lhes o que é direito
(I João, 2: 27)

Cheios desse Espírito, compromissados unicamente com Sua verdade desfaremos, de maneira bem prática, mais um engano dando nome aos bois. Prepare-se para passar longe deles. Prepare-se para se enxergar, se for o caso. Prepare-se para uma novidade de vida: a Boa Notícia de Deus que transforma o indivíduo em sua essência, e o liberta de toda e qualquer escravidão, no corpo e na mente.

A letra mata, mas o Espírto dá vida (II Coríntios, 3: 6)

Citaremos um breve exemplo do ensino a que se presta justamente o setor tradicional da igreja evangélica para, em seguida, observar o nível do discurso comparado à prática imperante, além do próprio nível do "discurso e do discurso" que não foge aos absurdos quando comparado a si mesmo, tudo isso levando ao estado caótico que se encontram as tais "igrejas" que, por diversos motivos apresentados nos artigos mais acima, funcionam como meros ajuntamentos em vez de igrejas no conceito bíblico, cada vez mais caindo em descrédito perante a sociedade e, inevitavelmente, perante si mesma.

Se você pertence a uma dessas casas, enxergue-se nisso e se abra para se desintoxicar da enfermidade religiosa que impregnaram em sua mente. Se não frequenta nem nunca frequentou, poderá refletir sobre o que é verdadeiro e o que é falso (pelos frutos os conhecereis, disse Jesus registrado em Mateus, 7: 16), e assim poder contemplar com a própria alma o poder do Evangelho de Jesus, em sua mais profunda essência.

Bem, em primeiro lugar nessas "igrejas" se ensina que apenas crer que Jesus morreu pelos pecados da humanidade e ressuscitou no terceiro dia, é todo o suficiente para se caracterizar um discípulo de Jesus, o qual está incondicionalmente garantido com o futuro no Céu independente de como viva - os mandamentos de Jesus, dentro dessa doutrina, tornaram-se "sugestões" e os frutos que Jesus garantiu caracterizar uma pessoa de fé que O segue, são "opcionais" ao ser cristão dentro desse raciocínio. Na prática, é isso: tal tendência religiosa simplesmente reduziu o Evangelho a uma teoria, a qual se encerra fundamentalmente na aceitação meramente intelectual dele, no convencimento racional. "Na pática, o Evangelho é isso?!" Pois é... É a matemática da fé que tentará, geralmente de maneira irritada enquanto maneja a Bíblia de um modo marcadamente fracionado, fazer-lhe entender um protestante da ala chamada tradicional.

Alguém poderá dizer: "Eu sou cristão, ou "estou no caminho do céu, pertenço a Cristo".
Mas se não fizer o que Cristo lhe manda, é um mentiroso
(I Joâo, 2: 4)

Desconsidera-se que crer, termo usado por Jesus, imputa obedecer segundo Ele mesmo deixou bem claro. Desconsidera-se que o mesmo apóstolo Paulo que usou o termo fé para caracterizar comunhão com Deus, afirmou que ela gera, inevitavelmente, frutos - a palavra fé vem do latim fides, que etimologicamente significa "lealdade, fidelidade". Desconsidera-se que obediência é a aceitação do Evangelho, segundo ele mesmo. Tais desconsiderações, colocando erroneamente crença e fé no mesmo patamar, eliminam o centro da mensagem evangélica: arrependimento de pecados e conversão experiencial, fundamentais na caracterização do cristão.

Para tanto, tal doutrina prega trechos isolados da Bíblia sem analisá-los no contexto mais amplo, e jamais tendo Jesus como chave hermenêutica, cujo Evangelho, na realidade, rege perfeitamente a ideia bíblica com todos os seus complementos no Novo Testamento (de cujo equívoco, os mais diversos segmentos religiosos têm criado inúmeras bobagens, retirando interpretações que bem entendem da Bíblia).

Enfim, além do erro metodológico (advindo não da ausência de conhecimento, mas da insensatez e de interesses diversos) há a contradição doutrinária inevitável, gritante: o que reconcilia com Deus é unicamente a tal fé (um convencimento intelectual, no conceito tradicional), mesmo que o indivíduo a perca, revolte-se com o Criador e não queira ser discípulo de Jesus (?).

Segundo a lógica desta doutrina que descarta a verdade bíblica que "fé sem obras é morta" (Tiago 2: 26), é assim que funciona, essa é a vida cristã: uma vez reconhecida a obra de Jesus, tão somente isso é o suficiente para caracterizar o cristão. Portanto, este está condenado ao Céu já que, segundo tal ensinamento, Deus é bom, não cobra nada de ninguém e levará em conta apenas que o indivíduo reconhece, ou algum dia reconheceu a morte de Jesus na cruz pelos pecados excluindo, assim, arrependimento e conversão genuína a qual, conforme ensinou Jesus e todos os apóstolos, não advém de compreensão intelectual mas sim de experiência espiritual, trazendo invariavelmente mudanças no interior do indivíduo - isso é conversão, isso é fé.

Pensemos, pois, o que gera na mente de um suposto discípulo de Jesus - em um mundo que, como diz a Bíblia, jaz no maligno onde praticamente tudo a nossa volta é um intensamente doce convite à transgressão - ter-se nos sermões o foco nessa doutrina, e em muita teoria ao invés de virtudes, valores cristãos. E mais: com a Bíblia aberta, argumentar insistentemente que a prática não importa em nada na caracterização de um cristão.

Portanto, claro, é exatamente na ala tradicional que se encontram os mais apáticos e incoerentes nas atitudes, e mais agressivos no falar e, tão constrangedoramente, combater nervosamente teorias diversas (famosos por tal inconveniente). É também neste segmento evangélico que, paradoxalmente à "fé" que de prática, produtiva e fiel ao seu sentido original que é justamente fidelidade, não tem nada, se encontram as pessoas mais escravizadas que vivem em depressão com medos como o da morte, e até do "diabo".

Qualquer um que diga que é cristão deve viver como Cristo viveu (I João, 2: 6)

Definitivamente, não foi isso que Jesus ensinou, não é nada disso o Evangelho, muito pelo contrário: a Bíblia insiste que os frutos são decisivos para caracterizar um discípulo de Jesus, e ordena que quem se diga cristão leve uma vida condizente com o que se prega como condição do ser cristão, conforme vimos nos vários versos destacados em vermelho mais acima, A Palavra de Deus Fala por Si: Ser Discípulo de Jesus, de Deuteronômio ao Apocalipse. Não existe Evangelho sem arrependimento e regeneração. Mas tem-se tentado, nervosamente, feito existir...

Analisemos na Bíblia o que realmente caracteriza um discípulo de Jesus, se o que apenas crê ou a fé em seu sentido etimológico, originário, e se este faz sentido dentro da Palavra de Deus comparando à "fé" deste segmento religioso, estática e contraditória que foge à sua essência, ao verdadeiro significado - consequência disso, são várias e várias as histórias e "caras sem graça" envolvendo mesmo os mais "maduros na fé" tradicional, até ensinadores que quando saem da teoria e/ou do nervoso embate teológico, esquecem-se do que defenderam na retórica religiosa e caem em suas póprias contradições. Trata-se da "outra tradição" do viés evangélico tradicional: não crer, na prática, em muito do que diz a própria teoria que cultua a doutrina, a liturgia, a forma.

Doutrina é sinônimo de teoria, e vejamos seus significados segundo o dicionário da língua portuguesa: "Conjunto de regras, de leis sistematicamente organizadas que servem de base a uma ciência e dão explicação a um grande número de fatos. Conjunto sistematizado de opiniões, de idéias sobre determinado assunto". Podemos também entender dourina como ensinamento - o apóstolo Paulo, há 2 mil anos, usou o termo diversas vezes para designar ensinamento aos seus destinatários, uma delas a Timóteo, em sua segunda carta (capítulo 4, verso 3): "Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências", que na versão da Bíblia Vivia, que traduz ideia por ideia ao invés de palavra por palavra, diz assim: "Não ouvirão aquilo que a Bíblia diz, mas seguirão alegremente suas próprias idéias desorientadas".

O que a Bíblia deixou foi um conjunto de ensinamentos, mas tem-se, em grande medida, resumido o ser cristão ao conhecimento desses ensinamentos (doutrinas), reduzindo a espiritualidade à teoria, portanto morta enquanto o Evangelho de Deus é muito mais que doutrina e seu conhecimento intelectual. Pois a "fé" evangélica tradicional é declaradamente fundamentada no conhecimento doutrinário recheada de formalismos, na sistematização e não na interiorização do Evangelho como essencial, sendo que os mais valorizados "espiritualmente" no meio são justamente os maiores conhecedores de sua doutrina e que melhor se adequam, a partir dessa doutrina, à sistematização excessiva da instituição Igreja em seus mínimos detalhes, desde celebrações até comportamentos individuais (Igreja que é representante de Deus na Terra no conceito essencial da tendência evangélica tradicional, muito distante de estar focada em pessoas como seguidoras de Jesus, especialmente quando se trata dos ocupantes do topo das hierarquias locais). Os ensinamentos deixados por Jesus vão muito além dessa descaracterização que leva a doutrina a ser um fim em si mesmo, produzindo seres "técnicos na fé" e transformando os mandamentos de Jesus em "sugestões", conforme observado mais acima, relegando os valores espirituais a uma mera (e muitas vezes excessivamente hipócrita) "ética cristã".

Por isso, passemos, antes de tal análise tendo como base o amplo contexto bíblico e no Evangelho nossa chave hermenêutica (subtítulo Crença x Fé: Um Abismo de Distância), por algumas contradições que marcam compromisso único ou muito maior com a via doutrinária e seus embates, do que com a própria vida; vejamos a seguir aquilo que é o perfeito "duplipensamento" da novilíngua de George Owell em seu livro 1984, transferido melancolicamente à religião: "Capacidade de manter simultaneamente duas crenças opostas, acreditando igualmente em ambas (...). Saber que se está brincando com a realidade mas, mediante o exercício de tal raciocínio, convencer a si próprio de que não está violentando a realidade. O processo deve ser consciente, pois do contrário não funcionará com a previsão necessária: mas, ao mesmo tempo, deve ser inconsciente para não produzir sensação de falsidade e culpa".

Abaixo, algumas das mais evidentes e tradicionais frutos da "fé" tradicional exteriorizada, excessivamente comportamental "firmada" no conceito intelectual e na generalizada sistematização do ambiente, da suposta espiritualidade e, consequentemente, das próprias vidas humanas (não há índices estatísticos específicos, mas é enorme e muito conhecido, embora se tente de todas as maneiras esconder isso, o número de jovens originários de famílias protestantes tradicionais que crescem descomedidamente reprimidos e revoltados com a vida, com a religião e com o próprio Deus, tão paradoxalmente ao Evangelho).

● Diz o crente tradicional, não hesitando em travar embates agressivos por esta ideia:

Prosperidade financeira e dificuldades da vida não querem dizer nada! É mentira do diabo relacionar necessariamente riqueza e situações na sociedade à comunhão com Deus! [no que há total razão].

Acredita o crente tradicional, mais dia ou menos dia se comprovará isto (especialmente quando ele começar a se enxergar, e se incomodar com o que vê):

Eu tenho (...), eu fiz (...), eu sou (...), minha família possui (...) [= provando sua fé em Deus, dependendo do grau a que chegar a histeria do embate doutrinário. E se ele não chegar a dizer isso abertamente, demonstrará claramente tal espírito, bastante peculiar dos evangélicos mais tradicionais, e entenderemos com bastante clareza o porquê disso nesta análise].

Outra questão fundamental neste sentido é que, enquanto as igrejas pentecostais pregam de maneira mais explícita consumismo como fator de fé, o que limita a existência humana relacionando a vida e seus valores diretamente a conquistas materiais, a ala tradicional, por sua vez, cultua a forma conforme argumentamos mais acima, o que também é um culto a estereótipos, apenas mudando a maneira: aparências, reputação, culto à ética, à liturgia que leva a falsos moralismos desviando da espiritualidade verdadeira e saudável.

Tudo isso também caracteriza, perfeitamente, uma exteriorização ao estilo tradicional da existência humana, levando o ser a olhar para fora cheio de autoengano, não para dentro de si como efetiva prática da fé e das virtudes do Evangelho, que passam pelo arrependimento - totalmente engessado, dentro desse sistema estereotipado; e o arrependimento fica muito mais engessado quando se trata de indivíduos que se creem portadores da verdade, enquanto donos de coração infértil.

Dessa limitação da fé e da espiritualidade em geral (suas virtudes), desenvolve-se também entre evangélicos tradicionais, de maneira forte e totalmente difundida, a ideia de que os apóstolos, especialmente Paulo foi um homem único, dono de fé inatingível pelos demais mortais enquanto, na realidade, a única coisa que possuía de virtuoso espiritualmente, era o mesmo Evangelho da graça de Deus que qualquer um pode ter e desenvolver (a "fé" tradicional também se dá ao luxo de autoenganos negativos, e amplamente faz isso conforme estamos vendo, e veremos muito mais nas linhas que se seguem).

● "O Evangelho ficou para o passado?", responder-lhe-á a essa pergunta o crente tradicional:

Não, em absoluto! Que blasfêmia! [Certamente se seguirá um longo discurso, e para qualquer discordância principalmente em se tratando de alguém que não seja do mesmo segmento, haverá agressivo embate].

Na prática:

O Evangelho, quando muito, tornou-se memorandum no meio, nem como complemento é comumente usado nos sermões (prefere-se voltar de versos isolados das cartas de Paulo ao Velho Testamento, a ter-se o Evangelho como referência ou mesmo como acessório).

Os atos de Jesus, diz-se abertamente, ficaram para o passado: Jesus disse e atuou de determinadas maneiras para provar que era enviado de Deus. Hoje já temos a Bíblia, já sabemos que Ele foi enviado por Deus de maneira que seus atos e diversos ensinamentos ficaram para o passado, é o argumento. Exatamente nisso reside a justificativa para, quando muito, ter-se o Evangelho como mero acessório nos principais sermões, deixando-o arquivado, "tolerando-o" como uma parte pendurada na Bíblia.

Segundo este raciocínio, o Evangelho é atual apenas na teoria a fim de provar a veracidade da Bíblia, mas a prática dele sim, ficou para o passado - logo, a ênfase dos sermões passa longe dele, e a tal "fé" é meramente histórica colocada em um Jesus limitado que, por alguma razão, já não faz as mesmas coisas que maravilharam o mundo quando aqui esteve (aos que alegam provar dessas mesmas coisas e perseveram por elas hoje, os evangélicos tradicionais acusam sumariamente de endemoninhados, com a irritação peculiar).

