
CELAC E ONU
Comprometidas em Aprofundar Cooperação Latino-Americana e Caribenha
Comprometidas em Aprofundar Cooperação Latino-Americana e Caribenha
6 de agosto de 2013, com Telesur/Venezuela
Em nome da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), o primeiro-ministro de Cuba, Bruno Rodríguez, comprometeu-se nesta terça-feira (6), perante a reunião do Conselho de Segurança Organização das Nações Unidas (ONU), "em aprofundar os trabalhos de cooperação e de iniciativas conjuntas nos assuntos de interesse para la região, sob direção de desafios como a paz e a prevenção de conflitos".
Rodríguez enfatizou ainda que,
A fim de estabilizar a região a longo prazo, é necessário preservar a área de paz e fortalecer
as instituições nacionais e internacionais, construir e desenvolver a economia e a sociedade..
as instituições nacionais e internacionais, construir e desenvolver a economia e a sociedade..
Ainda em nome do bloco regional, o representante das Relações Exteriores de Cuba ressaltou que,
[É necessária] Uma maior cooperação entre os organismos das Nações Unidas, para atingir os objetivos. Não pode
haver paz duradoura sem desenvolvimento e compromisso em combater a pobreza, a fome, a desigualdade e a
insegurança. [A Celac] Começou a impulsionar-se como força de unidade, e a América Latina e o Caribe são zonas
de paz e livres de armas nucleares. É necessário continuar adiante, que nenhuma diferença nos detenha, sigamos
unidos e que nada nos impeça de continuar com o legado dos libertadores de nossa América.
haver paz duradoura sem desenvolvimento e compromisso em combater a pobreza, a fome, a desigualdade e a
insegurança. [A Celac] Começou a impulsionar-se como força de unidade, e a América Latina e o Caribe são zonas
de paz e livres de armas nucleares. É necessário continuar adiante, que nenhuma diferença nos detenha, sigamos
unidos e que nada nos impeça de continuar com o legado dos libertadores de nossa América.
O diplomata cubano também homenageou o idealizador e um dos fundadores da Celac, o ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez (1999-2012):
[Chávez e os fundadores do bloco] Reiteraram o compromisso de construir uma nova ordem mais
justa, baseada nos princípios das Nações Unidas, e sob respeito à territorialidade e à não invasão.
justa, baseada nos princípios das Nações Unidas, e sob respeito à territorialidade e à não invasão.
Esta é a primeira vez que um representante de Cuba participa de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, podendo manifestar sua voz bem diversa às afirmações de Washington sobre o governo e a realidade daquele país, imagem totalmente distorcida igualmente vendida pela mídia predominante internacional. