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XXI. MALALAÏ JOYA - A Filha Corajosa do Afeganistão


XXI. MALALAÏ JOYA - A Filha Corajosa do AfeganistãoRádio Netherlands, Holanda, 30 de maio de 2008

por Jaime van Wagtendonk


Tradução de Edu Montesanti



Malalaï Joya na entrevista coletiva em Cabul,
5 de abril de 2008

No Afeganistão, a maioria das pessoas tem opinião sobre Malalaï Joya. Ela tem sido chamada de mulher corajosa e também de prostituta. Tem sido descrita como líder e defensora dos direitos da mulher no Afeganistão, e como comunista prejudicial à democracia. Apesar de todas as controvérsias que rondam esta jovem ativista, sua história pessoal oferece uma prespectiva à frágil democracia no Afeganistão, em crescente despedaçamento devido a divisões regionais, religiosas e de gênero.


XXI. MALALAÏ JOYA - A Filha Corajosa do AfeganistãoMalalaï Joya foi eleita pela primeira vez ao Parlamento afegão em 2005, quando tinha apenas 25 anos. Ano passado, ela foi suspensa por tempo indeterminado do cargo quando comparou a legislatura a um zoológico. Essa não foi a primeira vez que ela se meteu em encrenca por criticar o poder afegão. Iniciando em 2003, emergiu-se como líder política lutando pelos direitos das mulheres e reivindicando a expulsão dos senhores da guerra do governo nacional. Na primeira tempestade que caiu por causa de suas críticas, Joya enfrentou ameaças de estupro feitas inclusive por colegas funcionários eleitos, e sobreviveu a quatro tentativas de assassinato.

Um ano depois de sua controversa suspensão, atualmente protegida por uma grande segurança e ainda perseguida por críticos no Afeganistão, a srta. Joya tem levado sua mensagem de reforma progressiva por todo o mundo. Hoje, ela trabalha para a Organização para a Promoção das Capacidades das Mulheres Afegãs, e fala abertamente sobre a corrupção que vê entre os membros do governo afegão. Em recente visita à Holanda, ela se manteve meticulosamente focada em sua mensagem, discordando e afirmando que a situação das mulheres não tem melhorado grandemente desde a queda do Taliban. Hoje, ela note que:


"Em algumas grandes cidades, as mulheres têm acesso a trabalho e educação. Mas nas províncias mais distantes, a situação das mulheres é pior que nunca".


Violência

XXI. MALALAÏ JOYA - A Filha Corajosa do AfeganistãoA coalizão liderada pelos Estados Unidos não escapa de suas críticas. Ela afirma que os poderes ocidentais têm "traído" os apoiadores da democracia no Afeganistão, ao permitir que os senhores da guerra da Aliança do Norte retornem ao governo e por legitimar as práticas religiosas islamitas, as quais ela vê como promotoras da violência contra os direitos das mulheres e das crianças.


"Acreditamos que os EUA e seus aliados têm levado-nos da frigideira, direto para o fogo".

Por sua crescente fama e atual giro internacional Joya tem se tornado, através de seus apoiadores, um símbolo da precária democracia no Afeganistão. Em Em uma breve reportagem sobre o Parlamento afegão no verão passado, o Parlamento da União Européia afirmou que a suspensão da srta. Joya é parte de um complicado rumo na tarefa do governo do Afeganistão de converter-se em uma "democracia aberta".

XXI. MALALAÏ JOYA - A Filha Corajosa do AfeganistãoEm sua recente passagem por uma lei de anistia, para impedir que o povo sofra com os crimes de guerra do conflituoso passado afegão, em que foram também impostas restrições à liberdade de imprensa, a suspensão da srta. Joya mostrou a alguns que a democracia no Afeganistão deu passos para trás. Isto não tem detido-a de sua luta por maior proteção aos direitos humanos no Afeganistão.




"Acredito fortemente que eles podem destruir todas as flores, mas não podem deter a primavera. Um dia teremos tudo em nosso país".




XXI. MALALAÏ JOYA - A Filha Corajosa do Afeganistão
Malalaï Joya participa ativamente da Afghan Women's Mission (Missão das Mulheres Afegãs)
Além de orfanato, mantém programas educacionais e de saúde gratuitos, incluindo o Hospital Malalaï Joya

XXI. MALALAÏ JOYA - A Filha Corajosa do Afeganistão
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#Posté le lundi 04 avril 2011 13:52