É também desta distorção do Evangelho, o qual requer renúncias, posturas e atitudes muitas vezes contrárias ao sistema, distorção que coloca Jesus como um ser mais histórico na prática que se acaba cultuando apóstolos como homens especiais em sua espiritualidade, privilegiados por Deus conforme observamos no ponto acima.

Outro ponto curioso é que esse raciocínio levaria, inevitavelmente, ao que é absolutamente correto (embora por outra via): eliminar pastores e demais lideranças como "autoridades", vozes oficiais de Deus ao estilo Velho Testamento (época em que lideranças (profetas) eram as únicas que tinhas acesso direto a Deus, e entregavam toda a vida, inclusive patrimônio, à causa). Isso é correto devido ao fato de que o Velho Testamento sim, é velho, não o Evangelho: quando Jesus entregou Sua vida na cruz, o véu no único Templo, que separava o homem de Deus, foi rasgado conforme observamos com mais detalhes no artigo ao final de A Palavra de Deus Fala por Si: Ser Discípulo de Jesus, de Deuteronômio ao Apocalipse, mais acima.

Dentro do conceito evangélico tradicional, se hoje já temos a Bíblia por que não deixar também para o passado a necessidade dessas "autoridades", seres com capacidades e merecedores de reverências especiais, representantes de Deus semelhantes às do Velho Testamento ao invés de seguidores de Jesus, como todas as outras pessoas? Enfim, disso, que não há como fugir à luz da morte e ressurreição de Jesus, por um motivo ou por outro a ala mais tradicional não quis abrir mão.

● "Eu os repreendo e expulso desta pessoa, espíritos imundos, em nome de Jesus!"

E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão (Marcos, 16: 17 e 18)

Baseado também na doutrina acima, o crente tradicional afirmará ao indivíduo que faz ou acredita nessa prática, com letras garrafais ou com exaltadas palavras e rosto devidamente transfigurado que ele "não está salvo", porque sobrepassa a soberana vontade de Deus dando ordens a Este, sendo assim um ídólatra de si mesmo.

No Livro da Vida Teórica tradicional, esse "pseudocristão" na visão tradicional tem o nome escrito no hall dos "não salvos", mais especificamente no grupo dos eternamente condenados fariseus ao fogo do inferno.

Na prática:

É clássico nessas igrejas o ato de "escurraçar" indivíduos que não compactuam com a mesma "fé" ainda que não a manifestem abertamente - principalmente se forem os arqui-rivais evangélicos pentecostais - sem contar, para o famoso ato do escurraçamento, com a soberana vontade e ação de Deus àquilo que julgam pertinente perante a sopa de letras, o que é uma enorme contradição bíblica dado o caráter discriminatório e danoso de tal prática - e estrondosa contradição dentro da própria doutrina tradicional, esquecendo-se dela na prática mantendo suas tradições de desconsiderar, no cotidiano, o que tão raivosamente defendem na teoria, limitando em enorme medida suas doutrinas a métodos cerimoniais, questões puramente sistemáticas e dogmáticas.

Se alguém disser: "Eu amo a Deus", porém continua odiando a seu irmão, é um mentiroso;
porque se não ama a seu irmão que está bem diante dele, como pode amar a Deus, a quem nunca viu?
(Tiago, 4: 20)

Nada fere tanto a soberania de Deus quanto atingir a individualidade, a singularidade das pessoas seja no corpo ou seja na alma - neste caso, agredindo-a psicologicamente por algo tão particular quanto a fé. Mas a tal soberania de Deus é, dentro do que acreditam os tradicionais, respeitada à risca apenas quando se trata de assuntos religiosos, de métodos cerimoniais e da peculiar esquizofrenia doutrinária, enquanto em situações mais práticas ela acaba sendo totalmente esquecida.

● Costume nos ritos tradicionais:

Prega-se e realmente se segue à risca determinados formalismos durante os rituais tradicionais, tais como "silêncio reverente" e "postura reverente" (por exemplo, erguer a mão em oração não é algo permitido e chega a ser ofensivo na maioria das igrejas mais tradicionais, gera muito desconforto e quem se atrever a sair disso, provavelmente será "ridicularizado" com a pergunta: "Você é pentecostal!?" (ser pentecostal é sinônimo de ignorância aos tradicionais), além de muito provável, quase certa hostilização posterior.

Essa doutrina da forma do culto é outro ponto que costuma gerar acaloradíssimos embates, da parte dos tradicionais defendendo, através desses formalismos, a bíblica ordem e decência.

Prática generalizada:

Algo muito comum em igrejas tradicionais, mais que em qualquer outro segmento evangélico é enviar, durante sermões, nada decentes nem muito menos justos "recados", muitos até pessoais no tablado denominado por eles mesmos de "púlpito do Senhor". A reverência a Deus e a decência neste caso, e uma vez mais, resume-se a questões mais formais nessa ala, esquecendo-se ou não se importando com o que diz a exigente doutrina.

Crença x Fé: Um Abismo de Distância

Colocadas algumas das marcas registradas dos frutos da crença evangélica tradicional, vejamos agora, dentro da Bíblia tendo no Evangelho nossa chave interpretativa, o que realmente caracteriza um cristão. Quem se converte de verdade não necessita de nenhum manual doutrinário, nem de grande conhecimento bíblico para agradar a Deus, para ser um verdadeiro discípulo de Jesus. Porém, o Evangelho tem sido totalmente deformado, sua mensagem, excuída, e a esse centro retornaremos rigorosamente nas linhas a seguir.

Podem estar certos disto: o reino de Cristo e de Deus nunca será de ninguém que seja impuro ou ganancioso - pois a pessoa
gananciosa, na realidade, é uma idólatra: ama e adora as coisas boas desta vida mais do que a Deus
(Efésisos, 5: 5)

Se questionado por isso, o crente tradicional dir-lhe-á, colocando-se em situação absolutamente privilegiada perante outro seres humanos e perante o próprio Deus: "Salvação não vem de obras, isso não se refere a crentes. Tal citação exemplifica o estilo de vida fora da igreja que não deve ser imitada por ela, mas não implica em sua salvação", evidenciando mentalidade de seita, visão fechada a um grupo que não é a de Deus ("E lembrem-se que seu Pai Celestial, a quem vocês oram, não tem preferidos quando julga (...)", I Pedro, 1: 17; "isso porque Deus trata a todos com igualdade", Romanos, 2: 11) para a qual se poderá contra-argumentar, "mas e o suposto idólatra de si mesmo que, segundo sua doutrina, fere a soberania de Deus? E aqueles que vocês qualificam de idólatras de personagens históricos?". Resposta certa, na ponta da língua tradicional: "Essa idolatria à pessoa implica diretamente na doutrina da única salvação por meio de Jesus na cruz, enquanto a anterior mencionada por você através do verso bíblico em relação a um 'já salvo', não implica na salvação segundo a sã doutrina, que afirma que ela veio de graça da parte de Deus e não depende das nossas obras".

Portanto, na "visão" tradicional que caracterizar o cristão pelo conhecimento doutrinário ao invés do conhecimento pessoal, experiencialmente espiritual de Jesus, a única idolatria que condena é a de estátua e vela prestada a seres que já partiram deste mundo, pelo que chamam de religiões pagãs ou falsas cristãs para as quais não haverá a menor misericórdia de Deus, acreditam, enquanto as mais diversas idolatrias que envolvem temas bastante práticos da vida e marcam pessoas com coração afastado de Deus, não interferem em nada na salvação do crente evangélico (desde que tradicional) já que esta não vem de "obras". Contudo, muito ao contrário dessa filosofada religiosa, as piores idolatrias que afastam o ser humano de Deus são as resumidas em Efésios 5, acima.

Eis aí mais uma matemática da "fé" tradicional, sustentando perfeitamente a tese de que, para a espiritualidade, 2+2 nem sempre é igual a 4. O erro mortal disso é que o Evangelho é essencialmente coerente e claro, assim como Deus. Outro erro conceitual é confundir "obras" com a essência da alma, do coração do ser humano o que, segungo a Bíblia, o caracteriza, inclusive sua fé, o que discutiremos nas linhas que se seguem.

A interpretação de que "salvação não vem de obras, portanto não importa como se viva" baseada equivocadamente no capítulo 2 de Efésios ("Somente por sua misericórdia imerecida é que nós fomos salvos (...). Devido à Sua bondade é que vocês foram salvos, mediante a confiança em Cristo e até a própria fé em Jesus não vem de vocês mesmos; é uma dádiva de Deus também. A salvação não é uma recompensa pelo bem que fizemos, portanto nenhum de nós pode obter qualquer mérito por isto"), é desfeita da maneira tão simples quanto tudo o que vem de Deus: na época do Antigo Testamento sacrificava-se animais para que alguém, arrependido pelos pecados, fosse perdoado, mas "para que servem os sacrifícios, se vocês nem sentem tristeza quando pecam? O incenso que vocês queimam para Mim, cheira mal. Suas festas religiosas - a lua nova e o Dia do Descanso, os seus jejuns - não passam de grossas mentiras! E não há nada que Eu odeie tanto quanto uma religião fingida!" (Isaías, 1: 12).

Nesta passagem de Isaías 1, Deus se dirigiu a religiosos que professavam a fé bíblica, exortação muito comum no Velho Testamento. A esse respeito, Jesus foi ainda mais além em Lucas 12: 47 e 48: "Ele será castigado severamente, pois embora soubesse sua obrigação, recusou cumpri-la. Mas todo aquele que não está sabendo que a sua conduta é má, só será castigado um pouco. Muito se exige daqueles a quem se dá muito, pois a sua responsabilidade é maior".

Ainda no Velho Testamento, quando o judeu era o povo de Deus, acreditava e realizava constantes celebrações baseados na doutrina correta, recebeu a palavra de Deus através do profeta Moisés: "Mas Israel é rebelde! Agora os filhos de Deus não são mais filhos; são manchas! Geração perversa e falsa! Assim você trata o Senhor? Povo louco! Povo ignorante! (...) Mas quando o meu povo amado engordou, agiu como animal selvagem. Quando ficou satisfeito, gordo e cheio de fartura, abandonou Aquele por quem fora criado; desprezou a Rocha da salvação! (...) Os filhos de Israel ofereceram sacrifícios aos demônios - não a Deus! A deuses estranhos, que não conheciam, a deuses que mal acabaram de ver; deuses que não receberam o afeto dos nossos pais" (Deuteronômio, 32: 5 e 6, 10, 15 e 17).

Note que Deus é claro e categórico quando afirma que seus filhos o deixaram de ser, pois faziam sacrifícios em nome de Dele a demônios mesmo crendo e celebrando aparentemente a Deus, mas os corações estavam distantes e, logo, as atitudes fazendo com que os oferecimentos fossem vãos mesmo tendo sido em nome de Deus, baseados na doutrina correta e no lugar religiosamente apropriado. Contudo, Deus não é nominal nem filosófico. Sobre isso, vejamos o que disse Moisés um pouco antes, no capítulo 31, verso 29: "Porque sei que depois da minha morte, o povo de Israel vai cair na corrupção e andar extraviado, longe dos caminhos e dos mandamentos de Deus". Vale ressaltar: o caminho de Deus não é o das palavras nem o da igreja (e isso tudo também se configura em idolatria, ainda que em nome de Jesus).

Por pessoas religiosas nesse espírito, Deus disse através do profeta Isaías, capítulo 29, versos 13 e 14: "Já que esse povo diz que é meu mas não Me obedece, já que o coração dessa gente está longe de Mim, já que sua religião não passa de um monte de leis feitas por homens, que aprenderam de tanto repetir Eu vou dar uma grande lição a esses fingidos, uma lição que vai deixá-los de boca aberta. Os seus sábios e conselheiros vão fazer papel de bobo, vão perder toda a sua sabedoria".

Abandonem seus pecados, voltem-se para Deus, porque o Reino dos Céus está para chegar logo (Mateus, 3: 2)

Conforme temos visto, após a morte e a ressurreição de Jesus já não são mais necessários os ativismos religiosos do Velho Testamento para o perdão, basta arrependimento. Porém, e a Bíblia insiste nisso, da mesma maneira que antes de Cristo não bastava religiosidade sem que houvesse coração sincero, hoje em dia vale o mesmo: "Se não se voltarem dos seus pecados para Deus e não se tornarem como criancinhas, nunca entrarão no Reino dos Céus" (Mateus, 18: 3). Portanto, quando o apóstolo Paulo disse que salvação já não vem mais de obras, claramente não se referiu a um estilo de vida liberado em que arrependimento pelos pecados já não implica em mais nada para a salvação do ser humano: "Mas se [condicional] confessarmos os nossos pecados a Ele, podemos confiar que Ele nos perdoa e nos purifica de todo erro" (I João, 1: 9), "Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai" (I João, 2: 24), "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor" (João, 15: 10).

Em Deuteronômio 28, a obediência é também colocada por Deus como condição para salvação da alma do ser humano, conforme o verso 9: "O Senhor fará de vocês um povo santo, dedicado a Ele. Prometeu fazer isto, desde que vocês obedeçam aos mandamentos dados por Ele e andem nos caminhos traçados por Ele".

Se grande parte do Velho Testamento não deve ser levada em conta nos dias de hoje, especialmente no que diz respeito a ativismos, segue valendo o que Deus quer do nosso coração, da essência do ser humano. Sobre isso, disse Jesus: "Não entendam de modo errado a razão da minha vinda - não é para abolir as leis de Moisés e as advertências dos profetas. Não. Eu vim para cumprir as leis, e para fazer com que todas elas possam ser realmente seguidas. (...) Se alguém quebrar o menor mandamento, e ensinar outros a fazê-lo também, ele será o menor de todos no Reino dos Céus. Mas aqueles que ensinam as leis de Deus, e obedecem a todas elas, serão grandes no Reino dos Céus. Porém Eu advirto a todos: - a menos que vocês tenham melhor caráter que os fariseus e outros líderes dos judeus, não poderão de maneira nenhuma entrar no Reino do Céus", em Mateus, 5: 17 e 19.

Mesmo excluindo todas as evidências no contexto bíblico e diante da própria postura do apóstolo Paulo, considerando apenas Efésios 2 tal interpretação evangélica tradicional seguiria sendo absurda: se o ser humano é salvo apenas por fé, a suposta fé na obra redentora de Jesus na cruz é mentirosa sem arrependimento dos pecados, já que a entrega de vida por Jesus se deu justamente pelos pecados do homem. Moral da história: abrir-se mão do arrependimento dos pecados não significa nada mais que simplesmente jogar fora a obra de Jesus. Foi isso que quis dizer Tiago quando afirmou que fé sem obras é morta, e Jesus quando disse que pelos frutos reconhecemos a fé das pessoas.

