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XVIII. WIKILEAKS - Oriente Médio e Norte da África


WikiLeaks: Chefe da JUI-F Ofereceu-Se para Mediar EUA e Talibans Durante Visita à Índia em 2007

O chefe do partido Jamiat Ulema-e-Islam (JUI-F), Maulana Fazlur Rehman, ofereceu serviços como mediador
entre Estados Unidos e os talibans, durante a sua visita à Índia em 2007, revelou o sítio delator WikiLeaks

1.4.2011 / Fonte: New Kerala

Tradução: Edu Montesanti

Observação do Blog: A principal alegação norte-americana para a brutal ocupação do Afeganistão, contra a vontade da grande maioria da populção local, tem sido o combate ao Taliban. Neste artigo do mencionado jornal indiano, fica claro o desejo de diversas partes em 2007, incluive do próprio Taliban, era de iniciar um cessar-fogo, nunca desenvolvido por Washington, o que coincide com nossa visão neste Blog, baseados sobretudo em nossa fonte no Afeganistão, a ativista pelos direitos humanos e ex-parlamentar Malalaï Joya (leia matérias na Terceira Página, especialmente entrevista que ela nos enviou de maneira absolutamente exclusiva, direto de Cabul). Perante tudo isso, já está há muito evidenciado: aos EUA interessam uma desculpa para permanecer "combatendo" no Afeganistão, conforme a própria Joya observou ao Blog, a fim de levar a cabo seus almejos econômicos e regionais no Oriente Médio. O artigo abaixo é, apenas, uma prova a mais.


De acordo com os telegramas revelado por WikiLeaks, o Conselheiro-Adjunto Político Atul Keshap relatou em com 3 de maio de 2007 que, em 27 de abril, os funcionários reuniram-se com Jamiat Ulema-i-Hind, com Mahmood Madani e com o líder Pandit NK Silva, que alegou laços estreitos com a família Gandhi, depois que Maulana Fazl visitou Nova Deli, de 22 a 26 abril.

Madani disse que Maulana Fazl queria discutir a reconciliação do Taliban, bem como sua posição na política paquistanesa com diplomatas dos EUA, mas somente fora do Paquistão.

"Madani Rehman explicou que estava interessado em atuar como intermediário entre Estados Unidos, para negociar com os talibans a fim de trazê-los ao acordo e, pacificamente, à política do Afeganistão", citou o cabo.

Madani disse que muitos talibans eram apenas forçados ao conflito, que não tinham nenhuma outra alterntiva para sair dela, que os membros do Taliban estavam dispostos a participar, e em que circunstâncias se daria isso, teriam que ser desenvolvidas nas negociações".

De acordo com o cabo, ele disse que Maulana Fazl não podia falar livremente no Paquistão, e que diria uma coisa no Paquistão e outra na Índia, se perguntado.

Sharma disse que era importante que as conversações se dessem fora do Paquistão, por três razões: o ex-embaixador dos EUA no Paquistão era bem conhecido e muito próximo de Pervez Musharraf, o Maulana colocaria em risco sua posição no Muttahida Majlis-i-Amal (MMA) se as discussões se dessem no Paquistão, além do que os extremistas no Paquistão também o ameaçariam e, finalmente, a Índia queria ter algum papel nas negociações, o que não se feito dentro do Paquistão.

Quando perguntado, Silva concordou que um terceiro país, como os Emirados Árabes Unidos, também poderia ser uma opção viável.

Madani disse Maulana Fazl queria tornar-se mais importante na política paquistanesa, e o apoio dos EUA Musharraf não estava ajudando a resolver o conflito no Afeganistão.

Ele disse que Maulana Fazl não parecia estar atuando como em dívida de gratidão com os EUA, mas na verdade foi mais moderado do que Musharraf. Ele alegou que o JUI-F foi ganhando terreno, iria adquirir mais poder nas próximas eleições, e deveriam estar autorizados a desempenhar seu papel legítimo de governo do Paquistão.

Madani disse também que as discussões com os EUA deveria se dar sob três bases de reconciliação, primeiro-Taliban, a posição de segundo Maulana Fazl no Paquistão, e a terceira eleições em Bangladesh.

Sharma disse mais tarde que o Maulana Fazl conheceu a chefe do Partido do Congresso, Sonia Gandhi, o primeiro-ministro indiano Manmohan Singh, o conselheiro de Segurança Nacional MK Narayanan, bem como alguns líderes de oposição, incluindo o ex-primeiro-ministro Atal Bihari Vajpayee, e todos apoiaram essas negociações.



Assange Está Retendo Sujeira em Israel, Porque Jornais Ocidentais Não Querem Publicá-La

23.12.2010 / Fonte: Anti War

Tradução de Edu Montesanti


Isso é o que disseram Walt e Mearsheimersobre sobre o lobby de Israel, que age para protegê-lo na Imprensa. Estou adivinhando que Assange está se referindo ao New York Times, entre outras publicações. Al Jazeera:

DOHA: WikiLeaks vai liberar arquivos secretos top norte-americanos, sobre Israel nos próximos seis meses, disse seu fundador, Julian Assange divulgado ontem.

Em uma entrevista excusiva para a TV Al Jazeera, Assange disse que apenas um número escasso de arquivos relacionados com Israel tinha sido publicado até agora, porque os jornais do Ocidente, aos quai foram concedidos direitos exclusivos para publicar os documentos secretos, relutam em publicar informações muito sensíveis sobre Israel .

"Há 3.700 arquivos relacionados a Israel e a fonte de 2.700 arquivos, é Israel. Nos próximos seis meses, pretendemos publicar mais arquivos, dependendo de nossas fontes ", disse Assange em entrevista ao programa de quase uma hora, ao vivo do Reino Unido.

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Leia o novo livro de Edu Montesanti

XVIII. WIKILEAKS - Oriente Médio e Norte da África
saiba mais, aqui


"A investigação é um vento fresco de transparência, em meio à densa cortina de fumaça midiática no Brasil"

(Jornal carioca Correio do Brasil, ao entrevistar o autor)


"Obra única no Brasil, do jornalista investigativo Edu Montesanti"

(Diário Liberdade / Galiza)


WikiLeaks: Documentos Acusam Irã de Financiar Ataques a Itália no Afeganistão

12.1.2011 / Fonte: Opera Mundi


Os ataques promovidos por grupos terroristas talibãs contra bases italianas no Afeganistão foram financiados e armados pelo Irã, segundo documentos da diplomacia norte-americana revelados pelo WikiLeaks, aos quais a ANSA teve acesso.

De acordo com os despachos, os grupos terroristas foram treinados para utilizar explosivos artesanais mortais fornecidos pelo próprio Estado persa e “agiram sob direção do governo iraniano”, que “enviou tropas para a fronteira” com o Afeganistão para apoiar os insurgentes.

Uma mensagem enviada no dia 24 de junho de 2009 citava o grupo Talibã. “O grupo talibã de Gholam Yahya Akbary (GYA) tem alguns mísseis iranianos e minas” e estaria sendo pressionado para “lançar ataques no distrito de Ghozareh [no sul da província afegã de Herat, fronteiriço com o Irã]“, informava o texto.

Segundo o mesmo documento: “o grupo recebeu todos os equipamentos e financiamento do Irã e demonstra sua atividade à República Islâmica disparando mísseis e granadas sobre Camp Arena e outros alvos”, afirmou a embaixada.

Outro despacho norte-americano, de 2007, revela que os insurgentes teriam recebido ordens do governo de Mahmoud Ahmadinejad para “incendiar escolas”. Os Estados Unidos acusam os terroristas como “responsáveis pelos incêndios nas escolas do distrito de Shindand”, uma cidade a 120 quilômetros ao sul de Herat.

Em março do mesmo ano, na própria vila de Shindand, os militares inauguraram uma escola financiada pelo PRT italiano (Provincial Reconstruction Team, na sigla em inglês).

Em julho de 2009, um homem-bomba que havia chegado “do Irã e do Paquistão” teria recebido ordens de “figuras do primeiro escalão da inteligência iraniana” para planejar um atentado suicida na cidade de Herat.

Um outro documento de agosto de 2009 afirma que a GYA “recebeu apoio financeiro de um alto oficial da inteligência iraniana e planeja um ataque contra a cidade e o aeroporto de Herat um dia após as eleições” presidenciais que ocorreram naquele ano.

Na semana do envio do deste documento, foram registrados ao menos dois ataques com foguetes contra Camp Arena, mas não houve vítimas nem danos materiais.

