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III. NO PIQUE DA VIDA - Reflexões

III. NO PIQUE DA VIDA - Reflexões
Edu Montesanti - Morumbi - SP
Integrante da equipe juvenil do São Paulo FC campeã paulista de 1991


Depoimento de Edu Montesanti a Alex Dias Ribeiro, diretor de Atletas de Cristo
Publicado no jornal mensal de Atletas de Cristo / Dezembro de 1994

Jesus É a Pessoa Mais Importante da Minha Vida

Antes eu buscava Deus em almas penadas, estátuas, velas ou em cartas de baralho. Acreditava encontrar a paz em centros de uruca ou em um campo de futebol.

Acreditava que só encontraria felicidade mesmo no futebol, e acabava de diversas maneiras criando um mundo ilusório que nunca encontrava. Imaginava estar com a bola toda, mas na realidade não estava com nada, e longe de Deus.

No entanto, aproximando-me mais de Jesus pude estar em maior sintonia com Deus, tendo assim muita felicidade, paz e absoluta convicção sobre minha vida e o Criador, que ninguém me tomará e durarão para sempre.

Entendi que, sem Jesus, é o mesmo que jogar em um campo sem traves. Compreendi que devemos adorar ao Criador e não à criatura que antigamente me deixava inseguro, com medo, dependente de muitas coisas e longe de Deus.

Hoje o futebol continua sendo muito importante para mim, mas não é tudo e não dependo mais dele para ser feliz. Vendo dessa maneira, ao invés do meu futebol cair subiu muito e as oportunidades são boas, melhoro a cada dia de treinos. Tudo melhorou em minha vida.

Ao sair do vestiário, antes mesmo de entrar em campo, sei que sou vencedor independente do resultado do jogo.

Deixe que Ele faça essa diferença em sua vida também.
♪♫ Eu Te Louvarei, Meu Bom Jesus

Ser Fera É Ter Jesus no Coração


DERROTA OU VITÓRIA?
Uma Questão de Vida Eterna

Quando ser vitorioso aos olhos de Deus, nem sempre é o mesmo que aos padrões deste mundo

São Paulo (na semana):

"Gostei do futebol de vocês"

O empresário mostrava-se entusiasmado com nosso futuro; Daniel e eu estávamos, pelo menos, cinco vezes mais...


Duas semanas depois:

Daniel e eu amargávamos o banco de reservas... em treinamentos!

Sem justificativa, sem nenhuma explicação as coisas haviam mudado totalmente. Aquele empresário que propusera em sua casa contrato no futebol da Bélgica, virou-nos as costas de uma hora para outra

Sabíamos bem o que estava por trás de tudo, era previsível pela decisão que havíamos tomado semanas antes. Tanto quanto ser fiel a Deus em um mundo corrompido, rejeitar as máfias dentro do futebol pode custar um alto preço; tínhamos consciência disso. De fato, custou caro

Nossa decisão contundente frente ao empresário, bem como a atitude posterior dele não se comparam à vida eterna. E a alegria e a honra que ela nos trará serão muito maiores que sair do banco, entrar em campo e deixá-lo super-aplaudido. O nosso Deus é recompensador



Jundiaí (fim-de-semana):

"Sonhei nesta noite que farei um gol hoje, Edu..."

"Tomara, Dani! Vamos lá!"


Segundo tempo, jogo muito disputado, 1-1. Dominando o meio-campo em uma das melhores partidas da vida, levei o maior sarrafo da carreira - e o agressor, impune -, quando tudo dizia que o jogo terminaria empatado. Nada poderia tirar nossa concentração naquele momento crucial

A bola, pouco depois, sobra pingando na entrada da área, ponta-direita: Daniel, em belo giro com o corpo, arremata em fantástico voleio encobrindo o goleiro para guardar a criança, no ângulo! Instintivamente, vira-se e olha para mim, punhos cerrados socando o ar: "Goooool!!!!"

Eu jogava de volante naquele dia e do outro lado, lá da defensiva esquerda do gramado, atravessei o campo para dar-lhe um dos abraços mais entusiasmados da minha vida! Fim de jogo, 2-1 e o sentimento de missão cumprida, após mais uma semana de treinamento intenso



Maio de 1995. Daniel dos Anjos, ponta-direita, Édson, meia-direita, e eu, lateral-direito e volante, jogávamos no Paulistano F.C. da cidade de Jundiaí. Tradicional equipe do interior paulista (não se confunda com o Paulista F.C., da mesma cidade), encontrava-se então afastada das atividades federadas e profissionais por pendências administrativas. Naquele ano, porém, o popular sr. Eliésio, presidente do Paulistano por longa data, acumulava a presidência com o comando técnico armando uma jovem equipe, com vistas ao retorno às atividades profissionais no futebol do estado, programado para o ano seguinte.

Durante a preparação, em amistosos e no competitivo campeonato amador de Jundiaí aos sábados ou domingos, passávamos a semana em São Paulo treinando diariamente com outros atletas profissionais - um deles, o Clécio, havia-se profissionalizado no Paulistano, a exemplo do próprio colega Daniel. Foi quando recebemos indicação do jogador e amigo Carlinhos Pintado para apresentarmo-nos, Daniel, Edson e eu, a um ascendente empresário do ramo, o sr. Adjalma, quem iniciava treinamentos diários no Parque Ecológico do Tietê com cerca de 40 jogadores (a maioria profissionais), com vistas ao exterior.

o empresário e os craques

Uma proposta pegou-nos de surpresa. Cidade de Guarulhos, grande São Paulo. A noite estava agradável. O dia havia sido de treinamento intenso, manhã e tarde (dois períodos, como se diz no futebol), e sob o maçarico aceso, um sol de rachar o cucuruto! As expectativas entre Daniel, Edson e mim, claro, eram grandes em relação ao futuro, mais ainda nos aproximando do sr. Adjalma, convidados a um encontro em sua casa.

Recebidos com muita atenção, fomos apresentados à sua família, muito gentil, fato que antecedeu uma exposição de documentos de vários atletas por parte do empresário, inclusive uns bem conhecidos com quem ele estava mantendo negócios. E o treinador da equipe do empresário era o Guaracy, que anos antes jogara no Internacional -RS, na Alemanha e na seleção brasileira.

escolha: a baba do quiabo ou o banco de reservas

Depois de uma longa conversa veio a proposta: "Estou mandando atletas para Japão e Europa, e minha intenção é mandá-los jogar na 2ª divisão da Bélgica".

Ele seguiu direto, sem rodeios: "Como o Edu e o Edson não são profissionais ainda, faremos da seguinte maneira: mando a documentação de vocês a um clube do interior do estado, que emitirá de volta uma carteira profissional atestando que vocês jogaram por algum período ali, como profissionais, para que os valorize no exterior. Com o Daniel, apesar de já ser profissional, faremos o mesmo para que seja igualmente valorizado nas negociações".

Essa era a condição.

"quem vai negar!?" a cova dos leões nem sempre é apresentada como tal... "nós negamos, senhor!"

Desde o princípio não titubeamos em negar, e havia tal unidade em nós, um tremendo senso comum logo de início que até o sr. Adjalma demonstrou grande surpresa. Nosso espírito decidido quanto à questão era como se já fôssemos veteranos, ou se já soubéssemos da proposta antes. Ele insistiu, mas estávamos irredutíveis e fizemos uma contra-proposta, através do Daniel: "Se o senhor enviar-nos a esse clube que nos emitirá a documentação para que lá treinemos pelo menos um mês, a gente aceita; do contrário, não podemos aceitar para depois ter que dizer que passamos por uma equipe, sem ter ali treinado nem mesmo uma vez na vida".

Em meio a tudo isso, com as afirmativas do sr. Adjalma (que se dizia cristão) de que daria tudo certo, em determinado momento, para assegurar-me de que não haveria arrependimento pela decisão por parte dos colegas, tomei uma Bíblia que estava em uma estante e, enquanto o empresário argumentava sentado, abri em Apocalipse estando Daniel, Édson e eu de pé, em círculo: "No Reino dos Céus não entrarão os mentirosos", dizia a passagem bíblica para a qual eu apontava com o dedo. Saímos dali sem acordo com o empresário, mas seguiríamos treinando diariamente em sua equipe acreditando em nova proposta de sua parte, possibilidade que, a princípio ali mesmo em sua casa, havia sido deixada muito em aberto.

III. NO PIQUE DA VIDA - Reflexões
dormir craque e acordar perna-de-pau...

O sr. Adjalma elogiou-nos no primeiro dia de treino, chamando ao Daniel e a mim para um canto e, entusiasmado demonstrando confiança, dizer: "Gostei do futebol de vocês, estou animado com nosso futuro (...)". Nós também, é claro, estávamos muito entusiasmados, mais ainda depois do elogio do empresário e dentre tantos jogadores!

O próprio técnico Guaracy demonstrava satisfação com nosso futebol apresentado, e tínhamos o respeito dos novos colegas jogadores também - alguns muito rodados na carreira. Mas não, não havia a menor possibilidade de deixarmos nosso então amador Paulistano de Jundiaí para irmos à Europa nem à parte nenhuma - não naquelas circunstâncias.

Outro acabaria indo à Bélgica em nosso lugar, ficaríamos sabendo depois: o Vantuir, quem treinava conosco, sendo negociado sob as mesmas condições que a nós havia sido proposta. Até a última vez que obtivemos notícias, anos atrás, ele ainda jogava por lá.

chupando picolé de chuchu

Não só acabamos não indo à Europa, como também restou-nos, "repletos de elogios", o banco de reservas... em treinamentos! Totalmente esquecidos, largados então, decidimos deixar o empresário e voltar a treinar diariamente com nossos antigos colegas no Parque do Ibirapuera - eu ainda realizava treinamentos na piscina, na pista de atletismo e na sala de musculação do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa de São Paulo, onde passei um dos melhores momentos da vida e fiz belos companheiros e companheiras, amigos de sempre. Nossa vida, desta maneira, voltava a centrar-se no Paulistano e na esperança de alguma nova proposta. Tempos de suor, superação e muita esperança.

Logo que o Evangelho entrou na minha vida em 1993, o futebol deixou, naturalmente, de ter importância primordial para mim (o que me prendia, limitava de diversas maneiras, algumas das quais extremamente maléficas). Tudo, absolutamente tudo passou a ter significado totalmente diferente na minha vida desde então, e de maneira entusiasmante, poderosamente maravilhosa - desde os mínimos conceitos até valores e áreas mais práticas, tais como a qualidade das minhas noites de sono, minha saúde, minha maneira de ser, de falar enfim, eu estava experimentando mudança essencial a cada dia, muito do que surpreendia a mim mesmo e eu me entusiasmava demais com o que estava acontecendo dentro de mim! Eu queria cada vez mais aquilo!

corrida atrás da cura: "quem confia em Deus corre e não se cansa"

Em fins de 1991, passei a sentir dores estranhas nos joelhos, que me atrapalharam na equipe juvenil do São Paulo. Durante três anos e meio, convivi com aquilo que não possuía diagnóstico mas apenas se agravava com o passar do tempo, fazendo-me sentir, por vezes, que havia uma faca empunhalada nos ossos: fortes pontadas ora no joelho esquerdo, ora no direito em regiões diferentes de acordo com o dia, dores intervaladas por algumas semanas entre um e outro joelho, durante cujos intervalos eu podia treinar normalmente. Quando a dor retornava após tais pausas, eu diminuía o ritmo ou até mesmo parava de treinar, em dias que se limitavam a ficar passar gelo no joelho e torcendo para a dor ir embora e voltar às atividades - até que me aproximei decididamente ao Evangelho da bondade de Deus que me tocou profundamente, e a partir de então ao tratamento nos joelhos seriam acrescidas muitas orações fervorosas, e muita leitura da Bíblia.

Em São Paulo no ano de 1994, o último médico que me tratou, o renomado dr. Centelhas, após diversos e vãos exames com fisioterapia diária e até uma inútil ressonância magnética, disse-me em novembro: "A solução é parar com o futebol...". Minha reação instintiva e imediata foi dar risada na cara dele, como se ele estivesse brincando dada a certeza absoluta que eu tinha de que seria curado, de que a cura estava em andamento da parte de Deus, quer com auxílio de tratamento médico ou sem ele. Eu tinha plena convicção de que aquelas novas maravilhas que estava descobrindo no Evangelho eram para mim. Até que abandonei a ajuda médica, "respirei fundo" e determinado: "Agora, é entre Deus e mim. Não tem mais jeito...".

Dois meses depois, janeiro de 1995, em uma quente noite de verão paulistano, dias em que eu vivia entre treinamentos intensos - em dois ou até três períodos do dia - e luta contra as idas e vindas daquelas dores horríveis nos joelhos, três meses antes do primeiro encontro com o empresário, sr. Adjalma, fui finalmente curado em uma memorável reunião da Igreja Renascer em Cristo/Sede, uma quinta-feira que mexeu profundamente com as pessoas ali presentes, e marcou minha vida: de bermuda, com o joelho esquerdo enfaixado e cheio de pomada, na porta de entrada disse cheio de convicção a duas amigas: "hoje serei curado do joelho". Elas apenas me observaram, com os olhos arregalados.

A dirigente da reunião e líder da igreja, sra. Sônia Hernandes disse logo no início, entre outras coisas que se identificavam com meu caso, que alguém que sentia fortes dores nos ossos, sem diagnóstico, deveria ir junto dela para orar. Eis que fui eu! E as milhares de pessoas me observando, indo meio mancando à frente. Após a oração, agradeci à sra. Sônia pensando comigo, "amanhã no treino vamos ver...", mas fui orientado por ela a "procurar" pela dor, e notei que ela não estava mais lá. Fiquei maravilhado, e disse enquanto forçava o joelho: "A dor sumiu! Não está mais doendo! Dá para dar 10 piques aqui!". Fui então instigado pela sra. Sônia: "Então corre!". Dei três piques de ponta a ponta do tablado com toda a força, como se corresse atrás da bola em final de Copa do Mundo. Quando terminei o último pique, a essa altura a moçada delirando entre assobios, palmas, gritos, pulos, braços socando o vento, muita gargalhada, gente que depois me contou ter chorado no meio da galera, então agachei, desenrolei a faixa do joelho com a maior pressa do mundo, até meio atrapalhado para me livrar daquilo para todo o sempre enquanto via um mar de semblantes irradiantes, atirei-a para longe com força e dei um longo brado ao que a galera não aguentou, extravasou e eu só via gente pulando e se abraçando! Meus joelhos estavam definitivamente curados! Não me restou mais nada a fazer em meio à irradiante alegria geral depois de tudo aquilo, a não ser abraçar aos berros e gargalhadas cada alma que via pela frente... A alegria foi intensa até durante a saída do local, com carros de presentes que me cruzavam buzinando!

Foi algo tão forte, maravilhoso, indescritível o que ocorreu naquela noite, que nos programas de rádio da equipe da sra. Sônia se comentava aquilo ao longo da semana, e nas reuniões seguintes pessoas que eu não conhecia me paravam para relatar o quanto haviam se emocionado, umas chorado e até quem havia contado a familiares e amigos sobre aquela "corrida atrás da cura", sendo que alguns destes até duvidavam que aquilo realmente ocorrera, foi-me dito. E quando as pessoas se aproximavam de mim para compartilhar comigo da alegria pelo que acontecera, faziam isso com um olhar maravilhado! Fora indizivelmente tocante tudo aquilo! Uma daquelas obras de Deus que enriquecem a alma...

Dois meses após esta cura, em março comecei a jogar no Paulistano com o Daniel (quem já havia jogado no clube anteriormente, onde se profissionalizara conforme apontado mais acima) e com o Edson, recebendo logo o apoio da Mizuno, grande marca esportiva japonesa, através do fornecimento de chuteiras e de roupas esportivas além do grande apoio moral de seus profissionais, especialmente do Xuxa, quem me fornecia os materiais de qualidade de ponta - na primeira vez que estive no escritório da Mizuno recebendo vários equipamentos esportivos, e tendo sido tão bem recebido ao lado de atletas muito respeitados do futebol e das mais diversas modalidades esportivas enquanto me lembrava de tudo que havia acontecido nos joelhos, vieram-me lágrimas aos olhos ali mesmo, ao que tentava disfarçar de todas as maneiras.

somos craques do Céu!!!

Às vistas humanas, nada poderia ter sido mais desolador a três jovens atletas do que nossa situação na equipe do empresário então. Mas a atitude na partida da casa do sr. Adjalma naquela noite após a proposta, assim que entramos no carro e fechamos as portas, ilustra a base de nossa certeza e sentimento de profunda honra pela decisão de negar tudo, o grande amor e entusiasmo que nos encheram: "Glória a Deus!", "Fomos fiéis a Deus!", "Sigamos firmes em nossos objetivos, joguemos nossa bola e não olhemos para trás! Glória a Deus! (...)". Esses eram alguns dos nossos brados de vitória enquanto nos cumprimentávamos com muita alegria.

Senti muita paz e alegria na saída da casa do empresário, e senti o mesmo entusiasmo nos colegas, algo muito profundo. Já estava dentro de mim: aos olhos de Deus, eu era filhinho muito vencedor, independente de contrato e do dia de amanhã, o que não vinha de nada exterior nem dependia de nada que me dissessem ou fizessem, ao passo que o Evangelho ganhava cada vez mais vida dentro de mim - novo nascimento (nova vida no espírito), os milagres de Jesus, a Luz que brilha em meio às trevas, a ressurreição, as parábolas, eu lia coisas que me enchiam, me marcavam, me alimentavam, me faziam bem, produziam mudanças completamente drásticas na minha vida, geravam profunda felicidade e sensação indescritível da companhia de Deus!! A maior maluquice disso tudo era que eu queria contar a todo mundo o que estava acontecendo, queria que todos soubessem, que todos provassem a mesma coisa! Era demais!!

Aquilo que o empresário me havia proposto não tinha nada a ver comigo: meu forte no futebol era o passe, o toque de bola, e aquela decisão foi, para mim, tão simples quanto passar a bola a um companheiro... Minha vida passou a ter outro significado desde que o Evangelho entrara na minha vida um ano antes quando, em meu quarto pensando na vida e no "preconceito religioso" de achar que apenas Jesus era o caminho que levava a Deus, veio uma força muito grande em meu interior fazendo entender que Jesus não morrera na cruz por ter sido injustiçado, mas para pagar com Seu sangue o preço dos meus pecados ao que, imediatamente, ajoelhei-me e entreguei a alma e toda a existência a Deus. Diante disso, meu coração e meus valores passaram a estar em outra dimensão, e eu não perderia aquela nova vida que me enchia de profunda paz e alegria por nada!

passe comprado pelo sangue de Jesus

Dois anos depois, em 1997 indicado por um colega goleiro, fui ao Nacional da 1ª divisão profissional do Paraguai tendo sido muito bem recebido no clube, a começar pelo técnico argentino, sr. Oscar Paulín, fazendo amizades inesquecíveis com companheiros, uma das quais dura até hoje - com o jogador uruguaio Daniel Hidalgo, a quem sempre testemunhávamos de Jesus, ele resistia, mas anos depois agradecia-nos em uma carta: rendido aos pés de Jesus, passara a viver um rebuliço interior, verdadeira revolução de paz e alegria pela vida eterna.

Após três semanas, dois empresários argentinos, sr. Carlos Alberto Abal Gómez, ex-jogador do Lanús da Argentina, e o sr. Orlando Giménez, ex-jogador do Lanús e do Barcelona da Espanha, conduziram-me ao Club Atlético Ituzaingó na grande Buenos Aires, que disputava a 3ª divisão nacional do futebol profissional da Argentina.

No Ituzaingó, desde o presidente, sr. Gregorio Nuñez que me tratava por filhinho, passando pelo treinador, sr. Ricardo Zielinski, companheiros de equipe, Imprensa, torcida até pessoas em meu dia a dia fizeram-me viver os melhores momentos da vida nos 40 dias que estive na Argentina. Meu sangue é italiano; minha nacionalidade e maior parte da cultura, brasileira; minha alma é argentina, assim como é a família que ali deixei.

Por anos, acabei nunca sabendo o que acontera para que eu não permanecesse na Argentina. O presidente Gregorio, respeitadíssimo engenheiro dono de uma construtora e de prédios em Buenos Aires, havia dito a mim em seu escritório, entusiasmado ao lado de seu irmão, que eu venceria no futebol, e no futebol argentino onde, em sua equipe, eu vivia fase em que colocava a bola onde queria, além de possuir a melhor condição física: voava baixo , algo extraordinário e até um milagre dada minha situação de dois anos e meio antes, desacreditado pelos médicos por problemas nos joelhos que não possuíam diagnóstico, conforme observado mais acima, e que por anos me prejudicaram. Mas "os que confiam em Deus correm, e não se cansam" (dentro da limitação humana, eu sempre tive plena consciência de que tal verso poderia ser uma verdade também em minha atividade física, de acordo com meu esforço e minha relação com Deus, Este ilimitado em Seu poder).

Muito tempo depois, chegar-me-ia a informação precisa do que ocorrera, fazendo perfeita conexão com os acontecimentos e com o caráter das pessoas envolvidas: uma grande traição de gente muito próxima a mim, que seria então procurada e questionada por mim mesmo, havia colocado tudo a perder. As dores por ter tido o maior sonho roubado, um sonho que custou anos atingindo os limites do esforço físico desde as primeiras horas da manhã às últimas da noite, e perda constatando a que ponto chega a gelada e tão baixa maldade de muitos seres humanos próximos a você, são fortes a ponto de ir além, muito além da compreensão.

Com tudo isso, hoje minha cabeça segue tão erguida quanto sempre esteve, tenho consciência de que dois grandes e antigos objetivos de vida, muito maiores que o futebol, eu alcancei: provar que é possível, mesmo na carreira mais competitiva do mundo, vencer com honestidade sendo fiel a Deus, o que eu sempre dizia aos companheiros; e com todas as dores e inconformismo pelas perdas e traições, às quais Jesus advertiu que estaríamos sujeitos a sofrer conforme ocorreu com Ele mesmo, sigo de pé com fé, alegria e ideais mais vivos que nunca. A vida nunca falha, e deu-me seu retorno provando a mim mesmo que tudo isso era verdadeiro, sólido em mim - meus valores não dependem nem jamais dependeram das circunstâncias, nem do que qualquer ser vivo possa fazer de mal: o que somos em nossa essência ninguém pode atingir, apenas Deus e para mudar positivamente nossa sorte; podem até tirar nossa vida humana, mas jamais podem tocar em nossa vida eterna.

Os rumos da minha vida mudaram bastante em relação ao futebol, mas não do ponto de vista espiritual: o Reino dos Céus é o destino. A alegria por isso, de ter-se uma vida transformada por Jesus e promessas para a vida eterna é tão imensurável, que as coisas deste mundo vão tornando-se cada vez mais insignificantes sob certos aspectos, e agradá-Lo e obedecê-Lo são prazerosas e naturais formas de gratidão a Ele. Vale muito a pena!

Não troco isso por nenhum contrato em nenhum lugar pelo valor que seja, nem muito menos pela velha vida perdida da qual o Papai me tirou. É só uma questão de liberdade...


♪♫ Ser Lançado na Cova, Sair Ileso como Daniel


Aquele que, por minha causa, negar sua própria vida, a ganhará mais tarde

Vocês não sabem que coisas maravilhosas Deus tem reservado àqueles
que O amam e obedecem (...), a mente humana não pode imaginar

Embora as figueiras tenham sido totalmente destruidas e não haja flores nem frutos;
embora as colheitas de azeitonas sejam um fracasso e os campos estejam imprestáveis;
embora os rebanhos morram pelos pastos e os currais estejam vazios, eu me alegrarei no Senhor!
Ficarei muito feliz no Deus da minha salvação!

Aunque algunos te dijeran que es vana nuestra ilusión, aunque muchos no comprendan el signo de nuestra unión.
Aunque toda nuestra vida quede incierta en un adiós. Nunca temas a la noche, nuestra luz es el amor,
siempre unidos marcharemos, con nosotros va el Señor

Melhor que Ir à Europa É Ir para o Céu

uma questão de liberdade

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Você sabia que...

... A cidade de São Paulo viveu uma pulverização evangélica sem precedentes na última década? Segundo novos dados do Censo,
o número de evangélicos sem laços com uma igreja determinada aumentou mais de quatro vezes entre 2000 e 2010
(Fonte: jornal O Estado de S. Paulo, 7 de julho de 2012)



não deixe de ler aqui, em No Pique da Vida:

Jesus costumava usar parábolas, simples comparações para fazer as pessoas pensar sobre princípios e valores espirituais, não para formar opinião e definir conceitos em massa como se costuma fazer hoje em explanações apresentando muito mais pontos de vista pessoais, tendo o Evangelho, quando muito, como acessório do que efetiva explicação da essência da Palavra de Deus em seu contexto mais amplo. (...) Ao contrário de teólogos e de grandes debatedores doutrinários em geral, Jesus resolvia as mais controversas questões com um gesto, com um olhar, com um abraço, com um estender de mão.

(...) De igrejas (fragmentadas como um todo, e dentro de cada uma) que consideram o ápice da espiritualidade apresentar verbalmente uma doutrina, mais ainda convencer ao invés de conscientizar (isto, possível apenas através da convivência e não de meros sermões, por mais bem esquematizados que sejam), que investem todos os recursos em "ensinar nações" as doutrinas ao invés de compartilhar com as sociedades vida prática e aplicar recursos em dividir o pão, não se pode esperar nada a não ser muita confusão além de terreno perfeito para oportunismo, jogo de vaidades e excessivo cinismo. Neste sistema, inclusive ativismos sociais são mais métodos doutrinários que algo interiorizado, e as sociedades sentem isso rechaçando, naturalmente, atos mecanizados além de sensíveis palavras decoradas.


isso e muito mais, em:

SELF-SERVICE DE RELIGIÕES
Você Escolhe: Teoria ou Paixão. Esta Escolha Lhe Valerá a Vida!


As ditas igrejas cristãs sofrem de muitos males, o maior deles é a hipocrisia escondida por trás
de se maximizar a teorização da vida de Jesus. E o de, na prática, julgar-se acima do bem e do mal

e mais!!!

CARTA ABERTA
Igreja Evangélica Pedra Viva

Completo strip-tease ético-religioso como você nunca leu - e os paparicados donos dos templos, mal desacostumados a enfrentar


O Descortinar da Alta Magia

Conheça a história e tremendas revelações de Eduardo Daniel Mastral
De Filho do Fogo a Filho da Luz!
Hoje cristão, um dia satanista com muita história para contar...
O mundo espiritual e a luta entre o bem e o mal são mais intensos do que se imagina

mais abaixo



Se o Evangelho que você conhece não passa de retórica,
um conjunto de doutrinas comportamentais e cerimoniais, fique conectad@:


www.edumontesanti.skyrock.com
página NO PIQUE DA VIDA

onde o Evangelho é parte indissociável da nossa vida

uma questão de liberdade



III. NO PIQUE DA VIDA - Reflexões
www.suaescolha.com

Um lugar seguro para explorar assuntos sobre a universidade, a vida
e para descobrir como deve ser conhecer a Deus


♪♫ Quero Sim! [O Seu Amor, Ó Deus...]


Palestra de Edu Montesanti aos Jogadores Infantis de Limpio, Paraguai' 2010 - Trechos*

Publicada em Pravda Brasil


(...) O esporte é indissociável do respeito, da determinação, da solidariedade e da disciplina, o que inclui boas noites de sono e boa alimentação. Não existe futebol sem qualquer um desses componentes; o jogador que não segue tal caminho, inevitavelmente não irá longe na carreira, apenas se for um craque excepcional, uma rara exceção - mesmo assim, alguns que não trilharam esse caminho renderam e conquistaram menos, bem menos do que poderiam (...).

Acatar as orientações do professor Alejandro [técnico] é o caminho mais seguro para o sucesso: conhece futebol e já passou por tudo o que vocês estão passando agora. Ele só quer o bem, o melhor para vocês. A vitória de vocês é a dele também, e é esse espírito de união e companheirismo que o jogador de sucesso precisa ter (...).

[É falado, com espaço para perguntas de jogadores, direção técnica, jornalistas e "avó tiete" de jogador presente no bate-papo, sobre alimentos fundamentais, aqueles que devem ser evitados e os que, se possível, nunca devem ser ingeridos. Foi falado também sobre a importância fundamental do sono noturno, e os perigos do álcool e do vício em drogas, com perguntas]

Vocês precisam correr atrás da bola como se estivessem correndo atrás de um prato de comida, morrendo de fome (...). Vocês não devem ser violentos jamais, isso só prejudicará a vocês mesmos. Quando tinha a idade de vocês, eu era violento em campo e isso só me distraiu de jogar todo o meu futebol, e acabou gerando inimizade. Por outro lado, como exige qualquer modalidade que envolva choque, contato, devem jogar duro, mas ser duros não contra o adversário e sim na bola, a fim de preservar a vocês mesmos - o jogador frouxo sempre se lesiona, inevitavelmente. O tempo ensinará como jogar duro sendo leal, e esse tipo de jogo deve ser praticado (...).

Quando passei a ter uma vida intimamente ligada a Jesus, Ele deu muita paz e transformou minha vida: deixei de ser violento em campo e passei a render mais até nos treinos. Deus nos dá muita força, inclusive se as coisas não acontecem como esperamos: Ele nunca nos deixa, e é isso que faz a diferença, dessa segurança vem a paz de espírito que o jovem esportista mais precisa, assim como qualquer ser humano (...).

O respeito às diversidades deve fazer parte da vida de todos, principalmente do atleta que pratica esporte coletivo. Mas estamos aqui para contar nossas experiências e o que acreditamos: todos nós erramos, sempre cometeremos erros na vida e foi por isso que Jesus morreu na cruz, para pagar o preço dos pecados de cada um de nós, o preço altíssimo que nós deveríamos pagar, e nos ajudar a errar menos, a ser melhores como pessoa. Nossos pecados nos afastam de Deus, mas quando somos perdoados por Jesus, voltamos a ter paz com Deus e nosso caminho é perfeito. Tentaram, com algum sucesso, fazer do Evangelho uma mera tradição religiosa mas, na verdade, trata-se de uma relação entre o ser humano e seu Criador bem prática, diária, e nós não fomos criados para viver distantes Dele.

[É-nos perguntado pela "avó tiete" sobre a importância dos estudos] É fundamental estudar. O jogador que estuda está melhor preparado para as dificuldades da vida, e esse preparo influenciará muito positivamente dentro de campo. Até nas jogadas, os estudos fazem diferença: dá capacidade de antever as jogadas, de quando a bola vier você já saber o que fará com ela. Com os estudos, você adquire maior equilíbrio mental, e o futebol é puramente psicológico. Digo isso por mim mesmo: quando tinha a idade de vocês eu não queria nem saber de escola, dava risada, mas como me arrependo... Me arrependo muito por não ter ouvido pessoas que me diziam o que estou lhes dizendo hoje... Eu não teria perdido tanto tempo na vida.

A carreira no futebol é curta para todos, e talvez nem todos aqui brilhem como se espera; em ambos os casos, mais ainda se não se for longe na carreira o estudo fará toda a diferença no futuro de vocês, como está fazendo na minha. Estamos em uma época em que as pessoas estão muito bem informadas sobre tudo, cada vez mais cedo, e quem não se dedica à leitura e não tem um bom desempenho na escola, acaba ficando para trás, mesmo dentro do futebol. Uma das melhores coisas que fiz, foi um dia me conscientizar e dedicar aos estudos. Se não fossem os estudos, talvez eu estivesse vendendo limão em alguma esquina hoje. Mas os estudos me garantiram o futuro e o respeito das pessoas (...).

Mulher fácil é ilusão, não gosta do jogador, mas do que ele tem. No caso de vocês, ainda jovens, esse tipo de menina não gosta de vocês, mas do que espera conseguir de vocês em um futuro próximo, contando que serão jogadores de destaque. Se não fosse você jogando agora, estaria outro em seu lugar e essa mesma menina não estaria atrás de você lá, estudando em casa, mas atrás do outro que estivesse em seu lugar aqui. No momento que vocês mais precisarem - na fase de contusão, do banco de reservas ou sem time para jogar - elas correrão de vocês, não estarão ao seu lado apoiando, e o golpe psicológico causado por isso é muito forte, já acabou com a carreira de muito craque. O preço dessas brincadeiras pode ser muito alto, e deve-se tomar muito cuidado com os envolvimentos emocionais (...).

[É-nos perguntado por um jornalista se o jogador deve dar ouvidos ao que vem de fora do campo] Dentro de campo, esqueçam qualquer coisa que venha de fora, tanto da torcida quanto dos jornalistas - muitos destes além de não entenderem nada de bola, gostariam de estar no lugar de vocês mas não têm talento, e encherão o saco de vocês por isso. Fiz faculdade de Jornalismo no Brasil, aqui ao meu lado há jornalistas, e nós podemos dizer: joguem a bola de vocês e esqueçam jornalistas! Deem as entrevistas que lhes solicitarem mas falem pouco, saibam que qualquer coisa de mais que disserem poderá, em algum momento, ser usada contra vocês; mantenham boa relação com os jornalistas como com todos sempre que possível, mas não se preocupem com o que eles dizem, se puderem nem leiam jornais para saber o que estão dizendo: esqueçam jornalistas! (...).

Quanto à torcida, você deve estar totalmente concentrado no jogo, fechar-se em relação a qualquer coisa que venha de fora (...). Desenvolver a capacidade de concentração é uma das principais chaves de vitória do atleta (...). Os que vaiam hoje serão os mesmos que aplaudirão e pedirão autógrafo amanhã, no próximo gol que vocês fizerem. Eles adorariam estar no campo jogando no lugar de vocês, por isso cada um aqui deve valorizar o espaço que lhe é dado, e concentrar-se totalmente nisso (...).

Vocês não serão pagos nem cobrados de todos os lados para dar bonitas entrevistas, nem para agradar a torcida nem ninguém, mas serão pagos e muito pressionados para produzir dentro de campo. Certa vez, no Centro Olímpico de São Paulo, no Brasil, eu li palavras em um quadro na sala do diretor que diziam algo assim: "O segredo do sucesso não tenho, mas a do fracasso eu tenho e lhe dou: querer agradar a todo mundo" (...).


Entrevista de Edu Montesanti à rádio de Limpio após a palestra - trechos:

Os jogadores prestaram atenção, demonstraram muito interesse em cada ponto da conversa, participaram e, juntando tudo isso às informações passadas a mim pelo professor Alejandro sobre eles, acredito firmemente nos frutos dessa conversa de hoje (...).
Confirmou-me o que conheço do jogador paraguaio, também muito admirado no Brasil como humilde e obediente - principalmente após as passagens de Romerito, Arce e Gamarra pelo futebol brasileiro; eles são muito queridos e admirados em meu país (....). O sucesso do Paraguai na Copa do Mundo [meses antes, na África do Sul] deve-se não apenas ao talento, mas também a esse espírito do jogador paraguaio (...).
Demos orientações sobre alimentação saudável, bebidas alcoólicas, sono noturno, falamos sobre drogas, motivação, disciplina e valores pessoais (...).
Tenho um carinho muito grande pelo Paraguai, e pela maneira como sempre me recebeu este país. Um abraço a todo o povo paraguaio, e muito obrigado.

* Transcrição de trechos da palestra dada em uma sexta-feira, antes do último treino para o jogo das quartas-de-final do campeonato nacional juvenil de seleções, no domingo seguinte. Neste domingo, do vestiário minutos antes do time entrar em campo, o técnico Alejandro Jara ligou do seu telefone celular e colocou alguns jogadores para falar conosco, a fim de recordá-los a conversa de sexta e motivá-los. A equipe venceria por 3 x 0 e, imediatamente após a partida, o sr. Ale ligaria novamente, entusiasmadíssimo: "(...) A equipe rendeu muito, ganhamos por 3 x 0 e estamos classificados, Edu!".



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PEGO PELA POLÍCIA E ABRAÇADO POR JESUS
Memórias de um Trombadinha Regenerado

"Eu sou da Rota!", gritava ele cheio de raiva, com uma agressividade jamais vista por mim até aquele momento em toda a vida. Era um pequeno quarto, para onde me havia arrastado em meio a socos na cara. "Quantos tiros você quer levar, seu trombadinha sem-vergonha!!??", com o revólver na minha cabeça, e mais cascudos no meio do rosto que ressoavam ardentemente naquele local sombrio e úmido. Jogava-me em meio às incontáveis caixas de papelão, empilhadas. Tentando desvencilhar-me daquele monte de coisa desabando sobre mim, acabava voltando a ele como se me chocara a uma mola. Cada volta rendia mais murros e ofensas, com o revólver na mão: "Vai levar quantos tiros, moleque!!??", "Nenhum, tio...", "E não me chama de tio, seu lixo!!!" Mais agressões e um monte de papelão no meu cucuruto desabando como bombas, era minha impressão. "Eu estava pensando em parar de roubar mesmo, tio...", "Então você é experiente!! Vai para a Febem!! E sabe o que farão com você lá!!??" Ele explicou o que fariam comigo ali...

Em casa a mãe em prantos: "Agora não é mais o síndico reclamando e dando multas, não são mais as velhas [do prédio e das casas vizinhas] reclamando... Agora é a POLÍCIA!!!!!!".

Minha vida esteve próxima do fim. Considerei isso naquele momento. Em análise retrospectiva: minha vida esteve muito, muito próxima, de fato, do fim. Seja qual for sua idéia da vida e de Deus, não deixe de ler este relato. Aquela minha vida, sob outro prisma, teve um fim, sim: eu viria a nascer de novo. Quando perguntado, Jesus respondeu que o homem, claro, não nasceria de novo do ventre da mãe. Mas um renascimento espiritual é possível. Eu digo: pau que nasce torto não precisa morrer torto, se não quiser. A vida é feita de escolhas, e eu escolhi a regeneração

O meu socorro vem de Deus, Criador do céu e da terra. Salmo 121

Meados do ano de 1990 e da adolescência. Pouco meses depois de ter sido expulso da escola. Um ano após a expulsão do catecismo. Dois anos antes de ter sido expulso do clube onde eu era sócio. O desejo de extravasar não encontrava limites em mim. Além do mais, eu pensava, havia muito a ser provado, e roubar foi uma das maneiras que encontrei para isso.

Na infância, havia sido fortemente vítima, como bilhões de crianças ao redor do mundo, da publicidade, dos desenhos animados, dos filmes e dos programas de auditório persuasivos, subliminares de baixíssimo nível que imperam na TV vendendo a erotização precoce, a violência, o desejo de consumo desenfreado, inúmeras ilusões entre outras tantas barbaridades infantis a seres inocentes, desprotegidos, sem chance de opção frente a uma indústria bilionária da publicidade e dos mais diversos programas de TV. Somado a isso, meu pai vivia o auge da prosperidade, com muitos carros e constantes viagens a todos os cantos mais lindos do país, onde nos hospedávamos nos melhores hotéis cinco estrelas. Eu tinha absolutamente tudo o que queria, e estudava na melhor escola.

Todas as semanas minha mãe dava dinheiro para comprar a revista futebolística de minha preferência, que enriquecia a vasta coleção. E, sem exagero, nas viagens percebi que não havia no Brasil nenhuma loja que vendesse algum time de jogo de botão que eu não possuísse. Eram quase 200 (sem contar os repetidos), mas eu queria mais: desenhava escudos, colava-os nas peças criando assim novas equipes, dos lugares mais remotos do mundo. Minha casa era um verdadeiro centro de atração, entre outras coisas pelos muitos torneios de futebol de botão organizados por mim, especialmente as Copas do Mundo e os Campeonatos Brasileiros, entre Copa América, Campeonato Paulista, Copa Rio e até algumas coisas que inventávamos, tais como Campeonato Japonês.

Não precisava roubar, mas precisava extravasar algo que não sabia o quê, não tinha a menor noção de onde vinha. E depois da expulsão da escola em 90, era necessário provar muita coisa a mim e a meus colegas. Tudo começou pouco antes da expulsão, com roubo de revistas de futebol - as mesmas que minha mãe comprava semanalmente, mas eu já não me contentava com uma só, queria duas (uma para recortar e montar pastas de arquivo, outra para guardar intacta).

Descobri em mim uma habilidade incrível para roubar! Passo seguinte: chocolates no supermercado e revistas pornográficas (mostradas tão orgulhosamente a meus colegas, todos escondidos na escadaria de meu edifício, eufóricos). Daí, vieram furtos de jogos de botão: tarefa fácil, divertida e aventureira, do jeito que eu gostava - até que eu ficasse sabendo que a loja onde eu furtava esses jogos de botão, próxima de casa, era de propriedade dos pais de um colega do futebol - avisado sobre isso, às gargalhadas, por outro colega nosso do futebol.

Expulso da escola após meio ano comparacendo quase que diariamente à diretoria, onde era advertido ou suspenso, lembro-me como se fosse ontem da minha tristeza por isso, desolado na janela do 11º andar do nosso antigo prédio na Vila Mariana, em São Paulo, olhando o nada. Minha mãe já nem dizia mais nada. É muita injustiça!, eu pensava, pois o sonho havia acabado... e por nada!, era minha justificativa.

Afinal, faltavam poucos meses para o Torneio Inter-Classes da escola, e éramos, a seleção da 7ª série do período da tarde, os grandes favoritos para morder as medalhas de ouro! Quanta tristeza tomou conta de mim!! Moralmente tidos como campeões por antecipação, e não sem motivo: além da qualidade técnica e de reinarmos em alegria, sempre cabulávamos aula para dedicarmo-nos aos treinos, sob minha liderança na quadra do colégio.

Em meio à felicidade geral e a tanto esforço para dar o melhor nos treinos, eis que certa vez a professora de Educação Artística apareceu do nada na quadra aos gritos, para que fôssemos à classe assistir aula. Líder nato, tomei a frente e, do outro lado da quadra, gritei: "Só me espera bater mais esse pênalti, e a gente já vai!" Aquela que era, para mim, uma senhora professora sem tantas forças para nada, transformou-se em uma fúria só com minha resposta impositiva e desafiadora. Fomos à sala de aula sem pênalti, e sob berros e berros (a professora realmente ficou furiosa...).

À época, em meu condomínio amigos e eu divertíamo-nos parafraseando o Chapolin Colorado da TV: "Mais rápido que o Rodrigo, mais forte que o Adonis e mais inteligente que o Eduardo... É o Chapolin Colorado!!!". Minha fama de ser um dos caras mais burros que a galera já havia conhecido enchia-me de orgulho: eu era o exemplo do que não queria nem saber de estudar, e ainda desafiava pais e professores. No fundo, sabia que não era tão burro assim, e às vezes aquilo até me incomodava. Mas as "artes" só me faziam respeitado perante a molecada.

Contudo, não daria tempo de disputar o Torneio. Além do mais, tão decepcionante quanto isso: com a expulsão da escola, eu havia perdido a queda de braço de meio ano para professoras e diretoria, o que me envergonhava perante os colegas, alguns dos quais amigos do dia-a-dia.

Quando recebi a notícia de que os ex-companheiros da 7ª série haviam sido derrotados na final, e para nossos terríveis rivais, mocorongos e cavalões da 8ª série da tarde, isso gerou em mim mais inconformismo, vergonha perante os colegas por não ter estado lá, e a decepção: "Mas esses idiotas não são capazes de fazer nada sem mim!! Como foram perder??!! E justo para as bestas arreadas da 8ª série da tarde??!!" Eu deveria prová-los que ainda era aquele Edu "fera" que eles haviam conhecido.

O dia todo treinando para ingressar à equipe juvenil do São Paulo FC (o que ocorreria no ano posterior, equipe, aliás, que se tornaria campeã paulista da categoria), veio o passo seguinte na arte de furtar (só revistas, jogos de botão e chocolates já não tinham mais tanta graça, eram interessantes e muito gostosos, mas eu queria mais!): desodorantes importados na perfumaria da qual minha mãe era cliente, a maioria para presentear amigos.

Ali, após algumas poucas experiências de sucesso a Polícia, enfim, pegou-me: um policial da Rota estava fazendo compras no local justamente na hora da minha brincadeira junto de dois amigos muito próximos, ex-colegas da escola de onde eu havia sido expulso. O policial percebeu o que estava ocorrendo, seguiu-nos até a padaria e, ali mesmo, abordou-nos dando início a um pesadelo de cerca de uma hora, que pareceria eterna...

O policial fez-nos retornar à loja, devolver o mais caro desodorante importado e, após minha confissão do furto eximindo os colegas de culpa, arrastou-me a um sombrio quarto ao lado onde levei muito cascudo violento, uma senhora sova com a arma encostada na cabeça, jogado para todo lado como lixo enquanto escutava apavorado, branco como vela, imagino, ofensas e o juramento de que seria levado à Febem. Já me considerando, vendo-me um cabeça raspada da Febem, acabei sendo levado para casa como um marginal agarrado na camiseta pelo policial, meio que pendurado passando a maior vergonha perante toda a vizinhança que assistia surpresa à cena. Em meu condomínio, de maneira também vexatória, houve duro diálogo entre minha mãe, a Polícia e mim na portaria, enquanto moradores do prédio entravam e saíam por aquele local assustados com o que viam.

Tudo acabou ali. Nunca mais roubei. Contudo, cerca de uma hora após isso tudo um dos amigos que participara do furto foi até minha casa saber como eu estava e, claro, eu estava ótimo, tudo era alegria ao Edu fera - desmoralizadíssimo, mas valia o disfarce: abri a porta com o gesto do hang loose às gargalhadas. Meu amigo achou aquilo o máximo, saiu contando a todo mundo que, "mesmo nessa hora, o Edu tira uma onda!". Mas no fundo eu estava arrebentado. Depois que meu amigo se foi, atirei um desodorante francês furtado a um terreno baldio, com raiva e muito arrependimento quase chorando da janela do quarto, do alto do 11º andar.

Quando Deus mudou minha sorte, eu fiquei como quem sonha. Salmo 126

Três anos depois, em 1993, através de reuniões bastante informais de esportistas com o intuito de ler a Bíblia, falar com Deus e cantar, passei, enfim a sentir paz que sempre havia buscado e notei esgotando-se aquele desejo estranho de extravasar. As primeiras coisas que senti foram os pesadelos horríveis à noite me deixando, minhas noites passaram a ser tranquilas, passei a ter mais saúde e segurança no dia-a-dia. Dores de cabeça constantes que vez ou outra judiavam tanto de mim, foram-se para nunca mais voltar! Tudo isso vinha de uma sensação permanente e tão fantástica de Deus!!!

As novas mensagens que eu estava lendo me maravilhavam, me arrepiavam, eram cheias de vida e ganhavam mais vida ainda em mim. O Evangelho de João e as Cartas de João foram os primeiros livros que li, e nunca me esqueço o quanto aquilo tudo me produzia sensações extraordinárias cada vez que lia e relia, cada vez que contava aquilo às pessoas: muita fé, alegria, paz, esperança e vigor que eu não sentira jamais!! Eu achava tudo aquilo lindo demais, profundo demais, verdadeiro demais!! Era cheio de vida!! Mesmo as músicas que cantávamos produziam em mim tais permanentes e crescentes sensações, e eu queria cada vez mais tudo aquilo!! Sentia Jesus ao meu lado tocando em mim! A melhor maneira de definir aquelas novas palavras que eu estava descobrindo, é de verdadeiro alimento ao meu espírito conforme o próprio Jesus dissera delas.

Minhas noites de sono já não tinham mais aqueles pesadelos que me faziam acordar assustado, diversos medos já não ocupavam mais minha mente no dia a dia, aquela novidade estava funcionando como uma bússola espiritual para mim. Dois anos depois, em uma noite quente do verão de 1995, no mês de janeiro, eu seria milagrosamente curado, para todo o sempre, de um sério problema nos dois joelhos, tido como incurável pelo dr. Centelhas, renomado traumatologista da cidade de São Paulo

Entendi que, realmente, o ser humano não foi criado para viver longe de seu Criador, e isso vai muito, muito além de filosofia religiosa. E entusiasmava-me muito!! Eu não queria mais deixar aquele caminho!!!! Descobri que o Evangelho é uma relação, relação com Deus através da vida e da Sua Palavra maravilhosa que garante: "Aquele que vem a mim, de maneira nenhuma lançarei fora", "Seja forte e corajoso! Se esforce", "Me encontrarão sempre que Me procurarem; mas para isso, precisam Me procurar de todo o coração", "Estarei com você sempre, até o fim de todas as coisas".

Rios de água viva correrão do íntimo de todo aquele que crer em Mim

E como Deus não faz meia-sola na vida de ninguém, pouca bênção é bobagem: em 1994, meu primeiro ano estudantil como cristão, fui o melhor aluno da 7ª série em notas, em disciplina, eleito por grande maioria dos colegas monitor da classe, e o que mais me encanta quando lembro daquele ano escolar, a maravilhosa relação de amizade e respeito que mantive com corpo docente e diretoria. Eu havia sido uma "praga" tão grande, para muitos tido como caso perdido, vivendo então uma mudança tão intensa e prazerosa na minha vida que muitos colegas duvidavam terminantemente que agora o Edu prega o Evangelho, vai à escola com a Bíblia, é o melhor aluno e monitor da classe. Jesus garantiu que aqueles que O buscassem de todo coração, receberiam resposta e sinais.

Afirmo, através de experiências práticas, de cura física e espiritual, que Jesus é o Caminho, a Verdade, a Vida que nos conduz a Deus, Quem mudou minha vida e regenerou através de Seu sangue derramado na cruz. Ele esteve e está comigo sempre, mesmo nos momentos mais difíceis.

Assim como a história é dividida em antes e depois de Cristo, minha vida é dividida desta maneira: de "traste inútil" em determinada fase da adolescência, até próximo do fim, à sensação diária de um ser muito especial a Deus e a Jesus, o Consagrado, através de uma vida poderosamente transformada, de dentro para fora. "Quem beber da água que Eu dou, nunca mais terá sede". Se você já bebeu tudo o que tinha direito na vida como eu, beba da água que nos sacia espiritualmente... E eternamente!!!! Ela é o próprio Jesus, uma questão de liberdade.

Eu Sei que o Meu Redentor Vive, e que por Fim Se Levantará sobre a Terra


Nunca deixe de ser uma pessoa sincera e bondosa; faça disso uma regra de vida, grave isso em seu coração. Assim, será respeitado pelos homens e Deus lhe mostrará Seu grande amor. Confie em Deus de todo seu coração; nunca pense que sua própria capacidade é suficiente para vencer os problemas. Em tudo quanto for fazer, lembre-se de colocar Deus em primeiro lugar. Ele guiará seus passos, e você andará pelo caminho do sucesso. Não fique cheio de si, pensando que sua própria sabedoria é a razão do seu sucesso. A verdadeira sabedoria é amar e obedecer Deus, fugindo do mal. Se você fizer isso, terá sempre saúde e vigor para enfrentar a vida. (Provérbios, 3: 3 a 8)

♪♫ Te Louvarei



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Visite o sítio Previna-se da Marca

"Previna-se da Marca" é uma série de matérias nacionais e internacionais que denunciam, de forma documentada e coerente, uma gigantesca e secular conspiração contra o cristianismo bíblico. A esta altura, ela já atingiu o seu ápice com a chegada dos microchips financeiros os quais deverão tornar-se obrigatórios dentro de pouco tempo, cumprindo a profecia do apocalipse sobre a marca da besta. Entenda como as sociedades secretas pretendem obrigá-lo a receber o biochip na mão ou na testa!

MUITOS ARTIGOS E VÍDEOS


III. NO PIQUE DA VIDA - Reflexões
VÍDEOS (ENTRE OUTROS)

Lavagem Cerebral:

SEGREDOS NA NOTA DE 1 DÓLAR
GUERRA PSICOLÓGICA
HIPNOSE EM MASSA ATRAVÉS DA TV
TV USADA PARA LAVAGEM CEREBRAL EM MASSA
MENSAGENS SUBLIMINARES - IMAGENS E VÍDEOS
OCULTANDO A VERDADEIRA FACE DA FRANCO MAÇONARIA
O JUDAISMO, AS TESTEMUNHAS DE JEOVA E A MAÇONARIA

E também:

CHIP - A MARCA DA BESTA
INVASÃO DE PRIVACIDADE- NAT GEO
TERCEIRA GUERRA MUNDIAL
O ENGODO DO MARXISMO ECOLÓGICO
BANCO CENTRAL DOS EUA É UMA PROPRIEDADE PRIVADA
KENNEDY EXPOS OS BANQUEIROS JUDAICOS
OS ENGANOS DE OBAMA

ARTIGOS (ENTRE OUTROS)

III. NO PIQUE DA VIDA - Reflexões● Artigos sobre a Vinda de Jesus
● Sociedade 666 do sistema de governo mundial anticristão está aqui
● O papel de Adolf Hitler na nova ordem mundial
● Considerando que muitos pastores e líderes cristãos são maçons, quais são as possíveis ramificações na nova ordem mundial?
● Maçonaria: Duas organizações, uma visível, e outra invisível
● Provamos conclusivamente que a maçonaria adora Lúcifer
● Bombas nucleares
● O Plano de seis etapas para a mudança do comportamento
● Vaticano e sociedades secretas em busca da nova ordem mundial
● Vaticano - Os Papas
● Adoração à virgem Maria e às deusas pagãs
● A prática da magia branca no catolicismo Romano tradicional
● Papa Bento XVI carrega a cruz vergada
● O paganismo e o satanismo estão sendo adotados nas igrejas
● Saiba tudo sobre a "Nova Era"
● Os falsos profetas



Vivemos hoje um sistema de "666 moral", isto é, se não se compactua com os meios escusos da atual sobrevivência da espécie humana, direta (sendo parte da corrupção) ou indiretamente (explorado em silêncio), é carta fora do baralho deste mundo. O terreno está totalmente preparado para o 666 material.

Mas, graças a Deus, somos Reis de Copas nos braços do nosso Jesus, no muito e no pouco. Ensinou-me o verdadeiro valor da vida e ser feliz pelo que sou, não pelo que tenho, faço, pareço ser ou pensam de mim. Com o verdadeiro significado da vida, deu a esperança do amanhã, da vida eterna bem diferente do aqui e agora mesquinho e selvagem. Mas também hoje, dentro da realidade sofrível deste mundo, podemos dizer:

Deus é meu pastor, me dá tudo que preciso! Tenho absoluta certeza de que Sua bondade e amor cuidadoso me acompanharão todos os dias da vida, sim; viverei na presença de Deus para sempre! (Salmo 23)

Quem vive protegido pelo Grande Deus, guardado pelo Deus Todo-Poderoso pode dizer: Tu és minha proteção, minha fortaleza. Tu és o meu Deus, eu confio em Ti. Sim, Ele te salvará das armadilhas e das doenças mortais. Ele te protegerá debaixo das suas asas, e lá estarás em segurança. A sua fidelidade te protegerá como um escudo. Não terás medo da escuridão, nem da violência que acontece durante o dia. Não ficarás assustado com a doença que se espalha nas trevas nem com a destruição que acontece ao meio-dia. Mil podem ser feridos e cair à tua esquerda, dez mil podem morrer à tua direita, mas nenhum mal te acontecerá! Olharás tranqüilamente e verás Deus castigando os pecadores desobedientes.Tudo isso acontecerá porque disseste: "O Senhor é a minha proteção! O Grande Deus é a minha morada segura!" O mal não te apanhará de surpresa e o teu lar não será atingido por desgraças. O Senhor dará instruções especiais aos seus anjos para te protegerem em qualquer lugar onde fores. Eles te apoiarão com suas mãos, para não tropeçares nas pedras do caminho. Enfrentarás sem medo leões e cobras venenosas; matarás leões e pisarás cobras, e nada te acontecerá. Pois assim diz o Senhor sobre ti: "Ele se entregou a mim de todo o coração, por isso o salvarei! Ele Me conhece pessoalmente e por isso o colocarei num lugar alto e seguro. Ele Me pedirá ajuda e responderei. Quando estiver em dificuldades, estarei a seu lado, resolverei seus problemas e lhe darei uma posição de honra. Darei a ele uma vida longa e feliz, e minha salvação". (Salmo 91)

Olho para os montes e penso: Quem virá me socorrer? Deus virá me socorrer, Deus que criou o céu e a terra. Ele não me deixará tropeçar ou cair. Vigia de perto cada um dos meus passos, sem cochilar. É verdade! Meu Protetor não cochila nem dorme. Deus é teu protetor Ele estará sempre ao teu lado para te defender. Deus protegerá tua vida contra todos os males! Deus tomará conta de todos os teus passos, indo e vindo; Ele te protegerá até o fim da vida. (Salmo 121)



Todo mundo pode cair algum dia, mas ninguém precisa ficar no chão, caído
Devo minha vida a Jesus, cujo encontro eterno espero com toda a paixão da minha alma

#Posté le samedi 12 juillet 2008 13:33

Modifié le lundi 29 mars 2021 15:22

  
A paz de Deus é muito mais maravilhosa
do que a mente humana pode compreender
Apóstolo S. Paulo


somos MAIS que vencedores, por causa daquilo que Jesus fez na cruz por nós



Seja você a mudança que tanto procura nos outros.
As pessoas não mudam com cobranças, mudam com exemplos


Mahatma Gandhi (imagem à direita)


Todos pensam em mudar o mundo, mas poucos pensam em mudar a si mesmos

Leon Tolstoy (imagem à esquerda)


Não há nada mais político que afirmar que a religião não tem nada a ver com a política

Desmond Tutu


Se você se mantém neutro em situações de injustiça, então escolheu o lado do opressor

Desmond Tutu


O choro e ranger de dentes bíblico se dará através do encontro de muitos com a consciência

Edu Montesanti


Quando algo se torna modismo - religioso, político, filosófico, matrimonial, etc -, perdeu-se tudo. Sob um sistema
que impõe ausência de pensamento e muita superficialidade, as mais diversas áreas, para um número cada vez
maior de pessoas em todos os setores da sociedade, tendem a ser nada mais que estereótipos


Edu Montesanti


Qualquer ato, por mais nobre que seja, se não traz consigo conscientização e caráter, não vale rigorosamente nada.
Exemplos são os "gramaticoides da fé" que, com ditos e feitos elaborados em salas de doutrinas comportamentais e cerimoniais, são como um belo sino sobre a cátedra: fazem barulho, não convencem ninguém e, em algum momento, sua essência virá à tona


Edu Montesanti (leia I Coríntios 13)


Indignação e até atos ríspidos decorrentes de revolta são bons, naturais e fundamentais em determinadas ocasiões.
Porém, se a essência de sua causa for revolta - caso de muitos - ao invés de consciência e solidariedade, perdeu-se tudo


Edu Montesanti


No mundo hoje, o certo não é fazer o certo, mas a convencional

Edu Montesanti


Falta de consciência perpetua dor, tanto quanto injustiça prenuncia novos erros. Atividade intelectual, verdade e justiça libertam

Edu Montesanti


A venda nada mais é que o encontro de um ser que acordou otário, com outro que acordou esperto

De um colega de trabalho, regozijando-se no final de um dia repleto de táticas da arte de enganar melhor as pessoas
(Tal "filosofada" adveio de prática generalizada hoje. No dia seguinte, esse colega foi, fruto do sistema que eles mesmos criam,
traído seriamente por outro, contra o qual vomitou todo seu cavernícula senso de justiça - a selvageria humana moderna)


A promoção da paz é fundamentalmente ativa, apaixonada e, muitas vezes,
requer renúncias e resistência - sem jamais ferir a vida e a liberdade do outro


Edu Montesanti


A Igreja é cada vez mais imagem e semelhança, quase retrato perfeito do sistema mundial intolerante, mesquinho, arrogante, ganancioso, corrupto, cínico, explorador. Em determinados casos inconscientemente, as instituições religiosas em geral repousam, completamente rendidas, nas mãos do poder oculto que governa este mundo, desfrutando as benesses imorais de seus banquetes. A Igreja, que deveria ser maior opositora, é grande aliada do poder oculto mundial, parte fundamental da sua consolidação

Edu Montesanti


O ódio é um veneno que se toma, esperando que o outro morra

Frei Betto


O ressentimento é um aprisionamento do psiquismo no passado – sobretudo sob a forma da incapacidade
de assimilar e transformar uma vivência traumática; com o travamento do esquecimento, o trauma sempre
de novo retorna, impedindo a abertura da consciência para novos estados, novas vivências


Oswaldo Giacoia Junior


A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude

François de la Rochefoucauld (1613-1680)


Enxergar o que está diante do nosso nariz, exige um esforço constante

George Orwell (1903-1950)


Se o mundo está em trevas, é porque a Igreja deixou de ser luz

São José Maria Escrivá


Sem coragem não é possível ser honesto. Sem coragem não é possível ser solidário e caridoso

Heloísa Helena


Não diga poucas coisas em muitas palavras, mas muitas coisas em poucas palavras

Pitágoras


Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é se perder

Soren Kierkergaard (filósofo e teólogo dinamarquês, 1813-1855)


A audácia sem juízo é perigosa, e o juízo sem audácia, inútil

Gustave Le Bon (psicólogo, sociólogo e físico amador francês, 1841-1931)


Vida é a arte de desenhar sem apagador

John Gartner


Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende

Leonardo Da Vinci


Pensar é o trabalho mais dificil que existe. Talvez seja por isso que tão poucos se dedicam a ele

Henry Ford


A Igreja precisa sair às ruas, não pode ser uma ONG

Papa Francisco


Não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma. Uma sociedade assim simplesmente empobrece a si mesma; antes, perde algo de essencial de si. Lembremo-nos sempre: somente quando se é capaz de compartilhar, enriquece-se de verdade; tudo aquilo que se compartilha, se multiplica! A medida de grandeza de uma sociedade se dá no modo como trata os mais necessitados, quem não tem outra coisa senão a pobreza

Papa Francisco


Em nossa época atual, o discurso e a escrita política consistem, em grande parte, na defesa do indefensável

George Orwell, 1946


A crítica é o freio que impede um líder de se tornar ditador

Corpo Illuminati


A burrice goza de um imenso poder de inércia

Barbara Tuchman


Ao questionar as ações dos seus líderes, pergunte-se como
enfrentar os mesmos dilemas se assumisse suas mesmas responsabilidades


Corpo Illuminati


Os privilegiados detestam pensar que são apenas privilegiados. Passam rapidamente a se definir como intrinsecamente dignos
do que possuem, a se considerar elite "natural" e até a ver seus bens e privilégios como extensões naturais de seu eu superior


Charles Wright Mills, sociólogo norte-americano


A função do líder é produzir mais líderes, não mais seguidores

Ralph Nader, advogado e político norte-americano


A mente de um rei e um plebeu difere-se apenas naquilo que ambos escolheram ocupá-la

Corpo Illuminati


Jesus orientou líderes a formar líderes. Os donos dos templos, a fim de manter privilégios, perpetuam-se nas lideranças, centralizam poder religioso preocupando-se apenas em produzir massas de seguidores, em sistemas excessivamente verticais

Edu Montesanti


Jesus não propôs fundar uma nova religião. Nem pretendeu que as pessoas fossem mais religiosas. O que de fato quis
foi que todos, com religião ou sem ela, fossem mais humanos, solidários, fraternos, justos, amorosos e misericordiosos


Leonardo Boff (teólogo e filósofo)


As Igrejas, diferentes de Jesus, raramente se voltam às pessoas para que façam uma experiência de misericórdia. Escolhem o
caminho do moralismo, reforçando o medo que mantém cativa a liberdade, torna triste a vida. Jesus denuncia isso, presente no filho bom que ficou em casa, à sombra do pai. Nega-se a voltar ao irmão. Quer observância da norma, aplicação do castigo. Filho bom, único criticado por Jesus, a quem não basta sermos bons, mas sempre voltar ao outro, e mostrar amor e misericórdia


Leonardo Boff


Quanto mais examino o universo e estudo os detalhes de sua arquitetura, tanto mais evidências
encontro de que Ele [Deus], de alguma maneira, devia ter sabido que estávamos a caminho

Freeman Dyson (físico britânico)


Tudo no universo precisou de um ajuste muito fino para possibilitar o desenvolvimento da vida; por exemplo, se a carga elétrica
do elétron tivesse sido apenas ligeiramente diferente, teria destruído o equilíbrio da força eletromagnética e gravitacional
nas estrelas e, ou elas teriam sido incapazes de queimar o hidrogênio e o hélio, ou então não teriam explodido.
De uma maneira ou de outra, a vida não poderia existi
r

Stephen Hawking (matemático e físico britânico, no livro Uma Nova História do Tempo, 2005)


Em nossos escritórios refrigerados ou entre quatro paredes brancas de uma sala de aula, podemos dizer qualquer coisa
e duvidar de tudo. Mas inseridos na complexidade da natureza e imbuídos de Sua beleza, não podemos nos calar.
É impossível desprezar o irromper da aurora, ficar indiferentes diante do desabrochar de uma flor ou não
se quedar pasmados ao contemplar uma criança recém-nascida


Abraham Heschel (rabino polonês)


Um fanático é alguém que não consegue mudar de opinião, e tampouco muda de assunto.
É um ponto de exclamação ambulante: tem todas as respostas, e não está interessado nas perguntas


Amos Oz (escritor israelenese)


Na falta de argumento, a ignorância usufrui da agressividade e da ofensa como modo de ataque

Agni Shakti


Quem não quer, ou não pode ser virtuoso e honrado, luta para que as grandes almas pareçam na mesma condição que ele

José Bonifácio de Andrada e Silva, Patrono da Independência (1763-1838)


Nunca subestime o poder dos imbecis em grandes grupos

George Carlin


As pessoas exigem liberdade de expressão como compensação pela liberdade de pensamento que raramente usam

Søren Aabye Kierkegaard, filósofo, teólogo, poeta e crítico social dinamarquês (1813-1855)


Converse com um tonto, e ele o chamará de tonto

Euripides, romancista grego (480-406 a.C.)


Não há nada mais adoecedor e imbecilizador, que o perpétuo aprendiz de um ensino que não produz efeitos práticos em sua vida

Caio Fábio (psicanalista)


O ser que compreende o Evangelho não se jacta do saber, mas alegra-se em servir

Caio Fábio


Não existe rebeldia a favor, mas amor. Rebeldia é ir contra o Evangelho
ou continuar submisso ao que vai contra ele. Do contrário, Jesus seria o maior rebelde


Caio Fábio


Se é dito que o rei não pode errar, este entra em estado de segurança semelhante ao dos idiotas e loucos

Thomas Paine


Eles devem achar difícil, aqueles que consideram a autoridade a verdade, ao invés de ter na verdade a autoridade

Gerald Massey (egiptólogo)


Tradição é a personalidade dos imbecis

Maurice Ravel


Qualquer coisa que a filosofia possa fazer para libertar um pouco nossa imaginação, é
de grande serventia política. Quanto mais livre for nossa imaginação no presente, maior
será a probabilidade de que as práticas sociais futuras sejam diferentes das passadas


Richard Rorty (filósofo norte-americano, 1931-2007)


Ou triunfam as ideais justas, ou triunfa o desastre

Fidel Castro


Leis são como salsichas: é melhor não saber como são feitas

Otto von Bismarck


Não se pode defender, simultaneamente, a verdade e o poder global estabelecido (establishment)

Edu Montesanti


Por trás de todo sucesso, há um crime

Lyndon Johnson, presidente dos EUA (1963-69)


Uma nódoa da civilização, é o apoio de países que pregam democracia a ditaduras corrompidas e sanguinárias

Antônio Luiz da Costa, professor


Para resumir o século XX, despertou as maiores esperanças já concebidas pela humanidade e destruiu todas as ilusões e ideais

Yehudi Menuhin (músico britânico)


O momento eternamente decisivo das nossas vidas é quando acolhemos o Evangelho com liberdade de consciência tornando-nos pedras vivas da construção de Deus, cartas vivas do Seu amor e poder ao mundo à nossa volta, em antítese ao conhecimento e aceitação meramente intelectuais da verdade que geram autoengano, cinismo e congelamento da alma. Uma questão de liberdade

Edu Montesanti


O conhecimento é uma arma, faca de dois gumes: se não gera conscientização,
volta-se contra o indivíduo e este se torna pior que os desconhecedores


Edu Montesanti


Tudo que se coloca acima de Deus como experiência interior (doutrina, liturgia, igreja, cargo, ativismo,
autoimagem etc) configura-se idolatria, e para muitos que se dizem cristãos o próprio Jesus é um ídolo.
E como todo ídolo é nocivo, esse Jesus deformado acaba servindo para diversos fins: massagem de ego,
guerra de ideias e vaidades, preservação de reputação, obtenção de benefícios, afirmação psicológica
etc, menos como efetivo salvador da alma com suas virtuosas consequências espirituais


Edu Montesanti


Fé que encoraja a ser diferente em um mundo corrompido, anima a continuar ainda que subtraído, perseguido e desprezado. Fé que salva, independente de emoção e de qualquer outra sensação, traz a permanente consciência do infinito amor de Deus, haja o que houver. Fé para abrir mão do humanamente irrecusável, para viver de mãos estendidas, mover as mãos de Deus em oração dentro do que é bom, agradável e perfeito à existência, sobretudo ao próximo. Dádiva gratuita a qualquer um que a deseja
viver plenamente, sinceramente, indivisivelmente, a fé é tão livre quanto prática por excelência


Edu Montesanti


Eu e Jesus sempre fomos algo maravilhoso; eu, Jesus e a Igreja evangélica foi o que de pior aconteceu,
inconciliável com minha consciência do Evangelho e com a mínima sensatez, por sua essência aprisionante
que não se dispõe à cura, apenas se aprofunda na contagiante insalubridade religiosa


Edu Montesanti


Se a Igreja católica, com caráter mais prático, maior capacidade de aplicar um único verso bíblico à vida cotidiana, nas raízes transformou-se em conjunto de dogmas levando Jesus a um ícone, que se esperar da Igreja evangélica a qual nervosamente defende que fé não envolve prática, mas entendimento intelectual baseado em estudos doutrinários fechados em sistematizações viciadas que definem conceitos em trechos isolados (literalismo), incapaz de tomar ideias em um contexto mais amplo?
O destino da Igreja evangélica como um todo, é mais fatídico que o da católica - quem viver verá


Edu Montesanti


Diga nas Igrejas ditas evangélicas, "obedeço à Bíblia sobretudo", e notará, no mínimo, desconforto na maioria delas. Seja mais contundente, "o Evangelho é unica, suficiente, terminante, invariável e apaixonada autoridade sobre mim", fatal: os "serviços de inteligência" prepararão contra o "rebelde" clima insustentável, através das redes de intrigas e fofocas dos "evangélicos"

Edu Montesanti


A oração não é feita de palavras, mas de atitudes, das quais as palavras são naturais
consequências que vêm da alma. Essa é a oração a Deus à qual, certamente, virão respostas


Edu Montesanti


Enquanto "ética cristã" é o sorriso amarelo do espírito reduzido à letra pela letra, que se encerra na própria letra muitas vezes em nome do politicamente correto, jamais passando de determinados limites, o Evangelho como experiência interior, cujos valores geram virtudes que vêm de dentro, é o alento que dá graça à vida, paixão para ir além do previsível. É pascigo gerando o entusiasmo que a existência não pode perder, ânimo para ir incansavelmente em favor da vida ainda que não seja a sua - vida que é o fim de todas as coisas, razão de ser da Palavra de Deus -. A "ética cristã" - criação humana que gera orgulho baseada em vazias sistematizações bíblicas, "metodologias de espiritualidade" e estereótipos que servem também para dominar indivíduos e manter o status quo salteador dos donos dos templos - não encontra fôlego espiritual para acompanhar nada disso, nem de longe. A dificuldade em se transferir as Escrituras à espiritualidade, em que até líderes profundamente conhecedores das letras com todas as suas referências mal conseguem fazer uma simples interpretação espiritual de uma única passagem, reduzindo sua abordagem a teorias pouco produtivas carentes das virtudes do espírito, é o que leva determinados religiosos a discursar de uma maneira e possuir espírito distinto: quase nunca se aplica as palavras e atitudes de Moisés, Abraão e Paulo, tidos como heróis da fé idolatrados como seres donos de capacidades especiais, às virtudes tais como bondade, humildade, força de caráter, espírito serviçal, sede de justiça, etc. Sutilmente, muitos se fecham a sistematizações de cada um de seus passos que produzem crenças e métodos comportamentais muitas vezes mecanizados que não desenvolvem a espiritualidade descaracterizando o discípulo de Jesus, descredibilizando-o perante a sociedade secular que o tem, generalizadamente, como um ser fanático e vazio interiormente, dono das afamadas "duas caras". "Fé retórica" que transforma essas congregações de fachada em segregações na prática, ambientes nada saudáveis desde seu topo. Os fariseus dos tempos de Jesus, mais éticos religiosamente e maiores conhecedores das Escrituras em meio à sociedade, foram justamente os mais advertidos por Jesus, tão duramente como lindos por fora e podres por dentro; justamente os que não tiveram olhos espirituais para perceber Jesus como o Ser que tanto pregavam e esperavam, terminando por condená-Lo à morte de cruz

Edu Montesanti (leia I Coríntios 13)


A vida extrapola o conceito

São Tomás de Aquino


À época do Apocalipse, repetir-se-á perfeitamente o filme de 2 mil anos atrás quando os fariseus, mestres das Escrituras, foram os que menos perceberam Jesus, e O condenaram. Na era do Apocalipse, à qual adentramos rapidamente, os mais apegados à letra religiosa serão os mais distraídos em seus dogmas, literalismos, arrogância, luxúria, vaidades, embates teológicos, fechados nos quadradinhos isolados da realidade que se limitam a enxergar, sem capacidade contextual. Serão os primeiros a colocar, e já colocam em descrédito advertências das manifestações do Anticristo (o qual, muito provavelmente, virá do próprio meio cristão). Sem espiritualidade, sem sensibilidade, sem intuição serão os primeiros a aderir ao sistema do Anticristo, a servi-lo, o que já fazem na sociedade secular e nas próprias congregações religiosamente, fervorosamente

Edu Montesanti


Jesus ensinou a não julgar pelas aparências, mas de acordo com a reta justiça. Nisso há grandes lições: é possível ser reto, honesto, ao contrário do que (pasmem!) muitos ditos cristãos ensinam. Outro ensimamento: quando está clara injustiça que requer posicionamento e se recusa isso, ficando "neutro" (de praxe) não se está mantendo neutralidade mas sim indo contra o lesado, gerando neste efeito reverso. Isso explica o porquê de milhões de afastados revoltados das confrarias religiosas. Tal "neutralidade" nasce na essência dessas confrarias, defensoras de interesses próprios e privilégios, não da verdade e da justiça

Edu Montesanti


"Não acredito que haja alguém totalmente honesto, por isso não critico", uma das frases clássicas da ética cristã contemporânea, cheia de amor pelo que há de mais podre. É com essa indiferença que se porta quem ama o Evangelho?

"O amor nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a verdade triunfa", I Coríntios 13: 6
(considerado "o capítulo do amor")


Edu Montesanti


Se você se mantém neutro em situações de injustiça, então escolheu o lado do opressor

Desmond Tutu


Sobre o pouco ensinado da Bíblia em grande parte das igrejas, são aplicados outros trechos isolados, totalmente fora de contexto servindo como senões: a Bíblia para contradizê-la, justificar seu não seguimento, a Bíblia para ensinar como não seguir a si mesma entre "parábolas" criadas sobre determinadas realidades humanas que não, necessariamente, podem aplicar-se ao Evangelho. Assim, a "igreja" vai montando doutrinas de acordo com seus interesses, facilidades da ocasião distanciando-se cada vez mais do Evangelho, andando em círculos insolúveis, alimentando a mente de seus seguidores de hipocrisia e modismos, os vícios da religião

Edu Montesanti


Mas, tio, o senhor vai legalizar uma religião que prega que
todos os homens são livres e iguais, negando a divindade do Imperador?!


De Calígula a seu tio Tibério, Imperador de Roma, momentos antes de assassiná-lo por este feito.
Quando Calígula assumiu o poder, os cristãos sofreram os maiores massacres da história


REINO UNIVERSAL E PACÍFICO DO MESSIAS

... Naquele dia o lobo e a ovelha morarão juntos;
o leopardo e o cabrito viverão em paz.
Os bezerros e os bois andarão junto com os leões,
guiados por um criança.
As vacas e os ursos serão companheiros no mesmo pasto;
os bezerros os ursinhos brincarão juntos;
o leão comerá capim, como o boi.
Os nenezinhos poderão brincar no meio de cobras venenosas
ou mexer em buracos de escorpião, que nada vai acontecer.
Não haverá destruição alguma no meu reino santo,
porque assim como as águas cobrem o mar,em toda a terra todos conhecerão o Senhor.


A Bíblia - Profeta Isaías




Você sabia que...

... o médico, professor , escritor e pesquisador, dr. Alberto Peribaldo Gonzalez, afirma que a abstenção do consumo da carne e de sentimentos do ciúme, raiva e desejos de vingança diminuem consideravelmente as chances de se adquirir câncer, proporcionam plena saúde e uma vida mais prazerosa?


A Terra pode viver sem nós, e até melhor. Nós não podemos viver sem a Terra

Leonardo Boff

♪♫ How Great Thou Art

Se Satanás acusá-lo lembrando-o do passado, lembre-o do futuro dele - a perdição

Nosso futuro é a vida eterna com Deus

"Não há nenhuma condenação aguardando aqueles que pertencem a Jesus"


Conhecendo a Verdade, esta mesma Verdade os fará, de fato, livres

Jesus, Uma Questão de Liberdade


Que eu diminua e o Senhor cresça
Não poupou nem Seu próprio Filho a meu favor
Mas O entregou, Ele negou toda Sua grandeza
Para ser gozado, chutado, cuspido, assassinado
Era eu quem deveria estar ali
Não sou digno nem de desamarrar Seus sapatos, Jesus
Mas não, não O mataram, deu Sua vida - era essa Sua ambição secreta
A alegria que vem do Senhor é o que me faz forte
Rocha da minha salvação
Vida transformada, amor restaurado
Haja sempre em minha boca e em meu coração palavras de exaltação
Engrandecê-Lo com toda minha força e entusiasmo
Eu te amo, Cordeiro Santo de Deus que tira o pecado do mundo
Me faz feliz e esperançoso, não pelo que vejo
Mas pelo que acredito, há de voltar para buscar os Seus
Me cerca de perto, por todos os lados
Mil podem cair feridos ao meu lado, dez mil à minha direita
Mas eu não serei jamais atingido
Minha alma descansa em águas tranquilas com o Senhor, meu bem-querer
É e sempre será sobre todos
Vem sem demora, Jesus Salvador!!