Aquele que quiser Me seguir, deve pôr de lado seus próprios desejos
e carregar sua cruz cada dia, para conservar-se junto a Mim!
(Lucas, 9: 23)

Em Efésios 2, o apóstolo Paulo estava falando com cristãos recém convertidos do judaísmo, religião que pregava obras de sacrifícios para remissão de pecados conforme vimos mais acima - sacrifícios que, mesmo segundo o judaísmo do Velho Testamento, eram ou deveriam ser consequência do fundamental arrependimento dos pecados, como fica claro em Isaías 1. A graça de Deus hoje consiste em não reivindicar tais sacrifícios, nem se resume a praticar obras de caridade que, tão somente, não são capazes de encobrir os pecados do homem. A graça de Deus manifesta-se em um coração sincerto e arrependido que confessa a obra redentora de Jesus na cruz, à medida que excluir o arrependimento significa confundir graça com libertinagem, uma total banalização do caminho de Deus, e anular a mensagem básica do Evangelho que define salvação como resgate prático do pecado, incondicionalmente para hoje: "Se você não nascer de novo, nunca poderá entrar no Reino de Deus" (João, 3: 3).

Naquela época, assim como hoje, os judeus consideravam-se um povo especial, separado incondicionalmente apenas por ser judeu e crer - por isso as advertências através dos profetas do Velho Testamento, conforme lemos mais acima e em A Palavra de Deus Fala por Si: Ser Discípulo de Jesus, de Deuteronômio ao Apocalipse. Era a esses judeus, com esse espírito que o apóstolo Paulo falava. Para que não se sentissem privilegiados perante Deus por causa da morte e ressurreição de Jesus, nem privilegiados perante outros povos conforme vinha ocorrendo e tantos danos gerava dentro da sociedade judaica, fazendo inclusive com que a salvação fosse algo limitado na mente dos judeus, Paulo disse: "A salvação não é uma recompensa pelo bem que fizemos, portanto nenhum de nós pode obter qualquer mérito por isto" (Efésios, 2: 9).

Verso muito (mal) usado para sustentar a tese de que basta acreditar que Jesus é salvador, morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia, é este em I João: 5: 4: "Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé". Bem, quando a Bíblia fala em mundo, majoritariamente se refere ao pecado (o contexto da fala deixa muito claro quando devemos fazer separação entre os sentidos). O centro da mensagem do Evangelho, que é arrependimento e retratação dos pecados, o que nos reconcilia a Deus por meio de Jesus e seu sangue derramado na cruz, é exatamente a ideia desta passagem de João 5 fazendo todo o sentido com a ideia evangélica, inclusive com Efésios 2: viver-se em comunhão com Deus, quebrantado, contrito de coração ao mesmo tempo que com consciência livre de qualquer sentimento de culpa através do pleno entendimento que perante Deus somos totalmente limpos, requer a fé viva e sobrenaturalmente prática que vence opressão e o mundo (i.e, pecado).

Se consideramos o capítulo 5 de I João como manda o mínimo bom-senso, não apenas o verso 4 isoladamente, isso fica muito claro. Vejamos que diz o verso 2: "Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos Deus e guardamos seus mandamentos". Agora, verso 6: "E o Espírito é quem testifica, porque o Espírito é a verdade". Para tal comunhão com o Espírito Santo, não há obra - de caridade, sacrifício ou o que for - que compense a fé do indivíduo na obra redentora de Jesus - fé que, conforme temos visto na Bíblia e aqui mesmo, em I João 5, implica em fidelidade, obediência a Deus -. Essa fé é o experiência interior que vence os maus sentimentos, maus desejos e más atitudes que afastam de Deus - porém, para tudo isso temos a reconciliação com o Criador através da fé (versos 14 e 15): "Esta é a confiança [i.e., fé] que temos nele, que se pedirmos alguma coisa, segundo sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo que pedimos [fé], sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos". Com o que vimos até agora, já é o suficiente para considerar a fé, no sentido bíblico, como algo que vai muito além de mera crença em algo ou alguém, o que será claramente reforçado nas linhas a seguir - tal conceito faz toda a diferença dentro do que esboçamos aqui.

Quando se coloca tal "fé" como algo puramente intelectual, estereotipado, isolado do contexto existencial o coração do indivíduo acaba ficando petrificado, ele desenvolve uma alma gelada de maneira que não há arrependimento, não há obediência, não há fé levando-o a não entender nem poder, jamais, compreender isto, com todo o conhecimento teológico que possa ter (verso 18 de I João 5): "Ninguém que passou a fazer parte da família de Deus faz do pecado um hábito, pois Cristo, o Filho de Deus, resguarda-o com segurança e o diabo não pode pôr as mãos nele". Dado que a fé advém da conscientização de algo (neste caso, do Evangelho), se ela não apresenta resultados condizentemente práticos, é inexistente. Essa é a mais simples e certa maneira de se fazer uma autoanálise, e de se saber o verdadeiro intuito de quem se aproxima em nome da fé.

Exemplo bem prático disso: em determinado momento da vida, alguém deixou de discriminar pessoas, seja influenciado por fatores externos ou unicamente pela conscientização (algo possível, nada tão fácil muitas vezes, mas nada impossível ao contrário do incorreto vezo popular, "pau que nasce torto, morre torto"). Essa pessoa se esforçará ao máximo (ao mesmo tempo, isso será consequência, eis o círculo virtuoso da conscientização) para construir esse novo modelo de vida (a atitude é efeito e causa simultaneamente, indissociável da conscientização, uma levando à outra): a conscientização leva à prática, a prática leva a uma maior conscientização e a pessoa deverá ser muito diligente neste novo caminho, para se desfazer do velho. Outro exemplo que leva a essa mesma direção, é que quando se almeja que alguém mude a maneira de enxergar o mundo e/ou de agir, a recomendação mais indicada talvez seja, "tenha fé", cuja ideia implícita é a de que a fé gerará frutos em sua vida. Exatamente essa é a ideia de Jesus (pelos frutos os conhecereis; aquele que Me obedece, esse é o que Me ama), de Paulo (os frutos do Espírito Santo), de Tiago (crer é inútil sem fazer o que Deus quer que façam), e de todos os apóstolos e profetas da Bíblia. Isso é o que distingue fé de crença. É devido à antítese dessa fé realmente evangélica, pura em sua essência levando a uma "fé retórica", estereotipada e intelectaulizada confundida com mera crença que se baseia apenas no conhecimento e não na conscientização, que vemos milhares de indivíduos proclamando fé enquanto agem em dessintonia com o que dizem acreditar e, quando questionados por isso, saem-se com a velha, inconvicente e cínica, "fé não depende de obras".

Ainda em I João, um pouco antes no capítulo 1, verso 6, lemos o seguinte: "Portanto, se dissermos que somos amigos Dele e continuarmos a viver na escuridão espiritual e no pecado, estamos mentindo". Estamos mentindo que somos Dele se vivermos em pecado, isto é, alguém não é Dele pela maneira de viver, não somente pela crença que professa. Viver de acordo com os ensinamentos de Jesus, arrependendo-se, confessando e deixando os pecados é o que caracteriza incondicionalmente Seu discípulo, para quem é imprescindível a fé genuína enquanto uma separação entre Deus e o indivíduo, que alega ter fé sem gerar frutos práticos que venham do interior, é feita de maneira dura colocando este como "mentiroso", ao que Apocalipse 22: 15, apenas confirmando tudo isso, diz: "do lado de fora da cidade estão aqueles que se desviaram de Deus, e os feiticeiros, e os imorais, e os assassinos, e os idólatras e todos os que gostam da mentira e a praticam".

Mais adiante, no mesmo capítulo 1 de I João, no verso 9 lemos isto: "Mas se [condicional] confessarmos nossos pecados a Ele, podemos confiar que Deus nos perdoa e purifica de todo erro". Existe uma condição clara para que sejamos perdoados, e é justamente o pecado que nos afasta de Deus. A mensagem simples do Evangelho se resume nisso. Neste caso de I João 5, a esfera tradicional mantém suas tradições metodológicas tomando um verso de maneira absolutamente isolada desconsiderando o que vem antes e depois, reduzindo novamente a fé a um conceito meramente intelectual e não interiorizadamente experiencial, algo verdadeiramente espiritual. A fé tradicional, neste caso, vence um mundo retórico, vazio, não o pecado.

Em João 16: 7, Jesus diz: "Mas a verdade é que é melhor para vocês que Eu vá embora porque, se Eu não for, o Consolador não virá. Se Eu for, Ele virá - pois vou mandar o Espírito Santo a vocês. E quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça de Deus, e do livramento da condenação". Tal afirmação apresenta um outro elo a Efésios 2: o convencimento e o arrependimento dos pecados são-nos trazidos pelo Espírito Santo, não vêm de nós mesmos, são dádivas de Deus mas nem por isso deixam de ser algo que se deva buscar como condição de se manter em comunhão com Deus, um círculo virtuoso entre o Espírito Santo e o ser humano: "Quem confessa e abandona seus pecados, será perdoado" (Provérbios, 28: 13).

Tanto que o mesmo Paulo chegou ao extremo e ordenou, em I Coríntios 5: 5, sobre um homem que mantinha relações sexuais com a esposa de seu pai: "E expulsem esse homem da comunhão da igreja, entregando-o nas mãos de Satanás para castigá-lo, na esperança de que a sua alma será salva quando o nosso Senhor Jesus Cristo voltar". A ideia do apóstolo era que algo pudesse gerar arrependimento no indivíduo frente ao terrível pecado que cometia sem nenhum constrangimento, enquanto orava e, supostamente, louvava a Deus.

Para quando não há atitudes condizentes, mas uma vida vazia em relação ao que prega o Evangelho, a Bíblia descarta o que se possa chamar de fé dizendo abertamente que ela não existe, é morta, e acima está mais um exemplo bíblico tratando disso: um mau caráter que não erra por fraqueza humana, mas sim deliberadamente deixando de seguir Jesus enquanto afirma o contrário. A Bíblia é sempre categoricamente dura quanto a isso: "Assim agora podemos dizer quem é filho de Deus e quem é de Satanás. Todo aquele que vive uma vida de pecado e não ama a seu irmão mostra que não está na família de Deus" (I João, 3: 9 e 10).

Só se pode entrar no céu pela porta estreita! A entrada para o inferno é larga, e sua porta é bastante ampla, para todas as multidões que escolherem esse caminho fácil. Mas a Porta da Vida é pequena e a estrada é estreita, e só uns poucos a encontram (Mateus, 7: 13)

Ainda disse Paulo, em Romanos 6, versos 14 a 17: "Nunca mais o pecado precisa voltar a ser-lhes senhor, pois agora vocês não estão mais amarrados à lei com que o pecado os escraviza, mas livres sob a compaixão e misericórdia de Deus. Isto significa que agora podemos ir avante e pecar sem nos incomodarmos com o pecado? (Pois nossa salvação não depende de guardar a lei, mas de receber a graça divina!) Naturalmente que não! Será que vocês não compreendem que podem escolher seu próprio senhor? Podem escolher o pecado (com a morte) ou então a obediência (com a absolvição). Aquele a quem você mesmo se oferecer, este o tomará, será seu senhor e você será escravo dele. Graças a Deus que vocês, embora antigamente tivessem escolhido ser escravos do pecado, agora obedeceram de todo o coração ao ensino que Deus lhes entregou". Assim, fica claro que Paulo excluiu o legalismo como prática da fé, mas jamais excluiu dela a obediência a Deus.

Se comparamos tudo isso também ao que Deus diz à igreja de Laodiceia no capítulo 3 de Apocalipse, tudo acaba formando uma perfeita harmonia de ideias, novamente reforçadas pelo próprio Jesus: "Nem todos os que falam como gente religiosa são realmente assim. Tais pessoas podem referir-se a Mim como 'Senhor', porém apesar disso não entrarão no céu. Porque a questão decisiva é se elas obedecem ao meu Pai do céu ou não" (Mateus, 7: 21).

Contudo, interpreta a doutrina tradicional, tendo como chave hermenêutica Efésios 2 muito mal interpretado dentro de si mesmo e do conexto bíblico em geral (ao qual não é colocado), que passagens como essa de Jesus se referem a questões puramente doutrinárias, isto é, "tais pessoas podem se referir a mim como Senhor (...)", não dizem respeito à obediência nem à verdadeira espiritualidade, mas em se estar intelectualmente convencido da doutrina tradicional - mais especificamente, refere-se a pentecostais, católicos enfim, a todo aquele que, afirmam, é um pseudocristão por não compactuar rigorosamente com suas doutrinas, enquanto um péssimo caráter em piora vertiginosa, mas que aceita tal doutrina é o que chamam de "salvo".

Mas não apenas o verso 21 do capítulo 7 de Mateus é suficientemente claro para contradizer tal interpretação, como o próprio contexto de todo o capítulo deixa bem claro que Jesus se refere à essência do individuo, à qualidade da adoração a Deus que deve ser espiritual e verdadedeira (João, 4: 23 e 24) - mais uma consonância com o contexto bíblico mais amplo.

Todo aquele que perseverar em fazer a vontade de Deus, viverá para sempre (I João, 2: 17)

A grande cegueira tradicional reside na ideia de que arrependimento de pecados e conversão como mudança de vida, essência da mensagem do Evangelho e da reconciliação com Deus, tratam-se de "obras", e em manifestar-se nervosamente contrário à toda e qualquer associação entre o Evangelho e o discípulo de Jesus, à obediência a Deus necessariamente.

Afirma insistentemente a doutrina tradicional perante tudo isso que, uma vez reconhecida a obra redentora de Jesus, "ato" este chamado de conversão, Deus não voltará atrás deixando com que o indivíduo se perca, o que tampouco procede: "'Vocês não são salvos por serem bons", dizem eles, 'portanto, não importa que sejam maus. Façam o que quiserem; sejam livres'. Entretanto, estes mestres que oferecem esta 'liberdade' da lei são, eles próprios, escravos do pecado e da destruição. Porque o homem é escravo de qualquer coisa que o domina. E quando uma pessoa livrou-se dos caminhos pecaminosos do mundo ao aprender acerca do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e depois se deixou emaranhar pelo pecado e se tornou novamente escrava dele, está pior do que antes. Seria melhor nunca ter sabido nada acerca de Cristo, do que aprender a respeito dele e depois disso dar as costas aos mandamentos santos que lhe foram dados. Há um velho ditado assim: 'O cachorro volta ao que vomitou, e o porco é lavado apenas para voltar e revolver-se de novo na lama'. Isto é o que acontece com aqueles que se voltam novamente para o seu próprio pecado" (II Pedro, 2: 19 a 22). Isso tudo faz, mais uma vez, perfeita conexão com o Evangelho: "Aqueles que ficarem firmes até o fim serão salvos. (Mateus 24: 13). Portanto, quem voltou atrás foi o ser humano, não Deus - Este é fiel até debaixo d'água, mas ao mesmo tempo dá liberdade e respeita o livre arbítrio do ser humano como ninguém.