O WikiLeaks revelou ainda outra mensagem, despachado em setembro do 2009, que indica que os milicianos do Talibã haviam recebido da nação persa “seis minas anti-carro muito potentes” e que seriam utilizadas “contra a força da coalizão internacional” ou altos funcionários “da polícia afegã”. Os explosivos seriam acionáveis por controle remoto, a uma distância de dois quilômetros.


Vídeo abaixo: Jornalismo russo comenta revelações WikiLeaks:
Ocultamento dos EUA e da mídia de ataques a civis no Afeganisão, pelo exército norte-americano

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#Posté le mercredi 09 mars 2011 20:02

Modifié le vendredi 22 janvier 2016 16:11



Últimos Cabos WikiLeaks Revelam Temor e Alianças de Israel

Julian Assange libera parcela de arquivos secretos a jornais em Israel,
sobre cooperação do país com os EUA e com a opinião dos países vizinhos

7.4.2011 / Fonte: An Hour Ago

Tradução de Edu Montesanti (cabo também traduzido na íntegra, após este artigo)


Observação do Blog: WikiLeaks começa a liberar telegramas envolvendo Israel. Conforme o artigo mais abaixo, Protestos no Egito: O Apoio Secreto dos Estados Unidos por trás do Levante de Líderes Rebeldes, do britânico The Daily Telegraph, os EUA estranhamente apoiaram rebeldes egípcios nos recentes protestos que destituíram o presidente do país, aliado histórico de Washington, Hosni Mubarak. Neste presente artigo do também britânico An Hour Ago, pode estar vindo às claras do porquê do apoio norteamericano em se derrubar o presidente do Egito. Além de evidenciar o conhecido caráter conspiratório de Israel na região, sempre em aliança secreta com o governo norteamericano


Mohammed Tantawi, o cabeça das decisões dos generais do Egito, foi um obstáculo aos esforços de Israel para interromper o contrabando de armas na Faixa de Gaza, de acordo com as forças de segurança israelenses. A avaliação foi secretamente entregue a diplomatas dos EUA, ao lado de elogios ao ex-chefe de Inteligência, Omar Suleiman, em seus esforços para impedir o tráfico de armas, de acordo com os cabos à embaixada revelados por WikiLeaks.

As revelações surgem através de uma parcela dos cabos militares mais delicados da embaixada dos EUA em Tel Aviv. Eles foram entregues a jornais israelenses pelo fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

O jornal de língua hebraica Yediot, nesta semana, anunciou um acordo sob o qual ele irá publicar uma entrevista com Assange, que recentemente teve que defender o WikiLeaks de acusações de anti-semitismo.

Os cabos mostram íntima cooperação entre EUA e organizações de Inteligência israelense. A preocupação de Israel com as ambições nucleares iranianas é bem conhecida, e os cabos dos EUA detalham o bombardeio de mensagens sobre o assunto que, repetidamente, recebeu de diplomatas de Tel Aviv.

Eles também esclarecem detalhadas, e por vezes inesperadas análises militares de Israel sobre seus inimigos e amigos na região.

O Egito é a principal rota de armas e munições para a Faixa de Gaza, e os EUA têm facilitado a cooperação entre Israel e Egito para resolver isso, há vários anos.

Sobre o contrabando de armas através da fronteira egípcia com o Hamas na Faixa de Gaza, os chefes de Inteligência israelense descreveram-na como "de apoio" a Omar Suleiman, que foi ministro da Inteligência do Egito, mas disse que o ministro da Defesa de Mohammed Hussein Tantawi era "um obstáculo", em um cabo de novembro de 2009.

Outro cabo visto pelo "The Guardian" revela que o rei do Bahrein, cujo estado árabe foi recentemente abalada por protestos, manteve relações amistosas com o Mossad, agência de Inteligência israelense.

Os cabos relatam uma conversa particular entre o então embaixador dos EUA, William Monroe, e o rei Hamad do Bahrein, no palácio do rei em 15 de fevereiro de 2005. Monroe informou Washington: "Ele [o rei] revelou que o Bahrein já tem contatos com Israel para a Inteligência / nível de segurança (ou seja, com o Mossad), e indicou que o Bahrein está disposto a avançar em outras áreas".

Os cabos também trouxeram à luz a avaliação de Israel sobre a capacidade crescente do Hezbollah para atacar diretamente Tel Aviv, com um arsenal de mais de 20 mil mísseis.

Os chefes da Inteligência israelense informram seus colegas dos EUA, durante a regular sessão Grupoda Junta Político-Militar (JPMG, na sigla em inglês) em 18 de novembro de 2009, da escala de possíveis ataques do Hezbollah no Líbano.

Foi dito a Washington: "O Hezbollah possui mais de 20 mil foguetes do Hezbollah ... este estava se preparando para um longo conflito contra Israel, em que pretende lançar um grande número de foguetes contra Israel por dia. Um funcionário do Mossad estimou que o Hezbollah tentará lançar 400 - 600 foguetes e mísseis contra Israel por dia - 100 dos quais serão lançados sobre Tel Aviv. Ele observou que o Hezbollah está considerando realizar tais lançamentos por, pelo menos, dois meses".

Outros cabos detalham regulares conversas secretas entre os EUA e Yuval Diskin, chefe da agência de segurança interna de Israel, Shin Beth, sobre o papel do Hamas em Gaza. Em 12 de novembro de 2009, a embaixada informou a opinião do responsável geral de Gaza e sul de Israel, general Yoav Galant, que o Hamas precisaria ser "suficientemente forte para impor um cessar-fogo".

Ele disse aos norteamericanos: "A liderança política de Israel ainda não fez as escolhas políticas necessárias entre prioridades: uma prioridade a curto prazo, de desejar que o Hamas seja suficientemente forte para impor o cessar-fogo de fato, e impedir o disparo de foguetes e morteiros contra Israel; uma prioridade a médio prazo, a fim de impedir que o Hamas consolide seu controle sobre Gaza, e uma prioridade a longo prazo, para evitar o retorno do controle israelense sobre a Faixa de Gaza e a total responsabilidade pelo bem-estar da população civil de Gaza".

Galant deveria ter-se tornado chefe de defesa do Estado-Maior de Israel no início deste ano, mas o compromisso foi cancelado devido ao escândalo.



O Inquérito Iraque Solicitou "Proteção aos Interesses dos EUA"
 
30.11.2010 / Fonte: WikiLeaks.ch

Tradução de Edu Montesanti


O Ministério da Defesa decidiu influenciar o inquérito oficial sobre a Guerra do Iraque, a fim de "proteger os interesses dos EUA", de acordo com um cabo dos EUA classificado de diplomático, divulgado pelo sítio Wikileaks como denúncia.

A expedição enviada por Ellen Tauscher, Subsecretário para Controle de Armas e Segurança Internacional dos EUA, descreve uma conversa com Jon Dia, diretor-geral da política de segurança, no qual ele "prometeu que o Reino Unido tomaria medidas práticas a fim de proteger seus interesses (dos EUA)" durante o inquérito britânico sobre as causas da Guerra do Iraque.

Day fez admissão no final de setembro de 2009, durante uma série de reuniões entre Tauscher e altos funcionários britânicos na Conferência Londres P5 sobre a Construção de Confiança para Medidas em prol do Desarmamento Nuclear.

A delegação do Reino Unido contou também com a presença de David Miliband, então Ministro de Relações Exteriores, embora não haja evidência no cabo de que ele estava ciente das garantias de Day.

Em 6 de janeiro de 2010, Day foi chamado como testemunha ao Inquérito Iraque, onde foi questionado sobre as decisões da sua política de 2007-2009.

O aparente conhecimento de Day sobre a interferência de Whitehall no inquérito, antes de seu depoimento, contradiz a afirmação, em seguida, do primeiro-ministro Gordon Brown de que seria "totalmente independente do governo", tanto quanto "sem precedentes".

Na entrevista coletiva inaugural do Inquérito, seu presidente, John Chilcot, foi questionado pelo jornalista de The Guardian, Andrew Pardal, se a lista de jurados planejou evidenciar funcionários norte-americanos.

Chilcot respondeu, "sessões de debates e provas não são necessariamente a mesma coisa, e é claro que não temos poder de obrigar as testemunhas aqui. No entanto, eu aceito o impulso por trás da sua pergunta, que as relações anglo-americana são uma das partes mais centrais do Inquérito, e como isso foi conduzido é algo que precisamos ter substancial entendimento."