Modifié le lundi 01 mai 2017 08:59

Uma Mulher Afegã Levanta-Se contra os "Senhores Guerra"

revista norte-americana Counterpunch, 18 de agosto de 2008

por Farooq Sulehria

tradução de Edu Montesanti



O Ageganistão vive sob o medo dos senhores da guerra apoiados pelos Estados Unidos. Estes odiados senhores da guerra não temem os monstros do Taliban, que aumentam seu poder no sul. Ironicamente, eles vivem com medo de uma moça desarmada nos últimos anos de sua vintena: Malalaï Joya. Para calar a voz desafiante de Joya, os senhores da guerra, que dominam o Parlamento nacional, suspenderam o mandato de joya por três anos, em 2007. Antes, em quase todas as sessões parlamentares tinha seus cabelos puxados, ou era agredida fisicamente e insultada ("prostituta"). "Inclusive me ameaçaram no Parlamento de estupro", diz ela. Mas ela não baixa o tom de suas críticas aos senhores da guerra ("eles devem ser processados", diz Joya), nem à ocupação dos Estados Unidos ("'guerra ao terror' é ridícula"). Não é compreendida, mas foi declarada "a mulher mais corajosa do Afeganistão"., e até mesmo comparada a Aung Sun Kyi.

Conhecido nome no Afeganistão ("a mais famosa mulher afegã", segundo a BBC), Joya voltou à fama em 2003, convocada para ratificar a nova Constituição do Afeganistão. Ao contrário dos fundamentalistas habilmente apoiados pelos EUA, Joya não foi nominada, mas eleita pelo povo da província de Farah para representá-los. Ela surpreendeu a Loya Jirga e os jornalistas presentes na ocasião, quando desencadeou severo discurso, expondo os crimes dos senhores da guerra dominantes na Loya Jirga. O "barba-grisalha", Sighatullah Mojadadi, presidindo a Loya Jirga, chamou-a de "infiel" e "comunista". Outros barbados presentes naquela ocasião também gritaram contra ela. Mas antes ela fora calada por uma furiosa organização criminosa dos senhores da guerra, ela havia eletrizado o Afeganistão com seus corajosos discursos.

No curso destes três críticos minutos de discurso, o destino da vida de Joya também mudou. Em sua província natal de farah, os habitantes queriam que ela os representasse nas eleições. Se requer armas e dólares para disputar um campo de batalha eleitoral no Afeganistão. Ela não tinha nada. Mas não podia renunciar centenas de pessoas apoiavam-na e pagavam diariamente por suas visitas, implorando para que ela ficasse. Deste modo, ela decidiu competir à Loya Jirga (Câmara de Comuns do Parlamento nacional). A cineasta imortalizou a valente campanha eleitoral e subseqüente vitória, em seu filme "Inimigos da Felicidade".

Encontrei Joya inesperadamente em um jantar, quando ela chegou a Peshawar (Paquistão), a caminho do Canadá. Desde que seu passaporte foi confiscado e ela figurou a Lista de Supervisão de Saída, Joya viajava ao Paquistão disfarçada. Educadamente recusando meu pedido de entrevista sob alegação de que conseguira um vôo para a manhã seguinte, prometeu localizar-me em Cabul no fim de março.

Três meses depois, encontramo-nos novamente em Cabul. Como deputada, Joya tinha o direito de alugar uma mansão em um rico baiiro designado a deputados. Contudo, incomodada com ameaças de morte, Joya raramente a visitava. Seus amigos discretamente apontavam à mansão quando dirijiam pelo bairro em nosso caminho a uma casa subterrânea de Joya, onde costuma receber visitas. Em uma entrevista, em meio a uma deliciosa comida afegã e uma conversa depois dela, esta valente mulher compartilhou suas esperanças e medos com Arbetaren. Aqui estão os trechos:


Você recorreu ao tribunal contra sua suspensão. Você contactou Karzai contra sua suspensão?

Joya: Aqui no Afeganistão, temos uma máfia controlando o sistema. São os mesmos senhores da guerra do Parlamento que controlam os tribunais. Estes senhores da guerra da Aliança do Norte aplicam a justiça. Fui afastada porque denominei o Parlamento afegão um estado de gente suja. Estes senhores da guerra exigem minhas desculpas pelo comentário. Eu recuso a desculpar-me por dizer a verdade em alta voz. Não vejo possibilidade de um tribunal controlado pelos senhores da guerra fazer-me justiça. No entanto, uma outra razão foi que, por medo de segurança pessoal, nenhum advogado quis defender minha causa. Agora, um advogado concordou em defender minha causa. Me apresentaria ao tribunal (ella foi ao tribunal em abril). Contudo, diria no tribunal que os senhores da guerra, não eu, deveriam ser levados lá.

A respeito de Hamid Karzai, tem estado vergonhosamente silencioso sobre minha suspensão por um parlamento não democrático. Nunca o contactei. Ele deveria contactar-me. Por outro lado, houvera demonstrações por todo o Afeganistão contra minha suspensão. A polícia de Karzai provou ser boa apenas para dissolver tais manifestações. Mas inclusive Karzai, que poderia fazer? Ele é ridicularizado pelo povo do Afeganistão como chefe de Cabul, já que seu poder não vai além de Cabul.