Note que mais acima destacamos o substantivo ato através de aspas: se a interpretação correta fosse a de que salvação não depende em nada do ser humano e não vem das consideradas "obras", então Deus seria contraditório e deveria, mantendo essa linha de raciocínio, salvar a todos ou fazer com que a fé fosse nata, partisse diretamente de Deus de maneira que todos os cristãos já nascessem com fé, ao invés de uma decisão do indivíduo (coisas evidentemente tão absurdas quanto a tal doutrina, que leva a esse tipo de hipótese).

Mas não é assim, pois a conversão em si já é um ato de fé, algo que parte do ser humano em seu livre arbítrio. Mais uma grande contradição no discurso evangélico tradicional. O ato da conversão, que consiste em arrependimento dos pecados, deve ser mantido durante toda a vida: "Mas aqueles que ficarem firmes até o fim serão salvos" (Mateus 24:13). Como tudo na vida depende de atitude - amar, promover a paz, perdoar, ser perdoado -, a conversão em si já representa um ato - vai além dele, mas passa pela atitude - de maneira que crer, no sentido bíblico, implica claramente acolhimento interior do Evangelho, e levando-se em conta essa realidade evidente, aí está mais uma grande contradição na interpretação evangélica tradicional. Para tudo isso, Judas Iscariotes é um grande exemplo: acreditou em Jesus como Salvador do mundo, e como poucos, até terminar tragicamente sua trajetória como discípulo de Jesus, saindo pelas portas do fundo da história.

Os erros conceituais da doutrina tradicional são bem claros, neste sentido: confundir arrependimento de pecados com as obras mencionadas por Paulo, que se referia a sacrifícios tanto quanto às de caridade para compensar pecados, e confundir fé em Jesus, no sentido bíblico dentro de seu contexto, com simplesmente crer em Jesus (reduzindo crer a seu sentido mais simplista, isto é, considerar algo como verdadeiro). O que acaba levando a outro grave erro: conversão, que significa mudança de rumos, transformação, acaba sendo interpretada como algo meramente intelectual baseada naquilo que o indivíduo acredita ou algum dia acreditou, em um Jesus histórico e em um eu histórico que, em dado momento da vida, reconheceu a redenção proporcionada por Deus (coisa que o próprio Satanás fez, e até hoje faz com muita convicção).

Na verdade, a esfera evangélica tradicional adota as exortações de Paulo à igreja de Corinto, em séria crise, como "conselhos" que não dizem respeito diretamente à caracterização do cristão, nem colocam em dúvida sua comunhão com Deus. Em alguns casos isso é real, mas em muitos outros não: basta, como argumentamos mais acima, ter-se Jesus como chave interpretativa e observar claramente como Ele mesmo denominou muitas de Suas prédicas como "mandamentos" - muitos dos quais correspondem exatamente aos do apóstolo Paulo.

Porém Eu advirto a todos: a menos que vocês tenham melhor caráter que os fariseus
e outros líderes dos judeus, não poderão de maneira nenhuma entrar no Reino do Céus
(Mateus, 5: 20)

Como pouca desgraça é bobagem nessa ala evangélica (quem já provou do veneno do seu fruto, com raras e honrosas exceções, sabe bem disso), se a doutrina tradicional é totalmente contraditória dentro da Bíblia e dentro do próprio discurso tradicional, na verdade excludente de grande parte da Bíblia como temos visto, por outro lado se esforça bastante para ser coerente em suas incoerências, muito fiel a elas: afirma-se abertamente que mesmo um tremendo mau caráter que um dia reconheceu o senhorio de Jesus, vai incondicionalmente para o Céu.

Tal ensinamento também explica o porquê de tantos ditos e feitos dos mais traiçoeiros no meio, mesmo dentre lideranças sem o menor peso na consciência, servindo-se docemente da religião e usando e abusando de dois pesos e duas medidas. Se alguém tentar contra-argumentar essa doutrina, neste caso também será vítima do afamadamente raivoso "embate santo" tradicional, inevitavelmente (este ponto do caráter vinculado à salvação causa irritação como nenhum outro dentre tradicionais).

Quando alguém se faz cristão, torna-se uma pessoa totalmente nova por dentro.
Já não é mais a mesma. Teve inicio uma nova vida!
(II Coríntios, 5: 17)

Não há possibilidade de alguém se aproximar de verdade de Jesus e continuar com a velha vida - Jesus e os apóstolos mesmos afirmaram isso, essa é a essência da mensagem do Evangelho que permeia toda a Bíblia como o poder de Deus para o ser humano, e quem se aproximou de Jesus de verdade testemunha tal realidade, inevitavelmente. Quanto a isso, disse Jesus: "Fiquem firmes em Mim, e deixem-Me viver em vocês. Pois um ramo não pode dar fruto quando está separado da videira. Nem vocês podem produzir separados de Mim. Todo aquele que vive em Mim, e Eu Nele, produzirá muitos frutos. Quando alguém se separa de Mim, é jogado fora como uma ramo imprestável, seca-se, é ajuntado num montão com todos os outros, e depois queimado. Mas se vocês permanecerem em Mim e obedecerem às minhas ordens, podem fazer o pedido que quiserem, e isto será concedido! Os Meus verdadeiros discípulos dão colheitas abundantes. Isto resulta em grande glória ao Meu Pai." (João, 15: 4 a 7).

Agora, vejamos o que disse o apóstolo Paulo no capítulo 5 de Gálatas, do verso 19 ao 24: "Entretanto, quando vocês seguirem suas próprias inclinações erradas, suas vidas produzirão os seguintes maus resultados: pensamentos impuros; ansiedade pelo prazer carnal; idolatria, feitiçaria, (isto é, incentivo à atividade dos demônios); ódio e luta; ciúme e ira; esforço constante para conseguir o melhor para si próprio; queixas e críticas; o sentimento de que todo mundo esta errado, menos aqueles que são do seu próprio grupinho; e haverá falsa doutrina inveja, assassinato, embriaguez, divisões ferozes e toda essa espécie de coisas. Vou dizer-lhes novamente como já o fiz antes, que todo aquele que levar esse tipo de vida não herdará o reino de Deus. Mas quando o Espírito Santo controlar nossas vidas, Ele produzirá em nós esta espécie de fruto: amor, alegria, paz, paciência, bondade, retidão, fidelidade, mansidão e domínio próprio; e aqui não há conflito algum com as leis judaicas. Aqueles que pertencem a Cristo pregaram seus maus desejos naturais na sua cruz e os crucificaram ali".

Sobre o Espírito Santo sendo parte da vida da pessoa, afirmou categoricamente o apóstolo Paulo em Romanos 8: 8 e 9: É por essa razão que nunca podem agradar a Deus aqueles que ainda estão sob o controle de sua própria natureza pecaminosa, inclinados a seguir os antigos desejos malignos. Vocês, porém, não são assim. São controlados pela nova natureza se tiverem o Espírito de Deus morando em vocês. (E lembrem-se de que se alguém não tiver o Espírito de Cristo morando em si mesmo, esse não é cristão de modo nenhum).

Conforme vimos nas citações de Tiago e Apocalipse no início deste texto, no primeiro parágrafo, confirmado também, e amplamente através de todo o contexto biblico exposto aqui e mais ainda em A Palavra de Deus Fala por Si: Ser Discípulo de Jesus, de Deuteronômio ao Apocalipse mais acima, qualquer doutrina que saia disso descaracteriza totalmente o Evangelho, além de reduzir o poder de Deus ainda que inconscientemente. Mas mesmo com todas as evidências lógicas e bíblicas, além do caráter perverso dessa distorção é interessantíssimo a muitos religiosos manter tal doutrina isentadora de diversas responsabilidades.

"Que direi Eu a respeito desta nação? Esta gente é como crianças que estão tocando, e dizem aos seus amiguinhos: 'Nós tocamos música de casamento, e vocês não se alegraram; então, tocamos música de enterro, e vocês não ficaram tristes'. Porque João Batista não bebe nem vinho e muitas vezes fica sem comer, então vocês dizem: 'Está louco'. E Eu, o Messias, tomo parte em festas e bebo, vocês se queixam e dizem que sou 'um comilão e bebedor, um homem que vive andando por aí com a pior espécie de pecadores!'"

"Mas homens brilhantes como vocês podem justificar todas as suas contradições! Ai de ti, Corazim, e ai de ti, Betsaida! Porque se os milagres que Eu fiz nas tuas ruas tivessem sido feitos em Tiro e Sidom, há muito tempo aqueles povos teriam se arrependido com vergonha e humildade. Verdadeiramente, Tiro e Sidom estarão em melhor situação no Dia do Juízo do que Corazim e Betsaida!"

"E tu, Cafarnaum, embora altamente honrada, descerás ao inferno! Porque se os admiráveis milagres que operei aí tivessem sido feitos em Sodoma, a cidade ainda existiria hoje. A situação de Sodoma será melhor do que a sua, no Dia do Juízo". E Jesus fez esra oração: "Ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, Te agradeço porque escondeste a verdade daqueles que se julgam tão sábios, e a revelaste às crianças!"

(Mateus, 11: 17 a 25)

A maneira de se provar o resultado de uma multiplicação é transformá-lo em divisão, e vice-versa. Na vida, tudo é assim: inevitavelmente, mais cedo ou mais tarde se prova na prática tudo o que a envolve, e nada mais prático, vivo e eficaz que a Palavra de Deus. Pois o resultado inevitável da ideia de que simplesmente crer caracteriza um discípulo de Jesus, é i sectarismo (do substantivo "seita", que faz esses mesmos religiosos "se arrepiar"), em que acaba se tratando as mesmas posturas equivocadas de maneiras totalmente distintas, cheias de parcialidade dependendo da profissão de "fé" (na realidade, de crença) da pessoa em questão. Será que é isso que Deus quer, será "isso" Deus? Sua Palavra não diz isso de Si mesmo, muito pelo contrário em diversas passagens em seu amplo contexto, inclusive nesta: Deus não tem preferidos quando julga (Deuteronômio, 10: 27, Atos, 10: 34, Colossenses, 3: 25, e I Pedro, 1: 17).

E mais uma dentre as tantas provas cabais de que essa tendência doutrinária confunde catastroficamente fé com crença, reside lamentavelmente na questão já observada mais acima, no início do artigo em relação à generalizada raiva doutrinária: um indivíduo pode dar todas as demonstrações práticas de fé, enquanto crê em Jesus como o único Salvador que morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia bem como em tudo o mais do Evangelho, se contudo não compactua com a via doutrinária dos pertencentes a tal setor religioso, por mais vazios que muitos destes possam ser e por mais cheio que o praticante da fé viva, este é incondicionalmente considerado um herege por aqueles - por suas vezes, incondicionalmente considerados puritanos por si mesmos, apenas porque creem em tal doutrina. Esse reducionismo simplesmente "mata" o Evangelho no coração de milhões de seres humanos, cuja essência vai muito além disso - essa morte explica o porquê do esfriamento crescente de muitos que professam a fé cristã, através de um "Evangelho" morto que se tornou um manual sistemático e antipático de "como conhecer a Deus".

Tal ensinamento, no conteúdo e na forma "metodológica" idêntico ao dos fariseus dos tempos de Jesus, é também fruto do erro histórico de ater-se a versos isolados, que isolados são desconexos do contexto e de sua ideia original enquanto desconsideram o que vem antes e depois deles, o contexto bíblico mais amplo e, além do mais, não possuem no Evangelho sua referência, cuja mensagem central é de arrependimento e mudança de vida (i. e., conversão) - são versos fechados em si mesmos ou em mais um punhado de "cacos bíblicos" cuidadosamente selecionados, igualmente isolados cujas maiores referências são as ideias e "parábolas" pastorais.

Fruto do fato de que a Palavra de Deus foi substituída pela panaceia cerimonial em que prevalecem as palavras dos "tecnocratas da fé" sobrepondo-se, sutilmente, à Palavra de Deus pura e simples, de cuja simples realidade não há como fugir desde que lida em seu amplo contexto como um livro de reflexão segundo o propósito pelo qual ela foi criada, não como sistemático instrumento de defesa doutrinária da comunidade local, nem como livro para se fechar os olhos e ler a página que o acaso abriu, nem menos, absurdo ainda pior já mencionado, ater-se a trechos isolados, e muitas vezes ¹/2 verso ou até ¹/3 de verso, prática generalizada nessas mesmas comunidades que confundem fé com crença. Pois tal confusão não é mera casualidade: trata-se de mais uma prova que a vida dá daquilo que o ser humano produz, triste efeito que descaracteriza totalmente a mensagem essencial do Evangelho produzindo um tipo de "fé" que não vence pecado nenhum, contrariando as previsões do apóstolo João (fé que vence o mundo), e que não move sequer um grão de areia - quanto mais uma montanha, conforme previu Jesus.

Esses doutores em Deus têm por prática generalizadamente peculiar correr uma Bíblia inteira baseados neste método dos cacos bíblicos, de trechos em trechos sem pouca ou nenhuma capacidade de tomar a Palavra de Deus em seu amplo contexto, o que se pode chamar de literalismo dentro do qual defendem suas versões, e muitos que discordam em diversas questões tendem a adotar a mesma prática reducionista, correr toda a Bíblia mas argumentando com trechos que se encaixam em suas ideias, debatendo dentro da mesma Bíblia sem nunca haver um consenso. Essa metodologia teológica pode ser comparada a uma hipotética retirada de trechos da(s) fala(s) de uma pessoa e encaixá-los, fora de contexto, de acordo com as ideias de alguém que usa ainda parábolas e frases de efeito de sua criação ou preferência: poder-se-á perfeitamente, a partir disso, formar um anjo ou um demônio através das mesmas palavras em relação à mesma pessoa, dependendo da disposição de cada um (o que, aliás, não é nada incomum em nossa sociedade). É o que se tem feito com o Evangelho ao longo do tempo - muito mais por interesses e conveniências (o que inclui orgulho religioso) pessoais ou coletivos, que por qualquer outra coisa -. Este caso da estrondosa confusão entre fé x crença é mais um exemplo da perversão dos ensinamentos de Jesus, por um motivo ou por outro. O evidentemente certo nessa história toda é que a Boa Notícia trazida por Jesus está muito distante de se resumir a uma crença.