Entre 17 e 21 de maio de 2010, os membros da comissão realizaram uma série de reuniões em Washington com funcionários das administrações anteriores e atuais dos EUA. No entanto, como as reuniões não eram sessões de provas formais, não há nenhum registro publicado das discussões.

O Inquérito Iraque planeja entregar seu relatório final no fim do ano.



Protestos no Egito*: O Apoio Secreto dos Estados Unidos Por Trás do Levante de Líderes Rebeldes

28.1.2011 / Fonte: The Daily Telegraph

Tradução de Edu Montesanti


O governo norteamericano apoiou secretamente as principais figuras por trás da revolta egípcia, que têm objetivado a "mudança de regime" nos últimos três anos, The Daily Telegraph ficou sabendo.

A embaixada norteamericana no Cairo ajudou um jovem dissidente a participar de uma cúpula patrocinada pelos EUA para ativistas em Nova Iorque, enquanto trabalhava para manter sua identidade secreta da polícia estatal egípcia.

Em seu retorno para o Cairo, em dezembro de 2008, o ativista disse aos diplomatas dos EUA que uma aliança de grupos da oposição haviam elaborado um plano para derrubar o presidente Hosni Mubarak, e instalar um governo democrático em 2011.

O documento secreto na íntegra

Ele já foi detido pela segurança egípcias por conexão com as manifestações, e sua identidade está sendo protegida por The Daily Telegraph.

A crise no Egito segue a derrubada do presidente tunisiano, Zine al-Abedine Ben Ali, que fugiu do país após protestos que o forçaram a abandonar o cargo.

As informações, contidas no despacho diplomático outrora secretos dos EUA divulgadas pelo sítio WikiLeaks, mostram funcionários norteamericanos pressionando o governo egípcio para a libertação de outros dissidentes que haviam sido detidos pela polícia.

Mubarak, que enfrenta o maior desafio à sua autoridade nos 31 anos de poder, deu órdens ao exército que saia às ruas no Cairo ontem, enquanto tumultos eclodiram em todo o Egito.

Dezenas de milhares de manifestantes antigoverno tomaram as ruas, em aberto desafio ao toque de recolher. Uma explosão abalou o centro do Cairo, enquanto milhares desafiaram as ordens para retornar às suas casas. À medida que a violência aumentou, as chamas podiam ser vistas nas proximidades da sede do governista Partido Nacional Democrático.

A polícia disparou balas de borracha, e usou gás lacrimogêneo e canhões de água na tentativa de dispersar a multidão.

Pelo menos cinco pessoas morreram apenas ontem no Cairo, e 870 ficaram feridas, muitos com ferimentos de bala. Mohamed El Baradei, o líder pró-reforma e Prêmio Nobel da Paz, foi colocado em prisão domiciliar depois de retornar ao Egito para juntar-se oas dissidentes. Tumultos ocorreram também em Suez, Alexandria e em outras grandes cidades de todo o país.

William Hague, ministro das Relações Exteriores, pediu ao governo egípcio que atenda as "exigências legítimas dos manifestantes". Hillary Clinton, secretário de Estado dos EUA, disse que estava "profundamente preocupada com o "uso da força" para reprimir os protestos.

Em uma entrevista para o canal de notícias norteamericano CNN, que será transmitido amanhã, David Cameron disse: "Acho que precisamos de reforma no país. Quero dizer, apoiamos a reforma e o progresso através de maior fortalecimento da democracia e dos direitos civis, e do Estado de direito".

O governo dos EUA tem sido apoiante do regime do presidente Mubarak. Mas os documentos vazados mostram o grau de apoio que os norteamericanos estavam oferecendo aos ativistas pró-democracia no Egito, embora publicamente elogiem Mubarak como importante aliado no Oriente Médio.

Em uma expedição diplomática secreta, enviada em 30 de dezembro de 2008, Margaret Scobey, embaixadora dos EUA no Cairo, registrou que os grupos de oposição alegavvam elaborar planos secretos para a "mudança do regime", para acontecer antes das eleições previstas para setembro deste ano.

O memorando, que a embaixadora Scobey enviou ao secretário de Estado dos EUA em Washington DC, foi marcada como "confidencial" e intitulava: "Ativista Visita EUA em 6 de abril, e a Mudança de Regime no Egito"

Ela disse que o ativista afirmou que "várias forças da oposição" tinham "concor em apoiar um plano não escrito para transição a uma democracia parlamentar, envolvendo uma presidência enfraquecida, e um ministro e um Parlamento com poderes privilegiados, antes das eleições presidenciais de 2011". A fonte da embaixada disse que o plano era "tão delicado, que não podia ser escrito".

A embaixadora Scobey questionou se tal trama "surreal" poderia funcionar, ou se ela sequer existia. No entanto, os documentos mostram que o ativista havia se aproximado da diplomatas dos EUA, e recebeu amplo apoio para sua campanha pró-democracia de funcionários em Washington. A embaixada ajudou o ativista a assistir uma "cúpula" para jovens ativistas em Nova Iorque, que foi organizada pelo Departamento de Estado dos EUA.

Funcionários da embaixada do Cairo alertaram Washington de que a identidade do militante deve ser mantida em segredo, porque ele poderia enfrentar "retaliação", quando ele retornar ao Egito. Ele já teria sido torturado durante três dias pela segurança do Estado egípcio, depois que foi preso por ter participado de um protesto, há alguns anos.

Os protestos no Egito estão sendo impulsionados pelo movimento da juventude "6 de Abril", um grupo no Facebook que tem atraído, principalmente, membros jovens e educados em oposição a Mubarak. O grupo tem cerca de 70 mil membros e usa sítios de redes sociais para orquestrar protestos e relatórios sobre suas atividades.

Os documentos divulgados por WikiLeaks revelam que os funcionários da embaixada dos EUA estavam em constante contato com o ativista ao longo de 2008 e 2009, considerando-o uma de suas fontes de informação mais confiáveis sobre os abusos dos direitos humanos.


(*) O Egito, claro, geograficamente faz parte do norte da África, bem como do Oriente Médio. Tendo em vista que seus assuntos internacionais mais importantes estão relacionados ao Meio Oriente, trataremos do Egito na seção Oriente Médio deste trabalho.


Abaixo, o cabo traduzido na íntegra, com exclusividade pelo Blog:

ASSUNTO: Ativista em sua visita a 6 de abril aos EUA, e mudança de regime no Egito
REF: A. CAIRO 2462 CAIRO B. 2454 C. CAIRO 2431 Emitido por: ECPO A / Mincouns Catherine Hill-Herndon por razão 1,4 (d).

1. (C) Resumo e comentário: Em 23 de dezembro, 6 de abril ativista xxxxxxxxxxxx manifestou satisfação com sua participação em 3-5 de dezembro \ "Cúpula da Aliança de Movimentos de Jovens", \ e com suas reuniões com funcionários do governo norte-americano no Capitólio, e com grupos de discussão. Ele descreveu como a Segurança do Estado (SSIS) o deteve no aeroporto do Cairo em seu retorno, e confiscou seus documentos para sua apresentação na cúpula conclamando à mudança democrática no Egito, e sua agenda para os encontros do Congresso. xxxxxxxxxxxx sustentou que o governo egípcio nunca realizará nenhuma reforma significativa e, portanto os egípcios precisam substituir o atual regime por uma democracia parlamentar. Ele afirmou que vários partidos de oposição e movimentos aceitaram um plano não escrito à transição democrática em 2011; estamos em dúvida sobre essa afirmação.

xxxxxxxxxxxx disse que, embora a SSIS tenha liberado recentemente dois ativistas em 6 de abril, o qual também prendeu três outro membros do grupo. Temos pressionado o MFA para a liberação desses ativistas de 6 de abril. O objetivo declarado em 6 de abril de substituir o atual regime por uma democracia parlamentar antes das eleições presidenciais de 2011 é altamente irrealista, e não é apoiado pela oposição. Final do resumo e do comentário.

---------------------------- Satisfação com a Cúpula ------------------ ----------

2. (C) xxxxxxxxxxxx expressaram satisfação com a \ "Cúpula da Aliança de Movimentos da Juventude \" de 3-5 de dezembro em Nova York, observando que pôde encontrar ativistas de outros países e traçar metas de seu movimento para a mudança democrática no Egito. Disse-nos que os outros ativistas na cúpula foram muito favoráveis, e que alguns até se ofereceram para realizar manifestações públicas de apoio à democracia egípcia em seus países xxxxxxxxxxxx como convidado xxxxxxxxxxxx disse que discutiu com ps outros ativistas como os membros de 6 de abril poderiam mais eficazmente fugir do assédio e da vigilância do SSIS com atualizações técnicas, como por exemplo alternar frequentemente de computador \ "simcards. \" No entanto, lamentou xxxxxxxxxxxx a nós que como a maioria dos membros de 6 de abril não possuem computadores próprios, essa tática seria impossível de se implementar. xxxxxxxxxxxx apreciou os esforços bem sucedidos do Departamento e os organizadores da cúpula para proteger sua identidade durante a cúpula, e disse-nos que seu nome nunca foi mencionado publicamente.

