WikiLeaks: Chefe da JUI-F Ofereceu-Se para Mediar EUA e Talibans Durante Visita à Índia em 2007
O chefe do partido Jamiat Ulema-e-Islam (JUI-F), Maulana Fazlur Rehman, ofereceu serviços como mediador
entre Estados Unidos e os talibans, durante a sua visita à Índia em 2007, revelou o sítio delator WikiLeaks
entre Estados Unidos e os talibans, durante a sua visita à Índia em 2007, revelou o sítio delator WikiLeaks
1.4.2011 / Fonte: New Kerala
Tradução: Edu Montesanti
Observação do Blog: A principal alegação norte-americana para a brutal ocupação do Afeganistão, contra a vontade da grande maioria da populção local, tem sido o combate ao Taliban. Neste artigo do mencionado jornal indiano, fica claro o desejo de diversas partes em 2007, incluive do próprio Taliban, era de iniciar um cessar-fogo, nunca desenvolvido por Washington, o que coincide com nossa visão neste Blog, baseados sobretudo em nossa fonte no Afeganistão, a ativista pelos direitos humanos e ex-parlamentar Malalaï Joya (leia matérias na Terceira Página, especialmente entrevista que ela nos enviou de maneira absolutamente exclusiva, direto de Cabul). Perante tudo isso, já está há muito evidenciado: aos EUA interessam uma desculpa para permanecer "combatendo" no Afeganistão, conforme a própria Joya observou ao Blog, a fim de levar a cabo seus almejos econômicos e regionais no Oriente Médio. O artigo abaixo é, apenas, uma prova a mais.
De acordo com os telegramas revelado por WikiLeaks, o Conselheiro-Adjunto Político Atul Keshap relatou em com 3 de maio de 2007 que, em 27 de abril, os funcionários reuniram-se com Jamiat Ulema-i-Hind, com Mahmood Madani e com o líder Pandit NK Silva, que alegou laços estreitos com a família Gandhi, depois que Maulana Fazl visitou Nova Deli, de 22 a 26 abril.
Madani disse que Maulana Fazl queria discutir a reconciliação do Taliban, bem como sua posição na política paquistanesa com diplomatas dos EUA, mas somente fora do Paquistão.
"Madani Rehman explicou que estava interessado em atuar como intermediário entre Estados Unidos, para negociar com os talibans a fim de trazê-los ao acordo e, pacificamente, à política do Afeganistão", citou o cabo.
Madani disse que muitos talibans eram apenas forçados ao conflito, que não tinham nenhuma outra alterntiva para sair dela, que os membros do Taliban estavam dispostos a participar, e em que circunstâncias se daria isso, teriam que ser desenvolvidas nas negociações".
De acordo com o cabo, ele disse que Maulana Fazl não podia falar livremente no Paquistão, e que diria uma coisa no Paquistão e outra na Índia, se perguntado.
Sharma disse que era importante que as conversações se dessem fora do Paquistão, por três razões: o ex-embaixador dos EUA no Paquistão era bem conhecido e muito próximo de Pervez Musharraf, o Maulana colocaria em risco sua posição no Muttahida Majlis-i-Amal (MMA) se as discussões se dessem no Paquistão, além do que os extremistas no Paquistão também o ameaçariam e, finalmente, a Índia queria ter algum papel nas negociações, o que não se feito dentro do Paquistão.
Quando perguntado, Silva concordou que um terceiro país, como os Emirados Árabes Unidos, também poderia ser uma opção viável.
Madani disse Maulana Fazl queria tornar-se mais importante na política paquistanesa, e o apoio dos EUA Musharraf não estava ajudando a resolver o conflito no Afeganistão.
Ele disse que Maulana Fazl não parecia estar atuando como em dívida de gratidão com os EUA, mas na verdade foi mais moderado do que Musharraf. Ele alegou que o JUI-F foi ganhando terreno, iria adquirir mais poder nas próximas eleições, e deveriam estar autorizados a desempenhar seu papel legítimo de governo do Paquistão.
Madani disse também que as discussões com os EUA deveria se dar sob três bases de reconciliação, primeiro-Taliban, a posição de segundo Maulana Fazl no Paquistão, e a terceira eleições em Bangladesh.
Sharma disse mais tarde que o Maulana Fazl conheceu a chefe do Partido do Congresso, Sonia Gandhi, o primeiro-ministro indiano Manmohan Singh, o conselheiro de Segurança Nacional MK Narayanan, bem como alguns líderes de oposição, incluindo o ex-primeiro-ministro Atal Bihari Vajpayee, e todos apoiaram essas negociações.