Como veio Karzai, então, ao poder e como se mantém você declarando que o Parlamento afegão não é democrático, se houve eleições gerais?

Joya: Bom, este é um parlamento em que 80% dos membros são senhores da guerra ou senhores da droga. Eles se apoderam do lugar no Parlamento sob armas ou subornam estes assentos com dólares dos EUA. Em alguns casos, ambos, armas e dólares foram fundamentais. Até os Direitos Humanos acusaram alguns membros líderes deste Parlamento por crimes de guerra. Mas este Parlamento, em uma única jogada, garantiu anistia aos senhores da guerra contra crimes cometidos durante a guerra. Até Mulla Omar pode beneficiar-se desta anistia.

Karzai, que votou nisso como um mal menor, coopera com estes criminosos o tempo todo. Po isso não é de se admirar a impopularidade de Karzai hoje. Mas ele é mantido no poder pelos EUA. A propósito, ouve-se hoje mais do irmão de Karzai em Cabul do que de Karzai, propriamente. Um ou outro projeto de prpriedade de classe alta ou todo caso secundário de corrupção é atribuído am mais jovem Karzai.

Ele é também nomeado quanto ao tráfico de drogas?

Joya: Corrupção e tráfico de drogas tornaram-se grandes questões. Tenho certeza que a segurança é a principal questão. Depois o da corrupção. A tão falada comunidade internacional, que de fato é o governo dos EUA e seus aliados, tem mandado muito dinheiro a eles.

Esta quantidade foi suficiente para construir dois e não um Afeganistão. Mas até mesmo Karzai confessa que este dinheiro teve como destino o bolso dos ministros, burocratas e membros dos parlamentos. por outro lado, ouve-se sobre a mãe disposta a vender sua filha por dez dólares. E não só o irmão de Karzai é um senhor da droga, mas também as tropas estrangeiras estão certamente envolvidas.

Mesmo? Alguma prova? A imprensa noticiou?

Joya: Sim, algumas informações da imprensa têm destacado isso. Por exemplo, a TV estatal russa aludiu à participação das tropas dos EUA no tráfico de drogas. Isto foi noticiado pela imprensa aqui. Mas é como um segredo aberto. Karzai, em um de seus discursos no ano passado, afirmou que não havia só afegãos envolvidos no tráfico de drogas. Ele destacou as conexões estrangeiras. No entanto, ele não nomeou nunhum país ou tropas, mas o povo no Afeganistão entendeu o que ele quis dizer. Agora, as drogas afegãs encontram caminho a Nova Iorque e às capitais européias. Por isso, não se admira que hoje o Afeganistão produza 90% do ópio mundial.

Isto está custando a vida de muitas mulheres. Agora, escutamos sobre "as noivas do ópio". Quando as colheitas fracassam, os camponeses não são capazes de pagar os empréstimos dos senhores da droga; ao contrário, oferecem em casamento suas filhas aos senhores da guerra.

Por que os EUA estão permitindo que tudo isso aconteça?

Joya: Os EUA estão permitindo que todas as coisas fiquem como estão. O status quo. Um Afeganistão sangrento e sofrido é uma boa desculpa para prolongar sua permanência. Agora, eles estão mesmo abraçando o Taliban. Recentemente, em Musa Qula, um comandante do Taliban, Mulla Salam, foi indicado governador por Karzai. Os EUA não têm problema com o Taliban, enquanto sejam "o nosso Taliban".

Não só Karzai, mas também todos estes senhores da guerra são mantidos no poder pelos EUA. Isto porque, quando há demonstrações contra aos senhores da guerra, há demonstrações contra as tropas estrangeiras. As pessoas aqui acreditam que os senhores da guerra são amortecidos pelas tropas dos EUA. O povo do Afeganistão tratará destes senhores da guerra quando as tropas dos EUA saírem do Afeganistão.

Você não pensa que a situação de segurança ficará em situação pior se as tropas se retirarem?

Joya: Talvez. Mas diga às pessoas na Suécia que as tropas suecas estão ajudando a realizar a agenda dos EUA no Afeganistão. As pessoas que amam a democracia na Suécia prefeririam que se mandassem doutores, enfermeiros, professores, e que se construísse escolas e hospitais.