WHO COMPARES TO THE GOD OF OUR LIFE?
HE WHO SPARED NOT HIS OWN SON
BUT DELIVERED HIM FOR US ALL
THE CONSOLATOR HAS HEALED US
SING NOW HALLELUJAH
FOR OUR REDEEMER LIVES AGAIN
STAND UP AND BEHOLD HIS GLORY IN THE SKY
WORTHY IS THE LAMB
OF POWER, AND WISDOM, AND HONOR
BELONG TO THE MAN IN WHITE
LIFT UP YOUR VOICE AND PRAISE
HE IS THE REASON WHY WE SING
REJOICE, FOR THE ANCIENT OF DAYS REIGNS FOR EVER AND EVER
HE AROSE FROM THE GRAVE ON THE THIRD DAY
THE FIRST AND THE LAST HAS PALMS
AND A SWORD IN HIS HANDS
TO WIN SIN AND DEATH
HE HAS SET US FREE FOR EVER MORE
DO NOT LOOK BACK
LIGHT SHINES IN DARKNESS


Leia mais abaixo:

A IDADE DA MENTIRA
O Evangelho de Sonhos, Igualdade e Poderosa Transformação do Ser Humano
Como Ferramenta de Alienação Social e Arma para Corruptos Inescrupulosos




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SALMO 125
Quem Confia em Deus É Firme como o Monte Sião! Nada É Capaz de Derrubar Essas Pessoas

A Palavra de Deus fala por si só, e de modo tão poderoso e íntimo de acordo com a disposição de cada um, que o mais iletrado (como o apóstolo Pedro, analfabeto) não só pode entendê-la no espírito, como também, dentro de sua simplicidade (do mesmo modo que a própria Palavra de Deus é simples por excelência) e sabedoria (diferente de conhecimento) pode tirar as lições mais práticas e profundas!

Através do próprio ex-pescador e então apóstolo Pedro em determinado discurso, mais de três mil pessoas se converteram ao Evangelho de uma só vez, algo sem precedentes. A vida cotidiana é a melhor referência para esse entendimento espiritual, bem como para a aplicação prática da Palavra de Deus - na realidade, a vida é o fim de todas as coisas, é claro, e razão de ser da própria Palavra de Deus.

Contudo, através dos elementos da natureza e do avanço do conhecimento científico relativo à toda a criação de Deus, também podemos aplicar Sua Palavra de maneira muito prática, bela e profunda à nossa vida. Pode ser o caso do verso primeiro do Salmo 125, dos mais fortes e profundos de toda a Bíblia: "Quem confia em Deus é firme como o Monte Sião! Nada é capaz de derrubar essas pessoas".

Airy e o Estudo das Montanhas

Muitas montanhas possuem raízes que ultrapassam 60 km abaixo do solo atingindo grande profundidade no oceano, o que implica dizer que a maior parte de uma montanha é a que não se vê, cuja raiz chega a ser centenas de vezes maior que a superfície, isto é, a montanha visível. Tal teoria, introduzida pelo matemático e astrônomo britânico, George Biddell Airy, em 1865, vai além nas descobertas: as montanhas mais altas são justamente as que possuem raízes mais profundas. As montanhas estabilizam a Terra, impedindo-a de vibrar.

Outra conclusão dos estudos de Airy, denominada equilíbrio isostático, é que enquanto montanhas cujas alturas proporcionais ao desenvolvimento das raízes levam a ajustamentos isostáticos, a elevação de outras sem raízes que a acompanhem na extensão, ou que sejam menos densas influenciam negativamente em toda a estrutura da superfície causando, inevitavelmente, uma anomalia isostática, isto é, desequilíbrio na crosta terrestre.

À Luz da Palavra de Deus

A partir disso, podemos fazer quatro paralelos muito verdadeiros e práticos entre o primeiro verso do Salmo 125 dentro do contexto bíblico, e nossa vida:

1. A raiz: O que forma um indivíduo é o que ele acredita, sente, pensa (ou intenciona), diz e, como reflexo disso tudo, o que faz. Cada um desses pontos interligados, que influenciam diretamente um no outro, formam um conjunto primordial para a formação da raiz, a sustentação da vida do ser humano o qual faz desse conjunto um círculo virtuoso, ou vicioso. Com a palavra, a Palavra de Deus: "Se o seu olho for puro, haverá o brilho do sol na sua alma" (Mateus, 6: 22). "Não imitem a conduta e os costumes deste mundo, mas seja, cada um, uma pessoa nova e diferente, mostrando uma sadia renovação em tudo quanto faz e pensa. E assim vocês aprenderão, por experiência própria, como os caminhos de Deus realmente satisfazem vocês" (Romanos, 12: 2).

A seguir, consequências naturais do acreditar, do sentir, do pensar e do dizer: "A fé que não resulta em boas obras, realmente não é fé" (Tiago, 2: 20). "Vocês nunca confundirão uma videira com um espinheiro! Ou figos com cardos! As diversas qualidades de árvores frutíferas podem ser rapidamente identificadas pelo exame do seu fruto. Uma árvore que dá bons frutos, nunca dá um fruto que não se pode comer. (...) O meio de identificar uma árvore, ou uma pessoa é pela qualidade do fruto que dá" (Mateus, 7: 16 a 20). "A tentação é a fascinação dos próprios pensamentos e desejos maus do homem" (Tiago, 1: 14).

Portanto, os cinco elementos deste conjunto formam o ser humano, são sua essência, sua estrutura, determinando como ele enxerga o mundo, como encara e suporta as situações da vida - muitas vezes (mas nem sempre, já que somos todos passíveis de passar por dificuldades e até perseguições em um mundo injusto que "jaz no maligno", segundo Jesus), esses elementos são os próprios provocadores de tais circunstâncias, mais um componente a entrar no círculo virtuoso ou vicioso, dependendo de cada um de nós.

2. "Destaque" da raiz: Fator preponderante para a sustentação da montanha através dos séculos venha o que vier, ao mesmo tempo que a raiz forma a maior parte do corpo da montanha, ela é justamente o que não se vê. Trata-se, paradoxalmente, do "destaque oculto". Disso, podemos tirar duas lições:

a) Não alardear aquilo que somos e fazemos, com base nas palavras de Jesus registradas no capítulo 6 do Evangelho de Mateus: "Cuidado! Não pratiquem suas boas obras publicamente, para serem admirados, porque então vocês perderão a recompensa do seu Pai do céu. (...) Quando vocês fizerem um favor a alguém, façam-no secretamente - não contem à sua mão esquerda aquilo que a sua mão direita está fazendo" (versos 1 e 3).

b) De um lado, os passageiros do destino, turistas aleatórios levados por marés fortuitas prendem-se à superfície, fotografam-na alegremente, vislumbram-na sem entender bem sua razão de ser, sem conhecer nem se preocupar com a essência. Do outro, aqueles que têm olhos para ver o que menos se vê, sensibilidade para sentir o que menos se percebe não se guiando por aparências, conveniências nem por nada a não ser pelo interior, por menos vistoso que seja: "Eu tive fome, e vocês Me deram de comer; Eu tive sede, e vocês me deram água; Eu era um estranho, e vocês me convidaram para suas casas; Eu estive nu, e vocês me vestiram; Eu estive doente, na prisão, e vocês me visitaram. Então esses justos me responderão: 'Quando, alguma vez, O vimos com fome, e Lhe demos de comer? Ou com sede, e Lhe demos algo para beber? Ou como estranho, O socorremos? Ou nu, e O vestimos? Quando vimos o Senhor doente, ou na prisão, e O visitamos?' E Eu, o Rei, lhes direi: Quando fizeram isso ao menor destes meus irmãos, estavam fazendo a mim!'" (Mateus, 25: 35 a 40).

"Muitos que agora são os primeiros, então serão os últimos; e alguns que são os últimos agora, depois serão os primeiros" (Mateus, 19: 30).

Entende-se no espírito que os grandes e verdadeiros valores que dão vida plena, vigor e duram para sempre, sustentando decisivamente a existência, são invisíveis aos olhos humanos: Sede de justiça (Mateus, 5), amor, alegria, paz, paciência, bondade, retidão, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas, 5: 22 e 23). E vai-se às últimas consequências por tais valores, destaque oculto: "Se alguém quer ser um dos meus seguidores, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Porque todo aquele que conserva a sua vida para si mesmo, vai perdê-la; e todo aquele que perder a sua vida por Mim, vai achá-la novamente" (Mateus, 16: 24 e 25).

3. Dimensão da raiz: As maiores montanhas, menos falhas e menos sujeitas a variações, são as que possuem raízes mais desenvolvidas não apenas em volume, mas também em densidade. Perfeita ilustração para concluir que, assim como as fortes montanhas sobrevivem intactas a terremotos, maremotos e furacões ao longo dos milênios, na vida não estamos livres de problemas e dificuldades mas nenhum deles nos abalará, acarretarando em consequências negativas em nossa vida se as raízes forem vigorosas e sólidas, fazendo com que observemos, de maneira prática e natural em nossa vida cotidiana, esta verdade trazida pelo apóstolo Paulo: "(...) Tudo quanto nos acontece está operando para o nosso próprio bem, se amarmos a Deus e estivermos nos ajustando aos plano dele" (Romanos, 8: 28).

Raiz desenvolvida dessa maneira nos traz a sensação da presença momentânea de Deus, fazendo-nos andar de cabeça erguida seja lá o que for que aconteça, cheios de paz e felicidade que não dependem das circunstâncias da vida: "Podemos nos alegrar, igualmente, quando nos encontrarmos diante de problemas e lutas, pois sabemos que tudo isto é bom para nós - ajuda-nos a aprender a ser pacientes. E a paciência desenvolve em nós a força de caráter, e nos ajuda a confiar mais em Deus cada vez que a utilizamos, até que finalmente a nossa esperança e a nossa fé fiquem fortes e sólidas. Então, quando isso acontecer, poderemos sempre erguer a cabeça, seja lá o que for que aconteça, e saber que tudo vai bem, pois conheceremos quanto Deus nos ama; sentiremos também este seu amor afetuoso em todo o nosso ser, pois Deus nos deu o Espírito Santo para encher nossos corações com o seu amor" (Romanos, 5: 3 a 5). "Sei viver com quase nada ou tendo tudo. Já aprendi o segredo para viver contente em qualquer circunstância, quer com o estômago satisfeito, quer na fome, na fartura ou na necessidade" (Filipenses, 4: 12).

É esse tipo de vida e de fé que nos faz olhar para dentro de nós mesmos, durante a após as tempestades da vida, e saber quem exatamente somos sobretudo diante de Deus; saber que tudo vai bem como colocou o apóstolo Paulo, porque temos em nós a força que capacita a superar todas as adversidades, vivendo não pelo que vemos mas pelo que acreditamos: o amanhã muito melhor que o aqui e agora, vida eterna livre de dores e lágrimas - nosso Deus é recompensador.

"Deus dará uma paz perfeita a todos que confiam nEle, aos que concentram seus pensamentos nEle. Confiem para sempre em Deus, porque no Senhor Deus vocês encontrarão a força que nunca se acaba" (Isaías, 26: 3 e 4). "Posso fazer todas as coisas que Deus me pede com a ajuda de Cristo, que me dá a força e o poder" (Filipenses, 4: 13). "Sabemos que essas coisas são verdadeiras pelo que cremos, e não pelo que vemos" (II Coríntios, 5: 7). "A cada um que vencer - que até o fim continuar fazendo as coisas que me agradam - eu darei poder sobre as nações" (Apocalipse, 2: 26). "Ele enxugará todas as lágrimas dos olhos deles, e não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. Tudo isso passou para sempre. E aquele que está sentado no trono, disse: 'Veja, eu estou fazendo novas todas as coisas! Todo aquele que vencer herdará todas estas bênçãos, e eu serei o seu Deus e ele será meu filho'" (Apocalipse, 21: 4, 5 e 7).

4. Influência da montanha: No que diz respeito ao exercício de influência à vida à sua volta, existe fundamental diferença entre montanhas que se elevam até de maneira estupenda aos olhos humanos, mas sem raízes sólidas causando efeitos negativos ao ambiente, não sendo em sua essência o que parecem, e aquelas que possuem raízes consistentes: as primeiras, deformadas em seu interior, apresentam enorme contradição entre o que se vê e os resultados que proporcionam, enquanto as que desenvolvem o que nem sempre os olhos veem, crescendo na contra-mão do convencional, "são o Sal da terra que a tornou suportável. Se perderem seu sabor, que acontecerá ao mundo? Vocês mesmos serão jogados fora e tratados como coisa sem valor. Vocês são a Luz do mundo - uma cidade sobre um monte, brilhando durante a noite para ser vista por todos. Não escondam a Luz de vocês! Deixem que ela brilhe para todos; e que as boas obras de vocês brilhem para serem vistas por todos, de tal maneira que louvem o Pai celeste" (Mateus, 5: 13, 14 e 15). Por causa dessas, o mundo não apodreceu totalmente.

Assim como as grandes montanhas com grandes raízes estabilizam a terra, nada toca tanto o mundo em que vivemos quanto o caráter do cristão; e nada impressiona tanto quanto a força interior independente das circustâncias, a paz e a alegria inabaláveis mesmo nas maiores dificuldades. Isso tudo ressoa muito mais por si mesmo, fala muito mais alto sem nenhum esforço que qualquer voz, que qualquer sermão, que qualquer conquista terrena. Esse é o maior poder que qualquer indivíduo sincero, invariavelmente, recebe de Deus.

"Estas provações apenas põem à prova a fé de vocês, para verificar se ela é forte e pura ou não. Ela está sendo experimentada como o fogo prova o ouro e o purifica - e a fé que vocês têm é muito mais preciosa para Deus do que o simples ouro; portanto, se essa fé permanecer firme depois de ter estado no caminho das provações ardentes, isto redundará em muito louvor, glória e honra para vocês no dia da sua volta" (I Pedro, 1: 7).

Outra lição que podemos tirar do efeito negativo que gera o crescimento de uma montanha sem que haja raízes condizentes, danos a ela mesma e ao seu redor, é o efeito reverso que causa quando se adquire cada vez mais conhecimento intelectual do Evangelho, o qual é vida em sua essência, sem que haja acompanhamento do crescimento espiritual, isto é, a prática de seus princípios, os mandamentos de Jesus: paradoxo com consequências nocivas tanto ao indivíduo - sabendo o que fazer e não faz, torna-se cada vez mais cínico diante das pessoas e da própria consciência, à medida que amplia conhecimento -, quanto efeito reverso em seu meio, afastando mais pessoas do Evangelho.

"Os que ouvem os meus ensinos e não obedecem, são loucos como um homem que constrói sua casa sobre a areia. Quando as chuvas e as enchentes vierem, e os ventos de tempestades baterem contra sua casa, ela cairá fazendo um barulho medonho" (Mateus, 7: 26). "Todo aquele que não está Me ajudando, está Me atrapalhando" (Mateus, 12: 30). "Ai de vocês, fariseus e líderes religiosos - fingidos! São tão cuidadosos em limpar a parte de fora da taça, mas o interior está imundo de exploração dos outros e cobiça (...) Procuram parecer homens santos, mas por baixo desses mantos de bondade estão corações manchados de toda espécie de fingimento e pecado" (Mateus, 23: 25 e 28). "Todo aquele que não está sabendo que a sua conduta é má, só será castigado um pouco. Muito se exige daqueles a quem se dá muito, pois sua responsabilidade é maior" (Lucas, 12: 48). "Eu o conheço bem - você nem é quente nem frio; eu desejaria que fosse ou uma coisa ou outra! Porém já que é meramente morno, eu o cuspirei para fora da minha boca!" (Apocalipse, 3: 15 e 16).

Eu Próprio Não Vivo Mais, e Sim É Cristo quem Vive em Mim (Gálatas, 2: 20)

"Todos os que ouvem os meus ensinos e seguem, são ajuizados como um homem que constrói sua casa na rocha sólida. Embora a chuva caia em torrentes, as enchentes subam e os ventos de tempestades batam contra sua casa, ela não cairá, porque está construída sobre a rocha" (Mateus, 7: 24 e 25).

Sejamos sempre a montanha de raízes profundas e densas que nunca se abala - se entristece, passa por dificuldades e sofrimentos, se indigna mas permanece firme e forte para sempre venha o que vier, porque, enquanto Deus não promete vida livre de problemas e até de opressões externas, a nossa está firmada na Rocha sólida que faz passar por todas as circunstâncias crescidos como seres humanos, em paz de espírito e com mais sabedoria que universidade nenhuma pode proporcionar: a do conhecimento da pessoa e do amor de Deus, único que pode tocar nosso espírito e manter nosso interior sim, totalmente livre de opressão sempre descansando em águas tranquilas. Isso é o que faz a diferença quando se vive em comunhão com Deus: o tamanho da raiz, jamais a aparência da montanha (riquezas materiais, status etc).

"Ele é a minha Rocha, o meu Salvador, a minha Proteção segura. Os problemas da vida nunca conseguirão me derrotar completamente!" (Salmo, 62: 2). "Ele me leva aos pastos de grama bem verde e macia para descansar. Quando sinto sede, Ele me leva para os riachos de águas mansas. Ele me devolve a paz de espírito quando me sinto aflito. Posso andar pelo vale escuro, onde a morte está bem perto; mas continuo tranqüilo e não sinto medo" (Salmo 23: 2 e 4). "Nós, os cristãos, entretanto, não temos nenhum véu sobre nosso rosto; podemos ser espelhos que refletem claramente a glória do Senhor. À medida que o Espírito do Senhor trabalha dentro de nós, tornamo-nos mais e mais semelhantes a Ele" (II Coríntios, 3: 18).

Portanto, esse viver de força em força, de fé em fé, de vitória em vitória sobre as adversidades não depende de conhecimento intelectual, posição social, etnia, do que tenhamos feito no passado, das próprias circunstâncias nem do pior que tenham feito contra nós, tirando covardemente as travas das nossas chuteiras antes de entramos em campo no jogo da vida, fazendo-nos por vezes deslizar e perder alguma partida, se para tudo isso contamos com Jesus que alivia toda a sobrecarga deste mundo, acrescentando Suas virtudes que enriquecem nosso interior à medida que as buscamos, fazendo sempre novas todas as coisas! Estou cada vez mais feliz com o que Jesus tem feito dentro de mim, e não troco isso por nada! É só uma questão de liberdade...

"Venham a Mim e Eu lhes darei descanso - todos vocês que trabalham tanto debaixo de um jugo pesado" (Mateus, 11: 28). "Atenção! Eu tenho permanecido à porta e estou batendo constantemente. Se alguém me ouvir chamá-lo e abrir a porta, eu entrarei e farei companhia a ele, e ele a mim" (Apocalipse, 3: 20). "Porque Deus está operando em vocês, ajudando-os a desejar obedecer-Lhe, e depois ajudando-os a fazer aquilo que Ele quer" (Filipenses, 2: 13). "Quando alguém se faz cristão, torna-se uma pessoa totalmente nova por dentro. Já não é mais a mesma. Teve inicio uma nova vida!" (II Coríntios, 5: 17).

Setembro de 2011


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Este vídeo foi produzido por Cyriltreveys (louvores em francês)


Deus é minha única esperança; confio Nele e fico tranqüilo, porque Ele é meu Salvador. Ele é minha Rocha, meu Salvador, minha Proteção segura. Os problemas da vida nunca conseguirão me derrotar completamente! Minha salvação e boa fama dependem somente de Deus. Nele estão minha firmeza e proteção. (Salmo 62)


Vocês não deram valor aos Meus conselhos e não aceitaram Minha repreensão. Quando a desgraça lhes cair como tempestade, quando seu triste fim chegar violento como furacão, quando estiverem sufocados pelas angústias, procurarão desesperados Minha ajuda mas não responderei. Tentarão em vão Me encontrar. Sabem por quê? Porque vocês desprezaram a verdade e se recusaram a honrar e obedecer-Me. Não deram valor aos Meus conselhos e acharam que Minha repreensão era inútil. Por isso, vocês comerão os frutos amargos de sua desobediência. Já que seus planos foram semear ventos, colherão tempestades; Vejam que diferença! Quem Me ouve e obedece vive em paz e segurança, sem ter medo do mal. (Provérbios, 1)


Leia mais abaixo, em Convivência Tolerante: Até Onde É Possível? - Existe um limite para todas as relações,
individuais ou coletivas. Há tempo para tudo na vida. Inclusive o de ser mais radical, e não pegar atalhos...


Trecho: "As possibilidades de troca de informação, aquisição de conhecimento além das já abordadas facilidades de comunicação proporcionadas pela Internet não possuem precedentes. Por outro lado, o fato de essas facilidades deixarem as portas escancaradas para que se coloque na tela do computador as mais profundas subjetividades, igualmente de maneira instantânea, é um perigo inimaginável, também sem precedentes à humanidade que ainda não assimilou muito bem o que tem à disposição. Como consequência não se apercebeu destes riscos que envolvem as relações sociais, e a comprovada ausência de privacidade da rede."


FELIZ 2013 NA ESSÊNCIA DO SER
Mortais Modinhas de um Performático Mundinho

Massacre em Connecticut e Mensalão: O Que Ambos Têm em Comum? A Ideologia...

"O arrivismo sectário em antítese à paixão. A agressividade erudita contraposta à singeleza e à delicadeza.
Os estritamente racionais tecnocratas do bem-dizer com métodos, sistemas e esquemas da "verdade" de um lado,
do outro apaixonados filósofos da vida desprovidos de vícios contemplando a utopia, os ideais, os sonhos que a
existência não pode perder, entre a ciência e a metafísica singelos poetas do que é bom traduzindo a essência da alma.

"(...) Feroz, egoísta e segregacionista por natureza, apenas a ideologia é capaz de defender o que classifica de direito humano, algo muitas vezes profundamente controverso, enquanto cassa direitos humanos mais elementares para tal defesa, e para sua própria sobrevivência. Enfurece-se quando se vê contrariada, e a partir disso tenta nervosamente convencer, jamais conscientizar"

Janeiro de 2013

O performismo cresce avassaladoramente em número e grau nos mais diferentes segmentos da sociedade, podendo envolver diversos aspectos da mentalidade e das intenções de um indivíduo: vaidade e egocentrismo, afirmação da identidade, fuga de alguma frustração ou trauma sofrido no passado, subterfúgio para defesa forçada de determinada(s) ideia(s) e pior, bastante comum, artifício para se tentar desviar a atenção de alguém sobre determinado assunto, ludibriando a fim de se obter algum tipo de vantagem, entre outras coisas.

Em qualquer um dos casos, este estereótipo com forte apelo neurolinguístico (ao qual se incluem "táticas" gestuais) se trata de recurso, consciente ou inconscientemente usado, que pode ser definido dentro do que se conhece como muleta psicológica e, portanto, de frágeis alicerces.

Insuportável Ser Performático

O performático - ser pedante, reducionista, demagogo, pesado e fingido por natureza, em maior ou menor grau dependendo do caso - pode ser um jornalista que fala/escreve de maneira relativamente longa: tais oratórias/textos poderiam ser consideravelmente reduzidos ou nem falados/escritos, pois prestariam grande favor à humanidade se não existissem, mas são envoltos em grande quantidade, muita eloquência geralmente recheados de forte apelo moralista porém vazios na essência enfim, não dizem nada; não há conteúdo, base de argumentação, apenas "exibição literária" em ataques ou defesa de algo através de verborragia. Essa prática é invariavelmente diária em jornais, revistas, TVs e rádios de distintas tendências, disfarçada de intelectualidade por parte de personagens tidos como intelectuais.

Além da classe dos jornalistas, setores da sociedade onde mais se encontram os performáticos são entre militantes políticos, juristas, pseudofilósofos e "praticantes" religiosos, esferas onde até se prepara as pessoas para serem exatamente assim, baseadas no poder da argumentação e do convencimento a qualquer custo em detrimento do esclarecimento e do conteúdo (sobretudo prático) pois tais segmentos envolvem grandes massas, muitos interesses em jogo, portanto as aparências (performances) escondidas atrás da retórica são fundamentais. Valorizam muito mais o parecer ser que o ser de verdade.

Para todos esses casos existem os jargões equivalentes dando a impressão que, quando se toca em seu tema de estimação, o interlocutor incorpora um espírito que até ousadia de frases em grego antigo e aramaico seriam possíveis no meio do discurso/texto. Seu semblante também tende a ser, nessas ocasiões, surpreendente, estranha e peculiarmente modificado (geralmente, irritadiço e altivo).

Para o pseudofilósofo, cujas sociedades estão repletas deles dentro e fora do meio acadêmico, o mero conhecimento teórico é suficiente: não objetiva ou muitas vezes se esquece, distraído em sua obsessão literal, de traduzir a torrente de filosofias e sistemas em benefício à sua vida e à do outro. Ele é surpreendentemente capaz de defender calorosamente as mais diversas teses de personagens históricos da filosofia, enquanto, no mesmo instante, sua prática as contradiz clamorosamente e, assim, sua vida está encerrada nas letras e na metodologia que criou de seus "herois".

Quando estiver disposto a raciocinar muito, fará o papel de advogado do capeta, dificultará de todas as maneiras a compreensão de determinados assuntos mesmo que, para tanto, deva contrariar o óbvio ou mesmo abrir mão das altas probabilidades, da muitas vezes necessária, indispensável capacidade intuitiva, contradizendo-se desta maneira a si mesmo: tudo isso, não para levantar novas ideias nem muito menos pelo interesse em se desfazer mitos, (des)preocupado com a causa existencial, mas pela simples necessidade ímpar, vital que possui de levar as mais diversas questões ao campo teórico além de chamar a atenção a si, e à sua "capacidade filosófica".

No caso do religioso, quando envolve performance é muito comum tal gramaticoide da fé palrar amor e compaixão enquanto literalmente soca a Bíblia ou qualquer que seja seu livro sagrado, esbanjando raiva contra as mínimas diferenças teóricas. Sim, Deus perdoa a tudo e a todos, ele diz, mas a vírgula doutrinária fora de lugar dentro do que acredita religiosamente ético, não pode ser perdoada jamais! Afinal, ele é um "guardião da palavra" (a Palavra virou palavra, isto é, apequenou-se resumindo-se à letra pela letra, que se encerra na própria letra).

São os adeptos não de um Evangelho, de um Islã ou seja do que for fundamentado em transparência, doação, paz, justiça, bem viver como são na essência, mas discipuladores (raramente discípulos, ou ao menos buscando arduamente o posto de líder, um alto grau na comunidade enfim, reconhecimentos religiosos públicos) da "filosofia da religião", isto é, seres que conhecem como poucos os livros sagrados e as respectivas doutrinas que criam, que identificam nesse conhecimento intelectual sua saúde espiritual - o diferencial em relação ao que julgam uma sociedade perdida (por falta de conhecimento doutrinário-religioso) -, pelo que causam situações das mais desagradáveis em nome desse conhecimento (que acaba gerando inevitavelmente vaidade), e afastam a sociedade das confrarias religiosas, em crescente descrédito, pichando assim os nomes das religiões e de seus mestres históricos.

"É Você ou Sua Representação?"

Comparando a oratória de um performático em geral com sua maneira de viver, acaba beirando, chegando ou mesmo ultrapassando o ridículo, caso a caso. Torna-se tarefa complicada muitas vezes saber distinguir se se está tratando com o indivíduo ou com a representação dele. A máscara está tão impregnada à alma, a personalidade incorporou de tal maneira a fantasia que ele acaba acreditando nas próprias mentiras contidas em seus artificiais sinais (palavras e gestos), em seu raso conteúdo enfim, sua vida já se confunde (no sentido mais amplo) à ideologia, sua bandeira. São eternamente inseparáveis. O arrivismo sectário em antítese à paixão. A agressividade erudita contraposta à singeleza e à delicadeza. Os estritamente racionais tecnocratas do bem-dizer com métodos, sistemas e esquemas da "verdade" de um lado, do outro apaixonados filósofos da vida desprovidos de vícios contemplando a utopia, os ideais, os sonhos que a existência não pode perder, entre a ciência e a metafísica singelos poetas do que é bom traduzindo a essência da alma.

Sobre a muitas vezes enigmática distinção entre indivíduo e sua representação devido ao performismo, advindo da ideologia e não da conscientização (ideal), vale apontar esta observação da revista norte-americana The Hollywood Reporter voltada à indústria do entretenimento, sobre pesquisa realizada por ela mesma em 3 de janeiro a fim de constatar o quanto a sociedade local enxerga a violência da mídia como causadora da violência societária, que retrata perfeitamente nossa questão colocada: "Note-se que um fenômeno semelhante é visto nas pesquisas com frequentadores da igreja norte-americana; as pessoas relatam níveis muito mais altos de religiosidade do que o comportamento delas sugere. Devemos, portanto, esperar que as respostas a essas perguntas incluam pelo menos algumas pessoas dizendo o que seria esperado que elas dissessem, mais do que o que eles realmente acreditam". Conforme alegamos no início, são pessoas chatas e fingidas, técnicos na fé muito mais interessados nas aparências e na capacidade de argumentação que na interiorização e no esclarecimento. Tais seres são incapazes de se enxergar, aceitar como são ou se renovar.

As respostas para a pesquisa, realizada poucas semanas após o tiroteio na escola de ensino básico Sandy Hook em Connecticut nos EUA, em 14 de dezembro, em grande parte criticaram as produções cinematográficas, os programas de TV e a publicidade com conteúdo violento. Porém, uma das conclusões dos sociólogos, e nem poderia ser diferente em um país fortemente marcado pelo performismo: "é totalmente possível que os entrevistados sejam pessoas com pressa para voltar para casa e assistir o Havaí 5-0" (violento seriado de TV). Pessoas éticas do ponto de vista social e religioso, politicamente corretas discursando uma realidade que não existe (uma bolha social).

Nada é relativizado: para tais mentalidades incapazes de ponderar não existe contexto a ser considerado, a não ser seu pequeno mundo das sistematizações de pessoas, de hábitos, de expressões, de culturas... Tudo é daquele jeito, voltará a ser daquele jeito, a consequência será novamente daquele jeito, o castigo será sempre daquele jeito, fez-se aquilo por circunstâncias que envolvem aquele jeito e daqui em diante tudo deverá ser feito deste jeito ou, do contrário, tudo resultará naquele jeito. Dessa sistematização excessiva nascem, inevitavelmente, os mais diversos tipos de preconceito - ideias pré-concebidas são outra marca registrada desses indivíduos, para os quais o alvo dos "diálogos", na realidade duros embates na maioria das vezes, dificilmente é trocar informações, ideias, conhecimentos e experiências gerando, desta maneira, consciência, mas sim encerrar questões.

Faz-se separação seletiva de trechos da Constituição, da Bíblia, da história, da política, tudo de acordo com sua "visão" sobre determinado assunto e, por incapacidade intelectual ou por falta de vontade, ou pelas duas coisas não se enxerga o conteúdo de cada um desses itens em seu contexto mais amplo (colocar todos os itens indissociavelmente em questão? Já seria pedir demais!), montando assim a maior insensatez pela qual até as pedras clamam estar na contramão da evidência prática mais salutar. E a partir dessa metodologia chamada de literalismo, reducionista à estatura exata de seus praticantes, vão surgindo novos grupos e subgrupos sectários nos mais diversos segmentos, tratando eles mesmos de se segregar formando, assim, guetos ideológicos, cada vez mais fragmentando as sociedades.

Consciente ou inconscientemente, acredita ser capaz de mudar o mundo à sua volta com o exaustivo poder da teoria e da persuasão. Tudo pode e deve ser mudado pelo muito falar e, se for o caso, até pela força, jamais por um olhar, por estender a mão, por gestos e exemplos práticos. Até estes, se mencionados envolvendo grandes personagens da história ou se colocados em ação hoje, acabam virando "doutrina" e, é claro, motivo de se debater ideologicamente tais atos.

A capacidade teórica de um bom performático sempre se supera. Para todas as ocasiões, para todas as pessoas sempre tem aquela palavrinha de consolo, de incentivo, de advertência tirada da manga, decorada de trás para frente que seria dita a você ou a qualquer outro em seu lugar naquele momento. É vazio, não convence. Diga o que você disser, contradiga-o como for, faça o que fizer, as palavras e a posição teoricamente prática ou praticamente teórica do performático serão sempre as mesmas, está tudo pré-estabelecido: seus métodos de vida não se alteram, antes não sabem sequer conviver com as mínimas diferenças ainda que as pedras clamem - nem que a vaca tussa.

Ideologia Reducionista, Aprisionante

Michel Foucault, filósofo francês (1926-1984), disse que "não é através da ideologia que se molda o social, mas através da verdade". O performismo possui forte caráter ideológico - este, a razão de ser do performático. Portanto, a capacidade de estigmatizar é outra forte peculiaridade, indissociável desses seres. Sobrevivem de rótulos, por vezes para si, por vezes ao outro dependendo do que for mais oportuno. O reducionismo histericamente evidente, em seu estágio mais avançado alcançando proporções contíguas à irracionalidade. Personagens históricos não fogem do festival do estigma: espelhos são transformados em ícones. Matam-nos pela segunda vez. Inclusive Jesus, os apóstolos e os profetas bíblicos, para muitos religiosos praticantes hoje, funcionam muito mais como símbolos (o que o Evangelho, o Islã e o Judaísmo chamam de idolatria; muitos de seus adeptos a condenam raivosamente enquanto eles mesmos praticam, exatamente, essa religião da simbologia).

A ideologia molda o performismo. Intoxicante intelectual, ela é focada no conhecimento (ou na simples informação disfarçada dele), não necessariamente naquilo que se possa fazer com as informações em prol do bem comum,, em todas as esferas da sociedade. O convencimento teórico encerra-se em si mesmo sendo, para tais seres, a "salvação" intelectual ou da alma do indivíduo. Sua alma é reacionária, ainda que disfarçada de progressista. A estigmatização é natural consequência da ânsia agressiva do performático pelos iguais. Seu pascigo é a superficialidade, apenas conhece o significado de ser genuíno nas torrentes de livros doutrinários. Foge do aprofundamento como morcego fugia da luz da minha lanterna na máquina de moer café do avô (bons tempos). Em suma, "tem todas as respostas, e não está interessado nas perguntas", como diz Amos Oz, escritor israelense.

A ideologia, exclusivista, polarizadora e gradativa congeladora de almas, não possui vínculo nenhum com a essência do bem comum, vive divorciada ou em vários casos nunca conheceu a interiorização (conscientização) do que muitas vezes defende - daí a fácil mudança de posição no que diz e faz quando julga oportuno pois o centro de tudo é si mesmo; ou o outro extremo, a terminante defesa da velha e maldita ideologia mesmo se as pedras gritam pelo contrário: seu compromisso maior é com um grupo, movimento, tendência, ideia, com uma história, tradição, com uma lei (jamais com a justiça), com a governabilidade ainda que com medidas obscuras e com alianças contraditórias e até com políticos corruptos (na prática, primeiro o partido, o poder e depois a sociedade, essência da doutrina maquiavélica), com um ou diversos interesses enfim, não existe o teor mais prático em prol do que é puramente bom, verdadeiro, justo e agradável.

Para esses espíritos, o bem comum deve sempre servir a cada um dos elementos apontados acima, nem que por eles tenha que se sacrificar - geralmente, o próximo é o maior sacrificado no final de toda essa história, a qual tem se repetido tragicamente ao longo dos tempos. Silencioso, esconderijo da ignorância espiritual e/ou intelectual dependendo de cada caso, não declarado mas predominante estilo contemporâneo, o performismo, sob diversos nomes e bandeiras, vale até registro em cartório.

Feroz, egoísta, polarizadora, segregacionista por natureza, em maior ou menor grau dependendo de cada caso, apenas a ideologia é capaz de defender o que classifica de direito humano, algo muitas vezes profundamente controverso, enquanto cassa direitos humanos mais elementares para tal defesa, e para sua própria sobrevivência. Enfurece-se quando se vê contrariada, e a partir disso tenta nervosamente convencer, jamais conscientizar.

A ideologia são ideais colocados em uma cartilha recheados de senões, sistematizados tornando-se assim uma grande e nefasta metodologia de vida e de crenças, agressivamente egocêntrica defesa de ideias e/ou de grupos enraizando em si intransigência, ortodoxia, limitação à capacidade intelectual e existencial fazendo com que todas as outras ideias e comportamentos devam partir daquela linha de raciocínio específica, sendo portanto incapaz de considerar outras ponderações e de permitir um convívio saudável em que todos busquem, de sua maneira, a liberdade de expressão, de ir e de vir enfim, o bem comum sem jamais ferir a liberdade do próximo. Como a ideologia desconsidera outras realidades, outras culturas, outras maneiras de se ver o mundo, configura-se o caminho mais curto para todo a sorte de segregação, de dominação e de exploração em meio à sociedade.

O performático "não pode trair seus princípios", nem jamais contrariar o movimento/comunidade/classe/gênero que segue. Ama a ideologia sobretudo. Morre e mata por ela se necessário. Se não mata corpos, mata facilmente almas assim como a sua está morta. Muitas vezes sob o lema revolucionário, sob o rótulo ético, sob o estigma messiânico, o ser performático precisa manter a performance. Custe o que custar. Pela vida? Pelo próximo? Pelos injustiçados? Contra a corrupção? Pela verdade em sua essência? Nestes casos, já não vale, nem de longe, a intensidade do "calor" sectário contido em seu performismo e em sua sopa das letras que muito mais segrega e, na prática, omite-se, do que pratica a justiça, esta o pano de fundo (cenário) de todo o seu engajamento (ou pano de chão, trapo histórico). Nem poderia ser diferente: não há espelho, há ícones (mutáveis época após época), representações históricas das representações contemporâneas.

Amos Oz concluiu a frase apontada mais acima afirmando que "o fanático é um ponto de exclamação ambulante". Isso não apenas vale ao ser performático (fanático pelas ideias ao invés de apaixonado pelas causas), como ele é uma interminável contradição viva, das mais diversas maneiras e não apenas entre falar e agir, esquecendo-se completamente na prática da doutrina que raivosamente defendeu no minuto anterior, como também, não raras vezes, consegue ser assustadoramente contraditório entre falar e falar, dentro do mesmo minuto muitas vezes.

Tudo isso faz com que o recente massacre na escola de Connecticut e o jornalismo brasileiro - cuja emblemática cobertura contemporânea, talvez mesmo histórica foi a do Mensalão ao longo de todos esses oito anos de escândalo, tanto para os veículos de tendência esquerdista quanto direitista - possuam uma perfeita conexão, algo maleficamente forte une ambos os casos.

Tiroteio em Connecticut

Na América, Estado policial e externamente o mais terrorista da história, os setores mais conservadores, mesmo neste momento, não abrem mão da estrita obediência ao livre porte de armas de fogo, garantido pela Segunda Emenda constitucional de 1791 sobre a qual poderia ser aplicada nova emenda, alterando sua prática vigente (ao contrário de outras constituições, a norte-americana não pode ser jamais modificada, apenas acrescentada de novas emendas que alterem o efeito das já existentes).

Os neoconservadores defendem verborragicamente a ideologia que deságua no livre porte de armas, em grande parte religiosos (por incrível que pareça). Os favoráveis à Segunda Emenda segregam-se em relação ao restante da sociedade enquanto promovem ferrenha disputa doutrinária, aplicando inclusive estigmas (bem ao seu estilo intolerante, natural em espíritos reacionários) aos defensores do controle de armas ("cruzadores pelo controle", e outras coisas desse tipo), enquanto muitos, de ambos os lados (mas principalmente os reacionários), não se dão conta (ou nem querer perceber) de que vivem sob um Estado repressivo, e além disso aterrorizante, extremamente desumano além de suas fronteiras, cultuando assim a violência - a sociedade tende a imitar seus representantes.

Nessa guerra ideológica, através da qual a realidade já passa desapercebida (ou nem lhes interessa percebê-la), a sociedade fragmenta-se ainda mais, vítima da violência e de si mesma: não é a defesa do bem comum que está na essência das (necessárias) discussões, e quando tudo termina poucos sabem o que realmente aconteceu. Na realidade, por trás da "ideologia" do livre porte de armas se escondem interesses bilionários, os da indústria armamentista e os do próprio Estado policial norte-americano, que castra direitos civis apoiado no caos social, em nome da "segurança nacional" (argumento usado também no empreender de suas sucessivas guerras). Lá tal qual cá.

Mensalão no Brasil

Enquanto isso no Brasil, o recente escândalo do Mensalão cujo julgamento foi indiscutivelmente o maior espetáculo jurídico-político-midiático da história do país, quiçá da América Latina, jornalões (direita) e jornalecos (esquerda) foram incapazes de ponderar as várias faces do esquema de corrupção em questão (com exceções, as quais não se enquadram nos chamados jornalões nem jornalecos), e portanto de levar também um debate minimamente sóbrio à sociedade, à qual "após a tempestade foi dada uma ambulância" (parafraseando o saudoso Vicente Matheus) em que não se entendeu praticamente nada do que houve - em muitos casos, não se quis entender em nome da performance que a ideologia exige, além dos interesses político-partidários e comerciais de cada lado que usa a paupérrima ideologia como esconderijo, o que na maioria das vezes ocorre.

Justamente escondido detrás da maltrapilha ideologia o PT, "partido mais ético e revolucionário", sentiu-se livre e com todo o direito de praticar o Mensalão e, anteriormente, o famoso caixa dois na campanha eleitoral presidencial: o poder em nome da "revolução", a governabilidade, projetos aprovados em tese "pelos mais pobres" - afinal, "todo mundo faz, por que não nós?". Sensação de liberdade e de direito... contanto que não fossem tornados públicos ambos os esquemas. Eis a velha e maldita ideologia! Em nome dela, travestida de liberdade, direito e revolução, o partido acabou vítima da própria ideologia ao dar um pouco mais de autonomia à Polícia Federal (PF).

Por outro lado, se ao invés de ideologia retórica o PT possuísse saudáveis ideais políticos, econômicos, sociais enfim, princípios, paradigmas e diretrizes claros e coerentes visando traduzir sua agenda de governo em benefícios à sociedade, não ao partido e à ideologia, a PF teria toda a autonomia hoje, o partido não estaria emaranhado no lamaçal, algumas de suas mais fortes lideranças não estariam hoje aguardando a chegada da polícia em casa a fim de os levar presos enquanto dizem que suas vidas acabaram, e o país estaria vivendo dias melhores. Ou talvez o PT nem tivesse chegado ao poder, mas a vida do ex-presidente do partido, do arquiteto da campanha presidencial e do ex-tesoureiro não estariam amarguradas, conforme lamentam. Contudo, os novos detentos de luxo do país estão caminhando à cela comum defendendo ferrenhamente a ideologia, enquanto o ideal que uma vez proclamaram perdeu-se em algum lugar do passado. E ao que tudo indica, seus últimos suspiros serão ideológicos.

Pois o Mensalão, do escândalo em si à cobertura jornalística e à reação de diversos setores da sociedade, é uma emblemática ocorrência nacional que evidencia o quanto a defesa ideológica está comprometida com a verdade e com o bem comum.

Subterfúgio Descarado: Humanidade de Terror em Terror

Hipocritamente impregnada em ambas as sociedades, norte-americana e brasileira, a obsessão ideológica que as conecta agora tem roubado a cena e servido como subterfúgio tanto para o massacre de Connecticut quanto para o Mensalão, e tudo seguirá como sempre foi... Assim sendo e infelizmente é, até os novos tiroteios, até os próximos assaltos indiscriminados aos cofres públicos que porventura venham às claras, até os inevitavelmente enfadonhos e prepotentes embates ideológicos que estão por vir, cheios de teoria e da arte do bem dizer - psicossomáticos para uns, fisicamente mortais para tantos outros.

Foi a velha e maldita ideologia que levou o presidente norte-americano Barack Obama a insultar ao presidente venezuelano Hugo Chávez, enquanto este se internava para ser tratado de tumor maligno. Foi a nefasta ideologia que fez a oposição política e midiática do Brasil não se solidarizar ao ex-presidente Lula, quando submetido também à cirurgia de câncer. Fundamentado na hipocondríaca ideologia, o grupo terrorista norte-americano Ku Klux Klan, "evangélico", assassinou friamente negros por todos os EUA, dentro de suas casas e em locais públicos, "em nome de Deus" e de uma "raça superior".

Foi a aprisionante ideologia que levou Pinochet, Hitler, Stalin, Calígula, a Igreja católica, a ditadura militar no Brasil e George Bush a matar milhões de seres humanos inocentes no Iraque e no Afeganistão, baseado no princípio amplamente aplaudido em seu país, "ou se está ao nosso lado, ou se está contra nós". Foi a doentia ideologia que levou dezenas de milhões de outros seres a apoiá-los entusiasticamente, em cada uma de suas empreitadas justas. Os grandes genocídios cometidos no mundo hoje, de Israel contra a Palestina, justificam-se em forte ideologia elaborada em gabinetes políticos, aceita por diversos cidadãos: a sionista.

Feliz Ano sob Ideais do Bem Comum!

É a falta de ideal, de princípios, de paixão que faz bilhões de outros seres manterem o silêncio, a passividade conivente perante tudo isso muitas vezes em nome da ideologia performática em forma de religião: "eu não julgo". Causa inveja a Pilatos o espírito ideólogo contemporâneo! Mais "ético" e "justo", talvez impossível! Até que seja seu telhado o atingido, sua escola seja a Sandy Hook da vez, até que sua ideologia seja confrontada, então se justificarão as ditaduras, as guerras, o Estado repressor interna e externamente (eis a mudança de lado típica dos ideólogos apontada mais acima)

Os ideais, que podem ser saudáveis ou não, andam muito próximos da ideologia escravizante, invariavelmente geradora de algum nível de jactância, de acentuada segregação e do velho performismo: a diferença pode ser sutil, percebida apenas através do contexto, do espírito, dos detalhes (gestos, palavras, atitudes) enfim, da essência dos elementos envolvidos, sobretudo das consequências que cada lado apresenta. Um belo ideal pode vir a tornar-se ideologia - neste caso, perdeu-se tudo. A ideologia é personalista e impositiva (imposição geralmente sutil, por meio da persuasão): leva à criação de mitos, à intransigência, aos dois pesos e duas medidas em favor dos interesses do indivíduo/comunidade/movimento.

O ideal, cujo alvo transformar o que aspira, o que conhece e defende em benefício próprio e ao próximo, conduz o idealista a ser radicalmente contra algo apenas em favor da vida, enquanto tolerante (por natureza, não por ideologia, nem tolerante com o mau), adepto do diálogo, da convivência com as diferenças (jamais com forças corruptas de exploração e de dominação). O ideólogo, em nome da ideologia, tende a se associar ao corrupto ou a ser conivente com ele, aparentemente em nome do politicamente correto.

Significado de Ideologia: Na visão crítica, é algo voltado à criação/manutenção de relações de dominação por meio de quaisquer instrumentos simbólicos: uma frase, texto, artigo, notícia, reportagem, uma novela, um filme, uma peça publicitária ou um discurso.

Significados de Ideal: Aquilo a que se aspira: realizar seu ideal. Visão de mundo.

E dizia Montesquieu: Quando os princípios se mantém sãos, até as leis más sofrem efeito das boas. A força do princípio supre tudo!

Não seja radical, seja livre: feliz 2013 com muitos ideais visando ao bem comum, sem ideologia.

Continue no Blog, e boa leitura. Uma questão de liberdade.


Não é através da ideologia que se molda o social, mas através da verdade
Michel Foucault, filósofo francês (1926-1984)

As ideologias são perigosas, por serem imunes aos fatos
Paul Craig Roberts, economista norte-americano

Uma Constituição ideologizada impõe a tirania da maioria
Manuel Álvarez Tardío (historiador espanhol)

Não posso compreender que, na estrada da revolta, haja uma direita e uma esquerda (...). Digo que a chama revolucionária arde onde quer e não compete a um pequeno número, no período de expectativa que vivemos, decretar que só aqui ou ali ela pode arder
André Breton

Dá-se mais ênfase hoje ao conhecimento, que àquilo que se pode fazer com ele
Edu Montesanti

Há que se ter convicções sem ser ortodoxo - simples desafio, tanto quanto a vida é sabiamente simples por excelência
Edu Montesanti

Quando as pessoas se definem, na maioria das vezes estão mentindo
Julian Assange, 3.2.2013 (entrevista ao Estado de S. Paulo)

(...) O medíocre é aquele que não faz nada para mudar a própria vida, mas se incomoda com a mudança que você faz na sua. (...)
Ele é oco, insípido e inodoro. Porque na sua pequenez, não conhece o sabor da derrota nem da vitória. Os braços cruzados são
sua posição predileta. (...) Outra coisa, um bom medíocre sabe tudo sobre nada, discorda sempre do óbvio (...)

Sérgio Vaz, revista Caros Amigos, janeiro de 2013


Onde Está Deus Frente às Catástrofes Mundiais? E os Cristãos, Onde Estão?

Vivemos séria crise intelectual e moral em escala mundial, a qual nossa era da informação em tempo real está tratando de trazer às claras como nunca se fez: corrupção civil e governamental descomedida, a nível nacional e internacional (WikiLeaks está mostrando que ela é pior do que muita gente razoavelmente informada imaginava); intermináveis guerras impiedosas, genocidas, escancaradamente perseguindo interesses econômicos e imperialistas; degradação indiferente e desenfreada do meio ambiente que atinge picos desesperadores enfim, os noticiários apresentam variedade morbidamente surpreendente do ponto que anda chegando a indiferença, o egoísmo e a maldade humana, a qual parece sem limites superando sempre nossas expectativas.

No mundo atual, a cada seis pessoas, uma morre de fome e a cada cinco segundos morre uma criança faminta. Apenas na América Latina, somos silenciosamente atingidos por três bombas de Hiroshima todo ano: a cada minuto, morre uma criança faminta ou enferma nesta que é a região mais desigual do planeta.

O Povo Se Corrompe Porque Antes o Governo Se Corrompeu, Ou o Governo É Corrompido Reflexo do Povo que Se Corrompeu?

Se veio primeiro o ovo ou a galinha nos problemas mundiais, é sempre motivo de longa discussão entre historiadores, sociólogos, filósofos e debatedores em geral das questões internacionais. Cada caso possui suas peculiaridades, mas a realidade é que, no círculo vicioso do mundo de hoje, falta referência às pessoas.

Essa ausência, que deveria ser suprida pela Igreja cristã (isto é, indivíduos, de acordo com o sentido bíblico), segue mais acentuadamente perdida no vazio que nunca, e é exatamente aí que queremos chegar: a Igreja, tanto a instituição quanto a maioria dos indivíduos, vive em absoluto sistema de apartheid, um mundo à parte, distante que as exime da maioria das responsabilidades contrariando o princípio do Evangelho, aquele que é o primeiro chamado de Jesus a todos: "Sal que não deixa a terra apodrecer, luz que não deixa o mundo cair em trevas", o que implica, evidentemente, fazer diferença na sociedade de maneira prática com incansáveis obras de caridade e assistências de todo tipo, funcionando como natural referência em um mundo carente dela.

Se há algo que caracteriza o cristão, seja quem for, como e de onde for, é justamente o caráter incansavelmente prático de viver - o resto é retórica, e Jesus está longe, muito longe de ser retórico. Pois não é essa realidade bíblica que tem predominado no meio cristão, em sua grande maioria, e, a começar dentro da própria Igreja, a inversão de valores e falta de referência é uma escandalosa mas, para grande parte dela, desculpável realidade (sempre se encontra justificativas). Perante a realidade bíblica e mundial atual, isso é altamente preocupante.

Antes de mais nada, a instituição Igreja, bem como a maioria dos cristãos simplesmente se calam diante da desgraçada realidade humana com indiferença assustadora, marcantemente vazios de Deus. Isso implica em graves consequências por dois motivos bem simples e claros: 1. Pessoas afligidas, naturalmente, esperam da Igreja resposta para os problemas que atravessam, o que por um lado apresenta ótima oportunidade para se desfazer mitos (por exemplo, o de que Deus é o culpado por vários problemas mundiais e pessoais). Não encontrando nas Igreja, que são pessoas, tal referência, afastam-se de Deus porque não podem receber melhor exemplo Dele através de quem está, ou deveria estar em comunhão com Ele. Perde-se aí, portanto, a melhor oportunidade de se evangelizar na condição de companheira no sofrimento dessas pessoas, além de servir como exemplo sem necessidade de abrir a boca; e 2. Torna a Igreja omissa nas atitudes (através das quais, ferramentas imprescindíveis para se conduzir pessoas a Deus, manifestar-se-iam o poder e a graça de Deus).

Segundo Jesus, aquilo que fazemos não deve ser alardeado, mas é tristemente evidente que não se trata disso nesse caso: a Igreja sofre de inércia crônica. Gandhi (1869 - 1948) disse com muita propriedade certa vez: "O cristianismo é lindo, mas a prática dos cristãos hoje...". Se tivéssemos de consciência, ativismo e caridade o que temos de fraseologia, poder material e intolerância, certamente teríamos inúmeros Gandhis cristãos sendo espelho às sociedades por várias gerações, como é o caso do indiano hindu até hoje. E, consequentemente, teríamos também, certamente, muito menos sofrimento no mundo e muito mais gente em comunhão com Deus. Pois, infelizmente, quando se sabe de alguma comunidade cristã que se limita a doar cesta básica a quem vai à sua porta solicitar, ou algo mais do tipo, já é tida hoje em dia como muito virtuosa, tal a paralisia que toma conta da Igreja em geral.

É natural e necessário, a ambos os lados, que o mundo jogue todos os holofotes à Igreja cristã mais que a qualquer outra instituição (João, 3: 21, e 13: 15), como realmente faz configurando-se em grande desafio à Igreja, esperando dela respostas e soluções para o que o aflige como ocorreu com o próprio Jesus, por mais que grande parte dela relute perante tal realidade (e reluta argumentando que não deve ser assim pois o homem é falho, todos são humanos e estão em condições de igualdade, o que é uma verdade muito relativa e, nesse contexto, tal argumento contraria a própria Bíblia conforme observamos mais acima), a qual tem historicamente reivindicado tal destaque muito mais para defender privilégios que para assumir responsabilidades.

Quando torrenciais chuvas arrasaram a cidade de Campos do Jordão (SP) no verão de 2000, em que o país se mobilizou enviando pelo correio roupas e alimentos às 3 mil vítimas das classes mais baixas da cidade jogadas às ruas, totalmente desabrigadas sem casa e sem comida, em grande parte moradoras de morros deixando um saldo de 10 vítimas fatais, propus pessoalmente a duas igrejas evangélicas de São Paulo, a Calvary International e a Do Fundamento Apostólico (hoje Igreja Cristã da Família, que teve o nome mudado para tentar se renovar das agruras), que fizessem doações comigo e que, tanto quanto possível, juntassem pessoas para levar pessoalmente as roupas e os alimentos, além de calor humano e pregação do Evangelho. A primeira cumpriu isso tudo "até que os carros partissem": fez suas doações e enviou cerca de 20 jovens; a outra respondeu friamente à questão, ninguém foi conosco e um dos convidados à viagem (para a qual não era necessário doar nada, apenas nos acompanhar visitando as vítimas), respondeu que iria orar para saber qual era a vontade de Deus. Uma semana depois lhe perguntei se iria conosco, ao que fui respondido: "Orei, e até agora Deus não disse nada...". Deus nunca respondeu nada, é claro (redundante, Deus não é), e o amigo passou aquele sábado assistindo pela TV o sofrimento das milhares de pessoas a apenas 173 km de si.

Assim, em cerca de sete carros partimos à cidade de Campos do Jordão após eu ter tentado, em vão, a proeza de juntar duas igrejas evangélicas diferentes em uma atividade social: parti com os membros da Calvary International para o que se tornou, desde a chegada, um dos dias mais desagradáveis em que quase nada funcionou devido a vaidades e, sobretudo, disputas doutrinárias (alguns poucos dentre nós acharam aquilo um absurdo, mas era tão grande a tradicional fúria religiosa com as vírgulas doutrinárias - que jamais vieram em questão no trabalho, apenas foi detectado um "ser evangélico doutrinariamente diferente em determinados pontos" dentre eles -, que tornou desnecessário qualquer pedido e tentativa de conscientização a fim de se mudar o espírito, em prol das vítimas da cidade). A agressividade, a opressão exercida durante todo aquele dia chegou a tal ponto, foi algo tão fora do comum que se seguiu até a volta a São Paulo e durante a festa de aniversário de uma das envolvidas no período da noite, o que desagradou a esta e à sua mãe, encerrando-se o festival do ódio doutrinário apenas quando cada alma pegou, definitivamente, seu rumo de casa.

Isso tudo além do desejo de alguns, manifestado logo na chegada à romântica cidade de Campos do Jordão por uma gatinha no conforto e no chaaaaaaarmeeeeee de seus óculos escuros, de enviarmos através de terceiros as roupas e os alimentos às vítimas - afinal de contas, Campos do Jordão, também conhecida como a Suíça brasileira, é uma linda cidade para se desfrutar com suas montanhas, lindos centros sociais de arquitetura alemã e as melhores docerias e sorveterias do país em pleno verão, de maneira que, assim, teríamos o dia todo para passear -. Respondi que não poderíamos fazer aquilo, mas deveríamos ir nós mesmos às favelas nos morros entregar diretamente os suprimentos aos sem-teto e sem-comida já que, se fosse para enviá-los através de alguém, teríamos feito isso pelo correio em São Paulo como muitos estavam fazendo no país, sem necessidade de termos ido até lá, alegando que as vítimas estavam precisando de calor humano tanto quanto de suprimentos, o que causou o primeiro desagrado generalizado. Enfim, eram pessoas no lugar errado, na hora errada fazendo o que não estava no espírito de si mesmas: não compreenderam jamais o porquê de se estar ali.

A pequena comunidade jovem da igreja Calvary já possuía grave e longo histórico neste mesmo sentido, tendo sofrido diversas intervenções pastorais por parte do sr. Bill Fawcett, pastor da igreja, com o intuito de acalmar os ânimos e mudar os espíritos que os dividiam internamente de maneira acentuada, e tantos estragos estavam causando (contudo, o baixo grau intelectual, a miopia espiritual, uma coisa diretamente ligada à outra, e até a (in)disposição para a mudança não lhes permitia enxergar que o problema era estrutural, ou seja, tais frequentes ocorrências eram o claro reflexo do sistema, dos ensinamentos e do ambiente que não serviam de exemplo a ninguém, que muito mais reprimia as pessoas do que as fazia livres, conforme o apóstolo Tiago muito apropriadamente definiu envolvendo casos assim: "Onde houver inveja ou ambições egoístas, haverá desordem e todas as outras espécies de mal". Tanto isso é verdade em muitas dessas casas, que passa o tempo, mudam-se as pessoas muitas vezes, mas o ambiente segue igual, ou até pior.

Anos mais tarde, em 2007 fomos convidados pela Tribo de Judá, outra igreja evangélica de São Paulo, a participar de uma atividade evangelística no centro da cidade conhecido como Boca do Lixo no final da noite e madrugada adentro, ao que respondemos positivamente. Os participantes eram, na maioria, cantores e os chamados obreiros (oficiais) da igreja. Chegamos cerca de 22h à Boca do Lixo e, ao contrário do grupo que permaneceria até as primeiras horas da manhã, deixamos o serviço cerca de 1h com um casal o qual, assim como nós, deveria levantar cedo naquele dia. Neste mesmo dia, chegou-nos a notícia do que não se tratava de nenhuma novidade em tal comunidade, mas naquela ocasião havia extravasado: no meio da madrugada, houve uma briga feia aos gritos por divergências posturais e pessoais quanto à oração, pregação (um discordou de um ponto, alguém se achou mais apto a algo que outros) enfim, na realidade a marca registrada da casa, a excessiva vaidade que gerava a mais fútil e agressiva concorrência pessoal, e os espíritos distintos por diversas banalidades que acabavam dividindo-os ferozmente. Alguns desses jovens moravam na mesma casa, e a briga seguiu-se de maneira intensa na casa durante todo aquele dia, e por um bom tempo alguns deles ficaram sem se falar, com relações abaladas. O que deveria ter sido uma visita de consolo (com mãos vazias), tornou-se um pesadelo entre os mensageiros da paz com Deus. No pouco a que se tem disposto, tem-se sido uma catástrofe mundial a mais.

O espírito que tomou conta dos frequentadores mais afins das igrejas (católica e mais ainda protestante) é, literalmente, assustador. Tais ocorrências não são fatos isolados, muito pelo contrário: são a realidade cada vez mais indisfarçável das igrejas brecadas em suas mesquinharias, internas ou inter-igrejas, e a condição totalmente fragmentada delas é a maior evidência dessa lamentável realidade antibíblica. Mas há algo mais grave, muito mais grave nisso tudo que vai além do comodismo, da indiferença, do ostracismo, das distrações e fanatismos doutrinários, do bloqueio mental e até das vaidades e suas diferenças pessoais na Igreja cristã - estes são efeito de uma dura realidade à vista de todos mas que acaba, por N motivos, silenciada, daí nunca resolvida.

Até Tu, Brutus, Filho Meu?!

Um século antes de Cristo, o Imperador romano Júlio César foi vítima de conspiração de senadores a fim de tomar seu trono, e quando reconhecera seu filho Brutus entre os traidores que o assassinariam, teria ficado chocado e dito: "Até tu, Brutus, filho meu?!" Essa famosa interrogação perante a baixa traição, que na realidade expressa uma exclamação em surpresa negativa, amarga, desesperada, indignada, chocada, é tudo que a Igreja não pode escutar. Mas é o que mais tem escutado neste mundo conturbado, desesperançoso em tempos que as pessoas não sabem se correm do bandido, da polícia, ou se correm de todo mundo.

Dias atrás, enquanto um amigo (cristão, muito próximo a mim) e eu degustávamos pizza e desfrutávamos de uma boa conversa, em determinado momento passamos a trocar ideias do papel que a Igreja tem desempenhado na sociedade, observando sobretudo o grande número de indivíduos que chegam a ela sedentos de Deus e acabam deixando-a revoltados com o próprio Criador, totalmente incrédulos e até perdidos na vida conforme ambos temos presenciado na caminhada cristã de longa-data, nela conhecendo várias e várias comunidades as quais, além de atitudes lamentáveis, encontram dificuldade enorme em fazer mea culpa, mudando completamente sua posição e seu rigor metodológico quando se trata de suas próprias falhas (essa postura indiferente e arrogante da Igreja, que leva ao sistema totalmente distorcido do cristianismo ausente em referência e em auto-correção, tem afastado as pessoas talvez mais que os próprios erros em si, levando-a ao presente descrédito generalizado).

Tentamos encontrar os porquês e discutir as consequências disso: na opinião do amigo, as responsabilidades pelo desligamento traumático de um indivíduo em relação à Igreja e até de Deus, são divididas entre os maus exemplos da Igreja e a fé do indivíduo revoltado que, segundo o amigo (no que posso até concordar), não era sólida (daí, na opinião dele, 50 por cento de culpa ao mais novo ateu no mundo, subproduto da "Igreja" (!), e a outra metade da responsabilidade imputada à própria Igreja). Na minha concepção, todavia, é totalmente inadmissível que indivíduos se acheguem à Igreja procurando crescer espiritualmente, seja na situação que for, e deixem-na revoltados, escandalizados com o que veem a ponto de se tornar ateus e muitas vezes, devido a esse forte abalo em suas estruturas pessoais, acabarem desandando na vida.

Há os que já chegam à Igreja com fé sólida, ou desenvolvem-na rapidamente, mas nem todos são assim, e mais: ninguém pode ser culpado moralmente por não ter fé sólida, mas quem se diz auxiliador no caminho do Evangelho, preparou-se para isso, em muitos casos mantido financeiramente apenas para esse fim, e, com suas atitudes e seu sistema, acaba transformando pessoas sinceras, desejosas de crescer espiritualmente em revoltadas, inimigas do Evangelho, deve ser invariável e totalmente responsabilizado moralmente pelo estrago e prestará muito mais sérias contas a Deus do que o novo ateu formado... pela Igreja (!), e Jesus, como sempre, foi categórico também neste sentido: "(...) Mas se qualquer um de vocês fizer um destes pequeninos que crêem em Mim perder a sua fé, seria melhor para vocês serem jogados no mar com uma pedra amarrada no pescoço" (Mateus, 18: 6). Deve ser muito mais respeitado um ateu sincero (os quais respeitamos profundamente), que um falso religioso que tanto estrago causa em vidas humanas e até não humanas, produzindo ateus não por convicção espontânea mas por revolta.

A deliberada traição aos princípios cristãos, sobretudo dos que alegam ser auxiliadores no caminho do Evangelho que têm feito tantos e tantos perder sua fé, representa uma traiçoeira e profundamente dolorosa punhalada no coração, mesmo àqueles que acabam não perdendo a confiança em Jesus mas saem indignados. Muito mais danos emocionais causa àqueles que justamente chegam sem fé sólida, com N problemas de várias ordens atrás de referências, credibilidade e amparos morais (consciente da vital importância disso tudo, o apóstolo Paulo repetiu o que disse Jesus: "Sigam meu exemplo, assim como eu sigo o de Jesus" (I Coríntios, 1: 11). Sem essa credibilidade por parte de quem defende a causa que for, mais ainda em posição de liderança, perdeu-se tudo.

Portanto, e quem diz isso não somos nós conforme observamos claramente em Mateus 18: 6 mais acima (verso este muito dificilmente lido nas igrejas), a responsabilidade é total ou quase total desses que causam escândalo, afastando pessoas de Deus através de erros enraizados no incorrigível caráter e sistema que tem preponderado no meio, os quais não se justificam na simples falibilidade humana (Hebreus, 10: 26). Aliás, se fossem erros simplesmente relacionados à inevitável fraqueza humana, não seriam suficientes para causar tais irreparáveis danos.

A passagem de Mateus 18: 6 no contexto da Bíblia, fica claro que Jesus, deparando-se com pessoas que perderam a fé em tais circunstâncias, as abraçaria, escutaria, compreenderia e transmitiria muito amor, diferentemente da Sua posição bem clara em relação aos que acabam produzindo pessoas assim.

A verdade é que meu amigo, perante a bastante conhecida realidade do sistema, acabou sendo até "duro demais" com a Igreja imputando-lhe metade da culpa: diante disso tudo, lava-se as mãos no meio religioso, vive-se como se nada acontecesse pois ela criou um inconcebível sistema no qual está "blindada", de maneira distorcidamente bíblica, de assumir responsabilidades e divergências mas é muito comum a ocorrência dos mencionados casos, o que precisa ser terminantemente colocado como gravísimo por parte da Igreja, dos que acreditam e amam o Evangelho em geral e (utopia?) fazer-se revisão de valores e do sistema, para que isso encontre um fim. O problema da Igreja, na realidade, é estrutural, o que discutiremos abaixo.

As Catástrofes, Deus e os Cristãos: Onde Está Todo Mundo?

Mais acima, argumentamos que para os problemas mundias cada caso possui suas peculiaridades, e por um lado é assim, realmente: cada Estado e cada povo tem sua própria formação e história a ser sociologicamente analisada - embora no caso da imensa maioria, a galinha (corrupção estatal) veio primeiro mesmo em Estados mais democráticos, ou ditos como tal, segundo nossa ótica.

Porém, deixando governantes e governados de lado para ir mais a fundo e tomar a espécie humana como um todo chegando ao seu interior, partindo para a análise espiritual que coloca o dedo na grande ferida e resume a questão: o mundo está corrompido por seu afastamento do Criador, colhendo os frutos disso: "Não se iludam; lembrem-se de que vocês não podem desprezar a Deus e escapar: um homem sempre colherá justamente o produto da semente que ele plantou!" (Gálatas, 6: 7, e leia também (Oseias, 4: 6) .

Mesmo àquelas pessoas inocentes que sofrem sendo até dizimadas nos confins do mundo, não se deve esperar que apareça Deus em pessoa e impeça a injustiça de ser feita. Ele realmente é um Deus que possui todo o poder, encheu a Terra com Sua bondade, pode e quer intervir como muitas vezes faz, mas, via de regra, Ele não fará por nós o que nós mesmos podemos fazer, e mais: dá-nos o livre-arbítrio e o respeita profundamente. Grandes catástrofes são consequência das atitudes equivocadas do ser humano (imputar parte da culpa a Deus nesses casos, configurar-se-ia no mesmo erro grave de se dividir a culpa entre o escandalizado e aquele que causou o escândalo, ao que se opõe o próprio Jesus, conforme vimos).

Um exemplo recente: o governo japonês, segundo revelações WikiLeaks (leia sobre esta caso aqui no Blog), fora alertado pela Agência Internacional de Energia Atômica que as usinas corriam sério risco de explosão no caso de abalo sísmico, pois os guias de medidas para segurança sísmica estavam totalmente desatualizados, tendo sido revistos apenas três vezes nos últimos 35 anos.

Não se sabe o porquê, mas medidas cabíveis não foram tomadas, e de tal negligência veio a catástrofe que acabou e continua acabando com milhares de vidas. Deus não vai tomar as necessárias medidas de engenharia ou coisas do tipo no lugar do ser humano, sendo, portanto, um tremendo contra-senso culpá-lo ou sequer questioná-lo pelo terrível incidente e suas consequências.

Moral de toda essa história: a transformação deve partir do interior do ser humano, o qual não foi criado para viver longe de seu Criador - e a humanidade está distante de Deus, o que tem amor e poder suficientes para apagar o pior passado humano e fazer tudo novo, o que requer fé, muita determinação, uma Bíblia e muita oração. Maravilhosa viagem através da qual nossa alma é saciada com as virtudes de Jesus - entre elas paz -, a vida passa a ser transformada como a minha mesmo, outrora na boca do lixo, hoje mudou para muito melhor a partir do Alimento que mata a fome da carência humana (e todos temos nossas carências). Do afastamento do homem da comunhão com Deus, surge a famosa bola de neve dos problemas mundiais.

Portanto, a conclusão óbvia é que a situação cada vez mais calamitosa do planeta e da humanidade é consequência de suas próprias escolhas. Pense: grande parte dos seres humanos tem optado, ao longo de toda a história, a viver de acordo com os padrões de Deus, isto é, de retidão, ou de acordo com seus próprios desejos, que se tornam inevitavelmente desenfreados? É evidente: a maioria esmagadora tem escolhido esta segunda via ao longo dos séculos. Entre as virtudes de Deus estão a retidão e o direito concedido para que sigamos nosso caminho, Ele não nos impõem nada, isto é, existe um Contrato Celestial, chamemos assim (assim como Jean-Jaques Rousseau escreveu sobre um Contrato Social entre sociedade civil e políticos), através do qual nos é dado o direito inalienável de escolher o que desejamos para nós, o caminho que queremos seguir. Enquanto Deus deixou bem claro quais seriam as consequências de nossas escolhas, o mundo, como um todo, segue a via que escolheu: O mundo sofre porque desconhece a Palavra de Deus (Oséias: 4: 6). É claro que o conhecimento da Palavra de Deus, neste caso, imputa consciência se tomamos a ideia de Oseias e o contexto bíblico mais amplo, não se referindo apenas ao conhecimento intelectual dela. (Nada disso significa que uma pessoa reta não passará por dificuldades e problemas, pois vivemos em um mundo dinâmico, injusto que, conforme disse Jesus, "jaz no Maligno" - Jó foi o grande exemplo disso. Mas as consequências interiores das nossas escolhas corretas, bem como para o mundo serão sempre sadias, e jamais serão apagadas).

O mais preocupante disso tudo é que a Igreja, por sua vez, está longe, muito longe de assumir parte preponderante nesses acontecimentos (quando se lembra deles em algumas reuniões de oração, voltam todos de consciência bastante tranquila à casa, por ter feito a boa ação do dia, "e agora a história é lá com Deus, Ele cuida"), mas tem sido muito mais motivo justamente de escândalo e de tantos afastamentos de Deus, gerando ela mesma ateus devido, sobretudo, à diferença entre o que prega (que não tem sido grande coisa) e o que (não) pratica.

Em relação à sua inércia crônica, de um modo geral, desde instituições até pessoas, o "menos grave" nisso tudo (!), é como se os problemas não lhe dissessem respeito - aliás, aos seus próprios problemas ela já se blindou na Bíblia, distorcendo-a há muito tempo, como observamos, a fim de não assumi-los. Ela encontra fôlego suficiente para apontar erro em tudo, e defeitos que muitas vezes não existem dentro dela mesma, o que tem gerado grandes divisões tornando a Igreja bastante famosa no mundo também por sua intolerância, para dentro e para fora - o que é pior: intolerância doutrinária (muitas vezes mínima) e não moral.

Quando esses mesmos erros lhe são apresentados, costuma-se esquivar descaradamente, colocando-se acima do bem e do mal, isenta de toda e qualquer responsabilidade - o que vale a eles, não vale a nós: "O homem é falho mesmo" ou até, dependendo da ala, "Salvação não vem de obras", para justificar aquilo que a própria Igreja, cheia de princípios intolerantemente morais, duramente condena (por vezes com razão) nos outros.

Ao invés do círculo virtuoso preocupação real - posicionamento claro e firme - práticas efetivas e abrangentes, tem-se vivido totalmente fechado em tradições vazias e raivosas disputas internas dogmáticas totalmente destrutivas, que apenas dividem e desviam o foco da verdadeira essência do ser humano, do ser cristão e do próprio Deus. Tudo isso porque a Igreja se descaracterizou, tornou-se um ajuntamento resumido a métodos e instituições totalmente dispersas centradas em si mesmas, ao invés da igreja bíblica que são pessoas cujo alvo é vida e o centro é Deus.

O conceito de igreja deve ser totalmente revisto (revisão que, indiscutivelmente, no mínimo fariam Jesus e os apóstolos se estivessem em nosso meio hoje). É triste ver o mundo nesta situação, mas mais triste ainda é ver que ele não tem referência, ao menos não na instituição Igreja cristã como um todo, o que nos atrevemos a dizer: última esperança da humanidade, mas Igreja fechada em um mundo tão pequeno e vazio, tão sofrível quanto o próprio mundo real que não pode, ou não quer enxergar.

Onde está a voz da Igreja perante as catástrofes mundiais? Qual posição ela assume, como um todo, perante as injustiças sociais, ambientais, econômicas e políticas em nosso mundo? É cientificamente provado, há muito tempo, que há no mundo alimento suficiente, e de sobra, para os 6,8 bilhões de seres humanos, mas qual a posição da Igreja perante as 925 milhões de pessoas que passam fome, além de acreditar que Deus pode salvar, geralmente vendendo Bíblias que dizem isso? Qual a prática da Igreja frente a tanta violência, guerra e injustiça, além de enviar (geralmente por avião) líderes religiosos a finos cursos doutrinários, durante os quais, com o dinheiro das comunidades, hospedam-se em bons ou até nos melhores hoteis?

O que o cristão está disposto a fazer, qual o sonho do cristão além de ser enviado, com tudo pago, aos Estados Unidos para pregar o Evangelho, ou fazer cruzeiro evangelístico pelo mundo igualmente com tudo pago, que se configuram muito mais em grandes passeios de filhinhos de papai, cujas paradas são pré-estabelecidas em lugares onde serão bem recebidos, em muitos até festejados por alguns grupos? Qual a missão do cristão? Nisso se deve refletir: qual sua missão, qual minha missão? O que Deus espera e ordena que façamos?

Enfim, por um motivo ou por outro, não se tem refletido em nada disso mas, ainda que ausente da pauta pastoral, tratam-se de perguntas simples e naturais na vida de qualquer um, cujas respostas não exigem alto teor de conhecimento bíblico para ser respondidas conforme Jesus espera, tratam-se de perguntas cuja prática, mais que tudo, revela a essência, a verdadeira intenção da nossa alma, e isso será rigorosamente avaliado por Deus conforme Hebreus 4: 13: "Ele sabe de cada um, em cada lugar. Cada coisa a respeito de nós está descoberta e escancarada aos olhos penetrantes do nosso Deus vivente; nada pode se esconder dele, a quem devemos prestar contas de tudo o que fizemos".

A realidade sofrível (mais ainda para os de fora, desde pessoas ao nosso redor até de lugares e culturas mais remotas, que tanto sofrem sem serem ouvidas nem muito amparadas) é que a Igreja, enquanto instituição, tornou-se na maioria dos casos um grande negócio, abertura de inúmeras oportunidades e privilégios especialmente a líderes e muitos ditos missionários, cujas posições oferecem considerável status servindo-se da religião, ao invés de servir ao Evangelho e à verdadeira Igreja: pessoas. Tudo isso contraria totalmente o princípio do Evangelho e a vida prática de Jesus, dos apóstolos e de todos os profetas (estes, sempre os primeiros a servir, tiravam até do próprio trabalho pela causa). Mas a instituição Igreja anda ocupada demais para considerar essas questões.

Porém, dentro de algumas situações em que não se pode mais fugir da realidade, quando determinada igreja local enfrenta uma das inúmeras sérias crises que costumam ocorrer - vítimas do próprio veneno -, nestes casos, quando muito se aplica eufemismos, por exemplo dizendo que há "falhas" na casa, e muito raramente se diz que houve omissão, mas nunca que tem havido uma perversão de valores. Não havia como fugir da realidade, parecia, mas, com base na maestria em retórica, sempre acaba encontrando-se tangentes e subterfúgios, daí a manutenção do status quo, o qual a instituição Igreja não quer mudar por nada.

Se For para Ser como Essa Pessoa, também Quero Ser Cristão!