Com o perdão do termo, já que não encontramos outro mais apropriado para definição: a contradição mais estúpida de tal doutrina evangélica tradicional é que enquanto afirmam nervosamente que apenas crer é suficiente independente de qualquer coisa, os tradicionais, muito generalizadamente, acreditam piamente e dizem aberta e raivosamente que os arqui-rivais pentecostais simplesmentenão são cristãos e não irão ao Céu, pelo simples fato de pertencerem à outra ala evangélica com diferenças teóricas, mesmo crendo na obra redentora de Jesus na cruz, na ressurreição no terceiro dia e na Bíblia como inspirada por Deus.

Em muitos casos, o pentecostal poderia conviver tranquilamente com um tradicional, mas o inverso disso é, na imensa maioria dos casos, quase na totalidade impossível. Certa vez no púlpito da Igreja Batista da Vila Mariana em São Paulo, uma das grandes vozes batistas paulistanas, o pastor repetiu o que não é raro se ouvir nessa ala evangélica, externando o caráter exclusivista que na verdade faz parte da essência da doutrina tradicional: "Se você pertence a alguma igreja batista, pode participar da Santa Ceia". Mesmo que qualquer pentecostal seja extremamente obediente à Bíblia, não irá ao Céu porque, segundo os tradicionais, salvação não vem de obras mas de crer, e os pentecostais não creem de maneira satisfatória. Como se vê mais uma vez, e claramente, nem os próprios tradicionais acreditam no que pregam.

Diabo vem do latim diabolus e do grego diábolos, que significa aquele que divide. Mas claro, como salvação não depende de obras e são os tradicionaios guardiães da suposta sã doutrina que salva, sentem-se à vontade para combater agressivamente e escurraçar do meio deles quem não faça parte de seu grupo dos "salvos" - práticas muito conhecidas no meio evangélico, na realidade a marca registrada dos tradicionais.

Se alguém pecar deliberadamente rejeitando o Salvador depois de ter conhecido a verdade do perdão,
este pecado não é coberto pela morte de Cristo; não há meio de livrar-se dele
(Hebreus, 10: 26)

Portanto, alegar que apenas crer em Jesus caracteriza o cristão divorciando o Evangelho da obediência, é uma maneira sutil de limitá-lo a uma religião meramente carnal, intelectual baseada unicamente em conceitos; mais que isso, é uma maneira religiosa de distorcê-lo, de pervertê-lo afastando-o de sua essência. Conforme vimos até aqui na Bíblia, tendo no Evangelho a chave interpretativa, o sentido etimológico de fé (lealdade, fidelidade) está claramente de acordo com o ensino evangélico, dentro do qual crença, por si só, jamais significa fé.

Mas muito além da etimologia, o verdadeiro significado da fé em nosso interior encoraja a ser diferentes em um mundo corrompido, anima-nos continuar ainda que subtraídos materialmente ou até perseguidos e desprezados. Fé que nos salva. Fé que independe de emoções e de qualquer tipo de sensação natural para que tenhamos a permanente consciência do amor infinito de Deus, haja o que houver. Fé para abrir mão do humanamente irrecusável, para vivermos de mãos estendidas e mover as mãos de Deus dentro do que é bom, agradável e perfeito à existência, sobretudo ao próximo. Foi essa fé que viveu e pregou Paulo, Tiago, os demais apóstolos, profetas, o próprio Jesus e todos os cristãos perseguidos ao longo da história, que permitiram o acesso à Bíblia hoje. Dádiva gratuita a qualquer um que a desejar viver plenamente, sinceramente, indivisivelmente, a fé é tão livre quanto prática por excelência.

A interpretação tradicional trata-se do outro extremo, algo tão absurdo quanto a tese de que apenas através de boas ações se obtém perdão de pecados (Efésios 2 também deixa claro que não é assim, já que sem fé não se faz o que Deus quer). Porém, no caso evagélico tradicional, é um extremo bem mais comodista, convenhamos, através do qual muitas vezes não se nega o nome de Jesus mas, na prática, nega-se o Evangelho absolutamente absolvido pela doutrina que confunde fé com crença, colocando essa suposta fé (traçada pelas cartilhas doutrinárias) na profissão, ao invés de fazer da profissão de fé uma consequência da vivência do Evangelho. Se a plena comunhão com Deus não se dá através de meras ações humanas, por outro lado as pessoas evidenciam viver sob a bondade (graça) de Deus ou não, pela maneira de agir.

"Porque João Batista pregou para que se arrependessem e se voltassem para Deus, e vocês não quiseram, enquanto que homens muito maus e prostitutas fizeram isso. E mesmo quando vocês viram tudo acontecendo, recusaram-se a arrepender-se, e assim não puderam crer (Mateus, 21: 32). A mensagem do Evangelho, cujo centro é arrependimento pelos pecados tendo como parte indissociável o amor, é de perseverança: a imensa maioria dos que ouviam e até acreditavam e seguiam Jesus por algum tempo, acabavam desistindo no meio do caminho ainda acreditando em Suas palavras, mas não foram feitos discípulos Dele (enquanto outros que não O seguiram fisicamente mas mantiveram Sua mensagem na alma, permaneceram sendo Seus seguidores). Definitivamente, crer significa obedecer, apresentar inevitavelmente resultados segundo Jesus, reconfirmado pos seus ditos em João 14:12: "Digo a vocês verdadeiramente que: qualquer um que crer em Mim, fará os mesmos milagres que Eu tenho feito, e ainda maiores, porque Eu vou para presença do Pai. Vocês podem pedir a Ele qualquer coisa, em Meu nome, e Eu o farei, e assim o Pai será glorificado através do Filho".

Portanto, se permanecermos junto dEle e lhe formos obedientes, não pecaremos também; mas aqueles que continuam
pecando devem entender isto: eles pecam porque realmente nunca O conheceram nem chegaram a ser dele
(I João, 3: 6)

● "Jesus condenou duramente os fariseus, mestres da religião, por não viver o que pregavam, por não obedecer a Deus, e Jesus afirmou que eram falsos religiosos por isso", ao que responde a tal sã doutrina:

"Jesus combateu duramente os fariseus por não ter acreditado Nele como salvador do mundo, não por questões de obediência e caráter". Antes de mais nada, desconsidera-se que os fariseus, pertencentes à ala mais conservadora da sociedade e da direita ou centro-direita politica à época, eram grandes mestres da Bíblia à época (Velho Testamento), os que mais acreditavam na doutrina correta, a judaica, e ensinavam os outros a fazê-lo. Os fariseus pertenciam, teoricamente, ao chamado povo de Deus (exatamente o que Jesus questionou).

Desconsidera-se também que Jesus, em diversas ocasiões, deparou-se com pessoas que não Lhe davam crédito - o que mais comumente acontecia em Sua terra -, e que muitos O buscavam apenas atrás de curas, depois se afastavam. Portanto, se o que Jesus tinha em mente em relação aos fariseus está de acordo com a interpretação dos evangélicos históricos, Ele foi incoerente e injusto: deveria ter saído batendo boca com todos os que não acreditavam Nele, ou que O procuravam atrás de interesses que não eram espirituais. Mas não foi assim, longe disso - nem com diversos outros líderes religiosos Jesus Se comportou dessa maneira, apenas com os fariseus em extremo rigor e intolerância. Jesus tratava com amor mesmo os que não acreditavam Nele, Seus compatriotas ou não.

Desconsidera-se uma das primeiras palavras do Evangelho, proferidas por João Batista: "Antes de serem batizados, provem que abandonaram o pecado praticando obras dignas. Não tentem escapar, pensando: 'Estamos salvos porque somos judeus - somos descendentes de Abraão!' Isso não prova nada! Deus pode até mudar estas pedras em judeus! E agora mesmo o machado do julgamento de Deus está levantado para derrubar cada árvore que não produz - serão derrubadas e queimadas" (Mateus, 3: 8 a 10). Tais advertências, em absoluta consonância com as de Jesus (bem mais tarde) aos fariseus, não podem ser entendidas jamais de acorco com a maneira evangélica tradicional, já que quando João disse isso Jesus ainda não havia surgido como o Messias.

Desconsidera-se o mas evidente, que responde tudo: a essência das palavras de Jesus aos fariseus, deixando muito claro o sentido da condenação do suposto "povo de Deus", da qual não há como fugir os que se julgam na mesma condição hoje, enquanto possuem caráter farisaico - a isso Jesus se referia, ao caráter, às contradições entre falar e agir, servir à doutrina simplesmente, ou intelectualmente, e servir a Deus (leia Mateus 6, 7 e 23).

Vejamos esta passagem de Mateus 7: "Cuidado com os falsos mestres que vêm disfarçados em ovelhas inofensivas, mas são lobos, e vão despedaçar vocês. Vocês podem descobri-los pela maneira como agem (...). Sim, o meio de identificar uma árvore, ou uma pessoa, é pela qualidade do fruto que dá. Nem todos os que falam como gente religiosa são realmente assim" (versos 15, 16, 20 e 21). Jesus disse que um falso religioso é caracterizado por como age, não por como fala nem pelo tipo de fé que professa.

Agora, consideremos as palavras de Jesus em Mateus 23: "Ai de vocês, fariseus, e demais líderes religiosos! Fingidos! Pois vocês não deixam os outros entrarem no Reino dos Céus, nem vocês mesmos entram. Vocês parecem ser santos, com todas as suas longas orações públicas nas ruas, enquanto estão expulsando as viúvas das casas delas. Fingidos! Sim, ai de vocês, fingidos. Porque vão a qualquer distância para converter alguém, e depois fazem a mesma pessoa duas vezes mais digna do inferno do que vocês mesmos são" (14 e 15).

De acordo com Mateus 7 e fazendo todo o sentido dentro do contexto bíblico, Jesus deixa totalmente claro na sequência de Mateus 23 o que caracteriza um religioso fingido: "São tão cuidadosos em limpar a parte de fora da taça, mas o interior está imundo de exploração dos outros e de cobiça. (...) São como belos túmulos - cheios de ossos de homens mortos, de podridão e sujeira. Vocês procuram parecer homens santos, mas por baixo desses mantos de bondade, estão corações manchados de toda espécie de fingimento e pecado" (25, 27 e 28).

Ainda em relação à guarda da doutrina pura e simplesmente, meramente intelectual dentre judeus, desde sempre Deus condenou duramente isso, sem arrependimento e seus frutos conforme vimos em Isaías 1: 12 no ponto acima, bem como nos diversos versos do Velho Testamento apresentados em A Palavra de Deus Fala por Si: Ser Discípulo de Jesus, de Deuteronômio ao Apocalipse, sucedido de artigo mais acima.

Para os que acreditam que Deus mudou a maneira de ser na época da graça sob Jesus, e que tudo está mais fácil, que se alargou o caminho aos Céus, vale considerar as palavras de Jesus em Mateus 5: "As leis de Moisés diziam: 'Não cometa adultério'. Porém Eu digo: Qualquer um que até mesmo olhar para uma mulher com cobiça nos olhos, em seu coração já cometeu adultério com ela" (27 e 28).

Pois é exatamente essa "doutrina santa", esse tipo de fé puramente teórica, filosófica baseada também nas exortações de Jesus como "doutrinárias" que gera ódio religioso contra toda e qualquer diferença: a fúria de Jesus, segundo tal doutrina, não se deu por falsidade prática mas por equívocos religiosos teóricos. Logo, segue-se os passos histéricos do mestre.

Não desperdice tempo discutindo idéias tolas nem mitos e lendas absurdas.
Gaste seu tempo e energia na prática de conservar-se espiritualmente apto
(I Timóteo, 4: 7)

Sob tal interpretação, nesta caso sim, segue-se fielmente os ditames do pseudoCristo esquizofrênico da ala evangélica mais tradicional, em constante batalha àquilo que julga sair de sua são doutrina, até em relação às mínimas diferenças teóricas - justificando inclusive genocidas guerras entre Estados em nome de Deus, especiamente contra o mundo islamita -, enquanto, tão incoerentemente, coam mosquitos e engolem camelos adulando péssimos caráteres em seu meio desde que sejam "bons teóricos", ao mesmo tempo que escurraçam outros, não raramente sob ridicularização, por suas "questões doutrinárias".

Eis aqui a exposição da origem de mais um belo fruto da "fé" evangélica tradicional - no caso, a histeria doutrinária que, muito geralmente, não escolhe hora nem lugar e pode-se ver claramente no olhar desses indivíduos, famosíssimos por tais inconvenientes.

As grandes lições deixadas nisso tudo envolvendo as fortes palavras de Jesus aos fariseus, são claras: os que reconheceram Jesus não foram, tão paradoxalmente, os teólogos e os mais presos a assuntos doutrinários, mestres da religião, mas pessoas simples em busca de espiritualidade verdadeira com coração predisposto a obederecer. Apenas o conhecimento intelectual das Escrituras (na qual os fariseus eram os maiores mestres) sem santidade a Deus não garante conhecimento espiritual, mas é justamente o motivo da confusão na vida do ser humano, e de sua condenação. Daí, surgem todas as contradições não só entre teoria e prática, mas também entre o que se diz em um instante e em outro. Jesus usava não apenas as atitudes dos fariseus para fazê-los cair em contradição, mas principalmente suas próprias palavras. E, orgulhosos de seus conhecimentos doutrinários que os colocavam em situação privilegiada a outros em toda a sociedade, além de indiferentes em relação às suas vidas sujas, era esse segundo ponto o que mais enfurecia os fariseus - tocava no orgulho religioso deles.

Então Jesus disse: "Eu vim para o mundo para dar vista àqueles que são cegos no espírito, e para mostrar, àqueles que pensam que vêem, que são cegos". Os fariseus estavam ali perguntaram: "você está dizendo que nós somos cegos?". "Se vocês fossem cegos, não teriam culpa de nada", respondeu Jesus. "Mas a culpa de vocês permanece porque vocês pensam que sabem o que estão fazendo"
(João, 9: 39, 40 e 41)

Tal princípio espiritual colocado por Jesus vale também para hoje, a qualquer um que, mesmo confessando-O como salvador com todos os conhecimentos intelectuais das Escrituras e/ou envolvido em toda a sorte de ativismos éticos e religiosos, afastaram-se da mensagem essencial da Boa Nova Dele. A Palavra de Deus é viva e livro mais atual que existe; portanto, ser um fariseu cristão em pleno século XXI, cego ao mesmo tempo vivendo plenamente a religião exteriorizada e dono do mais sublime conhecimento bíblico, capítulo por capítulo, aceitando o nome Jesus mas não o espírito de Jesus, também é (muito) possível. E isso estamos vendo, quem tem olhos para ver, que veja. Ou, à vontade, cegue-se para sempre.