Malalaï Joya

"Eu tenho um sonho"

Ela tem 30 anos. Está cercada. Não suporta indiferença nem negligência. Não há tempo a esperar. Falta justiça. E pior. Faz tempo que ela escolheu isso. Está disposta, diz, a sacrificar a vida. O Afeganistão sangra há muito. Faz-se urgente, diz ela, que se manifestem os esclarecidos e inconformados, revoltados com a situação e que vão à luta, "para livrarmo-nos dos senhores da guerra e do ópio, e constituir uma verdadeira democracia". Deputada eleita ao Parlamento de Cabul, está afastada do ofício por meios vergonhosos, não dorme nunca duas noites seguidas sob o mesmo teto, ameaçada pelos que denunciou por crimes, tráfico, cumplicidade, corrupção. Seu nome ressoa como provocação ao poder estabelecido, e esperança também a todos os democratas e às mulheres afegãs. Malalaï Joya, "a mulher mais corajosa do Afeganistão".

Jornal francês Le Monde (versão impressa). Paris, 2 de agosto de 2008


versão original em IDIOMAS - Francês, tradução de Edu Montesanti


Ela palpita como um pássaro, a sobrancelha pregueada e o olhar ansioso. A eloqüência de sua voz é desenfreada, fica impaciente quando interrompida. Ela sempre teme perder tempo. Tanta coisa para contar, injustiças e desgraças para denunciar, clamar por ajuda dirigida aos democratas do mundo inteiro. então, um sonho? Seu semblante ilumina-se em uma fração de segundo e seu olhar perde-se distante. Sim, tantos sonhos...

Eu Sonho que um Dia as Mulheres Tomem as Rédeas no Afeganistão

Eu sonho que uma mulher um dia tome as rédeas do Afeganistão. Tenho recebido um mar de insultos: prostituta, louca, infiel, comunista... Um dilúvio de ameaças: estupro, seqüestro, assassinato... Uma bomba explodiu na multidão que me esperava em um dia de encontro. Meus escritórios têm sido espionados, tentaram emboscar minhas equipes. Tenho sobrevivido a quatro tentativas de morte. Minha determinação não vai ceder. Minha vida, é verdade, é complicada. Eu troco de teto toda noite. E de dia não ando mais por Cabul, a não ser de táxi escondida dentro de uma burqa. É difícil para minha família, para meu esposo. Mas eu tenho o apoio do povo. Indestrutível e ardente. As balas podem tirar minha vida, mas não aniquilarão minha voz, porque para sempre é a voz do Afeganistão. Eles podem cortar uma flor, mas não podem deter a primavera.

Meu nome, Malalaï Joya, não por acaso. Foi meu pai quem escolheu, o nome da mais velha de seus dez filhos, e nome de uma heroína da história afegã, Malalaï de Maiward, que se engajou em 1880 em uma batalha para combater os britânicos. Uma mulher virtuosa, disposta a sacrificar-se por seu povo e por suas idéias. Sinto-me sua discípula. Quanto ao sobrenome Joya, fui eu quem escolheu. Normalmente, uma mulher leva apenas o nome do seu pai após o do esposo. Mas eu decidi retomar o nome de um combatente pela liberdade, que foi executado após recusar as últimas condições que salvariam sua vida. Adoro este homem, e sou sua herdeira. Tenho 30 anos e não quero morrer, mas estou disposta, como ele, a arriscar minha vida.

Eu tinha quatro dias de vida quando um regime pró-soviético tomou o poder em Cabul, quando minha família foi ao Irã, oito anos quando nos juntamos a um campo de refugiados no Paquistão, 20 anos quando retornamos ao Afeganistão dos talibans e acabei sendo ativista. Era 1998. Depois, fui eleita ao Parlamento afegão para representar a província Farah. Depois fui excluída deste mesmo Parlamento por ter ousado criticar os senhores da guerra e da droga, que formavam 80% da Assembléia indigna. Quando então a comunidade internacional agirá neste caos que enterra meu país? Quando se compreenderá que os líderes não são nem mais nem menos que uma aliança de criminosos corruptos que desprezam as mulheres, que não sonham com nada mais que enriquecer-se?

Meu pai, estudante de Medicina, era democrata e engajou-se junto aos mujahedins sinceros para combater a ocupação soviética. Ele perdeu uma perna. Precisamos deixar o país. Fui alfabetizada em um campo de refugiados paquistanês voltado à vida de refugiados, e foi netste lugar também que me interessei pela vida dos refugiados, escutando seus relatos, seus choros, seus pesadelos, onde aprendi o que se passava no Afeganistão na época dos soviéticos e depois, na partida dos russos durante a guerra civil, quando os mujahedins praticaram o terror em Cabul. Estes eram os criminosos e bárbaros, sedentos de violência e de poder, e as recordações das mulheres do campo que haviam perdido seus esposos e filhos ou haviam sido torturadas e estupradas, cheias de pavor, eram terríveis.

Seguindo estudando apenas de manhã, rapidamente comecei a ensinar as meninhas do acampamento e suas mães a ler e escrever, inclusive à minha! Eu sabia que nossa saúde passava pela educação.