A grande resposta para toda essa indiferença conivente com fundo de hipocrisia, bem como para toda essa corrupção é apenas uma, bem simples e clara à vista de todos, independente do grau de conhecimento dos ensinamentos de Jesus: o princípio de ser igreja está, de modo geral, pervertido, transformado em instituição em vez de indivíduos fazendo com que tudo gire em torno dela, inclusive e sobretudo as pessoas e as próprias interpretações bíblicas, vivendo todos em função da instituição que, na prática, tornou-se mediadora entre Deus e os homens, a voz oficial do Criador a ser cegamente seguida enquadrando-se perfeitamente nas previsões de Jesus, "cegos guiando cegos". Uma das maiores evidências da perversão do sentido de Igreja, e a mais suave perante tanta distorção, é que se mede a saúde espiritual de alguém através da frequência aos locais de culto.

Assim, sendo um fim em si mesmo, prevalecem interesses institucionais cujas lideranças acabam sendo autoritárias, respondendo como representantes de Deus na terra e não seguidoras de Jesus a exemplo de todos os outros indivíduos. Subproduto disso tudo é que o foco principal acaba não sendo a vida humana, mas aquele espaço físico chamado igreja e seus assuntos internos. E disso, a consequência é que as instituições, na ausência de pleno conteúdo espiritual, criam uma série de cartilhas doutrinárias e códigos morais e éticos a serem seguidos de maneira que, estereotipadas, as pessoas acabam vivendo muito mais baseadas no Evangelho como regra ao invés de sentimento, ao invés do Evangelho como parte indissociável do conteúdo interior de cada um - postura conhecida como performismo, isto é, diz-se e faz-se uma coisa movido muito mais para manter a reputação, enquanto intenciona outra totalmente diferente. Tal representação da pessoa (personalismo) e não a vivência da pessoa (personalidade), por sua vez, leva inevitavelmente à instabilidade da personalidade e aos nocivos sentimentos reprimidos.

Toda essa triste realidade é o que também leva a instituição Igreja a ser servida, não a servir, e a uma dificuldade literalmente mortal em se lidar com as diferenças. É essa completa distorção do Evangelho experiencial, poderoso, doador, libertário, igualitário, protetor das diferenças, da vida e dos direitos humanos que o transforma no perfeito inverso disso: religião sem significado, meramente nominal e dotrinária, charlatã, reacionária, intolerante, discriminatória e maior opositora desses direitos (explicitamente ou não), muito mais afastando de seu meio e do próprio Evangelho complicando corações, corrompendo vidas, que aproximando, já que o sentido invertido do Evangelho leva a distorções bíblicas que, sutilmente, sempre pendem para o lado da instituição Igreja e de seus topos hierárquicos nos mínimos detalhes, nas mais pessoais relações entre indivíduos, em detrimento do bem comum.

Evangelho, tristemente, tornou-se sinônimo de instituição, ativismo religioso, intolerância, segregacionismo, exploração e de todo tipo de reducionismo, seja qual for o segmento religioso - tudo isso, conforme argumentamos, provocado pelas próprias instituições religiosas. Jamais haverá unidade e signifcado prático do Evangelho na vida das pessoas, enquanto a razão de ser da instituição igreja estiver sobre si mesma.

"Até tu, Brutus, filho meu?!", tem sido, inaceitavelmente mas com toda a justiça, a expressão mais aplicada à Igreja, reconheçamos tal realidade ou não. Mesmo passíveis de (determinados e limitados) erros que somos, isso não pode ser! (Gálatas 5, 19 a 21). A Igreja não tem sido capaz nem de colocar o ser humano à frente de seus próprios interesses, quanto mais entregar a própria vida pela causa do Evangelho!

Ela apenas deixará de ouvir tal expressão desoladora de todas as partes, quando tirar o foco dos muros e burocracias, deixar de girar em torno de si mesma e de seus interesses, e voltar-se ao centro do Evangelho colocando o foco nas pedras vivas pelas quais Jesus deu a vida. Do contrário, viver-se-á como sempre: mais uma religião retórica, performática, interesseira, sisuda e morta em sua essência, muito mais afastando que aproximando do Evangelho. Nisso tudo está a resposta do porquê de tantas teorias, longos estudos e enormes cartilhas "ensinando" nas igrejas como amar, como unir-se, sem nenhum efeito prático.

"Se for para ser como essa pessoa, eu também quero ser cristão vivendo sempre em comunhão com Deus!". Se cada um de nós exerce essa influência em nosso meio, então somos os discípulos de Jesus, parecidos com Cristo (= cristãos).

Março de 2011


Regularmente eles adoravam juntos no templo todos os dias, reuniam-se em grupos pequenos nas casas para a Comunhão,
e participavam das suas refeições com grande alegria e gratidão louvando a Deus. A cidade inteira tinha simpatia por eles
[pelos seguidores de Jesus]
, e cada dia o próprio Senhor acrescentava à igreja todos os que estavam sendo salvos.
(Atos, 27: 46 e 47)

Eu fui um exemplo constante para vocês no socorro aos pobres, com o dinheiro que eu mesmo
ganhava, pois me lembrava das palavras do Senhor Jesus: 'É maior bênção dar do que receber'
(Atos, 20: 35)

Deus move o céu inteiro naquilo que o ser humano é incapaz de fazer.
Mas não move uma palha naquilo que a capacidade humana pode resolver
(Autor desconhecido)

A Igreja possui histórico espírito de conquista, não de serviço
(Caio Fábio)


Conte quantas vezes você ouviu algum pastor ensinar isto:

E todas as nações serão reunidas diante de Mim.
Eu separarei as pessoas, como um pastor separa as ovelhas dos bodes
colocarei as ovelhas à minha direita, e os bodes à minha esquerda.
Então Eu, o Rei, direi àqueles à minha direita: 'Venham, benditos do meu Pai,
para o Reino preparado para vocês desde a fundação do mundo.
Porque Eu tive fome, e vocês Me deram de comer; Eu tive sede, e vocês me
deram água; Eu era um estranho, e vocês me convidaram para suas casas;
Eu estive nu, e vocês me vestiram; Eu estive doente, na prisão, e vocês me visitaram'.
Então esses justos me responderão: 'Senhor, quando foi que nos alguma vez vimos o Senhor
com fome, e Lhe demos de comer? Ou com sede, e lhe demos alguma coisa para beber?
Ou como estranho, O socorremos? Ou nu, e O vestimos?
Quando foi que alguma vez vimos o Senhor doente, ou na prisão, e O visitamos?
E Eu, o Rei, lhes direi: 'Quando vocês fizeram isso ao menor destes meus irmãos,
estavam fazendo a mim!'. Depois Eu Me voltarei para aqueles à minha esquerda e direi:
'Fora daqui, malditos, para o fogo eterno preparado para o Diabo e seus demônios.
Porque Eu tive fome, e vocês não Me deram de comer; Eu tive sede, e vocês não Me deram de beber;
Eu fui um estranho, e vocês Me recusaram hospedagem; Eu estive nu, e vocês
não quiseram vestir-me; Eu estive doente, e na prisão, e vocês não Me visitaram'.
Então eles responderão: 'Senhor quando foi que alguma vez nós vimos o Senhor
com fome, com sede, estranho, nu, doente, ou na prisão, e não socorremos o Senhor?'
E Eu responderei: 'Quando se recusaram a socorrer ao menor
destes meus irmãos, vocês estavam recusando ajuda a Mim'.
E eles irão para o castigo eterno, mas os justos irão para a vida eterna.
(Mateus, 25: 32 a 46)

Agora, pegue as mãos da família toda + vizinhos para contar nos (insuficientes) dedos quantas vezes você
já ouviu pastores solicitarem arrecadação para sustento pessoal, e para gastos com o edifício/templo

Por fim, rememorize também quantas críticas, por trás dos pastores, você já ouviu por parte
dos "justos" que, "na lata", adulam esses mesmos pastores ou, na melhor das hipóteses,
comportam-se como se nada disso fosse da conta deles, através da indiferença conivente

Se após esta breve reflexão você achar que há algo errado nisso tudo, fique com o Evangelho:
Jesus não é o piadista, brincalhão implícito nas ideias pastorais. Eles são...

O que fizeram do Evangelho, de maneira totalmente generalizada, é uma vergonha



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Vídeo: Caio Fábio, "O Evangelho de Jesus é simples"

Acesse: Caio Fabio.net


CONHECIMENTO DA RELIGIÃO x CONVERSÃO A JESUS
Uma Bíblia de Distância

Você foi ao shopping sábado à noite. Na livraria, comprou o livro mais falado ultimamente no mundo, o qual traz revelações que mudam o curso da história contemporânea. Ali mesmo, comprou também o DC (disco compacto) com os mais recentes sucessos da cantora preferida. Na loja de roupas de arrasar, comprou "aquele" traje de gala. Na saída, passou pelo supermercado no piso sub-solo e, entre outras coisas, comprou pães alemães artesanais (fechados na embalagem, sente-se o cheiro deles).

Desde que chegaram em casa, essas mercadorias tornaram-se habitantes ilustres, uma companhia inseparável do lar ao invés de, efetivamente, produtos de consumo: o livro você observa, observa, observa a capa e até a acaricia, olha as folhas inúmeras vezes, abrilhanta a prateleira mas nunca o leu minimamente. O DC é mais um para completar a vasta coleção, mas a capinha dele se destaca, a qual você tanto aprecia - faz jus ao conteúdo, mas o aparelho de som está quebrado, e como comprou o traje mais caro no shopping, não há dinheiro para consertá-lo agora. O traje? Lindíssimo! Mas não havia necessidade de comprá-lo, não há no momento nenhuma ocasião minimamente apta para usá-lo, de maneira que você veste em casa e, com tanta admiração, olha-se no espelho várias vezes ao dia se achando o último pé de alface em uma geladeira vegetariana. Os pães alemães estão intactamente embalados sobre a mesa, servindo de colírio aos olhos entre os coelhinhos de chocolate suíço presenteados pelo ex-romance, e a garrafa de vinho português que era do avô: dá pena consumir tudo isso - e pega bem às visitas contemplar uma mesa dessas.

Porém, nada disso satisfaz e você sente que quanto mais olha tudo isso, mais quer olhar evidenciando que, essencialmente, falta algo dentro de você. Se não consumi-los, tentará preencher esse vazio de outras maneiras que, tampouco, satisfarão: mais compras inúteis, chamará mais visitas para contemplar seus objetos de estimação enfim.... Pior: eles apodrecerão com o tempo, inevitavelmente.

Quem ouve meus ensinos e pratica, é ajuizado como o homem que constrói casa na rocha sólida (Mateus, 7: 24)

Em um mundo consumista cada vez mais mergulhado em parecer ser, é muito comum fatos semelhantes ao mencionado acima. Na realidade, esse sistema de aparências é consequência justamente do vazio espiritual do ser humano, fazendo com que quando a religiosidade esteja envolvida, os estereótipos sejam ainda mais intensos.

Ter-se uma Bíblia e deixá-la aberta na sala com toda a reverência; fechar essa mesma Bíblia todos os domingos rumo à igreja; ocupar um cargo, e de destaque!; ser a pessoa ou formar o casal modelo dessa igreja enfim, quando se conhece a veracidade do Evangelho mas não o acolhe, isso não satisfaz. A vivência crescente da Palavra de Deus é o que realmente preenche o vazio interior do ser humano, religando-o a Deus.

Qualquer coisa que saia disso, por mais convincente que aparente ser, por maior que seja o conhecimento teológico, por mais que se trabalhe na igreja e fora dela, que se ajude insituições de caridade e por mais bajulações que se receba, não condiz com os ensinamentos de Jesus se não resulta em práticas genuínas que venham do interior do indivíduo.

Quem vive esse tipo de religião resumida a conceitos filosóficos sem efeito prático, pode conhecer intelectualmente a Bíblia de maneira pontualmente indiscutível, contudo assemelhando-se àquela pessoa fútil que sabe, por exemplo, que o movimento cultural chamado de Iluminismo nasceu na França, e até a era, século XVIII, desconhecendo totalmente o contexto à época bem como de que se trata o próprio Iluminismo - este, conhecedor das épocas e acontecimentos na mais rigorosa exatidão, é um dessituado intelectual, enquanto aquele, não transferindo o que sabe do intelecto ao espírito, é um perfeito religioso perdido espiritualmente: "Minhas ovelhas reconhecem a Minha voz, e Eu as conheço, e elas Me seguem".

Os momentos que mais requiserem subsídios espirituais para se lidar com a vida, o conhecimento do local e do ano em que se deu o iluminismo espirtual sem ter consciência dele, será totalmente insificiente ao passo que a pessoa realmente consciente do Evangelho pode, ainda que analfabeta, tirar de poucas palavras bíblicas as lições mais maravilhosas e práticas. E algum dia, apodrecer-se-á também o mero ativismo religioso, de uma maneira ou de outra. Assim, o espírito sente tal carência e, inevitavelmente, buscará a saciação de diversas formas paliativas que, quanto mais se busca, mais dependência causa sem proporcionar plena satisfação.

Essa é a resposta para o grande dilema de psicólogos, sociólogos, filósofos e até mesmo de religiosos. Quem se converteu de verdade pode confirmar tal realidade colocada pela Bíblia: Jesus satisfaz! E como é prazeroso diariamente ler a Bíblia e falar intimamente com Deus! Isso perdoa e traz libertação dos pecados aprimorando-nos - pecados que não satisfazem mas apenas aprisionam o ser humano, e em efeito bola de neve.

Um convertido a Jesus erra, pode atravessar dificuldades de diversas ordens, mas na condição de coração convertido está guardado na palma da mão de Jesus. Porém, nada disso vale a um apenas convencido intelectualmente a respeito do Evangelho, por mais ativista que seja.

O religioso meramente convencido, para o que encontramos diversos exemplos na própria Bíblia, é puramente carnal, histórico enquanto o conhecimento que a Bíblia se refere tem a ver com experiências com Deus, o que decorre da obediência, da prática da fé gerando sabedoria espiritual no ser humano, transformando-se no bíblico círculo virtuoso que produz os frutos, as virtudes que caracterizam o cristão. Sem fé é impossível agradar a Deus, e fé sem obras é morta. Pois a fé envolta nesse círculo das virtudes é que vence o pecado e nos leva à paz com Deus, não uma falsa fé estática, legalista e sem vida.

Arrependei-vos e convertei-vos, imperativo de Jesus em absoluta falta tanto na oferta quanto na demanda religiosa hoje em dia, é o princípio básico do Evangelho da reconciliação com Deus que menos se ouve mas nem por isso deixou de ser verdade, e qualquer mensagem que de uma maneira ou de outra saia disso, que não se baseie, não esteja fundamentalmente impregnada a essa verdade não se trata do Evangelho - sem nenhuma discussão, pode se tratar de tradição religiosa, de conceito filosófico da verdade e até de inúmeros sacrifícios de fé, mas jamais do significado do Evangelho, a Boa Notícia de Jesus que nos aproxima do Criador.

"Vem chegando a hora, mulher, quando não nos preocuparemos mais em adorar o Pai aqui ou em Jerusalém. Porque não é onde adoramos que tem valor, mas como adoramos - a nossa adoração é espiritual e verdadeira?", Jesus. A adoração a Deus não se dá, obviamente, através de um entendimento intelectual. Assim como "cristão" significa "parecido com Cristo", conversão não significa outra coisa senão mudar os rumos, mudar os caminhos, mudar os hábitos, regenerar, deixar a velha natureza e ter a essência do caráter e das virtudes de Jesus, e como vale a pena! Uma questão de liberdade...

"Eu Sou o Pão da Vida. Ninguém que venha a Mim terá fome outra vez. Aqueles que creem em mim nunca terão sede", Jesus (João, 6: 35)

"O cristão não é caracterizado simplesmente pelo fazer ou acreditar, mas pelo ser", Edu Montesanti

"Seu Deus não é aquele a quem você diz, 'Ó Deus', mas aquele a quem você serve", Caio Fábio

"Vocês não podem servir a dois patrões: Deus e o dinheiro. Porque vocês odiarão um e amarão outro, ou vice versa", Jesus, Mateus, 6: 24

Junho de 2011


E assim, queridos irmãos, apelo que vocês deem seus corpos a Deus. Que eles sejam um sacrifício vivo,
santo - o tipo de sacrifício que Ele pode aceitar. Quando pensam naquilo que Ele fez por vocês, isto será pedir muita coisa? Não imitem a conduta e os costumes deste mundo, mas seja, cada um, uma pessoa nova e diferente, mostrando uma sadia renovação em tudo quanto faz e pensa. E assim vocês aprenderão, de experiência própria, como os caminhos de Deus realmente satisfazem vocês. Apóstolo Paulo


Nosso Pai do céu, adoramos Seu santo nome. Pedimos que Seu reino venha logo. Que Sua vontade seja feita aqui na terra, tal como é feita no céu. Dê-nos hoje, outra vez, nosso alimento como sempre, e perdoe-nos os pecados, tal como temos perdoado aqueles que pecaram contra nós. Não nos ponha em tentação, mas livre-nos do Maligno. Amém!



CONTRADIÇÃO BÍBLICA

Somente por sua misericórdia imerecida é que nós fomos salvos. (...)
Devido à Sua bondade é que vocês foram salvos, mediante a confiança em Cristo e
até a própria fé em Jesus não vem de vocês mesmos; é uma dádiva de Deus também.
A salvação não é uma recompensa pelo bem que fizemos, portanto nenhum de nós
pode obter qualquer mérito por isto.
(Efésios, 2: 5, 8 e 9)

Ainda existe alguém entre vocês que sustenta que "apenas crer" é suficiente? Crer num único Deus?
Ora, lembrem-se que os demônios também crêem isso - com tanta convicção que até tremem de terror!
Ó homem insensato! Quando é que afinal você compreenderá que "crer" é inútil
sem fazer o que Deus quer que você faça? A fé que não resulta em boas obras, realmente não é fé.
(Tiago, 2: 19 e 20)

Será mesmo contradição da Bíblia, ou as mentalidades e talvez até
intenções que ensinam determinadas "verdades" são contraditórias?


Você sabia que...

... a palavra fé é originária do latim fides, cujo sentido etimológico é "lealdade", "fidelidade"?

E o contexto das ideias e da própria vida de Paulo e Tiago, além do contexto bíblico tendo no Evangelho e na vida de Jesus
a chave interpretativa, diz o mesmo? É o que analisamos em O Discípulo de Jesus no Espelho: Ser ou Apenas Crer? Eis a Questão...


De que maneira determinados setores protestantes transformaram o Evangelho em mera ideologia, tornando sua essência focada na crença em métodos doutrinários ao invés de baseado fundamentalmente na experiência vivencial, uma relação entre o ser humano e Deus de acordo com o que ensinou Jesus. Distorção que gera um agressivo caráter sectário, e abusos de poderes estatais religiosos

mais abaixo

Não reduzido à mera questão doutrinário-religiosa, mas com implicações
práticas na vida do indivíduo, e na relação igreja-sociedade secular


TRECHOS:

Crença x Fé: Um Abismo de Distância - (...) Dado que a fé advém da conscientização de algo (neste caso, do Evangelho), se ela não apresenta resultados condizentemente práticos, é inexistente. Essa é a mais simples e certa maneira de se fazer uma autoanálise, e de se saber o verdadeiro intuito de quem se aproxima em nome da fé. Exemplo bem prático disso: em determinado momento da vida, alguém deixou de discriminar pessoas, seja influenciado por fatores externos ou unicamente pela conscientização (algo possível, nada tão fácil muitas vezes, mas nada impossível ao contrário do incorreto vezo popular, "pau que nasce torto, morre torto"). Essa pessoa se esforçará ao máximo (ao mesmo tempo, isso será consequência, eis o círculo virtuoso da conscientização) para construir esse novo modelo de vida (a atitude é efeito e causa simultaneamente, indissociável da conscientização, uma levando à outra): a conscientização leva à prática, a prática leva a uma maior conscientização e a pessoa deverá ser muito diligente neste novo caminho, para se desfazer do velho. Outro exemplo que leva a essa mesma direção, é que quando se almeja que alguém mude a maneira de enxergar o mundo e/ou de agir, a recomendação mais indicada talvez seja, "tenha fé", cuja ideia implícita é que a fé gerará frutos em sua vida. Exatamente essa é a ideia de Jesus (pelos frutos os conhecereis; aquele que Me obedece, esse é o que Me ama), de Paulo (os frutos do Espírito Santo), de Tiago (crer é inútil sem fazer o que Deus quer que façam), de João (alguém poderá dizer: "Eu sou cristão", ou "Estou no caminho do céu, pertenço a Cristo". Mas se não fizer o que Cristo lhe manda, é um mentiroso. Qualquer um que diga que é cristão, deve viver como Cristo viveu) e de todos os apóstolos e profetas da Bíblia. Isso é o que distingue fé de crença. (...)

A maneira de se provar o resultado de uma multiplicação é transformá-lo em divisão, e vice-versa. Na vida, tudo é assim: inevitavelmente, mais cedo ou mais tarde se prova na prática tudo o que a envolve, e nada mais prático, vivo e eficaz que a Palavra de Deus. Pois um dos resultados inevitáveis da ideia de que simplesmente crer caracteriza um discípulo de Jesus, é o sectarismo (do substantivo "seita", que faz esses mesmos religiosos "se arrepiar"), em que acaba se tratando as mesmas posturas equivocadas de maneiras totalmente distintas, cheias de parcialidade dependendo da profissão de "fé" (na realidade, de crença) da pessoa em questão. Será que é isso que Deus quer, será "isso" Deus? Sua Palavra não diz isso de Si mesmo, muito pelo contrário em diversas passagens em seu amplo contexto, inclusive nesta: Deus não tem preferidos quando julga (Deuteronômio, 10: 27, Atos, 10: 34, Colossenses, 3: 25 e I Pedro, 1: 17). E mais uma dentre as tantas provas cabais de que essa tendência doutrinária confunde catastroficamente fé com crença, reside lamentavelmente nisto: um indivíduo pode dar todas as demonstrações práticas de fé, enquanto crê em Jesus como o único Salvador que morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia bem como em tudo o mais do Evangelho, se contudo não compactua com a via doutrinária dos pertencentes a tal setor religioso, por mais vazios que muitos destes possam ser e por mais cheio que o praticante da fé viva, este é incondicionalmente considerado um herege por aqueles - por suas vezes, incondicionalmente considerados puritanos por si mesmos, apenas porque creem em tal doutrina. Esse reducionismo simplesmente "mata" o Evangelho no coração de milhões de seres humanos, cuja essência vai muito além disso - essa morte explica o porquê do esfriamento crescente de muitos que professam a fé cristã, através de um "Evangelho" morto que se tornou um manual sistemático e antipático de "como conhecer a Deus".

Tal ensinamento, no conteúdo e na forma "metodológica" idêntico ao dos fariseus dos tempos de Jesus, é também fruto do erro histórico de ater-se a versos isolados, que isolados são desconexos do contexto e de sua ideia original enquanto desconsideram o que vem antes e depois deles, o contexto bíblico mais amplo e, além do mais, não possuem no Evangelho sua referência, cuja mensagem central é de arrependimento e mudança de vida (i. e., conversão) - são versos fechados em si mesmos ou em mais um punhado de "cacos bíblicos" cuidadosamente selecionados, igualmente isolados cujas maiores referências são as ideias e "parábolas" pastorais. Fruto do fato de que a Palavra de Deus foi substituída pela panaceia cerimonial em que prevalecem as palavras dos "tecnocratas da fé" sobrepondo-se, sutilmente, à Palavra de Deus pura e simples, de cuja simples realidade não há como fugir desde que lida em seu amplo contexto como um livro de reflexão segundo o propósito pelo qual ela foi criada, não como sistemático instrumento de defesa doutrinária da comunidade local, nem como livro para se fechar os olhos e ler a página que o acaso abriu, nem menos, absurdo ainda pior já mencionado, ater-se a trechos isolados, e muitas vezes ¹/2 verso ou até ¹/3 de verso, prática generalizada nessas mesmas comunidades que confundem fé com crença. Pois tal confusão não é mera casualidade: trata-se de mais uma prova que a vida dá daquilo que o ser humano produz, triste efeito que descaracteriza totalmente a mensagem essencial do Evangelho produzindo um tipo de "fé" que não vence pecado nenhum, contrariando as previsões do apóstolo João (fé que vence o mundo), e que não move sequer um grão de areia - quanto mais uma montanha, conforme previu Jesus. (...)

Esses doutores em Deus têm por prática generalizadamente peculiar correr uma Bíblia inteira baseados neste método dos cacos bíblicos, de trechos em trechos sem pouca ou nenhuma capacidade de tomar a Palavra de Deus em seu amplo contexto, o que se pode chamar de literalismo dentro do qual defendem suas versões, e muitos que discordam em diversas questões tendem a adotar a mesma prática reducionista, correr toda a Bíblia mas argumentando com trechos que se encaixam em suas ideias, debatendo dentro da mesma Bíblia sem nunca haver um consenso. Essa metodologia teológica pode ser comparada a uma hipotética retirada de trechos da(s) fala(s) de uma pessoa e encaixá-los, fora de contexto, de acordo com as ideias de alguém que usa ainda parábolas e frases de efeito de sua criação ou preferência: poder-se-á perfeitamente, a partir disso, formar um anjo ou um demônio através das mesmas palavras em relação à mesma pessoa, dependendo da disposição de cada um (o que, aliás, não é nada incomum em nossa sociedade). É o que se tem feito com o Evangelho ao longo do tempo - muito mais por interesses e conveniências (o que inclui orgulho religioso) pessoais ou coletivos, que por qualquer outra coisa -. Este caso da estrondosa confusão entre fé x crença é mais um exemplo da perversão dos ensinamentos de Jesus, por um motivo ou por outro. O evidentemente certo nessa história toda é que a Boa Notícia trazida por Jesus está muito distante de se resumir a uma crença.


A guerra é uma vergonha ilegal, e quem a pratica terá que prestar contas a Deus e à história
Papa João Paulo II



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Vídeo-clip da música Sólo Le Pido a Dios


Deus mostra do céu sua ira contra todos os homens pecadores, maldosos, que repelem a verdade

Apóstolo Paulo - Carta aos Romanos


Uma vez que as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser construíds as defesas da paz

Constituição da UNESCO, 1945


As guerras visam à ampliação de poder econômico; do contrário, não seriam realizadas pois Deus deu ao ser humano
a capacidade de transformação da natureza através da razão, o que o diferencia das outras espécies


Edu Montesanti


Os primeiros casos a serem ouvidos entre as pessoas no Dia do Juízo, serão os de derramamento de sangue

Maomé (Hadith)


Verdadeiramente seu sangue, sua propriedade e sua honra são invioláveis [de qualquer cidadão, islamita ou não, grifo nosso]

Maomé (Hadith)


Ó povo! Seu Deus é um e seu pai (Adão) é um. Um árabe não é melhor que um não-árabe e um não-árabe não é melhor que um árabe, e uma pessoa vermelha não é melhor que um negro e um negro não é melhor que uma pessoa vermelha, exceto em piedade

Maomé (Hadith)


Que o ódio para com um povo não vos induza à injustiça. Sede justos: isso é o mais próximo da piedade

Alcorão, 5: 8


Ó fiéis, não entreis em casa nenhuma além da vossa, a menos que peçais permissão e saudeis seus moradores

Alcorão, 24: 27


Verdadeiramente, o mais nobre entre vocês, para Deus, é o mais piedoso

Alcorão, 49: 13


E dê boas novas (ó Maomé) a todos aqueles que creem e fazem boas obras,
porque deles são os jardins (Paraíso) nos quais correm os rios...


Alcorão, 2: 25


Os misericordiosos recebem misericórdia do Misericordioso.
Tenha misericórdia daqueles na terra, e Deus terá misericórdia de você


Maomé (Suna, # 4)


Uma palavra amiga é caridade

Maomé (Suna, # 6)


Quem quer que acredite em Deus e no Último Dia (o Juízo), deve ser bom ao seu vizinho

Maomé (Suna, # 7)


Deus não os julga pela sua aparência e sua riqueza, mas Ele olha em seus corações e suas ações

Maomé (Suna, # 8)


O governo da República Islamita do Irã e todos os muçulmanos têm o dever de tratar os não-muçulmanos em conformidade
com as normas éticas, e os princípios de justiça islamita e da equidade, bem como respeitar seus direitos humanos

Constituição Iraniana (1979), artigo 14


Declaração Islamita Universal dos Direitos Humanos (Trechos)

Prefácio

Há catorze séculos, o Islã concedeu à humanidade um código ideal de direitos humanos. Esses direitos têm por objetivo conferir honra e dignidade à humanidade, eliminando a exploração, a opressão e a injustiça.

Os direitos humanos no Islã estão firmemente enraizados na crença de que somente Deus é o Legislador e Fonte de todos os direitos humanos. Em razão de sua origem divina, nenhum governante, governo, assembléia ou autoridade pode reduzir ou violar, sob nenhuma hipótese, os direitos humanos conferidos por Deus, assim como não podem ser cedidos.

Os direitos humanos no Islã são parte integrante de toda a ordem islamita, e se impõem sobre todos os governantes e órgãos da sociedade muçulmana com o objetivo de implementar, na letra e no espírito, dentro da estrutura daquela ordem.

Infelizmente, os direitos humanos estão sendo esmagados impunemente em muitos países do mundo, inclusive alguns muçulmanos. Tais violações são objeto de grande preocupação, despertando cada vez mais a consciência das pessoas em todo o mundo.

I – Direito à Vida

a. A vida humana é sagrada e inviolável e todo esforço deverá ser feito para protegê-la. Em especial, ninguém será exposto a danos ou à morte, a não ser sob a autoridade da Lei.

b. Assim como durante a vida, também depois da morte a santidade do corpo da pessoa será inviolável. É obrigação dos fiéis providenciar para que o corpo do morto seja tratado com a devida solenidade.

II – Direito à Liberdade

a. O homem nasce livre. Seu direito à liberdade não deve ser violado, exceto sob a autoridade da Lei, após o devido processo.

b. Todo indivíduo e todos os povos têm o direito inalienável à liberdade em todas as suas formas, física, cultural, econômica e política – e terá o direito de lutar por todos os meios disponíveis contra qualquer infringência a este direito ou a anulação dele; e todo indivíduo ou povo oprimido tem o direito legítimo de apoiar outros indivíduos e/ou povos nesta luta.

III – Direito à Igualdade e Proibição contra a Discriminação Ilícita

a. Todas as pessoas são iguais perante a Lei, e têm direito a oportunidades iguais e proteção da Lei.

(...)

IV – Direito à Justiça

a. Toda pessoa tem o direito de ser tratada de acordo com a Lei, e somente na conformidade dela.

(...)

c. É direito e obrigação de todos defender os direitos de qualquer pessoa, e da comunidade em geral.

d. É direito e obrigação de todo muçulmano recusar-se a obedecer a qualquer ordem que seja contrária à Lei, não importa de onde ela venha.


Leia também: O Perdão que Maomé Mostrou aos Não-Muçulmanos


Curiosidades históricas sobre o Islã:

1. A maior parte da população da península Ibérica permaneceu cristã durante os sete séculos em que esteve sob o domínio mouro. Cada etnia continuou falando sua língua, educando-se nas suas escolas e frequentando sua igreja. Falavam livremente cinco línguas e escreviam em três: árabe, latim e hebraico;

2. Domingo, dia cristão de descanso semanal, era o dia estabelecido pelos califas umayyás [ou omíadas] na Andaluzia para descanso dos funcionários públicos, em respeito à sua religião e a pedido deles;

3. Na península Ibérica sob o califado umayyás ou em Bagdá sob o califado dos abássidas, cristãos e judeus, da mesma forma que muçulmanos, eram admitidos nas escolas e nas universidades, alojados e mantidos às custas do Estado;

4. Seitas cristãs, como os nestorianos, monofisistas e monoteletas preferiam viver sob domínio muçulmano a sujeitar-se ao poder de Roma;

5. Na península Ibérica, sob o governo de Abd-al-Rahman Nasr, os grandes doutores das três religiões reuniam-se em seu palácio para estudar o livro de Dioscórides, São eles: o muçulmano Ibn al-Kattani, o judeu Hasdai ibn Shaprut e o cristão Rabi'ibn Zaid;

6. Na passagem do primeiro milênio, o califado de Córdoba era a fonte onde a Europa humanista ia matar sua sede. Estudantes da França e da Inglaterra acorriam para lá a fim de aprender Filosofia e Medicina com professores muçulmanos, cristãos e judeus.

(Trecho do artigo Cultura Islamita, Fonte da Cultura Ocidental, de Nivaldo Manzano na revista Caros Amigos. Edição especial Por Trás da Guerra, dezembro de 2001)


(...) Como conseguiram os árabes [islamitas dos primeiros anos após a morte Maomé] manter-se, uma vez assegurada a conquista. Em profundidade, o sucesso do Islame vem, sem dúvida, de ter conseguido dar amplamente resposta a certos desejos das populações. Para as do Império bizantino, herdeiro de um milênio de tradição colonial greco-romana, pode ter-se tratado de uma verdadeira libertação, nomeadamente nos campos, explorados pela aristocracia urbana, vivendo à margem dos sincretismos étnicos e culturais das cidades transformadas, aos olhos das massas, em outros tantos símbolos de uma presença estrangeira artificialmente implantada no país. (...) O Islame, que dará uma resposta simples às interrogações fundamentais sobre Deus e a Fé, não será sentido, longe disso, como uma religião estrangeira, mas exatamente como o herdeiro e o defensor de uma concepção oriental da divindade.

Para estas populações desprezadas, esmagadas por impostos tanto mais pesados quanto suas regiões acabavam de pagar os custos da guerra entre Bizâncio e Ctésiphon, os árabes não apareciam certamente como estrangeiros, nem como bárbaros. Conhecidos há muito tempo como caravaneiros, nos mercados e feiras, mas, mais ainda, como pastores instalados às margens dos desertos, onde se tinham pouco a pouco, muito antes do Islame e nomeadamente na Síria, infiltrado profundamente nos campos, estes árabes mantinham com as populações locais uma rede tradicional de relações. Estes contatos, que põem em relação, fora das cidades,não mais comerciantes e caravaneiros mas populações miseráveis, são sem dúvida passíveis das mesmas análises que J. Le Goff faz, em outro lugar, a propósito das afinidades que se revelaram entre bárbaros e populações do Império romano: no Oriente também os encontros foram favorecidos, de povo a povo, pelas tensões sociais entre as massas e a aristocracia, pelas aspirações igualitárias, por um certo sentimento, face à riqueza monopolizada, de parentela na miséria: tendências essas que encontrarão todas, na proclamação corânica da justiça comunitária, uma espécie de credo.

(O Islame e Sua Civilização, André Miquel, professor auxiliar da Escola Prática de Altos Estudos de Paris. Edições Cosmos, 1971, pág. 71)


Quando o céu se abrir / Quando os planetas se dispersarem
Quando os mares forem projetados para fora de seus limites / Quando os sepulcros forem revolvidos
Cada alma saberá o que juntou, para si ou contra si


Alcorão





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#Posté le samedi 12 juillet 2008 13:33

Modifié le vendredi 31 mai 2019 19:45


Bilhões de animais são torturados e mortos a cada ano, por serem
considerados apenas mercadoria. Não vire a página para tanta crueldade.
Ajude o Instituto Nina Rosa a defender os direitos dos animais


Ligue 11 3869-4273 ou acesse www.institutoninarosa.org.br

Contribua com qualquer quantia


Instituto Nina Rosa
projetos por amor à vida


esta campanha teve a participação voluntária da atriz Gabriela Duarte, e do fotógrafo Jairo Goldflus




A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e pode ser seguramente
afirmado que quem é cruel com os animais, não pode ser um bom homem
, Arthur Schopenhauer




Todos os dias, milhares de animais são submetidos a experiências que causam sofrimento hediondo em nome da Ciência. Ao contrário do que muitos acreditam, a experimentação animal além de ser cruel, é responsável pela morte de seres humanos. Clique aqui para conhecer apenas algumas das incontáveis conseqüências fatais de experiências em animais.

Visite também o sítio Doctors against Animal Research


Fonte: Associação Protetora dos Animais "São Francisco de Assis"


Você sabia que ...

... a produção de lã, além de tirar de carneiros e ovelhas sua proteção do frio, e da tosa machucar os animais - pela falta de cuidado,
já que o material é pago por volume -, gera sérios impactos ambientais pela poluição da água e emissão de enorme quantidade de
gás metano, devido à criação intensiva dos animais?






Ajude seu filho a crescer amando os animais

Amigos por natureza, crianças e animais gostam muito um do outro e se divertem juntos. Deixe seu pequeno cultivar essa relação amorosa com os bichos: com tato e clareza, conte a ele de onde vem a carne e do que são feitos nuggets, hambúrgueres, salsichas e outros produtos do gênero


Mensagem da Revista dos Vegetarianos






RELIGIÃO & PODER
O Evangelho de Sonhos, Igualdade e Poderosa Transformação do Ser Humano
Como Ferramenta de Alienação Social e Arma para Corruptos Inescrupulosos

Traçado histórico, desde os tempos de Jesus ao presente, passando por Hitler e pela ditadura militar no Brasil,
da aliança corrupta entre política e lideranças religiosas a fim de dominar e acumular riqueza,
usando equivocadamente a religião para retirar das pessoas a consciência cidadã


"A essência da mensagem de Jesus conhecida como Evangelho, continuada por Seus apóstolos, é que à fé procede o fruto como resultado mais evidente da concepção dos Seus seguidores: tal procedimento desempenha um naturalmente básico, excelentemente prático papel na vida dos que colocam sua confiança em Jesus.

"No entanto, esse tipo de fé cristalina, sensata, produtiva, libertária e corajosa em antítese à pseudofé sectária que oprime, enferma, aprisiona e explora só é possível através da conscientização, jamais pela imposição e nem pela manipulação. Quando o Evangelho gera conscientização, esta não aceita a religião difundida mundo afora que apenas acoberta e agrava sua situação, formando e aperfeiçoando os piores crápulas das sociedades - em nome de Deus.

"(...) A fé genuinamente evangélica é o ápice do claro entendimento, no espírito, do Criador, enquanto a religião dominante e dominadora é, em maior ou menor medida dependendo da ramificação sectária, um suicídio intelectual, a cegueira que esses mesmos crápulas mais necessitam para manter o status quo historicamente corrupto.

"(...) O legalismo excessivo que forma escravos da lei e não da justiça considerando apenas o direito penal (em favor do poder estabelecido), desconsiderando o direito social (em grande parte previsto na mesma lei e, cabalmente, na própria Bíblia, embora esquecido) como é peculiar da religião reacionária, não se encaixa em nada no contexto, no espírito do Evangelho revelado em frases categóricas e atos até drásticos de seus personagens, inclusive do próprio Jesus."

Outubro de 2012


"[Devemos prezar por] Aqueles que não violam as leis, que pagam impostos e vão trabalhar, mandam suas crianças à escola, vão às igrejas, gente que ama seu país". O autor dessa recomendação, cidadão norte-americano, não foi Thomas Jefferson, considerado o pai da independência e da democracia dos Estados Unidos que redigiu a Constituição local, uma das mais democráticas do mundo. Nem foi o presidente John Kennedy (1961-1963), que ousou denunciar publicamente o domínio político, econômico e midiático das sociedades secretas norte-americanas, "misteriosamente" assassinado poucas semanas depois.

Tampouco foi o carismático líder de movimentos anti-racistas e pacifistas dos EUA, o pastor evangélico Martin Luther King Jr. que se tornou célebre nos anos de 1960, igualmente assassinado por seus ideais em um dos países mais discriminatórios do mundo e, ironicamente, "berço evangélico" do continente americano, em tese.

Por incrível que pareça, quem proferiu tais palavras foi o ex-presidente Richard Nixon (1969-74) ainda em campanha presidencial, um dos políticos mais baixos da história dos EUA que renunciaria à presidência, após comprovados casos de corrupção e espionagem que envergonhariam seriamente o país perante o mundo.

Alguns anos antes, o Golpe Militar de 1964 no Brasil (maior nação católica do globo), intitulado pelos militares de Revolução Democrática, utilizou-se de forte apelo religioso em momentos dos mais decisivos, tais como a Marcha da Família com Deus, pela Liberdade em São Paulo, uma das grandes impulsoras do golpe que levou às ruas 500 mil pessoas, em grande parte católicos das classes média e alta da cidade, muitos dos quais compareceram à manifestação com terço nas mãos.

Segundo depoimento de agente da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA à época, anos mais tarde ficaria provado que sua agência patrocinara diretamente tal marcha com dólares, e a Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo apoiaria diretamente movimentos pró-ditadura em um dos dias mais violentos dos 21 anos de militarismo no Brasil - Mackenzie, a mesma instituição de ensino que seria flagrada atolada em roubalheira indiscriminada na década de 2000, e cuja entidade-mãe, a Igreja Presbiteriana, testemunharia seu presidente, alto grau de sociedade secreta, usando o posto dito evangélico para fazer campanha eleitoral colocando um político de sua deliberada preferência como "o apóstolo Paulo de 2010", levando consigo milhares de líderes religiosos, e milhões de membros das mais diversas ramificações protestantes, conforme veremos detalhadamente mais adiante.

Retrocedendo algumas décadas mais no tempo, na Alemanha (berço do protestantismo mundial) Adolf Hitler (1933-45) tinha nos clérigos locais, tanto católicos quanto protestantes, seus principais aliados junto ao povo conforme ele mesmo afirmava, para conquista das massas e sustentação do poder nazista, apoiando-se firme e entusiasticamente no verso 1º do capítulo 13 do livro de Romanos da Bíblia (obedeçam ao governo, porque Deus foi quem o estabeleceu. Não há governo, em parte alguma, que Deus não tenha colocado no poder), fazendo deste um dos principais lemas de seu governo totalitário, dentre os mais genocidas que a história já conheceu.

Mais recentemente, as catástrofes na cidade de Joplin e arredores no estado de Missouri, EUA, em maio de 2011 provocadas pela sequência de furações e enchentes mais mortais já registradas no país, fortemente agravadas por gananciosa incompetência estatal na construção de barragens, deixou como saldo quase 200 mortos e um estrago imensurável destruindo por completo casas, ruas, empresas e o meio ambiente fazendo com que famílias perdessem tudo, inclusive entes queridos.

Contudo, uma das medidas mais práticas tomadas pelo presidente Barack Obama pós-tragédia foi oferecer condolências às vítimas e discursar em uma celebração religiosa com direito à oração em Joplin, enquanto havia concedido bilionário e inconstitucional plano de salvação econômica à indústria automobilística em 2010; dois anos antes, à época senador da administração de George Bush (2001 - 2009), seu antecessor na presidência dos EUA, apoiara plano de salvação econômica de 1,8 trilhão de dólares aos bancos, os próprios causadores da crise por irresponsabilidade e ganância, criando enorme bolha na esfera econômica do país que acabou estourando naquele ano.

Em meio a tudo isso, o povo de Joplin sem casa, sem trabalho, quase sem comida, muitos feridos e sem alguns entes queridos mortos, realiza cultos à céu aberto sob forte sol e chuva em meio aos escombros, sempre incentivados por pastores.

Bush dos trilionários e inconstitucionais planos de ajuda econômica, e das genocidas invasões ao Oriente Médio em nome de Deus baseado na teologia belicista de William Branham, que prega o poder da espada norte-americana para "salvar" o planeta, preponderante para persuadir a sociedade local em momento não apenas de início de profunda crise econômica que se prolonga até hoje, mas também quando os norte-americanos viviam a época de maior medo da história, sentimento transformado pelos políticos e pela grande mídia em histeria devido aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

Bem, antes de entendermos as motivações, os pilares de sustentação e as consequências do paradoxal apelo cristão de Nixon, dos militares brasileiros, de Hitler, Obama e Bush refletindo o de praticamente todos os políticos e poderes estabelecidos - curiosamente os mais corruptos, especialmente em momentos de crise -, além de entendermos como determinados padres, pastores e lideranças religiosas em geral (muitas envolvidas em sociedades secretas) servem conscientemente a tal incentivo nada cristão em sua essência, cumprindo perfeitamente nas sociedades mundiais os maléficos propósitos dessas motivações, recordemos quem foram exatamente Hitler, os militares brasileiros e sua Marcha com Deus, pela Liberdade, Nixon, o contexto de seus países à época, bem como a conjuntura norte-americana sob a administração de Bush e de Obama.

Depois disso, analisamos a fundo a essência da mensagem do Evangelho estendida às cartas apostólicas, bem como o que dizem a Constituição brasileira e norte-americana sobre o poder estabelecido e sobre o papel das sociedades nos assuntos nacionais, refletindo a previsão das constituições de todos os estados democráticos e laicos ao redor do globo, passando por um breve relance aos tempos de Jesus no que diz respeito à oposição política que sofreu até ser morto pelo poder estabelecido, de cunho ultraconservador, recordando também os impérios britânico, espanhol e português, que dizimaram por séculos vidas humanas, enterraram suas culturas e pilharam as terras financiados pelas lideranças religiosas, tudo isso fazendo absoluta conexão com os fatos mais recentes envolvendo a perversa aliança política-religião, confirmando todas as evidências que, cada vez menos, podem ser ocultadas em época de informação em tempo real como a de hoje.

Finalizamos evidenciando, minuciosamente, como as ditas igrejas cristãs usam esse mesmo Evangelho além de trechos das constituições e das leis nacionais, para eliminar dos indivíduos a consciência cidadã e coletiva invertendo completamente os papeis, mantendo, desta maneira, o status quo mundial, um sistema dominador e, como tal, corrupto e acumulador de riqueza que apenas se amplia com o passar do tempo.

Através desse escrutínio, constatamos de maneira muito clara como a relação político-religiosa guarda causa e efeito no processo de alienação coletiva utilizando-se, em épocas e culturas totalmente distintas, o mesmo discurso e a mesma tática disfarçada para escancarar seu caminho rumo à corrupção através da desmobilização das sociedades - quando deveria ser exatamente o oposto, das comunidades religiosas deveria partir o maior ou ao menos um dos maiores centros de preocupação e de ativismo nos assuntos sociais, econômicos e naqueles que dão origem a estes, os temas políticos os quais, usados de maneira equivocada tantas vidas matam de fome, de doenças tratáveis e de guerras injustificáveis -, retirando delas a consciência de cidadania, da necessidade de serem sujeito da história, dessituando-as e impondo-lhes assim, literalmente, o Deus-dará, tudo isso em nome do arrivismo por seus objetivos escusos que passam, indiscriminadamente, por práticas altamente criminosas.

Hitler e a "Purificação da Raça"

A Alemanha saíra da I Guerra Mundial derrotada e humilhada: o Tratado de Versalhes, imposto pelas potências vencedoras - EUA, Inglaterra e França -, proibia o rearmamento alemão, impunha perdas territoriais e estabelecia pesadas reparações de guerra. Ao mesmo tempo, o país atravessava a mais severa crise econômica e social de sua história, com milhões de trabalhadores jogados à rua sem trabalho, muita miséria, enorme desvalorização do marco (moeda local) e taxas de inflação que subiram 1 bilhão por cento, entre janeiro de 1922 e dezembro de 1923. Para se ter ideia do ponto a que chegou a desvalorização da moeda alemã naquela época, por muitos anos o próprio papel usado para fabricar as notas valia mais que o marco.

Foi neste clima de desespero e profundo ressentimento ao estrangeiro que, em 1933, assumiu o poder local o austríaco Adolf Hitler do Partido do Socialismo Nacional e fundador do nazismo que, em 12 anos de governo totalitário, levaria o mundo à II Guerra Mundial e, em nome da luta anticomunista e da purificação da raça ariana, mataria cruelmente testemunhas de Jeová, ativistas comunistas, eslavos, ciganos, deficientes motores e mentais, homossexuais, e principalmente judeus - 6 milhões destes -, genocídio conhecido como Holocausto (assista documentário Fuga de Sobibor, sobre um dos campos de concentração nazistas, aqui no Blog), uma das maiores vergonhas da história.

Hitler, ótimo orador chamado carinhosamente de Führer (Líder) por seus seguidores, apelava para o discurso patriótico e de ódio aos supostos inimigos da raça germânica, em pronunciamentos altamente emotivos que conquistavam a imensa maioria dos alemães, inclusive jovens e crianças (assista vídeo de um desses discursos públicos, legendado em português).

Para tudo isso, Hitler contou, do começo ao fim do seu governo, dos mais sangrentos da história, com fidelíssimo apoio de padres e pastores evangélicos, que o ajudavam a perseguir, torturar e matar os opositores do regime, sempre apoiados na "Bíblia" para tudo isso. Em 1938, o austríaco que desde 1933 já deixara evidente sua vocação sanguinária, foi candidato a Prêmio Nobel da Paz "por seu amor ardente pela paz (...), por sua extraordinária intenção no uso exclusivo de meios pacíficos, sem derramamento de sangue" enfim, "merece mais que qualquer outro homem em todo o mundo este prestigioso prêmio", segundo E.G.C. Brandt, parlamentar sueco que nomeou Hitler ao parlamento norueguês, a fim de receber o prêmio.

Em 1945 o Führer, apaixonado pelo verso 1º de Romanos 13 e grande parceiro das lideranças religiosas locais, enquanto é até hoje enormemente admirado pela "Mão Esquerda" por ter sido um mestre em Magia Negra, suicidar-se-ia deixando uma Alemanha, uma vez mais, arrasada financeira e moralmente com um saldo de 5,5 milhões de alemães mortos na guerra, sendo 3 milhões de civis, além de 17 milhões de assassinados em toda a Europa pelos nazistas das formas mais cruéis, especialmente nos campos de concentração (dentre estas vítimas, 6 milhões eram judias).

Desta maneira, Hitler entraria para a história como um dos personagens mais crueis que o mundo já conheceu, enquanto as igrejas Católica e Protestante da Alemanha jamais explicariam seu apoio àquelas que estão entre as maiores atrocidades já cometidas contra a espécie humana - tal apoio "cristão" ao nazismo já caiu no esquecimento, e muitos cidadãos ao redor do globo hoje nem sequer sabem que ele existiu forte e fundamentalmente. Anos mais tarde, seria revelado que o Papa Joseph Ratzinger (Bento XVI) pertenceu à Juventude Hitlerista da Alemanha, seu país de origem.

Golpe Militar no Brasil "com Deus"... e "pela Liberdade"!!

Que sejam feitas reformas, mas pela liberdade. Senão, não! Pela Constituição. Senão, não! Pela consciência cristã do nosso povo. Senão, não!, foi o discurso de Auro Soares de Moura, presidente do Congresso Nacional na Marcha da Família com Deus, pela Liberdade a 19 de março de 1964, convocada pelo jornal O Estado de S. Paulo que reuniu meio milhão de pessoas na região central de São Paulo entre freiras, padres e religiosos em geral das classes média e alta, duas semanas antes do Golpe Militar que se daria na noite do dia 31.

A retórica da manifestação era defender a democracia e a liberdade afastando o presidente eleito por vias diretas, João Goulart, acusado de comunista ao lado de Leonel Brizola, então deputado federal pelo Rio Grande do Sul, também eleito pelo voto popular. Tudo isso porque o presidente Goulart - amplamente apoiado pelo povo até o último dia na presidência, apoiado também pelo deputado gaúcho, seu grande aliado - estava realizando as chamadas Reformas de Base, que limitavam a remessa de lucros ao exterior, promoviam reforma agrária e garantiam mais direitos ao trabalhador, o que incomodava o latifúndio, as classes dominantes brasileiras e os norte-americanos, apesar dos altos índices de aprovação do presidente João Goulart em todo o país e entre os próprios paulistanos (leia mais em Golpes Militares na América Latina - Brasil, aqui no Blog).

Movimento ufanista que aparentou ser puramente religioso em prol dos valores da família e da liberdade, foi, nos bastidores, minuciosamente articulado por políticos mais reacionários e corruptos, tais como o então governador paulista Adhemar de Barros, pela cúpula da Igreja Católica paulistana além de financiado pelo empresariado do Estado de São Paulo, e pela CIA diretamente ao IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática), conforme ficou provado no depoimento de ex-agente da inteligência norte-americana, Philip Agee (1).

Pior: a partir deste movimento, o Brasil viveria seus 21 anos mais sangrentos pós-independência de Portugal (1822), sob a impiedosa mão de ferro da ditadura sempre refugiada em discurso moralista-religioso que acabou, paradoxalmente, passando por cima da própria Constituição para exercer autoritarismo e, injustificadamente, perseguir, demitir, torturar das maneiras mais crueis, tanto física quanto psicologicamente, além de matar pessoas inocentes.

Não por mera coincidência, exatamente durante o regime militar se desenvolveria no Brasil - assim como nos outros países latino-americanos sob ditaduras militares (igualmente com forte apelo religioso, desde os golpes) financiadas pela CIA - a liberalização econômica que favoreceria enormemente as classes dominantes concentrando a renda nacional como jamais visto antes, escancararia o mercado para o capital estrangeiro (especialmente ao norte-americano) enfraquecendo a economia do país, favorecendo as grandes corporações multinacionais, fragilizando sobremaneira a classe trabalhadora local e reduzindo drasticamente os investimentos sociais do governo (educação, saúde, segurança, seguridade social, infraestrutura, etc) com base nos Acordos de Bretton Woods estabelecidos pelos EUA no pós-II Guerra Mundial, tudo isso multiplicando por muitas vezes as desigualdades sociais que mergulhariam o Brasil em uma crise econômica, social e cultural sem precedentes na era da República.

É importante recordar que a ala protestante brasileira, historicamente reacionária através de forte persuasão religiosa, também posicionou-se favoravelmente à ditadura militar cujo apoio da Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo (criadouro e reduto da organização terrorista Comando de Caça aos Comunistas) à virulenta repressão de movimentos fascistas e da Tropa de Choque a alunos da União Estadual dos Estudantes (UEE) contrários ao regime, levou ao famoso 3 de outubro de 1968, um dos dias mais violentos da ditadura após sucessão de espancamentos, desses mesmos alunos do Mackenzie e de movimentos fascistas, desde o Golpe, a alunos da UEE que se posicionavam pacificamente contra a ditadura.

Em 1985, o país deixaria o Estado de exceção, segundo dados oficiais publicados pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, na obra Direito à Memória e à Verdade, com um saldo de 30 mil cidadãos torturados, 400 mortos, 144 desaparecidos políticos e, de acordo com pesquisas de entidades de Direitos Humanos, dos familiares das vítimas e ex-presos políticos, e de comissões especiais (2), mais 1.118 trabalhadores rurais assassinados, 2 mil índios waimiri-atoari assassinados no estado do Amazonas, 50 mil prisões arbitrárias,20 mil torturas, 10 mil exilados e 700 mandatos políticos cassados durante os 21 anos de ditadura militar, cujo regime praticou crimes considerados de lesa humanidade segundo a Legislação Internacional baseada na Declaração dos Direitos do Homem da ONU, na Convenção Americana de Direitos Humanos, na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), e no Tratado de Viena.

Contudo, até hoje as circunstâncias que implicaram nas mortes, nos desaparecimentos e nas torturas são imprecisas - pelo andar da carruagem, é muito improvável que venham ao conhecimento público e a ser julgadas, já que os grandes apoiadores do atual "regime democrático" brasileiro são os mesmos que sustentaram o Golpe de 64 e os negros anos de ditadura, isto é, a classe política conservadora, a grande Imprensa, o alto empresariado, as elites e, é claro, a maior parte da Igreja Católica e Protestante.

O país também sairia do regime militar estraçalhado econômica, política, institucional, social e culturalmente: entre os três mais desiguais do mundo com vertiginoso crescimento da concentração de renda; níveis alarmantes de corrupção política; instituições democráticas tais como o Poder Judiciário e a Imprensa, chamada de quarto poder, altamente ineficientes e comprometidas com a corrupção além de uma Polícia frágil, generalizadamente corrupta e a mais violenta do mundo; violência entre a sociedade cujos números excederiam assustadoramente aos de países em guerra civil; enorme quantidade de analfabetos com sistema educacional totalmente deteriorado. Contra tal herança, até hoje o Brasil luta com muita dificuldade tendo esse quadro de caos, sob todos os aspectos, em grande medida mantido quase três décadas depois do fim da ditadura.

Em outubro de 2012, viria à tona que o ex-presidente João Goulart foi constantemente monitorado pela Operação Condor, através da qual os governos militares de Argentina, Chile, Paraguai e Brasil trabalhavam secretamente em conjunto a fim de perseguir suspeitos de fazer oposição ao regime destes países: a vigilância se dava através de leitura das correspondências de Goulart obtidas clandestinamente, acompanhamento de suas viagens e estadias, além de suas reuniões mais pessoais terem sido fotografadas por algum "amigo" infiltrado (desconhecido).

E mais: segundo alegação médica, Goulart, que sofria de problemas cardíacos, veio a óbito a 6 de dezembro de 1976 em seu exílio na Argentina, na cidade de Mercedes devido a uma parada cardíaca, versão que seus familiares nunca aceitaram, acreditando que o ex-presidente fora assassinado pelos autores da tal Revolução Democrática com Deus no Brasil.

Pois ainda em outubro de 2012, confirmando as suspeitas, o ex-espião Mário Neira, da polícia secreta uruguaia, afirmaria que uma parte dos remédios de João Goulart fora trocada por comprimidos que causavam taquicardia, levando a uma parada:

"Os remédios vieram da França e foram recebidos na gerência do Hotel Liberty. Foi um araponga colocado neste hotel, porque os remédios ficavam em uma caixa forte, uma caixinha mesmo de segurança. Em cada frasco, foi colocado um comprimido, apenas um comprimido com o composto que tinha uma ação que provocaria uma parada cardíaca. Acho que ele tomou coincidentemente naquela noite [o veneno], porque todo o relato da dona Maria Tereza [mulher de Jango] fala dos sintomas que encaixam com o que acontece quando a pressão sobe, baixa constrição dos vasos" (assista vídeo com a afirmação de Neira, e veja os documentos que comprovam a vigilância contra Goulart, no sítio da Empresa Brasil de Comunicação).

Ao contrário do que ocorre nos demais países da América Latina como por exemplo na Argentina, onde o ex-presidente Rafael Videla foi condenado à prisão perpétua, entre outros ex-ditadores militares, no Brasil até hoje, 27 anos após o fim do regime militar nenhum praticante de crimes de lesa humanidade foi punido, mas cada um vive sob aposentadoria através da qual recebe dinheiro público.

Não há sinais de que a situação de absoluta passividade civil e política e impunidade judicial mude no país onde vive a maior comunidade católica do mundo, e onde o protestantismo mais cresce tanto proporcionalmente quanto em números absolutos em todo o globo, chegando a 45 milhões de pessoas, 25% população total. Vale enfatizar que na Argentina, o réu Videla confessou que o falecido cardeal Raúl Francisco, ex-chefe da Conferência Episcopal de Buenos Aires, esteve envolvido diretamente nos crimes da ditadura militar do país - pelo quê a comunidade cristã local hoje reivindica explicações e pedidos de desculpa por parte do episcopado.

Até os dias de hoje, os militares brasileiros, descaradamente, qualificam o Golpe de 64 de "Revolução Democrática" (como se fosse possível uma "revolução reacionária", ou uma "ditadura democrática"). Não foi feita justiça no Brasil, os culpados não foram condenados, pelo contrário, diversos políticos da época da ditadura atuam livremente na política hoje (por exemplo José Sarney, ex-presidente da Arena, partido dos ditadores, é o atual presidente do Senado da República).

Os setores religiosos, que desde o Golpe Militar apoiaram aquele regime de exceção, jamais se explicaram pela colaboração incondicional e acobertamento a tanta violência, tortura, morte comprovada enfim, milhares de crimes contra a humanidade, nem jamais pediram perdão - o qual tanto pregam - às famílias das vítimas. Se questionados pelo porquê disso, fatalmente responderão hoje, "cheios de autoridade bíblica", a mesma de Adolf Hitler, todos apoiados no verso 1 de Romanos 13:

- Devemos apenas orar por nossas autoridades, todas instituídas por Deus, jamais poderemos questioná-las pois isso seria antibíblico -; e certamente também: - Cristo perdoou todo o mundo -. Cristo, então, veio novamente ao mundo disfarçado de presidente Jango, e os anjos celestiais de vítimas da ditadura? Pois é... E de novo, repetindo perfeitamente o filme de dois mil anos atrás, é exatamente esse tipo de religioso quem trata de matar Jesus e Seu Evangelho, usando a religião para manipular, oprimir, explorar e dominar.

Nixon: Histeria Anticomunista, Apoio a Ditaduras, Preconceito, Guerra do Vietnã e Corrupção

Quando Richard Malhous Nixon, do Partido Republicano, assumiu a presidência dos EUA em 1969, o país vivia o auge da Guerra Fria e um clima de histeria coletiva contra o mal comunista que levou à perseguição descomedida e leviana de altos políticos contra intelectuais, artistas e cineastas tais como Charles Chaplin, Elia Kazan e Joseph Losey, levando alguns outros ao suicídio além de prisão de cidadãos comuns chegando a condenar, em 1953, à morte em cadeira elétrica o casal Julius e Ethel Rosenberg, gerando vã manifestação popular por sua liberdade (posteriormente, todos os indícios levariam a crêr que não se tratava de traidores do Estado, do que haviam sido acusados por este).

De tal histeria vinha o apoio de Washington às sangrentas ditaduras militares latino-americanas, e a administração de Nixon apoiaria ativamente o mais cruel ditador brasileiro, o general Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), cujo governo ficou conhecido como Anos de Chumbo, época em que se torturou e assassinou o jornalista Vladimir Herzog em uma prisão de São Paulo.

Os Estados Unidos viviam efervescência social também através do ódio racial, cujo marco foram atos de terroristas locais pertencentes à organização secreta, racista e "cristã" ultraconservadora Ku Klux Klan (3), que ainda na década de 1960 torturava e matava aleatoriamente negros tanto pelas cidades (sobretudo ao sul do país), quanto invadindo suas casas.

Foi nesta década que se iniciou a grande onda de violência na sociedade norte-americana, que se estende até os dias de hoje: o presidente John Kennedy foi misteriosamente assassinado com um tiro em 1963, e cinco anos mais tarde seriam assassinados seu irmão, Robert Kennedy, candidato à presidência dos EUA naquele ano com maciço apoio popular e amplas chances de vencer o próprio Nixon, e, no mesmo ano, o carismático pastor negro e ativista pelos direitos dos negros, Martin Luther King Jr., ambos mortos também a tiros.

Foi neste contexto que Nixon, eleito em 1968 e reeleito em 1972, governou o país aproveitando-se do sentimento de insegurança e do preconceito norte-americano para impor sua mão de ferro: defendeu a volta da segregação racial em locais e meios de transporte públicos, travando batalha jurídica para garantir aos Estados a prerrogativa de criar leis segregacionistas (do que saiu derrotado); aumentou vertiginosamente gastos com Defesa, tirando para isso verbas que o Congresso havia destinado a programas sociais (em 1972, penúltimo ano da Guerra do Vietnã, os gastos com Defesa eram de 32,5% do total do orçamento federal, contra 25,6% em Seguro e Previdência Social, e o mísero 1,9% em Educação, cortando verbas de programas habitacionais e de ajuda a estudantes, agricultores em dificuldade, veteranos de guerra, desempregados e deficientes físicos); repressiva, a administração de Nixon acentuou o Estado policial e a invasão de privacidade, tanto de cidadãos quanto de adversários políicos até virem à tona casos de espionagem, sendo que o mais conhecido foi o de instalações de escutas no comitê eleitoral do rival Partido Democrático, por agentes da CIA que invadiram o local a mando de Nixon durante a campanha para a reeleição, em 1972, escândalo conhecido como Watergate, culminando com cassação de seu mandato, no ano seguinte (4).

No caso particular da Guerra do Vietnã, embora tivesse prometido terminar com ela na campanha presidencial, Nixon seguiu até seu esgotamento fazendo com que os EUA saíssem vexatoriamente derrotados do Sudeste asiático, tendo ainda cometido graves crimes contra a humanidade exterminando vietnamitas além de crimes de guerra utilizando bombas químicas (o agente laranja), deixando o Vietnã completamente devastado apesar da vitória, ferindo profundamente a honra e a imagem dos EUA perante o mundo.

Em 1973, Nixon, incentivador e defensor dos que frequentavam as igrejas como bons cidadãos sob sua administração, renunciou à presidência totalmente desmoralizado após o Comitê Judiciário da Câmara ter aceitado pedido de sua cassação. Além de Watergate, ainda ficaram provados diversos crimes por abuso de poder, entre eles bombardeios secretos ao Camboja, sonegação de impostos, desvios de fundos públicos em benefício próprio e conspiração para escapar à Lei (Nixon havia adulterado fitas cassete solicitadas pela Justiça, obtidas através de espionagem).

Bush: Corrupção, "Luta dos Cristãos contra o Mal" e Barbárie

"Sou o presidente da guerra. Tomo decisões sobre política externa com a guerra em mente"
Presidente George Bush

George Bush, totalmente apoiado em discurso ultraconservador e nos tradicionais valores religiosos, venceu as eleições presidenciais de 2000 sob comprovados casos de corrupção e sob fortíssimas suspeitas de fraude na reeleição de 2004 (todos os indícios levam a crer que esta foi igualmente fraudulenta, somados ao histórico do próprio Bush).

No final de 2001, o então presidente dos EUA, membro declarado da Igreja metodista, viu-se diretamente envolvido em um dos maiores escândalos de corrupção financeira das últimas décadas com a hoje falida empresa Enron, à época gigante que operava em distribuição de energia, gás natural e comunicações, uma das sete maiores do mundo no ramo que maquiava suas contabilidades valorizando às nuvens os valores de suas ações, ao mesmo tempo que escondia débitos de até US$ 25 bilhões, tudo isso encobertado por Bush que participava diretamente das operações corruptas, e beneficiava-se financeiramente com elas.

Os enormes prejuízos causados na economia por isso gerando enorme bolha especulativa, grande número de desempregados, suicídios, prisões, pessoas que viram suas economias de toda uma vida desaparecerem nos fundos de pensões geridos pela Enron e acionistas da empresa que se julgavam milionários jogados à miséria de uma hora para outra, cooperariam para o desencadeamento da atual crise financeira norte-americana que se tornou rapidamente também mundial, estourando sete anos após o escândalo, configurando-se em algo comparável à Grande Depressão de 1929, mais severa crise econômica da história dos EUA (para alguns analistas, a de hoje é ainda pior que aquela). Contudo, Bush jamais respondeu pelo golpe, nem os principais executivos da falida Enron, que saíram dela com US$ 1,1 bilhão a mais na conta.

Pouco antes do caso Bush-Enron, vieram os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 ao World Trade Center em Nova Iorque, ao Pentágono em Washington e um terceiro avião, segundo versões oficiais derrubado por passageiros que supostamente seria usado para atacaria a Casa Branca.

Piores ataques em solo norte-americano de toda a história, deixou um saldo de 2.996 mortos, a implosão das torres gêmeas do World Trade Center, maior símbolo da opulência econômica dos EUA, bem como destruição de prédios vizinhos e cenas de horror que chocaram o mundo produzindo total calamidade social dentro do país, um clima de histeria coletiva jamais vivida na conturbada história norte-americana.

Em discurso no mesmo dia dos atentados, muito mal esclarecidos ao longo de todos esses anos aos quais as famílias das vítimas têm solicitado um tribunal independente para investigá-los, jamais criado, Bush citou o Salmo 23 em meio a muito poeticismo belicista que tocou fundo no sentimento do aterrorizado cidadão norte-americano: “"Tais atos de assassinato em massa visaram assustar nossa nação através do caos e do recuo, mas eles falharam. Nosso país é forte. Atos terroristas podem abalar os alicerces dos nossos maiores edifícios, mas não podem tocar na fundação dos Estados Unidos"”.

O poeticismo belicista do presidente dos EUA, apoiando-se no clima de medo da sociedade, não pára por aí: “Esses atos destroçaram o aço, mas não podem amassar o aço da nossa determinação. Está em andamento a busca pelos que estão por trás desses maus atos, direcionei todos os recursos da nossa Inteligência e as comunidades policiais para encontrar os responsáveis e levá-los à justiça". O Salmo de Bush: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum", e diz mais: ”"A própria liberdade foi atacada nesta manhã,e a liberdade será defendida. Não se enganem, os Estados Unidos vão caçar e punir os responsáveis por esses atos covardes"”.

E Bush concluiu desta maneira a mensagem: "A determinação de nossa grande nação está sendo provada. Mas não se enganem: vamos mostrar ao mundo que passaremos neste teste. Deus nos abençoe"” (fonte: The New York Times, 12 de setembro de 2001).

No dia seguinte, Bush declara a Luta do Bem contra o Mal a o mundo. Em 13 de setembro, declara que o próximo será o Dia Nacional da Oração e da Lembrança das Vítimas dos Ataques Terroristas. Neste dia, ao lado de um pastor evangélico, de um rabino, de um cardeal e de um imame, Bush profere o sermão:

"Nossa responsabilidade com a história já está clara: responder a esses ataques e livrar o mundo do mal [grifo nosso]. A guerra tem sido travada contra nós pelo roubo, pela fraude e pelo assassinato. Este país é pacífico, mas feroz quando se incita sua raiva... Em cada geração, o mundo produziu inimigos da liberdade humana. Eles atacaram os Estados Unidos porque somos o lar defensor da liberdade. E o compromisso de nossos pais é agora o chamado da nossa era... E pedir ao Deus Todo-Poderoso que vele por nossa nação, e que nos conceda paciência e determinação em tudo o que está por vir... E que Ele possa sempre guiar nosso país. Deus abençoe os Estados Unidos".

De uma catedral, está declarada uma guerra sem precedentes na história dos Estados Unidos, tão pateticamente inédita quanto a forma e o local de sua declaração.

Durante a primeira campanha presidencial, fazia parte do programa de governo de Bush invadir novamente o Iraque a fim de remover Saddam Hussein do poder e, assim, terminar o trabalho de seu pai, George Bush (1989 - 1993), que invadira o país árabe em janeiro de 1991.

Quanto aos ataques de 11 de setembro de 2001, há provas cabais de que os altos escalões do governo dos EUA sabiam dos ataques com antecedência e nada fizeram para preveni-los, o que gerou a demissão de Richard Clarke, funcionário da CIA revoltado que abandonou o cargo denunciando que algo muito terrível aconteceria contra seu país.

Após os ataques terroristas, afirmou na CBS: "Sinceramente, acho escandaloso que o presidente [Bush] seja candidato à reeleição, alegando que tem feito grandes coisas contra o terrorismo. Ele ignorou o terrorismo vários meses, quando talvez poderíamos ter feito algo para impedir o 11 de Setembro. Talvez. Nós nunca saberemos".

Clarke ainda disse: "Acho que ele fez um trabalho terrível na guerra ao terrorismo". Observa a CBS: Clarke diz que, logo nos primeiros dias após os ataques, o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, estava planejando ataques de retaliação contra o Iraque, embora a Al-Qaeda estivesse baseada no Afeganistão".

Como sempre através de forte apelo patriótico-religioso, desta vez baseado no lema "cristão" de Luta do Bem contra o Mal e aproveitando-se da solidariedade mundial pelos ataques do 11 de Setembro, Bush sentenciou ao mundo, "ou você está ao nosso lado, ou está contra nós".

Não faltava mais nada ao presidente dos EUA para que, perante tamanha desgraça e profundo toque no sentimento norte-americano e mundial, colocasse em prática seu programa de governo no Oriente Médio, região mais rica do mundo em petróleo: obteve maciço apoio da sociedade norte-americana para dar início à suposta "Guerra ao Terror" invadindo unilateral e preventivamente o Afeganistão em 2001, e o Iraque dois anos mais tarde, tudo isso apoiado entusiástica e decisivamente nas igrejas cristãs, especialmente nas mais conservadoras ainda que ferindo a própria Constituição local, a ONU e o Direito Internacional. Mas a população local já não se lembra mais da Constituição, das leis internacionais nem muito menos que Bush era corrupto e das denúncias de Clarke, tudo desmanchou-se no ar - em nome de uma pseudoguerra ao terror e, claro, em nome de Deus.

Dentro do país, Bush assinou a 26 de outubro de 2001, apoiado por grande parte da população alarmada, as Patriot Acts (Leis Patrióticas) em plena vigência até hoje, através das quais o governo, revivendo o macarthismo dos anos de 1950, colocava-se no direito absoluto de praticar ampla sorte de arbitrariedades, tais como invadir domicílios, espionar, interrogar e torturar suspeitos de terrorismo sem direito a defesa ou julgamento.

Com isso, grampos telefônicos tornaram-se prática comum na administração de Bush, bem como monitoramento do uso da Internet. Ao FBI (Departamento Federal de Investigação, na sigla em inglês - a polícia secreta norte-americana), foram ampliados os já existentes poderes arbitrários, como o de vistoriar uma casa na ausência dos residentes - as Patriot Acts trataram de tornar oficial essa prática, na "maior democracia cristã do mundo".

Pouco depois, veio a "Doutrina Bush", na qual, através do documento denominado Estratégia de Segurança Nacional (em português, clique aqui) criado a 20 de setembro de 2002, os EUA legitimavam perante si mesmos o uso da força e da invasão onde e quando julgassem necessários.

Trechos do documento: "Os Estados Unidos não são somente uma sociedade mais forte, senão uma sociedade mais livre e mais justa. (...). [A "Luta do Bem contra o Mal"] Terminará na forma e na hora de nossa escolha. (...) Não vacilaremos em atuar sozinhos, caso seja necessário, para exercer nosso legítimo direito à defes própria, com medidas preventivas contra esses terroristas, a fim de impedi-los de causar danos a nosso povo e a nosso país".

A meta no Afeganistão era destituir o Taliban do poder e caçar Osama bin Laden, protegido pelos talibans e acusado de ser o mentor dos ataques de 11 de Setembro. No Iraque, o objetivo era derrubar o ex-ditador laico Saddam Hussein da presidência, e destruir supostas bombas de destruição massivas do país, as quais a ONU afirmava não existir após quase uma década de inspeções.

Os mesmos Bin Laden e Hussein que, ao longo de toda a década de 1980, foram aliados treinados e armados diretamente por Washington, em sua Guerra Fria contra a ex-União Soviética. No primeiro aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2001, o jornal The New York Times observou que “um ano depois, o público sabe menos sobre as circunstâncias em que se deram as 2.801 mortes em plena luz do dia, do que as pessoas em 1912 souberam dentro de semanas sobre o Titanic”.

Em outubro de 2003, foi revelado o Plano P2OG no Iraque (Counter Proactive and Preemptive Operations Group, isto é, Grupo de Operações Proativas e Preemptivas Contra o Terrorismo), através do qual, planejado diretamente por Rumsfeld, o Pentágono liberou 3,3 bilhões de dólares que, na prática, destinaram-se a estimular atos terroristas por parte de iraquianos com o intuito de incriminá-los posteriormente perante o mundo, e assim justificar retaliação e incremento na invasão ao país (mais informações e exposição de documento que prova tal plano, na Terceira Página).

No segundo aniversário do 11 de Setembro, o jornal norte-americano Philadelphia Dail News perguntou, “Por que, após 730 dias, nós sabemos tão pouco sobre o que realmente aconteceu naquele dia?”, e em maio de 2004 chocaram o mundo imagens de soldados norte-americanos torturando prisioneiros de guerra iraquianos na cadeia de Abu Ghraib, enquanto no Afeganistão cresciam os bombardeios contra civis inocentes.

No primeiro caso, a produção de ópio, através da qual se fabrica a cocaína, saiu de menos de 1% da produção mundial em 2001 para mais de 98% em 2010; as forças de ocupação têm cometido crimes hediondos contra civis ao longo de todos esses anos - não há números oficiais, mas é certo que em muitos anos o número de civis mortos no país ultrapassou o de mortos dentro dos EUA no 11 de Setembro; a insatisfação popular à ocupação gera cada vez mais instabilidade interna; seguem os horrendos crimes contra a população civil, especialmente mulheres e crianças praticados pelo Taliban e pelos "senhores da guerra", produtores de ópio da Aliança do Norte colocados no poder pelos EUA; e patrimônios históricos e da humanidade têm sido descomedidamente destruídos pelas forças de ocupação.

No caso do Iraque, a rede terrorista Al-Qaeda, que operava apenas no vizinho Afeganistão, passou a agir também em solo iraquiano após a invasão norte-americana, que até agora assassinou mais de 110 mil civis dentro do país e produziu profunda insatisfação popular aumentando as lutas internas entre a maioria xiita, os sunitas e a minoria curda (separatista). No caso de oficiais dos EUA, fontes norte-americanas independentes estimam em 30 mil o número total de mutilados no Iraque.

Patrimônios históricos e da humanidade têm sido destruídos em ambos os países - no Iraque, pelas forças de ocupação - além do que as riquezas naturais do Iraque, principalmente petróleo de cujo produto o país possui a segunda maior reserva mundial, têm sido privatizadas e saqueadas por empresas dos EUA.

Em ambos os países do Oriente Médio, bem como na prisão norte-americana de Guantánamo, em Cuba, foram presos e praticadas as mais horrendas torturas (acesse Terrorismo de Estado, aqui no Blog), direta e secretamente autorizadas por George Bush e por seu secretário de Defesa, Donald Rumsfeld.

O governo norte-americano tentou, de todas as formas, negar o conhecimento de tais práticas, mas provas cabais envolvendo gravações, documentos impressos e denúncias de soldados norte-americanos presos, condenaram os altos escalões da política dos EUA, que não tiveram mais como negar sua participação direta. Ficaria provada também a prática de incitar atos de terrorismo no Iraque, ordenadas por Rumsfeld a fim de justificar uma maior acentuação da invasão e ataques naquele país (veja documento comprovatório na Terceira Página).

Bin Laden, um único homem, nunca foi encontrado pela única superpotência mundial sob a administração Bush, e acabaria assassinado por forças norte-americanas que invadiriam o Paquistão em 2011 e, sem levá-lo a um tribunal, fuzilaram-no e jogaram seu corpo ao mar. Hussein, por sua vez, acabou preso e condenado à morte através de julgamento dentro dos EUA promovido por Bush.