Assange Está Retendo Sujeira em Israel, Porque Jornais Ocidentais Não Querem Publicá-La
23.12.2010 / Fonte: Anti War
Tradução de Edu Montesanti
Isso é o que disseram Walt e Mearsheimersobre sobre o lobby de Israel, que age para protegê-lo na Imprensa. Estou adivinhando que Assange está se referindo ao New York Times, entre outras publicações. Al Jazeera:
DOHA: WikiLeaks vai liberar arquivos secretos top norte-americanos, sobre Israel nos próximos seis meses, disse seu fundador, Julian Assange divulgado ontem.
Em uma entrevista excusiva para a TV Al Jazeera, Assange disse que apenas um número escasso de arquivos relacionados com Israel tinha sido publicado até agora, porque os jornais do Ocidente, aos quai foram concedidos direitos exclusivos para publicar os documentos secretos, relutam em publicar informações muito sensíveis sobre Israel .
"Há 3.700 arquivos relacionados a Israel e a fonte de 2.700 arquivos, é Israel. Nos próximos seis meses, pretendemos publicar mais arquivos, dependendo de nossas fontes ", disse Assange em entrevista ao programa de quase uma hora, ao vivo do Reino Unido.
"A investigação é um vento fresco de transparência, em meio à densa cortina de fumaça midiática no Brasil"
(Jornal carioca Correio do Brasil, ao entrevistar o autor)
(Jornal carioca Correio do Brasil, ao entrevistar o autor)
WikiLeaks: Documentos Acusam Irã de Financiar Ataques a Itália no Afeganistão
12.1.2011 / Fonte: Opera Mundi
Os ataques promovidos por grupos terroristas talibãs contra bases italianas no Afeganistão foram financiados e armados pelo Irã, segundo documentos da diplomacia norte-americana revelados pelo WikiLeaks, aos quais a ANSA teve acesso.
De acordo com os despachos, os grupos terroristas foram treinados para utilizar explosivos artesanais mortais fornecidos pelo próprio Estado persa e “agiram sob direção do governo iraniano”, que “enviou tropas para a fronteira” com o Afeganistão para apoiar os insurgentes.
Uma mensagem enviada no dia 24 de junho de 2009 citava o grupo Talibã. “O grupo talibã de Gholam Yahya Akbary (GYA) tem alguns mísseis iranianos e minas” e estaria sendo pressionado para “lançar ataques no distrito de Ghozareh [no sul da província afegã de Herat, fronteiriço com o Irã]“, informava o texto.
Segundo o mesmo documento: “o grupo recebeu todos os equipamentos e financiamento do Irã e demonstra sua atividade à República Islâmica disparando mísseis e granadas sobre Camp Arena e outros alvos”, afirmou a embaixada.
Outro despacho norte-americano, de 2007, revela que os insurgentes teriam recebido ordens do governo de Mahmoud Ahmadinejad para “incendiar escolas”. Os Estados Unidos acusam os terroristas como “responsáveis pelos incêndios nas escolas do distrito de Shindand”, uma cidade a 120 quilômetros ao sul de Herat.
Em março do mesmo ano, na própria vila de Shindand, os militares inauguraram uma escola financiada pelo PRT italiano (Provincial Reconstruction Team, na sigla em inglês).
Em julho de 2009, um homem-bomba que havia chegado “do Irã e do Paquistão” teria recebido ordens de “figuras do primeiro escalão da inteligência iraniana” para planejar um atentado suicida na cidade de Herat.
Um outro documento de agosto de 2009 afirma que a GYA “recebeu apoio financeiro de um alto oficial da inteligência iraniana e planeja um ataque contra a cidade e o aeroporto de Herat um dia após as eleições” presidenciais que ocorreram naquele ano.
Na semana do envio do deste documento, foram registrados ao menos dois ataques com foguetes contra Camp Arena, mas não houve vítimas nem danos materiais.
O WikiLeaks revelou ainda outra mensagem, despachado em setembro do 2009, que indica que os milicianos do Talibã haviam recebido da nação persa “seis minas anti-carro muito potentes” e que seriam utilizadas “contra a força da coalizão internacional” ou altos funcionários “da polícia afegã”. Os explosivos seriam acionáveis por controle remoto, a uma distância de dois quilômetros.
Vídeo abaixo: Jornalismo russo comenta revelações WikiLeaks:
Ocultamento dos EUA e da mídia de ataques a civis no Afeganisão, pelo exército norte-americano
Ocultamento dos EUA e da mídia de ataques a civis no Afeganisão, pelo exército norte-americano