------------------- Uma Fria Acolhida em Casa -------------------

3. (S) xxxxxxxxxxxx disse-nos que a SSIS o deteve e revistou no aeroporto do Cairo em 18 de dezembro, em seu retorno dos EUA De acordo com a xxxxxxxxxxxx, SSIS encontrou e apreendeu dois documentos em sua bagagem: cartas para sua apresentação no encontro, que apresentou as reivindicações de 6 de abril para a transição democrática no Egito, e um cronograma de suas reuniões no Capitólio. xxxxxxxxxxxx descreveu como o funcionário da SSIS disse-lhe que a Segurança do Estado está compilando um arquivo sobre ele, e que os superiores do funcionário o instruíram a apresentar um relatório sobre as atividades xxxxxxxxxxxx mais recentes.

-------------------------------------------------- -----
Reuniões em Washington e Ideias de 6 de Abril para Mudança do Regime
-------------------------------------------------- -----

4. (C) xxxxxxxxxxxx descreveu seus compromissos em Washington como positivos, dizendo que, no Capitólio, reuniu-se com xxxxxxxxxxxx vários de funcionários da Casa, inclusive dos escritórios de xxxxxxxxxxxx e xxxxxxxxxxxx), e com dois funcionários do Senado. xxxxxxxxxxxx também observou que se reuniu com membros dos grupos de discussão. xxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxx disse que o escritório o convidou para falar em uma audiência do Congresso sobre o final de janeiro em uma audiência da Casa sobre a Resolução 1303, que trata da liberdade religiosa e política no Egito. xxxxxxxxxxxx disse-nos que está interessado em participar, mas admitiu que não tem certeza se terá fundos para fazer a viagem. Indicou-nos que não tem se focado nesse trabalho como um \ "fixer \" aos jornalistas, devido à sua preocupação com sua viagem aos EUA.

5. (C) xxxxxxxxxxxx descreveu como tentou convencer seus interlocutores de Washington que o governo dos EUA devem pressionar o governo egípcio a implementar reformas significativas, ameaçando revelar CAIRO 00002572 002 OF 002 informações de funcionários do governos egípcios considerados como mantendo '\ "ilegais \" contas bancárias em paraísos fiscais. Ele esperava que os EUA e a comunidade internacional congelassem essas contas bancárias, assim como as contas de confidentes do presidente Mugabe do Zimbábue. xxxxxxxxxxxx Disse que quer convencer o governo dos EUA que Mubarak é pior que Mugabe, e que o governo egípcio nunca aceitará a reforma democrática. xxxxxxxxxxxx Afirmou que Mubarak deriva a legitimidade do apoio dos EUA e, portanto, cobrou dos EUA ser o \ "responsável' \ pelos \ "crimes" \ de Mubarak. \

Ele acusou as ONGs que trabalham na reforma política e econômica de viver em um \ "mundo de fantasia" \, e de não reconhecer que Mubarak - \ "a cabeça da cobra" \ - deva ser destituído para permitir que a democracia crie raízes.

6. (C) xxxxxxxxxxxx alegou que várias forças da oposição - incluindo os partidos Wafd, Nasserite, Karama e Tagammu, e a Irmandade Muçulmana, a Kifay, e movimentos socialistas revolucionários - concordaram em apoiar um plano não-escrito para uma transição a uma democracia parlamentar, envolvendo uma presidência enfraquecida e um poderoso primeiro-ministro com parlamento, antes das eleições presidenciais agendadas para 2011 (ref C). De acordo com xxxxxxxxxxxx, a oposição está interessada em receber apoio do Exército e da Polícia para um governo de transição antes das eleições de 2011.

xxxxxxxxxxxx afirmou que este plano é tão delicado que não pode ser escrito. (Comentário: Não temos informações para corroborar que esses partidos e movimentos concordaram com o plano irrealista que xxxxxxxxxxxx traçou Per ref C, xxxxxxxxxxxx anteriormente nos disse que este plano esrava disponível publicamente na Internet. Fim do comentário)

7. (C) xxxxxxxxxxxx disse que o governo egípcio recentemente reprimiu o movimento de 6 de abril com a prisão de seus membros. xxxxxxxxxxxx Nota que, embora a SSIS tenha liberado xxxxxxxxxxxx e xxxxxxxxxxxx \ "nos últimos dias" \, havia prendido outros três membros. (Nota: Em 14 de dezembro, pressiamos o MFA para a liberação de xxxxxxxxxxxx e xxxxxxxxxxxx, e em 28 de dezembro, pedimos ao MFA do governo egípcio que libertasse os outros três ativistas. Fim da nota) xxxxxxxxxxxx admitiu em 6 de abril que não tem planos viáveis para as atividades futuras.

O grupo gostaria de convocar uma outra greve em 6 de abril de 2009, mas percebe que isso seria \ "impossível' \ devido à interferência da SSIS, xxxxxxxxxxxx disse. Ele lamentou que o governo egípcio foi levado para o submundo do grupo de liderança, e que um de seus líderes, xxxxxxxxxxxx, está escondido desde a semana passada.

8. (C) Comentário: xxxxxxxxxxxx não ofereceu nenhum roteiro de passos concretos em direção à meta altamente irrealista de 6 de abril, de substituir o atual regime com uma democracia parlamentar antes das eleições presidenciais de 2011. A maioria de partidos de oposição e organizações não governamentais independentes trabalham para alcançar a reforma tangível, incrementada dentro do atual contexto político mesmo que possam ser pessimistas sobre suas chances de sucesso. xxxxxxxxxxxx rejeita completamente a possibilidade de colocá-lo de fora dessa corrente de políticos da oposição e ativistas.

SCOBEY
02008-12-307386PGOV, Phum, KDEM, EGAPRIL ATIVISTA 6 SOBRE sua visita aos EUA e mudança de regime no Egito




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#Posté le mercredi 09 mars 2011 20:03

Modifié le jeudi 12 avril 2012 22:11



WikiLeaks: Iêmen Enganou Sauditas no Quase Bombardeio a Presidente Rival

Presidente Ali Mohsen estava dentro do quartel-general que o regime Saleh
afirmou ser base rebelde, conforme cabo revelado por WikiLeaks

8.4.2011 / Fonte: An Hour Ago

Tradução de Edu Montesanti


O governo iemenita, evidentemente, teve como alvo um general líder do exército, rival do presidente Ali Abdullah Saleh, quem disse a comandantes militares árabes que a sede dele era base rebelde que deveria ser bombardeada.

A trama extraordinária - e frustrada, quando pilotos suspeitos da Arábia abortaram o ataque aéreo - surgiu através de uma dos cabos secretos da embaixada dos EUA, divulgado por WikiLeaks.

Datado de fevereiro de 2010, o cabo ilustra a extensão em que as relações entre Saleh e Ali Mohsen al-Ahmar se deterioram mais de um ano antes do general declarar apoio a manifestantes anti-regime.

O cabo dos EUA relata um encontro entre James B. Smith, embaixador norteamericano em Riade, e o príncipe Khaled bin Sultan, co-ministro da Defesa saudita. As conversas foram organizadas par que Smith transmitisse preocupações dos EUA em relação aos ataques aéreos sauditas sobre Houthis, grupo de insurgentes xiitas no norte do Iêmen.

Khaled disse ao embaixador que os alvos foram selecionados por uma comissão mista, composta por oficiais sênior da Arábia e do Iêmen.

A nota de Smith continua: "O príncipe Khaled também informou que os sauditas tiveram problemas com algumas das recomendações de alvos a serem atacados, recebidas do lado do Iêmen. Por exemplo, houve uma ocasião em que os pilotos da Arábia realizaram um ataque quando sentiram que algo estava errado nas informações que recebiam dos iemenitas. Acontece que o lugar recomendado para ser atingido foi a sede do general Ali Mohsen al-Ahmar, região norte do comando militar do Iêmen, considerado opositor político do presidente Saleh. Tal incidente levou os sauditas a ser mais cautelosos nas recomendações de alvos do governo iemenita".