Jesus quis muito, muito mais que transmitir apenas doutrina, mas que Suas palavras produzissem efeito prático no interior das pessoas a ponto de transformar por completo sua essência, e foram nesse sentido Suas pesadas advertências aos fariseus presunçosos, mestres da religião. Desconsiderando essa simples e evidente realidade, a ala tradicional, como sempre, como em tudo, neste caso também reduz Jesus a algo doutrinário, gelado, histórico, fechado às letras sem valor prático que apenas geram frieza no indivíduo relegando as palavras e atitudes de Jesus a um passado remoto.

Como a Igreja evangélica, em especial sua ala histórica não tem como excluir da Bíblia tais passagens e personagens como Judas Iscariotes (embora faça com que passem totalmente desapercebidos em seus ajuntamentos), busca nesse tipo de racionalismo gratuito, totalmente desconexo seu subterfúgio. Colocá-los dentro da realidade bíblica seria rever todos os fundamentos da igreja, por isso "nunca" são mencionados.

Reduzir a postura enérgica e sistemática de Jesus frente aos fariseus a uma disputa doutrinária, é mais uma "grande sacada" bem ao estilo evangélico tradicional cujo líder mais ilustre, o sábio presidente da Igreja Presbiteriana do Brasil, sr. Isaías de Souza Maciel de altíssimo nível moral e intelectual, é secreto maçon de alto grau que usa descaradamente o importante posto religioso "protestante" para apoiar políticos, tendo colocado sua última candidata, a atual presidente Dilma Rousseff, como "o apóstolo Paulo do século XXI" na campanha eleitoral de 2010, levando consigo e às urnas dezenas de milhares de pastores, e dezenas de milhões de membros das mais diversas ramificações ditas evangélicas, conforme reportamos com exposição de vídeo em O Evangelho de Sonhos, Igualdade e Poderosa Transformação do Ser Humano, como Instrumento de Alienação Social e Arma para Corruptos Inescrupulosos, mais acima.

Se alguém Me ouvir e não Me obedecer, não Sou Eu o juiz dele - pois vim salvar, não julgar o mundo. Mas todos os que Me
rejeitam e desprezam Minha mensagem, serão julgados no Dia do Juízo pelas verdades que falo
(João 12: 47 e 48)

Por isso tudo, os fariseus são ícones daquilo que Jesus fez questão de deixar bem claro: conhecedores apenas intelectuais da Verdade sem acolhê-la, sem permitir que gere frutos interiores, são religiosos que vivem de estereótipos. Cheios do conhecimento dessa Verdade, todo o conhecimento do qual os fariseus tanto se jactam e através do qual tão arduamente combatem os de fora e até os de dentro, é justamente o motivo do tropeço fatal de suas almas, por limitar-se a algo cerimonial e exteriorizado. É desse conhecimento farisaico, meramente intelectual que acaba faltando capacidade para compreender as mais simples questões da vida, do espírito e de Deus: Jesus contava as mais singelas parábolas e todos os humildes de espírito, mesmo os completos analfabetos entendiam rapidamente, enquanto os mestres da religião terminaram por pendurar Jesus no madeiro.

Por seus frutos os conhecereis (Mateus, 7:16)

Não se precisa dizer mais nada sobre as incoerências dessa doutrina quando comparada à Bíblia, ou mesmo quando comparada a si mesma que entra em suas próprias contradições, e nem se requer provar o afamadamente "saudável" ambiente dos adeptos disso que qualificam raivosamente de "sã doutrina", para se avaliar esse tipo de "fé". É desse tipo de exclusão de Jesus como referência interpretativa que se tem feito as maiores distorções bíblicas, e no caso específico dessa doutrina de que basta crer, de que isso significa fé, ela possui, como vimos, um poder incrível de teorizar tudo distanciando a vida cristã e os ensinos de Jesus da interiorização, quanto mais se aprofunda nela. Tudo acaba resumido ao que a pessoa acredita, excluindo dos que creem que Jesus morreu na cruz pelos pecados as próprias exortações Dele, dos apóstolos e dos profetas.

Da mesma maneira que não se faz necessário ter memorizada grande parte da Bíblia para ter-se ceteza de que, diferentemente da religião incoerente que aprisiona, religião morta que não muda caráter, não gera frutos, Jesus segue, veementemente, o caminho oposto disso tudo, de que Ele liberta, alivia a sobrecarga enfim, para se ter a certeza que incomoda o inferno de que o prático Evangelho produz necessariamente vida, e vida em grande estilo: basta abrir-se o coração a Deus (buscar-me-eis e Me achareis, quando Me buscardes de todo o coração, Jeremias, 29: 13), e segui-Lo (aquele que Me obedece, esse é o que Me ama. Vocês são Meus amigos, se Me obedecerem, João, 14 e 15).

Provem, pela maneira de viver, que vocês realmente se arrependeram (Lucas, 3: 8)

Enquanto a cúpula da igreja católica se diz santa e requer de seus súditos a frequente profissão dessa nociva verdade em cada missa e em cada mínima reza particular, a igreja evangélica tradicional, por outro lado, reconhece ser pecadora, "falha como todos os seres humanos". Aparentemente, tal discurso é belo e inofensivo, e em certo sentido verdadeiro e necessário. Mas a questão não fica reduzida a isso quando envolve a mencionada ala evangélica: levando-se em conta que se creem perdoados por Deus por tudo o que fizeram, e perdoados antecipadamente por qualquer erro que venham a cometer ao longo de toda a vida - a seguir está o grande ponto vicioso da questão - por mais grave que seja, sem necessidade de arrependimento e retratação, tal doutrina e condição, sentindo-se em posição privilegiada neste nível perante Deus e às próprias pessoas, logo sem necessidade de mudança se torna ainda mais perversa que a católica, potencialmente mais perigosa.

Tudo isso é mais nocivo que as mentiras da igreja católica pelo simples motivo que a suposta santidade desta vale apenas aos papas, de certa forma também aos cardeais, bispos e padres, e que além do mais estes têm o compromisso intrínseco de seguir determinados padrões de conduta. Enquanto isso, o pseudoperdão incondicionalmente por atacado protestante conservador, mesmo ao péssimo caráter que apenas piora até o fim da vida sem arrependimento nem retratação, é generalizado entre seus adeptos: todos, invariavelmente, seguem tal profissão de santidade relativa (isto é, santos não por como vivem, nem mesmo pelo arrependimento conforme ensina o Evangelho) que retira o compromisso fundamental previsto pela Bíblia, e assim os isenta de praticar o que acreditam (mas não creem, no sentido bíblico).

Os malefícios desse tipo de fé que coloca uns em situação de privilégio perante outros independente de qualquer coisa, dependendo apenas do segregacionista conhecimento doutrinário que os diferencia dos demais - chamado abertamente no meio de maior entendimento e sabedoria -, são evidentes: enquanto um mau caráter qualquer representa problemas à sociedade, um outro detrás da religião sob imaginária absolvição Divina, eterna e incondicional com proteção eclesiástica reforçada pela muleta psicológica de possuir o pleno entendimento de todas as coisas, configura-se no perfeito retrato das igrejas, do qual cada um pode tirar suas próprias conclusões.

Santidade, do latim sanctitate, etimologicamente significa "pureza, virtude". Portanto, essa pureza evangélica tradicional, supostamente proporcionada por Deus de maneira antecipada e vitalícia, independente de arrependimento e retratação, nada mais é que a outra face de uma mesma moeda quando comparada à profissão da cúpula católica - cada lado alegando ser santo trazendo em seu bojo apenas questões doutrinárias diferentes, porém em nenhum dos casos a mensagem essencial do Evangelho, a qual faz diferença prática.

Foi deste modo que a santidade evangélica tradicional apenas mudou os termos da absurda purificação espiritual da cúpula católica, colocando-se, na prática, descompromissada com o Evangelho e em situação privilegiada perante outras pessoas (exatamente disso vem o senso de superioridade e orgulho bastante peculiar dos tradicionais, conforme observamos no início deste comentário). Tal distorção também explica por que, ao longo de toda a história, a igreja protestante em geral, sob esse mesmo senso, apenas tem substituído o poder coercitivo católico, tanto a nível nacional quanto internacional (e.g., Inglaterra, Holanda e Estados Unidos, maiores evidências históricas de "nação eleita" a "salvar" outros povos apoiadas no dogma protestante tradicional - em todos os casos exemplificados aqui, à base de extrema violência invasiva em um mundo que só tem piorado sob todos os aspectos: fome, doenças, violência, guerras, catástrofes e, sobretudo, em ódio).

Tudo quanto Deus nos diz é cheio de força viva: é mais cortante do que o punhal mais afiado, e corta rápido e profundo em nossos pensamentos e desejos mais íntimos em todos os seus detalhes, mostrando-nos como somos na realidade. Ele sabe de cada um, em cada lugar. Cada coisa a respeito de nós está descoberta e escancarada aos olhos penetrantes do nosso Deus vivente; nada pode se esconder dele, a quem devemos prestar contas de tudo o que fizemos (Hebreus, 4: 12 e 13)

Lembrem-se: esta mensagem é para obedecer, não apenas para ouvir. Portanto, não se enganem: se uma pessoa apenas ouvir e não obedecer, será como um homem que olha seu próprio rosto num espelho; e logo que se afasta, não pode mais ver-se a si mesmo nem
se lembrar de como é a sua aparência
(Tiago, 1: 22 a 24)

A Palavra de Deus tem o poder incomparável de colocar-nos diante de um espelho ao mesmo tempo que explicita o que quer, pode e deve fazer a fim de nos transformar na imagem e semelhança de Jesus enquanto ler, conhecê-la teoricamente rejeitando o que manda que façamos na vida prática, gera peso na consciência ainda que não se saiba de onde venha enfraquecendo-a e gerando, claro, perturbação, dualidade, performismo (representação de si mesmo, atitudes muito mais baseadas em métodos para parecer ser que por essencialmente ser, daí as afamadas e predominantes duas caras no meio religioso), autoengano, frieza e mais uma série de problemas estruturais que produzem seres humanos deteriorados, e ambientes insuportáveis.

Obedecer Jesus é o que caractariza Seu discípulo, nossa fé e amor por Ele. A prática da Palavra de Deus gera nova vida, essência do Evangelho, o conhecimento de Deus e a sabedoria que ela mesma garante: sabedoria espiritual que torna possível que um pescador analfabeto, Pedro, discurse e três mil se tornem discípulos de Jesus em terra de gente dura de coração. Desse Jesus espiritual devemos nos aproximar todo dia.

Por outro lado, entupir-se de conhecimento sem estar diariamente reverenciando a Deus de maneira espiritual e verdadeira (João, 4: 24), aperfeiçoando no que é bom, agradável e perfeito das virtudes Dele (Romanos 12: 2), acaba produzindo efeito reverso e gerando personas ao invés de pessoas autênticas. "(...) Vêm disfarçados em ovelhas inofensivas, mas são lobos" (Mateus, 7: 15). "Se já experimentaram a retidão e a bondade do Senhor clamem por mais, como um bebê chora por leite. Comam a Palavra de Deus - leiam-na, pensem nela - e cresçam fortes no Senhor" (I Pedro, 2: 2). Essa espiritualidade é a única via para se alcançar comunhão com Deus, e qualquer situação que fuja disso não representa espiritualidade verdadeira mas, no máximo, mera crença religiosa enquanto Deus não é religião, mas espírito e verdade absoluta que requer amor absoluto, jamais relativo.

O conhecimento é uma arma, faca de dois gumes: se não gerar conscientização, desagua inevitavelmente no congelamento da alma do indivíduo, o que responde a pergunta espantosa e justamente inconformada de grande parte da sociedade: "Como pode ser tão religioso, conhecer tanto, e ser tão gelado, pior que um não religioso?". É esse tipo de conhecimento que produz os piores caráteres em meio à sociedade, seres indiferentes que praticam seus atos ilícitos sem nenhum peso na consciência, que acabam usando a Palavra de Deus banalizadamente, como um advogado usa um mesmo código da lei de maneira oportunista ora para acusar, ora para se defender dependendo da ocasião e de seu interesse.

As pessoas de Deus enquadram-se em II Coríntios 3: 18: "Nós, os cristãos, entretanto, não temos nenhum véu sobre nosso rosto; podemos ser espelhos que refletem claramente a glória do Senhor. À medida que o Espírito do Senhor trabalha dentro de nós, tornamo-nos mais e mais semelhantes a Ele". Pois são justamente o excesso de informação e o foco em doutrinas que acabam impedindo o ser humano de olhar para dentro de si, fazendo-o se esquecer do espiritual e de contemplar a natureza prática do Evangelho.

Se o meu povo se humilhar e orar, e Me procurar, e se arrepender e mudar sua maneira errada de viver,
Eu ouvirei do céu as orações do povo, perdoarei os seus pecados, e curarei a terra deles
(II Crônicas, 7: 14)

Em toda a Bíblia, do começo ao fim e mais ainda dentre os próprios discípulos (Lucas 12: 48), as antivirtudes são enfatizadas como preponderantes na vida do ser humano, afastando-o de Deus se não houver arrependimento e confissão a Deus, cuja consequência natural é a mudança de vida. Não mera coincidência: as virtudes e a obediência não apenas não são enfatizadas no setor tradicional evangélico, como são raramente apontadas: atém-se geralmente a ensinamentos muito mais teóricos que práticos ao ser humano. Apenas um comentário bíblico focado com rigor no tema "obediência", mais ainda incentivos a isso criticando o comodismo são o suficiente para gerar furor em muitos adeptos, e até em líderes evangélicos tradicionais.

Nenhuma ramificação evangélica, nem mesmo a Igreja católica fala tanto em seitas, e tão irritadamente quanto os protestantes históricos - constantemente promovem até cursos a esse respeito dentro de suas igrejas, e qualquer que não seja dessa ramificação pertence a uma seita segundo tal doutrina, conforme observamos no início. Pois tomando cada um dos argumentos dos evangélicos tradicionais para se caracterizar seita, eles mesmos tratam de se colocar nesse patamar. E se consideramos o sentido da palavra seita, que vem de sectário (= separar, segregar, diviir, isolar determinado grupo), tal setor evangélico também se enquadra perfeitamente nesse conceito. Diz a psicologia que seres que não possuem liberdade de consciência, com pouca capacidade analítica, logo reprimidos, são os que tendem a acusar com agressividade justamente aquilo que possuem dentro de si. Tal ambivalência também marca essa ala evangélica, de maneiras muito evidentes.