A organização OPAWC marcou-me. Esta ONG (Organização Não-Governamental) recrutou no acampamento jovens ativistas capazes de estimular no Afeganistão uma rede clandestina de escolas para as menininhas. Minha família por muito tempo hesitou, minha mãe tinha medo do taliban. Isto envolvia-nos em um retorno ao nosso país e que eu me engajasse ali - com um salário - em uma atividade perigosa. Mas eu estava convencida. Passamos pela fronteira todos juntos, eu vesti a burka e comecei a trabalhar em uma região de Farah, dentro da rede oculta de escolas de garotas. Havia medo, claro. Os talibans tinham espiões que seguiam os grupos de garotas comerciantes. Mudou-se o regulamento local. levava-se sempre o Corão para fingir ao inimigo que rezávamos.

O atentado do 11 de setembro provocou um verdadeiro choque. Ficamos sabendo através da rádio, interditada pelos talibans, mas através da BBC conectada ao mundo. Tanta discussão foi gerada! Naquela época também tememos a guerra iminente, mas havia a esperança de que os estrangeiros proporcionariam-nos um golpe para chegar ao poder. Foi a primeira vez na nossa história que estivemos dispostos a dar confiança a estas forças de ocupação!

Fui eleita à Loya Jirga, uma assembléia de 500 pessoas de todo o Afeganistão, convocada para examinar um projeto da Constituição em dezembro de 2003. Eu era a figura principal, e o que vi acontecendo ali, em Cabul?Todos os criminosos, bandidos, ladrões, torturadores que me haviam apontado como culpados desde minha juventude, e dentre os quais muitos entrincheiraram-se como ratos na época dos talibans! Eu não podia acreditar no que meus olhos víam! Eles estavam ali, atrevidos, arruinando todos os comitês, tentando arrancar o poder aproveitando-se da nova ordem democrática! Isto era insuportável! Eu deveria desmascará-los perante o mundo inteiro. Pedi dois minutos de palavra em nome da nova geração. Eu me dirigi, denunciando a presença destes traidores, decididamente anti-feministas, que arruinaram meu país e que mereciam ser levados à Justiça. Houve de repente um alarido horroroso. Eles ficaram todos de pé, punhos acima, uivando injúrias, exigindo minha expulsão e minhas desculpas. Eu preferiria morrer!

A multidão aguardava meu retorno à província. Gritavam-me, "Muito bem, obrigado!". Ofereceram-me porções de terra e alianças de casamento. Diziam-me que continuasse lutando contra os criminosos. Pediam-me que apresentasse às próximas eleições. Eu não tinha o direito de ocultar-me.

Foi assim que, em novembro de 2005, lancei-me de novo ao Parlamento afegão. E foi também deste modo que, após minha denúncia da presença dos senhores da guerra e dos corruptos do ópio, que me jogaram às piores situações, invadindo meu micro e ameaçando estuprar, me matar... "Alegaremos seu suicídio!". Eles, além disso, concluíram uma votação para me exculir. Havia manifestações de apoio, apelos internacionais, e não fizeram nada contra mim.

No momento em que me preparo para reintegrar-me ao Parlamento, onde estive legitimamente, tenho um sonho. Muitos, aliás. Sonho antes que as mulheres afegãs tomem atitudes e estabeleçam-se, levantem vôo, exijam todos os seus direitos. De tudo o que atormenta nosso país, elas são as principais vítimas: 87% sofrem violências domésticas; as violações - em grande parte impunes - são inumerávis. 80% das uniões são casamentos forçados, as filhas servem de moeda de troca: elas podem ser cedidas a anciãos, ofertadas em reparação por alguma dívida, trocadas às vezes por um cachorro. P suicídio - forca, estrangulamento, imolação - surge a muitas como a única opção para fugir da miséria delas. Se você soubesse o número de mulheres queimadas, desfiguradas, no hospital de Herat! A educação? Segundo a OXFAM, uma filha aos cinco anos vai à escola primária, e aos 20 à secundária! E isso não melhora! Nas regiões controladas pelos talibans, as menininhas são freqüentemente atacadas e raptadas no caminho da escola, e queimam-se os prédios das escolas. A saúde? Inexistente. A expectativa de vida de uma afegã não passa dos 44 anos; a cada 28 minutos morre uma mulher nos leitos...

Eu sonho que se desmascarem os criminosos corruptos que governam este país, e enriquecem-se com o ópio e com a ajuda ocidental, enquanto 70% da população vive com menos de 2 dólares por dia, 98% não têm acesso à eletricidade e afunda-se na insegurança. Sonho em ver esta corja do caráter de Hitler, Mussolini, Pinochet, Khomeini comperecidos à Justiça Internacional.

Sonho que se acabe esta mescla de Islã e política, e que o Afeganistão, livre da ocupação estrangeira, viva uma grande democracia laica. O Islã está em nosso coração e em nosso espírito. Ele não pode servir para se manipular a opinião.