Ali Mohsen estava dentro da sede no momento do ataque, disse um de seus assessores ao Washington Post. "Essa não foi a primeira tentativa do presidente e do regime de matá-lo", disse o assessor.

Ali Mohsen, confidente de longa data do presidente, bem como o chefe do Exército iemenita no país norte-oeste, foi um dos 11 comandantes militares a se demitir publicamente no mês passado, dizendo que aderiria à "revolução pacífica".

Por muitos anos, Ali Mohsen foi forte militar-chave de Saleh, desempenhando papel importante na guerra civil de 1994. Geralmente visto como o segundo homem mais poderoso do país, ele é normalmente referido como o primo dos dois meio-irmãos de Saleh, embora alguns relatos afirmem que ele mesmo é meio-irmão de Saleh.

De acordo com o cabo, Smith também perguntou ao príncipe Khaled sobre a veracidade de que alguns dos ataques aéreos atingiram civis, especialmente uma construção que os EUA acreditavam tratar-se de clínica médica.

O ministro saudita concordou que havia problemas - queixou-se, de passagem, que os EUA venderam ao seu país o avião teleguiado Predator - a fim de que h alvo fosse atacado com mais precisão -, mas disse que a campanha aérea foi atingir deliberadamente os Houthis, difícil de "ficar de joelhos".

Ele acrescentou: "Entretanto, tentamos, muito tenazmente, não atingir alvos civis," uma garantia aceita por Smith.

A Arábia Saudita iniciou as operações militares contra os houthis em 2009, em sequência de ataque na região transfronteiriça Houthi que matou dois guardas sauditas.



Al-Jazira Anuncia Divulgação de Informação do Site
Iraque: WikiLeaks Revela Encobrimento pelo Exército Americano de Tortura de Civis

22.10.2010 / Fonte: Público.net (Portugal)


Os Estados Unidos ignoraram milhares de casos de violência sobre detidos levados a cabo pelas forças iraquianas – tortura, violação e até assassínios, dizem os documentos dados pelo site Wikileaks a vários órgãos de comunicação social, incluindo o diário britânico "The Guardian" e a estação de televisão pan-árabe Al-Jazira.

E apesar de dizerem repetidas vezes que não havia dados exactos sobre o número de mortes durante a guerra no país, as autoridades americanas têm registo de 66.081 vítimas civis – mais 15 mil do que se pensava.

Estes eram os pontos destacados pelo "Guardian" entre os 400 mil ficheiros de um período que vai de Janeiro de 2004 a 31 de Dezembro de 2009. O jornal referia também a revelação de que a tripulação de um helicóptero de combate envolvida num polémico ataque em Bagdad (ver texto em baixo) matara tempos antes rebeldes iraquianos que tentavam render-se.

A Al-Jazira comentou a tortura de civis a que o Exército americano fechou os olhos. “Apesar de um dos objectivos da guerra do Iraque ter sido o encerrar dos centros de tortura de Saddam Hussein, os documentos do Wikileaks mostram muitos casos de tortura e abuso de prisioneiros por polícias e soldados iraquianos”, segundo um comunicado enviado à AFP.

Na primeira peça sobre o assunto, a Al-Jazira quantifica: em mais de 1300 vezes, tropas americanas reportaram as alegações aos superiores... mas não há casos conhecidos de punição de membros das forças de segurança do Iraque.

A estação cita exemplos tirados dos documentos americanos: “o detido estava de olhos vendados”, “foi espancado com um objecto pesado”, “esmurrado na face e cabeça”, “foi usada electricidade nos seus pés e genitais”, “foi sodomizado com uma garrafa de água”. Noutros casos, a conclusão era mais simples: “A polícia iraquiana espancou o detido até à morte”.

Apesar disso, as autoridades americanas fechavam os processos com o carimbo “não é necessária mais investigação”, passando os casos às mesmas unidades iraquianas envolvidas na violência, diz o Guardian. Em contrapartida, todas as denúncias envolvendo forças da coligação eram sujeitas a inquéritos formais.

Segundo os documentos citados pela Al-Jazira, “foram mortos centenas de civis durante a guerra nos checkpoints do Exército americano”. A estação menciona ainda casos até agora desconhecidos de disparos contra civis efectuados pela empresa privada de segurança Blackwater.

Outra das conclusões diz respeito ao “envolvimento secreto do Irão no financiamento das milícias xiitas” e “o papel dos Guardas da Revolução [iranianos] enquanto fornecedores presumíveis de armas aos insurrectos xiitas” no âmbito de uma “guerra secreta entre Irão e Iraque”.

Ainda antes da divulgação destas informações, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, condenou “em termos muito claros” a revelação de quaisquer documentos que possam pôr em risco a vida de americanos.

O Wikileaks, um site dedicado a expor informação que os governos querem manter secreta, ganhou especial notoriedade com a divulgação de mais de 91 mil documentos classificados dos EUA sobre a guerra no Afeganistão, em Julho. Washington criticou a divulgação de informação que, argumentou, colocava em risco as tropas no terreno.

O Wikileaks tinha prometido “revelações importantes” sobre a guerra no Iraque. O Pentágono tinha 120 peritos a postos para analisar esta fuga, mas dizia não esperar “grandes surpresas”. A divulgação, com o “máximo impacto” prometido no Twitter do Wikileaks, começou a ser feita pela Al-Jazira por volta das 21h00 desta sexta-feira em Lisboa.
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#Posté le mercredi 09 mars 2011 20:04

Modifié le vendredi 13 avril 2012 09:04


Telegrama secreto emitido pela Embaixada dos EUA em Damasco, Síria
Intitulado Próximos Passos para uma Estratégia de Direitos Humanos
Traduzido ao português com exclusividade pelo Blog
De 2005 a 2010, os EUA enviaram, secretamente, 12 bilhões de dólares, e
Financiou instalação de canal de TV via satélite, transmitindo dentro do país
Programas contra o regime de Bashar al-Assad


28.4.2009 / Fonte: WikiLeaks

Tradução de Edu Montesanti


id: 204465
date: 4/28/2009 13:24
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origin: Embassy Damascus
classification: SECRET
destination: 09DAMASCUS129|09DAMASCUS185|09DAMASCUS272
header:
VZCZCXYZ0000
OO RUEHWEB

DE RUEHDM #0306/01 1181324
ZNY SSSSS ZZH
O 281324Z APR 09
FM AMEMBASSY DAMASCUS
TO RUEHC/SECSTATE WASHDC IMMEDIATE 6293
INFO RUEHLO/AMEMBASSY LONDON PRIORITY 0537
RUEHFR/AMEMBASSY PARIS PRIORITY 0506
RHEHNSC/NSC WASHDC PRIORITY
RHEHAAA/WHITE HOUSE WASHDC PRIORITY
RUEAIIA/CIA WASHINGTON DC PRIORITY

----------------- header ends ----------------

S E C R E T DAMASCUS 000306

SIPDIS

DEPARTMENT FOR NEA/ELA, DRL/NESCA
PARIS FOR WALLER, LONDON FOR TSOU

E.O. 12958: DECL: 28/04/2019
TAGS: PHUM, PGOV, PREL, SY
ASSUNTO: REFORMA COMPORTAMENTAL: PRÓXIMOS PASSOS PARA UMA ESTRATÉGIA PELOS DIREITOS HUMANOS

REF: A. DAMASCO 00129
B. DAMASCO 00185
C. DAMASCO 00272

Confidenciadopor: CDA Maura Connelly por razões 1,4 (b) e (d)

1. (C) RESUMO: Este cabo representa uma enfatização ao "Reengajamento da Síria: Direitos Humanos" (ref A), e esboça a programação da sociedade civil em curso no país, principalmente sob proteção da Secretaria de Direitos Humanos e do Trabalho [DRL, na sigla em inglês] e Iniciativa de Parceria para o Oriente Médio [MEPI, na sigla em inglês]. Ambos os projetos de fundos de MEPI e DRL, nos quais a mensagem tem diferentes graus de visibilidade. Alguns programas podem ser percebidos, foram tornado públicos como uma tentativa de minar o regime Asad, uma oposição ao encorajamento da reforma comportamental. Em um esforço para apoiar todas os níveis das discussões sobre a atitude em prol dos direitos humanos da secretaria do SARG, este cabo descreve uma possível estratégia para enquadrar a discussão dos direitos humanos como uma área de "interesse mútuo" para a Síria e para os EUA. FIM DO RESUMO --------------------

A Nova Frente Política --------------------

2. (C) Conforme a crítica à política da Síria cresce rapidamente, e com o aparente colapso da principal organização de oposição externa síria, uma coisa parece cada vez mais clara: a política dos EUA pode aspirar menos por promover a "mudança de regime", e mais no sentido de encorajar a "reforma comportamental". Se essa hipótese se mantém, em seguida uma reavaliação da atual programação patrocinada pelos EUA que apoia as facções anti-SARG, tanto dentro quanto fora da Síria, pode revelar-se produtiva.