A nenhum dos dois personagens, outrora colaboradores diretos dos EUA, foi permitida sentença judicial aberta, inalienável a todo ser humano, a fim de se defender e dizer o que sabiam - os "arquivos vivos" acabaram devidamente descartados pela única superpotência mundial.

Bush despediu-se do mandato em 2008. Pelas falhas do serviço de Inteligência dos EUA no que diz respeito aos ataques do 11 de Setembro - falhas e ataques até hoje muito mal explicados -, pela inconstitucionalidade das invasões preemptivas, pelo incitamento secreto de agressividade no Iraque, por todos os direitos humanos violados bem como pelos saques da riqueza natural no Afeganistão e Iraque, nem Bush nem ninguém de sua administração seriam jamais responsabilizados, enquanto em ambos os países árabes tem sido seriamente agravada a situação de caos social, político e econômico mesmo em comparação aos tempos pré-invasão norte-americana. Poucas vezes no pós-II Guerra Mundial têm-se cometido tantos crimes de guerra e contra a humanidade, quanto nesta década de "Guerra Santa" dos EUA no Oriente Médio.

Posto isso tudo, vale apontar que o "presidente da guerra", conforme o próprio Bush se autodenominou, em 1969 integrou a Defesa Aérea Nacional do Texas, para escapar do alistamento à Guerra do Vietnã.

Mais sobre as empreitadas religioso-beligerantes dos Estados Unidos, na Terceira Página - Crônicas, em Terrorismo de Estado,
em O Afeganistão Está Assim, em Enas Naffar, Visão Palestina no Blog, em WikiLeaks, em Malalaï Joya, e em
Mentiras e Crimes da "Guerra ao Terror", e o Jornalismo Brasileiro Manchado de Sangue, aqui no Blog.

Obama: Oração ao Povo que Tudo Perdeu
Trilhões de Dólares às Instituições Financeiras e Megacorporações em Crise

Barack Obama, sucessor de Bush, eleito presidente dos EUA em 2008 favorecido por forte campanha da mídia desde as prévias do Partido Democrático contra Hillary Clinton, sobretudo por parte da CNN, rede de notícias televisivas local, assumiu o poder de um país estraçalhado pela longa crise econômica que levou inúmeras empresas e instituições financeiras à falência, elevando o número de desempregados à 2,6 milhões, pior taxa desde o fim da II Guerra Mundial; completamente alarmado por iminentes ataques terroristas, muito mais anunciados pela antiga administração federal, exaustivamente, que por terroristas em si; e envolvido nas invasões ao Afeganistão e Iraque - onerosas, insolúveis e já antipopulares dentro dos próprio país.

Em maio de 2011, a cidade de Joplin e arredores sofreu a mais mortal devastação causada por um tornado desde que passou a haver registros nos EUA, em 1950. Ao todo, foram 162 mortes, centenas de desaparecidos, mais de 990 feridos e milhares que perderam rigorosamente tudo (casa, carro e todos os pertences levados por fortes ventos e enchentes).

Grande parte desse estrago foi resultado de sucessivas obras incompetentes e gananciosas dos governos anteriores, construindo barragens mal estruturadas, maléficas ao meio ambiente e que oferecem sérios riscos aos que vivem nessas regiões (na grande maioria, negros e componentes de classes menos favorecidas). Reportou o jornal The New York Times, em 27 de maio de 2011:

"As milhares de pessoas forçadas a abandonar suas casas nas últimas semanas pela enchente, são vítimas não só da natureza, mas também de erro humano devido a anos de má administração do vasto ecossistema do rio Mississipi. - construção incessante, e muitas vezes desaconselhável, de diques e canais de navegação, a pavimentação de áreas úmidas, o desenvolvimento comercial das planícies de inundação - causaram um dano pior do que poderia ter sido [se não fossem as más administrações]".

Obama não foi culpado por tais construções irresponsáveis, mas, como presidente, ele não responde por sua pessoa e sim pelo governo e pela sociedade dos Estados Unidos, para isso foi eleito, ocupa o cargo e é isso que o povo e as instituições democráticas norte-americanas esperam de seu governante.

Contudo, a "responsabilização" de Obama por tais gananciosas construções limitou-se à declaração de Disaster Areas em Missouri, através da qual o Estado vítima recebe fundos federais para reparar os danos públicos, fornecer ajuda médica, psicológica, abrigo temporário, assistência por desemprego e mais alguns benefícios do tipo.

Fator relevante disso tudo é que a reparação estatal configurou-se em algo mínimo previsto pela Constituição local, e, na prática, as famílias terão que reconstruir suas vidas sozinhas com seu próprio esforço. O absurdo é maior quando se leva em conta que grande parte do estrago foi consequência da irresponsabilidade estatal, e quando comparamos a participação desse mesmo Estado indo muito além da Constituição, criando suas emendas recheadas de trilhões de dólares quando se trata das crises das instituições financeiras e das megacorporações - causadas pela ganância delas mesmas.

Desde o plano de salvação econômica de 1,8 trilhão de dólares aos bancos concedido pela administração de Bush em 2008 e apoiado por Obama, à época senador, até hoje, somam-se 17 trilhões de dólares (veja gráfico da rede de TV CNN), não previstos em nem um centavo pela Constituição norte-americana. Mas as vítimas de Joplin e arredores ficaram em paz, cheias de fé: Obama participou de uma celebração religiosa na cidade, calorosamente recebido pelas lideranças religiosas locais com todas as honrarias.

O presidente também orou pessoalmente pelo povo, de maneira que às pessoas restou, deslumbradas com a fé presidencial, ser biblicamente valentes e ao mesmo tempo esperar em Deus sob as bênçãos de seus sacerdotes, enquanto realizavam missas e principalmente cultos evangélicos em meio aos escombros, debaixo de sol e chuva. O futuro? A Deus pertence, foi o lema e o espírito, o que mais se ouviu em Joplin...

A Religião como Instrumento de Alienação Social e Arma para Corrupção Desenfreada

Os casos acima são meras repetições do que tem ocorrido em toda a história, poucos exemplos de como políticos e lideranças dos mais diversos segmentos da sociedade - empresas, equipes esportivas, instituições de ensino, das próprias igrejas, etc - apoiam-se na boa-fé das pessoas para coagir, beneficiar-se, defender interesses próprios, explorar, colocar-se acima do bem e do mal ao invés de realmente liderar (i.e., representar).

No caso particular da política liberal Ocidental, apóia-se na religião para se beneficiar corruptamente sempre sob a bandeira do Estado laico, democrático que defende as garantias constitucionais, a ordem, a moral, a família e a vida, a exemplo de cada um dos personagens mencionados mais acima.

Na realidade, política e religião corrupta são, historicamente, parceiras íntimas: foram os saduceus, escribas e fariseus, líderes religiosos pertencentes à elite conservadora da política judaica à época, que arquitetaram a morte de Jesus entregando-O aos políticos romanos, sempre apoiados pelo sumo sacerdote judeu, também chefe político (claro que, espiritualmente falando, Jesus entregou Sua vida, não O mataram e não morreria se Ele mesmo não tivesse permitido). Não havia distinção, á época de Jesus, entre Estado e política: o sumo sacerdote era também o líder político de Israel.

Hoje, é através da política, sempre apoiada na religião (de maneira mais sutil) que tem sido preparada a vinda do anticristo, e será justamente através da política, também apoiada na religião corrompida como deixa claro o livro de Apocalipse, que o anticristo estabelecerá seu relativo domínio sobre a Terra. Tal realidade apocalíptica também evidencia que este tipo de aliança político-religiosa é milenar, e segue em processo de evolução.

Jesus foi enfático ao alertar-nos: "Cuidado com os falsos mestres que vêm disfarçados em ovelhas inofensivas, mas são lobos, e vão despedaçar vocês. Vocês podem descobri-los pela maneira como agem (...). Sim, o meio de identificar uma árvore, ou uma pessoa, é pela qualidade do fruto que dá. Nem todos os que falam como gente religiosa são realmente assim" (Evangelho de Mateus, capítulo 7).

Dono de sabedoria e praticidade eternas, Jesus e Suas palavras, comparadas a cada um dos perfis políticos e conjunturas mais acima envolvendo a Alemanha nazista, o Golpe Militar no Brasil e as traquinagens político-religiosas de Bush e Obama, tornam absolutamente desnecessário se fazer uma profunda pesquisa a fim de concluir quais as reais intenções e a verdadeira essência daquilo tudo.

Mas o que explica figuras das mais baixas da nossa sociedade e da história, até genocidas tendendo a usar justamente a religião para se manter no poder, especialmente o Evangelho que prega igualdade, justiça, valores morais e poderosa transformação da essência do ser humano, para realizar suas políticas inescrupulosas encontrando plena receptividade perante as mais diversas sociedades - inclusive em países, historicamente, com forte investimento em educação?

Por que personagens crueis, que têm saído pelas portas do fundo da história acabam incentivando que as pessoas frequentem justamente as igrejas, conforme as palavras de Nixon? Onde tais líderes, que não se resumem à política conforme argumentamos, encontram eco para tanta ação corrupta em nome de Deus, e um silêncio generalizado da sociedade e, principalmente, das lideranças religiosas? Qual o grande interesse deles que as pessoas frequentem as igrejas? Estará o problema em Romanos 13?

Antes de mais nada, o problema não reside no capítulo 13 de Romanos nem no verso 1º, tão reverenciado e isoladamente reivindicado por Hitler, outros governantes e diversas lideranças religiosas inescrupulosas.

Um dos grandes problemas é justamente se tomar passagens isoladas da Bíblia, que isoladas são totalmente desconexas com o sentido que muitas vezes se aplica se tomado o contexto bíblico; versos que desconsideram o que vem antes, a seguir, o capítulo como um todo, o contexto à sua época e nada disso dentro da ideia geral da própria Bíblia em seu contexto mais amplo e, para agravar tudo isso, desvirtuando muitas vezes o sentido original das palavras desses isolados versos, aplicando-os totalmente fora de contexto, do contexto a que se tenta aplicar à vida prática e do contexto de si mesmo - na grande maioria dos casos, a esses cacos bíblicos são acrescentadas, nas pregações ou em livros doutrinários, parábolas criadas por esses "ensinadores" substituindo totalmente o amplo contexto da Bíblia.

Grandes bobagens humanas têm sido praticadas em nome de Deus, partindo desse princípio enganoso, metodologia infelizmente predominante (daí, a absoluta confusão no meio religioso com seus insolúveis e agressivos embates doutrinários). Nada na vida, nenhuma ocorrência pode ser colocada em questão isoladamente, o que vale também para análises da Bíblia - assim como qualquer literatura, religiosa ou não.

Como a maioria das pessoas tem preguiça de ler a Bíblia, ou foi ensinada que é um livro de difícil compreensão e apenas a determinadas pessoas é dada maior capacidade para tal, a fé (ou processo de alienação) acaba baseada em versos ou até em palavras isoladas, os cacos bíblicos.

A partir disso, esses mesmos grupos, chefiados por heresiarcas de capacidade intelectual e visão nada avantajadas (ou, igualmente muito comum, visão de mais e caráter de menos, em absoluta manipulação), acusam-se nervosamente entre si de "seitas" (hereges) pelas inevitáveis diferenças, enquanto montam os maiores contrassensos com base nessa metodologia de cacos bíblicos, escolhendo trechos absolutamente isolados, desconexos para formar conceitos em massa (em muitos casos, cria-se paradigmas de conduta a partir de meio verso, ou até de ¹/3 de verso (!) - leia Maldito o Homem que Confia no Homem, mais abaixo).

Comete-se diversos equívocos graves também por não se colocar a Bíblia, inclusive as cartas apostólicas no contexto do Evangelho, resultado de não se levar em consideração que tais cartas foram escritas desmontando os fundamentos do Velho Testamento para remontá-los dentro do Evangelho - quando se separa tais ensinamentos do Evangelho focando essas cartas em si mesmas fazendo sistematizações bíblicas de passagens isoladas delas ou até mesmo, conforme muito comum e no próprio caso de Romanos 13, de apenas uma única passagem para montar doutrinas perde-se, claro, a conexão das ideias e seu sentido mais amplo introduzido por Jesus.

Disse o apóstolo Paulo (Filipenses, 1: 27): "Contudo, seja o que for que me aconteça, lembrem-se sempre de viver como devem os cristãos de maneira que, quer os veja de novo, quer não, eu continue a ouvir boas notícias de que vocês permanecem lado a lado com um só e enérgico propósito - contar a Boa Nova [Evangelho]", uma simples evidência do óbvio: o foco das mensagens de Paulo, a exemplo de todos os apóstolos, foi o Evangelho e em torno dele devem, necessariamente, girar suas cartas, jamais em torno de si mesmas conforme muito comumente se faz.

Por outro lado, acaba-se criando, a partir da insensata distorção conceitual de montar doutrinas e comportamentos a partir de versos ou palavras isoladas, diversas contradições bíblicas e daí os eternamente calorosos, insensatos e insolúveis embates teológicos - tais parciais pregadores da Bíblia jamais acompanhariam Jesus nem os apóstolos em nenhuma hipotética missão -, causando enormes estragos na sociedade.

O capítulo 13 de Romanos, que prega obediência aos governos e policiais e condena sonegação de impostos, trata do óbvio a ser aplicado hoje: envolve um contexto em que alguns novos cristãos acreditavam que não deveriam obedecer a nenhuma lei humana, apenas a Deus, e isso é realmente incorreto. O que ocorre é que se leva em conta não Romanos 13, mas o verso 1º do capítulo de maneira absolutamente isolada do capítulo, do contexto à época e do Evangelho, razão de ser das cartas apostólicas bem como de toda a Bíblia.

A partir disso, imputa-se na mente das pessoas que a única coisa a fazer, mesmo nos piores casos de corrupção, é simplesmente orar e entregar a situação nas mãos de Deus, do contrário o religiosos estará ferindo os preceitos bíblicos por não perdoar mas adotar métodos de insubordinação, rebeldia e vingança.

Tomando o verso 1º do capítulo 13 de Romanos ao contexto da Bíblia, e ao contexto do próprio capítulo em si, conclui-se claramente que o apóstolo Paulo não inculcou à obediência incondicional, que o Evangelho tampouco prega esse tipo de submissão a nenhum governo nem a nenhuma liderança, seja qual for o segmento, menos ainda se estiver fora do que ensinou Jesus - basta observar o que disse Jesus dos líderes religiosos corruptos, e como disse tudo isso; como o apóstolo Paulo, por exemplo, referiu-se a Apolo, líder religioso aproveitador, incentivando as pessoas a não lhe dar nenhuma credibilidade pela postura; além do próprio apóstolo Paulo ter dito que suas palavras mesmo deveriam ser sempre colocadas à prova por aqueles que as ouviam.

Quando Paulo disse "(...) Deus foi quem o estabeleceu [o governo]", não se referiu a um governo em particular, a um indivíduo especificamente mas ao ato de governar, isto é, a governança foi estabelecida por Deus, ideia distorcida e usada de maneira pessoal dando a entender que foi Deus quem colocou por exemplo Hitler no poder, que o Criador aprova seus atos ou, em última análise, que mesmo que os piores políticos cometam "equívocos" cabe apenas a Deus agir, levando a uma ausência total de cidadania, de humanitarismo, de prestação de contas por parte dos políticos enfim, um festival de liberou geral em nome de Deus incentivado, antes de mais nada, pela grande maioria das lideranças religiosas.

Neste capítulo, o apóstolo Paulo coloca, e de maneira muito clara, que o governo e os policiais trabalham para o bem-estar do povo, versos 4, 5 e 6: 4 - "O policial é enviado por Deus para ajudar você. Mas se você estiver fazendo algo errado, é natural que deve ter medo, pois ele terá de castigá-lo. Ele é enviado por Deus exatamente para esse fim". 5 - "Assim, vocês precisam obedecer às leis por duas razões: para evitar o castigo e porque sabem que devem obedecê-las". 6 - "Paguem também seus impostos, por estas duas mesmas razões. Porque os trabalhadores do governo precisam ser pagos, a fim de poderem continuar a fazer a obra de Deus, que é servir a vocês".

Nisso há uma ideia evidente, subentendida a qualquer pessoa minimamente sensata: se eles não desempenharem esse papel, estão fora dos padrões de Deus como empregados do povo e devem ser substituídos, bem como penalizados pela lei que a Bíblia também prevê concedendo direitos e obrigações (como no próprio Romanos 13), e em nada condena as pessoas ao fazer reivindicações (sempre pacíficas) se tais governos persistirem, já que a corrupção subtrai de muitos a ponto de matar de fome, de frio e até mesmo de tira a vida, a qual é o centro, a razão de ser de toda a Palavra de Deus.

Isso vai de encontro não apenas com o contexto, a mensagem central do Evangelho, mas também com nossa realidade cidadã e constitucional poucas vezes colocada em questão, o que colocaremos nas linhas a seguir (considerando que Romanos 13 trata de leis, direitos e obrigações entre governo e cidadão, do início ao fim).

Vale também dar atenção especial aos versos 7 e 14 (o último): 7 - "Deem a cada um qualquer coisa que tenham a receber; paguem alegremente seus impostos e direitos alfandegários, obedeçam aos seus superiores, e honrem e respeitem a todos aqueles a quem isso for devido". 14 - "Mas peçam que o Senhor Jesus Cristo os ajude a viver como devem e não façam planos para deleitar-se no mal".

Tal serviço de bem-estar em prol do povo colocado pelo apóstolo Paulo, é a chave de toda a questão. Enquanto muitas vezes, na verdade na maioria delas não se toma o contexto bíblico para interpretar (isso acontece especialmente quando se apóia na religião para atingir objetivos escusos), por outro lado, diversas vezes nem sequer se analisa a Bíblia dentro da realidade em si, no caso o nosso Estado laico (não teocrático), como são laicas todas as democracias do mundo, desde as menos consolidadas: em qualquer Estado minimamente democrático, os políticos são explicitamente designados pelas constituições locais como representantes do povo - na Constituição norte-americana, por exemplo, são descritos como empregados dele (tanto que fazem juramentos em nome de Deus ao tomar posse, compromissando-se com a sociedade em servi-la adequadamente).

Portanto, biblicamente autoridade, em seu sentido mais prático e simples, é a sociedade civil, esta sim o fim do Estado conforme muito bem apontou Platão, que a sociedade é ato primeiro, e o Estado, segundo. Quanto à Constituição brasileira, veja o que diz no artigo 1º, parágrafo único: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição".

Tudo isso em absoluta conformidade com a Bíblia conforme temos visto, e enfatizado a seguir sobre o tema autoridade-justiça social, completamente invertido pela aliança política-religião corrupta: "Use sua autoridade para fazer justiça e ajudar os pobres e necessitados" (Provérbios, 31:9).

A conclusão óbvia disso tudo, dentro da realidade bíblica e da lógica da sociedade democrática (a Bíblia é lógica e pró-vida por excelência), os políticos nada mais são que delegados dos cidadãos a fim de preservar o bem estar e as riquezas naturais da nação, e se não cumprirem tal desígnio estabelecido, antes de tudo por Deus, deixam de ser representantes para se tornam usurpadores do poder, e o contexto bíblico também prevê sérias atitudes em relação à usurpação seja de que ordem for, dando às pessoas o direito de se manifestar e de agir (em conformidade com a reta justiça), bem como as leis e a Constituição dos Estados democráticos outorgam-nas esses direitos, inalienavelmente.Tudo isso sim, em absoluta conformidade com Romanos 13 e a ideia evangélica geral, que defende a vida sobre todas as coisas - vida que é a razão de ser da própria Palavra de Deus.

Constituição à qual, vale ressaltar, sobretudo os mais conservadores e poderes estabelecidos tanto se apoiam para defender suas teses, leis, deveres do cidadão, direitos dos governantes e até justificar golpes como foi o caso do militar de 64 no Brasil sob falso discurso de defesa constitucional, conforme vimos mais acima (na prática, a maior lesada com o Golpe acabaria sendo a própria Constituição e seu Estado de direito, e como consequência a sociedade).

Tal defesa fazem setores conservadores baseados também em Romanos 13, alegando corretamente que a Constituição e as leis foram (ou deveriam ser) feitas para preservar a sociedade, e exatamente essa deve ser a realidade ou, se for o caso, reivindicação (da mesma maneira que, conforme argumentamos no artigo mais acima, Onde Está Deus frente às Catástrofes Mundias? E os Cristãos, Onde Estão?, não se deve culpar a Deus pelas catástrofes imaginando que Ele tomará medidas cabíveis por nós, não podemos esperar que determinadas e necessárias medidas sejam tomadas na sociedade por Deus: via de regra, Ele não fará por nós o que nós mesmos podemos fazer).

O próprio Bush invadiu o Afeganistão e principalmente o Iraque, baseado no argumento que em ambos os países não há democracia com sua devida prestação de contas, assim como em todo o Oriente Médio árabe as dinastias e poderes totalitários devem-se ao fato de que, na região, há histórica ausência de reivindicações populares, como as que ocorreram na Europa nos séculos XVIII e XIX, e nos próprios EUA em fins do século XIX, que levaram à democracia.

Em qualquer Estado democrático os políticos, desde vereador até presidente da nação, devem prestar contas regulares à população sem ser solicitados a fazê-lo, cada qual de acordo com as regras preestabelecidas dentro do país. Se algum cidadão, seja quem for, solicitá-la seja para o que for, o político possui compromisso constitucional perante esse cidadão de prestar as devidas contas.

Outra garantia em qualquer Estado de direito é a de greve e reivindicações populares junto a governos, através de manifestações públicas (dentro de determinada ordem segundo leis locais, além de assegurar sempre a integridade física de todos). Os próprios brasileiros ultraconservadores, a exemplo de tantos ao redor do mundo ao longo da história, usaram dessas mesmas garantias para promover seus protestos até aplicar o inconstitucional Golpe de 64 à força, tirando do poder um presidente que não estava envolvido em casos de corrupção e ainda possuía maciço apoio popular.

A partir dessas garantias constitucionais, que preveem direitos e deveres a todos os cidadãos, políticos ou não, prevê-se também, mesmo nas democracias mais imaturas em todo o mundo, cassação de mandato político se este não estiver de acordo com o bem-estar da nação, a razão de ser das instituições políticas (e policiais).

Portanto, o povo não só pode como deve, tem toda a obrigação de fiscalizar o poder estabelecido (em estados democráticos, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário) para o bem dos próprios ocupantes desse poder, pois a ausência de prestação de conta é o caminho mais certo e curto para a corrupção.

O ponto principal disso tudo, é que tal realidade vai absolutamente contra autoridade no difundido sentido que se tenta colocar através da calamitosa e interesseira aplicação de Romanos 13, denotando autoritarismo, imposição. O contexto bíblico passa bem distante desse tipo de poder, e o das nossas supostas democracias também: não é nada disso que rezam as constituições democráticas, nem é baseado nesse sistema o discurso político em campanhas eleitorais.

O que proporciona respeito a lideranças e ordem é, como em qualquer segmento da vida, transparência e retidão. E o que faz uma sociedade respeitada é exercer cidadania com valores. Quando estão envolvidas essas questões não há nenhuma razão para imposições, sempre maléficas.

Sobre isso, Clodovis Boff muito bem observa em Atuação Política de Jesus: "II. –O Posicionamento de Jesus - Havia dois dados nos Evangelhos em tor­no dos quais não há qualquer contestação:

"“Jesus vivia na companhia dos pobres, dos oprimidos. Sua base social eram os oprimidos e marginalizados daquela sociedade. No capitulo 8 de São Mateus, vemos que Seus primeiros milagres são curas de pessoas muito rnarginalizadas; Jesus, aqui, reata com a boa tradição profética que é a defesa dos pequenos. A tradição farisaica dizia, 'Afasta-te dos pobres, dos pecadores, porque são malditos'. A condição de vida dos pobres lhes impedia de praticar a Lei. Portanto, concluía-se que eram pecadores.

"Cristo diz o contrário. Ele se aproxima, defende os pequenos. Do partido dos pobres, dos oprimidos, Cristo tem uma atitude critica frente aos poderosos. O conflito entre Jesus e os di­rigentes do povo atravessa os Evangelhos de ponta a ponta. No Evangelho de São Marcos, o mais antigo dos Evangelhos (embora apareça em segunda posição no livro do Novo Testamento), percebemos um progresso na oposição entre Cristo e os dirigentes.

"No capítulo 2, quando cura um paralítico, os fariseus cochicham entre si e dizem. 'Esse homem blasfema, porque ele perdoa pecados'. Neste mesmo capítulo, Jesus está jantando com os publicanos. Os fariseus conversam com os discípulos e dizem: 'Como é que o mestre de vocês almoça com os publicanos?'.

"Logo em seguida, quando os discípulos infringem o sábado descascando as espigas de trigo e comendo, aparece o ataque direto a Cristo: 'Como seus discípulos infringem o sábado?'. Mais adiante, atacam-No porque não lava as mãos antes de comer, desrespeitando a tradição.

"Em Jerusalém, o conflito é aberto. Jesus ataca diretamente os escribas, fariseus, o sumo sacerdotes e os saduceus. Expulsa os vendilhões do Templo, e declara que este vai acabar. O Templo significa o sistema da época. Amaldiçoa também a figueira, símbolo do sistema Judaico, A maldição da figueira significa maldição daquela sociedade. Foi logo entendido esse gesto profético de Jesus. É claro, uma semana após ela é levado ao tribunal, e condenado a morte na cruz.

"Houve um grande teólogo judeu que escreveu um livro chamado 'Jesus e os judeus'. Ele mostra, de maneira clara, que quem matou Jesus não foi o povo judeu:foram os dirigentes, os chefes do povo de Israel. O povo judeu, ao contrário, estava ao lado de Cristo. Vemos inclusive que os chefes somente conseguiram pegar Jesus escondidos do povo, traindo-o, comprando um discípulo.

"Jesus não exerceu uma posição política, direta, e sim profética. Ele não tinha programa político definido, como o tinham os zelotes, os saduceus e os fariseus. Ele também não fundou uma corrente política que visasse diretamente o poder. (...)

"Jesus Era um Ser Apolítico? Alienado? - Por outro lado, Jesus não era um ser alienado, indiferente. O poder é uma tentação satânica, mas o poder em questão era o de dominação. Jesus nunca foi contra o poder como tal, enquanto poder de serviço [grifo nosso]. Ele foi contra o poder de dominação. E se guardava o poder messiânico, era porque o povo fazia uma ideia mística do Messias. Uma ideia mágica de um Messias milagreiro, demagógico, paternalista, portanto uma ideia não libertadora, não autêntica.

"Cristo teve uma atuação política verdadeira, mas a nível profético. Foi um revolucionário profético. Sua grande ideia é a do Reino de Deus, um projeto radical total de transformação da sociedade. Quando prega o Reino de Deus, prega revolução integral, revolução absoluta.

"A raiz da proposta de Cristo é, na verdade, profética. Mas tinha implicações e efeitos claramente políticos. Essa proposta leva-o a atacar o Templo, cérebro central da exploração do sistema. Porque era profética, Sua proposta possuía implicação política, e os efeitos disso também são políticos.

"Vemos que Cristo é perseguido continuamente durante toda a vida pública; é julgado por dois tribunais pelo religioso, declarado blásfemo; pelo romano, condenado exatamente como Messias, como revolucionário. Basta olharmos a cruz para darmo-nos conta de que esse símbolo da nossa fé é um símbolo originariamente político."

A explanação de Boff, muito fiel aos fatos e ao contexto à época, ajuda a esclarecer que a vida de Jesus, nossa referência interpretativa, confirma que a ideia de Romanos 13: 1 adotada por Hitler e tantos outros governos e religiosos exploradores e dominadores ao longo da história, é equivocada.

É inimaginável um Jesus compactuando com qualquer tipo de poder escuso, enquanto governos e policiais, bem como lideranças dos mais diversos segmentos como disse o próprio apóstolo Paulo ao longo do capítulo 13 de Romanos, são empregadas das pessoas a fim de ajudá-las, e devem sempre ser respeitadas como tais sem jamais ferir nossa consciência, a retidão e a vida humana, esta o bem maior. Se isso ocorrer, já não exerce mais a liderança prevista pela Bíblia, não possuindo, por isso, autoridade moral para reivindicá-la e se a seguirmos, aí sim, iremos totalmente contra o Evangelho, o que implica dizer contra a vida.

Atestam perfeitamente tudo isso as diversas atitudes e palavras das mais duras de Jesus - Quem respeitava todas as leis e era absolutamente reto como qualquer outro ser humano, em toda Sua humildade e vida exemplar a todos nós - aos fariseus, autoridades religiosas e políticas conservadoras à época (líderes religiosos eram também políticos naqueles tempos, em Estado absolutamente teocrático), como por exemplo estas registradas no capítulo 23 do Evangelho de S. Mateus:

"Ai de vocês, fariseus, e de vocês, demais líderes religiosos! Fingidos! Pois vocês não deixam os outros entrarem no Reino dos Céus, nem vocês mesmos entram. Vocês parecem ser santos, com todas as suas longas orações públicas nas ruas, enquanto estão expulsando as viúvas das casas delas. Fingidos! Ai de vocês, fingidos. Vão a qualquer distância converter alguém, e depois fazem a mesma pessoa duas vezes mais digna do inferno que vocês mesmos. Procuram parecer homens santos, mas por baixo desses mantos de bondade, estão corações manchados de toda espécie de fingimento e pecado. Serpentes! Filhos de víboras! Como vocês escaparão da condenação do inferno?".

Conforme enfatizamos mais abaixo, no artigo Em Meio ao Self-Service de Religiões no Mundo, Você Escolhe: Teoria ou Paixão, séculos após a vinda de Jesus, "(...) os protestantes primitivos, sob aprouve das lideranças, trataram de lançar à fogueira os que julgavam 'hereges', praticando o mesmo que tanto haviam condenado em relação aos católicos, e que lhes valeu justamente o título de protestantes.

"Vale também apontar que, no campo social mais amplo, Lutero apoiou os príncipes alemães contra os trabalhadores do campo que, vivendo em completa miséria e sob profunda exploração, clamavam por melhorias das condições de 'vida' (guarde esta palavra) - em nada obediente aos apelos de Jesus em favor dos pobres e injustiçados, mas oportunisticamente favorável aos mais poderosos da época. Alguma semelhança da maioria das ditas igrejas cristãs de hoje com seu grande mestre fundador?

"Foram ainda calvinistas (correspondentes aos presbiterianos de hoje) ingleses os que financiaram a colonização da América do Norte em meados do século XVI, sob o manto de povo eleito, predestinado a se apropriar daquele território após exterminar quase por completo seus milhões de habitantes "retrógrados", através de ataques com requintes de extrema crueldade que torturavam e assassinavam em massa, enquanto se apoderavam das diversas riquezas naturais de uma terra muito mais rica que a britânica.

"A América hispânica e lusófona, por sua vez, foi invadida e seus habitantes também levados quase à extinção: de 90 milhões no início do século XVI, em apenas um século e meio os povos nativos "selvagens" foram reduzidos a três milhões e meio (!), pelos donos do poder "civilizado" sob aos bênçãos do Vaticano bem como da Igreja católica na Espanha e em Portugal que o representavam, em nome da expansão dos impérios que, ao seu bel-prazer, aniquilaram vidas e jogaram por terra, para sempre, culturas milenares além de terem deixado um continente que é hoje, desde a "independência" de cada uma das respectivas nações, o mais desigual do planeta muito embora seja o mais rico em biodiversidade, por outro lado uma terra profundamente desgastada por seu uso excessivo - o que afeta profundamente o clima - e sociedades oprimidas ainda hoje sob as feridas ainda não cicatrizadas do genocídio que durou séculos (leia mais sobre isso em O Choro da América, aqui no Blog).

"Enfim, a fundação de uma nova religião, no caso dos protestantes, enquanto a manutenção e expansão de outra, a católica, valiam a vida, passavam por cima dela indiscriminadamente. Trata-se de mais uma evidência do sectarismo religioso, a teoria, a filosofia religiosa que ao longo dos séculos até os tempos atuais enferma, aprisiona, explora, mata corpos e/ou almas."

Todo esse terror indescritível foi apoiado também no fracionamento seletivo da Bíblia, que naturalmente leva à distorção da realidade mais prática da vida cotidiana produzindo ideias simplistas, sistematizações de pensamento e de métodos de conduta para assuntos dos mais complexos com forte apelo moral, gerando ambientes carregados de esquizofrenia doutrinária e social, reduzindo à vida a um legalismo insuportável o qual nem seus adeptos - os religiosos falsos moralistas, sectários e intolerantes em sua essência - conseguem viver na prática.

É desta maneira que os gramaticoides da fé servem agressiva, irritadiça, nervosamente à letra, à jurisprudência religiosa criada de maneira contagiosamente racional por esses mesmos cidadãos toscos, esquecendo-se da paixão em detrimento da vida ao longo dos séculos, levando junto de si enormes massas desmobilizadas por completo enquanto piamente crentes de que Deus fará pela criação aquilo que fomos designados, pelo próprio Criador, a fazer por ela desde os mínimos detalhes - e por isso seremos rigorosamente cobrados, nesta vida e em sua posterioridade.

Os religiosos conservadores e os políticos que, com a lupa doutrinária, apoiam-se no ilhado verso primeiro de Romanos 13, em nada acreditam em sua alegada interpretação de submissão incondicional às autoridades tanto que eles próprios - ao longo de toda a história, nas mais diversas épocas conforme alguns exemplos expostos acima - sempre se manifestaram contra poderes estabelecidos, reivindicaram, insurgiram-se e até, diretamente ou nos bastidores, derrubaram-nos chegando muitas vezes às últimas consequências, inclusive contra governos eleitos democraticamente e apoiados pela maioria da população no momento do golpe, como se deu contra o próprio presidente João Goulart. Lupa doutrinária nada ingênua, em nada um mero fruto da má interpretação que acaba, tão nocivamente, substituindo a legitimidade pela legalidade anulando da sociedade civil, desta maneira, a capacidade de ser sujeito da política em todos os setores (ideia que nenhum personagem bíblico jamais defendeu), desde as comunidades nos confins dos subúrbios às próprias confrarias religiosas.

Foi com base em Romanos 13 que a Igreja católica da Argentina colaborou com o assassinato de civis inocentes, à época da ditadura militar, segundo recentes revelações do jornal argentino Página 12 (traduzido do espanhol por Carta Maior em 23.7.2012):

"O ex-ditador Jorge Videla disse que o ex núncio apostólico Pio Laghi, o ex-presidente da Igreja Católica da Argentina Raúl Primatesta, e outros bispos da Conferência Episcopal assessoraram o seu governo sobre a forma de manejar a situação das pessoas detidas-desaparecidas. Segundo Videla, a Igreja 'ofereceu seus bons ofícios' para que o governo de fato informasse da morte de seus filhos a famílias que não vieram a público, de modo que pararam de buscá-los.

"Isso confirma o conhecimento em primeira mão que essa instituição tinha sobre os crimes da ditadura militar, como consta nos documentos secretos cuja autenticidade o Episcopado reconheceu, perante a Justiça, há dois meses. Além disso, mostra o envolvimento episcopal ativo para que essa informação não viesse a público, por meio de comentários dos familiares das vítimas; a Igreja era garante desse silêncio (...)".

Tudo isso ocorre com a (falta de) consciência absolutamente, religiosamente tranquila (quando o golpe é do interesse deles) desde que praticado sob as bênçãos das autoridades religiosas, autodeclaradas representantes de Deus na Terra (bênçãos estas que decorrem, invariavelmente, de uma parceria oculta dos altos escalões da religião com a banda mais podre da política, conforme veremos adiante), desde que as manifestações "populares" (geralmente, elitizadas e impostas pelo próprio poder corruptamente estabelecido) se deem com o terço nas mãos como no caso da Marcha da Família com Deus, pela Liberdade no Brasil, desde que através da Bíblia mal-usada e descaradamente abusada nos discursos ufanistas e completamente alienatórios, descontextualizados mundo afora como se deu com os escribas e fariseus dos tempos de Jesus, com os colonizadores da América, com Hitler, com os golpistas militares da América Latina em geral, com Nixon, Bush, agora com Obama e com tantos outros personagens nada simpáticos à história.

Nestas situações em que a religião se alia à política, algo também conhecido como fundamentalismo religioso (o que ocorre, guardadas as devidas proporções, nos países de maioria islamita tão condenados e atacados pelo Ocidente "democrático"), muda-se facilmente de posição. Pois é...

"Não existe organização criminosa mais bem-sucedida que a que conta com apoio estatal"
Misha Glenny, em
McMáfia - Crime sem Fronteiras

A grande raiz do mal, contudo, não reside nessa distorção bíblica toda com sua exclusão essencial do Evangelho, a qual se trata do efeito de uma realidade mais profunda, mas igualmente à vista de todos: conforme vimos mais acima, historicamente as instituições religiosas, com raras e honrosas exceções, servem direta e/ou indiretamente ao poder corrompido e coercitivo por receio de sofrer perseguições, religiosas ou pessoais/institucionais, ou porque são corruptas por natureza, em muitos casos ligadas diretamente ao poder político em seus atos de corrupção, acúmulo de riquezas e dominação.

A esse tipo de poder político, nada mais oportuno e eficiente que atingir grandes massas ao mesmo tempo que se esconder detrás da máscara do Evangelho libertador, puro e belo, distorcê-lo e transformá-lo em mera religião escravizante que nada tem de mais eficiente que nenhuma outra - e sob apoio, de uma maneira ou de outra, de grande parte das próprias lideranças religiosas que, em sua grande maioria, também reivindicam para si o autoritarismo supostamente respaldado em Romanos 13, fazendo com que política, religião e as oligarquias nacionais formem histórica e infindável parceria de sucesso no mundo em que vivemos, sutil e ao mesmo tempo descarada lavagem cerebral nas massas (assista vídeos ao final deste texto).

Servidão direta de lideranças religiosas ao poder político corrompido: participando ativamente dos banquetes e ressacas dele e das elites que sustentam tais "igrejas", através de diversas trocas de favores e/ou "negócios" envolvendo muito dinheiro vivo e até apoio político, levando grandes massas junto (veja vídeos ao final).

Outro ponto fundamental neste sentido é que, dentro das igrejas, sabe-se exatamente "quem é quem" de maneira que àqueles mais abastados e influentes, o tratamento e favores dispensados são explicitamente diferenciados, bem como os cargos oferecidos sem critérios justos quando comparados a outros indivíduos. Todo esse jogo de interesses cria um tentador círculo vicioso, irrecusável à maioria das "igrejas".

Servidão indireta: evidentemente menos democráticas e menos transparentes que o próprio sistema político, grande parte das igrejas, apoiando-se no sistema religioso autoritário por um lado e totalmente anárquico por outro, aliena e manobra massas (muitas pessoas até de boa formação cultural, mas baixa intelectual), levando-as ao não-engajamento enquanto essas mesmas lideranças praticam toda sorte de arbitrariedades, atendo-se a um agressivo ultraconservadorismo sem nenhum sentido, linha jamais seguida pelo Evangelho a qual, na prática, é fundamental ao poder corrupto: ao afastar a sociedade da realidade, encobre-se mais facilmente a corrupção enquanto exclui das grandes massas a capacidade de análise levando-a a crer, passivamente, em qualquer discurso demagógico, geralmente em nome de Deus e da moral, tudo isso marginalizando a sociedade dos mínimos exercícios de cidadania.

Tal alienação, que gera a difundida crença de que a fé é um suicídio intelectual, configura-se em total antítese com o Evangelho, engajador por natureza que abre o entendimento do indivíduo, proporcionando-lhe discernimento muito prático.

Seriamente corrompida em sua estrutura, não há força moral na instituição igreja para se posicionar contra o poder corrupto. Além de reféns da política por participar de seus banquetes, direta e/ou indiretamente, como o próprio sistema de grande partes das igrejas não é nada cristalino, não é interessante que seus membros possuam senso crítico nem que sejam ativos - isso se voltaria contra elas mesmas.

Por isso, fizeram da Bíblia um esconderijo reacionário onde poderes corruptos se apoiam enquanto Jesus era acolhido pelas massas, tendo sido perseguido justamente por todo tipo de poder fraudulento estabelecido, religioso ou não. Esse poder reacionário terminou por matar Jesus, em nome da religião conservadora diretamente apoiada pela política.

Algo que vem reforçar as evidências dessa parceria politiqueiros-instituições religiosas, são os telegramas secretos das embaixadas dos Estados Unidos em todo o mundo revelados desde 2010 por WikiLeaks. Recentemente, liberou cabo enviado do Brasil por diplomata daquele país que dizia: "Aumentar a atividade pela mídia e o alcance das comunidades religiosas parceiras (...). Essa campanha [de manipulação midiática] também deve ser orientada às comunidades religiosas, que parecem ter influência sobre o governo do Brasil (...)", cuja tradução pode ser lida, na íntegra, na seção WikiLeaks deste Blog, sob o título Plano de Washington: Constranger governo brasileiro usando a mídia, a fim de não votar na ONU a favor de punição internacional à difamação religiosa, em Brasil (Página 2).

Outros telegramas secretos liberados recentemente são, igualmente, bastante reveladores neste sentido, conforme mostram dois artigos na seção Estados Unidos, sob os títulos EUA Tem Interesse em Manter Relações com Vaticano, e Novos Documentos WikiLeaks Mostram EUA Pressionando Vaticano sobre Iraque, e OGM's.

O Código Penal italiano de 1930 (“Código Rocco”), considerava “delito contra a personalidade do Estado injuriar ‘a honra ou o prestígio do chefe de governo’" (artigo 282) (5), criado pelo governo fascista de Benito Mussolini (1922-1943), quem igualmente contou com apoio da Igreja cristã local para seu governo racista e sanguinário (aliado direto do nazismo). Tal código personalista e reacionário, que colocava o líder acima da lei, também encontrava justificativa na absurda interpretação de Romanos 13, ou melhor, de um único verso de Romanos 13 conforme mencionado mais acima. Um ano antes, Mussolini e o papa Pio XI haviam assinado o Tratado de Latrão, dando ao Vaticano o status de Estado, o qual, por sua vez, concedeu suas bênçãos ao fascismo, levando milhões de italianos consigo - em nome de Deus, claro.

Pois até hoje, em grande parte das igrejas cristãs, tanto católicas quanto protestantes, ensina-se abertamente tal princípio (enquanto o governo for de sua preferência) crido e seguido fielmente por seus seguidores. Essa ideia é válida inclusive, e sobretudo, às próprias lideranças religiosas que deixam de simplesmente ocupar cargos (diácono, por exemlo, vem do grego mordomo; pastor, padre ou qualquer cargo correspondente, assim como o próprio diácono é previsto em I Timóteo 3 como serviçal da comunidade) e, autodenominando-se autoridades, colocam-se como autoritárias, aquelas que mandam absolutamente acima do bem e do mal, totalmente fora do contexto bíblico e das necessidades de comunidades cristãs que, em tese, são ou deveriam ser casas de oração e louvor (distorção totalmente de acordo com as "necessidades" dessas "autoridades religiosas", claro, transformando o que deveriam ser simples casas de oração em minicentros políticos mais centralizadores que o próprio sistema político, com hierarquias impositivas, nada transparentes e excessivamente interesseiras).

Além de I Timóteo 3 mencionado acima, outra passagem que retrata bem a ideia bíblica que desfaz totalmente tal personalismo religioso, dependência de figuras autoritárias está registrado em I João 2: 27: "Vocês receberam o Espírito Santo, que vive em vocês, dentro dos seus corações, a fim de que não precisem de ninguém para ensinar-lhes o que é direito. Porque Ele lhes ensina todas as coisas, e Ele é a Verdade".

Ainda sobre o conceito de autoridade reivindicado por lideranças religiosas, disse Jesus (Mateus 23): "Somente Deus é o Mestre e todos vocês estão no mesmo nível, como irmãos", algo jamais ensinado na maioria das casas religiosas. Um sistema de obediência cega, mesmo diante de corrupção descomedida e tirana, é prevista por regimes ditatoriais e totalitários, como o militar no Brasil e o de Hitler ao contrário da Bíblia, que condena imposições mas inculca o ser humano à prestação de contas e igualdade, cuja ausência é o caminho mais seguro ao corrompimento humano. "E lembrem-se que seu Pai Celestial, a quem vocês oram, não tem preferidos quando julga (...)" (I Pedro, 1: 17), "isso porque Deus trata a todos com igualdade" (Romanos, 2: 11).

Entre tantas outras na Bíblia, a própria passagem de Mateus 7 citada mais acima, em que Jesus nos aconselha cautela alertando que nem todos que falam como gente religiosa realmente são assim, é uma explícita evidência de que devemos ser analíticos, o que implica ativismo intelectual e nas atitudes, jamais passividade. Portanto, quem acredita ou ensina que existem seres humanos merecedores de tratamento diferenciado mesmo diante dos maiores absurdos, subtraindo e ferindo a liberdade do próximo e/ou de todo um povo, isentos de responsabilidades e de prestação de contas que os coloca acima da lei, do bem e do mal, não argumenta de acordo com o Evangelho da graça de Deus (ainda que faça tudo isso em nome dele).

Observa Caio Fábio: "(...) Os líderes religiosos são privados deste poder exercido [sobre a vida das pessoas], daí eles preferirem pregar uma graça [bondade de Deus que faz as pessoas livres] barata, sem o explanar das verdades e liberdades que a graça promove, justamente para poder manter o poder de controle acumulado sobre as vidas dos membros dessa confraria chamada “igreja”.

"(...) Ouvi outro dia de um presbítero que as pessoas não sabem viver com liberdade, por isso tem que haver regras e disciplinas, porque liberdades excessivas geram libertinagem. (...) Muitos pastores e líderes religiosos vivem este medo e fobia que a graça gera, daí eles sempre querer controlar, e manipular situações e pessoas para poder ter ingerência total na vida delas, ditando as regras, e controlando todos os seus passos na vida (...)" (O Medo como Neurose e Fobia Religiosa Espiritual). Outro presbítero afirmou diretamente a nós, raivosamente conforme abordamos na Carta Aberta à Igreja Calvary International mais abaixo, que os bombardeios dos EUA no Oriente Médio estão absolutamente corretos. "E por quê?". "Porque lá, as pessoas não têm Jesus!", ao que se justificou apresentando batalhas perdidas pelos "cristãos" nos idos dos anos 800 depois de Cristo.

As palavras de tal presbítero conservador apenas vêm selar todas as evidências do caráter centralizador, retrógrado, autoritário das mentalidades e do sistema religioso em geral. O raciocínio desse ditador religioso deixa claro que ele é favorável a um regime ditatorial também na política (os religiosos, altamente personalistas, geralmente vão além e apreciam o totalitarismo, assim como é o sistema interno da maioria das igrejas - em simples conversas políticas eles manifestam, de maneira evidente e até exaltada, grande simpatia por personalismos e sistema mais rígido, impositivo na política).

É exatamente nesse tipo de discurso e de prática religiosa que coloca cabresto nas pessoas tirando delas a liberdade de consciência, afastando-as da essência do Evangelho colocando-o como uma religião meramente intelectual e estereotipada ao invés de experiência interior, que políticos mais corruptos se apoiam - e são apoiados -. Substituiu-se a relação direta do homem com Deus e o incentivo disso, por intermediários - sacerdotes, pastores, padres, presbíteros, bispos - de mentalidade e caráter reduzidos que, em grande parte, acabam afastando as pessoas do Criador.

A Universidade Presbiteriana Mackenzie, que em 2003 perdeu o certificado de entidade filantrópica (a exemplo de diversas outras universidades brasileiras), já repassou ilegalmente fundos à entidade-mãe, Igreja Presbiteriana, a mesma do líder mencionado acima - escândalo de corrupção que não obteve a devida cobertura por parte da Imprensa (a maioria dos brasileiros nem sabe que isso ocorreu), nem os envolvidos foram punidos na Justiça justamente acobertados pela aliança entre política e religião corruptas -. Igreja cujo presidente, Isaías de Souza Maciel, secreto maçon de alto grau, usa o posto presbiteriano para apoiar descaradamente políticos, tendo colocado sua última candidata a presidente da República, Dilma Rousseff, como "o apóstolo Paulo do século XXI" durante a campanha eleitoral de 2010, levando consigo e às urnas dezenas de milhares de pastores, e dezenas de milhões de membros das mais diversas ramificações ditas evangélicas (veja vídeo Líder de 27 mil pastores pede apoio à Dilma (Presbiteriano), ao final deste artigo).

Além de considerar-se autoridades espirituais proféticas ao estilo do Velho Testamento, elo entre seres humanos e Deus (com o diferencial que na Antiguidade os profetas viviam pela causa de Deus, doavam o que tinham por ela e tomavam a frente das pessoas, enquanto hoje são servidos pela religião que dá status e enriquece), lideranças religiosas tratam equivocadamente as respectivas comunidades locais como o Templo de Deus construído por Salomão, ou a Igreja de Jesus alegada pelo apóstolo Paulo em referência e contexto totalmente diferentes.

Exercem autoritarismo sob a mesma ideia do Código Rocco fascista, autodenominado-se representantes, "embaixadoras de Deus", não seguidoras de Jesus. Um dos países em que vigoram fortemente tal princípio ainda hoje são os próprios Estados Unidos de Nixon, Bush e Obama das invasões beligerantes em nome de Deus, orações ao povo sofrido e trilhões de dólares em socorro às instituições financeiras - conceito semelhante ao do Estado de Mussolini imperante especialmente dentre adeptos do Partido Republicano, mais conservador (princípio válido, mais comumente, se o governante for igualmente republicano, claro).

Tal comportamento advindo da retórica de submissão incondicional falsamente apoiada em Romanos 13, é uma hipocrisia contraditória levando-se em conta a própria história dos Estados Unidos, de cuja independência os norte-americanos tanto se orgulham baseada essencialmente nos protestos combativos dos colonos da Nova Inglaterra (hoje Estados Unidos) contra a metrópole (Inglaterra, maior potência mundial à época) - rebeldia que tantas vidas custou entre tantas histórias de luta em todo o mundo, nacionais e internacionais -, além das próprias insubordinações cristãs ao longo dos séculos, que tornaram possíveis termos hoje a Bíblia.

Tudo isso dentro do contexto bíblico tendo o Evangelho como chave interpretativa, deixa claro que promover a paz, muitas vezes, requer atitudes firmes e que nem sempre tal promoção vai de encontro aos interesses do poder estabelecido, o que implica desobediência. Do que o Evangelho não abre mão, é que isso seja sempre dentro de padrões absolutamente pacíficos, livre de qualquer tipo de violência jamais ferindo a integridade física de outros.

Neste sentido, observa Caio Fábio: "Não existe rebeldia a favor, mas amor. Rebeldia é ir contra o Evangelho ou continuar submisso ao que vai contra ele. Do contrário, Jesus seria o maior rebelde", ideia esta totalmente a favor da mensagem do Evangelho, autoridade única e exclusiva na vida dos seres humanos, e contrária à obediência a pessoas acima de qualquer coisa, conforme ensina a maioria das lideranças religiosas.

Além de todas as evidências bíblicas, simples e lógicas (o Evangelho, centro da Bíblia, é simples e lógico por excelência, de confuso e místico não tem absolutamente nada), a interpretação de que lideranças religiosas pertencem à uma hierarquia que deve exercer autoridade sobre o ser humano trata-se de contradição gritante principalmente no caso particular da Igreja evangélica, dentro de seu raciocínio e reivindicação que a opõe à Igreja católica, visto que aquela nasceu justamente do protesto de católicos contra abusos da cúpula da Igreja.

É através dessa inversão toda de papeis que o sinal está sempre verde para que políticos e demais lideranças usem livremente a religião com a maior cara deslavada, tais como Hitler, Nixon, os militares brasileiros, Obama, e antes Bush para invadir o Afeganistão e o Iraque em nome de sua guerra santa pessoal - como tantos outros praticaram genocidas guerras sem nenhuma reprovação das grandes lideranças religiosas -, porque essas lideranças políticas sabem que vivem sob garantia de encontrar muito eco - ou muito silêncio por parte das igrejas em geral, em nome de suposta fé comodista e omissa que Jesus nunca pregou, pelo contrário.

Tal inversão precisa contar, fundamentalmente, com a ausência de memória, de senso crítico e de questionamento das pessoas para se sustentar, conforme abordamos em Em Meio ao Self-Service de Religiões, Você Escolhe: Teoria ou Paixão, mais abaixo:

"Majoritariamente, há espaço nessas casas aos medíocres intelectualmente, seres incapazes de transformar cultura em capacidade intelectual. Em muitos casos, não há a menor disposição para mudar tal estado de espírito, pois isso implicaria na perda de privilégios e status (...) Os elaboradores de doutrinas, em sua grande maioria, 'vivem da obra' no jargão deles mesmos, isto é, não vivem a vida cotidiana - não trabalham, não vivem a solidariedade, não são explorados, não pedem demissão nem são demitidos, não atravessam as ruas com as pessoas, não estudam (quando muito, fazem alguns rápidos cursos doutrinários com tudo pago, inclusive avião e hotel) enfim, não sabem o que é ser humano, ser cidadão e se sabiam, hoje já perderem esse senso, a noção prática das coisas. Vivem da religião, não para a religião, ao contrário dos profetas e apóstolos de Jesus. Moral da história: são pessoas de baixo nível intelectual cuja vida ociosa limita-se a coisas pouco produtivas, de quem não se pode esperar grandes engenharias intelectuais nem morais".

No caso do republicano Bush e de suas invasões ao Oriente Médio a partir de 2001, ficaram famosos seus argumentos de que, principalmente no Iraque, Saddam Hussein era autoritário e desrespeitava os princípios democráticos de seu país. Daí, a invasão passando por cima de todas as leis e organismos internacionais, e da própria Constituição dos Estados Unidos conforme já observamos. Fez tudo isso, o próprio Bush que no discurso buscava derrubar um líder autoritário, baseado justamente no autoritarismo supostamente outorgado por Romanos 13, e maciçamente apoiado pela população de seu país.

Mas poucos se deram conta disso, pouquíssimos se dão conta dessa aberrante e literalmente mortal contradição que marca nossa vida: os princípios democráticos têm servido muito mais como discurso e desculpa para realizar almejos corruptos. O que impera mesmo, na prática da vida cotidiana, é a maléfica democracia autoritária sem sentido do previamente insensato discurso do capítulo 13 de Romanos. Enfim, inverteram-se totalmente os papeis.

Consciente de tudo isso, o inescrupuloso Nixon incentivava que as pessoas frequentassem regularmente as igrejas quando, segundo a lógica na mente de qualquer pessoa em sã consciência, se esperaria que fosse exatamente o contrário de quem usurpou o poder como ele. Mas o então presidente norte-americano, a exemplo de tantos outros políticos e lideranças corruptas e coercitivas dos mais diversos segmentos, têm justamente as igrejas (!) como suas grandes aliadas.

Ser cristão tornou-se sinônimo de passividade, alienação e, deste modo, fácil presa para se cumprir almejos escusos. Essa é a formação que têm proporcionado as igrejas, subproduto do jogo de interesses que ela desempenha em nossa sociedade. E isso tudo também explica porque temos a sensação de que a Igreja, ao contrário do que prega o Evangelho, coloca-se acima do bem e do mal - o que não se trata de mera impressão da sociedade, mas da mais evidente realidade.

Ilustram bem tudo isso as palavras de nosso então gerente-pastor, nos idos de 2008 - colega do pastor da igreja que frequentávamos, Calvary International - quando éramos descomedidamente explorados: tal patrão, nos primeiros dias de trabalho após explicar que a situação da empresa em relação a nós era passível de processo na Justiça devido a sérias omissões, não hesitou em evidenciar a essência de sua "fé": - Mas você não fará isso aqui, Eduzinho [processá-los], pois é crente (citado em Eu Sofri Terrorismo no Trabalho - Em Nome de Jesus).

Assim como Nixon e tantos outras lideranças mundo afora, esse gerente-pastor não gostava de trabalhar com cristãos por seu caráter, senso de justiça, ativismo e demais qualidades, mas justamente por todo o contrário disso, por ter uma mente alienada, manipulável e a grande maioria dos cristãos têm aceitado viver nesse oposto, imposto por suas lideranças.

Ser cristão tem sido sinônimo muito mais de apatia, inércia e até compactuação com o sistema podre dominante, esquecendo-se de agradar a Deus antes de mais nada, a maior autoridade sobre nós e que não fará por nós o que podemos e devemos fazer, conforme observamos mais acima.

Do mesmo modo que Hitler afirmava ter vários sacerdotes como seus grandes parceiros para conquistar o povo, mantê-lo em hibernação intelectual e, se necessário, sufocar em nome de Deus qualquer descontentamento, tanto quanto padres e pastores evangélicos pediam oração às massas e até colocavam em sermões a "luta" do messiânico Bush para proteger o mundo bom da destruição do mal, muitos líderes religiosos da arrasada cidade de Joplin hoje são a garantia a Obama de que nenhuma vítima ali, sem teto nem cama para dormir, se dará conta de que enquanto elas participam de cultos e missas a céu aberto, sob sol e chuva, de pé ou sentadas em meio aos escombros, os banqueiros e donos de megacorporações de seu país estão blindados pelo governo contra qualquer trovoada e tempestade do mercado, e pior: com o dinheiro dos impostos pagos por essas mesmas pessoas hoje sem teto sequer para uma celebração religiosa. Ninguém em Joplin se lembra - certamente muitos nem sabem - que grande parte de toda a desgraça que lhes sobreveio é culpa do próprio governo federal, conforme argumentamos no início.

"Qualquer reino dividido internamente está condenado; e assim também o lar cheio de discussões e contenda" (Jesus, em Lucas 11: 17). Por isso as igrejas, enquanto instituição, estão fracas e vulneráveis, e como consequência muitos indivíduos, todos reféns da corrupção mundial - mas só pode haver unidade de verdade quando se prioriza a verdadeira Igreja no sentido bíblico, isto é, indivíduos e não instituições.

Prioridade esta inalcançável, por sua vez, sem transparência. É esse centro de perversão que, cumprindo perfeitamente o fluxo natural da vida, chama perversão - no caso, a corrupção política que se apoia cada vez mais nas instituições religiosas.

Explica bem toda essa aliança corrupta apoiada na alienação das pessoas, nossa abordagem no artigo Em Meio ao Self-Service de Religião no Mundo, Você Escolhe: Teoria ou Paixão, mais abaixo: "Uma das marcas registradas dessas casas, especialmente dentre os ditos protestantes hoje em dia e causa dos diversos males abordados neste comentário, é que se pratica muito, nos mais diversos aspectos da vida, baseado em informação (simplesmente "a letra diz, porque diz"), e/ou hábitos e costumes sem conscientização.

Enquanto por um lado isso é causa de diversos efeitos nocivos formando os famosos gramaticóides e tecnocratas da fé, por outro essa evidência fortemente enraizada em tantas confrarias religiosas é o natural efeito da corrupção, do espírito dominador e explorador delas: à grande maioria de suas autodenominadas lideranças (as quais na realidade não lideram n acepção da palavra, mas ditam) é completamente desinteressante ensinar as pessoas a pensar, a questionar, a agir e viver baseadas na consciência pois isto significaria a libertação do cabresto que lhes é imposto por aqueles que chamam de líderes.

Disso surgem as mais gritantes contradições, não apenas no que diz respeito à teoria religiosa mas sobretudo, é claro, à prática agindo de maneiras que, muitas vezes, não enganam ninguém, nem a si mesmo. Ao invés de conscientização e aprofundamento nos aspectos mais práticos da vida, abarrotam-se de teorias religiosas também chamadas de doutrinas, através das quais se perdem e aí sim, com a consciência religiosamente tranquila (ao menos aparentemente...)".

No sistema historicamente menos, bem menos claro e democrático que o próprio sistema político, as instituições religiosas, na prática e na contra-mão total do Evangelho que dizem seguir onde o próprio Jesus hoje não teria o menor espaço, são servidas da religião, fazem de si mesmas o fim gerando enormes danos na sociedade e individualmente em um número enorme de pessoas, além de servir... o poder corrupto estabelecido enquanto ser cristão tornou-se sinônimo de alienação, apatia, agressividade e muito oportunismo.

Todos servindo-se da sociedade, sempre vítima das consequências da corrupção e de suas alianças, dentro e fora das confrarias religiosas - corrupção vergonhosamente apoiada na religião mesquinha, reacionária, idólatra que nada tem a ver com o Evangelho de Jesus. Mas quando temos neste Evangelho a chave interpretativa para a Bíblia, todos os golpes em nome da religião e golpes da própria religião contra o Evangelho, são facilmente desfeitos.

A essência da mensagem de Jesus conhecida como Evangelho, continuada por Seus apóstolos, é que à fé procede o fruto como resultado mais evidente da concepção dos Seus seguidores: tal procedimento desempenha um naturalmente básico, excelentemente prático papel na vida dos que colocam sua confiança em Jesus.

No entanto, esse tipo de fé cristalina, sensata, produtiva, libertária e corajosa em antítese à pseudofé sectária que oprime, enferma, aprisiona e explora só é possível através da conscientização, jamais pela imposição nem pela manipulação. Quando o Evangelho gera conscientização, esta não aceita a religião predominantemente difundida mundo afora que apenas acoberta e agrava sua situação, formando e aperfeiçoando os piores crápulas das sociedades - em nome de Deus -, antes se inconforma e até se indigna, através do amor pelas vidas humanas, contra todo o tipo de falsificação e de perversidade, mais ainda se estes vierem escondidos detrás da religião - afirmativa esta com o aval dos atos de Jesus, do próprio contexto do Evangelho e do testemunho de milhões de indivíduos ao redor do mundo, que O amam de maneira profundamente consciente, uma postura totalmente distinta da passividade e da frieza adotada pela maioria dos religiosos de hoje, uma multidão alienada e individualista, fechada em suas paróquias sem consciência de sociedade, de seu lugar nela, da vida de Jesus e nem sequer consciência de si mesma, o perfeito acabamento religioso criado pelo sistema -.

A fé genuinamente evangélica é o ápice do claro entendimento, no espírito, do Criador, enquanto a religião dominante e dominadora é, em maior ou menor medida dependendo da ramificação sectária, um suicídio intelectual, a cegueira que esses mesmos crápulas mais necessitam para manter o status quo historicamente corrupto.

Grande parte dos envolvidos nas muitas "igrejas" de hoje - as que praticam esse tipo de "religião" apoiada na ausência de senso crítico e no domínio do sistema e das pessoas - não enxerga com clareza a realidade, possuindo uma visão agressivamente retrógrada de mundo. Aqueles que não conhecem o Evangelho de Jesus acabam tendo a ideia que é deste a culpa por tal alienação, que esse modo de vida é parte indissociável do Evangelho, mas não é: o responsável por isso tudo é o sistema religioso que foi criado, abordado aqui.

É justamente a partir dessa alienação e do seu consequente enfraquecimento da consciência das pessoas por parte de lideranças religiosas (que se apoiam nisso antes de mais nada para se manter usufruindo de suas posições, conforme argumentamos), que forças políticas corruptas conseguem, facilmente, dar os maiores golpes contra as sociedades e praticar impunemente "Guerra ao Terror", nazismo, fascismo, a própria Guerra Fria, tantos outros horrores, opressão e muita corrupção - em nome de Deus.

O caráter dominador e explorador faz parte da natureza do sistema mundial, e a religião não apenas não fica de fora, como tem sido o caminho mais fácil para se executar crimes contra seres humanos, coletiva ou individualmente, estrondosa ou silenciosamente.

Enfim, o legalismo excessivo que forma escravos da lei e não da justiça considerando apenas o direito penal (em favor do poder estabelecido), desconsiderando o direito social (em grande parte previsto na mesma lei e cabalmente na Bíblia, embora esquecido) como é peculiar da religião reacionária, não se encaixa em nada no contexto, no espírito do Evangelho revelado em frases categóricas e atos até drásticos de seus personagens, inclusive do próprio Jesus.

A Igreja, por sua vez, nada mais é que pessoas em cujo interior a brasa ardente do Evangelho está viva o qual exerce, com todos os seus valores práticos, a maior autoridade sobre nossa vida, a qual ninguém pode ultrapassar. Evangelho que abre o entendimento, Igreja que nunca morrerá, jamais passará e, está dentro de nós, defenderemos sempre a Verdade e a liberdade inalienavelmente outorgadas por Jesus, a Quem servimos e amamos a ponto de dar a vida ainda que, a exemplo dos cristãos primitivos e de todos ao longo da história sejamos estigmatizados de rebeldes pelas supostas lideranças, em sua essência dominantes e depravadas - estas sim, na prática rebeldes contra a maior autoridade sobre a humanidade, que é o Criador e muitas vezes rebeldes em nome do próprio Criador, o que é bem mais grave.

Céus e terra passarão; governos, Estados, poderes religiosos e suas vaidades também, mas a Palavra de Deus permanecerá para sempre.

O homem justo se preocupa em saber as necessidades e direitos dos pobres
mas o perverso não se importa com essas coisas

Provérbios, 29:7

Felizes aqueles que aspiram por ser justos e bons, porque terão a justiça com toda a certeza
Mateus, 5:6

Quem não conhece a história, está fadado a repeti-la tragicamente
Caio Fábio


(1) Revista Caros Amigos Especial: O Golpe de 64. Outubro de 2008;
(2) Revista Caros Amigos Especial: Comissão da Verdade, Última Chance de Esclarecer os Crimes da Ditadura. Maio de 2012;
(3) Vídeo: Documento, convite de Ku Klux Klan para encontro evangelístico com lideranças evangélicas;
(4) A Outra América - Apogeu Crise e Decadência dos Estados Unidos. José Arbex, ed. Moderna, 1994;
(5) HERITAGE, Andrew; CAVANAGH, Louise. Enciclopédia Geográfica Universal. Rio de Janeiro: Globo, 1995, v. 5, p. 306-307; PREECE,Warren E. (Ed.). The New Encyclopaedia Britannica: Macropaedia. Chicago: 15th ed., 1980, v. 9, p. 774-775 (Citado por Hidemberg Alves da Frota, em Reflexões sobre os Direitos Humanos no Mundo Muçulmano, revista do Instituto de Pesquisas e Estudos da Faculdade de Bauru. Setembro-dezembro de 2005)


Vídeos abaixo, eleições presidenciais no Brasil' 2010 (práticas de neurolinguística do mais baixo nível, note que diversas vezes se vale do termo "autoridade", pastoral e política, com suposta base bíblica (Romanos 13:1) para persuadir e atingir interesses eleitoreiros):

Pastor Glaycon Terra Pinto - Igreja Batista / Bispo Rodovalho / Culto Evangélico orienta igreja para as eleições / Irmão Lázaro está com Dilma nas eleições / Dilma recebe apoio de igrejas evangélicas / Líder de 27 mil pastores pede apoio à Dilma (Presbiteriano)

Observação/setembro de 2011: após campanha nojenta nessas pocilgas religiosas, através do festival de cinismo em seu estágio mais avançado (usando e abusando da Bíblia, o que é muito pior) assistido nos vídeos acima, vemos o governo Dilma, em apenas 9 meses, enlameadamente perdido em escândalos de corrupção generalizada. "Esperemos" para ver se algum desses politiqueiros da religião asquerosos que fizeram ampla campanha eleitoreira sob discurso ético-religioso, cobrarão atitudes da presidente ou se, ao menos, eles mesmos aparecerão para dar explicações pelo apoio dado a esse governo... Diz o velho ditado: "cada povo tem o governo que merece". Podemos, desgraçadamente, adaptar isso: "cada religioso tem isso aí, que chamam de pastor, que merece". Vergonhoso! Jogo literalmente nauseante! Silêncio sobremodo criminoso! Note nos vídeos o quanto se coloca, explicitamente, sem o menor disfarce a candidata em questão como "escolhida de Deus" - um deles, no último vídeo (presbiteriano), estabelece-a como "o apóstolo Paulo de 2010" condicionando, como todos os outros, sua vitória à vitória de Deus. Tal apelo emotivo-personalista, refugiando-se sobretudo na religião, é matéria-prima de regimes autoritários e totalitários. Qualquer um, mesmo total desconhecedor de política, sabe o que implica esse tipo de apoio político voltado às massas: o famoso toma-lá-dá-cá, muito favorecimento ilícito e um perpétuo rabo preso (disso tratamos no artigo acima). Exatamente sobre isso, veja mais vídeos abaixo:

Caio Fábio revela bastidores da "Marcha para Jesus" (financiada por dinheiro pessoal de políticos) / Caio Fábio, citando nomes: pastores maçons e igrejas lavando dinheiro político e do tráfico de drogas / Pastor Stefani Saad, ex-maçon: alta liderança das Igrejas Assembleia de Deus e Batista secretamente envolvida com maçonaria (citando nomes)


Leia: Copa e Olimpíada no Brasil - 2011: Greves e Despejos no Rastro dos Mega-Eventos, jornal A Nova Democracia, janeiro de 2012

Trechos: "(...) Além do arrocho aos operários que trabalham nas obras, outro aspecto marcante nos preparativos para os mega-eventos são os despejos e remoções forçadas que antecedem essas grandes construções. A reurbanização das grandes cidades do Brasil e seu impacto avassalador na vida do povo pobre têm sido alvo de críticas de urbanistas por todo o país.

"Estamos frente a um novo pacto territorial, redefinido por antigas lideranças paroquiais [grifo nosso], sustentadas por frações do capital imobiliário e financeiro, e amparadas pela burocracia do Estado", disse Orlando dos Santos Júnior, doutor em Planejamento Urbano da UFRJ. (...)

Leia também: Os Espertalhões da Fé, no Observatório da Imprensa em 10.1.2012

Trechos:

"(...) TV brasileira deste Brasil cínico que finge ser laico e imune à força econômica da religião e seus falsos profetas. Os canais de rádio e TV são concessões públicas, supostamente alheias aos credos e seitas religiosas que transformaram estúdios, igrejas, templos e estádios em púlpitos eletrônicos cada vez mais invasivos e escancarados.

"Não existe ninguém no governo ou no Congresso brasileiros com coragem para frear essa flagrante ilegalidade, sancionada por verbas, dízimos, patrocínios e uma farta hipocrisia. A irrestrita capitulação aos padres e pastores que lideram milhões de fiéis (e eleitores) ficou escancarada na última eleição presidencial, em 2010, quando os dois principais candidatos com raízes na esquerda – Dilma Rousseff e José Serra – sucumbiram vergonhosamente à chantagem das correntes mais atrasadas das igrejas, frequentando missas e cultos com o gestual mal ensaiado de pios devotos que não sabiam nem metade da missa, nem qualquer salmo dos evangelhos. Encenaram um constrangedor teatro de conversão medida para não ofender o eleitor mais ortodoxo. Para não perder votos, Dilma e Serra caíram na armadilha do falso debate religioso sobre o aborto – um tema que um e outro, por mera consciência política ou formação acadêmica, sabem que nos países mais evoluídos não passa de um grave e secular problema de saúde pública.

"A submissão das instâncias do Estado secular ao poder cada vez maior das igrejas pode ser medida pela intrusão cada vez mais descarada da fé nos meios eletrônicos do Brasil, que deturpam a concessão pública pelo proselitismo religioso vetado pela Constituição. A igreja católica brasileira agrupa hoje mais de 200 rádios e quase 50 emissoras de TV, contra 80 rádios e quase 280 emissoras de TV de oito braços do crescente ramo evangélico. É um domínio que se fortalece cada vez mais, embora adaptando seu perfil para fórmulas mais agressivas e despudoradas de avanço sobre o bolso das populações mais pobres, mais desesperadas, menos instruídas. (...)".


Leia também: ONGs Denunciam Igrejas por Política Partidária nos EUA, diário Folha de S. Paulo, 13.5.2013

Trechos: "Cerca de cem igrejas americanas, evangélicas e católicas, foram denunciadas no ano passado por organizações não governamentais por estarem fazendo política partidária em cultos e missas.

"(...) Os ativistas se amparam na reforma do código tributário de 1954, quando entidades isentas de impostos ficaram proibidas de fazer campanhas políticas ou endossar candidatos a cargos públicos.

"Desde os anos 50, praticamente só uma igreja por década perdeu a isenção ou foi multada. A maioria recebe apenas uma advertência. Outras, poucas, não se registram como entidades religiosas e pagam impostos para poder expressar visões políticas.

"A organização Americans United for Separation of Church and State [Americanos Unidos pela Separação entre Igreja e Estado] mandou em 2012 cartas a 60 mil igrejas no país, recordando pastores e padres da proibição de campanhas em cultos e missas.

"O grupo ateísta Fundação para a Liberdade de Religião pressiona o IRS a acabar com o 'tratamento preferencial' às igrejas. Com 19 mil membros, a entidade entrou com uma ação em janeiro pedindo "relatórios anuais detalhados" de gastos e receitas para as igrejas, 'os mesmos pedidos a qualquer outra ONG'.

"'Não pagar impostos é um privilégio. Por que as igrejas não precisam prestar contas?', diz Anne Laurie Gaylor, porta-voz da fundação."


Só existe um Deus, e um mediador entre Deus e os homens: Mamom
versão moderna da religião cristã
leia Mateus, 6: 24


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Antídoto contra Inimigos: Agir com Paixão, Descansar com a Alma

Deus observa cada um dos meus passos. (Jó, 13: 27)

Quando vou dormir, meu coração está em perfeita paz e tenho um sono bem tranqüilo
porque Tu, Deus, me dás a mais perfeita segurança. (Salmo, 4: 8)

Não se preocupe demais por causa dos perversos! Não fique com inveja dos maus e pecadores. Logo eles murcharão e secarão como a erva. Em vez disso, confie em Deus e procure fazer o bem; viva tranqüilamente em seu lugar e ponha a verdade em prática. Faça de Deus sua grande alegria lhe dará a você os desejos do seu coração. Deixe nas mãos do Senhor tudo o que você for fazer. Confie nEle de todo o coração e Ele fará o que for necessário. Ele fará a sua justiça brilhar como a luz. Mostrará claramente a todos que você está com a razão. Descanse em Deus, espere pacientemente pela sua ação. Não fique preocupado com os homens maus que conseguem sucesso em seus planos perversos. Deixe de lado essa raiva, abandone essa ira! Não perca a cabeça; isso só traz prejuízo! Esses homens maus serão destruídos, mas quem confia em Deus receberá grandes bênçãos já nesta vida. (Salmo 37)


Ele me leva aos pastos de grama bem verde e macia para descansar. Quando sinto sede, me leva para os riachos de águas mansas. Ele me devolve a paz de espírito quando me sinto aflito. Me faz andar pelo caminho certo para mostrar a todos quão grande Ele é. Eu posso andar pelo vale escuro, onde a morte está bem perto; mas continuo tranqüilo e não sinto medo. Tu, Deus, me guias e proteges constantemente! (Salmo 23)


Convivência Tolerante: Até Onde É Possível?

Existe um limite para todas as relações, individuais ou coletivas
Há tempo para tudo na vida. Inclusive o de ser mais radical e não pegar atalhos...


Vivemos a era do consumismo, do individualismo, da concorrência para as mínimas questões - até entre familiares. Enquanto o fundamental "olho no olho" para se saber quem é quem, por vezes enganoso, requer tempo e muitas considerações, mergulhamos na era das redes sociais que implicam em amizades e até namoros virtuais, em que o lado de trás do computador se tornou o esconderijo preferido, mais cômodo e, por diversas razões, bastante perigoso para muitos.

Mas o ser humano está cada vez mais limitado e isolado de diversas outras formas, as quais não se resumem às redes sociais: pizzas não apenas não são mais degustadas na pizzaria, como, na maioria dos casos, nem são trazidas à casa por nós mesmos; as compras não são mais feitas em comunidade nos supermercados, nas lojas de música, de eletroeletrônicos, mas em grande parte através da Internet. Outro fruto do individualismo somado ao culto à rapidez, agilidade e dinamismo que acabam confundidos com pressa, impulsionada cada vez mais pelo ritmo de vida contemporâneo e reforçada ainda pela publicidade midiática, são as refeições familiares dando lugar aos fast foods, dentro e fora de casa que, aos poucos, são substituídos pelos mega fast foods, suplementos alimentares líquidos ou em cápsulas, especialmente entre os mais jovens - time is money, diria Tio Sam.

Até boletins de ocorrência policial (BO) têm sido feitos unicamente pela Internet, isto é, não se tem a opção da ferramenta virtual, mas a Polícia Civil de São Paulo simplesmente não realiza BOs in loco (!), como é o caso da perda ou furto de registro geral (RG). Recentemente perdemos o RG, solicitamos BO através do sítio da Polícia Civil e a resposta automática recebida em nosso correio eletrônico foi exatamente isto (atente ao final da mensagem, em letras maiúsculas assim como enviou a Polícia): "Seu Boletim Eletrônico de Ocorrência não foi autorizado: REGISTRO INDEFERIDO: REGISTRO INDEFERIDO: O pretendido registro está sendo indeferido em razão da inconsistência dos dados fornecidos no formulário (Informar o local que foi verificado a falta do documento). / Em caso de dúvidas, ligar para: 3311-3882 / A Polícia Civil agradece sua confiança. / Delegacia Eletrônica da Polícia Civil do Estado de São Paulo / NÃO RESPONDA POR ESTE E-MAIL, POIS SUA MENSAGEM NÂO SERÁ LIDA TAMPOUCO RESPONDIDA" (!).