Sonho que os cantos mais afastados do Afeganistão sejam dotados de uma escola. E de acesso à Internet.

Sonho, enfim, que uma mulher algum dia tome as rédeas do Afeganistão e prove ao mundo inteiro que, no momento que lhes é dada uma chance, as mulheres podem fazer um trabalho brilhante.



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#Posté le lundi 04 avril 2011 14:01

Modifié le lundi 13 mai 2013 21:32


MALALAI JOYA, DEPUTADA AMEAÇADA DE MORTE

Esquerda.net, Portugal / 7 deOutubro de 2006


Nasceu a 25 de Abril de 1979 e é a pessoa mais jovem do parlamento afegão, eleita deputada pela província de Farah. Tornou-se conhecida nacional e internacionalmente pela sua intervenção em Dezembro de 2003 na Loya Jirga (grande assembleia afegã), que aprovou a nova Constituição, onde atacou "os bandidos que conduziram o nosso país a este estado" presentes na assembleia. Malalai Joya concitou o ódio dos senhores da guerra e uma grande simpatia em largos sectores populares, nomeadamente entre as mulheres (veja manifestação de mulheres de apoio a Malalai Joya na província de Farah).

Malalai Joya (site de apoio malalaijoya.com) tem sido ameaçada de morte em diversas ocasiões e no passado dia 7 de Maio de 2006 foi física e verbalmente atacada por colegas, após ter declarado no Parlamento que alguns dos dirigentes dos mujaidines do Afeganistão são criminosos e que, por conseguinte, não deveriam ter lugar nos órgãos governativos. Deputados do Parlamento Europeu enviaram ao Presidente Hamid Karzai uma carta de solidariedade que foi assinada por Miguel Portas.

Na sua intervenção na Loya Jirga a 17 de Dezembro de 2003 afirmou:


"O meu nome é Malalai Joya sou da província de Farah. Com a permissão dos estimados participantes e em nome de Deus e dos mártires do caminho da liberdade gostaria de falar por alguns minutos.

A minha crítica a todos os meus compatriotas é que estão a permitir que a legitimidade e a legalidade desta Loya Jerga seja posta em causa com a presença daqueles bandidos que conduziram o nosso país a este estado.

Tenho pena e sinto-me triste que aqueles que chamam à Loya Jirga uma base de infiéis equivalente à blasfémia depois de virem aqui as suas palavras sejam aceites, ou por favor vejam as comissões e o que as pessoas murmuram. O presidente de cada comissão foi seleccionado previamente. Porque é que vocês não juntam todos estes criminosos numa só comissão para que todos possamos ver o que eles querem para esta nação. Estes eram aqueles que transformaram o nosso país na sociedade que queriam [pausa] aqueles que conduziram o nosso país a este estado e eles tencionam fazê-lo de novo.

Acredito que é um erro testar aqueles que já foram testados. Eles deviam ser levados a um tribunal nacional e internacional. Se eles forem perdoados pelo nosso povo, o descalço povo afegão, a nossa história nunca irá perdoá-los. Todos eles são lembrados na história do nosso país."



Vídeo: No Parlamento afegão, Joya fala abertamente
Sobre crimes cometidos por seus colegas e gera grande tumulto

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#Posté le lundi 04 avril 2011 14:16

Modifié le lundi 26 septembre 2011 17:20

Comitê dos Parlamentares dos Direitos Humanos

Tradução de Edu Montesanti


O Comitê:

Referindo-se ao resumo do caso da sra. Malalaï Joya, membro da Casa do Povo do Afeganistão, e à sua resolução pelo governo em sua 182ª sessão (abril de 2008).


Rememorando a seguinte informação arquivada:

- a 21 de maio de 2007, a Casa do Povo do Afeganistão decidiu suspender o mandato parlamentar da sra. Malalaï Joya, membro do Parlamento da província de Farah, até o fim de seu período por violar as Ordens Parlamentares (mais particularmente o Artigo nº 67, o qual apresenta, em uma versão totalemente modificada, o Artigo 70 da Nova Ordem Parlamentar) a respeito das palavras que ela disse na televisão referino-se ao Parlamento, e mais particularmente a alguns membros. A sra. Joya, uma forte crítica dos antigos senhores da guerra, defensora dos direitos humanos e poderosa voz das mulheres afegãs, disse em uma entrevista à televisão que:

"Eles são criminosos, pior que os criminosos em um estábulo no zoológico; ao menos um animal como uma vaca é útil quando provém leite e um macaco pode levar cargas. Ou até mesmo um animal como um cachorro é o mais fiel dos animais".