Outra sintomática crença neste setor religioso em geral, é que uma pessoa nunca será efetivamente liberta por Jesus de algum sério malefício, por exemplo: um drogado convertido no conceito tradicional nunca será, de fato, um ex-drogado mas alguém que terá sempre dentro de si vícios e dependências, contra o que lutará toda a vida. Por tudo o que vimos biblicamente aqui e testemunhamos em nossa vida, isso não é verdadeiro quando se trata do Evangelho de Jesus, sobrenaturalmente poderoso e regenerador por excelência: "Se você não nascer de novo, nunca poderá entrar no Reino de Deus. (...) Você precisa nascer de novo" (João, 3: 3 e 7). Com essas palavras, Jesus refere-Se exatamente à restauração que Ele faz na vida das pessoas que se achegam à graça de Deus através Dele - e isso é para hoje, não para o Céu. Note que ao mesmo tempo que se trata de graça [bondade de Deus], Jesus adverte e responsabiliza o interlocutor acerca dela mesma: adverte por não se tratar de sugestão, mas de mandamento, e responsabiliza por depender da atitude do ser humano.

O que fugir da realidade bíblica exposta aqui não aceite: não haverá benefícios práticos na vida, pelo contrário, haverá decepção mais dia ou menos dia; sair-se-á ferido desse meio, ou se permanecerá com a mesma mente enfraquecida deles. A Bíblia analisada em seu contexto mais amplo acaba também contrariando, sem necessidade de grande filosofia, a teoria da predestinação adotada pela Igreja Presbiteriana, parte da igreja evangélica tradicional a qual defende a ideia de que Deus escolheu aqueles que seriam salvos e os que seriam condenados, tirando do homem qualquer possibilidade de rejeitar ou aceitar livremente seu destino, e a responsabilidade por suas escolhas.

Evidentemente, os defensores de tal doutrina retiram poucas partes da Bíblia, absolutamente isoladas, que isoladas não fazem o sentido que tentam dar levando-se em consideração o contexto mais amplo da Bíblia, além do fator preponderante: não têm no Evangelho e Jesus chave interpretativa criando, a partir disso tudo, suas próprias interpretações para sustentar ideias como a de que conversão se refere a convencimento intelectual, ao invés de algo que se relacione necessariamente ao coração, à existência, à essência do ser humano.

Enfim, não é o Evangelho puro de Jesus que se tem ensinado nessas casas, e os frutos estão aí à vista de todos para tirar possíveis dúvidas. Casas moderadas tão enganosas quanto as de show gospel sensacionalistas, mudando apenas o tom: estão fechadas a métodos e sistemas que não são os de Jesus, centradas em si mesmas baseadas nos interesses da instituição, não do ser humano acima de tudo. E tudo isso tem sim, diferentemente de suas interpretações e discursos, implicações muito práticas na vida de seus adeptos - mas totalmente negativas.

(...) O sentimento de que todo mundo esta errado, menos aqueles que são do seu próprio grupinho; e haverá falsa doutrina, inveja, assassinato, embriaguez, divisões ferozes e toda essa espécie de coisas. Vou dizer-lhes novamente como já o fiz antes, que todo aquele que levar esse tipo de vida não herdará o reino de Deus (Gálatas, 5: 20 e 21)

Quem leu este texto sem conhecer minimamente o lado evangélico pentecostal, não pense que este sai da teoria à prática em maior intensidade que o tradicional em geral, e que seu sistema é um exemplo a ser seguido: mesmo as diferenças sobre prática do Evangelho se dão em termos mais teóricos, já que o setor pentecostal, afamadamente ufanista primando muito mais pelo estereótipo do carima que o distrae da prática que tanto defende, tem encontrado enorme dificuldade em tirar o que acredita do papel a fim de transferir isso à vida cotidiana, ou propriamente ao sistema interno de seus conglomerados que chamam de igrejas. A máxima "não olhe para o que eu faço, mas para o que eu falo na Palavra [de Deus] vale para ambos os setores ditos evangélicos, pentecostais também, lamentavelmente tornando os ambientes religiosos, em diversos casos, insuportáveis. Portanto, até mesmo as diferenças sobre prática acabam, na prática, resumindo-se à teoria. Constrangedor assim...

E como grandes personas religiosas que são, enquanto se tratam como inimigos pegando-se neuroticamente pelas mínimas e mais insignificantes diferenças, quando lhes são apresentadas deteminadas verdades das quais não podem fugir e se enxergam no espelho, tais paladinos da verdade justificam-se cinicamente, incomodados com a imagem que veem de si mesmos: "Quer igreja perfeita!? Impossível!". E se for um tradicional, inevitavelmente também soltará essa: "Salvação não vem de obras!".

De manhã, quando Jesus estava voltando para Jerusalém, sentiu fome, e viu uma figueira ao lado da estrada. Foi até lá para ver se tinha algum figo, mas só havia folhas. Então disse a figueira: "Não dê frutos nunca mais!" E logo a figueira secou! (Mateus, 21: 18 e 19)

Enquanto Jesus não é tradicional nem pentecostal, a personalista, excludente e aprisionante igreja evangélica chegou a um ponto que perdeu totalmente o sentido do Evangelho: cheia de folhas por fora sem gerar frutos em sua essência, grita mas perdeu a razão porque está seca, carente de Pão.

Pessoas que acolhem o Evangelho e vivem a liberdade santificada sob a graça de Deus, são os discípulos convertidos de Jesus, não personas apenas convencidas da verdade que se escondem detrás da cruz. Fique com Jesus! Quem come desse Pão nunca mais sentirá fome, porque Ele sacia o espírito e não muda nunca. Uma questão de liberdade.


Não imitem a conduta e os costumes deste mundo, mas seja, cada um, uma pessoa nova e diferente, mostrando uma sadia renovação em tudo quanto faz e pensa. E assim vocês aprenderão, por experiência própria, como os caminhos de Deus realmente satisfazem vocês (Romanos, 12: 2)

Vem chegando a hora, mulher, quando não nos preocuparemos mais em adorar o Pai aqui ou em Jerusalém. Porque não é onde adoramos que tem valor, mas como adoramos - a nossa adoração é espiritual e verdadeira? Temos a ajuda do Espírito Santo? Porque Deus é Espírito, e nós precisamos ter a ajuda dEle para adorar como devemos. O pai que de nós esta qualidade de adoração
(João, 4: 23 e 24)

E joguem o empregado inútil lá fora no escuro; ali haverá choro e ranger de dentes (Mateus, 25: 30)

Ai de vocês, fariseus, e líderes religiosos - fingidos! Vocês são tão cuidadosos em limpar a parte de fora da taça, mas o interior está imundo de exploração dos outros e de cobiça. Fariseus cegos! Limpem primeiro o interior da taça, e então ela inteira ficará limpa. Ai de vocês, fariseus e líderes religiosos! Vocês são são como belos túmulos que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia (Mateus, 23: 25, 26 27)

Se quiser saber em que uma pessoa realmente acredita, não ouça simplesmente o que ela diz;
observe o que ela faz
(Brennan Manning, no livro O Impostor que Vive em Mim)

Se alguém não ama nem é bondoso, isso demonstra que ele não conhece a Deus. Porque Deus é amor (I João, 4: 8)

Julho de 2011


Salmo 15

1) Senhor, quem poderá viver na tua presença? Quem terá livre acesso ao Lugar Santo onde Tu vives?

2) Quem é honesto e sincero em tudo quanto faz, quem pratica a justiça e fala sempre a verdade, do fundo do coração.

3) Quem não usa suas palavras para destruir outras pessoas, não prejudica de propósito o seu semelhante e não repete boatos e mexericos.

4) Quem despreza o pecador rebelde e condena abertamente o pecado, quem respeita e elogia os adoradores do Senhor; quem sofre prejuízo mas não deixa de cumprir a palavra dada.

5) Quem empresta seu dinheiro aos necessitados sem cobrar juros; quem se recusa a mentir por dinheiro para condenar uma pessoa inocente. Um homem assim permanecerá firme para sempre na presença de Deus.


Evangelho da Graça de Deus Segundo João, Capítulo 15

1) Eu Sou a videira verdadeira, e meu Pai é o Lavrador.

2) Ele corta fora todos os ramos que não produzem. E limpa os ramos que dão fruto, para que produzam ainda mais.

3) Ele já cuidou de vocês, e limpou, para que tenham mais força e utilidade por meio das ordens que Eu lhes dei.

4) Fiquem firmes em Mim, e deixem-Me viver em vocês. Pois um ramo não pode dar fruto quando está separado da videira. Nem vocês podem produzir separados de Mim.

5) Sim, Eu Sou a Videira; vocês são os Meus ramos. Todo aquele que vive em Mim, e Eu Nele, produzirá muitos frutos. Porque separados de Mim vocês não podem fazer coisa alguma.

6) Quando alguém se separa de Mim, é jogado fora como uma ramo imprestável, seca-se, é ajuntado num montão com todos os outros, e depois queimado.

7) Mas se vocês permanecerem em Mim e obedecerem às minhas ordens, podem fazer o pedido que quiserem, e isto será concedido!

8) O Meus verdadeiros discípulos dão colheitas abundantes. Isto resulta em grande glória para O Meu Pai.

9) Eu tenho amado a vocês, tal como o Pai Me amou. Vivam dentro do Meu amor.

10) Quando vocês Me obedecem, estão vivendo no Meu amor, tanto como Eu obedeço ao Meu Pai e vivo no Seu amor.

11) Eu lhes disse isto para que vocês fiquem muito alegres. Sim, vocês vão ficar transbordando com a minha alegria!

12) Eu lhes ordeno que se amem uns aos outros como Eu amo a vocês.

13) E esta é a maneira de medir o amor - o maior amor é demonstrado quando uma pessoa entrega a vida pelos seus amigos;

14) e vocês são os Meus amigos, se Me obedecerem.

15) Eu já não os chamo de escravos, porque um senhor não tem confiança em seus escravos; agora, vocês são os Meus amigos, e a prova é o fato de que eu lhes disse tudo o que O Pai Me disse.

16) Vocês não escolheram a Mim! Eu é que escolhi vocês! Eu os chamei para irem e sempre darem limpos frutos, para que tudo o que pedirem ao Pai, em Meu nome, Ele dê a vocês.

17) Eu ordeno que se ame uns aos outros

18) Pois já recebem bastante ódio do mundo! Todavia o mundo Me odiou antes de odiar vocês.

19) O mundo amaria a vocês, se fossem dele; mas não são - pois eu escolhi vocês para saírem do mundo; por isso é que são odiados pelo mundo.

20) Vocês se lembram do que Eu lhes disse? "Um escravo não é maior do que o seu senhor!" Portanto, já que eles Me perseguiram, naturalmente perseguirão vocês. E se eles Me tivessem ouvido, ouviriam a vocês!

21) O povo do mundo os perseguirá, porque vocês são Meus, pois eles não conhecem a Deus, que Me enviou.

22) Eles não seriam culpados, se Eu não tivesse vindo, nem tivesse falado. Porém agora eles não têm desculpa pelo seu pecado.

23) Todo aquele que Me odiar, também odeia a meu Pai.

24) Se Eu não tivesse feito milagres tão poderosos entre eles, não seriam considerados culpados. Mas desta forma, eles viram tais milagres , e ainda odeiam a nós dois - a Mim e ao Meu Pai.

25) Isto cumpriu o que os profetas disseram a respeito do Messias: "Eles Me odiaram sem causa".

26) Porém Eu enviarei o Consolador a vocês - O Espírito Santo, a fonte de toda a verdade. Ele virá do Pai para vocês e dirá tudo ao meu respeito.

27) E vocês também devem falar a meu respeito a cada pessoa, porque vocês têm estado comigo desde o começo.


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Vídeo, Caio Fábio: Significado do Evangelho pervertido enfermando e escravizando o indivíduo



"Por razões compreensíveis, gângsters não gostam de lavagem pública de roupa suja", Misha Glenny, em McMáfia - Crime sem Fronteiras

Se um marciano visitasse a Terra e fosse-lhe dito que nosso planeta é extremamente corrupto, onde o "sonho de consumo" de milhões e milhões de habitantes é, paradoxalmente, ser líder religioso e/ou "missionário do Senhor", o extraterrestre, certamente, antecipar-se-ia com pertinentes ideias deste "sonho". Nas linhas abaixo, a confirmação do óbvio a este marciano

Seres de baixo nível, até inescrupulosos que se escondem detrás de forte apelo moral enquanto manipulam e acumulam riquezas, têm a estrutura que comandam exposta em detalhes a seguir - são poupados da baixeza que eles praticam com pitadas de mentiras peculiares, isto é, expor escândalos de suas vidas pessoais, o que poderíamos fazer se possuíssemos o mau caráter e o senso de destruição da vida alheia deles. Enfim, defensoria que a era da Internet nos permite fazer, e amedronta cada vez mais o corrupto poder estabelecido

A partir das próximas linhas, até o final desta janela, confira um verdadeiro "strip-tease" ético-religioso

Leia e tome a posição que julgar mais adequada


CARTA ABERTA
Igreja Pedra Viva de São Paulo

Membro do que é hoje uma ex-igreja que fechou suas portas, quando jogava no modestíssimo Paulistano eu tentava falar em particular
com o pastor "marcando horário" através da secretária, sempre em vão. Poucas semanas depois, patrocinado pela Mizuno e treinando
com equipe do Japão em São Paulo, o mesmo "pastor" passou a ligar insistentemente à minha casa para que nos encontrássemos.
Iniciou-se também de sua parte "profecias" envolvendo meu futuro no futebol - e perante a casa cheia; enfim, o tratamento
dispensado a mim mudara totalmente. Por quê? Qual o negócio nessas casas?

31.3.2011 /Publicada em Pravda Brasil

O Bom Pator dá a vida; o mercenário cobra. E quando mais se necessita, o mercenário foge Caio Fábio

Sr. Pedro Liasch, deixarei à parte as agruras generalizadas de seu falido negócio religioso, e da maneira mais patetica possivel; mencionarei apenas minhas questões, inclusive dando ao senhor chance de se retratar conforme o senhor mesmo solicitou tempis atrás que fizessem ex-líderes (nunca fui um por lá) "insubordinados, murmuradores, rebeldes, políticos" da casa em seu comunicado [abaixo]. Valendo lembrar que chegaram à posição de líderes, hoje afastados, escolhidos a dedo pelo senhor mesmo, unilateralmente como sempre.