Não fornecemos o endereço da perda: se soubéssemos onde o documento havia sido perdido, a probabilidade de não necessitar procurar a Polícia posteriormente seria enorme, é claro, já que do contrário, geralmente, não seria perda, mas esquecimento, Pedro Bó! Contudo, os robôs da modernidade não respondem a essas dúvidas. Assim, sem ninguém para esclarecer tentamos refazer o tal BO do futuro, na segunda vez "chutando" um endereço de perda e recebemos o seguinte através de mensagem automática no próprio sítio da Polícia, na conclusão de todos os procedimentos: "Registro de Boletim Eletrônico de Ocorrência / Solicitação de boletim de ocorrência gravada com sucesso. / Para futura consulta, anote o número de seu protocolo: (...)". Nada mais... A nós, outra dúvida cruel: certo, a solicitação do BO foi enviada ou gravada (sabe-se lá o quê, exatamente), mas e agora? Ao que tudo indica, pior ainda, o BO ainda não havia sido efetivado, eis a inevitável questão: e se alguém de posse do RG perdido resolvesse fazer, de posse dele, alguma das tantas traquinagens que vemos Brasil afora naquele ínterim, Polícia? A exemplo de inúmeras pessoas da cidade de São Paulo que têm manifestado reclamações a esse respeito, nós acabamos sem nada em mãos, sem registro de ocorrência, sem documentação, sem polícia, apenas com um número sem a menor ideia de sua utilidade, nem sequer ideia de onde desaguaria aquele procedimento virtual...

As possibilidades de troca de informação, aquisição de conhecimento além das já abordadas facilidades de comunicação não possuem precedentes. Por outro lado, o fato de essas facilidades deixarem as portas escancaradas para que se coloque na tela do computador as mais profundas subjetividades, igualmente de maneira instantânea, é um perigo inimaginável, também sem precedentes à humanidade que ainda não assimilou muito bem o que tem à disposição, e como consequência não se apercebeu destes riscos que envolvem as relações sociais, e a comprovada ausência de privacidade da rede.

Dentro dessa febre da virtualidade, "dinamismo" e suas facilidades, um simples apertar de botão ou uma "colagem" resolve todas as questões, tirando do indivíduo a necessidade de pensar e de desenvolver senso crítico. E isso tudo também afasta as pessoas da vida em sociedade, do sorriso, da cortesia, das novas relações, das "trombadas" inconvenientes, dos tão mal educados "fura-filas", dos maus pagadores enfim, isola-nos de tudo o que leva a lidar e sempre aprender com as mais diversas situações, com o bom e o mau da vida.

Tal realidade tende a agravar, e de fato está acentuando de maneira cada vez mais acelerada o personalismo em detrimento da personalidade, isto é, cada vez mais lidamos com representações das pessoas que com elas mesmas. Isso faz recordar o "antes só, que mal acompanhado", enquanto "o que seria do amarelo, se todos gostassem do azul?", causa um dilema em nossa cabeça, e até posterior peso na consciência de muitos bem-intencionados que tomaram medidas preventivas mais radicais, isto é, o afastamento de indivíduos-persona.

Perante tudo isso, refletimos até que ponto deve existir tolerância em relacionamentos ou, por forças maiores, distanciarmo-nos de muitos. "Sou intolerante? Devo ser mais compreensivo?" Ou, por outro lado: "Sou muito leniente, e no final da história acabo subtraído, machucado?" Enfim, que tipo de relacionamento desejamos e qual o realmente saudável a nós? Ao qual podemos estreitar laços e do qual devemos, inevitavelmente, afastar-nos?

Para todos os tipos de relacionamento, individuais ou coletivos, um fator que deve ser imprescindível é a transparência: tratar-se com a pessoa, não com a representação dela é o mínimo que se deve esperar, seja de quem for. Se por um lado a pessoa autêntica não faz da mentira um hábito, não adota duplo discurso, não trapaceia, não rouba nem pratica coisas desse tipo, por outro o indivíduo pode ser absolutamente cristalino e, por exemplo, beber demais até praticar posteriores bobagens, ser viciado em drogas, fazer "rachas" com o carro madrugada adentro, ser fanático por algo, etc.

Portanto, ser transparente não é tudo - o ser humano deve ser transparente e mais: prudente, controlado, responsável, etc -, mas não podemos cobrar das pessoas mais que transparência: nisso está a tolerância da verdadeira amizade em que se entende o próximo, aceita-o como é sem exigir que seja como se deseja, colocando-se em sua posição e, assim, os amigos caminham juntos independente de serem "bons transparentes", ou "transparentes cheios de defeitos". Neste caso, certamente deve imperar "o que seria da Tubaína, se todos gostassem de Guaraná?", diríamos na velha e boa Laranjal.

Mas a autenticidade deve sempre existir, fator primordial a qualquer relação enquanto uma suposta "tolerância" quando ela não existe, acarretará certos e sérios danos à vida do "tolerante", mais dia ou menos dia - a intensidade da pancada será maior de acordo com a importância deste relacionamento.

Há tempo para tudo na vida: para rir e chorar, cantar e silenciar, para falar e ouvir, ser manso e ser duro, pegar a estrada ou um atalho. Tempo para ser flexível e tempo para, inevitavelmente, tomar decisões mais radicais cujos possíveis atalhos evidenciam grandes riscos e sérias consequências.

Portanto, no que tange à transparência devemos ser radicais em avaliações e decisões, enquanto, em tempos que as pessoas se fecham, competem de todas as maneiras, fantasiam-se cada vez mais com os mais superficiais trajes e maquaigens contemporâneos, na ausência dela deve prevalecer indiscutível, irremediável e inadiavelmente o "antes só, que mal acompanhado".

A vida é feita de escolhas, e antes de você, a outra pessoa optou por não ser amiga o suficiente a ponto de abrir mão do disfarce. Se queremos uma vida saudável e seletiva também em nossos relacionamentos, esse é o raciocínio lógico pelo qual devemos primar. É só uma questão de liberdade...

Setembro de 2011


Fique por dentro dos cinco pontos clássicos da capacidade ímpar da religião morta de estigmatizar seres humanos:
1. Jactância; 2. Contradição; 3. Descontextualização; 4. Engolindo Camelo; 5. Estigmatização

em:

RELIGIÃO MORTA
A Arte de Estigmatizar Seres Humanos

mais abaixo

Trecho: (...) Surpreendentemente, esse tipo de religioso encontra eloquentes argumentos e até trechos da Bíblia, dentro de sua célebre sistematização bíblica, para se safar da mesma estigmatização na qual sua mente está viciada contra os outros (geralmente, "salvação não vem de obras", "não se deve julgar ninguém" e "sujeitai-vos uns aos outros"). Para estigmatizar o próximo, é claro, também encontra cínico respaldo na Bíblia - são as doenças crônicas da religião sistemática.




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#Posté le samedi 12 juillet 2008 13:36

Modifié le samedi 02 janvier 2016 17:10

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Vídeo-clip: Secret Ambition, Michael W. Smith - Ambição Secreta (de Jesus)


Felizes aqueles que aspiram por ser justos e bons, porque terão a justiça com toda a certeza.
Felizes aqueles que procuram promover a paz - pois serão chamados Filhos de Deus.
Felizes aqueles que são perseguidos por ser justos, pois o Reino dos Céus é deles.
Quando vocês forem maltratados, perseguidos e caluniados por ser meus seguidores ótimo!,
Fiquem contentes com isso! Fiquem muito contentes! Porque uma grandiosa recompensa
Espera vocês lá em cima no céu. E lembrem-se: Os profetas antigos também foram perseguidos.

Jesus
Você sabia que...

... Lutero não saiu aos tapas com membros da igreja, nem antes Jesus com os fariseus,
mas que ambos tampouco promoveram paz com a instituição religiosa e seus mestres?


Há tempo certo para cada coisa
Eclesiastes, 3


Estudo sobre o Satanismo Infiltrado nas Igrejas Cristãs

(...) Estratégias Satânicas para a Destruição das Igrejas Cristãs

(...) 5) O Ensino e a mudança de doutrinas

(...) c. A doutrina do amor: "Não se deve julgar a ninguém". Os satanistas protegem a si mesmos com esta doutrina e os cristãos passivos não querem "ficar no calcanhar de ninguém". Assim, os servos de Satanás não são perturbados, nem suas vidas investigadas.


"A igreja está doente, ferida, contaminada. Mergulhamos em um evangelho místico, cheio de dogmas,
rituais, receitas que levam nada a lugar nenhum" (Daniel Mastral, ex-satanista convertido ao Evangelho)


Para a mudança deste quadro, não falta "estudo": falta mudança do estado de espírito! E os que
encontram maior dificuldade para isso são justamente os maiores "conhecedores", viciados em religião


Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça
Jesus



SELF-SERVICE DE RELIGIÕES
Você Escolhe: Teoria ou Paixão. Esta Escolha Lhe Valerá a Vida!


As ditas igrejas cristãs sofrem de muitos males, o maior deles é a hipocrisia escondida por trás
de se maximizar a teorização da vida de Jesus. E o de, na prática, julgar-se acima do bem e do mal 

30.12.2010

Nas últimas décadas no Brasil, tem crescido vertiginosamente o número de adeptos do Evangelho, tanto de católicos - através da Renovação Carismática - quanto, principalmente, de protestantes - sendo estes 25% da população total brasileira em 2010, cerca de 45 milhões de pessoas de acordo com dados do Datafolha. Contudo, enquanto o princípio categórico do Evangelho de Jesus é de poder transformador do caráter do indivíduo, o país piorou no quesito corrupção nos últimos anos, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Transparency International, além da realidade nua e crua do dia-a-dia, que dispensa medidores estatísticos. Por quê?

Você já percebeu que grande parte das ditas igrejas cristãs faz o máximo possível para teorizar Jesus, isto é, transformar literalmente cada passo Seu em algo absolutamente, puramente racional, doutrinário, metodológico com supervalorização do conhecimento intelectual e memorizações bíblicas, relegando virtudes espirituais e prática da fé? E que esta mesma Bíblia "serve" à maioria dos religiosos ora paras se defender e ora para acusar, ao invés destes que facilmente mudam de posição "servi-la"? Pois infelizmente é assim há séculos, faz parte da formação das igrejas, nasceram dessa maneira e tentaremos mostrar, com exemplos bem práticos, como se dá isso e, mais importante, os porquês e suas consequências.

Porque a palavra de Deus é viva e eficaz (Hebreus, 4:12)
 
Tomemos como exemplo a passagem em que Jesus deixou rigorosamente TUDO para socorrer uma menina doente, e quando chegou ela já estava morta, tendo sido milagrosamente ressuscitada por Ele (em casos assim, Jesus cobrava, quando necessário até de maneira enérgica, atitude de seus discípulos). A lição disso é dada por si só, sem necessidade de maiores filosofias para que qualquer analfabeto seja muito acrescentado em fé através dela, tirando todo o proveito espiritual possível (e o apóstolo Pedro era analfabeto, tendo sido instrumento do Espírito Santo para converter, de uma só vez, mais de 3 mil pessoas, algo sem precedentes).

Muitos religiosos (esses doutores em Deus das Bíblias anotadas, Bíblias corrigidas, Bíblias Thompson, Bíblias para damas, Bíblia do adolescente, Bíblia para atletas, Bíblia dos artistas, Bíblia Ave Maria e por aí vai) teorizam, racionalizam cada mínimo detalhe das atitudes de Jesus, passando anos e anos discutindo e tentando encontrar pêlo em ovo de pouco efeito prático, que acaba apenas dividindo e distraindo a atenção do fundamental, da verdadeira essência da vida de Jesus - isso quando leem o Evangelho propriamente, rara exceção: esse tipo de casa é caracterizada, inevitavelmente, por não fazer em suas explanações abordagens substanciais do leve e simples Evangelho, apenas curtas citações em situações mais formais de suas celebrações que acabam não sendo lembradas na exposição principal, nem no final delas por seus seguidores. Até mesmo a simples menção da palavra Evangelho é raramente feita nas prédicas de muitas dessas ditas igrejas cristãs.

Em atos milagrosos de Jesus como o citado mais acima, a intelectualidade da fé passa distante do sofrimento da menina e de sua família, de sua imensa felicidade posterior bem como da irradiante alegria do próprio Jesus com o resultado, mas pergunta-se, o objeto de estudo dos doutores em Deus - que cultuam a doutrina, a oratória ao invés de ter na vida o fim da Palavra de Deus - passa por coisas do tipo, “"Por que Jesus ressuscitou a menina, que quis mostrar, qual registro quis deixar?'”; "“Por que saiu exatamente de madrugada, não pela manhã?"” (Parábola: comparação da vida humana a um avião); "“Por que Jesus mostrou-se entristecido em público e não dentro de casa, o que quis deixar gravado no Livro?'” (Relato de trama de filme sucesso de bilheteria nos anos 70); "Por que, na advertência aos discípulos, Jesus fez uma pausa no meio dela, um silêncio, e depois prosseguiu?" (Parábola, "Prove e veja como Deus é bom", Salmo 34: diferença entre se provar um sorvete de chocolate e a bondade de Deus); "Há uma vírgula após o advérbio de tempo na frase, seguido do pronome demonstrativo 'esta' (menina) indicando proximidade do narrador quem, clarividentemente, usou o agente da passiva à menininha e aplicou o pronome oblíquo 'lhe' em vez do 'a' ao verbo 'entregar' em oportuna ênclise, o qual, por conseguinte, foi usado como verbo transitivo indireto, tudo isso clarividenciando que Jesus, quem havia aplicado pública e notória hipérbole ao substantivo 'morte' aos familiares e todos presentes, apenas quis mostrar à pobre e moribunda menininha no momento da cura milagrosa que o Velho Testamento era verídico, e que a menininha crêsse em II Reis 25:9, Zacarias 17:59, Números 31:25, Malaquias 2:13 (...)". 

E o “"suco'" que produzem de todo esse "nada", uma espécie de codificação das palavras de Jesus totalmente sem sentido de vida que retira de Suas palavras a própria vida que trazem em si, é um conjunto de teorias tão absurdo e ridículo que, além de não se aprofundar no contexto bíblico, leva Jesus a algo que, em sua essência, não foi jamais - um Jesus igualzinho a eles: frio e calculista, indiferente e sem vida, um ser pedante fechado em números, vírgulas, pronomes oblíquos, retos, relativos, metonímias, onomatopeias, advérbios de tempo, modo, trailers, parábolas, conjunto de doutrinas e muito sermão descontextualizado, com pouco ou nenhum efeito prático enquanto "o mundo sofre porque desconhece a Palavra de Deus" (Oséias, 4:6). Tudo isso se enquadra perfeitamente no que disse Jesus aos fariseus, mestres da religião à época que, segundo Ele, estavam atrás das prostitutas e dos ladrões no conceito de Deus: "São guias cegos guiando cegos, e todos cairão numa vala. (...) Guias cegos! Vocês coam um mosquito e engolem um camelo" (Mateus 15:14 e Mateus 23:24). Seres que quanto mais falam de sua religião, mais repulsa causam nas pessoas.

Alguém já presenciou a metodologia que marca este setor da sociedade, pular página à página bíblica, voltar página à página em discussão insolúvel, incapaz de tomar o contexto que apenas divide e espalha ódio? Tal prática e raciocínio que os envolve, obviamente se reflete nos mais diversos segmentos da vida, são famosos por isto: alcance intelectual que enxerga quadradinhos isolados da realidade é a essência da "fé" que se ensina hoje de maneira geral, matéria prima da dominação e da exploração por parte dos donos dos templos.

Simples e viva é a Palavra de Deus aos de coração sincero, como tudo que é de Deus é simples e belo, a exemplo de todos os seus profetas e apóstolos que levaram Sua mensagem de uma maneira poderosamente, sabiamente simples: "(...) Minha pregação parece pobre, pois não recheio meus sermões com palavras profundas e idéias de grande efeito, por medo de diluir o poder grandioso que há na mensagem simples da cruz de Cristo", disse o apóstolo Paulo, I Coríntios 1: 17.

Certamente, conhecer a Palavra de Deus é bem diferente da retórica vendida por tais mestres em Deus, fanáticos e mercadejantes da fé quem, ao contrário do que manda o mínimo bom-senso de se tomar o panorama, o contexto da Bíblia (para o que não há nenhum segredo) e de se adotar o Evangelho como chave hermenêutica, atêm-se geralmente a versos e até palavras isoladas em suas pregações longas, eloquentes e cansativas andando em círculo, enormes voltas sem levar a nada valioso que mereça tanta oratória as quais muito mais exibem pseudoconhecimento teológico que acrescentam algo realmente produtivo à vida dos pupilos, os quais deixam tais maçantes celebrações aliviados muito mais porque estas, enfim, terminaram e estão liberados do meio-sacrifício, do que por algum consolo ou alguma grande lição de vida e de virtudes espirituais, transformando a fé em um preto e branco estático, legalista, um conjunto de letras sem vida que leva instituição, figuras humanas, teologia e doutrina à frente da verdade e do amor (i.e., Evangelho).

Eles se esquecem na teoria e, claro, como consequência na prática também (passam-se anos e continuam com o mesmo caráter, nada muda na vida), de um pequeno detalhe que acaba fazendo toda a diferença: Jesus antes de mais nada amava, tinha sentimento e fazia TUDO apaixonadamente, TOTALMENTE livre de dogmas. Ele queria ver as pessoas curadas, amava o bem-estar delas! Fez tudo o que lhe foi permitido para isso, pois tinha, tanto quanto tem e sempre terá todo o poder para colocar em prática esse amor, em prol das pessoas. Simples assim!

Uma das marcas registradas dessas casas, especialmente dentre os ditos protestantes hoje em dia e causa dos diversos males abordados neste comentário, é que se pratica muito, nos mais diversos aspectos da vida, baseado em informação (simplesmente "a letra diz, porque diz"), e/ou hábitos e costumes sem conscientização. Prezam pelo convencimento baseado na persuasão e no muito falar. Exemplos de vida são, quando muto, meros acessórios.

Enquanto por um lado isso é causa de diversos efeitos nocivos formando os famosos gramaticóides e tecnocratas da fé, por outro essa evidência fortemente enraizada em tantas confrarias religiosas é o natural efeito da corrupção, do espírito dominador e explorador delas: à grande maioria de suas autodenominadas lideranças (as quais na realidade não lideram na acepção da palavra, mas ditam) é completamente desinteressante ensinar as pessoas a pensar, a questionar, a agir e viver baseadas na consciência pois isto significaria a libertação do cabresto que lhes é imposto por aqueles que chamam de líderes.

Disso surgem as mais gritantes contradições, não apenas no que diz respeito à teoria religiosa mas sobretudo, é claro, à prática agindo de maneiras que, muitas vezes, não enganam ninguém, nem a si mesmo. Ao invés de conscientização e aprofundamento nos aspectos mais práticos da vida, abarrotam-se de teorias religiosas também chamadas de doutrinas, através das quais se perdem e aí sim, com a consciência religiosamente tranquila (ao menos aparentemente...).

A conscientização é fundamental para qualquer ser humano, envolvendo todas as situações. Porém, quando se racionaliza muito determinada questão, a tendência é criar-se o efeito completamente reverso da conscientização tornando o indivíduo gelado, insensível em relação ao assunto, banalizando-o.

Neste caso particular da religiosidade predominante, tomar uma simples passagem e "desvendar" minúcias inexistentes, fazendo conexões com outras passagens bíblicas totalmente isoladas, é o que cria as maiores distorções e enfermidades religiosas fazendo ainda esses doutores em religião "debaterem vorazmente"... o amor! As maiores divisões da Igreja dita cristã hoje, dão-se por embates teológicos acerca do amor: grupos e subgrupos afastam-se de seus meios, alugam o primeiro boteco que encontram e montam uma nova igreja, efeito que parece interminável nas mais diversas sociedades.

Contudo, o que menos existe nesse embates é realmente amor - na prática, eles se esquecem do que discutem selvagemente pois a esquizofrenia religiosa os cegou, a teoria excessiva que se perde em doutrinas e mais doutrinas os fez perder a noção prática das coisas. Nos debates sobre amor, paz, justiça, o que vale mesmo é a vaidade teológica e os interesses próprios, tudo isso disfarçado em longos discursos e um "banho de conhecimento bíblico".

Através disso (para nem mencionar a ganância que leva as "igrejas" a se consagrarem como verdadeiros mercadões, e as maiores casas de espetáculo dos mais diversos países, como é o caso principalmente do Brasil), o Evangelho e sua simples vivência já se perderam em meio a insuportáveis hasteamentos de bandeiras doutrinárias: Religião 10 x 0 Vida.

O Evangelho, cuja simples mensagem de paz com Deus e tanto quanto possível com o ser humano implica atitudes e renúncias, além de igualdade incondicional entre seres humanos e dependência unicamente de Deus (Mateus, 23: 9), é revolucionário demais para esse tipo de religioso escravizado, fechado e retrógrado (leia Mateus 10 e Lucas 14), por isso não se usa Jesus, a Palavra encarnada, como natural referência das interpretações enquanto toda a Bíblia gira em torno Dele e do próprio Evangelho, mas o que impera nas prédicas, recheadas de parábolas criadas por esses mesmos pregadores, é a vida dos profetas do Antigo Testamento ligadas a uma ou mais passagens das cartas de Paulo - daí, extrai-se a religião dos sonhos. É exatamente através dessa sutil exclusão do Evangelho de Jesus que a história registra os maiores desvios das igrejas cristãs, levando inclusive a atos dos mais deploráveis recheados de sistematizações bíblicas.

Vale observar que Jesus costumava usar parábolas, simples comparações para fazer as pessoas pensar sobre princípios e valores espirituais, não para formar opinião e definir conceitos em massa como se costuma fazer hoje em explanações apresentando muito mais pontos de vista pessoais, tendo o Evangelho, quando muito, como acessório do que efetiva explicação da essência da Palavra de Deus em seu contexto mais amplo.

Exemplos evidentes da perversão da mensagem do Evangelho temos de sobra, e mais uma delas é que uma celebração hoje em dia baseada na simples leitura de cinco capítulos do Evangelho, mais alguns capítulos inteiros de cartas apostólicas para terminar a reunião com uma hora de louvor e oração a Deus seria algo impensável, inimaginável dada a importância que cada vez mais adquirem as prédicas e seus formalismos cultuados sem que muitas pessoas percebam a distorção envolvida nessa cerimônia toda na qual, sutilmente, prevalece o conteúdo do "sacerdote" com suas visões, opiniões, parábolas pessoais e trailers, sobre a simples e poderosa Palavra de Deus que fala por si só sem precisar de ajuda, menos da "esforçada", "pelejante" ajuda em que "sacerdotes" se "desdobram" intelectualmente para "apresentá-la" - sem necessitar de ajuda humana, desde que priorizada (o que não exclui comentários e compartilhamento de ideias se centradas fundamentalmente no Evangelho, o qual é apesentado com conteúdo cada vez mais raso no meio religioso em geral). Trata-se do "outro Evangelho" imperceptível, para nem entrar na questão dos "novos Evangelhos" bastante perceptíveis - um mar de livros doutrinários que substituem crescentemente a leitura da Palavra de Deus.

Conforme lemos no capítulo 13 de Mateus, Jesus foi perguntado pelos discípulos do porquê de usar parábolas: "Explicou-lhes que só a eles era permitido entender a respeito do Reino do Céus, aos outros não". Pessoas que tinham coração duro acabavam não entendendo o que Jesus queria dizer, mesmo dentre os mestres da sã doutrina religiosa, enquanto os humildes de espírito, isto é, os de coração ensinável entendiam facilmente tudo aquilo, mesmo os menos letrados. Contudo, tal princípio está distorcido hoje em dia, descobriram que usar parábolas é uma maneira fácil também de vender seus próprios conceitos, distantes da essência do Evangelho.

Ainda em relação à compreensão de parábolas, outra evidente realidade que podemos trazer aos dias de hoje é que questões simples que qualquer pessoa de coração aberto entende rapidamente, aplicando à vida prática sem maiores filosofias, sem necessidade de discussão nem de longos sermões, justamente os mais apegados á letra e suas sistematizações da fé são os que tendem a fazer complicações chegando apenas até certo ponto com sua racionalidade sem conseguir, contudo, conscientizar-se desses ensinos (i.e., entender no espírito): cumpre-se, assim, as previsões bíblicas de que a sabedoria espiritual não se alcança através da inteligência humana.

Quanto mais esses doutores estudam, menos entendem, menos bom senso possuem e mais confusão criam a partir do nada, substituindo a simplicidade do Evangelho baseada na sensatez advinda de um coração humilde, por sistematizações bíblicas que apenas reduzem a mentalidade das pessoas levando inevitavemente às egoístas e odiosas fragmentações: "Uns estão dizendo: 'Eu sou seguidor de Paulo'. Outros dizem que estão do lado de Apolo ou de Pedro; e outros ainda que só eles são os verdadeiros seguidores de Cristo. E assim vocês, de fato, partiram Cristo em muitos pedaços. Mas será que eu, Paulo, morri por seus pecados? Alguém de vocês foi batizado em meu nome?" (I Coríntios, 1: 12).

Outra naturalmente trágica consequência de toda essa excessiva teorização bíblica, é que a retratação (pedidos de perdão por equívocos) prevista no Evangelho como fundamental à vida do indivíduo, também acaba reduzida à poucas palavas - quando muito, ou geralmente a uma só palavra: "perdão", sem maiores gestos, sem a necessária conscientização, sem o reconhecimento e as tentativas de reparação naturais em um ser arrependido que busca, de todas as formas, refazer-se de seus equivocados atos e/ou palavras.

Contudo, o perdão evangélico, tanto o pedido quanto sua aceitação,são total e generalizadamente atos formais, meramente mecânicos e, se não bastasse, hoje em dia, com o advento da Internet e a consagração das "relações virtuais", tal formalismo muitas vezes se dá através de correios eletrônicos e de redes sociais.

E quem tenta viver na acepção da palavra, vivenciar os ensinos de Jesus de maneira alternativa a essa agressividade teórica e opressora, na contra-mão desse sistema cínico, encontrará muita resistência generalizada, provará invariavelmente o mal-estar das pessoas a começar por suas lideranças já que esse sistema faz parte da macabra arte da subjugar e acumular riquezas. Um sistema incompatível, que não pode aceitar pessoas que saiam da mediocridade que os marca: os donos dos templos sentem-se permanentemente ameaçados por cabeças que pensam, enquanto seus macacos de auditório sentem o natural incômodo com tais seres em seu meio por mais dotados de boa-vontade e da humildade bíblica que sejam estes. A exclusão é iminente, agressiva, a menos que estes se façam mais um medíocre.

O amor é muito paciente, nunca arrogante nem tampouco rude (I Coríntios, 13)

Para essas casas (totalmente intolerantes com o diferente, tendo-o como inimigo se alguma vírgula estiver fora de suas regras doutrinárias além de cada vez mais avacalharem, profanarem o Evangelho projetando, sobretudo no próximo, seu caráter escarnecedor e usurpador) tudo o que Jesus fez foi absolutamente racional, maquinado e poderia não ter sido feito se não fosse para que hoje possuíssemos esses “objetos de estudo e de pleno conhecimento intelectual”. Jesus fez tudo para que sirva de estudo, é a ideia desses auto-considerados letrados da fé, como argumentamos, tirando a razão principal, a natureza da vida de Jesus que é a prática, a paixão. Ele é um homem prático e apaixonado. Quando recebia impulso (do Espírito Santo) para largar a tudo e a todos e socorrer uma menininha enferma, pobre, nos lugares mais remotos de Sua terra, fazia isso movido, antes de tudo, por paixão.

Paixão que Ele não perdeu, nem Sua prática advinda dela, nem nós podemos perdê-la em nenhum segmento da vida. A partir do momento em que perdermos a paixão (equilibrada com razão, é evidente), perderemos tudo seja para observar uma flor, para alimentarmo-nos, projetar nossa vida, paixão para sonhar, lutar por ideais, para entristecermo-nos (como Jesus entristeceu-se profundamente quando chegou e viu o estado terminal da menininha), paixão para relacionarmo-nos com Deus.

O contrário disso, um racionalismo excessivo baseado em questionamentos vãos, tradições, métodos e sistematizações bíblicas nada mais é que a maneira religiosa de escravizar pessoas, de fragmentar cristãos, de gerar incredulidade, de petrificar pessoas em relação ao sentimento e ao arrependimento, e de estragar a fé de muitos conforme tem ocorrido ao longo de toda a história, inclusive dentro do próprio protestantismo primitivo que acabou estabelecendo "listas de dogmas". A partir disso, os protestantes primitivos, sob aprouve das lideranças, trataram de lançar à fogueira os que julgavam "hereges", praticando o mesmo que tanto haviam condenado em relação aos católicos, e que lhes valeu justamente o título de protestantes.

Vale também apontar que, no campo social mais amplo, Lutero apoiou os príncipes alemães contra os trabalhadores do campo que, vivendo em completa miséria e sob profunda exploração, clamavam por melhorias das condições de "vida" (guarde esta palavra) - em nada obediente aos apelos de Jesus em favor dos pobres e injustiçados, mas oportunisticamente favorável aos mais poderosos da época. Alguma semelhança da maioria das ditas igrejas cristãs de hoje com seu grande mestre fundador?

Foram ainda calvinistas (correspondentes aos presbiterianos de hoje) ingleses os que financiaram a colonização da América do Norte em meados do século XVI, sob o manto de povo eleito, predestinado a se apropriar daquele território após exterminar quase por completo seus milhões de habitantes "retrógrados", através de ataques com requintes de extrema crueldade que torturavam e assassinavam em massa, enquanto se apoderavam das diversas riquezas naturais de uma terra muito mais rica que a britânica.

A América hispânica e lusófona, por sua vez, foi invadida e seus habitantes também levados quase à extinção: de 90 milhões no início do século XVI, em apenas um século e meio os povos nativos "selvagens" foram reduzidos a três milhões e meio (!), pelos donos do poder "civilizado" sob aos bênçãos do Vaticano bem como da Igreja católica na Espanha e em Portugal que o representavam, em nome da expansão dos impérios que, ao seu bel-prazer, aniquilaram vidas e jogaram por terra, para sempre, inúmeras culturas milenares além de terem deixado um continente que é hoje, desde a "independência" de cada uma das respectivas nações, o mais desigual do planeta muito embora seja o mais rico em biodiversidade, por outro lado uma terra profundamente desgastada por seu uso excessivo - o que afeta profundamente o clima - e sociedades oprimidas ainda hoje sob as feridas ainda não cicatrizadas do genocídio que durou séculos (leia mais sobre isso em O Choro da América, aqui no Blog).

Enfim, a fundação de uma nova religião, no caso dos protestantes, enquanto a manutenção e expansão de outra, a católica, valiam a vida, passavam por cima dela indiscriminadamente. Trata-se de mais uma evidência do sectarismo religioso, a teoria, a filosofia religiosa que ao longo dos séculos até os tempos atuais enferma, aprisiona, explora, mata corpos e/ou almas.

O conhecimento que a Bíblia se refere é espiritual, através de experiências práticas com Deus que geram sabedoria igualmente espiritual - a baseada no racionalismo e sabedoria humana ao invés do efetivo conhecimento da pessoa de Deus e Suas virtudes para entendê-lo, acabam ofuscando tal entendimento além de causar muita confusão: "Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Deus, em sua sabedoria, providenciou para que o mundo nunca O encontrasse através da inteligência humana" (I Coríntios, 1). Há um só dogma: Deus é amor, ama toda a humanidade e toda a Sua criação sem nenhuma distinção, e enviou Jesus para demonstrar esse amor que religa o ser humano a Ele. O resto, é esquizofrenia dogmática de teólogos e seus seguidores, ou ganância por vender livro doutrinário.

Jesus andava com os chamados "pecadores" e não com os fariseus, mestres da religião bíblica à época: os primeiros reconheciam sua condição e, com coração aberto, permitiam diálogos práticos, vivenciais com Jesus que acabavam transformando a vida deles em sua essência, enquanto com os fariseus isso tudo era impossível, desde o diálogo mais simples acabava sendo levado a embates teológicos. "Certamente, os perversos e as prostitutas arrependidos entrarão no Reino antes de vocês", disse Jesus aos fariseus.

O Evangelho e sua difusão vêm da relação, não da mera oratória nem de algo puramente mecanizado, intelectualizado conforme tem preponderado no meio religioso, e Jesus pregava sobretudo através de relacionamentos apaixonados com as mais diversas pessoas - Sua vida era uma pregação viva como ordenou que fosse a nossa, o que não depende de estudos da religião nem de neurolinguística mas advém da relação com a vida -, convívio de Jesus que vinha da alma e gerava profunda indignação nos fariseus (leia Mateus 9). Ao contrário de teólogos e de grandes debatedores doutrinários em geral, Jesus resolvia as mais controversas questões com um gesto, com um olhar, com um abraço, com um estender de mão.

Tendo em vista esse caráter sectário dos fariseus, Jesus disse:

Que direi Eu a respeito desta nação? Esta gente é como crianças que estão tocando, e dizem aos seus amiguinhos: 'Nós tocamos música de casamento, e vocês não se alegraram; então, tocamos música de enterro, e vocês não ficaram tristes'. Porque João Batista não bebe nem vinho e muitas vezes fica sem comer, então vocês dizem: 'Está louco'. E Eu, o Messias, tomo parte em festas e bebo, vocês se queixam e dizem que sou 'um comilão e bebedor, um homem que vive andando por aí com a pior espécie de pecadores! Mas homens brilhantes como vocês podem justificar todas as suas contradições! Ai de ti, Corazim, e ai de ti, Betsaida! Porque se os milagres que Eu fiz nas tuas ruas tivessem sido feitos em Tiro e Sidom, há muito tempo aqueles povos teriam se arrependido com vergonha e humildade. Verdadeiramente, Tiro e Sidom estarão em melhor situação no Dia do Juízo do que Corazim e Betsaida! E tu, Cafarnaum, embora altamente honrada, descerás ao inferno! Porque se os admiráveis milagres que operei aí tivessem sido feitos em Sodoma, a cidade ainda existiria hoje. A situação de Sodoma será melhor do que a sua, no Dia do Juízo". E Jesus fez esta oração: "Ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, Te agradeço porque escondeste a verdade daqueles que se julgam tão sábios, e a revelaste às crianças! (Mateus, 11: 17 a 25).

Alguma semelhança com os religiosos e usurpadores do "poder religioso" ao invés de liderar dos dias de hoje?

Psicopatas agem e reagem friamente em relação aos seus erros, sem nenhum sentimento de culpa (*nota ao final deste artigo). Invariavelmente manipuladores, têm ativada com muito maior intensidade a parte racional do cérebro, em detrimento das emoções (relacionadas às paixões, ao sentimento, ao arrependimento), o que os torna indiferentes e insensíveis. Estudos apontam que o número de psicopatas cresce vertiginosamente na sociedade brasileira, ao mesmo tempo que vemos religiosos apresentando, dentro desta realidade, claros traços psicopatas: frios, arquitetos de famosas manipulações no meio e exageradamente racionais, são também famosos por matar fantasmas a facada combatendo raivosamente diferenças doutrinárias, reagindo de maneira meio que esquizofrênica em relação à cada vírgula fora do lugar dentro do que acreditam teoricamente correto. "Não é pela força, nem com poder que vocês vencerão. Será pelo meu Espírito" (Zacarias, 4: 6).

Mudando assustadoramente o tom e o semblante, deixando totalmente de lado a tolerância intrínseca no amor de Deus, psicopatas religiosos vivem em beligerância doutrinária simplesmente descartando, escurraçando friamente indivíduos do seu meio por diferenças teóricas mínimas, enquanto adulam péssimos caráteres que partilham seus métodos religiosos e seus interesses. Quem nunca presenciou algo assim? Pois é o preponderante, situações constrangedoras bastante conhecidas que transcendem o meio cristão, afastando inclusive pessoas de outras religiões do Evangelho.

"Os psicopatas interpretam a falta de normas do mundo atual como licença para violentar os direitos dos outros, e não como espaço para a cidadania" (leia matéria). No campo religioso, essa sensação acima do bem e do mal encontra subterfúgio em doutrinas que colocam seus adeptos, autoconsiderados representantes de Deus ao invés de seguidores de Jesus, supostamente livres do julgamento de Deus, desta maneira em condição privilegiada em relação a outros seres humanos: a distorcida ideia de que pertencem a um distinto grupo, retira desses religiosos a equilibradamente saudável e fundamental consciência dos erros que leva ao arrependimento, à retratação e à regeneração, e consequentemente ao consolo e ao equilíbrio existencial.

Certamente, a ausência dessa consciência (outro extremo da culpa como permanente autoacusação e opressão), que dessensibiliza criando um inevitável círculo vicioso somada às famosas e ferozes obstinações doutrinárias e a um sistema que reprime as pessoas de diversas maneiras, é em grande parte responsável pela evidente sociopatia ou psicopatia no meio religioso, visto que ninguém nasce psicopata mas desenvolve a doença principalmente através das características acima mencionadas.

Exemplo recente, entre tantos e bastante famoso, é o da fria justificativa dos bombardeios ocidentais no Oriente Médio árabe-islamita, que aliás são também históricos. Para esse tipo de religioso, demais crimes, mortes e tanta injustiça no mundo são encarados e tratados de maneira totalmente diferente, dependendo da profissão doutrinária da vítima (leia O Discípulo de Jesus no Espelho, e Carta Aberta à Igreja Calvary, mais abaixo).

Aqui no Blog, na Segunda Página publicamos a matéria Psicopatas S.A. da revista Superinteressante, na qual estudos indicam que o número de psicopatas nas empresas é quatro veses maior que na sociedade em geral. Se se fizesse um estudo neste sentido nas igrejas, certamente o resultado apontaria a um número bastante elevado de psicopatas religiosos, enquanto qualquer pessoa minimamente observadora percebe a psicopatia religiosa como um verdadeiro fenômeno. O mais preocupante: eles não estão abertos à ajuda, mas apenas aprofundam o quadro dentro do sistema, dos interesses pessoais e institucionais, e do fanastismo decorrente disso tudo.

A revista Cadernos de Saúde Pública, por sua vez, publicou em abril de 2008 estudo intitulado Religião e Transtornos Mentais em Pacientes Internados em Hospital Geral Universitário, realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Constatou-se que, enquanto indivíduos evangélicos possuem muito menor propensão a envolvimento com álcool e drogas, o que diminui a tendência a determinados problemas psíquicos, a pesquisa concluiu que "pessoas muito religiosas em relação às que são regularmente (ou moderadamente) religiosas tiveram cerca de três vezes mais chance de ter o diagnóstico de transtorno bipolar", e membro de "igrejas evangélicas associou-se a uma freqüência maior de sintomas depressivos". Por pessoas muito religiosas, segundo a análise, entenda-se muito envolvidas com doutrinas e atividades da igreja. Dos pacientes internados, 85,9% eram das ditas igrejas cristãs (63,2% católicos e 22,7% protestantes).

Tais números contêm verdades muito relativas, mas são importantes e reforçam nossas impressões testemunhais. Como tais estudos não especificam quantos internados com problemas psíquicos adquiriram tais problemas após o ingresso às igrejas e quantos já chegaram a elas com tais distúrbios, a realidade inconteste é que, em última análise, tais números colocam mais um ponto de interrogação na instituições religiosas no que diz respeito à recuperação social, o quanto apresentam respostas efetivas às complexidades humanas, e o quanto à salubridade de seus ambientes.

De modo generalizado, a instituição Igreja tem sido origem, muito provavelmente a maior entre a sociedade, de enorme diversidade de disfunções psicológicas a partir de seu sistema aprisionante, interesseiro, intolerante que oprime e reprime baseado em teorias reducionistas, agressivas e, em grande parte, mortas.

Exemplifica muito bem isso tudo, e de maneira bem resumida, um enorme cartaz que por anos ficou pendurado na parede da sala de oração da Igreja Calvary International de São Paulo (leia Carta Aberta à Calvary mais abaixo): "Você está disposto a ensinar as nações?". Antes de mais nada, tais palavras deixam implícita a ideia de que os "irmãos na fé" estão em um nível diferenciado, superior dos demais seres humanos olhando de cima para baixo enquanto exclusivos representantes de Deus, ao invés de pessoas que possuem experiências e valores a serem compartilhados.

Quanto a estes valores, tal pergunta instigante (instiga os fieis a cumprirem a missão determinada, e instiga quem está de fora pelo caráter teórico do "desafio" que envolve a vida, limitando-a a experiências literárias) os elimina já que "ensinar" diz respeito a convencer intelectualmente as nações sobre determinada doutrina - a Igreja Calvary é batista com tendência ultraconservadora, e ao lado dos presbiterianos acredita e defende irritadamente a ideia de que o cristão é caracterizado unicamente pelo que acredita através de exercícios teóricos, e não pela maneira como vive advinda do cotidiano, do exercício da fé.

O Evangelho acaba, assim, resumido a aulas teóricas a serem ensinadas por pessoas que possuem todas as respostas, e não estão interessadas com as perguntas (parafraseando Amos Oz, escritor israelense) relegando a prática, a essência do Evangelho, se muito, a um passado remoto (estudam até mesmo as práticas do Evangelho como atitudes absolutamente racionais, previamente ponderadas e selecionadas por Jesus, a fim de servir exatamente como objetos de estudo e convencimento intelectual das doutrinas que defendem).

O Evangelho acaba, assim, resumido a um chato e exageradamente racional manual de teorias sobre Deus, a teorias comportamentais e, desta maneira, a um célebre formador de indivíduos pedantes que devem ser em tudo ouvidos, nem sempre observados... (O contra-argumento a isso são, é claro, as palavras de Jesus, "Vão ao mundo inteiro e preguem a Boa Nova a todo mundo, em toda parte", mas essa pregação, saindo do verso isolado rumo ao contexto evangélico (textos e atos), implica uma série de outros fatores que antecedem a pregação oral, tal como, sobretudo e impreterivelmente, a vivencial, interiormente experimental).

O reino de Deus não é só falar; é viver pelo poder de Deus (I Coríntios, 4:20)

Não sem motivo vemos essas pocilgas vendendo (em celebrações e em infindáveis cursinhos bíblicos pagos com devida matrícula, além do próprio sistema de arrecadação de dinheiro descomedida, sem nenhuma prestação de conta e sem o fim bíblico, que é de ajuda mútua) metodologia de fé: elas precisam optar pela teorização de tudo que for possível, e isso é efeito, não causa. A realidade é que tal subterfúgio implícito serve para, sobretudo, usar-se o explícito: escusas, colocando panos quentes no que fazem, justificando o que de mais podre existe no meio delas.

Mesmo quando se metem em tocar em temas mais práticos, é tudo complicado, de difícil solução, algo recheado de fraseologia, de fala religiosa decorada e persuasiva, até de um poeticismo vazio sempre intervalado por "cacos bíblicos" enfim, meio que inacessível a pessoas comuns, como Jesus e os que O aceitavam eram comuns e simples.

Até defesa e prática de virtudes acabam sendo, muitas vezes, cheias de legalismo, performismo e jactância religiosa, um sistema que reprime as pessoas ao invés de fazê-las livres. Majoritariamente, há espaço nessas casas aos medíocres intelectualmente, seres incapazes de transformar cultura em capacidade intelectual.

Em muitos casos, não há a menor disposição para se mudar tal estado de espírito, pois isso implicaria na perda de privilégios e status (no sistema mundial, os privilégios estão cada vez mais reservados aos medíocres, e nessas casas não é diferente, pelo contrário: em grande parte, é mais acentuado o espaço que encontra a mediocridade nelas que na própria sociedade secular, do contrário elas não poderiam se sustentar).

Precisam transformar tudo em fraseologia e "questão doutrinária" distanciando-se da prática, mesmo que inconscientemente teorizam tudo que possível porque isso já faz parte da natureza religiosa incoerente, intolerante e de baixo valor intelectual e moral delas, está intrínseco nas intenções e no próprio sistema, na estrutura dessas casas: já que se escondem atrás da religião e suas doutrinas, se o sistema for muito prático tal subterfúgio não será possível, fazendo-se necessário, portanto, que seja tudo o mais teórico que puder. Tal círculo vicioso explica por que, nessas casas, um gramaticóide da fé tem muito mais valor que um praticante da fé.

Outra importante causa nada bíblica de todo esse efeito teórico, reducionista e vazio é que os elaboradores de doutrinas, em sua grande maioria, "vivem da obra" no jargão deles mesmos, isto é, não vivem a vida cotidiana - não trabalham, não vivem a solidariedade, não são explorados, não pedem demissão nem são demitidos, não atravessam as ruas com as pessoas, não estudam (quando muito, fazem alguns rápidos cursos doutrinários com tudo pago, inclusive avião e hotel) enfim, não sabem o que é ser humano, ser cidadão e se sabiam, hoje já perderem esse senso, a noção prática das coisas.

Vivem da religião, não para o Evangelho, ao contrário dos profetas e apóstolos de Jesus - pior: sob aprouve de seus súditos... Portanto, são pessoas de baixo nível intelectual cuja vida ociosa se limita a coisas pouco produtivas, de quem não se pode esperar grandes engenharias intelectuais, nem morais.

E a tais fanáticos e intolerantes por excelência, sectários cuja causa que defendem, em sua essência, não é o Evangelho nem o ser humano em si, mas acima de tudo obsessão doutrinária e institucional (em sua quase totalidade recheada de meios escusos), qualquer suspeita de se esboçar partida desse sistema de teorias e comodismo a algo mais prático, mesmo em mero diálogo gera irritação acentuada e generalizada - um calor pelas vírgulas da doutrina que nem necessidades urgentes do próximo acabam causando enfim, a marca registrada dessas casas, gente gelada: o ser humano feito para a letra morta, não a Escritura para o homem, deste modo tornando a vida mero acessório da esquizofrenia doutrinária.

"Ninguém está mais desesperadamente escravizado, que aquele que falsamente acredita ser livre" Goethe

Logo, grande parte das atitudes no dia-a-dia e na própria igreja é baseada em amor utilitário - oportunista e/ou fanatizado, portanto instável e de pouca duração -, em métodos, tradições, algo puramente racional e mecânico muitas vezes sem o devido sentimento (algo conhecido como performismo), preocupados muito mais com reputação (i.e., com o olhar das pessoas) que com o que realmente são na essência enfim, uma sutil escravização religiosa que deságua nas afamadas "duas caras", bastante conhecidas na praça - faz-se e diz-se uma coisa, sentindo, intencionando e vivendo outra formando pessoas dementes, membros de um teatro muitas vezes cheio de folhagem, mas sem frutos em seu interior.

Performáticos, agem cada vez mais distantes do amor e da paixão, cada vez mais engessados de acordo com métodos religiosos e comportamento de outros. Alimentando-se de toda essa hipocrisia, acabam produzindo dentro de si mesmos enfermidades mentais conhecidas como psicossomáticas que mais cedo ou mais tarde se refletem no físico do indivíduo, as quais jamais podem ser resolvidas com oração nem através de "amarração do capeta" se não houver conscientização e disposição esforçada rumo á mudança, enquanto tais doenças são consequência justamente de se ir contra Deus, subproduto da enfermidade religiosa escolhida por essas próprias pessoas.

Muitos duvidando irredutivelmente que algo pode acontecer mesmo que seja bom ao ser humano e esteja registrado na própria Bíblia, se não estiver previsto em suas teorias e tradições deste modo aniquilando a fé genuína, até o falar-se de Deus e com Deus acaba, nesse sistema de escravidão, possuindo metodologias. Produzem também, a partir dessas cartilhas de fé, torrentes e mais torrentes de livros doutrinários que vendem demais, e melhoram de menos o caráter deles, é evidente - se nem a Bíblia resolve, livro gospel menos ainda...

E grande parte dos sermões e conversas de rodinhas acabam sendo os maçantes "assuntos da religião" (insuportabilidade que é outro perfeito retrato desse tipo de "fiel" medíocre): defesas de doutrinas, usos e costumes em relação a outras casas (celebrações mais animadas com palmas e saltos de alegria ou mais moderadas, vestimentas, bandas com que instrumentos e estilos musicais, mãos erguidas ou abaixadas na igreja na hora de cantar, e por aí vai a lista do ridículo), fechados em seu mundinho (nada amoroso, mas uma rede de intrigas e richas). A grande maioria, desta maneira, acaba distarindo-se ou até nem sabendo qual é a essência do Evangelho, que passa desapercebido em um ambiente condicionado a ideias pré-concebidas, vaidades, disputas, falsidade e muita agressividade.

Casas onde as pessoas não vivem a liberdade de Jesus, mas escravas da religião com opressões causadas por doutrinas, reprimidas, cheias de medos e fobias, tudo isso em antítese repulsiva à bondade (graça) de Deus, caminho oposto ao do Evangelho. Em relação a essa antítese repulsiva, Caio Fábio muito bem observa:

Porque a graça chega te desinstalando de toda realidade vivida até o dia em que é inundado por ela. A graça te coloca numa certeza incerta de crer sem ver, de acreditar sem tocar, de viver sem saber, de ser de Deus pra além de toda a realidade perceptível, tangível, de seguranças e outras realidades que são imprescindíveis para o bem viver do ser, de modo que o justo vive pela fé, e a vive na fé no Filho de Deus, a saber Jesus Cristo o Senhor. E para os líderes religiosos, tal realidade-vivência-e-fé é horrível"
(O Medo como Neurose e Fobia Religiosa Espiritual).

Casas que ainda (é claro, isso não pode faltar, é a alma do negócio) acumulam riquezas em um mundo onde, a cada seis pessoas, uma morre de fome e a cada cinco segundos morre uma criança faminta (para não ir mais além nos problemas mundias, aos quais elas se calam), gerando até ateus e revoltados com Deus no meio delas (algo bastante comum), principalmente quando se saem com argumentos assim, para justificar erros depois que esses tornam-se inegáveis, quando não há mais saída: “"Precisamos estudar a Bíblia juntos, se fôssemos todos perfeitos não precisaríamos estudar a Bíblia juntos", "O homem é falho mesmo, quem nunca errou?", "A liderança do Senhor foi estabelecida por Deus para ser obedecida, não questionada! (...)”. A mesma "liderança do Senhor" colocada por Caio Fábio, para a qual é horrível uma fé que saia muito do mero convencimento intelectual, gerando liberdade ao ser humano que, por sua vez, deságua inevitavelmente em senso analítico e independência.

Entre vários que existem, esses são alguns dos argumentos-chefe, o clássico quando vem à tona o que realmente existe na essência mal cheirosa dessas casas (bem diferente da essência de Jesus, e a palavra "cristão", isso não se escuta ensinar nessas casas gospel, significa "parecido com Cristo").

E, é claro, "o homem é falho mesmo, por isso precisamos estudar a Bíblia juntos", como se o problema dessas figuras fosse falta de conhecimento bíblico e não de caráter. Isso, enquanto vendem bandas, livros, CDs etc, mal-produzidos, tralha de péssimo gosto alegremente comprada por seus milhares de súditos - e tralha comprada a preço de mercado! No caso das músicas, além de cafonas na maioria ainda fogem do espírito do louvor a Deus, algo absolutamente particular, íntimo, enquanto um bando de bobos alegres "artistas do Senhor" sobre os palcos fazem caras e gestos de adoração a Deus devidamente ensaiados, expondo-se ao extremo ridículo.

Onde houver inveja ou ambições egoístas, haverá desordem e todas as outras espécies de mal (Tiago, 3:13)
 
Os escolásticos da fé que velam raivosamente por cada vírgula de seus argumentos doutrinários, sabem até quantas vezes a Bíblia menciona a palavra "predestinação", por exemplo, mas desconhecem princípios mais básicos de amor, tolerância e companheirismo, honestidade e bondade, é o que deixam claro com atitudes e argumentos pífios desvinculando totalmente teoria de prática, e tudo isso acaba refletindo-se, claro, em outros segmentos da vida, não se resumindo ao que diz respeito apenas à religião.

Detalhe providencial aos desavisados que nunca provaram do veneno dessa gente: aos que não fazem parte do seleto grupo dos mais-mais da fé, isto é, dos ensinadores de uma suposta sã doutrina, inquestionáveis e pavoneados líderes do Senhor que "vivem da obra" (o salário deles vem do salário do povo, entendeu?), não cabe a justificativa do "precisamos estudar a Bíblia juntos", "o homem é falho mesmo", e por aí vai... Se usar justificativa desse tipo, um simples mortal frequentador desses locais será incondicionalmente advertido pelas Comissões de Ética do Senhor, antes mesmo da advertência pelo erro cometido anteriormente.

Enquanto minorias cristãs em geral, tais como os pertencentes à Congregação Cristã, os adventistas, mormons e testemunhas de Jeová (os quais por um lado bem mais discretos e ordenados que qualquer ramificação evangélica, por outro exageradamente sectários e nenhuma beleza sob o ponto de vista de focar-se em vidas humanas como manda a Bíblia, ao invés de templos e números de adeptos), raramente estão envolvidas em casos de escândalo - financeiros, sexuais, de ofensa religiosa contra as diferenças, etc -, os católicos e principalmente os ditos evangélicos, que dão seu tradicional festival da vergonha anual em todas as partes do mundo, inflamando os ânimos da humanidade, são os primeiros a atirar as infinitas pedras estocadas de sobra em seus templos contra essas minorias, as quais nem cristãs são consideradas pelos "paladinos da verdade" que se autoproclamam (muitas vezes raivosamente) portadores de todas as respostas para as questões espirituais possíveis de serem dadas nesta vida.

Outro "pequeno detalhe": nessas minorias (que tampouco consideram cristãos os de fora, desta maneira anulando totalmente a bondade (graça) de Deus que é livre, é espírito, ultrapassa fronteiras e dogmas soprando onde quer, em todo e qualquer coração desejoso, sincero e fiel (fé) já que o coração humano é o único e grande templo de Deus, conforme a Bíblia diz), os líderes não são "profissionais" da fé, mas cada um tem seu trabalho e lidera a comunidade com transparência, tranquilidade e muita dedicação, ao contrário das Igrejas católica e evangélica, onde ser padre e principalmente pastor é uma profissão (neste segundo caso, os "missionários do Reino de Deus" ficam ricos em muito pouco tempo, passando suas "férias do Reino" na Europa e feriados na casa de campo em Miami, em um mundo de miseráveis).

Será mera coincidência que justamente essas duas instituições estejam cada vez mais confusas, e onde o nome de Deus esteja mais banalizado cada vez mais caindo em descrédito perante a sociedade, ou tal fato responde os porquês deste parágrafo e do próprio artigo como um todo?. A realidade cada vez mais evidente é que em NENHUM outro meio religioso a Palavra de Deus está tão banalizada quanto nas Igrejas católica e, principalmente nos últimos anos, na dita evangélica, de modo tão generalizado.

As igrejas ditas protestantes o são apenas quando se trata de combater, geralmente de maneira nervosa, diferenças especialmente as doutrinárias, que pouco implicam na vida mais prática ou mesmo questões morais envolvendo os de fora; contudo, quando o assunto são suas próprias contradições teóricas e, principalmente, sua baixíssima estatura moral e intelectual, soa a corneta dando início ao patético festival do subterfúgio bíblico. Por esse tipo de postura, cada vez mais pessoas de bem estão cansadas, decepcionadas e se afastando em enorme quantidade do meio deles, muitas delas revoltadas até com Deus.

Se questionado por tudo isso, um desses porta-vozes de Deus certamente dirá, cheio de agressividade peculiar e com o devido sarcasmo, parte integrante do contexto: "Salvação não vem de obras!", ou "estamos no final dos tempos, por isso a Igreja verdadeira [a deles] está em crise", isso se não estiver de mau humor.

Todavia, estando em seu estado mais normal (a famosa intolerância crônica às diferenças teóricas), a resposta para tanta prática que causa admiração negativa nas melhores lojas maçônicas mundo afora, passará pela sentença de que quem argumenta esse tipo de coisa "vai assar no fogo do inferno" - no caso particular dos chamados evangélicos, são famosíssimos por adorar tirar uma onda moralista com a cara das pessoas, sem nenhum constrangimento, e isso, em muitos casos, também faz parte do jogo segregacionista e dominador que impera no meio, enquanto em alguns outros é resultado da estatura intelectual e principalmente moral dessas pessoas, cujo ambiente as inculca a se comportar assim.

E para os equívocos de um mero pagador de dízimos e ofertas, o grau de repreensão (inevitável) virá de acordo com, 1.) Grau de amizade em relação aos donos dos templos enfim, conforme cada um se adequa às análises sintáticas dos Picaretas da Fé, e 2.) Seu nível patrimonial: o membro é avaliado e tratado segundo seu poder aquisitivo - claro, o "negócio" nessas casas, nenhuma novidade a ninguém por ser descarado em demasia, nunca foi nada espiritual; paira no ar, passeia livre nesse meio tal atmosfera, observa-se claramente nas atitudes e nos olhos as cifras incrustadas na alma dessa gente, minotauros da religião cristã (na mitologia grega, criatura que possuía corpo de ser humano e cabeça de uma besta).

Isso tudo também explica de onde geralmente vêm os afamados "grupinhos" ou "panelinhas" da maioria dessas casas. Enfim, é um sutil e ao mesmo tempo descarado comércio de indulgências da modernidade, nove séculos depois tanto do lado católico quanto, pasmem, do protestante. Enfim, Deus absurdamente girando em torno das igrejas, a serviço destas que se julgam representantes Dele (em vez de seguidoras Dele).

Por seus frutos os conhecereis (Mateus, 7:16)
 
Assemelhando-se fielmente ao caráter farisaico estereotipado, retórico, competitivo, interesseiro, fingido e invejoso, esse é o saudável ambiente dos intermináveis "estudos da Palavra", subproduto da metodologia de fé aplicada. Tais legalistas, apoiados por seus macacos-de-auditório de cérebro lavado que aplaudem entusiasticamente qualquer desafinado "aleluia" de seus "superiores na fé", posicionam-se absolutamente acima do bem e do mal não desempenhando papel de auxiliadores no caminho do Evangelho, mas sim de vozes oficiais de Deus cheias de dois pesos e duas medidas - na prática, o próprio Deus encarnado entre nós.

De maneira generalizada (com raras e honrosas exceções), os púlpitos tornaram-se, escancaradamente, palcos: motivos de todo tipo de jactância através de diversas "exibições" e até negócios (promoção de CD's, por exemplo, geralmente de péssimo gosto), tal espírito já faz parte da estrutura da maioria dessas casas, está na essência delas que leva quase que inevitavelmente a isso, cuja atmosfera se exala de diversas formas, muito práticas e evidentes. Tal jogo das vaidades é uma delas, fruto das verdadeiras intenções, presente de maneira clara e agressiva nos mínimos detalhes.

Dois exemplos que resumem bem a ópera: os líderes (autodenominados apóstolos) e fundadores de Renascer e Bola de Neve (esta dissidente da outra, deixando-a para abrir seu próprio negócio), megaigrejas protestantes neopentecostais dentre as maiores do país, não possuem passado de serviços sociais nem mesmo missionários cristãos (o que, hoje em dia, já não diria muita coisa), mas são formados em marketing com ampla e razoável experiência no ramo, respectivamente, e mestres comprovados na área (destacados sobretudo através da religião nesses quesitos).

Trocaram um baita negócio que dá status por outro que, claro, não deixam por nada - iguaizinhos aos profetas do Velho Testamento, Moisés, Abraão, Daniel, Isaías, e aos apóstolos Pedro, Tiago, Paulo. O negócio é tão abençoado que, seguindo as tendências do meio e através do qual ganham a vida, jamais se doam, igrejas espalhadas pelo país se dão em forma de franquia - iguaizinhas à igreja bíblica.

Você, certamente, já ouviu frases do tipo, "Não confie nem queira precisar de alguém dessas casas", ou "A fofoca reina nessas casas, como em nenhuma outra parte" (A Bíblia, tanto no Velho quanto no Novo Testamento, condena duríssimamente isso; o livro de Provérbios, capítulo 25, verso 18, diz que "quem fala por trás de uma pessoa, faz-lhe mais mal do que se tivesse dado uma machadada nas costas", e em I Pedro, 2: 1, "libertem-se dos seus sentimentos de ódio. Não se finjam de bons! Acabem com a falta de sinceridade e o ciúme, e parem de falar dos outros por trás"; desses detalhezinhos, na verdade de todos os detalhezinhos desse tipo, é costumeiro que os doutores do Senhor se esqueçam, em geral).

Pois, infelizmente, tratam-se de argumentos verdadeiros sobre o que impera nessas casas, e garantimos: NÃO foi o diabo quem disse isso! NÃO saíram do inferno tais palavras de advertência, como muitos deles alegam. A ideia de que um falso religioso possui potencialidade para o mal muito maior que um não religioso mau caráter é absolutamente verdadeira, pelo simples motivo que saber o que fazer e não fazer, crescendo neste conhecimento apenas teórico, vai gerando caráter cada vez mais cínico na pessoa, aflorando-se nas ações e estampado em suas mínimas expressões.

Para tudo isso, o discurso clássico é "não olhe para o homem, olhe para Jesus", enquanto eles mesmos são os maiores combatedores dos de fora - majoritariamente por questões doutrinárias, muitas vezes mínimas enquanto criam os piores ambientes em seu meio (em nome de Jesus). Na realidade, o sistema da maioria dessas casas é um convite perfeito às "duas caras" e ao falatório da vida alheia, em muitos casos até incentivado por líderes religiosos como parte da sustentação de suas posições e privilégios.

Ai de vocês, fingidos. Vão a qualquer distância converter alguém, e depois fazem a mesma pessoa duas vezes mais digna do inferno que vocês mesmos. Procuram parecer homens santos, mas por baixo desses mantos de bondade, estão corações manchados de toda espécie de fingimento e pecado (Mateus, 23)

Se havia algo que Jesus repugnava por completo, e Ele abominava muita coisa, era justamente essa teorização da fé, dissociando-a da prática - não o ativismo pura e simplesmente baseado no legalismo religioso, mas consequência da essência do ser humano que tem o Evangelho no espírito. Poucas vezes, a Bíblia revela revolta tão grande de Jesus como exatamente aquelas (plural; atenção, gramáticos da fé, plural!) manifestadas, apaixonadamente, contra os doutores da religião, intolerantes e falsos moralistas, a quem Ele usou palavras fortíssimas, tais como "raça de víboras, prostitutas e bandidos entrarão no Céu muito antes de vocês, hipócritas", comparando-os a "túmulos: lindos e enfeitados por fora, podres por dentro".

Tudo isso, certamente, explica por que as atitudes desses doutores das letras, lords da ética e do bem-dizer, andam tão distantes do que praticam e, como consequência, por que vemos tão poucos igrejeros engajados em atividades sociais - não estamos falando em abrir a janela do carro e dar moedinha -, e tão raramente exercendo algo destacado, uma influência positiva na sociedade - não nos referimos a, necessariamente, ter cara na TV nem fama.

Mas a realidade é que muito mais indivíduos e mesmo teólogos de outras religiões impactam, fazem diferença, funcionam como referência à sociedade e até marcam história servindo como grandes exemplos, enquanto a maioria dos frequentadores dessas igrejas encontra-se inerte e guetizada, totalmente fechada nas quatro paredes da paróquia com raso conteúdo intelectual e moral.

Deus não mora em templos feitos por homens. Seu corpo é a morada do Espírito Santo

A Igreja de Jesus somos você e eu, não um prédio nem sequer uma instituição - e isso eles até dizem de vez em quando, mas é pura retórica, uma teoria a mais sem nenhum efeito prático. Para se ter certeza de que se trata de palavras vazias basta observar o quanto cada casa faz de si o centro de todas as coisas e não Deus, colocando em si, enquanto instituição, o centro das prioridades e não em pessoas, além da polarização religiosa cada vez mais agravada dentro deles mesmos através das evidentes, ferozes e generalizadas divisões históricas, tanto internas em competição de vaidades e por lugarzinho ao sol, quanto as degladiações interigrejas por doutrina, por tipo de música que a banda de cada casa toca, por usos e costumes enfim, por N "motivos" transformamdo-os em uma colcha de retalhos que, no fim, não são luta pelo Evangelho mas uma baixa beligerância por interesses pessoais e pelos da instituição, uma fanática e egoísta peleja de ideias vazias, por mais clientes, os macacos-de-auditório que sustentam essas casas que se tratam mutuamente como concorrentes (sempre foi assim, ao longo de toda a história), sendo que o cliente que sai de uma à outra é geralmente hostilizado e, não raramente, tem sua vida injustificadamente mal-falada pelos "antigos irmãos na fé".

Enfim, divisões ferozes muito mais por questões metodológicas (e financeiras) que de caráter... A palavra diabo vem do latim diabolus e do grego dábolos, que significa aquele que divide, e comparando a origem da palavra à realidade das tais igrejas fica fácil concluir quem é o senhor dessas casas sisudas, exclusivistas que agressivamente se acusam reciprocamente de ser seitas (principal motivo das mais ferrenhas disputas e divisões), enquanto cada uma delas se porta exatamente como tal, de maneira absolutamente sectária.

Por mais que esporadicamente se diga que a verdadeira Igreja, no sentido bíblico, são pessoas e não catedrais, e por mais até que, vez ou outra, muito raramente se escute alguma pregação chamando à unidade, tudo isso acaba se perdendo no vazio, jamais sai da retórica, não entra na mente nem no coração das pessoas pelo simples motivo que o problema dessas casas é estrutural: tudo gira em torno das instituições - a mesma que teoricamente defende união -, inclusive a verdadeira Igreja, isto é, indivíduos, vivem em função dela que funciona como instrumento de alienação e fragmentação na sociedade.

Em nossa sociedade hoje, nada é tão centralizador, segregacionista, reducionista e inoperante quanto a instituição Igreja hoje, com exceção, talvez, dos carteis de narcotráfico. Assim, tudo e todos continuam como sempre estiveram, e qualquer coisa que aponte a mudanças são meras retóricas, murros em ponta de faca aos mais bem-intencionados que nunca saem do papel.

Pois essa verdadeira Igreja, você e eu, precisa de vida, de razão, de paixão, de caráter, e isso tudo, a prática tem-nos mostrado (e a ausência dela também), NÃO advém dos sofísticos cursinhos bíblicos promovidos por eles, do agressivo conhecimento das letras que propõem, nem das celebrações circenses recheadas de prédicas ufanistas que preponderam na praça.

Tua palavra é uma lâmpada que ilumina meu caminho (Salmo, 119:105)

As "igrejas" fazem raio-X de tudo e de todos na sociedade, inclusive dentro delas mesmas quando lhes convêm e, se julgam necessário, sob todo o rigor dentro do que acreditam ético. A óbvia e providencial conclusão da igreja no espelho exposta aqui é uma só: tanto a católica quanto a protestante, histórica, pentecostal ou neopentecostal, afastaram-se da essência da Boa Notícia de Jesus (Evangelho), que é o arrependimento como reconciliador entre o ser humano e Deus, além de uma série de atitudes e renúncias a partir do interior do ser humano.

Não é nada disso o centro da mensagem na maioria das "igrejas" distraída em doutrinas, muita teologia e delírios carismáticos que perverteram o Evangelho e, consequentemente, afastou-se totalmente da igreja bíblica sob uma série de escusas sociológicas-teológicas, mas nada evangélicas.

Distraídas do Evangelho vivo que gera paixão, uma brasa ardente que transforma o indivíduo em sua essência, as pessoas têm cada vez mais o coração petrificado, uma alma gelada. Essa é a consequência do golpe histórico que as igrejas, em geral, têm aplicado contra o Evangelho, formando um sistema que acaba produzindo o tipo de religioso que temos testemunhado, não apenas privilégio desta geração mas algo que remonta toda a história.

Tudo que se coloca acima de Deus como experiência interior (doutrina, liturgia, igreja, pessoa, cargo, ativismo, carisma, autoimagem, etc) configura-se em idolatria, e para muitos que se dizem cristãos hoje o próprio Jesus é um ídolo. E como todo ídolo é nocivo, esse Jesus deformado acaba servindo para diversos fins: massagem de ego, guerra de ideias e vaidades, preservação de reputação, obtenção de benefícios, afirmação psicológica, etc, menos como efetivo salvador da alma com suas virtuosas consequências espirituais.

Até a Bíblia tem servido como amuleto, seja o livro como objeto em si ou as próprias Escrituras servindo para os fins acima mencionados entre tantos outros, usadas geralmente através de "cacos", isto é, passagens absolutamente isoladas chegando ao absurdo de usar até meio verso, ou mesmo ¹/3 de verso (!), "cacos" através dos quais montam as maiores insensatez. Vivemos era de apostasia em estágio avançado, e assim como nos tempos de Jesus os que tem maior dificuldade em enxergar essa evidente realidade são, tão paradoxalmente, os que mais "estudam" as Escrituras, os que mais frequentam os templos.

Entre dar crédito a este texto ou aos doutores das letras farisaicos, incapazes de fazer diferença até mesmo dentro do presépio que armam (o que já seria insuficiente), fique com Jesus: lhe mostrará o que e como fazer. Bastante diferente desses ambientes anti-Evangelho que acorrentam almas e acabam estragando a fé de muitos, produzindo amargurados, incrédulos e até revoltados com Deus, Jesus é bom, fiel, poderoso, justo e bastante, mas bastante, muito, mas muito prático mesmo!

É o mesmo ontem, hoje e assim será para sempre! Está disposto a relacionar-Se conosco através de diálogos diários e íntimos, diretos entre nós e Ele (leitura regular da Bíblia ajuda muito nisso), através do dia-a-dia enfim, da própria vida e de suas maravilhas, desde aquelas estupendas até as mais singelas criadas por Deus! 

Jesus cura! Consola! Perdoa TODOS os pecados, desde que devidamente confessados e deixados para trás, e dá a paz que tanto desejamos, que tão bem nos faz! Paz sem a qual, convenhamos, não vivemos como queremos nem como Deus deseja... Essa foi a essência de Sua vinda, por isso que morreu na cruz ressuscitando três dias depois: para dar-nos VIDA, e EM GRANDE ESTILO!! A começar dentro de nós mesmos, em nosso interior enquanto nos relacionamos com o Jesus eterno, poderoso, espiritual que Se comunica conosco, fala e ensina-nos diariamente, não o histórico, doutrinário, metodológico, sisudo, brega-circense.

Se falasse todos os idiomas que há na terra, se tivesse fé para fazer uma montanha sair do lugar,
Se doasse todos os meus bens aos pobres, se não tivesse amor, de nada valeria

Enfim, se na hora de entregar Sua vida e suportar tudo, ao invés de paixão Jesus tivesse em Sua alma fraseologias, dogmas e tradições religiosas, puro racionalismo, mecanismo e metodologias de fé, semântica, sintaxe e metáforas da religião, certamente não teria aguentado o tranco, não teria havido morte nem ressurreição e tudo o que teríamos para acreditar hoje, aí sim, seriam as teorias religioso-dogmáticas vazias e sem efeito prático dos gramaticoides da fé, e no nanodeus deles.

De igrejas (fragmentadas como um todo, e dentro de cada uma) que consideram o ápice da espiritualidade apresentar verbalmente uma doutrina, mais ainda convencer ao invés de conscientizar (isto, possível apenas através da convivência e não de meros sermões, por mais bem esquematizados que sejam), que investem todos os recursos em "ensinar nações" as doutrinas ao invés de compartilhar com as sociedades vida prática e aplicar recursos em dividir o pão, não se pode esperar nada a não ser muita confusão além de terreno perfeito para oportunismo, jogo de vaidades e excessivo cinismo. Neste sistema, inclusive ativismos sociais são mais métodos doutrinários que algo interiorizado, e as sociedades sentem isso rechaçando, naturalmente, atos mecanizados além de sensíveis palavras decoradas.

Um meio que, por todo o colocado aqui, acaba com o passar do tempo petrificando a alma das pessoas, retirando delas a consciência, dessensibilizando-as e, em muitos casos, gerando pessoas amarguradas com o que veem, totalmente desiludidas após terem entregue a alma no que acreditavam ser um novo universo de amor, através de todo o poeticismo bíblico que, com o passar de um tempo não muito longo, começa a se evidenciar algo meramente retórico que não sai do papel devido à estrutura dessas casas, conforme discutido neste artigo.

Mas obrigado, Jesus o Consagrado, Você é Vida e Amor! Com Você, minha alma descansa em águas tranquilinhas, tranquilinhas, em meio a esse mundo conturbado, corrupto e perdido, que jaz no maligno.


Nota: Nos Estados Unidos imperam fortemente, desde antes de sua independência da Grã-Bretanha, igrejas que se enquadram perfeitamente ao sistema exposto neste artigo. Aí está a sociedade norte-americana...

(*) Sobre o sentimento de culpa, que conforme denotamos deve existir de maneira equilibrada (algo natural em pessoas de bom caráter), sendo seu excesso o outro nocivo extremo da indiferença psicopata, o jornal Correio do Brasil em parceria com a BBC, publicou uma matéria sobre mais recentes estudos de psicólogos internacionais, em 22 de novembro de 2012, trazendo importantes conclusões:

(...) " – A sensação [de culpa por erro ou omissão] é desconfortável, e é algo do qual queremos nos livrar. Mas a vontade de reduzir o sentimento de culpa pode nos levar a tomar atitudes positivas – diz Schaumberg. 'É esse tipo de antecipação ao sentimento de culpa que leva indivíduos a emergir ou assumir papéis de liderança' Os indivíduos com maior “tendência a sentir culpa” foram justamente os que assumiram a liderança nas tarefas.

(...)”O fato mais peculiar da pesquisa é que o sentimento de culpa geralmente é visto como algo negativo. Para Schaumberg, as pessoas que sentem mais culpa também são as que costumam assumir mais responsabilidade pelo que acontece ao seu redor. Também são as pessoas que mais costumam a aprender com seus erros.

"- Uma das coisas sobre a culpa que eu acho mais interessante, mas ainda não foi respondido é: 'Por quem nós sentimos culpa?' Quando pensamos no banqueiro pragmático de Wall Street, nós costumamos pensar que ele deveria sentir culpa em relação ao resto da sociedade. Mas na verdade, ele pode estar se sentindo culpado em relação à organização para a qual trabalha.

"Outra pesquisadora, Taya Cohen, da Universidade Carnegie Mellon, estudou a relação entre culpa e ação ética. Ela também classificou as pessoas conforme a “tendência a sentir culpa” e depois analisou o quão éticas as atitudes de cada um era.

"Uma das perguntas em um questionário era sobre qual medida seria tomada caso o participante descobrisse uma brecha na lei que permitisse que sua empresa fizesse negócios com um país acusado de abuso de direitos humanos.

"Entre as pessoas com baixa “tendência a sentir culpa”, 41% das pessoas disseram que explorariam ou poderiam explorar a brecha da lei. Entre as pessoas com maior sentimento de culpa, apenas 25% disseram que usariam a brecha.

"(...) No entanto, muitas pessoas com grande sensação de culpa costumam ser tachadas de neuróticas. Para Cohen, isso não está certo. 'Ter tendência a sentir culpa não significa que a pessoa está sempre se sentindo culpada por coisas que não fez', diz ela.

"Outro estudo liderado pela pesquisadora indica que as pessoas com maior tendência a sentir culpa costumam sentir culpa com menos frequência. Uma possível explicação é que como essas pessoas, em tese, agiriam de forma mais ética do que as demais elas teriam menos motivos para se sentirem culpadas.

"(...) Tanto Cohen e Schaumberg fazem uma distinção importante entre duas sensações distintas: culpa e vergonha. A vergonha está mais ligada a auto-estima. Enquanto a culpa é uma avaliação negativa de uma atitude em particular, a vergonha é definida pelos pesquisadores como um julgamento negativo em relação à própria pessoa, como um todo.

(...) - A tendência a sentir vergonha está associada ao desejo de esconder ou se remover de uma situação, após uma transgressão – diz Cohen. 'A sensação de culpa, por outro lado, está mais associada à vontade de reparar uma transgressão'. (...)"