- De acordo com as fontes, até agora a suspensão da sra. Joya na Ordem Permanente só existe em forma de esboço, não tendo sido ainda oficialmente adotada pelo Parlamento; sob estas Ordens, um membro pode ser suspenso por um período de nada mais que apenas um dia a partir do requerimento do Conselho Administrativo, e com a subseqüente aprovação do Parlamento; as fontes também afirmam que os membros do Parlamento têm freqüentemente criticado uns aos outros, sem que nenhum deles tenha sido suspenso por tais motivos, nem mesmo aqueles que têm chamado a sra. Joya de "prostituta", e têm-na de forma evidente ameaçado de ser raptada e morta. As autoridades parlamentares insistem que a decisão contra a sra. Joya, a qual não foi feita pela Comissão da Administração, mas tomada pela maioria dos membros da Casa do Povo do Afeganistão em sessão aberta, e que nem foi tomada em conexão com suas críticas, foi imposta porque suas palavras representaram uma ofensa ao Parlamento e a toda a nação.

- A sra. Joya imediatamente protestou contra sua suspensão e o procedimento seguinte para assegurá-lo; depois ter finalmente juntado o dinheiro para pagra um advogado legal e encontrar um advogado disposto a tomar sua causa, ela foi capaz de protocolar o pedido ao Tribunal Supremo em fevereiro de 2008.

Levando-se em conta a informação provida pela fonte em 11 de julho de 2008, de acordo com a qual nenhum progresso sério tem sido obtido através da petição perante o Tribunal Supremo, o juiz havia solicitado ao Parlamento que providenciasse suas observações e que designasse um representante para dar seguimento ao caso em seu nome, mas o Parlamento não procedeu deste modo,

Recordando que a sra. Joya tem sido continuamente ameaçada por seu discurso franco, que ela tem sobrevivido a quatro tentativas de assassinatos e que sua segurança está garantida pelos membros de sua família,

Tendo em mente que o Afeganistão é parte do Acordo de Políticas e Direitos Humanos, e então obrigado a respeitar os direitos de segurança à liberdade de expressão garantidos nos Artigos 9 e 19,

1. É profundamente preocupante que a sra. Joya continue suspensa por causa das francas observações que fez sobre seus colegas parlamentares; reafirma-se em relação a isto que a liberdade de expressão é um princípio fundamental da democracia, que deve ser construída tão amplamente quanto possível no caso dos parlamentares, os representantes do povo, que concentram atenção para questões do povo e para defender seus interesses, e que necessariamente vinculam o direito de criticar asperamente o Parlamento, o governo e seu desempenho, e por tanto deveria ser particularmnete estimada pelo Parlamento;

2. Considera-se a suspensão do mandato parlamentar uma medida séria que não só mantêm os parlamentares perocupados no exercício do mandato, mas também impede seus eleitorados de serem representados pela pessoa eleita, e que isto deveria ser tomado em estrito cumprimento da lei e relevantes procedimentos legais; é, por tanto, profundamente preocupante que não haja limite de tempo estabelecido para a suspensão, a qual tem sido efetivamente por mais de um ano, e que, ao contrário das Ordens Estabelecidas do Parlamento (novas e antigas versões), o Conselho Administrativo surge para não aceitar, absolutamente, a decisão de suspender a sra. Joya;

3. Apela-se às autoridades parlamentares para cooperar integral e rapidamente com o Tribunal Supremo para concluir a petição da sra. Joya sem demora. Gostaria-se de receber informações a este respeito;

4. Estão-se persistindo as ameaças de morte contra a sra. joya, e a ausência de qualquer segurança mínima oferecidapelas autoridades; insiste-se que a insegurança geral no Afeganistão forna totalmente claro que as ameaças contra sua segurança têm sido feitas de maneira extremamente sérias, e requerem uma resposta eficaz.

5. Conseqüentemente, compete às autoridades o cumprimento de sua obrigação à petição de direito à vida e à segurança, proporcionar-lhe segurança forte e completa como assunto urgente; gostaria-se muitíssimo ser informado sobre os passos tomados com este fim;

6. Destacando seu apelo às autoridadespara fazer todo o possível, o que esteja a seu alcance para identificar e levar à Justiça aqueles que ameaçam a sra. Joya de morte; reafirma-se, a este respeito, que o Parlamento do Afeganistão tem especial responsabilidade quando a segurança de um de seus membros esteja sob risco; apela-se às autoridades parlamentares que tomem as devidas atitudes para ajudar a concluir aquilo que se requer, com o intuito de colocar em prática a proteção sem demora, e que as ameaças sejam cuidadosamente investigadas; gostaria-se de ser informado sobre qualquer passo tomado a este respeito;

7. Solicita-se à Secretaria Geral que conduza esta decisão às autoridades parlamentares e à fonte;

8. Decide-se seguir examinando este caso em sua próxima sessão, para tê-la durante a 119ª Assembléia do IPU.

(Genebra, outubro de 2008)