Em relação ao seu filho Jônatas Liasch (Natinha), quem atende por pastor como o senhor: quando eu jogava futebol no Paulistano F.C. da cidade de Jundiaí, categoria júnior, modesta equipe então afastada das atividades federadas e profissionais do Estado de São Paulo, por duas ou três vezes tentei sem nehum retorno "marcar horário" para orientação pastoral de meia horinha que fosse, sobre questões pessoais com seu filho que permanecia integralmente na mencionada Igreja, sustentado financeiramente por ela - isto é, não trabalhava mas vivia do trabalho alheio como até os dias de hoje na senda dos vagabundos privilégios do poder religioso.

Fui totalmente ignorado, com a peculiar e bem conhecida prepotência de seu filho-pastor que, afamadamente, porta-se muito mais como artista que como líder religioso. Algumas poucas semanas depois, duas, creio, passei a, simultaneamente, ser patrocinado pela marca esportiva Mizuno e treinar com equipe japonesa, categoria júnior comandada pelo ex-jogador do Palmeiras, Mardoni. Sabendo disso, seu filho pastor passou a contactar-me insistentemente por telefone para que nos encontrássemos.

Não se faz necessário, perante essa vergonha, estender-me em mais nada porém, tendo em vista o caráter extremamente arrogante do seu filho Jônatas, foi de causar grande surpresa, além das surpreendentes e insistentes ligações à minha casa para que nos encontrássemos, o tratamento que passou a ser-me dispensado na casa sob confetes, tipo de coisa que nunca apreciei em nenhum lugar em nenhum clube de futebol, em nenhuma emissora de TV, enfim, menos ainda apreciaria em uma dita igreja principalmente em tal asco como a do senhor, um usurpador da religião, de aproveitadores de idiotas e ex-idiotas como eu que o aplaudiam e davam dinheiro. Tanto que não só não fui a seu encontro, como nem sequer o atendi, jamais!

Entre os confetes jogados a mim por seu filho-pastor-artista-filosófo do nada, vale lembrar que ele chegou a "profetizar", entusiasmado na Igreja, casa cheia, que, em um futuro muito próximo eu jogaria no Japão - o que nunca viria a acontecer e, por tal "profetada" não só nunca me deslumbrei, como tampouco a levei minimamente a sério. Nunca considerei aquilo uma "mensagem de Deus" como pretendeu aquele imbecil que palra em nome de Deus, banalizando o nome de Deus, e comentei na Igreja que seu filho não profetizava nada - embora em meu futebol, em meu esforço e em Deus sim, sempre tivesse acreditado.

Essas e muitas outras, foram apenas um reflexo do que eu já sentia, via claramente: as coisas não andavam bem por lá, não se estava construindo vidas de maneira sólida mas sim formando castelinhos de areia. Eu notava que havia em oculto muita coisa errada.

Fui, eu mesmo, o primeiro a deixar a casa pouco antes da primeira grande divisão em que ela ficou praticamente vazia, devido à fedentina moral daquilo ali que, posteriormente, ficou à vista de todos sem ter como negar, com o senhor e seu patético filho com o calção na mão - este acabou se exilando da vergonha religiosa na pacata Cornélio Procopio, interior paranaense.

Saí sentindo e vendo claramente a casa sem nenhuma disposição de aprimoramento, sem o mínimo de vergonha na cara, que o espírito estava longe, muito longe de Deus e que as consequências do que os senhores viviam seriam graves - mesmo sem saber à época que ocorriam coisas tão graves conforme, mais tarde, viraria escândalo.

Mas senti que se estava muito longe de Deus. Igualzinho à imensa maioria, saí; porém, com um diferencial: eu antevi tudo isso, tanto que não esperei pelas catastróficas consequências e, percebendo que elas estavam vindo, fui o primeiro a deixá-los, do que nunca me arrependi - apenas me arrependo por não ter saído antes, e ter ficado um ano em seu insuportável convívio. Carrancudo, cisudo, antipático, melancólico, centralizador, arrogante, prepotente, mesquinho, ignorante, mente tapada. Lembra-se que são suas famas entre o ex-"rebanho", e as de seu filho-pastor-artista filósofo do nada?

A partir de memórias de como era o sistema e o ambiente, tome os porquês de se tratar uma suposta casa de oração dessa maneira, e junte-os às suas palavras neste comunicado [abaixo]: encontrará respostas importantes para elas.

Crescimento vertiginoso ou dificuldades grandes, quaisquer que sejam, não carcterizam necessariamente uma "bênção" ou um "castigo" de Deus. Mas como se dão essas situações, dentro de seu contexto, sim, podem deixar muito claras suas origens.

Os senhores servem-se da religião, julgam-se acima do bem e do mal, colocam-se biblicamente "blindados" perante à sociedade. É essa a Bíblia que os senhores adoram. Utilizam-na para lavar cerebros, retirar dos indivíduos a capacidade analítica, de ação, a consciência cidadã, assassinam personalidades.

Dentro de seu caráter ultrarreacinário, sionista, altamente retrógrado, conhece apenas o termo "submissão" e reconhece unicamente sistemas completamente verticalizados.

O que fugir disso, uma simples ideia que seja, representa potencial ameaça a ser combatida. Para este "bom combate", usam exatamente os submissos que aderem às suas ideias baseadas no convencimento, na persuasão e não na conscientização. O que os senhores mais temem é, justamente, a autonomia reflexiva do indivíduo.

Quando as pessoas passam a ter consciência, desde que abram mão dos seus medos ou interesses, ou de uma combinação de ambos, ocorre isso que o senhor acusa melancólica e ciniicamente de "insubmissos" e "políticos". Essas mesmas pessoas tachadas de políticas que estiveram com o senhor até a falência, passaram anos em sua companhia desde a fundação do negócio. Ou estou dizendo alguma mentira? Seu cínico!

O senhor administrou o negócio Pedra Viva por 18 anos, e nunca havia se apercebido disso, ou valeu a política enquanto servia a seus interesses? Seus safados!

O negócio do senhor acabou. Quem aí esteve, com um mínimo de entendimento das coisas, sabe bem o porquê. Gente sem vergonha!

"As portas do inferno não prevalecerão contra Minha Igreja" (Jesus). Parece que há algo errado aí. Ou Jesus é um brincalhão, ou eu tenho razão no que penso da casa, como tantos e tantos que a deixaram, até não sobrar praticamente mais ninguém.

Tão incrível quanto tudo que presenciei em seu meio, é o seguinte (evidência da essência dos senhores, veja, sr. Pedro): a igreja, cheia de ética e credibilidade como o senhor observa, simplesmente deixou de existir por questões institucionais, dependente do prédio e do lucro?! Ora, por que não, como os cristãos da Bíblia, reunir-se em casas, em uma praça, em um parque enfim, por que se cessar ainda os profícuos trabalhos de evangelização conforme o senhor alega que a casa realizou? Tudo isso porque a casa deixou de gerar lucro, porque já não existe mais toda aquela pompa que a caracterizava? Que igreja sólida e fundamentada nos valores da Bíblia é essa? "Curioso!", alguém pode dizer, mas não, não há nada de enigmático nisso, trata-se do óbvio, eis o fundamento dos senhores, que sintetiza o da maioria atualmente: o fundamento dos senhores são as coisas materiais, especialmente o lucro, e isso não é invenção do diabo. A tal "comunhão" no meio teve esse fim, e sempre viveu totalmente dele. Gente que se serve da religião, ao invés de servir a ela.

Insubordinados, rebeldes e políticos são os senhores que sempre usurparam a posição religiosa, fazendo dela um poder ao invés de liderar em prol do interesse (bem estar) das pessoas, de acordo com a reta justiça, tudo isso previsto, mandado por Jesus. Canalhas!

Muitas outras casas do ramo deveriam seguir o exemplo do seu negócio, e fechar as portas para balanço.


(As Cartas Abertas de Edu Montesanti são enviadas aos envolvidos através de correio eletrônico, aos quais informamos também sua publicação no Blog. Respostas seriam publicadas exatamente aqui. Até hoje, ninguém se manifestou)


Leia abaixo comunicado oficial da ex-Igreja Pedra Viva de São Paulo sobre encerramento de suas atividades, o qual, retratando a realidade imperante das igrejas de hoje, vem reforçar todas as nossas teses abordadas nos comentários nesta seção mais acima, e nos do Eduardo Daniel Mastral mais abaixo, em De Filho do Fogo a Filho da Luz


IMPORTANTE ESCLARECIMENTO DA IGREJA PEDRA VIVA

Lamentamos informar que a Igreja Pedra Viva –, com uma história de respeito e admiração no meio evangélico por sua conduta ética e doutrinária, com 24 anos de trabalhos profícuos de evangelismo, com milhares de pessoas, a maioria jovens, tiradas do mundo do crime e das drogas –, está encerrando temporariamente suas atividades em São Paulo.

Essa deliberação extrema ocorreu por causa de uma profunda crise financeira, conseqüência de três divisões ocorridas nos últimos seis anos, as quais tornaram a igreja inadimplente. Os líderes dessas divisões levaram parte expressiva dos membros, e viraram as costas para as dívidas.

Tais cizânias ocorreram porque delas foram protagonistas pastores revoltosos que pretendiam reverter a direção da Igreja, não se utilizando de boa fé, porém sim praticando atitudes de insubmissão, rebeldia, murmurações e politicagem. Por isso, em reuniões de diretoria, e do Conselho Ministerial, foram interpelados, uma vez que se tratava de comportamento inteiramente contrário aos princípios bíblicos, adotados pela Igreja Pedra Viva.

Tratando-se de irmãos que, de início, gozavam de inteira confiança do ministério Pedra Viva, de acordo com as normas disciplinares do referido ministério, eles foram argüidos de seus erros para que se retratassem. Contudo, isso não aconteceu e, preferindo ignorar a disciplina, saíram levando consigo parte expressiva do rebanho.

Depois de cada uma dessas divisões, cada qual acumulando mais dívidas, a igreja tentou e conseguiu se reerguer por duas vezes. Porém, desta vez não foi possível, porque esta cizânia, que já vinha se processando dissimuladamente há quase dois anos, fez diminuir as contribuições financeiras tornando a dívida insuportável, e provocou maior escassez de membros.

Quanto ao destino da Igreja Pedra Viva em São Paulo doravante, à vista desses fatos, só Deus o sabe. Orem por nós.

São Paulo, 30 de setembro de 2009
MINISTÉRIO PEDRA VIVA
Pedro Liasch Filho (presidente)


Jovem, se você tomar posse das minhas palavras e guardar meus mandamentos em seu coração,terá ouvidos capazes de perceber a verdadeira sabedoria e um coração pronto a receber a verdade. Se você pedir inteligência e compreensão a Deus, se procurar a sabedoria como um tesouro escondido ou uma grande fortuna em dinheiro você certamente vai encontrar. Saberá enfim o que significa honrar e obedecer Deus, o que é conhecer a Deus. É Deus Quem dá sabedoria. Da Sua boca vem a compreensão e a verdade. Tudo isso Ele oferece a Quem O ama e obedece. Ele é um escudo que protege quem obedece a Deus de todo o coração.
(Provérbios, 2: 1 a 7)




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Vídeo: Caio Fábio, ex-pastor e ex-presidente da Associação Evangélica Brasileira
deixa de ser evangélico, e conta por quê

"Era tão evangélico que não aguentava ver a máfia tomando conta (...), ladrões, salteadores tomando conta (...),
tamanha manipulação, abuso (...). A garota de Copacabana que roda bolsinha tem mais dignidade (...).
Pelo abuso, descaramento que estão fazendo com o povo chamado evangélico (...)."


"O caráter dominador e explorador faz parte da natureza do sistema mundial, e a religião não apenas não fica de fora, como tem sido
o caminho mais fácil para se executar crimes contra seres humanos, coletiva ou individualmente, estrondosa ou silenciosamente",
Edu Montesanti, em A Idade da Mentira, mais acima


"Mas quando o Espírito Santo controlar as nossas vidas, Ele produzirá em nós esta espécie de fruto: amor, alegria, paz, paciência, bondade, retidão, fidelidade mansidão e domínio próprio; e aqui não há conflito nenhum com as leis judaicas. Aqueles que pertencem a Cristo pregaram seus maus desejos naturais na sua cruz, e os crucificaram ali" (Gálatas, 5: 22 a 24)


"O meio de identificar uma pessoa é pela qualidade do fruto que dá.
Nem todos os que falam como gente religiosa são realmente assim" (Mateus 7:13)

"Este povo diz que Me honra, mas os seus corações estão muito longe de Mim" (Mateus, 15: 8)


Todos os súditos estavam de joelhos, admirando as roupas novas do rei. Aos milhares, os plebeus o aplaudiam. Nunca tinham visto algo tão bonito.

De repente, uma garotinha que segurava a mão da mãe em meio à multidão apontou o dedo ao rei e disse:
- Mamãe, o rei está nu! Ele não está usando roupa nenhuma!

Ninguém acreditou na garotinha. Sua mãe pediu que ficasse quieta e todos esqueceram dela. As pessoas continuaram a admirar as roupas novas do rei (...). Todos os outros agiram motivados por seus interesses, por seus medos ou por uma combinação de ambos.


Passagem do livro Síndrome de Pinóquio, uma de nossas recomendações literárias


Podemos nos alegrar, igualmente, quando nos encontrarmos diante de problemas e lutas, pois sabemos que tudo isto é bom para nós - ajuda-nos a aprender a ser pacientes. E a paciência desenvolve em nós a força de caráter, e nos ajuda a confiar mais em Deus cada vez que a utilizamos, até que finalmente a nossa esperança e a nossa fé fiquem fortes e sólidas. Então, quando isso acontecer, poderemos sempre erguer a cabeça, seja lá o que for que aconteça, e saber que tudo vai bem, pois conheceremos quanto Deus nos ama; sentiremos também este seu amor afetuoso em todo nosso ser, pois Deus nos deu o Espírito Santo para encher nossos corações com seu amor
(Romanos, 5: 3 a 5)



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Vídeo: Caio Fábio, "Cristianismo é o pior inimigo do Evangelho"



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#Posté le mercredi 16 juillet 2008 09:35

Modifié le dimanche 15 décembre 2019 23:35

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