Eu dei um exemplo para ser seguido: façam como eu fiz com vocês
Jesus


Sigam meu exemplo, assim como eu sigo o de Jesus
Apóstolo Paulo



Confira Vídeos:
:
Dízimo e Teologia da Prosperidade - Ladrões no Púlpito

Caio Fábio sobre Dízimo



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Vídeo: Animação de 1 minuto e meio que ilustra
perfeitamente* o espírito das igrejas em geral (daí, a fragmentação)

Note: Quando o suicida está prestes a se jogar da ponte, a religiosa grita, "Não se jogue!", ao que é contestada, "por que diabos não?", respondido por ela (com gestos e fala bem peculiares, valem ser notados), "Há muito para se viver!". Nisso, quando o suicida rebate, "[viver] o quê, por exemplo?", ela detêm a eloquência, seu raciocínio é interrompido, muda o semblante e prossegue (ou começa de novo): "Você é religioso ou ateu?", partindo para a bateria esquizofrênica das letras. Entenda quem puder, entenda quem quiser. Realidade: não se tem matado em nome da religião atirando à morte alguém disposto a viver novamente, como fez a religiosa no vídeo. Mas as letras vazias e sem vida baseadas nesta exata raiva doutrinária e nos interesses próprios, têm literalmente matado milhões de almas de diversas outras maneiras


Especial para o Blog: O pastor da igreja dessa "irmãzinha", grande empresária, avisou que ela "reconheceu o erro" no mesmo dia, em particular "para preservá-la", e o fez de maneira tão fria quanto a prática assassina. O pastor disse que como o homem não pode julgar, tudo acabou assim, sem reparação e segue como sempre esteve. Moral da história: a mesma cegueira que leva à postura indiferente de ambas as partes, faz com que não se veja que o problema não é isolado, mas estrutural na igreja formando pessoas doentes. Edu Montesanti, indignado, tentou argumentar ao que acabou condenado pela igreja, tachado de não saber perdoar e de se preocupar com "problemas sociais dos outros". Todos abraçaram a "irmã", e criaram um péssimo clima, hostil para Edu sem perdoá-lo pelo que julgaram errado nele, que acabou se afastando do meio, mal falado, rotulado de todos os lados (=julgado covardemente)


(...) Tal como haverá falsos mestres entre vocês. Estes contarão com habilidade suas mentiras sobre Deus, até mesmo voltando-se
contra seu próprio Senhor, que os comprou; porém o fim deles será repentino e terrível.
(...) E por causa deles, Cristo e o seu caminho serão escarnecidos. Esses mestres, em sua ganância, dirão qualquer coisa para se
apossar do dinheiro de vocês. Mas Deus já os condenou há muito tempo, e a destruição deles está a caminho.
(II Pedro, 2: 1 a 3)


9. Satan [anjo caído] tem sido o melhor amigo que a Igreja já teve, pois sustentou seus negócios durante todos esses anos!
(Uma das 9 declarações da Bíblia Satânica)


Que isto anime o povo de Deus a suportar com perseverança cada provação e perseguição, porque os santos dele são os que até o fim
permanecem firmes na obediência às suas ordens e na confiança de Jesus. (Apocalipse, 14:12)


Todo aquele que vencer será vestido de branco, e eu não apagarei o nome dele do Livro da Vida, e sim, anunciarei diante do meu Pai
e dos seus anjos que esse me pertence. (Apocalipse, 3:5)


Tudo quanto Deus nos diz é cheio de força viva: é mais cortante do que o punhal mais afiado, e corta rápido e profundo em nossos
pensamentos e desejos mais íntimos em todos os seus detalhes, mostrando-nos como somos na realidade. Ele sabe de cada um, em cada lugar. Cada coisa a respeito de nós está descoberta e escancarada aos olhos penetrantes do nosso Deus vivente; nada pode se esconder dele, a quem devemos prestar contas de tudo o que fizemos. Mas Jesus, o Filho de Deus, é o nosso grande Supremo Sacerdote
que foi diretamente para o céu, a fim de nos ajudar; portanto não deixemos nunca de confiar nele. Este nosso Supremo Sacerdote compreende as nossas fraquezas, visto que Ele teve as mesmas tentações que nós temos, ainda que Ele nunca cedeu a elas nem pecou. Portanto, vamos ousadamente até o próprio trono de Deus e permaneçamos lá para recebermos a sua misericórdia e acharmos a sua graça para nos ajudar em nossos tempos de necessidade. (Hebreus, 4: 12 a 16)


Mas vocês receberam o Espírito Santo, que vive em vocês, dentro dos seus corações, a fim de que não precisem de ninguém para ensinar-lhes o que é direito. Porque Ele lhes ensina todas as coisas, e Ele é a Verdade, e não um mentiroso; portanto, tal como Ele disse, vocês devem viver em Cristo, e nunca afastar-se dele. (I João: 2: 27)


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Vídeo: Caio Fabio sobre a religiosidade / 2 partes

Acesse: Caio Fabio.net



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A PALAVRA DE DEUS FALA POR SI SÓ
Ser Discípulo de Jesus, de Deuteronômio ao Apocalipse

O Senhor fará de vocês um povo santo, dedicado a Ele. Prometeu fazer isto, desde que [condicional]
vocês obedeçam aos mandamentos dados por Ele e andem nos caminhos traçados por Ele.
(Deuteronômio, 28: 9)


Se [condicional] o meu povo se humilhar e orar, e Me procurar, e se arrepender e mudar sua maneira errada
de viver, Eu ouvirei do céu as orações do povo, perdoarei os seus pecados, e curarei a terra deles.
(II Crônicas, 7: 14)


Quem confessa e abandona seus pecados, será perdoado.
(Provérbios, 28: 13)


Para que servem os sacrifícios, se vocês nem sentem tristeza quando pecam? O incenso que vocês
queimam para Mim, cheira mal. Suas festas religiosas - a lua nova e o Dia do Descanso, os seus jejuns -
não passam de grossas mentiras! E não há nada que Eu odeie tanto quanto uma religião fingida!
De agora em diante, vocês podem orar com as mãos levantadas para o céu, mas Eu não vou atender!
Podem fazer muitas orações, mas Eu não ouvirei nenhuma delas. E sabem por quê? Porque vocês são
todos assassinos! As suas mãos estão sujas com o sangue das suas vítimas inocentes.
Vamos, limpem-se de seus pecados! Limpem-se! Não quero mais ver vocês fazendo todas essas maldades;
parem de uma vez de fazer o mal!
(Isaías, 1: 12, 15 e 16)

Já que esse povo diz que é meu mas não Me obedece, já que o coração dessa gente está longe de Mim,
já que a sua religião não passa de um monte de leis feitas por homens, que aprenderam de tanto repetir
Eu vou dar uma grande lição a esses fingidos, uma lição que vai deixá-los de boca aberta. Os seus sábios
e conselheiros vão fazer papel de bobo, vão perder toda a sua sabedoria.
(Isaías, 29: 13 e 14)

Grite bem alto. Tão alto quanto uma trombeta! Anuncie ao meu povo Israel, todos os seus pecados.
Para eles que fingem ser tão religiosos! Eles vêm ao templo diariamente e se mostram muito alegres em ouvir a leitura da minha Lei - como se obedecessem a ela - como se não desprezassem os mandamentos do seu Deus. Eles Me fazem perguntas sobre como cumprir a Lei e têm prazer em participar dos atos religiosos no templo.
Eles reclamam: "Nós jejuamos e o Senhor nem notou! Fizemos tanta penitência e o Senhor nem deu importância!" Eu vou lhes explicar por que: É que mesmo no dia do jejum, vocês pensam em ganhar
mais e mais dinheiro; é porque vocês maltratam e exploram seus empregados.
Que adianta ficar jejuando, se vocês continuam a brigar e a fazer violência? Com um jejum desses,
Eu nunca responderia às orações que vocês Me fazem.
Será que o que Eu quero é apenas isso, fazer penitência, andar curvado como bambu ao vento, vestir-se
de pano de saco e sentar-se sobre cinzas? Vocês acham que isso é o jejum que agrada ao Senhor?
Não! O jejum que Eu quero ver é o seguinte: parem de explorar seus empregados, não maltratem os seus servos, perdoem as dívidas dos que não podem pagar, e não obriguem outros a trabalhar como escravos.
Além disso, Eu quero que vocês repartam sua comida com os famintos, ofereçam abrigo a quem não tem casa, dêem roupas aos que estão nus e não se escondam de quem precisa de ajuda.
(Isaías, 58: 1 a 7)

O problema são os seus pecados; por causa deles, vocês estão separados de Deus.
Por causa dos seus pecados, Deus virou o seu rosto de vocês, e não ouve mais o que vocês pedem.
Ninguém exige que a justiça seja cumprida. Nos tribunais, os julgamentos são baseados em mentiras! Vocês confiam em ilusões e espalham mentiras por toda a parte; estão sempre planejando e realizando suas maldades.
Passam seu tempo pensando em coisas ruins, piores que cobras e aranhas venenosas.
E depois executam seus planos perversos, ações para destruir outras pessoas.
Esses planos malvados não ajudam a ninguém; tudo que vocês fazem está carregado de pecado;
a violência é sua marca registrada.
Vocês correm rapidamente quando se trata de fazer o mal; são velozes para matar gente inocente! Os seus pensamentos estão voltados apenas para o pecado, e vocês deixam atrás de si um rastro de sofrimento e morte.
Nada sabem da verdadeira paz; em suas vidas não há a menor marca de justiça. Fizeram de suas vidas
um caminho torto por causa do pecado; quem andar como vocês nunca saberá o que é paz!
(Isaías, 59: 1, 4 a 8)


Se esse povo se arrepender dos seus pecados e deixar de fazer maldades,
Eu não destruirei o país como ameacei.
(Jeremias, 18: 8)


Quando você avisar o pecador e ele não se arrepender de seus pecados e desobediências, ele será
castigado com a morte por causa de seus pecados, mas você não será culpado - fez o que podia para ajudar.
(Ezequiel, 3: 19)

Se um homem pecador se arrepender dos pecados que cometeu e passar
a obedecer os meus mandamentos, fazendo o que é certo e justo diante de Mim,
sem dúvida alguma viverá. Não será morto pelos seus antigos pecados.
(Ezequiel, 18: 21)

Mas Deus lhes diz: "Vocês podem ter absoluta certeza de que Eu não fico contente
quando o pecador morre com a culpa de seus pecados. Minha maior alegria é ver o
pecador se arrepender, deixar seu mau caminho e viver. Por isso, israelitas, arrependam-se!

Arrependam-se! Abandonem seus maus caminhos! Para que morrer sem razão, israelitas?"
(Ezequiel, 33: 11)

E quando Eu disser: 'O perverso morrerá!'; se ele se arrepender de seu pecado e
começar a praticar o que é certo e justo devolvendo objetos dados como garantia
de pagamento de dívidas, obedecendo os meus mandamentos e deixando de lado
a desobediência, ele viverá, sem dúvida alguma!Não será condenado à morte!
(Ezequiel, 33: 14 e 15)


Note que o Evangelho já se inicia com clamor por arrependimento
(e isso se segue por todo ele, todo o Novo Testamento até Apocalipse):


Abandonem seus pecados, voltem-se para Deus, porque o Reino dos Céus está para chegar logo.
(Mateus, 3: 2)

Antes de serem batizados, provem que abandonaram o pecado, praticando obras dignas.
Não tentem escapar assim, pensando: Nós estamos salvos, porque somos judeus - somos
descendentes de Abraão!' Isso não prova nada! Deus pode até mudar estas pedras aqui em Judeus!
E agora mesmo o machado do julgamento de Deus está levantado para derrubar cada árvore
que não produz. Elas serão derrubadas e queimadas.
(Mateus, 3: 8, 9 e 10)

Vocês são o Sal da terra que a tornou suportável. Se perderem seu sabor,
que acontecerá ao mundo? Vocês mesmos serão jogados fora e tratados como coisa sem valor.
(...) Que as boas obras de vocês brilhem para serem vistas por todos.
Eu afirmo a vocês, com toda a verdade que: cada lei do Livro continuará de pé
até que o seu objetivo seja alcançado.
E assim, se alguém quebrar o menor mandamento, e ensinar outros a fezê-lo também,
ele será o menor de todos no Reino dos Céus
. Mas aqueles que ensinam as leis de Deus,
e obedecem a todas elas, serão grandes no Reino dos Céus
.
(Mateus, 5: 14, 15, 18 e 19)

Porém Eu advirto a todos: a menos que vocês tenham melhor caráter que os fariseus
e outros líderes dos judeus, não poderão de maneira nenhuma entrar no Reino do Céus.
(Mateus, 5: 20)

Mas vocês devem ser perfeitos, tanto como o seu Pai do céu é perfeito.
(Mateus, 5: 48)

Vocês não podem servir a dois patrões: Deus e o dinheiro.
Porque vocês odiarão um e amarão outro, ou vice versa.
(Mateus, 6: 24)

Só se pode entrar no céu pela porta estreita! A entrada para o inferno é larga,
e sua porta é bastante ampla, para todas as multidões que escolherem esse caminho fácil.
Mas a Porta da Vida é pequena e a estrada é estreita, e só uns poucos a encontram.
Cuidado com os falsos mestres que vêm disfarçados
em ovelhas inofensivas, mas são lobos, e vão despedaçar vocês.
Vocês podem descobri-los pela maneira como agem,
tal como podem identificar uma árvore pelo seu fruto.
Vocês nunca confundirão uma videira com um espinheiro! Ou figos com cardos! As diversas qualidades de árvores frutíferas podem ser rapidamente identificadas pelo exame do seu fruto.
Uma árvore que dá bons frutos, nunca dá um fruto que não se pode comer.
E uma árvore que sempre dá frutos ruins, nunca dá um fruto que se pode comer.
Por isso, as árvores que têm um fruto que não se come, são cortadas e atiradas no fogo.
Sim, o meio de identificar uma árvore, ou uma pessoa é pela qualidade do fruto que dá.
Nem todos os que falam como gente religiosa são realmente assim.
Tais pessoas podem referir-se a Mim como 'Senhor', porém apesar disso não entrarão no céu.
Porque a questão decisiva é se elas obedecem ao meu Pai do céu ou não.
(Mateus 7: 13-21)

Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha
(Mateus, 12: 30)

Este povo diz que Me honra, mas os seus corações estão muito longe de Mim
(Mateus, 15: 8)

Se não se voltarem dos seus pecados para Deus e
não se tornarem como criancinhas, nunca entrarão no Reino dos Céus.
(Mateus, 18: 3)

Certamente, os perversos e as prostitutas arrependidos entrarão no Reino antes de vocês [fariseus].
(Mateus, 21: 31)

Mas aqueles que ficarem firmes até o fim serão salvos.
(Mateus 24:13)

Portanto, estejam preparados, porque vocês não sabem em que dia o seu Senhor vem.
(Mateus, 24: 42)


O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo.
Arrependei-vos, e crede no evangelho.
(Marcos 1: 15)


Primeiramente vão e provem, pela maneira de viver, que vocês realmente se arrependeram.
E não pensem que estão livres porque são da família de Abraão. Isso não basta.
Destas pedras do deserto Deus pode fazer nascer filhos de Abraão!
(Lucas, 3: 8)

Aquele que quiser Me seguir, deve pôr de lado seus próprios desejos
e carregar sua cruz cada dia, para conservar-se junto a Mim!
(Lucas, 9: 23)

Todo aquele que não está sabendo que a sua conduta é má, só será castigado um pouco.
Muito se exige daqueles a quem se dá muito, pois a sua responsabilidade é maior.
(Lucas, 12: 48)

E ninguém pode ser meu discípulo se não carregar sua própria cruz e seguir-Me.
Assim, ninguém pode ser meu discípulo se primeiro não resolver abrir mão de todas as outras coisas, por mim.
(Lucas, 14: 27 e 33)

É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem!.
(Lucas 17: 1)

O Reino de Deus pertence aos homens que têm o coração tão confiante como o destas criancinhas.
E quem não tiver o tipo de fé que elas têm, nunca entrará no Reino de Deus.
(Lucas 18: 17)

(...) Portanto, quando todas estas coisas começarem a acontecer,
levantem-se e ergam a cabeça com ânimo, pois a salvação de vocês estará próxima.
Vigiai! Que a minha vinda repentina não apanhe vocês desprevenidos.
E eu não encontre vocês vivendo à toa, em festas e bebedeiras, ou ocupados com
os problemas desta vida, como os outros do mundo.
Tomem cuidado! Orem sempre para que, se possível, vocês possam chegar
à minha presença sem ter de enfrentar esses horrores. E se enfrentarem, ficar firmes.
(Lucas, 21: 28, 34 e 35)


Jesus respondeu: "Com toda a sinceridade que tenho, digo-lhe isto:
Se você não nascer de novo, nunca poderá entrar no Reino de Deus".
(João, 3: 3)

A sentença deles está baseada neste fato: a Luz do céu veio ao mundo, porém
eles amaram mais a escuridão do que a Luz, porque a obra deles eram más.
Eles odiaram a Luz celeste porque queriam pecar na escuridão. Ficaram longe
daquela Luz, com medo dos seus pecados serem revelados e eles castigados.
Mas aqueles que se comportam bem, têm prazer em vir para a Luz,
a fim de que todo mundo veja que eles estão fazendo o que Deus quer
.
(João, 3: 19 a 21)

Mas todo aquele que realmente come a minha carne e bebe o meu sangue,
tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no Último Dia.
(João, 6: 54)

Vocês são verdadeiramente meus seguidores, se viverem como Eu digo
Vá embora e não peque mais.
Eu vou embora; vocês Me procurarão, e morrerão nos seus pecados. Vocês não podem ir para onde Eu vou.
Vocês são verdadeiramente meus seguidores se viverem como Eu digo.
Vocês são escravos do pecado, todos vocês. E os escravos não têm direitos.
"Nosso pai é Abraão", afirmaram eles. "Não!", respondeu Jesus.
"Pois se fosse ele, vocês seguiriam o bom exemplo dele.
Vocês estão obedecendo ao seu legítimo pai quando agem desta forma.
Porque vocês são filhos do seu pai, o Diabo, e gostam de fazer as coisas más que ele faz.
Ele foi assassino desde o princípio, e também sempre odiou a verdade - não há nenhum tipo de verdade nele. Quando mente, isso é perfeitamente normal; porque ele é o pai dos mentirosos.
Assim sendo, quando Eu falo a verdade, vocês muito naturalmente não acreditam nela!
A pura verdade é que: Todos que Me obedecem, jamais morrerão!
(João, 8: 11, 21, 31, 34, 35, 39, 41, 44, 45, 51)

Aquele que Me obedece, esse é o que Me ama;
e porque ele Me ama meu Pai o Amará; e Eu também, e Me revelarei aos que Me amam.
(João 14: 21)

Meus verdadeiros discípulos dão colheitas abundantes. Isto resulta em grande glória para O Meu Pai.
Quando vocês Me obedecem, estão vivendo no Meu amor,
tanto como Eu obedeço ao Meu Pai e vivo no Seu amor.
Vocês são os Meus amigos, se Me obedecerem
(João, 15: 8, 10 e 14)


Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados,
e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor.
(Atos, 3: 19)

"Em cada nação Ele [Deus] tem aqueles que O adoram, praticam boas obras, e são aceitáveis a Ele".
(Atos, 10: 35)

Então Paulo mostrou-lhes como o batismo de João era a demonstração do desejo de voltar-se
do pecado para Deus, e que aqueles que recebiam o batismo dele deviam prosseguir e crer
em Jesus, aquele que João disse que viria depois.
Logo que eles ouviram isto, foram batizados no nome do Senhor Jesus.
(Atos, 19: 4 e 5)

"Preguei primeiramente aos que estavam em Damasco, e depois em Jerusalém
e pela Judéia, e também aos não-judeus, dizendo que todos devem abandonar
seus pecados e voltar-se para Deus - e provar seu arrependimento com a prática de obras dignas".
(Atos, 26: 20)


Vocês então não sabem que os que fazem tais coisas não têm parte no reino de Deus?
Não se enganem a si próprios. Aqueles que vivem imoralmente - que são adoradores de ídolos,
adúlteros ou homossexuais - não terão parte no seu reino. Nem tampouco os ladrões,
os gananciosos, os bêbados, os caluniadores e os salteadores.
(I Coríntios, 6: 10)


Quando alguém se faz cristão, torna-se uma pessoa totalmente nova por dentro.
Já não é mais a mesma. Teve inicio uma nova vida!
(II Coríntios, 5: 17)


Vocês podem estar dizendo: "mas que gente tão terrível, acerca da qual você está falando!"
Esperem um momento, porém! Vocês são tão ruins quanto eles. Quando afirmam que eles são maus
e deveriam ser castigados, vocês estão falando de si mesmos, pois fazem essas mesmas coisas.
E sabemos que Deus, com justiça, castigará qualquer um que fizer coisas como essas.
Vocês pensam que Deus julgará e condenará os outros por fazê-las,
e poupará vocês quando as fizerem também?

Será que não compreendem quão paciente Ele está sendo com vocês? Ou então, não se incomodam
vocês com isso? Não vêem que Ele tem esperado todo esse tempo sem castigá-los, a fim de dar tempo
para que abandonem o pecado? Sua bondade tem a finalidade de levá-las ao arrependimento.
Mas, vocês não querem ouvir; assim, estão guardando um castigo terrível para si mesmos
,
devido à teimosia de vocês em recusar-se a abandonar seus pecados; pois virá o dia da ira,
quando Deus será o justo Juiz do mundo inteiro.
Ele dará a cada um o que suas obras merecerem.
(Romanos, 2: 1 a 6)

Deveríamos continuar pecando sem nenhuma necessidade? O poder do pecado sobre nós
foi quebrado quando nos tornamos cristãos e fomos batizados a fim de sermos uma parte
de Jesus Cristo
: através de sua morte foi esmagado o poder da natureza pecaminosa de vocês.
A natureza humana inclinada ao pecado que vocês tinham foi sepultada com Ele pelo batismo
quando Ele morreu. Quando Deus o Pai, com poder glorioso, trouxe-O novamente de volta à vida,
a sua maravilhosa vida nova foi-lhes dada para que vocês desfrutassem dela.
(Romanos, 6: 2 a 4)

Os antigos desejos malignos de vocês foram pregados na cruz juntamente com Ele; aquela parte
que em cada um de vocês gosta de pecar, foi esmagada e mortalmente ferida, de maneira tal que esse corpo, amante do pecado, não está mais sob o controle do pecado e não necessita mais ser escravo dele.
(Romanos, 6: 6)

Nunca mais o pecado precisa voltar a ser-lhes senhor, pois agora vocês não estão mais amarrados à lei com que o pecado os escraviza, mas livres sob a compaixão e misericórdia de Deus.
Isto significa que agora nós podemos ir avante e pecar sem nos incomodarmos com o pecado?
(Pois nossa salvação não depende de guardar a lei, mas de receber a graça divina!) Naturalmente que não!
Será que vocês não compreendem que podem escolher seu próprio senhor? Podem escolher o pecado
(com a morte) ou então a obediência (com a absolvição)
. Aquele a quem você mesmo se oferecer, este o tomará, será o seu senhor e você será escravo dele.
Graças a Deus que vocês, embora antigamente tivessem escolhido ser escravos do pecado, agora obedeceram de todo o coração ao ensino que Deus lhes entregou.
(Romanos, 6: 14 a 17)

Vocês, porém, não são assim. Vocês são controlados pela nova natureza, se tiverem
o Espírito de Deus, morando em vocês. (E lembrem-se de que se alguém não tiver
o Espírito de Cristo morando em si mesmo, esse não é cristão de modo nenhum
.)
(Romanos, 8: 9)


Entretanto, quando vocês seguirem suas próprias inclinações erradas,
suas vidas produzirão os seguintes maus resultados: pensamentos impuros; ansiedade pelo prazer carnal,
idolatria, feitiçaria, (isto é, incentivo à atividade dos demônios); ódio e luta; ciúme e ira;
esforço constante para conseguir o melhor para si próprio; queixas e críticas; o sentimento
de que todo mundo esta errado, menos aqueles que são do seu próprio grupinho; e haverá
falsa doutrina, inveja, assassinato, embriaguez, divisões ferozes e toda essa espécie de coisas.
Vou dizer-lhes novamente como já o fiz antes, que
todo aquele que levar esse tipo de vida não herdará o reino de Deus.
(Gálatas 5: 19 a 21)


Antigamente estavam sob a maldição divina, condenados eternamente por causa dos seus pecados
(Hoje, convertidos ao Evangelho = arrependimento dos pecados, não há condenação, grifo nosso *).
Seguiam a multidão e eram bem iguais a todos os outros, cheios de pecado e obedientes a Satanás, o poderoso príncipe do poder dos ares que está operando agora mesmo no coração daqueles que estão contra o Senhor.
Todos nós costumávamos ser tal qual eles são, manifestando pelas nossas vidas o mal que havia dentro de nós, e fazendo todas as coisas ruins para as quais as nossas paixões ou os nossos maus pensamentos pudessem nos arrastar, começamos mal, trazendo de nascença uma natureza má dentro de nós, e estávamos debaixo da ira de Deus tal como todos os demais.
Deus, porém é tão rico em misericórdia! Ele nos amou tanto
que embora estivéssemos espiritualmente mortos e condenados pelos nossos pecados,
Ele nos deu de volta a nossa vida quando levantou Cristo dentre os mortos - somente
por sua misericórdia imerecida é que nós fomos salvos
(= não morreu na cruz por nosso mérito, nem alcançaremos tal misericórdia simplesmente praticando obras de caridade, grifo nosso *).
Devido à Sua bondade é que vocês foram salvos, mediante a confiança em Cristo e
até a própria fé em Jesus não vem de vocês mesmos; é uma dádiva de Deus também.
A salvação (a morte de Jesus na cruz e o perdão de nossos pecados, grifo nosso *) não é uma recompensa pelo bem que fizemos, portanto nenhum de nós pode obter qualquer mérito por isto (não a merecíamos, grifo nosso*).
Foi o próprio Deus quem fez de nós o que somos e nos deu uma vida nova da parte de Cristo Jesus;
e muitos séculos atrás, Ele planejou que gastássemos essa vida em auxiliar aos outros
(Efésios, 2: 1 a 5, 8, 9 e 10)

* Grifos não se tratam de "nossa" interpretação: estão de acordo com o contexto exposto aqui. Uma difundida interpretação, que o que reconcilia com Deus é unicamente crer em Jesus mesmo sem arrependimento por pecados, faz sentido apenas analisando isoladamente tal passagem jogando fora esse contexto (sem base no Evangelho), com parábolas humanas para justificá-la. Não faz sentido nenhum, contudo, dentro do claro contexto bíblico amplamente apresentado aqui, livre de parábolas e considerações pessoais. Até porque nem mesmo faz sentido fé em Jesus sem seguir o que Ele pregou - isso pode ser conhecimento intelectual, não fé. Crer, na Bíblia, imputa obedecer; arrependimento e frutos, conforme temos visto, não se tratam de meras obras mas de consequência da fé no Evangelho

Podem estar certos disto: o reino de Cristo e de Deus nunca será de ninguém
que seja impuro ou ganancioso
- pois a pessoa gananciosa, na realidade,
é uma idólatra: ama e adora as coisas boas desta vida mais do que a Deus.
(Efésios, 5: 5)


E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar
o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder,
como labareda de fogo, tomando vingança dos que
não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
(II Tessalonicenses, 1: 7 e 8)


Sim, tais leis são feitas para assinalar como pecadores todos os que são imorais e impuros,
os homossexuais, os raptores, os mentirosos e todos os outros que fazem coisas que se opõem
à Boa Nova gloriosa do nosso bendito Deus
, de quem eu sou mensageiro.
(I Timóteo, 1: 10)

Assim, eu quero que em toda a parte os homens orem com mãos santas erguidas para Deus,
livres de pecado, ira e rancor.
(I Timóteo, 2: 8)

(...) Porém Ele salvará suas almas se elas confiarem nEle, e levarem uma vida calma, boa e cheia de amor.
(I Timóteo, 2: 15)


É importante a você saber disto também, Timóteo, que nos últimos dias vai ser muito difícil ser cristão. Porque as pessoas só amarão a si mesmas e ao dinheiro; serão orgulhosas e fanfarronas, zombarão
de Deus, desobedecendo aos pais, sendo ingratas com eles e completamente más.
Serão duras de coração e nunca se submeterão aos outros; serão sempre mentirosas e desordeiras, e não se incomodarão com a imoralidade. Serão rudes e cruéis, e escarnecerão daqueles que procuram ser bons. Atraiçoarão seus amigos; serão irascíveis, inchadas de orgulho, e preferirão divertir-se a adorar a Deus.
Irão à igreja, sim, porém não acreditarão realmente em nada do que ouvem.
Não se deixe enganar por gente assim
.
(II Timóteo, 3: 1 a 5)


Se alguém pecar deliberadamente rejeitando o Salvador depois de ter conhecido a verdade do perdão,
este pecado não é coberto pela morte de Cristo; não há meio de livrar-se dele.
(Hebreus, 10: 26)

Procurem afastar-se de toda discórdia, e busquem levar
uma vida pura e santa, porque aquele que não é santo não verá o Senhor.
(Hebreus, 12: 14)


Portanto, livrem-se de tudo o que está errado em sua vida, tanto interna como externamente,
e alegrem-se humildemente com a mensagem maravilhosa que nós recebemos, pois
ela é capaz de salvar nossas almas à medida que se desenvolve em nossos corações.
E lembrem-se: esta mensagem é para obedecer, e não apenas para ouvir. Portanto, não se enganem:
pois se uma pessoa apenas ouvir e não obedecer,
será como um homem que olha o seu próprio rosto num espelho;
e logo que se afasta, ele não pode mais ver-se a si mesmo nem se lembrar de como é a sua aparência. Entretanto, se continuar olhando com firmeza na lei de Deus para homens livres, ele não só se lembrará dela, mas fará aquilo que ela diz, e Deus abençoará grandemente esse homem em tudo quanto fizer.
Se alguém diz que é cristão e não controla a sua língua ferina, está apenas enganando-se
a si mesmo, e a sua religião não vale muita coisa.
O cristão puro e sem faltas, do ponto de vista de Deus o Pai, é aquele que cuida dos órfãos
e das viúvas, e cuja alma permanece fiel ao Senhor - sem se contaminar nem se sujar
em seus contatos com o mundo.
(Tiago, 1: 21 a 27)

Mas alguém poderá argumentar muito bem: "Você acha que o caminho para Deus é pela fé sozinha,
sem nada mais; ora, eu digo que as obras são importantes também, porque sem boas obras
você não pode provar se tem fé ou não; mas qualquer um pode ver que eu tenho fé pelo modo como procedo.
Ainda existe alguém entre vocês que sustenta que "apenas crer" é suficiente? Crer num único Deus?
Ora, lembrem-se que os demônios também crêem isso - com tanta convicção que até tremem de terror!
Ó homem insensato! Quando é que afinal você compreenderá que "crer" é inútil
sem fazer o que Deus quer que você faça? A fé que não resulta em boas obras, realmente não é fé.
Vocês não se recordam de que até mesmo o pai Abraão foi declarado justo
por causa do que ele fez, quando estava pronto para obedecer a Deus,
mesmo que isso significasse oferecer seu filho Isaque para morrer no altar?
(Tiago 2: 18 a 21)

Vocês vêem, portanto, que um homem é salvo pelo que ele faz, tanto como pelo que ele crê.
(Tiago 2: 24)

Tal como o corpo está morto quando não há espírito nele,
assim também a fé está morta se não for do tipo que resulta em boas obras.
(Tiago 2: 26)

E evidentemente, não se gabem de ser sábios e bons
se vocês forem amargados, invejosos e egoístas; esse é o pior tipo de mentira.
(Tiago, 3: 14)

Vocês são semelhantes a uma esposa infiel que ama os inimigos do marido.
Vocês não percebem que fazer amigos entre os inimigos de Deus - os prazeres pecaminosos deste mundo -torna vocês inimigos de Deus? Eu volto a dizer que se o objetivo de vocês é desfrutar
o prazer pecaminoso do mundo perdido, vocês não podem ser também amigos de Deus
.
(Tiago 4: 4)

E quando vocês se achegarem a Deus, Ele se achegará a vocês. Lavem as mãos, pecadores,
e permitam que os seus corações se encham somente com Deus, a fim de torná-los puros e fiéis a Ele.
(Tiago, 4: 8)

Queridos irmãos, se qualquer um se desviou de Deus e não confia mais no Senhor,
e alguém ajudá-lo a compreender a Verdade novamente essa pessoa que o trouxer
de volta salvará da morte uma alma extraviada e trará o perdão para os seus muitos pecados.
(Tiago, 5: 19)


Obedeçam a Deus porque vocês são filhos dele; não voltem atrás aos seus velhos caminhos -
a prática do mal porque não conheciam nada melhor.
Mas agora, sejam santos em tudo quanto fizerem,
tal como é santo o Senhor, que os convidou para serem seus filhos.
O próprio Senhor disse: "Vocês têm de ser santos, pois Eu sou santo".
E lembrem-se que seu Pai Celestial, a quem vocês oram,
não tem preferidos quando julga. Ele julgará vocês com perfeita justiça por tudo quanto fizerem;
portanto, procedam com um respeitoso temor a Ele, desde agora até chegarem ao céu.
(I Pedro 1: 14 a 17)


"Vocês não são salvos por serem bons", dizem eles, "portanto, não importa que sejam maus. Façam
o que quiserem; sejam livres". Entretanto, estes mestres que oferecem esta "liberdade" da lei são, eles próprios, escravos do pecado e da destruição. Porque o homem é escravo de qualquer coisa que o domina.
E quando uma pessoa livrou-se dos caminhos pecaminosos do mundo ao aprender acerca do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e depois se deixou emaranhar pelo pecado e se tornou novamente escrava dele, está pior do que antes. Seria melhor nunca ter sabido nada acerca de Cristo, do que aprender a respeito dele e depois disso dar as costas aos mandamentos santos que lhe foram dados.
Há um velho ditado assim: "O cachorro volta ao que vomitou, e o porco é lavado apenas
para voltar e revolver-se de novo na lama". Isto é o que acontece com aqueles que se voltam
novamente para o seu próprio pecado.
(II Pedro, 2: 19 a 22)

E assim, já que tudo ao nosso redor se derreterá, que vidas santas e piedosas nós devemos viver!
(II Pedro, 3: 11)


Portanto, se dissermos que somos amigos dele e
continuarmos a viver na escuridão espiritual
e no pecado, estamos mentindo.
(I João 1:6)

Se confessarmos os nossos pecados a Ele,
podemos confiar que Ele nos perdoa e nos purifica de todo erro.
(I João, 1: 9)

Alguém poderá dizer: "Eu sou cristão, ou estou no caminho do céu, eu pertenço a Cristo".
Mas se não fizer o que Cristo lhe manda, é um mentiroso.
Qualquer um que diga que é cristão, deve viver como Cristo viveu.
E este mundo está perecendo, e estas coisas más e proibidas perecerão com ele,
mas todo aquele que perseverar em fazer a vontade de Deus, viverá para sempre.
(I João 2: 4, 6 e 17)

Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai.
(I João, 2: 24)

A pessoa que nasceu na família de Deus não faz do pecado um costume, porque agora a vida de Deus
está nela e portanto ela não pode continuar pecando, pois esta vida nova nasceu dentro dela e a domina -
ela nasceu de novo.
Assim agora podemos dizer quem é filho de Deus e quem é de Satanás. Todo aquele que vive uma vida de pecado e não ama a seu irmão mostra que não está na família de Deus.
(I João, 3: 9 e 10)

Assim, agora podemos dizer quem é filho de Deus e quem é de Satanás.
Todo aquele que vive uma vida de pecado e não ama a seu irmão mostra que não está na família de Deus.
Filhinhos, deixemos de dizer apenas que amamos as pessoas; vamos ama-los realmente
e mostraristo pelas nossas ações.
Então, saberemos com toda certeza pelas nossas ações, que estamos do lado de Deus
e as nossas consciências estarão limpas, mesmo quando estivermos diante do Senhor.
E aquele que guarda os seus mandamentos nele está, e ele nele.
E nisto conhecemos que ele está em nós, pelo Espírito que nos tem dado
(I João 3: 18, 19 e 24)

Mas se alguém não ama nem é bondoso, isso demonstra que ele não conhece a Deus. Porque Deus é amor.
(I João, 4: 8)


Ao líder da igreja em Sardes escreva esta carta: Esta mensagem é enviada a você
por aquele que tem o Divino Espírito de sete aspectos e as sete estrelas. Eu conheço
a sua fama de igreja viva e ativa, mas você está morta.
Portanto, acorde! Fortaleça o pouco que resta porque até mesmo o que restou está
à ponto de morrer. As suas obras estão longe de ser corretas aos olhos de Deus.
Volte ao que você ouviu e creu no princípio; retenha-o firmemente e volte-se para mim outra vez.
Se não o fizer, eu virei subitamente a você, sem ser esperado, como um ladrão, e o castigarei.
Todo aquele que vencer será vestido de branco, e eu não apagarei o nome dele do Livro da Vida,
e sim anunciarei diante do meu Pai e dos seus anjos que esse me pertence.

Que todo aquele que pode ouvir, ouça o que o Espírito está dizendo às igrejas.
Note isto: Eu obrigarei todos aqueles que sustentam as causas de Satanás enquanto afirmam que são meus (porém não são - eles estão mentindo) a caírem aos seus pés e reconhecerem que é você aquele que eu amo.
Pelo fato de que você me obedeceu com perseverança apesar da perseguição, eu o protegerei do tempo do Grande Sofrimento e tentação que virá sobre o mundo para pôr à prova cada um dos que estão vivos.
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca
Atenção! Eu tenho permanecido à porta e estou batendo constantemente. Se alguém me ouvir
chamá-lo e abrir a porta, eu entrarei e farei companhia a ele, e ele a mim
.
E permitirei que cada um que vencer se sente ao meu lado no meu trono, tal como eu ocupei
o meu lugar com o meu Pai no trono dele quando me tornei vencedor. Que aqueles que
podem ouvir, ouçam o que o Espírito está dizendo às igrejas.
(Apocalipse, 3: 1 a 3, 5 e 6, 9 e 10, 15 e 16, 20 e 21)

Porquanto eles são espiritualmente incontaminados, puros como virgens, e seguem ao Cordeiro
por todo lugar aonde Ele vai
. Foram comprados dentre os homens da terra como uma oferta consagrada
a Deus e ao Cordeiro. E não podem ser acusados de nenhuma falsidade; são irrepreensíveis.
(Apocalipse, 14: 4 e 5)

Que isto anime o povo de Deus a suportar com perseverança cada provação e perseguição, porque os santos dele são os que até o fim permanecem firmes na obediência às suas ordens e na confiança de Jesus
(Apocalipse, 14: 12)

E os líderes do mundo, que participaram dos atos imorais dela e desfrutaram seus favores,
lamentarão por ela quando virem a fumaça subindo dos restos carbonizados.
(Apocalipse, 18: 9)

Mas os covardes que deixam de me seguir e voltam atrás, e aqueles que me são infiéis, e os corruptos,
e os assassinos, e os imorais, e aqueles que convivem com demônios, e os adoradores de ídolos
e todos os mentirosos - o destino deles é no Lago que queima com fogo e enxofre. Esta é a Segunda Morte.
(Apocalipse, 21: 8)

Benditos para sempre são todos os que estão lavando os seus mantos, para ter o direito de entrar
pelos portões da cidade e comer do fruto da Árvore da Vida. Do lado de fora da cidade estão aqueles
que se desviaram de Deus
, e os feiticeiros, e os imorais, e os assassinos, e os idólatras e todos os
que gostam da mentira e a praticam
.
(Apocalipse, 22: 14 e 15)


Enfim, a mensagem do Evangelho (Boa Notícia) é simples e categórica, a qual consiste em se arrepender dos pecados e deixá-los. Com ajuda do Espírito Santo através da nossa fé, somos capazes de viver nova vida. Por outro lado, com pecado sem arrependimento, ninguém verá a Deus pois separam-nos do Criador, e foi por isso que Jesus morreu na cruz, para pagar o preço que nós deveríamos pagar por eles.

Antes da vinda de Jesus, o homem sacrificava animais pois seu sangue era oferecido a Deus para que os pecados fossem perdoados. E havia um véu no templo de Deus que O separava do homem, justamente por seus pecados sendo que as pessoas só podiam comunicar-se com Deus através de um sacerdote, o único que falava diretamente com Ele do outro lado do tal véu, lugar santo que só o sacerdote tinha acesso. Hoje, não há necessidade de sacrificar-se vidas pelos pecados, nem nós mesmos teremos que um dia sacrificar a nossa própria por eles, como teríamos que fazer se não fosse por obra e graça de Jesus.

Quando Jesus entregou-Se na cruz, o véu que separava a humanidade de seu Crador foi rasgado. Sabendo que isso aconteceria quando entregasse Sua vida, Ele disse: "Vem chegando a hora quando não nos preocuparemos mais em adorar o Pai aqui ou em Jerusalém. Porque não é onde adoramos que tem valor, mas como adoramos - a nossa adoração é espiritual e verdadeira? Temos a ajuda do Espírito Santo? Porque Deus é Espírito, e nós precisamos ter a ajuda dEle para adorar como devemos. O Pai quer de nós esta qualidade de adoração" (João, 4:.21 a 24). Note que Jesus não disse que Deus é psicológico, que a adoração que tem valor é mental e oratória, nem que precisamos de outros seres humanos para adorar como devemos: tal véu rasgado tornou possível o acesso absolutamente direto a Deus, sem que precisemos de ninguém que fale a Ele por nós, nem que nos diga como devemos nos relacionar com Ele - tudo isso é intimamente pessoal.

Por tudo isso, jamais poderemos apresentar-nos puros a Deus, livres de culpa através de obras de sacrifício ou de caridade, por mais lindas e necessárias que essas últimas sejam. Mas se cada um dos nossos pecados não forem devidamente arrependidos, confessados a Deus e deixados de lado, não há parte com Ele, ninguem irá a Deus com pecado. Essa é a adoração espiritual e verdadeira que Deus quer de nós, citada por Jesus. Essa é a categórica mensagem do Evangelho de Jesus, de todos os Seus apóstolos e de todos os profetas que os antecederam.

Jesus fez tudo para que nosso destino eterno fosse privilegiado, em paz com Deus: deixou toda Sua glória para entregar-Se a uma morte humilhante na qual foi cuspido, chutado, gozado, levou paulada, além de toda a dor que sofreu 9 horas pendurado por pregos na cruz. Cada soco, chute, cusparada, paulada que levou, e cada pregada em Sua mão foi por um pecado nosso. Mas Ele dá e respeita muito o livre-arbítrio de cada um.

Deus e nós mesmos conhecemos a sinceridade do nosso coração, e nossa disposição. Agora, depende de cada um de nós. Viver em santidade baseados no arrependei-vos e convertei-vos, santos como Deus é santo conforme lemos nos versos acima, é possível - se para isso contamos com auxílio de Jesus e de Seu Espírito Santo, com muita perseverança e dedicação (sem ajuda de Jesus, tal tarefa torna-se humanamente impossível).

A porta é estreita, poucos passarão por ela. Mas vale muito a pena! Tal esforço, abrir-se mão do que não presta, de tudo que nos afasta de Deus, se necessário até de nós mesmos acaba não sendo algo tão esforçoso assim na maioria das vezes, se temos no Evangelho parte integrante da nossa existência. Torna-se algo naturalmente prático, satisfatório e libertador, que vem do fundo da alma dos que amam a Deus e à vida.

O Evangelho genuíno, não o do sentimento de culpa nem o do mero conhecimento intelectual que petrifica o coração, mas o do arrependimento realmente liberta da escravidão do autoengano e de uma vida em círculo vicioso; dá-nos a paz que o mundo tanto busca e a vida eterna que riqueza nenhuma jamais poderá comprar!

Eu sou feliz com Jesus!


Que as maldições de Deus caiam sobre qualquer um, incluindo eu mesmo, que pregar qualquer outro meio de salvação, além daquele a respeito do qual lhes falamos; sim, se um anjo vier do céu e pregar outra mensagem qualquer, que seja maldito para sempre. Apóstolo Paulo



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Reflexão de Caio Fábio: Qual é o seu olhar?


O DISCÍPULO DE JESUS NO ESPELHO
Ser ou Apenas Crer? Eis a Questão...


De que maneira determinados setores protestantes transformaram o Evangelho em mera ideologia, tornando sua essência focada na crença em métodos doutrinários ao invés de baseado fundamentalmente na experiência vivencial, uma relação entre o ser humano e Deus de acordo com o que ensinou Jesus. Distorção que gera um agressivo caráter sectário, e abusos de poderes estatais religiosos


Ainda existe alguém entre vocês que sustenta que "apenas crer" é suficiente? Crer num único Deus? Ora, lembrem-se que os demônios também crêem isso - com tanta convicção que até tremem de terror! Ó homem insensato! Quando é que afinal você compreenderá que "crer" é inútil sem fazer o que Deus quer que você faça? A fé que não resulta em boas obras, realmente não é fé (Tiago, 2: 19 e 20)

Aquele que Me obedece, esse é o que Me ama. Vocês são Meus amigos, se Me obedecerem. Os Meus verdadeiros discípulos dão colheitas abundantes. Isto resulta em grande glória ao Meu Pai (João, 14 e 15)

Nem todos os que falam como gente religiosa são realmente assim. Tais pessoas podem referir-se a Mim como 'Senhor', porém apesar disso não entrarão no céu. Porque a questão decisiva é se elas obedecem ao meu Pai do céu ou não (Mateus, 7: 21)

Alguém poderá dizer: "Eu sou cristão, ou estou no caminho do céu, eu pertenço a Cristo". Mas se não fizer o que Cristo lhe manda,
é um mentiroso. Qualquer um que diga que é cristão, deve viver como Cristo viveu
(I João, 2: 4 e 6)
 

Em qualquer segmento da vida, teoria dissociada de prática é um desastre, acarreta danos avassaladores (saber o que deve ser feito e não fazer, é pecado, Tiago, 4: 17). Deste modo, seria melhor nem se adotar tal teoria, acreditar em qualquer outra coisa (conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca, Apocalipse, 3: 15 e 16).

O nome bíblico dessa dissociação é hipocrisia, que vem do grego hypokhrinesthai, cujo sentido etimológico é “representar um papel, mascarar a personalidade, fingir” (hypós, “abaixo”, e krinein, "separar, escolher, peneirar"), o que Jesus chamou pelo nome e foi bastante duro: "Ai de vocês, fingidos. Vão a qualquer distância converter alguém, e depois fazem a mesma pessoa duas vezes mais digna do inferno que vocês mesmos. Procuram parecer homens santos, mas por baixo desses mantos de bondade, estão corações manchados de toda espécie de fingimento e pecado" (Mateus, 23). Com esse tipo de religioso, o qual age muito mais baseado em métodos que em personalidade, sentimento e fé, nunca se sabe se está falando e tratando com a pessoa ou com a representação dela.

Existe uma hipocrisia no meio evangélico, na verdade existem várias, mas uma das mais famosas e nocivas (consequência de uma série de problemas, entre eles o fanatismo e o charlatanismo que tomaram conta do meio) é aquela em que as duas grandes divisões, os chamados tradicionais (majoritariamente batistas e presbiterianos) e pentecostais "tentam" manter-se na velha e boa guerra fria, um ódio silencioso, não declarado tão abertamente mas que, de diversas maneiras e não raras vezes, acaba aflorando-se. Porém, dentro dessas duas tendências doutrinárias existem também suas rivalidades, muitas vezes ferozes: neste caso, não mais por questões doutrinárias, mas sim financeiras atrás de mais adeptos (quando essa rivalidade não é manifestada através de discursos ciumentos e persuasivos, em determinados casos atinge níveis de causar inveja a muitos carteis bandidos no que diz respeito a queimar vidas humanas, ou mesmo à violência física conforme, inclusive, tornou-se escândalo público envolvendo as neopentecostais Universal e Mundial do Poder de Deus).

No meio evangélico, é politicamente correto não demonstrar rivalidade aos de fora, enquanto se pegam dentro. É tão acentuada a concorrência, a raiva e a consequente divisão nesse meio, que pega mal falar de Jesus e citar nome de igreja simultaneamente - é considerado deselegante, antiético.

Do lado tradicional em geral, a agressividade doutrinária é afamadamente bem mais acentuada tanto que há o declarado Livro da Vida imaginário entre os evangélicos tradicionais, que estigmatiza os "salvos" e os "não salvos" (a estes últimos, pertencem também os evangélicos não tradicionais). Na verdade, a esfera pentecostal lida melhor com as diferenças, estando mais aberta à convivência livre da raiva doutrinária enquanto tal polarização parte majoritariamente dos chamados tradicionais: qualquer coisa que cheire a algo que saia de suas tradições gera bastante irritação, e na primeira oportunidade (busca-se isso de todas as maneiras), o "herege" será submetido à imperdoável catapulta das letras, senão mesmo exposto ao ridículo geralmente sem escolher hora nem lugar.

Dois adjetivos por parte desses evangélicos às mínimas diferenças doutrinárias são totalmente comuns: incrédulo e ignorante - os poucos "mais amorosos" que não dizem tão abertamente, consideram-nos já que seu conceito doutrinário, apoiado fundamentalmente em formas e teoria, e teoria minuciosamente exclusivista ao invés de espiritualidade, algo interiorizado no indivíduo, leva inevitavelmente a tal postura que torna esses religiosos muito mais intolerantes que a historicamente inquisidora Igreja católica (na realidade, a Igreja protestante, ao contrário do que sugere o nome, nasceu tão inquisidora quanto seus desafetos religiosos de então: em seus primeiros anos já tratou de lançar à fogueira santa diversos pagãos, mesma prática dos católicos ao longo de muitos séculos).

Nada, nem necessidades humanas mais urgentes geram tanto calor na ramificação evangélica tradicional quanto uma vírgula fora do lugar, dentro daquilo que julgam teoricamente correto. Outra realidade, no mínimo bastante curiosa neste sistema, é que tal calor advém unicamente do que julgam contradição teórica (doutrinária), pelo que descartam sumariamente a muitos indivíduos (prática famosíssima), enquanto contradições gritantes entre teoria e prática envolvendo tais adeptos da "sã doutrina", são completamente absolvidas e até aduladas (dão fortes palmadas na Bíblia aberta para tentar fazer-se entender, perante a sociedade, que essa lógica é a de Deus). Entre pentecostais em geral, característica bastante peculiar é a ferrenha concorrência das lideranças por mais adeptos (muitas vezes de maneira excessivamente apelativa), e de muitos membros por mais carisma (geralmente de modo circense, sob auspícios de seus líderes).

Diz o vezo popular que "em casa que não há pão, todo mundo grita e ninguém tem razão". Diz a Palavra de Deus que "qualquer reino dividido internamente está condenado; e assim também o lar cheio de discussões e contenda" (Lucas 11: 17). A Palavra de Deus também diz que Ele quer de nós uma adoração espiritual e verdadeira (João, 4: 24).

Vocês receberam o Espírito Santo, que vive em vocês, dentro dos seus corações,
a fim de que não precisem de ninguém para ensinar-lhes o que é direito
(I João, 2: 27)

Cheios desse Espírito, compromissados unicamente com Sua verdade desfaremos, de maneira bem prática, mais um engano dando nome aos bois. Prepare-se para passar longe deles. Prepare-se para se enxergar, se for o caso. Prepare-se para uma novidade de vida: a Boa Notícia de Deus que transforma o indivíduo em sua essência, e o liberta de toda e qualquer escravidão, no corpo e na mente.

A letra mata, mas o Espírto dá vida (II Coríntios, 3: 6)

Citaremos um breve exemplo do ensino a que se presta justamente o setor tradicional da igreja evangélica para, em seguida, observar o nível do discurso comparado à prática imperante, além do próprio nível do "discurso e do discurso" que não foge aos absurdos quando comparado a si mesmo, tudo isso levando ao estado caótico que se encontram as tais "igrejas" que, por diversos motivos apresentados nos artigos mais acima, funcionam como meros ajuntamentos em vez de igrejas no conceito bíblico, cada vez mais caindo em descrédito perante a sociedade e, inevitavelmente, perante si mesma.

Se você pertence a uma dessas casas, enxergue-se nisso e se abra para se desintoxicar da enfermidade religiosa que impregnaram em sua mente. Se não frequenta nem nunca frequentou, poderá refletir sobre o que é verdadeiro e o que é falso (pelos frutos os conhecereis, disse Jesus registrado em Mateus, 7: 16), e assim poder contemplar com a própria alma o poder do Evangelho de Jesus, em sua mais profunda essência.

Bem, em primeiro lugar nessas "igrejas" se ensina que apenas crer que Jesus morreu pelos pecados da humanidade e ressuscitou no terceiro dia, é todo o suficiente para se caracterizar um discípulo de Jesus, o qual está incondicionalmente garantido com o futuro no Céu independente de como viva - os mandamentos de Jesus, dentro dessa doutrina, tornaram-se "sugestões" e os frutos que Jesus garantiu caracterizar uma pessoa de fé que O segue, são "opcionais" ao ser cristão dentro desse raciocínio. Na prática, é isso: tal tendência religiosa simplesmente reduziu o Evangelho a uma teoria, a qual se encerra fundamentalmente na aceitação meramente intelectual dele, no convencimento racional. "Na pática, o Evangelho é isso?!" Pois é... É a matemática da fé que tentará, geralmente de maneira irritada enquanto maneja a Bíblia de um modo marcadamente fracionado, fazer-lhe entender um protestante da ala chamada tradicional.

Alguém poderá dizer: "Eu sou cristão, ou "estou no caminho do céu, pertenço a Cristo".
Mas se não fizer o que Cristo lhe manda, é um mentiroso
(I Joâo, 2: 4)

Desconsidera-se que crer, termo usado por Jesus, imputa obedecer segundo Ele mesmo deixou bem claro. Desconsidera-se que o mesmo apóstolo Paulo que usou o termo fé para caracterizar comunhão com Deus, afirmou que ela gera, inevitavelmente, frutos - a palavra fé vem do latim fides, que etimologicamente significa "lealdade, fidelidade". Desconsidera-se que obediência é a aceitação do Evangelho, segundo ele mesmo. Tais desconsiderações, colocando erroneamente crença e fé no mesmo patamar, eliminam o centro da mensagem evangélica: arrependimento de pecados e conversão experiencial, fundamentais na caracterização do cristão.

Para tanto, tal doutrina prega trechos isolados da Bíblia sem analisá-los no contexto mais amplo, e jamais tendo Jesus como chave hermenêutica, cujo Evangelho, na realidade, rege perfeitamente a ideia bíblica com todos os seus complementos no Novo Testamento (de cujo equívoco, os mais diversos segmentos religiosos têm criado inúmeras bobagens, retirando interpretações que bem entendem da Bíblia).

Enfim, além do erro metodológico (advindo não da ausência de conhecimento, mas da insensatez e de interesses diversos) há a contradição doutrinária inevitável, gritante: o que reconcilia com Deus é unicamente a tal fé (um convencimento intelectual, no conceito tradicional), mesmo que o indivíduo a perca, revolte-se com o Criador e não queira ser discípulo de Jesus (?).

Segundo a lógica desta doutrina que descarta a verdade bíblica que "fé sem obras é morta" (Tiago 2: 26), é assim que funciona, essa é a vida cristã: uma vez reconhecida a obra de Jesus, tão somente isso é o suficiente para caracterizar o cristão. Portanto, este está condenado ao Céu já que, segundo tal ensinamento, Deus é bom, não cobra nada de ninguém e levará em conta apenas que o indivíduo reconhece, ou algum dia reconheceu a morte de Jesus na cruz pelos pecados excluindo, assim, arrependimento e conversão genuína a qual, conforme ensinou Jesus e todos os apóstolos, não advém de compreensão intelectual mas sim de experiência espiritual, trazendo invariavelmente mudanças no interior do indivíduo - isso é conversão, isso é fé.

Pensemos, pois, o que gera na mente de um suposto discípulo de Jesus - em um mundo que, como diz a Bíblia, jaz no maligno onde praticamente tudo a nossa volta é um intensamente doce convite à transgressão - ter-se nos sermões o foco nessa doutrina, e em muita teoria ao invés de virtudes, valores cristãos. E mais: com a Bíblia aberta, argumentar insistentemente que a prática não importa em nada na caracterização de um cristão.

Portanto, claro, é exatamente na ala tradicional que se encontram os mais apáticos e incoerentes nas atitudes, e mais agressivos no falar e, tão constrangedoramente, combater nervosamente teorias diversas (famosos por tal inconveniente). É também neste segmento evangélico que, paradoxalmente à "fé" que de prática, produtiva e fiel ao seu sentido original que é justamente fidelidade, não tem nada, se encontram as pessoas mais escravizadas que vivem em depressão com medos como o da morte, e até do "diabo".

Qualquer um que diga que é cristão deve viver como Cristo viveu (I João, 2: 6)

Definitivamente, não foi isso que Jesus ensinou, não é nada disso o Evangelho, muito pelo contrário: a Bíblia insiste que os frutos são decisivos para caracterizar um discípulo de Jesus, e ordena que quem se diga cristão leve uma vida condizente com o que se prega como condição do ser cristão, conforme vimos nos vários versos destacados em vermelho mais acima, A Palavra de Deus Fala por Si: Ser Discípulo de Jesus, de Deuteronômio ao Apocalipse. Não existe Evangelho sem arrependimento e regeneração. Mas tem-se tentado, nervosamente, feito existir...

Analisemos na Bíblia o que realmente caracteriza um discípulo de Jesus, se o que apenas crê ou a fé em seu sentido etimológico, originário, e se este faz sentido dentro da Palavra de Deus comparando à "fé" deste segmento religioso, estática e contraditória que foge à sua essência, ao verdadeiro significado - consequência disso, são várias e várias as histórias e "caras sem graça" envolvendo mesmo os mais "maduros na fé" tradicional, até ensinadores que quando saem da teoria e/ou do nervoso embate teológico, esquecem-se do que defenderam na retórica religiosa e caem em suas póprias contradições. Trata-se da "outra tradição" do viés evangélico tradicional: não crer, na prática, em muito do que diz a própria teoria que cultua a doutrina, a liturgia, a forma.

Doutrina é sinônimo de teoria, e vejamos seus significados segundo o dicionário da língua portuguesa: "Conjunto de regras, de leis sistematicamente organizadas que servem de base a uma ciência e dão explicação a um grande número de fatos. Conjunto sistematizado de opiniões, de idéias sobre determinado assunto". Podemos também entender dourina como ensinamento - o apóstolo Paulo, há 2 mil anos, usou o termo diversas vezes para designar ensinamento aos seus destinatários, uma delas a Timóteo, em sua segunda carta (capítulo 4, verso 3): "Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências", que na versão da Bíblia Vivia, que traduz ideia por ideia ao invés de palavra por palavra, diz assim: "Não ouvirão aquilo que a Bíblia diz, mas seguirão alegremente suas próprias idéias desorientadas".

O que a Bíblia deixou foi um conjunto de ensinamentos, mas tem-se, em grande medida, resumido o ser cristão ao conhecimento desses ensinamentos (doutrinas), reduzindo a espiritualidade à teoria, portanto morta enquanto o Evangelho de Deus é muito mais que doutrina e seu conhecimento intelectual. Pois a "fé" evangélica tradicional é declaradamente fundamentada no conhecimento doutrinário recheada de formalismos, na sistematização e não na interiorização do Evangelho como essencial, sendo que os mais valorizados "espiritualmente" no meio são justamente os maiores conhecedores de sua doutrina e que melhor se adequam, a partir dessa doutrina, à sistematização excessiva da instituição Igreja em seus mínimos detalhes, desde celebrações até comportamentos individuais (Igreja que é representante de Deus na Terra no conceito essencial da tendência evangélica tradicional, muito distante de estar focada em pessoas como seguidoras de Jesus, especialmente quando se trata dos ocupantes do topo das hierarquias locais). Os ensinamentos deixados por Jesus vão muito além dessa descaracterização que leva a doutrina a ser um fim em si mesmo, produzindo seres "técnicos na fé" e transformando os mandamentos de Jesus em "sugestões", conforme observado mais acima, relegando os valores espirituais a uma mera (e muitas vezes excessivamente hipócrita) "ética cristã".

Por isso, passemos, antes de tal análise tendo como base o amplo contexto bíblico e no Evangelho nossa chave hermenêutica (subtítulo Crença x Fé: Um Abismo de Distância), por algumas contradições que marcam compromisso único ou muito maior com a via doutrinária e seus embates, do que com a própria vida; vejamos a seguir aquilo que é o perfeito "duplipensamento" da novilíngua de George Owell em seu livro 1984, transferido melancolicamente à religião: "Capacidade de manter simultaneamente duas crenças opostas, acreditando igualmente em ambas (...). Saber que se está brincando com a realidade mas, mediante o exercício de tal raciocínio, convencer a si próprio de que não está violentando a realidade. O processo deve ser consciente, pois do contrário não funcionará com a previsão necessária: mas, ao mesmo tempo, deve ser inconsciente para não produzir sensação de falsidade e culpa".

Abaixo, algumas das mais evidentes e tradicionais frutos da "fé" tradicional exteriorizada, excessivamente comportamental "firmada" no conceito intelectual e na generalizada sistematização do ambiente, da suposta espiritualidade e, consequentemente, das próprias vidas humanas (não há índices estatísticos específicos, mas é enorme e muito conhecido, embora se tente de todas as maneiras esconder isso, o número de jovens originários de famílias protestantes tradicionais que crescem descomedidamente reprimidos e revoltados com a vida, com a religião e com o próprio Deus, tão paradoxalmente ao Evangelho).

● Diz o crente tradicional, não hesitando em travar embates agressivos por esta ideia:

Prosperidade financeira e dificuldades da vida não querem dizer nada! É mentira do diabo relacionar necessariamente riqueza e situações na sociedade à comunhão com Deus! [no que há total razão].

Acredita o crente tradicional, mais dia ou menos dia se comprovará isto (especialmente quando ele começar a se enxergar, e se incomodar com o que vê):

Eu tenho (...), eu fiz (...), eu sou (...), minha família possui (...) [= provando sua fé em Deus, dependendo do grau a que chegar a histeria do embate doutrinário. E se ele não chegar a dizer isso abertamente, demonstrará claramente tal espírito, bastante peculiar dos evangélicos mais tradicionais, e entenderemos com bastante clareza o porquê disso nesta análise].

Outra questão fundamental neste sentido é que, enquanto as igrejas pentecostais pregam de maneira mais explícita consumismo como fator de fé, o que limita a existência humana relacionando a vida e seus valores diretamente a conquistas materiais, a ala tradicional, por sua vez, cultua a forma conforme argumentamos mais acima, o que também é um culto a estereótipos, apenas mudando a maneira: aparências, reputação, culto à ética, à liturgia que leva a falsos moralismos desviando da espiritualidade verdadeira e saudável.

Tudo isso também caracteriza, perfeitamente, uma exteriorização ao estilo tradicional da existência humana, levando o ser a olhar para fora cheio de autoengano, não para dentro de si como efetiva prática da fé e das virtudes do Evangelho, que passam pelo arrependimento - totalmente engessado, dentro desse sistema estereotipado; e o arrependimento fica muito mais engessado quando se trata de indivíduos que se creem portadores da verdade, enquanto donos de coração infértil.

Dessa limitação da fé e da espiritualidade em geral (suas virtudes), desenvolve-se também entre evangélicos tradicionais, de maneira forte e totalmente difundida, a ideia de que os apóstolos, especialmente Paulo foi um homem único, dono de fé inatingível pelos demais mortais enquanto, na realidade, a única coisa que possuía de virtuoso espiritualmente, era o mesmo Evangelho da graça de Deus que qualquer um pode ter e desenvolver (a "fé" tradicional também se dá ao luxo de autoenganos negativos, e amplamente faz isso conforme estamos vendo, e veremos muito mais nas linhas que se seguem).

● "O Evangelho ficou para o passado?", responder-lhe-á a essa pergunta o crente tradicional:

Não, em absoluto! Que blasfêmia! [Certamente se seguirá um longo discurso, e para qualquer discordância principalmente em se tratando de alguém que não seja do mesmo segmento, haverá agressivo embate].

Na prática:

O Evangelho, quando muito, tornou-se memorandum no meio, nem como complemento é comumente usado nos sermões (prefere-se voltar de versos isolados das cartas de Paulo ao Velho Testamento, a ter-se o Evangelho como referência ou mesmo como acessório).

Os atos de Jesus, diz-se abertamente, ficaram para o passado: Jesus disse e atuou de determinadas maneiras para provar que era enviado de Deus. Hoje já temos a Bíblia, já sabemos que Ele foi enviado por Deus de maneira que seus atos e diversos ensinamentos ficaram para o passado, é o argumento. Exatamente nisso reside a justificativa para, quando muito, ter-se o Evangelho como mero acessório nos principais sermões, deixando-o arquivado, "tolerando-o" como uma parte pendurada na Bíblia.

Segundo este raciocínio, o Evangelho é atual apenas na teoria a fim de provar a veracidade da Bíblia, mas a prática dele sim, ficou para o passado - logo, a ênfase dos sermões passa longe dele, e a tal "fé" é meramente histórica colocada em um Jesus limitado que, por alguma razão, já não faz as mesmas coisas que maravilharam o mundo quando aqui esteve (aos que alegam provar dessas mesmas coisas e perseveram por elas hoje, os evangélicos tradicionais acusam sumariamente de endemoninhados, com a irritação peculiar).

É também desta distorção do Evangelho, o qual requer renúncias, posturas e atitudes muitas vezes contrárias ao sistema, distorção que coloca Jesus como um ser mais histórico na prática que se acaba cultuando apóstolos como homens especiais em sua espiritualidade, privilegiados por Deus conforme observamos no ponto acima.

Outro ponto curioso é que esse raciocínio levaria, inevitavelmente, ao que é absolutamente correto (embora por outra via): eliminar pastores e demais lideranças como "autoridades", vozes oficiais de Deus ao estilo Velho Testamento (época em que lideranças (profetas) eram as únicas que tinhas acesso direto a Deus, e entregavam toda a vida, inclusive patrimônio, à causa). Isso é correto devido ao fato de que o Velho Testamento sim, é velho, não o Evangelho: quando Jesus entregou Sua vida na cruz, o véu no único Templo, que separava o homem de Deus, foi rasgado conforme observamos com mais detalhes no artigo ao final de A Palavra de Deus Fala por Si: Ser Discípulo de Jesus, de Deuteronômio ao Apocalipse, mais acima.

Dentro do conceito evangélico tradicional, se hoje já temos a Bíblia por que não deixar também para o passado a necessidade dessas "autoridades", seres com capacidades e merecedores de reverências especiais, representantes de Deus semelhantes às do Velho Testamento ao invés de seguidores de Jesus, como todas as outras pessoas? Enfim, disso, que não há como fugir à luz da morte e ressurreição de Jesus, por um motivo ou por outro a ala mais tradicional não quis abrir mão.

● "Eu os repreendo e expulso desta pessoa, espíritos imundos, em nome de Jesus!"

E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão (Marcos, 16: 17 e 18)

Baseado também na doutrina acima, o crente tradicional afirmará ao indivíduo que faz ou acredita nessa prática, com letras garrafais ou com exaltadas palavras e rosto devidamente transfigurado que ele "não está salvo", porque sobrepassa a soberana vontade de Deus dando ordens a Este, sendo assim um ídólatra de si mesmo.

No Livro da Vida Teórica tradicional, esse "pseudocristão" na visão tradicional tem o nome escrito no hall dos "não salvos", mais especificamente no grupo dos eternamente condenados fariseus ao fogo do inferno.

Na prática:

É clássico nessas igrejas o ato de "escurraçar" indivíduos que não compactuam com a mesma "fé" ainda que não a manifestem abertamente - principalmente se forem os arqui-rivais evangélicos pentecostais - sem contar, para o famoso ato do escurraçamento, com a soberana vontade e ação de Deus àquilo que julgam pertinente perante a sopa de letras, o que é uma enorme contradição bíblica dado o caráter discriminatório e danoso de tal prática - e estrondosa contradição dentro da própria doutrina tradicional, esquecendo-se dela na prática mantendo suas tradições de desconsiderar, no cotidiano, o que tão raivosamente defendem na teoria, limitando em enorme medida suas doutrinas a métodos cerimoniais, questões puramente sistemáticas e dogmáticas.

Se alguém disser: "Eu amo a Deus", porém continua odiando a seu irmão, é um mentiroso;
porque se não ama a seu irmão que está bem diante dele, como pode amar a Deus, a quem nunca viu?
(Tiago, 4: 20)

Nada fere tanto a soberania de Deus quanto atingir a individualidade, a singularidade das pessoas seja no corpo ou seja na alma - neste caso, agredindo-a psicologicamente por algo tão particular quanto a fé. Mas a tal soberania de Deus é, dentro do que acreditam os tradicionais, respeitada à risca apenas quando se trata de assuntos religiosos, de métodos cerimoniais e da peculiar esquizofrenia doutrinária, enquanto em situações mais práticas ela acaba sendo totalmente esquecida.

● Costume nos ritos tradicionais:

Prega-se e realmente se segue à risca determinados formalismos durante os rituais tradicionais, tais como "silêncio reverente" e "postura reverente" (por exemplo, erguer a mão em oração não é algo permitido e chega a ser ofensivo na maioria das igrejas mais tradicionais, gera muito desconforto e quem se atrever a sair disso, provavelmente será "ridicularizado" com a pergunta: "Você é pentecostal!?" (ser pentecostal é sinônimo de ignorância aos tradicionais), além de muito provável, quase certa hostilização posterior.

Essa doutrina da forma do culto é outro ponto que costuma gerar acaloradíssimos embates, da parte dos tradicionais defendendo, através desses formalismos, a bíblica ordem e decência.

Prática generalizada:

Algo muito comum em igrejas tradicionais, mais que em qualquer outro segmento evangélico é enviar, durante sermões, nada decentes nem muito menos justos "recados", muitos até pessoais no tablado denominado por eles mesmos de "púlpito do Senhor". A reverência a Deus e a decência neste caso, e uma vez mais, resume-se a questões mais formais nessa ala, esquecendo-se ou não se importando com o que diz a exigente doutrina.

Crença x Fé: Um Abismo de Distância

Colocadas algumas das marcas registradas dos frutos da crença evangélica tradicional, vejamos agora, dentro da Bíblia tendo no Evangelho nossa chave interpretativa, o que realmente caracteriza um cristão. Quem se converte de verdade não necessita de nenhum manual doutrinário, nem de grande conhecimento bíblico para agradar a Deus, para ser um verdadeiro discípulo de Jesus. Porém, o Evangelho tem sido totalmente deformado, sua mensagem, excuída, e a esse centro retornaremos rigorosamente nas linhas a seguir.

Podem estar certos disto: o reino de Cristo e de Deus nunca será de ninguém que seja impuro ou ganancioso - pois a pessoa
gananciosa, na realidade, é uma idólatra: ama e adora as coisas boas desta vida mais do que a Deus
(Efésisos, 5: 5)

Se questionado por isso, o crente tradicional dir-lhe-á, colocando-se em situação absolutamente privilegiada perante outro seres humanos e perante o próprio Deus: "Salvação não vem de obras, isso não se refere a crentes. Tal citação exemplifica o estilo de vida fora da igreja que não deve ser imitada por ela, mas não implica em sua salvação", evidenciando mentalidade de seita, visão fechada a um grupo que não é a de Deus ("E lembrem-se que seu Pai Celestial, a quem vocês oram, não tem preferidos quando julga (...)", I Pedro, 1: 17; "isso porque Deus trata a todos com igualdade", Romanos, 2: 11) para a qual se poderá contra-argumentar, "mas e o suposto idólatra de si mesmo que, segundo sua doutrina, fere a soberania de Deus? E aqueles que vocês qualificam de idólatras de personagens históricos?". Resposta certa, na ponta da língua tradicional: "Essa idolatria à pessoa implica diretamente na doutrina da única salvação por meio de Jesus na cruz, enquanto a anterior mencionada por você através do verso bíblico em relação a um 'já salvo', não implica na salvação segundo a sã doutrina, que afirma que ela veio de graça da parte de Deus e não depende das nossas obras".

Portanto, na "visão" tradicional que caracterizar o cristão pelo conhecimento doutrinário ao invés do conhecimento pessoal, experiencialmente espiritual de Jesus, a única idolatria que condena é a de estátua e vela prestada a seres que já partiram deste mundo, pelo que chamam de religiões pagãs ou falsas cristãs para as quais não haverá a menor misericórdia de Deus, acreditam, enquanto as mais diversas idolatrias que envolvem temas bastante práticos da vida e marcam pessoas com coração afastado de Deus, não interferem em nada na salvação do crente evangélico (desde que tradicional) já que esta não vem de "obras". Contudo, muito ao contrário dessa filosofada religiosa, as piores idolatrias que afastam o ser humano de Deus são as resumidas em Efésios 5, acima.

Eis aí mais uma matemática da "fé" tradicional, sustentando perfeitamente a tese de que, para a espiritualidade, 2+2 nem sempre é igual a 4. O erro mortal disso é que o Evangelho é essencialmente coerente e claro, assim como Deus. Outro erro conceitual é confundir "obras" com a essência da alma, do coração do ser humano o que, segungo a Bíblia, o caracteriza, inclusive sua fé, o que discutiremos nas linhas que se seguem.

A interpretação de que "salvação não vem de obras, portanto não importa como se viva" baseada equivocadamente no capítulo 2 de Efésios ("Somente por sua misericórdia imerecida é que nós fomos salvos (...). Devido à Sua bondade é que vocês foram salvos, mediante a confiança em Cristo e até a própria fé em Jesus não vem de vocês mesmos; é uma dádiva de Deus também. A salvação não é uma recompensa pelo bem que fizemos, portanto nenhum de nós pode obter qualquer mérito por isto"), é desfeita da maneira tão simples quanto tudo o que vem de Deus: na época do Antigo Testamento sacrificava-se animais para que alguém, arrependido pelos pecados, fosse perdoado, mas "para que servem os sacrifícios, se vocês nem sentem tristeza quando pecam? O incenso que vocês queimam para Mim, cheira mal. Suas festas religiosas - a lua nova e o Dia do Descanso, os seus jejuns - não passam de grossas mentiras! E não há nada que Eu odeie tanto quanto uma religião fingida!" (Isaías, 1: 12).

Nesta passagem de Isaías 1, Deus se dirigiu a religiosos que professavam a fé bíblica, exortação muito comum no Velho Testamento. A esse respeito, Jesus foi ainda mais além em Lucas 12: 47 e 48: "Ele será castigado severamente, pois embora soubesse sua obrigação, recusou cumpri-la. Mas todo aquele que não está sabendo que a sua conduta é má, só será castigado um pouco. Muito se exige daqueles a quem se dá muito, pois a sua responsabilidade é maior".

Ainda no Velho Testamento, quando o judeu era o povo de Deus, acreditava e realizava constantes celebrações baseados na doutrina correta, recebeu a palavra de Deus através do profeta Moisés: "Mas Israel é rebelde! Agora os filhos de Deus não são mais filhos; são manchas! Geração perversa e falsa! Assim você trata o Senhor? Povo louco! Povo ignorante! (...) Mas quando o meu povo amado engordou, agiu como animal selvagem. Quando ficou satisfeito, gordo e cheio de fartura, abandonou Aquele por quem fora criado; desprezou a Rocha da salvação! (...) Os filhos de Israel ofereceram sacrifícios aos demônios - não a Deus! A deuses estranhos, que não conheciam, a deuses que mal acabaram de ver; deuses que não receberam o afeto dos nossos pais" (Deuteronômio, 32: 5 e 6, 10, 15 e 17).

Note que Deus é claro e categórico quando afirma que seus filhos o deixaram de ser, pois faziam sacrifícios em nome de Dele a demônios mesmo crendo e celebrando aparentemente a Deus, mas os corações estavam distantes e, logo, as atitudes fazendo com que os oferecimentos fossem vãos mesmo tendo sido em nome de Deus, baseados na doutrina correta e no lugar religiosamente apropriado. Contudo, Deus não é nominal nem filosófico. Sobre isso, vejamos o que disse Moisés um pouco antes, no capítulo 31, verso 29: "Porque sei que depois da minha morte, o povo de Israel vai cair na corrupção e andar extraviado, longe dos caminhos e dos mandamentos de Deus". Vale ressaltar: o caminho de Deus não é o das palavras nem o da igreja (e isso tudo também se configura em idolatria, ainda que em nome de Jesus).

Por pessoas religiosas nesse espírito, Deus disse através do profeta Isaías, capítulo 29, versos 13 e 14: "Já que esse povo diz que é meu mas não Me obedece, já que o coração dessa gente está longe de Mim, já que sua religião não passa de um monte de leis feitas por homens, que aprenderam de tanto repetir Eu vou dar uma grande lição a esses fingidos, uma lição que vai deixá-los de boca aberta. Os seus sábios e conselheiros vão fazer papel de bobo, vão perder toda a sua sabedoria".

Abandonem seus pecados, voltem-se para Deus, porque o Reino dos Céus está para chegar logo (Mateus, 3: 2)

Conforme temos visto, após a morte e a ressurreição de Jesus já não são mais necessários os ativismos religiosos do Velho Testamento para o perdão, basta arrependimento. Porém, e a Bíblia insiste nisso, da mesma maneira que antes de Cristo não bastava religiosidade sem que houvesse coração sincero, hoje em dia vale o mesmo: "Se não se voltarem dos seus pecados para Deus e não se tornarem como criancinhas, nunca entrarão no Reino dos Céus" (Mateus, 18: 3). Portanto, quando o apóstolo Paulo disse que salvação já não vem mais de obras, claramente não se referiu a um estilo de vida liberado em que arrependimento pelos pecados já não implica em mais nada para a salvação do ser humano: "Mas se [condicional] confessarmos os nossos pecados a Ele, podemos confiar que Ele nos perdoa e nos purifica de todo erro" (I João, 1: 9), "Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai" (I João, 2: 24), "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor" (João, 15: 10).

Em Deuteronômio 28, a obediência é também colocada por Deus como condição para salvação da alma do ser humano, conforme o verso 9: "O Senhor fará de vocês um povo santo, dedicado a Ele. Prometeu fazer isto, desde que vocês obedeçam aos mandamentos dados por Ele e andem nos caminhos traçados por Ele".

Se grande parte do Velho Testamento não deve ser levada em conta nos dias de hoje, especialmente no que diz respeito a ativismos, segue valendo o que Deus quer do nosso coração, da essência do ser humano. Sobre isso, disse Jesus: "Não entendam de modo errado a razão da minha vinda - não é para abolir as leis de Moisés e as advertências dos profetas. Não. Eu vim para cumprir as leis, e para fazer com que todas elas possam ser realmente seguidas. (...) Se alguém quebrar o menor mandamento, e ensinar outros a fazê-lo também, ele será o menor de todos no Reino dos Céus. Mas aqueles que ensinam as leis de Deus, e obedecem a todas elas, serão grandes no Reino dos Céus. Porém Eu advirto a todos: - a menos que vocês tenham melhor caráter que os fariseus e outros líderes dos judeus, não poderão de maneira nenhuma entrar no Reino do Céus", em Mateus, 5: 17 e 19.

Mesmo excluindo todas as evidências no contexto bíblico e diante da própria postura do apóstolo Paulo, considerando apenas Efésios 2 tal interpretação evangélica tradicional seguiria sendo absurda: se o ser humano é salvo apenas por fé, a suposta fé na obra redentora de Jesus na cruz é mentirosa sem arrependimento dos pecados, já que a entrega de vida por Jesus se deu justamente pelos pecados do homem. Moral da história: abrir-se mão do arrependimento dos pecados não significa nada mais que simplesmente jogar fora a obra de Jesus. Foi isso que quis dizer Tiago quando afirmou que fé sem obras é morta, e Jesus quando disse que pelos frutos reconhecemos a fé das pessoas.

Aquele que quiser Me seguir, deve pôr de lado seus próprios desejos
e carregar sua cruz cada dia, para conservar-se junto a Mim!
(Lucas, 9: 23)

Em Efésios 2, o apóstolo Paulo estava falando com cristãos recém convertidos do judaísmo, religião que pregava obras de sacrifícios para remissão de pecados conforme vimos mais acima - sacrifícios que, mesmo segundo o judaísmo do Velho Testamento, eram ou deveriam ser consequência do fundamental arrependimento dos pecados, como fica claro em Isaías 1. A graça de Deus hoje consiste em não reivindicar tais sacrifícios, nem se resume a praticar obras de caridade que, tão somente, não são capazes de encobrir os pecados do homem. A graça de Deus manifesta-se em um coração sincerto e arrependido que confessa a obra redentora de Jesus na cruz, à medida que excluir o arrependimento significa confundir graça com libertinagem, uma total banalização do caminho de Deus, e anular a mensagem básica do Evangelho que define salvação como resgate prático do pecado, incondicionalmente para hoje: "Se você não nascer de novo, nunca poderá entrar no Reino de Deus" (João, 3: 3).