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#Posté le lundi 04 avril 2011 14:33

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Desde os Primeiros Anos de Vida Refugiada, Posteriormente de Volta ao Afeganistão


Filha de ex-aluno de medicina que perdeu um pé enquanto lutava contra a invasão soviética no Afeganistão, Malalaï Joya tinha 4 anos quando sua família fugiu do Afeganistão em 1982, a campos de refugiados do Irã e Paquistão, posteriormente. Após a retirada Soviética de seu país, Joya retornou ao Afeganistão em 1998, durante o reinado do Taliban. Jovem mulher, trabalhou como uma ativista social e foi nomeada diretor do grupo não-governamental OPAWC (Organização da Promoção Afegã da Mulher), nas províncias ocidentais de Herat e Farah. [5],. Hoje, Joya é uma mulher casada

Discurso Histórico na Loya Jirga

Joya chamou atenção internacional em Dezembro de 2003 quando, como deputada eleita da Loya Jirga, foi convocada para ratificar a Constituição do Afeganistão e pronunciou-se publicamente contra o domínio dos senhores da guerra. Em resposta, Sibghatullah Mojaddedi, chefe da Loya Jirga, acusou-a de "infidel" e "comunista". Desde então, ela sobreviveu a quatro tentativas de assassinato e trafega pelo Afeganistão sob uma burqa e com guardas armados.

A revista World Pulse escreveu sobre Joya:

“ ... Quando chegou a hora de fazer declaração de 3 minutos, ela arrancou o véu preto do cabelo, aumentou o volume do microfone e, cheia de emoção, fez o discurso que mudaria sua vida.

"Depois que ela concluiu, houve momento de silêncio meio atordoado. Em seguida, uma agitação. Mujahideen homens, alguns que literalmente tinham armas em seus pés, apressaram-se até ela gritando, quem ficou a partir de então sob proteção das forças de segurança da ONU.

"Em uma nação onde poucos têm coragem de dizer a palavra "guerreiro" em voz alta, Joya falou ferozmente contra uma proposta para nomear ao membros do alto clero e líderes fundamentalistas para orientar os grupos de planejamento. Ela opôs-se a vários desses líderes religiosos, alegando que eram criminosos de guerra, que deveriam ser julgados por seus atos — heróis não nacionais para influenciar o novo Governo.

"Apesar das ordens do Presidente da assembleia, Joya recusou-se a pedir desculpa.

Esta posição controversa de Joya contra outros membros da Loya Jirga fez com que ela ganhasse muita popularidade, bem como pesadas críticas de seus opositores políticos".

Nomeações Políticas e Compromissos no Uso da Palavra

Joya foi eleita deputada da província de Farah para o assento 249 da Assembleia Nacional, ou Wolesi Jirga, em setembro de 2005, a segunda mais votada na província.

Ela seguiu com sua postura contra a inclusão dos antigos Mujahedeen no então governo afegão.

A BBC News chamou Joya de "a mais famosa mulher no Afeganistão." Em entrevista a 27 de Janeiro de 2007 à BBC Joya falou sobre sua missão pessoal na política em meio a ameaças de morte contínua, dizendo:

"Eles irão me matar, mas eles não irão matar minha voz porque será para sempre a voz de todas as mulheres afegãs. Você pode recortar uma flor, mas não pode deter a chegada da Primavera."

Em 2006, o Washington Post disse de Joya: "A verdade de Joya é que aos senhores da guerra não será possível esconder-se atrás da "máscara da democracia para manter seus assentos" e suas atividades perniciosas, às custas dos pobres, "os descalços" afegãos que continuam sem voz e desiludidos. "Os senhores da guerra são corruptos criminosos de guerra, que devem ser julgados, e incorrigíveis traficantes de droga que levaram o país a essa situação", disse ela."

Joya apareceu na Convenção Federal do Canadá, novo partido democrático (PIL), na cidade de Quebec a 10 de setembro de 2006, apoiando o líder do partido, Jack Laydon, e criticou a missão dirigida pela OTAN no sul do Afeganistão. Ela disse, "nenhuma nação pode doar liberdade a outra."

Em 13 de Setembro, ela discursou para multidão na Universidade de McGill de Montreal, e na Universidade de Ottawa, onde expressou sua decepção pela participação norte-americana no Afeganistão.

Malalaï esteve em Sydney, na Austrália, em 8 de Março de 2007, como convidada da UNIFEM, onde falou sobre os direitos das mulheres no Afeganistão, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

Malalai retornou ao Canadá em Novembro de 2007, e discursou a 400 pessoas no hall do sindicato, na rua Cecil em Toronto. Em seguida, ela falou para um grupo pequeno de ativistas sindicais e ativistas da Federação do Trabalho de Ontário.





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