3. (C) A tentativa dos EUA de isolar politicamente o SARG levantou obstáculos para o envolvimento direto da Embaixada em sua programação na sociedade civil. Como resultado, no Iniciativa de Parceria para o Oriente Médio (MEPI) e a Secretaria de Direitos Humanos e do Trabalho (DRL) assumiram a liderança na identificação e no financiamento sociedade civil, e projetos de direitos humanos. Embora a Embaixada tenha tido participação direta em alguns desses esforços, especialmente com a DRL, a maior parte do programação tem prosseguido sem o envolvimento direto da Embaixada.

--- DRL ---

4. (C) A DRL financiou quatro grandes programas específicos na Síria no último ano fiscal. Os beneficiados foram (1) Casa da Liberdade, a qual realizou várias oficinas para um seleto grupo de ativistas sírios, sobre "mobilização estratégica cívica e de não-violência"; (2) a American Bar Association, que realizou uma conferência em Damasco em julho e, em seguida, continuou expandindo-se com o objetivo de implementar programas de educação legais na Síria, através de parceiros locais; (3) a American University, que realizou uma pesquisa na sociedade tribal e civil síria convidando os shaykhs [líderes religiosos, grifo nosso] de seis tribos para Beirute para entrevistas e treinamento, e (4) Entrevistas, que têm coordenado com o Arab Women Media Center a fim de apoiar acampamentos de jovens nos meios de comunicação entre os sírios em idade universitária, em Amã e Damasco. Além desses programas, a Embaixada providenciou a entrada nas subvenções atribuídas ao Centro para a Empresa Privada Internacional (CIPE) do DRL, ao Relatório Internacional sobre Guerra e Paz (IWPR), e à Comissão de Pesquisa e Intercâmbio Internacional (IREX). Embora a mensagem não monitore diretamente nenhum destes programas, apreciamos a oportunidade de reunirmo-nos com representantes de CIPE e do IWPR.

---- MEPI ----

5. (C) Além de menores subsídios locais, a MEPI patrocina oito grandes iniciativas específicas na Síria, algumas que datam de 2005 que receberam cerca de 12 milhões de dólares em setembro de 2010. Um resumo da MEPI produziu material sobre estes programas se seguem:

- Instituto para a iniciativa Estratégica Aspen, "Apoiar a Reforma Democrática"(USD 2.085.044, 1º de dezembro de 2005 - 30 de setembro de 2009). O instituto, situado em Berlim, trabalha com indígenas e expatriados ativistas pró-reforma e realiza conferências patrocinadas em locais internacionais, que reuniram representantes de ONGs, mídia e ativistas por direitos humanos do Oriente Médio, Europa e dos EUA, prestando especial atenção aos curdos da Síria. A MEPI observou que "enquanto esse programa ofere pouco valor intrínseco, não é provável que continue para além dos termos concedidos. XXXXXXXXXXXX

- Democracia do Conselho da Califórnia, "Sociedade Civil Iniciativa Reforço (CSSI) "(USD 6.300.562, 01 de setembro, 2006 - 30 de setembro de 2010). "CSSI é um discreto esforço colaborativo entre o Conselho Democracia e local parceiros ", que produziu XXXXXXXXXXXX "Vários conceitos de radiodifusão" irão ao ar em abril.

De Professores da Universidade do Novo México, "A Cooperativa Monitoramento Centro-Amã: Web Access para a Sociedade Civil Iniciativas "(USD 949.920, 30 de setembro de 2006 - 30 de setembro de 2009). Este projeto estabeleceu "um portal web" e de formação em como usá-lo para as ONG. MEPI observou, "este programa tem sido de utilidade mínima e é improvável que ser continuado além do prazo da concessão. " -XXXXXXXXXXXX

- Instituto Republicano Internacional (IRI), "Apoio Reforma Democrática "(USD 1.250.000, 30 de setembro de 2006 - 31 de agosto de 2009). "O projeto apóia público popular campanhas de sensibilização e à realização e difusão de pesquisa sondagens de opinião. XXXXXXXXXXXX

- MEPI propôs também programação contínua de IRI e do CIPE, bem como apoiar os jornalistas independentes por meio de esforços conjuntos com NEA / PI.

------------------------------------- Desafio à Frente: Programação Na Síria -------------------------------------

6. (S) XXXXXXXXXXXX

7. (S) Em relação aos mais sensíveis programas patrocinados pela MEPI na Síria, a mensagem obteve visibilidade limitada em específicos projetos, devido, em grande medida, às restrições impostas pela SARG. XXXXXXXXXXXX.

Através das operações por intermédio do Movimento para a Justiça e o Desenvolvimento (MJD) (ref B), um grupo islamita moderado sediado em Londres, a MEPI despacha o dinheiro XXXXXXXXXXXX. Nosso entendimento é que a concessão do referido Conselho Democracia é utilizado para essa finalidade, e o MEPI repassa o dinheiro da concessão ao DMJ. XXXXXXXXXXXX

8. (S) XXXXXXXXXXXX

9. XXXXXXXXXXXX. O SARG veria, sem dúvida, todos os fundos norte-americanos como ilegais a grupos políticos, como que visando a apoiar a mudança de regime. Isso incluiria, inevitavelmente, a reforma de várias organizações de expatriados que operam na Europa e nos EUA, a maioria dos quais exercem pouco ou nenhuma influência sobre a sociedade civil, ou sobre os direitos humanos em Síria.

------------------------------ Pensamento Estratégico: Próximos Passos ------------------------------

10. (S) A atual revisão da política em relação à Síria oferece ao governo dos EUA uma oportunidade de reafirmar seu compromisso com os direitos humanos, através da abertura estratégica e incremental de diálogo entre os dois países. As questões centrais que enfrentam a estratégia para os direitos humanos na Síria, são (1) a melhor forma de aconselhar o SARG que sua discordância tolerante será uma questão fundamental, enquanto nosso relacionamento bilateral avança, e (2) como trazer nossa sociedade civil patrocinada pelos EUA e a programação de direitos humanos, em sintonia com uma relação bilateral menos conflituosa.

11. (S) Conversações entre oficiais norte-americanos e do SARG examinaram os parâmetros do que pode constituir "interesse comum" entre os dois países, "preocupações compartilhadas" sobre como focar o futuro discurso bilateral e alcançar resultados concretos. Essa estratégia pode revelar-se igualmente eficaz na obtenção de direitos humanos com o SARG, por mostrar claramente como a mudança de comportamento reconhecível e sustentado em relação aos direitos humanos melhoraria a imagem do SARG, que atualmente representa um obstáculo para o avanço das relações bilaterais. No passado, tanto o Departamento quanto a Casa Branca fizeram declarações públicas condenando o SARG por seu histórico de direitos humanos; tais afirmações não têm, infelizmente, produzido resultados positivos. Os Visitantes das Delegações do Congresso também fizeram declarações públicas que não foram atendidas com a ação desejada pelo SARG. O SARG reage defensivamente perante anúncios públicos, de modo que mais canais privados de comunicação podem reforçar um "tema de interesse comum", permitindo que o SARG aja sem ser percebido como que se submetendo à pressão dos EUA.

12. (S) S atual administração pretenderia enviar tal mensagem, ação ou qualquer uma das seguintes cinco preocupações poderiam mudar a imagem do SARG, em uma luz mais positiva. (1) A libertação de presos específicos do alto perfil da sociedade civil e de ativistas de direitos humanos, (2) movimento crível para resolver o estatuto de cidadania de apátridas curdos; (3) afrouxamento de restrições de mídia, incluindo a censura na Internet, (4) estipulando proibições de viagem aos cidadãos da Síria, e (5) cumprimento da promessa de estabelecer um "senado" que criaria o espaço legislativo para políticos da oposição trabalhar.