Naquela época, assim como hoje, os judeus consideravam-se um povo especial, separado incondicionalmente apenas por ser judeu e crer - por isso as advertências através dos profetas do Velho Testamento, conforme lemos mais acima e em A Palavra de Deus Fala por Si: Ser Discípulo de Jesus, de Deuteronômio ao Apocalipse. Era a esses judeus, com esse espírito que o apóstolo Paulo falava. Para que não se sentissem privilegiados perante Deus por causa da morte e ressurreição de Jesus, nem privilegiados perante outros povos conforme vinha ocorrendo e tantos danos gerava dentro da sociedade judaica, fazendo inclusive com que a salvação fosse algo limitado na mente dos judeus, Paulo disse: "A salvação não é uma recompensa pelo bem que fizemos, portanto nenhum de nós pode obter qualquer mérito por isto" (Efésios, 2: 9).

Verso muito (mal) usado para sustentar a tese de que basta acreditar que Jesus é salvador, morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia, é este em I João: 5: 4: "Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé". Bem, quando a Bíblia fala em mundo, majoritariamente se refere ao pecado (o contexto da fala deixa muito claro quando devemos fazer separação entre os sentidos). O centro da mensagem do Evangelho, que é arrependimento e retratação dos pecados, o que nos reconcilia a Deus por meio de Jesus e seu sangue derramado na cruz, é exatamente a ideia desta passagem de João 5 fazendo todo o sentido com a ideia evangélica, inclusive com Efésios 2: viver-se em comunhão com Deus, quebrantado, contrito de coração ao mesmo tempo que com consciência livre de qualquer sentimento de culpa através do pleno entendimento que perante Deus somos totalmente limpos, requer a fé viva e sobrenaturalmente prática que vence opressão e o mundo (i.e, pecado).

Se consideramos o capítulo 5 de I João como manda o mínimo bom-senso, não apenas o verso 4 isoladamente, isso fica muito claro. Vejamos que diz o verso 2: "Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos Deus e guardamos seus mandamentos". Agora, verso 6: "E o Espírito é quem testifica, porque o Espírito é a verdade". Para tal comunhão com o Espírito Santo, não há obra - de caridade, sacrifício ou o que for - que compense a fé do indivíduo na obra redentora de Jesus - fé que, conforme temos visto na Bíblia e aqui mesmo, em I João 5, implica em fidelidade, obediência a Deus -. Essa fé é o experiência interior que vence os maus sentimentos, maus desejos e más atitudes que afastam de Deus - porém, para tudo isso temos a reconciliação com o Criador através da fé (versos 14 e 15): "Esta é a confiança [i.e., fé] que temos nele, que se pedirmos alguma coisa, segundo sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo que pedimos [fé], sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos". Com o que vimos até agora, já é o suficiente para considerar a fé, no sentido bíblico, como algo que vai muito além de mera crença em algo ou alguém, o que será claramente reforçado nas linhas a seguir - tal conceito faz toda a diferença dentro do que esboçamos aqui.

Quando se coloca tal "fé" como algo puramente intelectual, estereotipado, isolado do contexto existencial o coração do indivíduo acaba ficando petrificado, ele desenvolve uma alma gelada de maneira que não há arrependimento, não há obediência, não há fé levando-o a não entender nem poder, jamais, compreender isto, com todo o conhecimento teológico que possa ter (verso 18 de I João 5): "Ninguém que passou a fazer parte da família de Deus faz do pecado um hábito, pois Cristo, o Filho de Deus, resguarda-o com segurança e o diabo não pode pôr as mãos nele". Dado que a fé advém da conscientização de algo (neste caso, do Evangelho), se ela não apresenta resultados condizentemente práticos, é inexistente. Essa é a mais simples e certa maneira de se fazer uma autoanálise, e de se saber o verdadeiro intuito de quem se aproxima em nome da fé.

Exemplo bem prático disso: em determinado momento da vida, alguém deixou de discriminar pessoas, seja influenciado por fatores externos ou unicamente pela conscientização (algo possível, nada tão fácil muitas vezes, mas nada impossível ao contrário do incorreto vezo popular, "pau que nasce torto, morre torto"). Essa pessoa se esforçará ao máximo (ao mesmo tempo, isso será consequência, eis o círculo virtuoso da conscientização) para construir esse novo modelo de vida (a atitude é efeito e causa simultaneamente, indissociável da conscientização, uma levando à outra): a conscientização leva à prática, a prática leva a uma maior conscientização e a pessoa deverá ser muito diligente neste novo caminho, para se desfazer do velho. Outro exemplo que leva a essa mesma direção, é que quando se almeja que alguém mude a maneira de enxergar o mundo e/ou de agir, a recomendação mais indicada talvez seja, "tenha fé", cuja ideia implícita é a de que a fé gerará frutos em sua vida. Exatamente essa é a ideia de Jesus (pelos frutos os conhecereis; aquele que Me obedece, esse é o que Me ama), de Paulo (os frutos do Espírito Santo), de Tiago (crer é inútil sem fazer o que Deus quer que façam), e de todos os apóstolos e profetas da Bíblia. Isso é o que distingue fé de crença. É devido à antítese dessa fé realmente evangélica, pura em sua essência levando a uma "fé retórica", estereotipada e intelectaulizada confundida com mera crença que se baseia apenas no conhecimento e não na conscientização, que vemos milhares de indivíduos proclamando fé enquanto agem em dessintonia com o que dizem acreditar e, quando questionados por isso, saem-se com a velha, inconvicente e cínica, "fé não depende de obras".

Ainda em I João, um pouco antes no capítulo 1, verso 6, lemos o seguinte: "Portanto, se dissermos que somos amigos Dele e continuarmos a viver na escuridão espiritual e no pecado, estamos mentindo". Estamos mentindo que somos Dele se vivermos em pecado, isto é, alguém não é Dele pela maneira de viver, não somente pela crença que professa. Viver de acordo com os ensinamentos de Jesus, arrependendo-se, confessando e deixando os pecados é o que caracteriza incondicionalmente Seu discípulo, para quem é imprescindível a fé genuína enquanto uma separação entre Deus e o indivíduo, que alega ter fé sem gerar frutos práticos que venham do interior, é feita de maneira dura colocando este como "mentiroso", ao que Apocalipse 22: 15, apenas confirmando tudo isso, diz: "do lado de fora da cidade estão aqueles que se desviaram de Deus, e os feiticeiros, e os imorais, e os assassinos, e os idólatras e todos os que gostam da mentira e a praticam".

Mais adiante, no mesmo capítulo 1 de I João, no verso 9 lemos isto: "Mas se [condicional] confessarmos nossos pecados a Ele, podemos confiar que Deus nos perdoa e purifica de todo erro". Existe uma condição clara para que sejamos perdoados, e é justamente o pecado que nos afasta de Deus. A mensagem simples do Evangelho se resume nisso. Neste caso de I João 5, a esfera tradicional mantém suas tradições metodológicas tomando um verso de maneira absolutamente isolada desconsiderando o que vem antes e depois, reduzindo novamente a fé a um conceito meramente intelectual e não interiorizadamente experiencial, algo verdadeiramente espiritual. A fé tradicional, neste caso, vence um mundo retórico, vazio, não o pecado.

Em João 16: 7, Jesus diz: "Mas a verdade é que é melhor para vocês que Eu vá embora porque, se Eu não for, o Consolador não virá. Se Eu for, Ele virá - pois vou mandar o Espírito Santo a vocês. E quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça de Deus, e do livramento da condenação". Tal afirmação apresenta um outro elo a Efésios 2: o convencimento e o arrependimento dos pecados são-nos trazidos pelo Espírito Santo, não vêm de nós mesmos, são dádivas de Deus mas nem por isso deixam de ser algo que se deva buscar como condição de se manter em comunhão com Deus, um círculo virtuoso entre o Espírito Santo e o ser humano: "Quem confessa e abandona seus pecados, será perdoado" (Provérbios, 28: 13).

Tanto que o mesmo Paulo chegou ao extremo e ordenou, em I Coríntios 5: 5, sobre um homem que mantinha relações sexuais com a esposa de seu pai: "E expulsem esse homem da comunhão da igreja, entregando-o nas mãos de Satanás para castigá-lo, na esperança de que a sua alma será salva quando o nosso Senhor Jesus Cristo voltar". A ideia do apóstolo era que algo pudesse gerar arrependimento no indivíduo frente ao terrível pecado que cometia sem nenhum constrangimento, enquanto orava e, supostamente, louvava a Deus.

Para quando não há atitudes condizentes, mas uma vida vazia em relação ao que prega o Evangelho, a Bíblia descarta o que se possa chamar de fé dizendo abertamente que ela não existe, é morta, e acima está mais um exemplo bíblico tratando disso: um mau caráter que não erra por fraqueza humana, mas sim deliberadamente deixando de seguir Jesus enquanto afirma o contrário. A Bíblia é sempre categoricamente dura quanto a isso: "Assim agora podemos dizer quem é filho de Deus e quem é de Satanás. Todo aquele que vive uma vida de pecado e não ama a seu irmão mostra que não está na família de Deus" (I João, 3: 9 e 10).

Só se pode entrar no céu pela porta estreita! A entrada para o inferno é larga, e sua porta é bastante ampla, para todas as multidões que escolherem esse caminho fácil. Mas a Porta da Vida é pequena e a estrada é estreita, e só uns poucos a encontram (Mateus, 7: 13)

Ainda disse Paulo, em Romanos 6, versos 14 a 17: "Nunca mais o pecado precisa voltar a ser-lhes senhor, pois agora vocês não estão mais amarrados à lei com que o pecado os escraviza, mas livres sob a compaixão e misericórdia de Deus. Isto significa que agora podemos ir avante e pecar sem nos incomodarmos com o pecado? (Pois nossa salvação não depende de guardar a lei, mas de receber a graça divina!) Naturalmente que não! Será que vocês não compreendem que podem escolher seu próprio senhor? Podem escolher o pecado (com a morte) ou então a obediência (com a absolvição). Aquele a quem você mesmo se oferecer, este o tomará, será seu senhor e você será escravo dele. Graças a Deus que vocês, embora antigamente tivessem escolhido ser escravos do pecado, agora obedeceram de todo o coração ao ensino que Deus lhes entregou". Assim, fica claro que Paulo excluiu o legalismo como prática da fé, mas jamais excluiu dela a obediência a Deus.

Se comparamos tudo isso também ao que Deus diz à igreja de Laodiceia no capítulo 3 de Apocalipse, tudo acaba formando uma perfeita harmonia de ideias, novamente reforçadas pelo próprio Jesus: "Nem todos os que falam como gente religiosa são realmente assim. Tais pessoas podem referir-se a Mim como 'Senhor', porém apesar disso não entrarão no céu. Porque a questão decisiva é se elas obedecem ao meu Pai do céu ou não" (Mateus, 7: 21).

Contudo, interpreta a doutrina tradicional, tendo como chave hermenêutica Efésios 2 muito mal interpretado dentro de si mesmo e do conexto bíblico em geral (ao qual não é colocado), que passagens como essa de Jesus se referem a questões puramente doutrinárias, isto é, "tais pessoas podem se referir a mim como Senhor (...)", não dizem respeito à obediência nem à verdadeira espiritualidade, mas em se estar intelectualmente convencido da doutrina tradicional - mais especificamente, refere-se a pentecostais, católicos enfim, a todo aquele que, afirmam, é um pseudocristão por não compactuar rigorosamente com suas doutrinas, enquanto um péssimo caráter em piora vertiginosa, mas que aceita tal doutrina é o que chamam de "salvo".

Mas não apenas o verso 21 do capítulo 7 de Mateus é suficientemente claro para contradizer tal interpretação, como o próprio contexto de todo o capítulo deixa bem claro que Jesus se refere à essência do individuo, à qualidade da adoração a Deus que deve ser espiritual e verdadedeira (João, 4: 23 e 24) - mais uma consonância com o contexto bíblico mais amplo.

Todo aquele que perseverar em fazer a vontade de Deus, viverá para sempre (I João, 2: 17)

A grande cegueira tradicional reside na ideia de que arrependimento de pecados e conversão como mudança de vida, essência da mensagem do Evangelho e da reconciliação com Deus, tratam-se de "obras", e em manifestar-se nervosamente contrário à toda e qualquer associação entre o Evangelho e o discípulo de Jesus, à obediência a Deus necessariamente.

Afirma insistentemente a doutrina tradicional perante tudo isso que, uma vez reconhecida a obra redentora de Jesus, "ato" este chamado de conversão, Deus não voltará atrás deixando com que o indivíduo se perca, o que tampouco procede: "'Vocês não são salvos por serem bons", dizem eles, 'portanto, não importa que sejam maus. Façam o que quiserem; sejam livres'. Entretanto, estes mestres que oferecem esta 'liberdade' da lei são, eles próprios, escravos do pecado e da destruição. Porque o homem é escravo de qualquer coisa que o domina. E quando uma pessoa livrou-se dos caminhos pecaminosos do mundo ao aprender acerca do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e depois se deixou emaranhar pelo pecado e se tornou novamente escrava dele, está pior do que antes. Seria melhor nunca ter sabido nada acerca de Cristo, do que aprender a respeito dele e depois disso dar as costas aos mandamentos santos que lhe foram dados. Há um velho ditado assim: 'O cachorro volta ao que vomitou, e o porco é lavado apenas para voltar e revolver-se de novo na lama'. Isto é o que acontece com aqueles que se voltam novamente para o seu próprio pecado" (II Pedro, 2: 19 a 22). Isso tudo faz, mais uma vez, perfeita conexão com o Evangelho: "Aqueles que ficarem firmes até o fim serão salvos. (Mateus 24: 13). Portanto, quem voltou atrás foi o ser humano, não Deus - Este é fiel até debaixo d'água, mas ao mesmo tempo dá liberdade e respeita o livre arbítrio do ser humano como ninguém.

Note que mais acima destacamos o substantivo ato através de aspas: se a interpretação correta fosse a de que salvação não depende em nada do ser humano e não vem das consideradas "obras", então Deus seria contraditório e deveria, mantendo essa linha de raciocínio, salvar a todos ou fazer com que a fé fosse nata, partisse diretamente de Deus de maneira que todos os cristãos já nascessem com fé, ao invés de uma decisão do indivíduo (coisas evidentemente tão absurdas quanto a tal doutrina, que leva a esse tipo de hipótese).

Mas não é assim, pois a conversão em si já é um ato de fé, algo que parte do ser humano em seu livre arbítrio. Mais uma grande contradição no discurso evangélico tradicional. O ato da conversão, que consiste em arrependimento dos pecados, deve ser mantido durante toda a vida: "Mas aqueles que ficarem firmes até o fim serão salvos" (Mateus 24:13). Como tudo na vida depende de atitude - amar, promover a paz, perdoar, ser perdoado -, a conversão em si já representa um ato - vai além dele, mas passa pela atitude - de maneira que crer, no sentido bíblico, implica claramente acolhimento interior do Evangelho, e levando-se em conta essa realidade evidente, aí está mais uma grande contradição na interpretação evangélica tradicional. Para tudo isso, Judas Iscariotes é um grande exemplo: acreditou em Jesus como Salvador do mundo, e como poucos, até terminar tragicamente sua trajetória como discípulo de Jesus, saindo pelas portas do fundo da história.

Os erros conceituais da doutrina tradicional são bem claros, neste sentido: confundir arrependimento de pecados com as obras mencionadas por Paulo, que se referia a sacrifícios tanto quanto às de caridade para compensar pecados, e confundir fé em Jesus, no sentido bíblico dentro de seu contexto, com simplesmente crer em Jesus (reduzindo crer a seu sentido mais simplista, isto é, considerar algo como verdadeiro). O que acaba levando a outro grave erro: conversão, que significa mudança de rumos, transformação, acaba sendo interpretada como algo meramente intelectual baseada naquilo que o indivíduo acredita ou algum dia acreditou, em um Jesus histórico e em um eu histórico que, em dado momento da vida, reconheceu a redenção proporcionada por Deus (coisa que o próprio Satanás fez, e até hoje faz com muita convicção).

Na verdade, a esfera evangélica tradicional adota as exortações de Paulo à igreja de Corinto, em séria crise, como "conselhos" que não dizem respeito diretamente à caracterização do cristão, nem colocam em dúvida sua comunhão com Deus. Em alguns casos isso é real, mas em muitos outros não: basta, como argumentamos mais acima, ter-se Jesus como chave interpretativa e observar claramente como Ele mesmo denominou muitas de Suas prédicas como "mandamentos" - muitos dos quais correspondem exatamente aos do apóstolo Paulo.

Porém Eu advirto a todos: a menos que vocês tenham melhor caráter que os fariseus
e outros líderes dos judeus, não poderão de maneira nenhuma entrar no Reino do Céus
(Mateus, 5: 20)

Como pouca desgraça é bobagem nessa ala evangélica (quem já provou do veneno do seu fruto, com raras e honrosas exceções, sabe bem disso), se a doutrina tradicional é totalmente contraditória dentro da Bíblia e dentro do próprio discurso tradicional, na verdade excludente de grande parte da Bíblia como temos visto, por outro lado se esforça bastante para ser coerente em suas incoerências, muito fiel a elas: afirma-se abertamente que mesmo um tremendo mau caráter que um dia reconheceu o senhorio de Jesus, vai incondicionalmente para o Céu.

Tal ensinamento também explica o porquê de tantos ditos e feitos dos mais traiçoeiros no meio, mesmo dentre lideranças sem o menor peso na consciência, servindo-se docemente da religião e usando e abusando de dois pesos e duas medidas. Se alguém tentar contra-argumentar essa doutrina, neste caso também será vítima do afamadamente raivoso "embate santo" tradicional, inevitavelmente (este ponto do caráter vinculado à salvação causa irritação como nenhum outro dentre tradicionais).

Quando alguém se faz cristão, torna-se uma pessoa totalmente nova por dentro.
Já não é mais a mesma. Teve inicio uma nova vida!
(II Coríntios, 5: 17)

Não há possibilidade de alguém se aproximar de verdade de Jesus e continuar com a velha vida - Jesus e os apóstolos mesmos afirmaram isso, essa é a essência da mensagem do Evangelho que permeia toda a Bíblia como o poder de Deus para o ser humano, e quem se aproximou de Jesus de verdade testemunha tal realidade, inevitavelmente. Quanto a isso, disse Jesus: "Fiquem firmes em Mim, e deixem-Me viver em vocês. Pois um ramo não pode dar fruto quando está separado da videira. Nem vocês podem produzir separados de Mim. Todo aquele que vive em Mim, e Eu Nele, produzirá muitos frutos. Quando alguém se separa de Mim, é jogado fora como uma ramo imprestável, seca-se, é ajuntado num montão com todos os outros, e depois queimado. Mas se vocês permanecerem em Mim e obedecerem às minhas ordens, podem fazer o pedido que quiserem, e isto será concedido! Os Meus verdadeiros discípulos dão colheitas abundantes. Isto resulta em grande glória ao Meu Pai." (João, 15: 4 a 7).

Agora, vejamos o que disse o apóstolo Paulo no capítulo 5 de Gálatas, do verso 19 ao 24: "Entretanto, quando vocês seguirem suas próprias inclinações erradas, suas vidas produzirão os seguintes maus resultados: pensamentos impuros; ansiedade pelo prazer carnal; idolatria, feitiçaria, (isto é, incentivo à atividade dos demônios); ódio e luta; ciúme e ira; esforço constante para conseguir o melhor para si próprio; queixas e críticas; o sentimento de que todo mundo esta errado, menos aqueles que são do seu próprio grupinho; e haverá falsa doutrina inveja, assassinato, embriaguez, divisões ferozes e toda essa espécie de coisas. Vou dizer-lhes novamente como já o fiz antes, que todo aquele que levar esse tipo de vida não herdará o reino de Deus. Mas quando o Espírito Santo controlar nossas vidas, Ele produzirá em nós esta espécie de fruto: amor, alegria, paz, paciência, bondade, retidão, fidelidade, mansidão e domínio próprio; e aqui não há conflito algum com as leis judaicas. Aqueles que pertencem a Cristo pregaram seus maus desejos naturais na sua cruz e os crucificaram ali".

Sobre o Espírito Santo sendo parte da vida da pessoa, afirmou categoricamente o apóstolo Paulo em Romanos 8: 8 e 9: É por essa razão que nunca podem agradar a Deus aqueles que ainda estão sob o controle de sua própria natureza pecaminosa, inclinados a seguir os antigos desejos malignos. Vocês, porém, não são assim. São controlados pela nova natureza se tiverem o Espírito de Deus morando em vocês. (E lembrem-se de que se alguém não tiver o Espírito de Cristo morando em si mesmo, esse não é cristão de modo nenhum).

Conforme vimos nas citações de Tiago e Apocalipse no início deste texto, no primeiro parágrafo, confirmado também, e amplamente através de todo o contexto biblico exposto aqui e mais ainda em A Palavra de Deus Fala por Si: Ser Discípulo de Jesus, de Deuteronômio ao Apocalipse mais acima, qualquer doutrina que saia disso descaracteriza totalmente o Evangelho, além de reduzir o poder de Deus ainda que inconscientemente. Mas mesmo com todas as evidências lógicas e bíblicas, além do caráter perverso dessa distorção é interessantíssimo a muitos religiosos manter tal doutrina isentadora de diversas responsabilidades.

"Que direi Eu a respeito desta nação? Esta gente é como crianças que estão tocando, e dizem aos seus amiguinhos: 'Nós tocamos música de casamento, e vocês não se alegraram; então, tocamos música de enterro, e vocês não ficaram tristes'. Porque João Batista não bebe nem vinho e muitas vezes fica sem comer, então vocês dizem: 'Está louco'. E Eu, o Messias, tomo parte em festas e bebo, vocês se queixam e dizem que sou 'um comilão e bebedor, um homem que vive andando por aí com a pior espécie de pecadores!'"

"Mas homens brilhantes como vocês podem justificar todas as suas contradições! Ai de ti, Corazim, e ai de ti, Betsaida! Porque se os milagres que Eu fiz nas tuas ruas tivessem sido feitos em Tiro e Sidom, há muito tempo aqueles povos teriam se arrependido com vergonha e humildade. Verdadeiramente, Tiro e Sidom estarão em melhor situação no Dia do Juízo do que Corazim e Betsaida!"

"E tu, Cafarnaum, embora altamente honrada, descerás ao inferno! Porque se os admiráveis milagres que operei aí tivessem sido feitos em Sodoma, a cidade ainda existiria hoje. A situação de Sodoma será melhor do que a sua, no Dia do Juízo". E Jesus fez esra oração: "Ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, Te agradeço porque escondeste a verdade daqueles que se julgam tão sábios, e a revelaste às crianças!"

(Mateus, 11: 17 a 25)

A maneira de se provar o resultado de uma multiplicação é transformá-lo em divisão, e vice-versa. Na vida, tudo é assim: inevitavelmente, mais cedo ou mais tarde se prova na prática tudo o que a envolve, e nada mais prático, vivo e eficaz que a Palavra de Deus. Pois o resultado inevitável da ideia de que simplesmente crer caracteriza um discípulo de Jesus, é i sectarismo (do substantivo "seita", que faz esses mesmos religiosos "se arrepiar"), em que acaba se tratando as mesmas posturas equivocadas de maneiras totalmente distintas, cheias de parcialidade dependendo da profissão de "fé" (na realidade, de crença) da pessoa em questão. Será que é isso que Deus quer, será "isso" Deus? Sua Palavra não diz isso de Si mesmo, muito pelo contrário em diversas passagens em seu amplo contexto, inclusive nesta: Deus não tem preferidos quando julga (Deuteronômio, 10: 27, Atos, 10: 34, Colossenses, 3: 25, e I Pedro, 1: 17).

E mais uma dentre as tantas provas cabais de que essa tendência doutrinária confunde catastroficamente fé com crença, reside lamentavelmente na questão já observada mais acima, no início do artigo em relação à generalizada raiva doutrinária: um indivíduo pode dar todas as demonstrações práticas de fé, enquanto crê em Jesus como o único Salvador que morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia bem como em tudo o mais do Evangelho, se contudo não compactua com a via doutrinária dos pertencentes a tal setor religioso, por mais vazios que muitos destes possam ser e por mais cheio que o praticante da fé viva, este é incondicionalmente considerado um herege por aqueles - por suas vezes, incondicionalmente considerados puritanos por si mesmos, apenas porque creem em tal doutrina. Esse reducionismo simplesmente "mata" o Evangelho no coração de milhões de seres humanos, cuja essência vai muito além disso - essa morte explica o porquê do esfriamento crescente de muitos que professam a fé cristã, através de um "Evangelho" morto que se tornou um manual sistemático e antipático de "como conhecer a Deus".

Tal ensinamento, no conteúdo e na forma "metodológica" idêntico ao dos fariseus dos tempos de Jesus, é também fruto do erro histórico de ater-se a versos isolados, que isolados são desconexos do contexto e de sua ideia original enquanto desconsideram o que vem antes e depois deles, o contexto bíblico mais amplo e, além do mais, não possuem no Evangelho sua referência, cuja mensagem central é de arrependimento e mudança de vida (i. e., conversão) - são versos fechados em si mesmos ou em mais um punhado de "cacos bíblicos" cuidadosamente selecionados, igualmente isolados cujas maiores referências são as ideias e "parábolas" pastorais.

Fruto do fato de que a Palavra de Deus foi substituída pela panaceia cerimonial em que prevalecem as palavras dos "tecnocratas da fé" sobrepondo-se, sutilmente, à Palavra de Deus pura e simples, de cuja simples realidade não há como fugir desde que lida em seu amplo contexto como um livro de reflexão segundo o propósito pelo qual ela foi criada, não como sistemático instrumento de defesa doutrinária da comunidade local, nem como livro para se fechar os olhos e ler a página que o acaso abriu, nem menos, absurdo ainda pior já mencionado, ater-se a trechos isolados, e muitas vezes ¹/2 verso ou até ¹/3 de verso, prática generalizada nessas mesmas comunidades que confundem fé com crença. Pois tal confusão não é mera casualidade: trata-se de mais uma prova que a vida dá daquilo que o ser humano produz, triste efeito que descaracteriza totalmente a mensagem essencial do Evangelho produzindo um tipo de "fé" que não vence pecado nenhum, contrariando as previsões do apóstolo João (fé que vence o mundo), e que não move sequer um grão de areia - quanto mais uma montanha, conforme previu Jesus.

Esses doutores em Deus têm por prática generalizadamente peculiar correr uma Bíblia inteira baseados neste método dos cacos bíblicos, de trechos em trechos sem pouca ou nenhuma capacidade de tomar a Palavra de Deus em seu amplo contexto, o que se pode chamar de literalismo dentro do qual defendem suas versões, e muitos que discordam em diversas questões tendem a adotar a mesma prática reducionista, correr toda a Bíblia mas argumentando com trechos que se encaixam em suas ideias, debatendo dentro da mesma Bíblia sem nunca haver um consenso. Essa metodologia teológica pode ser comparada a uma hipotética retirada de trechos da(s) fala(s) de uma pessoa e encaixá-los, fora de contexto, de acordo com as ideias de alguém que usa ainda parábolas e frases de efeito de sua criação ou preferência: poder-se-á perfeitamente, a partir disso, formar um anjo ou um demônio através das mesmas palavras em relação à mesma pessoa, dependendo da disposição de cada um (o que, aliás, não é nada incomum em nossa sociedade). É o que se tem feito com o Evangelho ao longo do tempo - muito mais por interesses e conveniências (o que inclui orgulho religioso) pessoais ou coletivos, que por qualquer outra coisa -. Este caso da estrondosa confusão entre fé x crença é mais um exemplo da perversão dos ensinamentos de Jesus, por um motivo ou por outro. O evidentemente certo nessa história toda é que a Boa Notícia trazida por Jesus está muito distante de se resumir a uma crença.

Com o perdão do termo, já que não encontramos outro mais apropriado para definição: a contradição mais estúpida de tal doutrina evangélica tradicional é que enquanto afirmam nervosamente que apenas crer é suficiente independente de qualquer coisa, os tradicionais, muito generalizadamente, acreditam piamente e dizem aberta e raivosamente que os arqui-rivais pentecostais simplesmentenão são cristãos e não irão ao Céu, pelo simples fato de pertencerem à outra ala evangélica com diferenças teóricas, mesmo crendo na obra redentora de Jesus na cruz, na ressurreição no terceiro dia e na Bíblia como inspirada por Deus.

Em muitos casos, o pentecostal poderia conviver tranquilamente com um tradicional, mas o inverso disso é, na imensa maioria dos casos, quase na totalidade impossível. Certa vez no púlpito da Igreja Batista da Vila Mariana em São Paulo, uma das grandes vozes batistas paulistanas, o pastor repetiu o que não é raro se ouvir nessa ala evangélica, externando o caráter exclusivista que na verdade faz parte da essência da doutrina tradicional: "Se você pertence a alguma igreja batista, pode participar da Santa Ceia". Mesmo que qualquer pentecostal seja extremamente obediente à Bíblia, não irá ao Céu porque, segundo os tradicionais, salvação não vem de obras mas de crer, e os pentecostais não creem de maneira satisfatória. Como se vê mais uma vez, e claramente, nem os próprios tradicionais acreditam no que pregam.

Diabo vem do latim diabolus e do grego diábolos, que significa aquele que divide. Mas claro, como salvação não depende de obras e são os tradicionaios guardiães da suposta sã doutrina que salva, sentem-se à vontade para combater agressivamente e escurraçar do meio deles quem não faça parte de seu grupo dos "salvos" - práticas muito conhecidas no meio evangélico, na realidade a marca registrada dos tradicionais.

Se alguém pecar deliberadamente rejeitando o Salvador depois de ter conhecido a verdade do perdão,
este pecado não é coberto pela morte de Cristo; não há meio de livrar-se dele
(Hebreus, 10: 26)

Portanto, alegar que apenas crer em Jesus caracteriza o cristão divorciando o Evangelho da obediência, é uma maneira sutil de limitá-lo a uma religião meramente carnal, intelectual baseada unicamente em conceitos; mais que isso, é uma maneira religiosa de distorcê-lo, de pervertê-lo afastando-o de sua essência. Conforme vimos até aqui na Bíblia, tendo no Evangelho a chave interpretativa, o sentido etimológico de fé (lealdade, fidelidade) está claramente de acordo com o ensino evangélico, dentro do qual crença, por si só, jamais significa fé.

Mas muito além da etimologia, o verdadeiro significado da fé em nosso interior encoraja a ser diferentes em um mundo corrompido, anima-nos continuar ainda que subtraídos materialmente ou até perseguidos e desprezados. Fé que nos salva. Fé que independe de emoções e de qualquer tipo de sensação natural para que tenhamos a permanente consciência do amor infinito de Deus, haja o que houver. Fé para abrir mão do humanamente irrecusável, para vivermos de mãos estendidas e mover as mãos de Deus dentro do que é bom, agradável e perfeito à existência, sobretudo ao próximo. Foi essa fé que viveu e pregou Paulo, Tiago, os demais apóstolos, profetas, o próprio Jesus e todos os cristãos perseguidos ao longo da história, que permitiram o acesso à Bíblia hoje. Dádiva gratuita a qualquer um que a desejar viver plenamente, sinceramente, indivisivelmente, a fé é tão livre quanto prática por excelência.

A interpretação tradicional trata-se do outro extremo, algo tão absurdo quanto a tese de que apenas através de boas ações se obtém perdão de pecados (Efésios 2 também deixa claro que não é assim, já que sem fé não se faz o que Deus quer). Porém, no caso evagélico tradicional, é um extremo bem mais comodista, convenhamos, através do qual muitas vezes não se nega o nome de Jesus mas, na prática, nega-se o Evangelho absolutamente absolvido pela doutrina que confunde fé com crença, colocando essa suposta fé (traçada pelas cartilhas doutrinárias) na profissão, ao invés de fazer da profissão de fé uma consequência da vivência do Evangelho. Se a plena comunhão com Deus não se dá através de meras ações humanas, por outro lado as pessoas evidenciam viver sob a bondade (graça) de Deus ou não, pela maneira de agir.

"Porque João Batista pregou para que se arrependessem e se voltassem para Deus, e vocês não quiseram, enquanto que homens muito maus e prostitutas fizeram isso. E mesmo quando vocês viram tudo acontecendo, recusaram-se a arrepender-se, e assim não puderam crer (Mateus, 21: 32). A mensagem do Evangelho, cujo centro é arrependimento pelos pecados tendo como parte indissociável o amor, é de perseverança: a imensa maioria dos que ouviam e até acreditavam e seguiam Jesus por algum tempo, acabavam desistindo no meio do caminho ainda acreditando em Suas palavras, mas não foram feitos discípulos Dele (enquanto outros que não O seguiram fisicamente mas mantiveram Sua mensagem na alma, permaneceram sendo Seus seguidores). Definitivamente, crer significa obedecer, apresentar inevitavelmente resultados segundo Jesus, reconfirmado pos seus ditos em João 14:12: "Digo a vocês verdadeiramente que: qualquer um que crer em Mim, fará os mesmos milagres que Eu tenho feito, e ainda maiores, porque Eu vou para presença do Pai. Vocês podem pedir a Ele qualquer coisa, em Meu nome, e Eu o farei, e assim o Pai será glorificado através do Filho".

Portanto, se permanecermos junto dEle e lhe formos obedientes, não pecaremos também; mas aqueles que continuam
pecando devem entender isto: eles pecam porque realmente nunca O conheceram nem chegaram a ser dele
(I João, 3: 6)

● "Jesus condenou duramente os fariseus, mestres da religião, por não viver o que pregavam, por não obedecer a Deus, e Jesus afirmou que eram falsos religiosos por isso", ao que responde a tal sã doutrina:

"Jesus combateu duramente os fariseus por não ter acreditado Nele como salvador do mundo, não por questões de obediência e caráter". Antes de mais nada, desconsidera-se que os fariseus, pertencentes à ala mais conservadora da sociedade e da direita ou centro-direita politica à época, eram grandes mestres da Bíblia à época (Velho Testamento), os que mais acreditavam na doutrina correta, a judaica, e ensinavam os outros a fazê-lo. Os fariseus pertenciam, teoricamente, ao chamado povo de Deus (exatamente o que Jesus questionou).

Desconsidera-se também que Jesus, em diversas ocasiões, deparou-se com pessoas que não Lhe davam crédito - o que mais comumente acontecia em Sua terra -, e que muitos O buscavam apenas atrás de curas, depois se afastavam. Portanto, se o que Jesus tinha em mente em relação aos fariseus está de acordo com a interpretação dos evangélicos históricos, Ele foi incoerente e injusto: deveria ter saído batendo boca com todos os que não acreditavam Nele, ou que O procuravam atrás de interesses que não eram espirituais. Mas não foi assim, longe disso - nem com diversos outros líderes religiosos Jesus Se comportou dessa maneira, apenas com os fariseus em extremo rigor e intolerância. Jesus tratava com amor mesmo os que não acreditavam Nele, Seus compatriotas ou não.

Desconsidera-se uma das primeiras palavras do Evangelho, proferidas por João Batista: "Antes de serem batizados, provem que abandonaram o pecado praticando obras dignas. Não tentem escapar, pensando: 'Estamos salvos porque somos judeus - somos descendentes de Abraão!' Isso não prova nada! Deus pode até mudar estas pedras em judeus! E agora mesmo o machado do julgamento de Deus está levantado para derrubar cada árvore que não produz - serão derrubadas e queimadas" (Mateus, 3: 8 a 10). Tais advertências, em absoluta consonância com as de Jesus (bem mais tarde) aos fariseus, não podem ser entendidas jamais de acorco com a maneira evangélica tradicional, já que quando João disse isso Jesus ainda não havia surgido como o Messias.

Desconsidera-se o mas evidente, que responde tudo: a essência das palavras de Jesus aos fariseus, deixando muito claro o sentido da condenação do suposto "povo de Deus", da qual não há como fugir os que se julgam na mesma condição hoje, enquanto possuem caráter farisaico - a isso Jesus se referia, ao caráter, às contradições entre falar e agir, servir à doutrina simplesmente, ou intelectualmente, e servir a Deus (leia Mateus 6, 7 e 23).

Vejamos esta passagem de Mateus 7: "Cuidado com os falsos mestres que vêm disfarçados em ovelhas inofensivas, mas são lobos, e vão despedaçar vocês. Vocês podem descobri-los pela maneira como agem (...). Sim, o meio de identificar uma árvore, ou uma pessoa, é pela qualidade do fruto que dá. Nem todos os que falam como gente religiosa são realmente assim" (versos 15, 16, 20 e 21). Jesus disse que um falso religioso é caracterizado por como age, não por como fala nem pelo tipo de fé que professa.

Agora, consideremos as palavras de Jesus em Mateus 23: "Ai de vocês, fariseus, e demais líderes religiosos! Fingidos! Pois vocês não deixam os outros entrarem no Reino dos Céus, nem vocês mesmos entram. Vocês parecem ser santos, com todas as suas longas orações públicas nas ruas, enquanto estão expulsando as viúvas das casas delas. Fingidos! Sim, ai de vocês, fingidos. Porque vão a qualquer distância para converter alguém, e depois fazem a mesma pessoa duas vezes mais digna do inferno do que vocês mesmos são" (14 e 15).

De acordo com Mateus 7 e fazendo todo o sentido dentro do contexto bíblico, Jesus deixa totalmente claro na sequência de Mateus 23 o que caracteriza um religioso fingido: "São tão cuidadosos em limpar a parte de fora da taça, mas o interior está imundo de exploração dos outros e de cobiça. (...) São como belos túmulos - cheios de ossos de homens mortos, de podridão e sujeira. Vocês procuram parecer homens santos, mas por baixo desses mantos de bondade, estão corações manchados de toda espécie de fingimento e pecado" (25, 27 e 28).

Ainda em relação à guarda da doutrina pura e simplesmente, meramente intelectual dentre judeus, desde sempre Deus condenou duramente isso, sem arrependimento e seus frutos conforme vimos em Isaías 1: 12 no ponto acima, bem como nos diversos versos do Velho Testamento apresentados em A Palavra de Deus Fala por Si: Ser Discípulo de Jesus, de Deuteronômio ao Apocalipse, sucedido de artigo mais acima.

Para os que acreditam que Deus mudou a maneira de ser na época da graça sob Jesus, e que tudo está mais fácil, que se alargou o caminho aos Céus, vale considerar as palavras de Jesus em Mateus 5: "As leis de Moisés diziam: 'Não cometa adultério'. Porém Eu digo: Qualquer um que até mesmo olhar para uma mulher com cobiça nos olhos, em seu coração já cometeu adultério com ela" (27 e 28).

Pois é exatamente essa "doutrina santa", esse tipo de fé puramente teórica, filosófica baseada também nas exortações de Jesus como "doutrinárias" que gera ódio religioso contra toda e qualquer diferença: a fúria de Jesus, segundo tal doutrina, não se deu por falsidade prática mas por equívocos religiosos teóricos. Logo, segue-se os passos histéricos do mestre.

Não desperdice tempo discutindo idéias tolas nem mitos e lendas absurdas.
Gaste seu tempo e energia na prática de conservar-se espiritualmente apto
(I Timóteo, 4: 7)

Sob tal interpretação, nesta caso sim, segue-se fielmente os ditames do pseudoCristo esquizofrênico da ala evangélica mais tradicional, em constante batalha àquilo que julga sair de sua são doutrina, até em relação às mínimas diferenças teóricas - justificando inclusive genocidas guerras entre Estados em nome de Deus, especiamente contra o mundo islamita -, enquanto, tão incoerentemente, coam mosquitos e engolem camelos adulando péssimos caráteres em seu meio desde que sejam "bons teóricos", ao mesmo tempo que escurraçam outros, não raramente sob ridicularização, por suas "questões doutrinárias".

Eis aqui a exposição da origem de mais um belo fruto da "fé" evangélica tradicional - no caso, a histeria doutrinária que, muito geralmente, não escolhe hora nem lugar e pode-se ver claramente no olhar desses indivíduos, famosíssimos por tais inconvenientes.

As grandes lições deixadas nisso tudo envolvendo as fortes palavras de Jesus aos fariseus, são claras: os que reconheceram Jesus não foram, tão paradoxalmente, os teólogos e os mais presos a assuntos doutrinários, mestres da religião, mas pessoas simples em busca de espiritualidade verdadeira com coração predisposto a obederecer. Apenas o conhecimento intelectual das Escrituras (na qual os fariseus eram os maiores mestres) sem santidade a Deus não garante conhecimento espiritual, mas é justamente o motivo da confusão na vida do ser humano, e de sua condenação. Daí, surgem todas as contradições não só entre teoria e prática, mas também entre o que se diz em um instante e em outro. Jesus usava não apenas as atitudes dos fariseus para fazê-los cair em contradição, mas principalmente suas próprias palavras. E, orgulhosos de seus conhecimentos doutrinários que os colocavam em situação privilegiada a outros em toda a sociedade, além de indiferentes em relação às suas vidas sujas, era esse segundo ponto o que mais enfurecia os fariseus - tocava no orgulho religioso deles.

Então Jesus disse: "Eu vim para o mundo para dar vista àqueles que são cegos no espírito, e para mostrar, àqueles que pensam que vêem, que são cegos". Os fariseus estavam ali perguntaram: "você está dizendo que nós somos cegos?". "Se vocês fossem cegos, não teriam culpa de nada", respondeu Jesus. "Mas a culpa de vocês permanece porque vocês pensam que sabem o que estão fazendo"
(João, 9: 39, 40 e 41)

Tal princípio espiritual colocado por Jesus vale também para hoje, a qualquer um que, mesmo confessando-O como salvador com todos os conhecimentos intelectuais das Escrituras e/ou envolvido em toda a sorte de ativismos éticos e religiosos, afastaram-se da mensagem essencial da Boa Nova Dele. A Palavra de Deus é viva e livro mais atual que existe; portanto, ser um fariseu cristão em pleno século XXI, cego ao mesmo tempo vivendo plenamente a religião exteriorizada e dono do mais sublime conhecimento bíblico, capítulo por capítulo, aceitando o nome Jesus mas não o espírito de Jesus, também é (muito) possível. E isso estamos vendo, quem tem olhos para ver, que veja. Ou, à vontade, cegue-se para sempre.

Jesus quis muito, muito mais que transmitir apenas doutrina, mas que Suas palavras produzissem efeito prático no interior das pessoas a ponto de transformar por completo sua essência, e foram nesse sentido Suas pesadas advertências aos fariseus presunçosos, mestres da religião. Desconsiderando essa simples e evidente realidade, a ala tradicional, como sempre, como em tudo, neste caso também reduz Jesus a algo doutrinário, gelado, histórico, fechado às letras sem valor prático que apenas geram frieza no indivíduo relegando as palavras e atitudes de Jesus a um passado remoto.

Como a Igreja evangélica, em especial sua ala histórica não tem como excluir da Bíblia tais passagens e personagens como Judas Iscariotes (embora faça com que passem totalmente desapercebidos em seus ajuntamentos), busca nesse tipo de racionalismo gratuito, totalmente desconexo seu subterfúgio. Colocá-los dentro da realidade bíblica seria rever todos os fundamentos da igreja, por isso "nunca" são mencionados.

Reduzir a postura enérgica e sistemática de Jesus frente aos fariseus a uma disputa doutrinária, é mais uma "grande sacada" bem ao estilo evangélico tradicional cujo líder mais ilustre, o sábio presidente da Igreja Presbiteriana do Brasil, sr. Isaías de Souza Maciel de altíssimo nível moral e intelectual, é secreto maçon de alto grau que usa descaradamente o importante posto religioso "protestante" para apoiar políticos, tendo colocado sua última candidata, a atual presidente Dilma Rousseff, como "o apóstolo Paulo do século XXI" na campanha eleitoral de 2010, levando consigo e às urnas dezenas de milhares de pastores, e dezenas de milhões de membros das mais diversas ramificações ditas evangélicas, conforme reportamos com exposição de vídeo em O Evangelho de Sonhos, Igualdade e Poderosa Transformação do Ser Humano, como Instrumento de Alienação Social e Arma para Corruptos Inescrupulosos, mais acima.

Se alguém Me ouvir e não Me obedecer, não Sou Eu o juiz dele - pois vim salvar, não julgar o mundo. Mas todos os que Me
rejeitam e desprezam Minha mensagem, serão julgados no Dia do Juízo pelas verdades que falo
(João 12: 47 e 48)

Por isso tudo, os fariseus são ícones daquilo que Jesus fez questão de deixar bem claro: conhecedores apenas intelectuais da Verdade sem acolhê-la, sem permitir que gere frutos interiores, são religiosos que vivem de estereótipos. Cheios do conhecimento dessa Verdade, todo o conhecimento do qual os fariseus tanto se jactam e através do qual tão arduamente combatem os de fora e até os de dentro, é justamente o motivo do tropeço fatal de suas almas, por limitar-se a algo cerimonial e exteriorizado. É desse conhecimento farisaico, meramente intelectual que acaba faltando capacidade para compreender as mais simples questões da vida, do espírito e de Deus: Jesus contava as mais singelas parábolas e todos os humildes de espírito, mesmo os completos analfabetos entendiam rapidamente, enquanto os mestres da religião terminaram por pendurar Jesus no madeiro.

Por seus frutos os conhecereis (Mateus, 7:16)

Não se precisa dizer mais nada sobre as incoerências dessa doutrina quando comparada à Bíblia, ou mesmo quando comparada a si mesma que entra em suas próprias contradições, e nem se requer provar o afamadamente "saudável" ambiente dos adeptos disso que qualificam raivosamente de "sã doutrina", para se avaliar esse tipo de "fé". É desse tipo de exclusão de Jesus como referência interpretativa que se tem feito as maiores distorções bíblicas, e no caso específico dessa doutrina de que basta crer, de que isso significa fé, ela possui, como vimos, um poder incrível de teorizar tudo distanciando a vida cristã e os ensinos de Jesus da interiorização, quanto mais se aprofunda nela. Tudo acaba resumido ao que a pessoa acredita, excluindo dos que creem que Jesus morreu na cruz pelos pecados as próprias exortações Dele, dos apóstolos e dos profetas.

Da mesma maneira que não se faz necessário ter memorizada grande parte da Bíblia para ter-se ceteza de que, diferentemente da religião incoerente que aprisiona, religião morta que não muda caráter, não gera frutos, Jesus segue, veementemente, o caminho oposto disso tudo, de que Ele liberta, alivia a sobrecarga enfim, para se ter a certeza que incomoda o inferno de que o prático Evangelho produz necessariamente vida, e vida em grande estilo: basta abrir-se o coração a Deus (buscar-me-eis e Me achareis, quando Me buscardes de todo o coração, Jeremias, 29: 13), e segui-Lo (aquele que Me obedece, esse é o que Me ama. Vocês são Meus amigos, se Me obedecerem, João, 14 e 15).

Provem, pela maneira de viver, que vocês realmente se arrependeram (Lucas, 3: 8)

Enquanto a cúpula da igreja católica se diz santa e requer de seus súditos a frequente profissão dessa nociva verdade em cada missa e em cada mínima reza particular, a igreja evangélica tradicional, por outro lado, reconhece ser pecadora, "falha como todos os seres humanos". Aparentemente, tal discurso é belo e inofensivo, e em certo sentido verdadeiro e necessário. Mas a questão não fica reduzida a isso quando envolve a mencionada ala evangélica: levando-se em conta que se creem perdoados por Deus por tudo o que fizeram, e perdoados antecipadamente por qualquer erro que venham a cometer ao longo de toda a vida - a seguir está o grande ponto vicioso da questão - por mais grave que seja, sem necessidade de arrependimento e retratação, tal doutrina e condição, sentindo-se em posição privilegiada neste nível perante Deus e às próprias pessoas, logo sem necessidade de mudança se torna ainda mais perversa que a católica, potencialmente mais perigosa.

Tudo isso é mais nocivo que as mentiras da igreja católica pelo simples motivo que a suposta santidade desta vale apenas aos papas, de certa forma também aos cardeais, bispos e padres, e que além do mais estes têm o compromisso intrínseco de seguir determinados padrões de conduta. Enquanto isso, o pseudoperdão incondicionalmente por atacado protestante conservador, mesmo ao péssimo caráter que apenas piora até o fim da vida sem arrependimento nem retratação, é generalizado entre seus adeptos: todos, invariavelmente, seguem tal profissão de santidade relativa (isto é, santos não por como vivem, nem mesmo pelo arrependimento conforme ensina o Evangelho) que retira o compromisso fundamental previsto pela Bíblia, e assim os isenta de praticar o que acreditam (mas não creem, no sentido bíblico).

Os malefícios desse tipo de fé que coloca uns em situação de privilégio perante outros independente de qualquer coisa, dependendo apenas do segregacionista conhecimento doutrinário que os diferencia dos demais - chamado abertamente no meio de maior entendimento e sabedoria -, são evidentes: enquanto um mau caráter qualquer representa problemas à sociedade, um outro detrás da religião sob imaginária absolvição Divina, eterna e incondicional com proteção eclesiástica reforçada pela muleta psicológica de possuir o pleno entendimento de todas as coisas, configura-se no perfeito retrato das igrejas, do qual cada um pode tirar suas próprias conclusões.

Santidade, do latim sanctitate, etimologicamente significa "pureza, virtude". Portanto, essa pureza evangélica tradicional, supostamente proporcionada por Deus de maneira antecipada e vitalícia, independente de arrependimento e retratação, nada mais é que a outra face de uma mesma moeda quando comparada à profissão da cúpula católica - cada lado alegando ser santo trazendo em seu bojo apenas questões doutrinárias diferentes, porém em nenhum dos casos a mensagem essencial do Evangelho, a qual faz diferença prática.

Foi deste modo que a santidade evangélica tradicional apenas mudou os termos da absurda purificação espiritual da cúpula católica, colocando-se, na prática, descompromissada com o Evangelho e em situação privilegiada perante outras pessoas (exatamente disso vem o senso de superioridade e orgulho bastante peculiar dos tradicionais, conforme observamos no início deste comentário). Tal distorção também explica por que, ao longo de toda a história, a igreja protestante em geral, sob esse mesmo senso, apenas tem substituído o poder coercitivo católico, tanto a nível nacional quanto internacional (e.g., Inglaterra, Holanda e Estados Unidos, maiores evidências históricas de "nação eleita" a "salvar" outros povos apoiadas no dogma protestante tradicional - em todos os casos exemplificados aqui, à base de extrema violência invasiva em um mundo que só tem piorado sob todos os aspectos: fome, doenças, violência, guerras, catástrofes e, sobretudo, em ódio).

Tudo quanto Deus nos diz é cheio de força viva: é mais cortante do que o punhal mais afiado, e corta rápido e profundo em nossos pensamentos e desejos mais íntimos em todos os seus detalhes, mostrando-nos como somos na realidade. Ele sabe de cada um, em cada lugar. Cada coisa a respeito de nós está descoberta e escancarada aos olhos penetrantes do nosso Deus vivente; nada pode se esconder dele, a quem devemos prestar contas de tudo o que fizemos (Hebreus, 4: 12 e 13)

Lembrem-se: esta mensagem é para obedecer, não apenas para ouvir. Portanto, não se enganem: se uma pessoa apenas ouvir e não obedecer, será como um homem que olha seu próprio rosto num espelho; e logo que se afasta, não pode mais ver-se a si mesmo nem
se lembrar de como é a sua aparência
(Tiago, 1: 22 a 24)

A Palavra de Deus tem o poder incomparável de colocar-nos diante de um espelho ao mesmo tempo que explicita o que quer, pode e deve fazer a fim de nos transformar na imagem e semelhança de Jesus enquanto ler, conhecê-la teoricamente rejeitando o que manda que façamos na vida prática, gera peso na consciência ainda que não se saiba de onde venha enfraquecendo-a e gerando, claro, perturbação, dualidade, performismo (representação de si mesmo, atitudes muito mais baseadas em métodos para parecer ser que por essencialmente ser, daí as afamadas e predominantes duas caras no meio religioso), autoengano, frieza e mais uma série de problemas estruturais que produzem seres humanos deteriorados, e ambientes insuportáveis.

Obedecer Jesus é o que caractariza Seu discípulo, nossa fé e amor por Ele. A prática da Palavra de Deus gera nova vida, essência do Evangelho, o conhecimento de Deus e a sabedoria que ela mesma garante: sabedoria espiritual que torna possível que um pescador analfabeto, Pedro, discurse e três mil se tornem discípulos de Jesus em terra de gente dura de coração. Desse Jesus espiritual devemos nos aproximar todo dia.

Por outro lado, entupir-se de conhecimento sem estar diariamente reverenciando a Deus de maneira espiritual e verdadeira (João, 4: 24), aperfeiçoando no que é bom, agradável e perfeito das virtudes Dele (Romanos 12: 2), acaba produzindo efeito reverso e gerando personas ao invés de pessoas autênticas. "(...) Vêm disfarçados em ovelhas inofensivas, mas são lobos" (Mateus, 7: 15). "Se já experimentaram a retidão e a bondade do Senhor clamem por mais, como um bebê chora por leite. Comam a Palavra de Deus - leiam-na, pensem nela - e cresçam fortes no Senhor" (I Pedro, 2: 2). Essa espiritualidade é a única via para se alcançar comunhão com Deus, e qualquer situação que fuja disso não representa espiritualidade verdadeira mas, no máximo, mera crença religiosa enquanto Deus não é religião, mas espírito e verdade absoluta que requer amor absoluto, jamais relativo.

O conhecimento é uma arma, faca de dois gumes: se não gerar conscientização, desagua inevitavelmente no congelamento da alma do indivíduo, o que responde a pergunta espantosa e justamente inconformada de grande parte da sociedade: "Como pode ser tão religioso, conhecer tanto, e ser tão gelado, pior que um não religioso?". É esse tipo de conhecimento que produz os piores caráteres em meio à sociedade, seres indiferentes que praticam seus atos ilícitos sem nenhum peso na consciência, que acabam usando a Palavra de Deus banalizadamente, como um advogado usa um mesmo código da lei de maneira oportunista ora para acusar, ora para se defender dependendo da ocasião e de seu interesse.

As pessoas de Deus enquadram-se em II Coríntios 3: 18: "Nós, os cristãos, entretanto, não temos nenhum véu sobre nosso rosto; podemos ser espelhos que refletem claramente a glória do Senhor. À medida que o Espírito do Senhor trabalha dentro de nós, tornamo-nos mais e mais semelhantes a Ele". Pois são justamente o excesso de informação e o foco em doutrinas que acabam impedindo o ser humano de olhar para dentro de si, fazendo-o se esquecer do espiritual e de contemplar a natureza prática do Evangelho.

Se o meu povo se humilhar e orar, e Me procurar, e se arrepender e mudar sua maneira errada de viver,
Eu ouvirei do céu as orações do povo, perdoarei os seus pecados, e curarei a terra deles
(II Crônicas, 7: 14)

Em toda a Bíblia, do começo ao fim e mais ainda dentre os próprios discípulos (Lucas 12: 48), as antivirtudes são enfatizadas como preponderantes na vida do ser humano, afastando-o de Deus se não houver arrependimento e confissão a Deus, cuja consequência natural é a mudança de vida. Não mera coincidência: as virtudes e a obediência não apenas não são enfatizadas no setor tradicional evangélico, como são raramente apontadas: atém-se geralmente a ensinamentos muito mais teóricos que práticos ao ser humano. Apenas um comentário bíblico focado com rigor no tema "obediência", mais ainda incentivos a isso criticando o comodismo são o suficiente para gerar furor em muitos adeptos, e até em líderes evangélicos tradicionais.

Nenhuma ramificação evangélica, nem mesmo a Igreja católica fala tanto em seitas, e tão irritadamente quanto os protestantes históricos - constantemente promovem até cursos a esse respeito dentro de suas igrejas, e qualquer que não seja dessa ramificação pertence a uma seita segundo tal doutrina, conforme observamos no início. Pois tomando cada um dos argumentos dos evangélicos tradicionais para se caracterizar seita, eles mesmos tratam de se colocar nesse patamar. E se consideramos o sentido da palavra seita, que vem de sectário (= separar, segregar, diviir, isolar determinado grupo), tal setor evangélico também se enquadra perfeitamente nesse conceito. Diz a psicologia que seres que não possuem liberdade de consciência, com pouca capacidade analítica, logo reprimidos, são os que tendem a acusar com agressividade justamente aquilo que possuem dentro de si. Tal ambivalência também marca essa ala evangélica, de maneiras muito evidentes.

Outra sintomática crença neste setor religioso em geral, é que uma pessoa nunca será efetivamente liberta por Jesus de algum sério malefício, por exemplo: um drogado convertido no conceito tradicional nunca será, de fato, um ex-drogado mas alguém que terá sempre dentro de si vícios e dependências, contra o que lutará toda a vida. Por tudo o que vimos biblicamente aqui e testemunhamos em nossa vida, isso não é verdadeiro quando se trata do Evangelho de Jesus, sobrenaturalmente poderoso e regenerador por excelência: "Se você não nascer de novo, nunca poderá entrar no Reino de Deus. (...) Você precisa nascer de novo" (João, 3: 3 e 7). Com essas palavras, Jesus refere-Se exatamente à restauração que Ele faz na vida das pessoas que se achegam à graça de Deus através Dele - e isso é para hoje, não para o Céu. Note que ao mesmo tempo que se trata de graça [bondade de Deus], Jesus adverte e responsabiliza o interlocutor acerca dela mesma: adverte por não se tratar de sugestão, mas de mandamento, e responsabiliza por depender da atitude do ser humano.

O que fugir da realidade bíblica exposta aqui não aceite: não haverá benefícios práticos na vida, pelo contrário, haverá decepção mais dia ou menos dia; sair-se-á ferido desse meio, ou se permanecerá com a mesma mente enfraquecida deles. A Bíblia analisada em seu contexto mais amplo acaba também contrariando, sem necessidade de grande filosofia, a teoria da predestinação adotada pela Igreja Presbiteriana, parte da igreja evangélica tradicional a qual defende a ideia de que Deus escolheu aqueles que seriam salvos e os que seriam condenados, tirando do homem qualquer possibilidade de rejeitar ou aceitar livremente seu destino, e a responsabilidade por suas escolhas.

Evidentemente, os defensores de tal doutrina retiram poucas partes da Bíblia, absolutamente isoladas, que isoladas não fazem o sentido que tentam dar levando-se em consideração o contexto mais amplo da Bíblia, além do fator preponderante: não têm no Evangelho e Jesus chave interpretativa criando, a partir disso tudo, suas próprias interpretações para sustentar ideias como a de que conversão se refere a convencimento intelectual, ao invés de algo que se relacione necessariamente ao coração, à existência, à essência do ser humano.

Enfim, não é o Evangelho puro de Jesus que se tem ensinado nessas casas, e os frutos estão aí à vista de todos para tirar possíveis dúvidas. Casas moderadas tão enganosas quanto as de show gospel sensacionalistas, mudando apenas o tom: estão fechadas a métodos e sistemas que não são os de Jesus, centradas em si mesmas baseadas nos interesses da instituição, não do ser humano acima de tudo. E tudo isso tem sim, diferentemente de suas interpretações e discursos, implicações muito práticas na vida de seus adeptos - mas totalmente negativas.

(...) O sentimento de que todo mundo esta errado, menos aqueles que são do seu próprio grupinho; e haverá falsa doutrina, inveja, assassinato, embriaguez, divisões ferozes e toda essa espécie de coisas. Vou dizer-lhes novamente como já o fiz antes, que todo aquele que levar esse tipo de vida não herdará o reino de Deus (Gálatas, 5: 20 e 21)

Quem leu este texto sem conhecer minimamente o lado evangélico pentecostal, não pense que este sai da teoria à prática em maior intensidade que o tradicional em geral, e que seu sistema é um exemplo a ser seguido: mesmo as diferenças sobre prática do Evangelho se dão em termos mais teóricos, já que o setor pentecostal, afamadamente ufanista primando muito mais pelo estereótipo do carima que o distrae da prática que tanto defende, tem encontrado enorme dificuldade em tirar o que acredita do papel a fim de transferir isso à vida cotidiana, ou propriamente ao sistema interno de seus conglomerados que chamam de igrejas. A máxima "não olhe para o que eu faço, mas para o que eu falo na Palavra [de Deus] vale para ambos os setores ditos evangélicos, pentecostais também, lamentavelmente tornando os ambientes religiosos, em diversos casos, insuportáveis. Portanto, até mesmo as diferenças sobre prática acabam, na prática, resumindo-se à teoria. Constrangedor assim...

E como grandes personas religiosas que são, enquanto se tratam como inimigos pegando-se neuroticamente pelas mínimas e mais insignificantes diferenças, quando lhes são apresentadas deteminadas verdades das quais não podem fugir e se enxergam no espelho, tais paladinos da verdade justificam-se cinicamente, incomodados com a imagem que veem de si mesmos: "Quer igreja perfeita!? Impossível!". E se for um tradicional, inevitavelmente também soltará essa: "Salvação não vem de obras!".

De manhã, quando Jesus estava voltando para Jerusalém, sentiu fome, e viu uma figueira ao lado da estrada. Foi até lá para ver se tinha algum figo, mas só havia folhas. Então disse a figueira: "Não dê frutos nunca mais!" E logo a figueira secou! (Mateus, 21: 18 e 19)

Enquanto Jesus não é tradicional nem pentecostal, a personalista, excludente e aprisionante igreja evangélica chegou a um ponto que perdeu totalmente o sentido do Evangelho: cheia de folhas por fora sem gerar frutos em sua essência, grita mas perdeu a razão porque está seca, carente de Pão.

Pessoas que acolhem o Evangelho e vivem a liberdade santificada sob a graça de Deus, são os discípulos convertidos de Jesus, não personas apenas convencidas da verdade que se escondem detrás da cruz. Fique com Jesus! Quem come desse Pão nunca mais sentirá fome, porque Ele sacia o espírito e não muda nunca. Uma questão de liberdade.


Não imitem a conduta e os costumes deste mundo, mas seja, cada um, uma pessoa nova e diferente, mostrando uma sadia renovação em tudo quanto faz e pensa. E assim vocês aprenderão, por experiência própria, como os caminhos de Deus realmente satisfazem vocês (Romanos, 12: 2)

Vem chegando a hora, mulher, quando não nos preocuparemos mais em adorar o Pai aqui ou em Jerusalém. Porque não é onde adoramos que tem valor, mas como adoramos - a nossa adoração é espiritual e verdadeira? Temos a ajuda do Espírito Santo? Porque Deus é Espírito, e nós precisamos ter a ajuda dEle para adorar como devemos. O pai que de nós esta qualidade de adoração
(João, 4: 23 e 24)

E joguem o empregado inútil lá fora no escuro; ali haverá choro e ranger de dentes (Mateus, 25: 30)

Ai de vocês, fariseus, e líderes religiosos - fingidos! Vocês são tão cuidadosos em limpar a parte de fora da taça, mas o interior está imundo de exploração dos outros e de cobiça. Fariseus cegos! Limpem primeiro o interior da taça, e então ela inteira ficará limpa. Ai de vocês, fariseus e líderes religiosos! Vocês são são como belos túmulos que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia (Mateus, 23: 25, 26 27)

Se quiser saber em que uma pessoa realmente acredita, não ouça simplesmente o que ela diz;
observe o que ela faz
(Brennan Manning, no livro O Impostor que Vive em Mim)

Se alguém não ama nem é bondoso, isso demonstra que ele não conhece a Deus. Porque Deus é amor (I João, 4: 8)

Julho de 2011


Salmo 15

1) Senhor, quem poderá viver na tua presença? Quem terá livre acesso ao Lugar Santo onde Tu vives?

2) Quem é honesto e sincero em tudo quanto faz, quem pratica a justiça e fala sempre a verdade, do fundo do coração.

3) Quem não usa suas palavras para destruir outras pessoas, não prejudica de propósito o seu semelhante e não repete boatos e mexericos.

4) Quem despreza o pecador rebelde e condena abertamente o pecado, quem respeita e elogia os adoradores do Senhor; quem sofre prejuízo mas não deixa de cumprir a palavra dada.

5) Quem empresta seu dinheiro aos necessitados sem cobrar juros; quem se recusa a mentir por dinheiro para condenar uma pessoa inocente. Um homem assim permanecerá firme para sempre na presença de Deus.


Evangelho da Graça de Deus Segundo João, Capítulo 15

1) Eu Sou a videira verdadeira, e meu Pai é o Lavrador.

2) Ele corta fora todos os ramos que não produzem. E limpa os ramos que dão fruto, para que produzam ainda mais.

3) Ele já cuidou de vocês, e limpou, para que tenham mais força e utilidade por meio das ordens que Eu lhes dei.

4) Fiquem firmes em Mim, e deixem-Me viver em vocês. Pois um ramo não pode dar fruto quando está separado da videira. Nem vocês podem produzir separados de Mim.

5) Sim, Eu Sou a Videira; vocês são os Meus ramos. Todo aquele que vive em Mim, e Eu Nele, produzirá muitos frutos. Porque separados de Mim vocês não podem fazer coisa alguma.

6) Quando alguém se separa de Mim, é jogado fora como uma ramo imprestável, seca-se, é ajuntado num montão com todos os outros, e depois queimado.

7) Mas se vocês permanecerem em Mim e obedecerem às minhas ordens, podem fazer o pedido que quiserem, e isto será concedido!

8) O Meus verdadeiros discípulos dão colheitas abundantes. Isto resulta em grande glória para O Meu Pai.

9) Eu tenho amado a vocês, tal como o Pai Me amou. Vivam dentro do Meu amor.

10) Quando vocês Me obedecem, estão vivendo no Meu amor, tanto como Eu obedeço ao Meu Pai e vivo no Seu amor.

11) Eu lhes disse isto para que vocês fiquem muito alegres. Sim, vocês vão ficar transbordando com a minha alegria!

12) Eu lhes ordeno que se amem uns aos outros como Eu amo a vocês.

13) E esta é a maneira de medir o amor - o maior amor é demonstrado quando uma pessoa entrega a vida pelos seus amigos;

14) e vocês são os Meus amigos, se Me obedecerem.

15) Eu já não os chamo de escravos, porque um senhor não tem confiança em seus escravos; agora, vocês são os Meus amigos, e a prova é o fato de que eu lhes disse tudo o que O Pai Me disse.

16) Vocês não escolheram a Mim! Eu é que escolhi vocês! Eu os chamei para irem e sempre darem limpos frutos, para que tudo o que pedirem ao Pai, em Meu nome, Ele dê a vocês.

17) Eu ordeno que se ame uns aos outros

18) Pois já recebem bastante ódio do mundo! Todavia o mundo Me odiou antes de odiar vocês.

19) O mundo amaria a vocês, se fossem dele; mas não são - pois eu escolhi vocês para saírem do mundo; por isso é que são odiados pelo mundo.

20) Vocês se lembram do que Eu lhes disse? "Um escravo não é maior do que o seu senhor!" Portanto, já que eles Me perseguiram, naturalmente perseguirão vocês. E se eles Me tivessem ouvido, ouviriam a vocês!

21) O povo do mundo os perseguirá, porque vocês são Meus, pois eles não conhecem a Deus, que Me enviou.

22) Eles não seriam culpados, se Eu não tivesse vindo, nem tivesse falado. Porém agora eles não têm desculpa pelo seu pecado.

23) Todo aquele que Me odiar, também odeia a meu Pai.

24) Se Eu não tivesse feito milagres tão poderosos entre eles, não seriam considerados culpados. Mas desta forma, eles viram tais milagres , e ainda odeiam a nós dois - a Mim e ao Meu Pai.

25) Isto cumpriu o que os profetas disseram a respeito do Messias: "Eles Me odiaram sem causa".

26) Porém Eu enviarei o Consolador a vocês - O Espírito Santo, a fonte de toda a verdade. Ele virá do Pai para vocês e dirá tudo ao meu respeito.

27) E vocês também devem falar a meu respeito a cada pessoa, porque vocês têm estado comigo desde o começo.


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Vídeo, Caio Fábio: Significado do Evangelho pervertido enfermando e escravizando o indivíduo



"Por razões compreensíveis, gângsters não gostam de lavagem pública de roupa suja", Misha Glenny, em McMáfia - Crime sem Fronteiras

Se um marciano visitasse a Terra e fosse-lhe dito que nosso planeta é extremamente corrupto, onde o "sonho de consumo" de milhões e milhões de habitantes é, paradoxalmente, ser líder religioso e/ou "missionário do Senhor", o extraterrestre, certamente, antecipar-se-ia com pertinentes ideias deste "sonho". Nas linhas abaixo, a confirmação do óbvio a este marciano

Seres de baixo nível, até inescrupulosos que se escondem detrás de forte apelo moral enquanto manipulam e acumulam riquezas, têm a estrutura que comandam exposta em detalhes a seguir - são poupados da baixeza que eles praticam com pitadas de mentiras peculiares, isto é, expor escândalos de suas vidas pessoais, o que poderíamos fazer se possuíssemos o mau caráter e o senso de destruição da vida alheia deles. Enfim, defensoria que a era da Internet nos permite fazer, e amedronta cada vez mais o corrupto poder estabelecido

A partir das próximas linhas, até o final desta janela, confira um verdadeiro "strip-tease" ético-religioso

Leia e tome a posição que julgar mais adequada


CARTA ABERTA
Igreja Pedra Viva de São Paulo

Membro do que é hoje uma ex-igreja que fechou suas portas, quando jogava no modestíssimo Paulistano eu tentava falar em particular
com o pastor "marcando horário" através da secretária, sempre em vão. Poucas semanas depois, patrocinado pela Mizuno e treinando
com equipe do Japão em São Paulo, o mesmo "pastor" passou a ligar insistentemente à minha casa para que nos encontrássemos.
Iniciou-se também de sua parte "profecias" envolvendo meu futuro no futebol - e perante a casa cheia; enfim, o tratamento
dispensado a mim mudara totalmente. Por quê? Qual o negócio nessas casas?

31.3.2011 /Publicada em Pravda Brasil

O Bom Pator dá a vida; o mercenário cobra. E quando mais se necessita, o mercenário foge Caio Fábio

Sr. Pedro Liasch, deixarei à parte as agruras generalizadas de seu falido negócio religioso, e da maneira mais patetica possivel; mencionarei apenas minhas questões, inclusive dando ao senhor chance de se retratar conforme o senhor mesmo solicitou tempis atrás que fizessem ex-líderes (nunca fui um por lá) "insubordinados, murmuradores, rebeldes, políticos" da casa em seu comunicado [abaixo]. Valendo lembrar que chegaram à posição de líderes, hoje afastados, escolhidos a dedo pelo senhor mesmo, unilateralmente como sempre.

Em relação ao seu filho Jônatas Liasch (Natinha), quem atende por pastor como o senhor: quando eu jogava futebol no Paulistano F.C. da cidade de Jundiaí, categoria júnior, modesta equipe então afastada das atividades federadas e profissionais do Estado de São Paulo, por duas ou três vezes tentei sem nehum retorno "marcar horário" para orientação pastoral de meia horinha que fosse, sobre questões pessoais com seu filho que permanecia integralmente na mencionada Igreja, sustentado financeiramente por ela - isto é, não trabalhava mas vivia do trabalho alheio como até os dias de hoje na senda dos vagabundos privilégios do poder religioso.

Fui totalmente ignorado, com a peculiar e bem conhecida prepotência de seu filho-pastor que, afamadamente, porta-se muito mais como artista que como líder religioso. Algumas poucas semanas depois, duas, creio, passei a, simultaneamente, ser patrocinado pela marca esportiva Mizuno e treinar com equipe japonesa, categoria júnior comandada pelo ex-jogador do Palmeiras, Mardoni. Sabendo disso, seu filho pastor passou a contactar-me insistentemente por telefone para que nos encontrássemos.

Não se faz necessário, perante essa vergonha, estender-me em mais nada porém, tendo em vista o caráter extremamente arrogante do seu filho Jônatas, foi de causar grande surpresa, além das surpreendentes e insistentes ligações à minha casa para que nos encontrássemos, o tratamento que passou a ser-me dispensado na casa sob confetes, tipo de coisa que nunca apreciei em nenhum lugar em nenhum clube de futebol, em nenhuma emissora de TV, enfim, menos ainda apreciaria em uma dita igreja principalmente em tal asco como a do senhor, um usurpador da religião, de aproveitadores de idiotas e ex-idiotas como eu que o aplaudiam e davam dinheiro. Tanto que não só não fui a seu encontro, como nem sequer o atendi, jamais!

Entre os confetes jogados a mim por seu filho-pastor-artista-filosófo do nada, vale lembrar que ele chegou a "profetizar", entusiasmado na Igreja, casa cheia, que, em um futuro muito próximo eu jogaria no Japão - o que nunca viria a acontecer e, por tal "profetada" não só nunca me deslumbrei, como tampouco a levei minimamente a sério. Nunca considerei aquilo uma "mensagem de Deus" como pretendeu aquele imbecil que palra em nome de Deus, banalizando o nome de Deus, e comentei na Igreja que seu filho não profetizava nada - embora em meu futebol, em meu esforço e em Deus sim, sempre tivesse acreditado.

Essas e muitas outras, foram apenas um reflexo do que eu já sentia, via claramente: as coisas não andavam bem por lá, não se estava construindo vidas de maneira sólida mas sim formando castelinhos de areia. Eu notava que havia em oculto muita coisa errada.

Fui, eu mesmo, o primeiro a deixar a casa pouco antes da primeira grande divisão em que ela ficou praticamente vazia, devido à fedentina moral daquilo ali que, posteriormente, ficou à vista de todos sem ter como negar, com o senhor e seu patético filho com o calção na mão - este acabou se exilando da vergonha religiosa na pacata Cornélio Procopio, interior paranaense.

Saí sentindo e vendo claramente a casa sem nenhuma disposição de aprimoramento, sem o mínimo de vergonha na cara, que o espírito estava longe, muito longe de Deus e que as consequências do que os senhores viviam seriam graves - mesmo sem saber à época que ocorriam coisas tão graves conforme, mais tarde, viraria escândalo.

Mas senti que se estava muito longe de Deus. Igualzinho à imensa maioria, saí; porém, com um diferencial: eu antevi tudo isso, tanto que não esperei pelas catastróficas consequências e, percebendo que elas estavam vindo, fui o primeiro a deixá-los, do que nunca me arrependi - apenas me arrependo por não ter saído antes, e ter ficado um ano em seu insuportável convívio. Carrancudo, cisudo, antipático, melancólico, centralizador, arrogante, prepotente, mesquinho, ignorante, mente tapada. Lembra-se que são suas famas entre o ex-"rebanho", e as de seu filho-pastor-artista filósofo do nada?

A partir de memórias de como era o sistema e o ambiente, tome os porquês de se tratar uma suposta casa de oração dessa maneira, e junte-os às suas palavras neste comunicado [abaixo]: encontrará respostas importantes para elas.

Crescimento vertiginoso ou dificuldades grandes, quaisquer que sejam, não carcterizam necessariamente uma "bênção" ou um "castigo" de Deus. Mas como se dão essas situações, dentro de seu contexto, sim, podem deixar muito claras suas origens.

Os senhores servem-se da religião, julgam-se acima do bem e do mal, colocam-se biblicamente "blindados" perante à sociedade. É essa a Bíblia que os senhores adoram. Utilizam-na para lavar cerebros, retirar dos indivíduos a capacidade analítica, de ação, a consciência cidadã, assassinam personalidades.

Dentro de seu caráter ultrarreacinário, sionista, altamente retrógrado, conhece apenas o termo "submissão" e reconhece unicamente sistemas completamente verticalizados.

O que fugir disso, uma simples ideia que seja, representa potencial ameaça a ser combatida. Para este "bom combate", usam exatamente os submissos que aderem às suas ideias baseadas no convencimento, na persuasão e não na conscientização. O que os senhores mais temem é, justamente, a autonomia reflexiva do indivíduo.

Quando as pessoas passam a ter consciência, desde que abram mão dos seus medos ou interesses, ou de uma combinação de ambos, ocorre isso que o senhor acusa melancólica e ciniicamente de "insubmissos" e "políticos". Essas mesmas pessoas tachadas de políticas que estiveram com o senhor até a falência, passaram anos em sua companhia desde a fundação do negócio. Ou estou dizendo alguma mentira? Seu cínico!

O senhor administrou o negócio Pedra Viva por 18 anos, e nunca havia se apercebido disso, ou valeu a política enquanto servia a seus interesses? Seus safados!

O negócio do senhor acabou. Quem aí esteve, com um mínimo de entendimento das coisas, sabe bem o porquê. Gente sem vergonha!

"As portas do inferno não prevalecerão contra Minha Igreja" (Jesus). Parece que há algo errado aí. Ou Jesus é um brincalhão, ou eu tenho razão no que penso da casa, como tantos e tantos que a deixaram, até não sobrar praticamente mais ninguém.

Tão incrível quanto tudo que presenciei em seu meio, é o seguinte (evidência da essência dos senhores, veja, sr. Pedro): a igreja, cheia de ética e credibilidade como o senhor observa, simplesmente deixou de existir por questões institucionais, dependente do prédio e do lucro?! Ora, por que não, como os cristãos da Bíblia, reunir-se em casas, em uma praça, em um parque enfim, por que se cessar ainda os profícuos trabalhos de evangelização conforme o senhor alega que a casa realizou? Tudo isso porque a casa deixou de gerar lucro, porque já não existe mais toda aquela pompa que a caracterizava? Que igreja sólida e fundamentada nos valores da Bíblia é essa? "Curioso!", alguém pode dizer, mas não, não há nada de enigmático nisso, trata-se do óbvio, eis o fundamento dos senhores, que sintetiza o da maioria atualmente: o fundamento dos senhores são as coisas materiais, especialmente o lucro, e isso não é invenção do diabo. A tal "comunhão" no meio teve esse fim, e sempre viveu totalmente dele. Gente que se serve da religião, ao invés de servir a ela.

Insubordinados, rebeldes e políticos são os senhores que sempre usurparam a posição religiosa, fazendo dela um poder ao invés de liderar em prol do interesse (bem estar) das pessoas, de acordo com a reta justiça, tudo isso previsto, mandado por Jesus. Canalhas!

Muitas outras casas do ramo deveriam seguir o exemplo do seu negócio, e fechar as portas para balanço.


(As Cartas Abertas de Edu Montesanti são enviadas aos envolvidos através de correio eletrônico, aos quais informamos também sua publicação no Blog. Respostas seriam publicadas exatamente aqui. Até hoje, ninguém se manifestou)


Leia abaixo comunicado oficial da ex-Igreja Pedra Viva de São Paulo sobre encerramento de suas atividades, o qual, retratando a realidade imperante das igrejas de hoje, vem reforçar todas as nossas teses abordadas nos comentários nesta seção mais acima, e nos do Eduardo Daniel Mastral mais abaixo, em De Filho do Fogo a Filho da Luz


IMPORTANTE ESCLARECIMENTO DA IGREJA PEDRA VIVA

Lamentamos informar que a Igreja Pedra Viva –, com uma história de respeito e admiração no meio evangélico por sua conduta ética e doutrinária, com 24 anos de trabalhos profícuos de evangelismo, com milhares de pessoas, a maioria jovens, tiradas do mundo do crime e das drogas –, está encerrando temporariamente suas atividades em São Paulo.

Essa deliberação extrema ocorreu por causa de uma profunda crise financeira, conseqüência de três divisões ocorridas nos últimos seis anos, as quais tornaram a igreja inadimplente. Os líderes dessas divisões levaram parte expressiva dos membros, e viraram as costas para as dívidas.

Tais cizânias ocorreram porque delas foram protagonistas pastores revoltosos que pretendiam reverter a direção da Igreja, não se utilizando de boa fé, porém sim praticando atitudes de insubmissão, rebeldia, murmurações e politicagem. Por isso, em reuniões de diretoria, e do Conselho Ministerial, foram interpelados, uma vez que se tratava de comportamento inteiramente contrário aos princípios bíblicos, adotados pela Igreja Pedra Viva.

Tratando-se de irmãos que, de início, gozavam de inteira confiança do ministério Pedra Viva, de acordo com as normas disciplinares do referido ministério, eles foram argüidos de seus erros para que se retratassem. Contudo, isso não aconteceu e, preferindo ignorar a disciplina, saíram levando consigo parte expressiva do rebanho.

Depois de cada uma dessas divisões, cada qual acumulando mais dívidas, a igreja tentou e conseguiu se reerguer por duas vezes. Porém, desta vez não foi possível, porque esta cizânia, que já vinha se processando dissimuladamente há quase dois anos, fez diminuir as contribuições financeiras tornando a dívida insuportável, e provocou maior escassez de membros.

Quanto ao destino da Igreja Pedra Viva em São Paulo doravante, à vista desses fatos, só Deus o sabe. Orem por nós.

São Paulo, 30 de setembro de 2009
MINISTÉRIO PEDRA VIVA
Pedro Liasch Filho (presidente)


Jovem, se você tomar posse das minhas palavras e guardar meus mandamentos em seu coração,terá ouvidos capazes de perceber a verdadeira sabedoria e um coração pronto a receber a verdade. Se você pedir inteligência e compreensão a Deus, se procurar a sabedoria como um tesouro escondido ou uma grande fortuna em dinheiro você certamente vai encontrar. Saberá enfim o que significa honrar e obedecer Deus, o que é conhecer a Deus. É Deus Quem dá sabedoria. Da Sua boca vem a compreensão e a verdade. Tudo isso Ele oferece a Quem O ama e obedece. Ele é um escudo que protege quem obedece a Deus de todo o coração.
(Provérbios, 2: 1 a 7)




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Vídeo: Caio Fábio, ex-pastor e ex-presidente da Associação Evangélica Brasileira
deixa de ser evangélico, e conta por quê

"Era tão evangélico que não aguentava ver a máfia tomando conta (...), ladrões, salteadores tomando conta (...),
tamanha manipulação, abuso (...). A garota de Copacabana que roda bolsinha tem mais dignidade (...).
Pelo abuso, descaramento que estão fazendo com o povo chamado evangélico (...)."


"O caráter dominador e explorador faz parte da natureza do sistema mundial, e a religião não apenas não fica de fora, como tem sido
o caminho mais fácil para se executar crimes contra seres humanos, coletiva ou individualmente, estrondosa ou silenciosamente",
Edu Montesanti, em A Idade da Mentira, mais acima


"Mas quando o Espírito Santo controlar as nossas vidas, Ele produzirá em nós esta espécie de fruto: amor, alegria, paz, paciência, bondade, retidão, fidelidade mansidão e domínio próprio; e aqui não há conflito nenhum com as leis judaicas. Aqueles que pertencem a Cristo pregaram seus maus desejos naturais na sua cruz, e os crucificaram ali" (Gálatas, 5: 22 a 24)


"O meio de identificar uma pessoa é pela qualidade do fruto que dá.
Nem todos os que falam como gente religiosa são realmente assim" (Mateus 7:13)

"Este povo diz que Me honra, mas os seus corações estão muito longe de Mim" (Mateus, 15: 8)


Todos os súditos estavam de joelhos, admirando as roupas novas do rei. Aos milhares, os plebeus o aplaudiam. Nunca tinham visto algo tão bonito.

De repente, uma garotinha que segurava a mão da mãe em meio à multidão apontou o dedo ao rei e disse:
- Mamãe, o rei está nu! Ele não está usando roupa nenhuma!

Ninguém acreditou na garotinha. Sua mãe pediu que ficasse quieta e todos esqueceram dela. As pessoas continuaram a admirar as roupas novas do rei (...). Todos os outros agiram motivados por seus interesses, por seus medos ou por uma combinação de ambos.


Passagem do livro Síndrome de Pinóquio, uma de nossas recomendações literárias


Podemos nos alegrar, igualmente, quando nos encontrarmos diante de problemas e lutas, pois sabemos que tudo isto é bom para nós - ajuda-nos a aprender a ser pacientes. E a paciência desenvolve em nós a força de caráter, e nos ajuda a confiar mais em Deus cada vez que a utilizamos, até que finalmente a nossa esperança e a nossa fé fiquem fortes e sólidas. Então, quando isso acontecer, poderemos sempre erguer a cabeça, seja lá o que for que aconteça, e saber que tudo vai bem, pois conheceremos quanto Deus nos ama; sentiremos também este seu amor afetuoso em todo nosso ser, pois Deus nos deu o Espírito Santo para encher nossos corações com seu amor
(Romanos, 5: 3 a 5)



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Vídeo: Caio Fábio, "Cristianismo é o pior inimigo do Evangelho"



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#Posté le mercredi 16 juillet 2008 09:35

Modifié le dimanche 15 décembre 2019 23:35

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Vídeo: Caio Fábio, "Fé em Jesus não é uma religião"


Visite o sítio Tempo Final - A Revelação dos Últimos Dias

Documentários comprovam, através de evidências e imagens, que o fim já começou. A equipe fez um trabalho minucioso, com uma profunda e extensa pesquisa mundial e nos brinda INFORMAÇÕES VALIOSAS!


O coxo prestou atenção a eles, esperando uma esmola. Mas Pedro disse: "Não temos dinheiro nenhum para você, mas eu vou dar uma outra coisa! Em nome de Jesus Cristo de Nazaré, eu digo: ande!" Com isto Pedro tomou o coxo pela mão e pôs o homem em pé. Ao fazer isso, os pés do homem foram curados e ficaram tão fortes que ele pôde se levantar de um pulo, ficou ali um momento e começou a caminhar! Então, caminhando, pulando, e louvando a Deus, entrou no templo com eles. Quando os que estavam lá dentro viram o homem andando e louvando a Deus perceberam que ele era o mendigo coxo que haviam visto tantas vezes no Portão Formoso; foram então tomados de uma surpresa enorme! (Atos, 3: 5 a 10)



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Vídeo: Caio Fábio conta realidade dos bastidores da maioria das igrejas evangélicas, citando nomes
Denuncia dinheiro do tráfico de drogas em algumas delas, nominando-as / 3 partes


Maldito o Homem que Confia no Homem

A Bíblia como Esconderijo da Corrupção Humana


Alguém já lhe aplicou, cheio de autoridade no Senhor, algum verso bíblico autêntico mas em situação estranha e de maneira incoerente com o Evangelho, para o que seu próprio coração testificava que havia algo errado, distorção ainda não muito bem identificada em tal aplicação bíblica, enquanto seu interlocutor usava "aquela" neurolinguística e fazia "aquela" cara de santarrão, ao passo que você, em submissão incondicional reivindicada por ele mesmo, teve que ficar calado e, apesar das evidências intuitivas, consentir com aquilo?

Pois abra seu coração, uma das maiores distorções da Palavra de Deus serão aclaradas aqui; não será mais uma questão apenas intuitiva às pessoas sinceras que buscam agradar a Deus, ao invés de se esconder atrás da religião.

Quando algo não vai bem e se deveria assumir responsabilidades por perdas e danos, diversos setores da dita igreja cristã usam com grande frequência e de maneira totalmente distorcida, o versículo 5 do capítulo 17 do livro do profeta Jeremias, para eximir-se das respectivas responsabilidades: "Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!", versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel. A passagem é muito simples e clara, como praticamente toda a Bíblia e tudo o que vem de Deus é simples e claro, mas vale citarmos também a fantástica versão da Bíblia Viva (BV, traduzida ideia por ideia da versão original, não palavra por palavra como as outras): "O Senhor diz: Maldito é o homem que confia nas suas próprias forças e na capacidade humana, afastando o seu coração do Senhor".

Aos que nunca provaram do famosíssimo veneno de Jeremias 17:5 jorrado por muitas casas, eximindo-se não só de responsabilidade e fazer a necessária e bíblica mea-culpa (Mateus, 5: 23), mas também jogando toda a carga moral sobre a vítima dos (por vezes graves) equívocos chamando-a de maldita, vale ressaltar: na verdade, não se aplica em muitos casos Jeremias 17: 5, mas sim Jeremias 17: 5 a - mais uma criação dos gramaticoides da fé que empesteiam a praça -, isto é, aplica-se metade do verso, ou mais precisamente 1/3 de verso: "Maldito o homem que confia no homem".

Moral distorcidamente bíblica da história: você não deve confiar em ninguém, e não pode esperar correção nem mesmo se, por exemplo, descobriu que o líder religioso casado sai com as meninas do louvor, se usou dinheiro da Igreja para mansão em Miami, se descobriu que o líder conta aos quatro ventos, até em seu trabalho, suas questões pessoais reveladas nas quatro paredes da sala pastoral (inclusive problemas de relacionamento envolvendo seus pais), nem deve pedir prestação de contas da Igreja por seus ditos e feitos enfim, para problemas de nenhuma ordem se deve entristecer nem dizer e cobrar nada porque o homem é mau por natureza, e maldito o homem que confia no homem. Esse é o raciocínio que os benditos devem entender ou, do contrário, é biblicamente um maldito.

Se não nos bastassem as evidências do mencionado verso lido na íntegra, mais acima, a fim de entender que a realidade passa longe, muito longe dessa ideia nocivamente difundida no meio, observa-se que este capítulo 17 se inicia falando daquilo que, na realidade, trata até o fim, ou seja, do pecado humano (pecado que afasta o homem de Deus, tornado o homem seu próprio centro): "Parece que o pecado foi gravado no coração de pedra do povo de Judá com um pedaço de ferro bem afiado, com a ponta de um diamante. O pecado parece uma ordem escrita nos cantos dos altares" (verso 1, BV).

Um pouco mais adiante, o verso 7 afirma: "Mas o homem que confia no Senhor, que colocou no Senhor toda a sua esperança, esse sim é muito feliz! A sua vida é cheia de bênçãos" (BV).

Portanto, a real ideia de Jeremias 17, quase nunca lido na praça mas excessivamente citado em determinadas situações, e apenas em forma de "caco", é, claramente, o que não precisa ser nenhum filósofo para entender, nem ter grande conhecimento da Bíblia: "maldito o homem que confia apenas em si mesmo e, julgando-se auto-suficiente, afasta seu coração de Deus", e não "maldito o homem que confia em qualquer outro homem, o qual não deve responder pelo que pratica", conforme vendida em muitos lugares.

"Há amigo mais chegado que um irmão", diz a Palavra de Deus. Portanto, vale muito a pena ter em quem confiar de verdade na vida! E mais: se o líder religioso ou algum mais-mais na fé que você enfim, se um desses tantos escolásticos da fé deram aquela senhora pisada na bola, não assumiram suas responsabilidades e ainda o fizeram acreditar que o maldito da paróquia é você, sorria: Jesus está com você!

Abril de 2011


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Vídeo: Caio Fábio sobre "amizades" evangélicas


RELIGIÃO MORTA
A Arte de Estigmatizar Seres Humanos

Temos argumentado que nada é tão reducionista quanto a instituição igreja hoje, a exemplo de toda a história em que as instituições religiosas estiveram sempre atrasadas em relação ao seu tempo. Tomemos, neste breve comentário, um dos ensinos que recebemos mas não acatamos, principalmente no que diz respeito à maneira de se colocar em prática certas verdades relativas, aquilo que não aprendemos jamais em um dos estudos bíblicos nas estradas da vida - neste caso, no Bible Study Fellowship (Estudo Bíblico do Companheirismo), mais conhecido como BSF International, realizado em São Paulo na igreja Calvary International.

Pois isto trazido aqui, cinco pontos clássicos que marcam confrarias religiosas excessivamente sistemáticas, falsas moralistas, reacionárias dos tempos modernos que se servem da religião compensando com princípios estereotipados a ausência da essência do Evangelho e sua vivência interiorizada, sintetiza a mentalidade simplista, radical que tende, a partir de códigos morais que criam, a reduzir as mais diversas situações não se limitando apenas às quatro paredes das instituições e seus estudos teológicos, porém estendendo-se a temas mais práticos do dia a dia (é justamente o caso aqui).

Isso pode ajudar a se identificar como trabalham os simplistas alienados e preconceituosos em uma religião morta, falsária do Evangelho, cegos guiando cegos ao entender o modus operandi, e antes a linha de raciocínio que acaba sendo usada para estigmatizar quem lhe convém, para praticar também aquilo que é marca registrada no meio religioso, ou seja, tirar uma onda moralista, bem como lavar a mente das pessoas tornando possível servir-se da religião na ausência do Evangelho, pregado e vivido em sua essência.

Metodologias de Fé e Bons Costumes - Com a Palavra, A Voz da Moral e do Pleno Conhecimento

Uma das metodologias de bons costumes que nos "ensinaram" no BSF (metódico da fé por excelência, estuda um Jesus histórico, frio e calculista), foi que alguém que diz coisas do tipo, "estou falando sério", demonstra não ser de muita, ou nenhuma credibilidade em muitos casos: "do contrário, não ressaltaria a oração com tais expressões", é a ideia dos moralistas letrados da fé, a última palavra em Deus e de Deus, propriamente (na cabeça deles).

Conforme observamos no início, este é apenas um exemplo, entre vários, de como estão condicionadas as mentalidades religiosas imperantes, mesmo sobre detalhes que possam conter alguma verdade relativa transformando-os em algo de compreensão absolutamente estreita e, muitas vezes, injusta apoiando-se até na neurolinguística. Por conseguinte, claro, isso acaba se projetando direta, forte e negativamente na maneira de ser, reagir, relacionar-se dessas pessoas em todos os segmentos da vida, de modos muito evidentes, levando o indivíduo a possuir um conjunto de hábitos que vão de "estranhos" e "chatos" a um mecanicismo que não sai da retórica, formando "técnicos na fé" que teorizam tudo e não vivem nada (em outras palavras, nas do próprio Jesus, um ser hipócrita).

Cinco Pontos Clássicos da Capacidade Ímpar da Religião Morta de Estigmatizar Seres Humanos

Veja como se posiciona no meio religioso, de maneira muito generalizada a partir das "verdades absolutas" segundo os doutores em Deus, princípios éticos estereotipados tendo como exemplo a metodologia acima:

1. JACTÂNCIA. Para começar, confirmando a velha máxima do filósofo, "de médico e louco, todo mundo tem um pouco", todos se jactam dessa grande sacada dos salvos em um mundo perdido, julgando-se psicólogos em potencial - mas psicólogos com um q a mais, na realidade incomparáveis que contam com a preferência Divina, o pleno entendimento do Criador e de toda a criação, para a qual olham absolutamente de cima para baixo e com a devida "frieza dos mais sábios".

2. CONTRADIÇÃO. A partir dessa filosofada, excesso de racionalismo que encontra apenas pêlo em ovo, esquece-se ou não se quer lembrar que o próprio Jesus costumava usar termos semelhantes, "em verdade, em verdade vos digo" - enfatizou e reenfatizou a oração -, cuja ideia pode ser exatamente a mesma de "estou falando sério", desejando apenas enfatizar o que se diz. Pois isso acaba sendo elevado a tal grau de importância e transformado em mais uma esquizofrenia metodológica, que passam a estigmatizar (geralmente, desde que lhes convenha) aqueles que usam termos parecidos de mentirosos, pessoas cujas palavras não se pode acreditar em 100% (exatamente isso é ensinado no BSF).

Os meramente religiosos que abrem mão do espiritual estão a tal ponto reduzidos à letra pela letra, que se encerra na própria letra com a mente fechada em uma vazia "ética religiosa" que, por exemplo, Jesus aconselhou que não fizéssemos juramentos, pois bem: dizer-se "eu juro" na frente de um desses religiosos, que muitas vezes se alimentam de todo tipo de maldade, inveja e ganância, significa o fim da reputação, de toda a história do infeliz jurador. Porém, se apenas se substituir a palavra "jurar" por, por exemplo, "prometer", aplicando-se a mesma ideia, o indivíduo será tranquilamente absolvido, sem passar por nenhuma das duras instâncias da sentença religiosa farisaica.

A cegueira que leva a contradições metodológicas acaba, claro, levando a enormes contradições práticas: é muito comum defenderem nervosamente pontos doutrinários e se esquecerem deles na prática, até mesmo se esquecerem na própria teoria quando saem do embate doutrinário e comentam coisas mais práticas da vida (leia O Discípulo de Jesus no Espelho: Ser ou Apenas Crer? Eis a Questão..., mais acima - o exemplo mais comum, um dos tantos que citamos, é o da defesa doutrinária da "soberania de Deus": usam-na agressivamente, defendem-na combativamente (famosos por tal postura) em questões litúrgicas, cerimoniais, desrespeitando essa mesma soberania quando estão em questão assuntos mais práticos, especialmente envolvendo o próximo e suas diferenças).

Indivíduos possuem mentalidade reduzida como consequência de suas contradições hipócritas e preconceituosas, ou caem em contradições hipócritas e preconceituosas devido à mentalidade reduzida? A realidade é que tudo isso anda, sim, absoluta, invariavelmente de mãos dadas (na ausência de espiritualidade verdadeira, que impossibilita que uma alma se torne assim).

3. DESCONTEXTUALIZAÇÃO. Quem estigmatiza não possui mente "arejada", do contrário não faria isso. E quem tem a mentalidade simplista, com muita dificuldade contextualiza algo: desconsidera-se se a pessoa apenas tem tal costume, seja de origem familiar, escolar etc; desconsidera-se os porquês de se desejar enfatizar o que diz, à sua maneira dentro dos costumes de acordo com hipotético ambiente familiar, cultural etc; desconsidera-se as implicações do momento em que a pessoa usou termos indiretamente "pecaminosos" (insegurança, exaltação, por algum motivo chamar a atenção do interlocutor, etc). Enfim, a religião estabelece determinados códigos morais aos quais se fecha intransigentemente.

Outras maneiras clássicas de não se agir adequadamente ao contexto das situações nem às pessoas envolvidas: não separar equívocos muito pessoais e íntimos de um indivíduo, dos morais de outros que, claro, acabam afetando invariavelmente a terceiros (geralmente, escondem-se destes usando aqueles para defender interesses ou para, simplesmente, "livrar a cara", o que também é uma defesa de interesses); não entender que uma pessoa que está, digamos, no lado do mal em arrependimento esforçando-se para passar ao outro lado, encontra-se, com este coração ensinável que nada mais é que a humildade de espirito colocada por Jesus, em situação muito mais privilegiada que a pessoa que, teoricamente, está no caminho do bem, contudo, esforçando-se para praticar o mal.

Importantíssimo exemplo: alguém que comete seus erros, por piores que sejam, na vida particular, os quais dizem respeito unicamente à sua vida privada, não pode ser comparado (mais ainda se forem equívocos casuais) aos erros de alguém que age sem caráter atingindo a vida de outros, por exemplos líderes religiosos e políticos cujos atos sistemáticos subtraem diretamente a vida de tantos (principalmente aqueles baseados na mentira e corrupção, e mais ainda se for disfarçada de religião), ou mesmo determinados equívocos por parte de pessoas comuns que usam a religião não como refúgio e fortaleza (conforme o Salmo 46) mas simplesmente como "esconderijo".

A religião sistemática, dogmática, interesseira, cujo centro é ela mesma e não seres humanos, é incapaz de raciocinar desta maneira e distinguir tais situações e pessoas, incapaz por falta de nível intelectual e espiritual ou por causa de seus interesses, incompatíveis com a fé sadia e honesta. Este exemplo é fundamental porque, aplicado deliberadamente, amplamente, acaba servindo para livrar a cara de verdadeiros crápulas, colocando todos no mesmo pé donos das mesmas responsabilidades perante Deus e perante o próximo, sob todos somos pecadores, enquanto não é assim: "Ele será castigado severamente, pois embora soubesse sua obrigação, recusou cumpri-la. Mas todo aquele que não está sabendo que a sua conduta é má, só será castigado um pouco. Muito se exige daqueles a quem se dá muito, pois a sua responsabilidade é maior", Jesus.

Astutamente, porém, usa-se com demasiada frequência diversos tipos de subterfúgios para ser suficientemente "saudável" a fim de se "ponderar" os males que produzem em meio à sociedade (justificativas que não podem passar nem perto do mínimo bom senso exemplificado acima pois se voltaria contra si mesmo, de maneira que os argumentos "passeiam" pela distração da realidade, da espiritualidade saudável, fechando-se a dogmas, sistematizações religiosas possuindo a estatura moral e intelectual exata de seus "mestres", os donos dos templos).

Tomemos aqui este outro exemplo: "Quase todas as meninas em centros de detenção juvenil no Afeganistão haviam sido presas por 'crimes contra a moral', enquanto cerca de metade das mulheres nas prisões afegãs foram presas sob as mesmas acusações. Esses 'crimes' se dão geralmente por ter escapado de um casamento forçado ou de violência doméstica de forma ilegal [no Afeganistão, essa violência chega diversas vezes a casos extremos: espancamentos, esfaqueamentos, queimaduras, além de as mulheres encontrarem muita dificuldade para estudar ou até mesmo para ir ao médico, enquanto as leis afegãs dificultam ao extremo o divórcio por parte das mulheres, ao contrário do que ocorre com os homens]. Algumas mulheres e meninas foram condenadas por adultério, sexo fora do casamento depois de ter sido estupradas ou forçadas a se prostituir.

"É incrível que, dez anos após a derrubada do Taliban, ainda haja mulheres e meninas encarceradas para escapar da violência doméstica ou do casamento forçado", disse Kenneth Roth, diretor executivo da Human Rights Watch. "Não se deve prender ninguém por ter escapado de uma situação perigosa, mesmo quando ocorre em sua casa (...)", noticiado pela Human Rights Watch (leia a matéria na íntegra, aqui no Blog).

O raciocínio falso moralista, agressivamente sistemático que descontextualiza situações, é o que leva a essa tipo de "justiça total" contra a parte mais frágil: a mulher ou menina cometeu aquilo que, normalmente, está errado: fugir de casa, adulterar. Porém, não considerar sua situação dentro do contexto é algo que só pode partir de gente muito corrupta ou desse tipo de religioso insensível, cuja alma está absolutamente congelada, viciada de religião - são os talibans do Evangelho que não matam com armas de fogo, mas matam a alma de milhões de vidas sinceras em nome da religião (normalmente, em defesa de interesses escusos disfarçados de religião). Essa justiça total e parcial é o que acaba causando o efeito reverso nas pessoas: afastam-nas da verdade e, no caso aqui tratado, do próprio Evangelho.

Um dos causadores diretos da capacidade ímpar que a religião morta possui em descontextualizar situações (além do caráter e das intenções), advém da "sistematização bíblica" tão insistentemente abordada nesta página: em primeiro lugar, atém-se a versos totalmente isolados que, isolados e reduzidos ao mesmo nível das respectivas mentalidades, não fazem o menor sentido dentro da sua mensagem original porque se desconsidera o que vem antes, depois, o capítulo como um todo e o contexto bíblico mais amplo (não raras vezes, usa-se também, para piorar tudo isso, palavras desses versos isolados totalmente fora de seu sentido original, aplicando-os completamente fora de contexto com a própria situação abordada em si). A partir dessa prática (em muitos casos por ingenuidade, foram ensinados assim, em outros casos usada como subterfúgio bíblico mal intencionado), montam as maiores bobagens doutrinárias, fazendo com que a pessoa perca a capacidade de reflexão dentro da Bíblia como um todo, o que poderia levar a uma espiritualidade saudável.

Em segundo lugar, teorizam praticamente tudo: definem o que é o amor e como amar, o que é perdão e como perdoar, etc, o que, até aí, não haveria nenhum mal se isso fosse resultado de experiências práticas, se as virtudes espirituais não ficassem, em grande medida, limitadas à racionalização tentando proporcionar espiritualidade, sobretudo, através do conhecimento intelectual.

Entra-se, assim, no círculo vicioso de se buscar as virtudes do espírito, predominantemente, através das geladas teorias doutrinárias (na grande maioria das vezes agressivas) com base no “nada” espiritual e na metodologia dos “cacos bíblicos”, não como natural consequência da vida prática (o que a Bíblia chama de “frutos do espírito”, substituídos, nessas casas, pelos frutos do reduzido e desconexo conhecimento intelectual que geram confusão e muita divisão entre eles mesmos).

Vale observar que, por exemplo, o apóstolo Pedro era analfabeto, não possuía a capacidade teológica para definir conceitos satisfatoriamente, mas vivia esses valores em sua plenitude pois possuía espiritualidade suficiente para isso, e quando abria a boca para falar do Evangelho e de suas virtudes, suas palavras ganhavam a vida que maravilhava as pessoas, vida que faltava nos mestres da religião à época. Nos dias de hoje, os religiosos que praticam essa fé morta são os mesmos que, não por mera coincidência, tratam, na prática, os apóstolos de Jesus como seres donos de capacidades especiais (uma muleta psicológica para justificar a ausência de espiritualidade em suas vidas), enquanto a única coisa que eles possuíam de especial era o Evangelho da graça de Deus, conforme eles mesmos diziam com insistência, e o próprio Evangelho diz que o que eles viviam é para todos (“estes sinais seguirão aos que crerem”).

Como essa sistematização de atitudes encontra base na sistematização teórica da Bíblia, isto é, transformam sentimentos e atitudes em métodos baseados nos insensatos "cacos bíblicos", ao invés de toda uma construção espiritual tendo na Bíblia um livro de reflexão em seu amplo contexto, geralmente essas definições de amor, perdão e outros sentimentos e práticas bíblicas são vazias, ou mesmo quando são corretas acabam perdendo o efeito prático, já que não há subsídios espirituais na vida desse tipo de "praticante da fé" para colocá-las em prática, vivê-las em sua essência e em sua plenitude.

Toda essa "metodologia de fé" leva, antes de mais nada, a um congelamento da alma desse tipo de religioso. Em resumo, é o perfeito "técnico na fé" alegado mais acima: tem definições para tudo o que envolve a espiritualidade, explicações teológicas para os assuntos mais controversos (geralmente, claro, ridículas dentro de tal sistema, e "mesmo quando se mete em tocar em temas mais práticos é tudo complicado, de difícil solução, algo recheado de fraseologia, de fala religiosa decorada e persuasiva, até de um poeticismo vazio sempre intervalado por 'cacos bíblicos' enfim, meio que inacessível a pessoas comuns, como Jesus e os que O aceitavam eram comuns e simples. Até defesa e prática de virtudes acabam sendo, muitas vezes, cheias de legalismo, performismo e jactância religiosa, um sistema que reprime as pessoas ao invés de fazê-las livres" - conforme observamos em Em Meio ao Sefl-Service de Religiões no Mundo, Você Escolhe: Teoria ou Paixão, mais acima -, e, não raras vezes, ideias defendidas com raiva enquanto prega o amor!), tudo isso sem ter a mínima capacidade de tirar suas teorias do papel e vivê-las de verdade, como algo que venha da alma - a essência de sua personalidade, de seu espírito não possui o conteúdo de suas lições doutrinárias, é um ser que não compreende o Evangelho.

É dessa sistematização que se produz também o que comumente se chama de “ética cristã”: em parte preceitos que se referem a usos e costumes relacionados à liturgia e à vida cotidiana, mas também a valores espirituais mais relacionados ao caráter do indivíduo, estes sim, abordados em maior quantidade e ênfase na Bíblia. Em ambos os casos, dentro de tal “metodologia da espiritualidade” explanada até aqui, não poderia ser de outra forma, a “ética cristã” tornou-se muito mais ato metódico, racional, cerimonial que gera orgulho praticado com ostentação, do que as naturais virtudes espirituais abordadas mais acima.

E o subproduto disso, por sua vez, são os afamados dobles discursos, as “duas caras” que preponderam no meio religioso em geral: via de regra, faz-se e diz-se uma coisa, pensando e intencionando outra – constantemente e das maneiras pateticamente mais evidentes, essa disparidade vem desgraçadamente à tona, a verdadeira essência do fariseu contemporâneo trai sua aparência e seu discurso, ele tropeça “redondo” em seu próprio calcanhar, ou, para ser mais original, choca de frente contra a geladeira de sua alma aquilo que ele diz acreditar com a boca, mas não acredita com o coração, dono de uma oratória, "fé retórica" que não convence ninguém - no fundo, nem a si mesmo, tanto é assim que se trata de uma "fé" que fecha a mente, um suicídio intelectual que não produz efeitos práticos na vida do indivíduo.

4. ENGOLINDO CAMELO. Desconsidera-se que o interlocutor realmente pode, por exemplo, ter mentido mas que não seja, necessariamente por isso, um mentiroso (as igrejas têm dificuldade enorme em fazer esse tipo de separação, e a partir disso surge o festival mais hipócrita de rótulos). Descontextualizando também o erro da pessoa, acaba-se muitas vezes "coando um mosquito e engolindo um camelo" a partir dessas regras de conduta, segundo as palavras do próprio Jesus para designar malefícios espirituais decorrentes da hipocrisia religiosa.

Baseados nesse espírito reduzido, religiosamente sistemático, determinados religiosos preparavam-se para apedrejar uma prostituta sob o lema, Pecou?? Pecou!! Morte de apedrejamento!!, ao que foram duramente repreendidos por Jesus: "Atire a primeira pedra o não pecador". Contudo, os religiosos sistemáticos encontram dificuldade imensurável em fazer esse tipo de leitura e de transferir à prática, em favor da vida, muitos atos e palavras de Jesus, reduzindo praticamente tudo a "novas doutrinas" trazidas por Ele através de metodologias e de muito racionalismo, tornando-se desta maneira objetos de intenso "estudo" que faz desses religiosos seres ainda mais cegos, insensíveis e enfermos na alma.

Outra dieta de camelos bastante comum dá-se através da inversão de papeis: a importância que muitas vezes se presta a temas dos mais insignificantes, distraindo de outros bem mais sérios - a doutrina da soberania de Deus abordada mais acima, defendida quase que invariavelmente com agressividade em demasia sobre assuntos mais cerimoniais, contudo esquecida na prática, é um grande exemplo disso.

Exemplo clássico é também o da onda moralista que se tira constantemente, em nome do amor, contra as milhares e milhares de pessoas bem intencionadas que, justificadamente, escandalizam-se com os absurdos da insalubridade religiosa que não se dispõe à cura, e que tantos males causa à vida de outros: seja fruto da sede de justiça bíblica, seja o que for, mesmo que haja exageros é incrível o quanto o amor palrado, muitas vezes através de uma bateria doutrinária que coloca a pessoa no pó da existência, permanece geralmente em uma indiferença literalmente brutal em relação às injustiças, servindo apenas para advertir à vítima enquanto tantas vidas são lesadas, tornando-se inevitável a pergunta: "E seu amor por essas mesmas vidas subtraídas?". (Os adeptos desse "amor letrado", meio que "esfregando amor na cara" das almas de bem, são as mesmas que, não por coincidência, possuem rasa estatura moral, e invariavelmente os próprios donos dos templos adotam tal postura, ou pessoas que se servem dos banquetes dos donos dos templos).

Pois a vida de Jesus deixa bem claro se o amor genuíno dá maior importância, se lança os holofotes ao escandalizado ou ao nocivo causador do escândalo (principalmente aquele escondido detrás da cruz do Calvário). Um dos versos que definem bem tal situação, "nada" lido nas confrarias religiosas em geral (reflexo da pouca ou nenhuma importância que se dá a isto), está no verso 6 do capítulo 13 da 1ª Carta do apóstolo Paulo aos Coríntios, considerado "o capítulo do amor" da Bíblia: "O amor nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a verdade triunfa".

Célebre jantar de camelos, consequência da descontextualização de situações cheia de contradição e jactância, deu-se na recente condenação cristã-ocidental ao jornalista iraquiano Muntadhar al-Zaidi, que atirou seus sapatos em George Bush em dezembro de 2008, apresentando isolados versos bíblicos para sustentar a sumária sentença a Al-Zaidi, um islamita que, além de desconhecer o Evangelho, vive em um país massacrado há mais de dez anos pelas tropas norte-americanas, teoricamente evangélicas - e Bush, que se diz cristão, invadiu o Iraque em nome de Deus contrariando todas as leis internacionais. De tudo isso, poucos se lembraram na hora de acusar o jornalista iraquiano.

Por tudo isso, seria muito mais sensato, honesto a qualquer ser humano em sã consciência e minimamente bem-intencionado, abrir a Bíblia exortando o bíblico "presidente da guerra", conforme Bush se autodenomina, não o jornalista islamita que vive oprimido em meio à miséria e ao genocídio.

Outro bom e recente exemplo neste sentido deu-se em fevereiro de 2012, quando soldados norte-americanos mais uma vez queimaram exemplares do Alcorão (livro sagrado do Islã), e grande parte da população local, claro, protestou e muitos se revoltaram a ponto de atirar mortíferos que mataram 30 afegãos e seis soldados dos EUA. Tirar o foco principal do ato dos soldados e abrir a Bíblia aos islamitas afegãos, esperando que eles reajam segundo os auspícios evangélicos, é algo cabível apenas na mentalidade dos religiosos abordados aqui, que preponderam nas confrarias religiosas de hoje em dia. Isso acaba potencializando, em muitas vezes, a revolta nos já machucados seguidores do Islã.

Não se colocando no lugar da pessoa que age a partir de seu nível de conhecimento e de condição, não entendendo tampouco suas limitações e dores acaba-se "esfregando" a Bíblia na cara das pessoas, gerando nelas efeito reverso, isto é, indignação e aversão à própria Bíblia - exatamente isso leva determinados religiosos a ser considerados intransigentes e insuportáveis, algo mais conhecido como fanatismo. Casos que não se enquadram jamais neste quesito são aqueles fundamentais à existência humana, especialmente os que violentam e retiram os direitos e a liberdade das pessoas, tão defendidos pelo Evangelho.

Como a hipocrisia sempre se evidencia, mais cedo ou mais tarde, no caso particular de Al-Zaidi os chefes da religião e seus macacos de auditório que o acusaram sob fortes palmadas na Bíblia aberta, são os mesmos que jamais abriram a Bíblia para comentar o genocídio dos EUA no Iraque ao longo desses mais de dez anos, inclusive contra mulheres e crianças - muitos até apoiam tais ataques, e o fazem abertamente.

A partir disso tudo, fazem julgamentos dos mais duros contra alguns, de maneira totalmente injusta, enquanto - "quando julgam" - a outros o julgamento é injustamente suave, totalmente brando gerando as reações opostas nas pessoas, que as afastam do Evangelho. Em alguns casos baseados no omisso (e nisso, muitos são mestres) "eu não julgo nada nem ninguém", em outros aplicando todo o rigor bíblico (nisso muitos também são mestres, e geralmente os mesmos do caso anterior, tão paradoxalmente), joga-se fora o elementar mandamento de Jesus: "Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça" (João 7: 24). Quanto a isso, leia também:

a) Tratamento pessoal e extremamente dócil de Jesus a uma "prostituta": João: 4

b) Teor do julgamento de Jesus aos donos dos templos moralistas, seres que passavam o dia com assuntos da ética da religião, mas Jesus detectou no interior deles essência mau cheirosa, religião morta, mentirosa, maldade oculta: "Serpentes! Filhos de víboras! Como escaparão da condenação do inferno?" (Mateus, 23: 33).

5. ESTIGMATIZAÇÃO. Fechados em suas ideias e tradições, na maioria dos casos - BSF/Calvary é um deles - essa estigmatização que pode levar ao sentimento de culpa é perpétua (considerando um mero mortal, gente simples pagadora de dízimos e ofertas que não vai além no "sobrenatural do Senhor"): o indivíduo pode dar todas as demonstrações de que foi pego em mal momento, ou que realmente possuía maus hábitos... tudo isso em vão, sua vida está desgraçadamente marcada porque antes, mais desgraçadamente ainda, ele se abriu em relação a algum defeito nesse tipo de ambiente, ou foi pego por um dos muitos "métodos bíblicos" de se avaliar o ser humano (a palavra "julgar", em seu sentido mais nocivo, não pega bem nesses locais, mas é exatamente isso...).

Como casas assim "vivem" uma doutrina, o conceito intelectual de um Jesus histórico, a realidade do Evangelho que coloca o ser humano no espelho fica nisso, tão limitada quanto a própria religião sem ir além: jamais o transforma na imagem e semelhança de Jesus. Ficam todos autocontemplando suas antivirtudes no espelho dentro do seu eu, aceitando passiva ou orgulhosamente a condição sem mudança, em silêncio dependendo do caso, enquanto estabelecem conceitos imutáveis sobre outros de acordo com suas regras de conduta.

E, o que é muitíssimo comum acontecer, tais rótulos podem ganhar surpreendentes tamanhos, formas e cores, e vir a tornar-se até tridimensionais de acordo com a disposição e a habilidade neurolinguística dos donos dos templos, que possuem capacidade incrível de estigmatizar seres humanos, sempre escondidos detrás da cruz do Calvário - a alma do negócio.

O Consolador Guia a Toda a Verdade

Esses cinco pontos apresentados são, como argumentamos no início, preponderantes na grande maioria das confrarias religiosas de hoje em dia, partindo das mais diversas vertentes. Na verdade, como as igrejas estão na UTI, longe do significado do Evangelho, tendem a transformar princípios - muitos dos quais podem até possuir algum fundo de relativa verdade, como é o caso desse colocado pelo BSF - em metodologias farisaicas inflexíveis, falsos moralismos, um agressivo reducionismo que pode atingir enormes proporções, gerar culpa e, na verdade, está enraizado na estrutura da maioria das igrejas que acaba sendo também, no final das contas, parte da própria arte de se servir da religião estereotipada. São pessoas que não enxergam a realidade com clareza, possuindo uma visão retrógrada de mundo, conforme argumentamos em O Evangelho de Sonhos, Igualdade e Poderosa Transformação do Indivíduo, como Ferramenta de Alienação Social e Arma para Corruptos Inescrupulosos, mais acima..

A atmosfera reducionista é tão forte e agressiva, que torna difícil ao indivíduo estar nesse meio sem ser mais uma figura idiotizada. Aos diferentes, permanecer em lugares assim acaba sendo muito mais uma peleja que qualquer outra coisa, e por essa diferença essencial o indivíduo não será perdoado, mas "batizado" sob inúmeros rótulos agressivos, tendenciosos para os quais a religião legalista e esquizofrênica sempre encontra brechas, principalmente a quem acaba jogando a toalha e saindo do meio. Invariável e surpreendentemente, esse tipo de religioso encontra eloquentes argumentos e até trechos da Bíblia, dentro de sua célebre sistematização bíblica, para se safar da mesma estigmatização na qual sua mente está viciada contra os outros (geralmente, "salvação não vem de obras", "não se deve julgar ninguém" e "sujeitai-vos uns aos outros"). Para estigmatizar o próximo, é claro, também encontra cínico respaldo na Bíblia - são as doenças crônicas da religião sistemática.

Por outro lado, esse alguém jamais precisa levar consigo o diploma de estúpido que essas comunidades farisaicas deliberadamente oferecem, e das mais diversas maneiras - muito embora as dores e os malefícios da estigmatização injustamente generalizada, sejam um tanto agudos por determinado tempo...

Mas da mesma maneira que Jesus previu que pessoas diferenciadas teriam dificuldades neste mundo corrupto, principalmente dentre os religiosos estereotipados, algo ocorrido com Ele mesmo, também prometeu enviar o Consolador para viver dentro de nós. Essa é a preciosa Igreja Dele, cujas portas do inferno jamais prevalecerão - e não há estigmatização que nos deteriore, parta de quem parta, por mais bem arquitetada que seja.

Abril de 2012


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Vídeo: Caio Fábio sobre cantores gospel


DANIEL MASTRAL
De Filho do Fogo a Filho da Luz!

por Bruno Faria

Fonte:
Testemunhos - Proclamando o Poder de Deus


O satanismo é realidade. Existem pessoas como você e eu, de carne e osso, que adoram ao diabo. Muitos em nosso meio sofrem influências demoníacas mesmo sem o saber. Mas adorar ao príncipe das Trevas, pactuar com ele, receber poderes do inferno - isso é reservado a um grupo. Um grupo organizado, unido, forte. Um grupo de milhares de pessoas que dominam a Alta Magia e através dela englobam a sociedade preparando-a para a vinda de seu messias: o Anticristo.

Eduardo Daniel Mastral foi um deles. Ele foi escolhido desde o seu nascimento por Satanás. Toda sua infância foi acompanhada por situações que o levaram a entregar-se de corpo e alma à Irmandade Mundial Satânica da mais alta hierarquia, com sede em São Francisco, nos Estados Unidos. A irmandade representa Satanás aqui na Terra e tem núcleos espalhados por todos os lugares. São pessoas escolhidas por demônios, um verdadeiro exército humano recrutado pelo próprio Lúcifer, que tem como principal objetivo a difusão do satanismo em todos os setores da sociedade. São pessoas preparadas, que têm acesso e são colaboradores dos mais poderosos Príncipes Infernais; que através de ritos e sacrifícios mergulham no próprio domínio do Inferno.

Em seu livro - "Filho do Fogo" - Daniel Mastral conta como Satanás está em guerra contra a igreja do Senhor Jesus, investindo contra os cristãos despreparados através da infiltração de seus seguidores nas próprias igrejas. No livro, além das revelações surpreendentes que narram as armadilhas de Satanás para tentar dominar o mundo e as pessoas, vemos também a realidade dos demônios que se materializam e ensinam seus seguidores a fazer viagens extracorpóreas - Daniel Mastral, por exemplo, já tinha atingido o nível de feiticeiro. Ele conseguia deslocar-se do corpo e entrar em gatos. Com o olhar podia jogar feitiços poderosos que matariam pessoas. Até que ele se deparou com um pastor "cheio do Espírito Santo"...

Hoje, Daniel é um missionário de Jesus na Terra, foi resgatado da escuridão. Apesar das ameaças de morte (um dos motivos pelos quais não publicamos sua foto junto à essa entrevista, como de costume), dos atentados que já sofreu, das perseguições a nível físico e espiritual, está vivo para testemunhar o poder grandioso de Jesus que está acima de tudo, tanto na Terra como em todo o Universo!

Nesta entrevista, você vai saber um pouco mais da vida desse homem, que de Filho do Fogo (nomeação usual na Irmandade), passou a Filho da Luz!


BF: Como começou o seu envolvimento com o satanismo e quanto tempo durou? Até que ponto você chegou?

Daniel Mastral:
Eu estava a procura de algo que ocupasse o vazio que sentia. Não era nada consciente, mas minha alma tinha um buraco por dentro. Andei em tudo que foi seita... budismo, espiritismo, mórmons e até na Igreja protestante. Eu não me senti acolhido em nenhum lugar. Especialmente na Igreja evangélica a decepção foi muito forte, eu olhava para as pessoas e não as via praticando aquilo que pregavam. Mas era um traço meu ser também muito curioso com tudo que dizia respeito ao Ocultismo. Certa vez, li numa biblioteca um artigo sobre a "Church Satan" e senti curiosidade em saber do que se tratava. Na tentativa de arrumar mais informações, passei a trocar correspondências com uma das bases dessa igreja nos Estados Unidos. Hoje sei que nada daquilo aconteceu por acaso. Eles já estavam de olho em mim, influenciando a minha vida e as circunstâncias para que eu realmente tomasse aquele caminho. As correspondências duraram alguns meses, até que fui procurado por um membro da Irmandade aqui no Brasil. Mais um tempo se passou, e eu fui treinado aos poucos por eles para que minha mente fosse cauterizada o suficiente a ponto de aceitar que o diabo era bom, e Deus, muito injusto. Então fui convidado a de fato fazer parte da Organização Satânica. Permaneci por seis anos na Irmandade e cheguei ao nível de feiticeiro. É grau elevado. Não haveria como falar destes seis anos, porque os Satanistas vivem a sua "crença" de uma forma muito, muito intensa. O cerne das suas vidas é o seu compromisso com Lúcifer. Por isso vocês podem compreender que, em duas palavras, este tempo foi vivido fortemente. Aprendi como é fazer parte da família que cultua ao príncipe das trevas. Foi algo de muito peso, mas graças a Deus fui alcançado por Jesus!


BF: Ao seu ver, quais são as estratégias que eles têm para ganhar adeptos?

Daniel Mastral:
Na verdade aqueles recrutados para efetivamente fazer parte da Irmandade são a minoria. A Irmandade é um grupo muito seleto da alta cúpula estratégica do Satanismo. Vou tentar explicar melhor usando um exemplo. Façamos uma analogia com uma empresa familiar: o pai é o presidente (diabo); e os mais altos cargos da diretoria são dados aos seus filhos (os filhos do fogo, os verdadeiros filhos do diabo). Todos os outros funcionários desta empresa, ainda que sirvam ao dono, não tem os privilégios que os filhos têm. Compreende? Essa "diretoria" composta pelos filhos do diabo, é aquilo que chamamos de Irmandade. É o topo da pirâmide. Para recrutar aqueles que Lúcifer pretende chamar de filhos os métodos são vários, mas sempre há uma indicação dos próprios demônios neste sentido. Isto é, os demônios sinalizam claramente aqueles que lhes interessam. Então estas pessoas são abordadas e trazidas para dentro da Irmandade. No entanto, como já disse antes, estes são a minoria.

O objetivo principal da Irmandade é preparar o mundo para o recebimento do Anticristo. É muita complexa a sua forma de atuação na sociedade, mas, em suma, o satanismo tem trabalhado ao longo dos séculos para preparar a mente das pessoas. É necessário que enfraqueçam a Verdade de Deus para que possam fazer prevalecer a sua verdade. Isso não se consegue do dia para a noite, é necessário estender-se uma verdadeira "rede invisível" sobre a Sociedade, em todos os seus níveis, para que a influência global seja completa. A intenção é que todos os setores conhecidos do nosso mundo sejam permeados e, com isso, haja poder de influência. E quando digo todos os setores da Sociedade, estou querendo dizer todos mesmo! Educação, Política, saúde, Segurança, Mídia, Entretenimentos, etc..etc..etc...! Não quero aqui passar uma visão pessimista, mas a própria Bíblia afirma que "este mundo jaz do maligno"... Podem ter certeza de que há milhares de pessoas envolvidas com os mais altos poderes infernais - principados e potestades - labutando dia e noite para que seja assim mesmo.


BF: Que tipo de coisa dentro da Irmandade você poderia descrever como práticas diabólicas?

Daniel Mastral:
Tudo dentro da Irmandade é diabólico! Tudo, absolutamente tudo, porque eles estão de fato aptos a oferecer ao diabo o culto que lhe é agradável. A revelação veio para eles da mesma forma que para nós veio a revelação Bíblica. Entenda melhor: sabemos como cultuar a Deus de forma agradável porque nos foi dada a revelação do Alto. Com os verdadeiros filhos do diabo acontece o mesmo: os próprios anjos caídos trouxeram as revelações do inferno. E naturalmente, tudo o que agrada a Lúcifer... é terrível! Não quero realmente estender-me, mesmo porque todos os detalhes que nos foram permitidos abordar estão descritos em meu livro. Mas ouso salientar o seguinte: é tempo de esquecermos as práticas tão corriqueiras da Umbanda, Quimbanda e Candomblé e que fazem parte da nossa cultura brasileira. O sangue agradável ao diabo não é o sangue de animais. É o sangue humano. Esta é a "oferenda" aceita. A moeda espiritual. O preço exigido para que qualquer coisa aconteça ali dentro. Nada que não esteja debaixo desta aliança de sangue tem valor, nem compra nada ao diabo! Com relação ao dinheiro: a Bíblia também afirma que o diabo "é o príncipe deste mundo". Saiba que o príncipe deste mundo tem muito dinheiro. As pessoas que fazem parte da Irmandade têm altíssimo poder aquisitivo. Mesmo que não o tivessem antes, uma vez consagrados e feitos filhos do fogo, o dinheiro vem como a noite após o dia. Não cai do céu... mas uma Organização como esta, internacional, sabe como fazer alguém sair do nada e tornar-se um grande empresário, por exemplo. Tudo é orientado pelos demônios: que tipo de negócio abrir, como abrir, aonde abrir... a própria Irmandade entra com advogados, banqueiros, marketing... não existe possibilidade de não enriquecer. Por exemplo, digamos que alguém recebeu uma orientação das Entidades para a abertura de uma grife. Entenda que nada é "apenas por ser". Lúcifer quer que seus filhos aproveitem tudo deste mundo e desta vida, sem qualquer restrição... pelo menos é assim que nos é dito, e o dinheiro é um fator muito importante para que assim aconteça, certo? Mas a grife não é apenas para que a pessoa enriqueça, ela deve ser um facilitador da influência satânica no mundo.


BF: Como foi sua conversão ao cristianismo?

Daniel Mastral:
Sempre que atacávamos uma igreja ela "esfriava", ficava inoperante. Existe toda uma estratégia para infiltrar e destruir Igrejas. Os encantamentos feitos contra os líderes sempre funcionavam. Vi muitos largando seus ministérios, outros ficando completamente doentes, outros ficando completamente loucos, outros até morrendo. Mas, um dia... um homem não caiu! Os encantamentos mais poderosos não derrubaram aquele pastor. Comecei a entrar em parafuso à medida que aumentava a ofensiva demoníaca contra ele. Parecia haver "algo" muito forte, muito grande, muito tremendo protegendo-o. Fui ver de perto. Foi uma coisa espantosa. Cai no chão... perdi a consciência. Aquele homem apenas pronunciava o nome de Jesus e eu sentia meu corpo queimar, eu parecia quase morrer de pavor de compaixão dele. Coisas até então absolutamente incompreensíveis para mim. O que haveria naquele nome... Jesus??? A verdade é que aquele homem conhecia a Deus não apenas de ouvir falar! Diferentemente dos demais, cujo cristianismo era falho, fraco, intelectual, de fachada, aquele pastor tinha comunhão com o Criador! Que diferença faz a santidade de uma pessoa!...E naquele dia minha vida mudou, conheci um Deus de força, de Poder e Glória que mudou minha existência por completo.


BF: Que tipo de lutas você enfrentou por "quebrar" seu compromisso com a Irmandade?

Daniel Mastral:
Ninguém pode sair de lá... Desde o início sabemos que é um "caminho sem volta". O preço da desobediência é a morte! Seria pouco este espaço para contar o que passei. Mas, na época que saí de lá perdi tudo o que tinha e que me havia sido dado pelo diabo. A única coisa que me restou foi a saúde. No entanto a ameaça de morte ainda paira sobre a minha vida e sobre a vida da minha esposa. Sofremos muitas ameaças, nosso dinheiro foi roubado (de forma sobrenatural), animais de estimação morreram, perdemos nossos empregos, sofremos todo tipo de retaliações. Mas Deus tem estado ao nosso lado e o que acontece, acontece debaixo da Sua própria permissão. Para que sejamos treinados a adestrados a fim de desempenhar bem o plano que Ele tem para nós. O Senhor dos Exércitos tem pelejado muito, e protegido nossas vidas. É graças a esse cuidadoso amor de Deus que eu e minha esposa estamos vivos e caminhando segundo Seus propósitos. Temos sido presenteados ao entrar em contato com os anjos de Deus. Realmente podemos dizer que até nas tribulações estamos contentes, porque através delas temos aprendido a conhecer o nosso Deus!


BF: Qual tem sido a reação dos crentes em geral com relação ao seu testemunho?

Daniel Mastral
: No coletivo, nas Igrejas onde fazemos os seminários, é uma bênção, Deus sempre nos surpreende. Muitos são curados na alma; há libertações, conversões, etc. é uma festa santa, onde Jesus Cristo opera com liberdade e glória! Levamos a igreja a conhecer as estratégias do inimigo, ainda que o enfoque maior esteja nas estratégias de Deus para combatermos o bom combate - pois a Igreja perece por falta de conhecimento (Oséias 4:6).

Mas, no aspecto individual do dia a dia ainda acontece de uma parte sentir-se atemorizada e afastar-se de nós... Temos poucos amigos. É mais ou menos como acontecia no tempo de Davi e Golias: o exército ficou na beira do vale, empunhando seus escudos, suas espadas, ostentando suas patentes e títulos. Só um desceu ao vale para enfrentar o gigante. Mas também com isso temos aprendido muito. Deus não precisa de quantidade, ele quer qualidade! Deus está recrutando e treinando um exército que, como o de Gideão, não precisa contar com milhares de milhares. Uns poucos podem guerrear, porque a guerra pertence ao Senhor! De fato são poucos os que estão realmente ao nosso lado, descendo ao vale e comprando a briga com os grandes príncipes do inferno. A Neuza Itioka, o pastor Jesher, o pastor Ubirajara Crespo, a pastora Sarah e alguns intercessores. Eles têm sido os valentes que Deus colocou ao nosso lado! Louvamos a Deus por estes preciosos vasos de honra! Tem sido muito bom poder andar lado a lado com estas pessoas valentes, santificadas, cheias de amor de Deus, que conhecem a Palavra e o significado da verdadeira vida de comunhão com o Senhor! Poucos têm a coragem de Davi, de não olhar para o tamanho do gigante, mas confiar no TAMANHO de Deus! Temos sido profundamente tocados para recrutar guerreiros como Davi. Como já disse, nosso Pai está formando um exército poderoso para o confronto dos últimos dias! Porque a guerra está aumentando à medida que o tempo do diabo se esgota e aproxima-se o momento em que Cristo virá buscar sua Noiva. É tempo de lutas como nunca antes na história da igreja. A Batalha Final será um confronto sem precedentes!


BF: Daniel, como é sua vida hoje?

Daniel Mastral
: Hoje damos seminários sobre Batalha Espiritual em Igrejas, denunciamos o engano sem, contudo, promovê-lo. Ressaltamos acima de tudo o Poder de Deus e compartilhamos com a Igreja o que aprendemos nestes anos de lutas, onde experimentamos as estratégias do pai e Seu Poder soberano. Além das palestras (que são respaldadas por farto material - transparências, apostilas, filmes, etc.), estamos escrevendo e temos outros projetos de mais livros, como talvez um livro de Batalha Espiritual para crianças, onde vamos enfocar princípios Bíblicos como obediência ao pais, não mentir, louvar a Deus, etc. De maneira fácil e divertida. É claro que só estamos hoje no ministério por um chamado claro de Deus. No início tivemos medo, mas demos um passo de fé, largamos tudo, emprego, profissão, etc. (Isabela é médica e hoje serve a Deus em tempo integral). Passamos por um deserto de quase dois anos, onde nossa fé foi provada, até vir o lançamento do livro "Filhos do Fogo". As lutas, claro, continuam.


BF: A história do livro se passou há alguns anos, portanto, o que eles disseram que iria acontecer a partir do final do terceiro ciclo, 1998... Você acha que aconteceu o que eles previam?

Daniel Mastral
: Sim, até o momento eles se mantém no cronograma pré estabelecido, com pessoas assumindo posições em lugares estratégicos, etc.


BF: Mesmo Marlom, que parecia gostar de você como um filho, voltou a te ligar? E depois que lançou o livro, alguém da irmandade voltou a te ameaçar novamente?

Daniel Mastral:
Várias vezes Marlom me procurou tentando persuadir-me a voltar, oferecendo dinheiro (que não aceitei, claro!). Mudou a estratégia depois, tentando pelo lado emocional, e por fim, com claras ameaças. Com relação à Irmandade, não apenas ameaçam, mas já recebemos diversos atentados, e se não fosse a mão de Deus para nos proteger, já teríamos perecido...


BF: Como surgiu a idéia de lançar este livro?

Daniel Mastral:
Não nasceu em meu coração, mas no coração de Deus. Apenas obedecemos. Tive uma experiência tremenda com Deus! Fui visitado por um anjo! Pedi isso por anos, pois só havia visto demônios. Mas, a idéia que eu tinha de um anjo era de cunho Barroco; gordinho, cabelos encaracolados, cara de menino, azinhas... O que eu vi, não tinha nada disso! Era forte, um guerreiro! Não tinha asas, e falou comigo, dando claramente a ordem de publicar o livro, e uma unção especial para enfrentar o que viria depois. Foi algo singular, que narraremos com mais detalhes em nosso próximo livro. Não quero estragar a história!


BF: Como tem sido a repercussão do "Filhos do Fogo" em outros lugares?

Daniel Mastral:
Os resultados do livro são espantosos, recebo muitos e-mails, e a grande maioria é unânime em afirmar que foram transformados por Deus através da leitura, assumindo um novo compromisso com a Palavra! Todos têm sido ricamente abençoados. Recebo cada história linda, cada testemunho... de fato o livro tem sido um instrumento para alertar a igreja e despertá-la para um compromisso maior com Deus! Publiquei meu e-mail no livro justamente na intenção de medir os resultados da semente de Deus no coração da Igreja. E surpreendentemente, hoje eu recebo mais de 100 e-mails por dia, e as respostas têm superado as minhas expectativas. Isso é muito bom pois me faz ver que de fato este era o propósito de Deus e o caminho certo a seguir!


BF: Você ainda pratica alguma luta esportiva, como citou no livro?

Daniel Mastral:
Não. Para mim, Deus deu uma palavra Rhema: Parar com esportes de combate. Quem vive pela espada, morre pela espada. Hoje Deus peleja por mim, minha força vem do alto! Não de meus punhos! Ele é minha fortaleza, e meu general!


BF: Tendo uma personalidade tão forte, quem foram as pessoas usadas por Deus - pastores, cantores, líderes em geral - na sua vida?

Daniel Mastral:
A pessoa mais importante em minha vida, no processo de restauração e cura, foi minha esposa, na época, minha noiva. Isabela ficou sempre ao meu lado, confiou, deu-me todo o apoio e ajuda que precisei. Foi, e é, uma grande amiga e auxiliadora. Chorou quando chorei, e se alegrou com minha felicidade! Foi corajosa o suficiente para não ceder a nenhuma ameaça, mesmo quando sofremos ataques violentos contra nossos familiares e animais de estimação. Também não posso deixar de citar a Neuza Itioka, uma grande amiga e um tremendo instrumento nas mãos de Deus para me dirigir as ministrações de libertação e cura interior. Foi com muito amor e autoridade que ela foi usada para me libertar de tantas coisas ruins que ainda haviam em meu coração, principalmente as lembranças dolorosas... Houve também uma outra mulher, Maria de Lourdes, que é diaconisa de uma Igreja que fiz parte. Ela permaneceu ao nosso lado nos momentos mais difíceis, suprindo necessidades como pastora. Foi uma conselheira especial e fiel intercessora.


BF: Qual seu maior sonho em relação a Deus?

Daniel Mastral:
Maranata!


BF: E como você vê a conversão de artistas, como Baby do Brasil, por exemplo?

Daniel Mastral:
Vejo nisso o poder de Deus manifesto! Vi a entrevista da Baby no programa do Jô, adorei! Não posso quantificar o compromisso dela com Deus, mas no que pude constatar, ela foi muito sincera. Falou abertamente de suas convicções, sem se preocupar com o que poderiam estar pensando da sua nova fé, demonstrou muita alegria e uma conversão autêntica. Melhor do que muitos fariseus de nosso tempo, que escolhem as melhores palavras, os gestos mais impactantes, a melhor entonação de voz...mas não têm vida com Deus.


BF: Qual sua opinião sobre a mídia evangélica?

Daniel Mastral:
Não quero julgar ninguém. Mas a palavra é clara neste ponto. Para todo homem que chama a glória sobre si não há como se manifestar Nele o Poder de Deus. A Autoridade (espiritual) vem da submissão e da obediência, da humildade. O diabo não se preocupa como pessoas cujo cristianismo está mais respaldado em si mesmo do que no Reino, pois o orgulho já os derrubou. O inferno respeita os puros de coração e os humildes, os que preferem dizer "Convém que Jesus cresça e eu diminua".


BF: Qual sua maior experiência com Deus, além de sua conversão?

Daniel Mastral:
Muitas...muitas mesmo! Na provisão, proteção, nas experiências com os Anjos, no discernimento. Estão relatadas no novo livro - "Guerreiros da Luz".


BF: Você poderia nos deixar uma mensagem para encerrarmos a entrevista?

Daniel Mastral:
Diante da presente situação, isto é, a iminência do final dos tempos e o advento do Anticristo; diante da revelação da irmandade, não resta outra solução para a Igreja, senão rever alguns conceitos. Primeiro: ter a consciência de que estamos em guerra; segundo: preparar-se para a guerra. E terceiro: somente então ir para a guerra. Assim que se faz para combater o bom combate! Creio ser indispensável dizer que estamos em guerra.

No tocante à preparação da Igreja gostaria de ressaltar apenas um dentre tantos aspectos: a necessidade de santificação! A Igreja tem sofrido por estar contaminada pelo mundo, pela carnalidade daqueles que estão embutidos de poder, e tantas vezes dividida pelas efemeridades. Antes de estarmos prontos para enfrentar a Batalha Final, há necessidade de arrependimento, confissão de pecados e mudança real de atitude. A maioria dos cristãos espera ansiosamente pela volta de Jesus, mas eu gostaria de fazer a lembrança do fato: Jesus volta quando o cenário do Apocalipse estiver em seu apogeu! Portanto minha palavra final é a seguinte: Mateus 24:36-42. Porque não sabemos a que horas virá o nosso Senhor. E sem santificação e vida com Deus, corremos o risco de ver o Anticristo face a face.


Assista vídeo: Daniel Mastral entrevistado, RIT



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Vídeo: Caio Fábio, "Dicas para uma vida sensata"



Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia,
e guardam as coisas que nela estão escritas porque o tempo está próximo

Apocalipse 1:3


Jesus transforma a vida de todos que vêm a Ele, por um motivo muito simples:

"Antes de existir qualquer coisa, Cristo já existia, e estava com Deus. Ele criou tudo o que há - não existe nada que ele não tenha feito. Nele está a vida eterna, e esta vida traz luz a toda a humanidade. A vida dEle é a luz que brilha no meio da escuridão, e nunca pode ser apagada pela escuridão. Embora Ele tenha feito o mundo, não foi reconhecido pelo mundo quando veio. Mesmo em Sua própria terra entre Seu próprio povo, os judeus, Ele não foi aceito. Só uns poucos O acolheram e receberam. Mas a todos os que O receberam, Ele deu o direito de se tornar filhos de Deus. Tudo que eles precisavam fazer era confiar nEle como Salvador. Todos os que crêem nisso nascem de novo! - não um novo nascimento físico, resultado do desejo humano, mas da vontade de Deus. Cristo tornou-Se ser humano, morou aqui na terra entre nós, e era cheio de perdão amoroso e da verdade. Alguns de nós vimos a glória dEle - a glória do Filho único do Pai celeste!"
(Evangelho de S. João, capítulo 1).

Tudo na vida, de bom e de ruim, tem um preço. O pecado também tem seu preço: afastamento eterno de Deus. Jesus deu Sua vida por nós, deixou toda Sua glória para entregar-Se à morte, e morte de cruz!, sendo cuspido, chutado, gozado, caluniado, pagando o preço da nossa reconciliação com Deus. Mas tudo isso teria sido absolutamente em vão se o bom da história não tivessse vindo três dias depois: Ele ressuscitou! Essa é a garantia de que Jesus é o caminho, a verdade e a vida, de que podemos acreditar no amanhã, e que a vida vai muito além do aqui e agora dos jornais e do mundo que jaz no maligno.

Se arrependemo-nos dos nossos pecados e confessamo-Lhos, Ele é fiel e justo para perdoar e apresentar-nos sem culpa a Deus! Assim, nossa alma pode descansar tranquila e podemos viver em paz com Deus!

"Quando alguém se faz cristão, torna-se uma pessoa totalmente nova por dentro. Já não é mais a mesma. Teve inicio uma nova vida!" (II Coríntios, 5:17)

Edu Montesanti, 3.2.2011

ESTOU SEGUINDO JESUS CRISTO. DESTE CAMINHO EU NÃO DESISTO!


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O LIvro de Satan (anjo caído), Parte V:

1. Abençoados são os fortes, pois eles dominarão a Terra - Malditos são os fracos, pois eles herdarão as ruínas!

2. Abençoados são os poderosos, pois serão reverenciados entre os homens - Malditos são os inúteis, pois eles serão esquecidos!

3. Abençoados são os ousados, pois eles serão mestres do mundo - Malditos são os bondosamente humildes, pois eles serão esmagados pelos cascos dos conquistadores!

4. Abençoados são os vencedores, pois a vitória é a base dos direitos - Malditos são os vencidos, pois eles serão vassalos para sempre!

13. O anjo do desapontamento está acampado nas almas dos "corretos" - A flama eterna do poder através da alegria vive na carne do Satanista!


A Bíblia:

Deus abençoa quem ajuda o necessitado. Deus salva essas pessoas no dia da dificuldade.
(Salmo 41)

Encherei Jerusalém de muitas bênçãos e darei comida de sobra aos pobres da cidade. (Salmo, 132:15)

O homem justo se preocupa em saber as necessidades e direitos dos pobres
mas o perverso não se importa com essas coisas. (Provérbios, 29:7)

Use sua autoridade para fazer justiça e ajudar os pobres e necessitados. (Provérbios, 31:9)

Felizes aqueles que aspiram por ser justos e bons, porque terão a justiça com toda a certeza. (Mateus, 5:6)

"Voltem a João e digam-lhe dos milagres que vocês Me viram fazer - os cegos que Eu curei, os coxo que agora andam sem auxílio, os leprosos sarados, os surdos que ouvem, os mortos levantados para a vida; e digam-lhe da minha pregação da Boa Nova aos pobres". (Mateus, 11:5)

"Se quer ser perfeito, vá e venda tudo o que tem, dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu, depois venha e siga-Me". (Mateus, 19:21)

"Felizes são os pobres, pois de vocês é o Reino de Deus! (Lucas, 6:20)

Então Ele voltou-se para o dono da casa: "Quando você oferecer um jantar," disse, "não convide os amigos, os irmãos, os parentes e os vizinhos ricos, que poderão convidar você depois. Ao invés disso, convide os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. Então na ressurreição dos que amam a Deus, Ele recompensará você por haver convidado aqueles que não podem convidar ninguém".
(Lucas, 14: 12 a 14)

E como dizem as Escrituras: "O homem piedoso dá generosamente aos pobres. As boas obras dele o honrarão para sempre". (II Coríntios, 9:9)

A única coisa sugerida por eles (Tiago, Pedro e João) foi que deveríamos sempre nos lembrar
de ajudar os pobres, e eu também estava ansioso para fazer isso.
(Gálatas, 2:10)

Ouçam-me, queridos irmãos: Deus escolheu gente pobre para ser rica na fé,
e o reino do céu lhes pertence, pois essa é a dádiva que Deus prometeu àqueles que O amam.
(Tiago, 2:5)

De que lado você está?


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Então vi uma nova terra (sem oceanos), e um novo céu, porque a terra e o céu atuais haviam desaparecido. E eu, João, vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, descendo de Deus e vindo do céu. Era uma vista gloriosa, linda como uma noiva no dia do casamento. Eu ouvi um alto brado que vinha do trono, dizendo: "Atenção, a morada de Deus agora está entre os homens, e Ele morará com eles e eles serão o seu povo; sim, o próprio Deus estará entre eles. Ele enxugará todas as lágrimas dos olhos deles, e não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. Tudo isso passou para sempre". E aquele que está sentado no trono, disse: "Veja, eu estou fazendo novas todas as coisas!" Apocalipse, 21: 1 a 5

Então eu vi um Cordeiro em pé no Monte Sião em Jerusalém, e com Ele estavam 144.000 que tinham o Nome dele e o Nome do Pai escritos nas suas testas. E ouvi um som que vinha do céu como o rugir de uma grande cachoeira ou o estrondo de um poderoso trovão. Era o cântico de um coro acompanhado por harpas. Este coro extraordinário - 144.000 vozes - entoava um maravilhoso cântico novo na frente do trono de Deus, diante dos quatro Seres Viventes e dos vinte e quatro Anciãos; e ninguém podia entoar este cântico, a não ser estes 144.000 que haviam sido redimidos da terra. Porquanto eles são espiritualmente incontaminados, puros como virgens, e seguem ao Cordeiro por todo lugar aonde Ele vai. Foram comprados dentre os homens da terra como uma oferta consagrada a Deus e ao Cordeiro. E não podem ser acusados de nenhuma falsidade; são irrepreensíveis. [font=Comic Sans MS Apocalipse, 14, 1 a 5

Depois disto eu vi uma imensa multidão, grande demais para ser contada, de todas as nações, e províncias, e línguas, que estavam na frente do trono e diante do Cordeiro, vestida de branco, com folhasde palmeiras nas mãos. E estavam gritando com um grande clamor: "A salvação vem do nosso Deus que está no trono, e do Cordeiro". E nesse momento todos os anjos estavam unindo-se ao redor dos Anciãos e dos quatro Seres Viventes, e caindo com o rosto em terra diante do trono e adorando a Deus. "Amém!" diziam eles. "Benção, e glória, e sabedoria, e agradecimentos, e honra, e força e poder sejam ao nosso Deus para sempre e para sempre. "Amém!". Então um dos vinte e quatro Anciãos me perguntou: "Você sabe quem são estes que estão vestidos de branco e de onde eles vêm?" "Não sei, Senhor" respondi. "Diga-me, por favor". "Estes são aqueles que saíram do Grande Sofrimento", disse ele; "lavaram seus mantos e os branquearam com o sangue do Cordeiro. É por isso que estão aqui diante do trono de Deus, servindo-O de dia e de noite no seu templo. Aquele que está sentado no trono os abrigará; eles nunca mais terão fome, nem sede, e serão totalmente protegidos contra o calor escaldante do meio-dia. Porque o Cordeiro que está diante do trono os pastoreará; e será o Pastor deles, e os guiará às fontes da Água da Vida. E Deus enxugará as lágrimas deles. Apocalipse, 7: 9 a 17

E Ele me mostrou um rio de pura Água da Vida, limpa como cristal, que brotava do trono de Deus e do Cordeiro
e corria para o centro da rua principal. De cada lado do rio cresciam Árvores da Vida, que dão doze cargas de frutos, com uma nova carga em cada mês; as folhas eram utilizadas como remédio para curar as nações. Na cidade não haverá nada ruim; porque o trono de Deus e do Cordeiro estará ali, e os servos dele O adorarão. E verão o seu rosto; e o nome dele estará escrito nas suas testas. E ali não haverá noite, nenhuma necessidade de lâmpadas ou de sol, porque o Senhor Deus será a luz deles; e eles reinarão para todo o sempre. Então o anjo me disse: "Estas palavras são dignas de confiança e verdadeiras: 'Eu venho em breve!' Deus, que conta aos profetas dele o que o futuro reserva, enviou seu anjo para dizer a você que isto acontecerá brevemente. Benditos aqueles que crêem nisto e em tudo o mais que está escrito no rolo de pergaminho". Eu, João, vi e ouvi todas estas coisas, e caí em terra para adorar o anjo que as mostrava a mim; porém ele disse outra vez: "Não, não faça semelhante coisa. Eu também sou servo de Jesus como você, e como são os seus irmãos profetas, bem como todos aqueles que atendem à verdade declarada neste Livro. Adore somente a Deus".

Então ele me ordenou: "Não lacre o que você escreveu, porque o tempo do cumprimento está perto. E quando chegar o tempo, todos os que praticam o mal, o praticarão cada vez mais; aquele que é depravado se tornará mais depravado; os homens de bem se tornarão melhores; aqueles que são santos prosseguirão para uma santidade ainda maior". "Veja, eu venho em breve, e a minha recompensa está comigo, para retribuir a cada um de acordo com as obras que praticou. Eu sou o A e o Z, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Último.
Benditos para sempre são todos os que estão lavando seus mantos, para terem o direito de entrar pelos portões da cidade e comer do fruto da Árvore da Vida. Do lado de fora da cidade estão aqueles que se desviaram de Deus, e os feiticeiros, e os imorais, e os assassinos, e os idólatras e todos os que gostam da mentira e a praticam. Eu, Jesus, enviei meu anjo a vocês para contar todas estas coisas às igrejas. Eu tanto sou a Raiz de Davi como o Descendente dele. E sou a brilhante Estrela da Manhã.

O Espírito e a noiva dizem: 'Venha'. Que cada um que os ouve diga o mesmo 'Venha'. Que aquele que tem sede venha - todo aquele que quiser; que venha beber de graça da Água da Vida. E eu declaro solenemente a todo aquele que lê este livro: se alguém acrescentar qualquer coisa ao que está escrito aqui, Deus acrescentará a ele as pragas descritas neste livro. E se alguém cortar qualquer parte destas profecias, Deus tirará a sua participação na Árvore da Vida e na Cidade Santa que acaba de ser descrita. Aquele que disse todas estas coisas declara: Sim, Eu venho em breve!" Amém! Vem, Senhor Jesus! A graça do nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vocês. Amém!
Apocalipse, 22



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uma questão de liberdade

Conteúdo (com ligações)

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l. MATEANDO COM EDU - Perfil, Comentários e Literatura

Página 1

Página 2


lI. TERCEIRA PÁGINA - Crônicas / Questões Internacionais


III. NO PIQUE DA VIDA - Reflexões


IV. ARQUIVO - Os Noticiários Mundiais

Página 1

Página 2



V. TERRORISMO DE ESTADO - A Invasão Norte-Americana ao Iraque



VI. O 11 DE SETEMBRO DE CADA DIA DO AFEGANISTÃO

Página 1

Página 2

Página 3



VII. SANEAMENTO PÚBLICO - ONDE JOGAR TANTO LIXO HUMANO?


VIII. ANISTIA INTERNACIONAL - Uma Questão de Liberdade


IX. ÉTICA NA TV - Uma Questão de Liberdade


X. HUMAN RIGHTS WATCH - Uma Questão de Liberdade


XI. GOLPES MILITARES NA AMÉRICA LATINA


XII. HISTÓRIAS MUNDIAIS


XIII. ENAS NAFFAR: OLHAR SOBRE O ORIENTE MÉDIO - Visão Palestina no Blog

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XIV. CULTURA & ARTE AFEGÃ

Página 1

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XV. O BRASIL NO ESPELHO - Crônicas


XVI. Especial: TERRORISMO

Grupos

Estados


Mídia

Religiões

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Trabalho



XVII. IDIOMAS

Inglês

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XVIII. WIKILEAKS

Brasil (Página 1)

Brasil (página 2)

América Latina

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Oriente Médio



XIX. MALALAÏ JOYA - A Mulher Mais Corajosa do Afeganistão

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Página 3

Página 4


XX. PÁTRIA GRANDE PORTENTOSA - Paisagem & Cultura Latina

Página 1

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Página 3



XXI. AVÓS DA PRAÇA DE MAIO - Uma Voz por Liberdade na Argentina

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Página 2



XXII. MISSÃO CUMPRIDA, POR EDU MONTESANTI


XXIII. POEMAS - Uma Questão de Liberdade


XXIV. MEIO AMBIENTE, ESPORTE & SAÚDE


XXV. CONTRACAPA: CURTINHAS - Notícias Nacionais


XXVI. CONTRACAPA: CURTINHAS - Notícias Internacionais


XXVII. MENTIRAS E CRIMES DA "GUERRA AO TERROR", E O JORNALISMO BRASILEIRO MANCHADO DE SANGUE



XXIX. ARQUIVO: CONTRACAPA - Nacional

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XXX. ARQUIVO - CONTRACAPA - Internacional

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XXXI. EDU MONTESANTI IN ENGLISH: A MATTER OF FREEDOM

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XXXII. EDU MONTESANTI EN ESPAÑOL - UNA CUESTIÓN DE LIBERTAD

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XXXIII. DIAS PARA MUDAR O BRASIL - Onda de Manifestações ou Primavera Brasileira?

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XXXIV. SOMOS TODOS SANTA MARIA - Por Memória, Verdade e Justiça

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Página 2 - Documentos


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XXXV. ANÁLISES DA MÍDIA


XXXVI. REVOLUÇÃO BOLIVARIANA NA VENEZUELA

#Posté le mercredi 16 juillet 2008 09:36

Modifié le jeudi 28 août 2014 21:02

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