13. (S) O desafio perene é como construir uma programação na Síria sem levar o escrutínio do SARG aos contatos sírios e ao pessoal da Embaixada. XXXXXXXXXXXX. Para que nosso diálogo com a Síria sobre direitos humanos obtenha sucesso, precisamos expressar o desejo de trabalhar na Síria para fortalecer a sociedade civil de uma forma não ameaçadora. Também precisamos garantir que a programação aqui seja completamente coordenada, que a Embaixada tenha os recursos necessários para administrar os programas, e que os programas sejam compatíveis com as sanções econômicas norte-americanas contra a Síria.

14. (S) Enquanto programas financiados pela DRL e pelo MEPI têm explorado novas áreas onde podemos alcançar resultados, alguns dos nossos honrados programas podem também revelar-se extremamente eficazes. A atratividade da cultura dos EUA ainda é um mecanismo poderoso para a mudança na Síria. É revelador que, quando o SARG buscou punir os EUA por seu suposto papel no ataque em Abu Kamal em 26 de outubro de 2008 [*], eles evitavam objetivos políticos mas, ao invés disso, fecharam as três principais fontes da cultura norte-americana em Damasco: o Centro de Cultura Americana (ACC), o ALC e a Escola da Comunidade de Damasco. Contar com mais programação cultural, mais programas com alto-falante e o IV programa de intercâmbio, continuam sendo nossas melhores ferramentas para ter um efeito direto sobre a sociedade civil. Para esse fim, os VIPs que vêm para a Síria podem ser posicionados para solicitar e receber oportunidades para falar em audiências públicas.

Connelly


[*] Soldados Americanos Matam Oito Civis em Aldeia Síria



EUA Fez Vista Grossa a Torturas no Iraque, Segundo WikiLeaks
 
23.10.2010 / Fonte: RFI Português 


ONU e Anistia Internacional pedem que EUA investiguem casos de tortura no Iraque, relatados em documentos secretos publicados pelo site Wikileaks. Fundador do site garante autenticidade dos 400 mil documentos publicados. O material também revela 15 mil civis mortos a mais do que o divulgado até então.
Depois de criar polêmica ao publicar documentos secretos referentes às ações militares no Afeganistão, o site Wikileaks acaba de vazar mais uma carga explosiva na internet: 400 mil novos documentos sobre a guerra no Iraque. Em entrevista coletiva neste sábado em Londres, o fundador do Wikileaks, Julian Assange, declarou que o material divulgado mostra que o exército norte-americano fez “vistas grossas” sobre torturas sistemáticas feitas por forças iraquianas, além de ocultar o numero de vítimas civis do conflito, iniciado em março de 2003.

O material do Wikileaks fornece informações detalhadas sobre a morte de 109 mil iraquianos, sendo que 66 mil eram civis, 15 mil a mais do que a administração Bush alegava. Os documentos foram antecipadamente fornecidos aos jornais Le Monde, da França, ao New York Times, ao britânico The Guardian e à revista alemã Der Spiegel, com a condição de que só fossem divulgados na sexta à noite. Para o New York Times, os documentos não trazem revelações estrondosas, mas fornecem contextos e informações de pessoas envolvidas diretamente nos combates.

O relator especial da ONU sobre a tortura, Manfred Nowak, pediu que o presidente norte-americano, Barack Obama, investigue os casos. Para Nowak, os envolvidos devem ser processados. A Anistia Internacional também pediu a Washington que investigue o quanto as autoridades sabiam sobre os maus tratos a presos no Iraque. A organização de defesa dos direitos humanos com sede em Londres lembrou em um comunicado que, como todos os governos, os Estados Unidos "têm uma obrigação sob o direito internacional de garantir que suas próprias forças não utilizem a tortura e que as pessoas que estão detidas pelas forças americanas não sejam entregues a outras autoridades que possam torturá-las".



Vídeo WikiLeaks, Collateral Murder: Helicóptero norte-americano mata civis iraquianos e jornalistas - inclusive equipes da
Reuters (no socorro às vítimas, duas crianças são seriamente feridas; mais informações e vídeos na íntegra, em WikiLeaks)

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#Posté le mercredi 09 mars 2011 20:04

Modifié le mercredi 05 juin 2013 01:51


Principais Pontos dos Relatórios Afegãos Vazados por WikiLeaks

Documentos revelam falta de registro da morte de civis,
operações sigilosas contra líderes talibans e papel do Paquistão na guerra

26.7.2010 / Fonte: ÚltimoSegundo.Ig.com.br


DIÁRIO DA GUERRA AFEGÃ

O "Diário da Guerra Afegã" é uma compilação de documentos e relatórios cobrindo a guerra no Afeganistão desde 2004. Os relatórios descrevem as ações militares letais envolvendo o Exército dos EUA, incluindo número de mortos, feridos e detidos, assim como a localização geográfica exata de cada evento. Eles também revelam as unidades militares envolvidas e os grandes sistemas de armas usadas. A maioria das anotações foi escrita por soldados e autoridades de inteligência enquanto ouviam relatos transmitidos por rádio de militares em combate.

Principais pontos dos documentos

* Mortes de civis

Os registros estão cheios de relatos de mortes de civis e feridos. The Guardian disse que 144 entradas relatam um amplo espectro de agressões contra afegãos. O jornal britânico diz que os arquivos mostram que a coalizão de soldados liderada pelos EUA matou centenas de civis em incidentes não registrados.

Os incidentes vão de disparos contra indivíduos inocentes à perda maciça de vida por ataques aéreos. Um relatório detalhando como uma criança foi morta e outra ferida quando o carro onde estavam foi atingido por soldados mostrou que os civis recebiam indenizações - nesse caso, 100 mil afghanis (US$ 2.170) por morte, 20 mil afghanis (US$ 434) por ferido e 10 mil afghanis (US$ 217) pelo veículo.

Os relatórios incluíram cerca de 100 incidentes de civis atingidos por disparos por soldados psicologicamente instáveis nos postos de controle, perto de bases ou de comboios, de acordo com o The Guardian. Motoristas e motociclistas que não cooperaram com as autoridades foram alvos frequentes.

Segundo o WikiLeaks, a grande maioria de pequenas tragédias normalmente não é relatada mais representa a "grande maioria de mortos e feridos"

* Taleban usando bombas caseiras

Documentos mostram que, durante 2004 e 2009, os artefatos explosivos improvisados (IEA, na sigla em inglês) tornaram-se a arma favorita da milícia islâmica Taleban e a que mais mata soldados da coalizão. Segundo o The Guardian, em 2004 os registros indicaram 308 bombas caseiras, enquanto em 2009 o número saltou para 7.155. Segundo o jornal, os registros suferem que o Taleban matou ou feriu pelo menos 7 mil civis em ataques com IEA entre 2004 e 2009.

* Unidade "Secreta" busca líderes do Taleban

Uma unidade "secreta" das forças especiais lideradas pelos EUA - Força Tarefa 373 - vinha sendo usada para caçar líderes do Taleban e para "matá-los ou capturá-los" sem julgamento. Os documentos mostram que a unidade matou homens, mulheres, crianças e forças afegãs enquanto buscava seus alvos. A força secreta tem uma "lista de capturar/ matar" com cerca de 70 principais comandantes insurgentes, indica o jornal americano The New York Times.

* Mísseis termoguiados

O comando militar dos EUA sabe que o Taleban usou mísseis termoguiados portáteis contra aeronaves dos aliados, embora não tenha revelado o fato. O New York Times citou um relatório dizendo que um helicóptero foi atingido por um míssil terra-ar termoguiado, matando todos os sete a bordo. Apesar de outros helicópteros terem sido derrubados da mesma forma, um porta-voz da Organização do Atlântico Norte (Otan) na época disse que os helicópteros poderiam ter sido derrubados por armas de baixo calibre.

* Paquistão auxilia os militantes no Afeganistão

Os documentos sugerem que o Paquistão permitiu que representantes de seu serviço de inteligência (ISI, na sigla em inglês) se encontrassem com o Taleban para organizar grupos militantes que combatessem soldados americanos, indicou o New York Times.

O jornal citou alguns relatórios que descrevem membros da inteligência paquistanesa trabalhando com a Al-Qaeda para planejar ataques.

Um dos documentos discute um encontro de insurgentes ao qual compareceu uma ex-autoridade graduada do Paquistão que parece trabalhar contra as forças americanas no Afeganistão.

A revista Der Spiegel disse que os documentos mostraram que o ISI era o "maior cúmplice" do Taleban fora do Afeganistão. Ela diz que o Paquistão serviu como um abrigo seguro para forças inimigas.

A publicação alemã cita um relatório de 14 de janeiro de 2008 que alegava que o ISI instruiu um oficial do Taleban para "ver que (o presidente afegão, Hamid) Karzai, foi assassinado".

O New York Times disse que os relatórios também detalham os esforços de autoridades do ISI de gerenciar redes de homens-bomba no Afeganistão, dizendo que eles mostram que o ISI ajudou a organizar ofensivas do Taleban em períodos-chave da guerra.

* Os relatórios também documentam problemas com a força policial afegã, recontam a brutalidade policial, corrupção e planos de extorsão



WikiLeaks Revela Encobrimento do Pentágono de Assassinato de
Jornalista no Iraque, 5 de abril de 2010


5.4.2010 / Fonte: WikiLeaks.ch

Tradução de Edu Montesanti


Lançado [por WikiLeaks] em 5 de abril 2010

Resumo

WikiLeaks lançou um secreto vídeo militar dos EUA, retratando o assassinato indiscriminado de mais de uma dezena de pessoas no bairro de Nova Bagdá, Iraque - incluindo dois funcionários de notícias da Reuters. A Reuters vem tentando obter o vídeo através do Freedom of Information Act, sem sucesso desde a época do ataque. O vídeo, filmado através de uma arma em um helicóptero Apache, mostra claramente o deliberado assassinato de um funcionário ferido da Reuters, junto de sua equipe de resgate. Duas crianças envolvidas no resgate também foram gravemente feridas. Para mais informações, visite o sítio www.collateralmurder.com. Os militares não revelaram como o pessoal da Reuters foi morto, e afirmaram que não sabiam como as crianças ficaram feridas.

Depois da solicitação da Reuters, o incidente foi investigado e os militares dos EUA concluíram que as ações dos soldados estavam em conformidade com a lei dos conflitos armados e dentro de suas próprias "Rules of Engagement" (Leis de Combate).

Por conseguinte, o WikiLeaks lançou as secretas" Rules Of Engagement" de 2006, 2007 e 2008, revelando essas leis antes, durante e após os assassinatos.

WikiLeaks lançou o vídeo original 38 de minutos e uma versão mais curta(ambos podem ser vistos na ligação indicada mais acima), com análise inicial. Legendas foram adicionadas a ambas versões, a partir de transmissões de rádio.

WikiLeaks obteve esse vídeo, bem como documentos que servem de prova a uma série de informes militares. WikiLeaks checa tudo amplamente, a fim de verificar a autenticidade da informação que recebe. Foram analisadas as informações sobre o incidente entre grande variedade de materiais de fontes. Temos falado com testemunhas e jornalistas diretamente envolvidos no incidente.

WikiLeaks quer garantir que todas as informações que vazaram, recebam a atenção que merece. Neste caso particular, alguns dos mortos eram jornalistas que estavam apenas fazendo seu trabalho: colocar suas vidas em risco a fim de informar sobre a guerra. O Iraque é um lugar muito perigoso para os jornalistas: a partir de 2003 - 2009, 139 jornalistas foram mortos enquanto realizavam seu trabalho.



WikiLeaks: Vazamento Mostra Verdade sobre Guerra no Iraque

24.10.2010 / Fonte: Forças Terrestres 


O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, afirmou neste sábado qos cerca de 400 mil documentos secretos das forças americanas divulgados por seu site mostram a verdade sobre a guerra do Iraque, em uma coletiva de imprensa realizada em Londres.

Assange e outros quatro responsáveis realizam neste sábado uma coletiva de imprensa em um hotel de Londres. Apesar dos protestos dos Estados Unidos e da Otan, o WikiLeaks divulgou na sexta-feira à noite cerca de 400 mil documentos secretos do Exército americano sobre a guerra, que revelam mais de 300 casos de tortura de presos e mais de mil por coação por parte das forças iraquianas.

Segundo os documentos, desde a invasão americana no Iraque, em 2003, morreram mais de 100 mil iraquianos, dos quais cerca de 70 mil civis. Sefundo Assange, 15 mil mortos ainda são desconhecidos, o equivale a cinco vezes as vítimas do ataque terrorista de 11 de setembro contra as Torres Gêmeas de Nova York.

“Esta divulgação é sobre a verdade”, disse Assange, que também é redator-chefe da página especializada em vazar documentos de inteligência. Ele afirmou ainda que espera “corrigir parte deste ataque à verdade que ocorreu antes da guerra, durante a guerra e que continuou desde que a mesma terminou oficialmente”.

Na entrevista coletiva, realizada em um hotel londrino, participaram dirigentes de outras organizações americanas e britânicas, como o Center for Investigative Journalism, Public Interest Lawyers e a ONG Iraq Body Count.

Iraque não vê surpresas nos vazamentos

Na primeira declaração oficial após a publicação dos documentos, o ministério iraquiano de Direitos Humanos indicou que as publicações não contêm surpresas. “Os documentos não foram uma surpresa para nós, porque já havíamos mencionado vários dos fatos citados, incluindo o que ocorreu na prisão de Abu Ghraib, assim como em outros casos nos quais as forças americanas estão envolvidas”, declarou à AFP o porta-voz do ministério de Direitos Humanos do Iraque, Kamel al Amim.

O porta-voz citou diversos exemplos conhecidos do envolvimento das forças americanas ou da ex-companhia de segurança privada dos EUA Blackwater nas mortes de civis. Ele não comentou sobre os abusos cometidos pelas forças iraquianas contra prisioneiros, os quais o Exército americano optou por encobrir, segundo informações do WikiLeaks

A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, condenou “nos termos mais claros” o vazamento de documentos que “coloquem em perigo a vida de americanos ou de seus aliados”, ainda que não tenha entrado em detalhes sobre as revelações. Mais de 50 mil soldados americanos ainda se encontram no Iraque após o fim da missão de combate das tropas dos Estados Unidos, no fim do mês de agosto.

Sítio divulgará documentos sobre Afeganistão

O WikiLeaks anunciou neste sábado a próxima divulgação de mais documentos sobre o Afeganistão. Um dos dirigentes do portal, Kristinn Hrafnsson, afirmou que “o WikiLeaks utilizou apenas um de cada seis informes relativos ao Afeganistão. Os documentos virão à tona logo”.

O site já havia divulgado, em julho, 77 mil documentos sobre a guerra. Os documentos revelavam detalhes sobre vítimas civis e supostos vínculos entre o Paquistão e os insurgentes talibãs.



Segurança Privada Infla Preços no Iraque, Revela WikiLeaks

23.12.2010 / Fonte: Folha.com


Diretores da megaconstrutora americana Halliburton no Iraque acusaram empresas particulares de segurança de operar uma "máfia" para elevar "ultrajantes preços" cobrados por seus serviços.

O episódio é relatado em um dos mais de 250 mil documentos diplomáticos americanos revelados pelo site WikiLeaks e foi divulgado nesta quarta-feira pelo jornal "Guardian".

Redigido por um diplomata dos EUA lotado na base de Basra, o texto explicita tensões existentes entre empresas, firmas de segurança privada e o governo iraquiano.

"A Halliburton no Iraque descreveu uma "máfia" dessas empresas [de segurança privada] para exagerar nas ameaças à segurança", diz.

"[A empresa americana] disse que recebe com frequência o que considera relatórios "questionáveis" sobre a vulnerabilidade dos seus empregados", afirma o relato.

"Disse ainda ter visto recentemente documentos internos de uma empresa de segurança em que seus funcionários são instruídos a enfatizar o persistente perigo enfrentado por empresas internacionais de petróleo [área em que a Halliburton atua]."

Segundo o documento diplomático, chega a custar US$ 6.000 a contratação de serviços privados de segurança em Basra por quatro horas. A proteção inclui quatro agentes de segurança, motoristas e ainda três ou quatro veículos blindados.

MENOS MORTES

As queixas são reforçadas ainda pelo fato de o Iraque registrar melhora acentuada na segurança desde 2007. A queda contínua no número de mortes é atribuída a uma revisão estratégica promovida pelo então presidente dos EUA George W. Bush (2001-09), que incluiu o aumento significativo de soldados no país e acordos com grupos insurgentes locais.

A Halliburton já teve como CEO o vice-presidente nos anos Bush, Dick Cheney.

No final de 2008, os EUA e o Iraque estabeleceram um cronograma de retirada do país que foi preservado pelo presidente Barack Obama.

Em agosto deste ano, Obama anunciou a saída das últimas tropas de combate do país. A retirada completa do Iraque, invadido em março de 2003, está prevista para o final de 2011.



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#Posté le mercredi 09 mars 2011 20:05

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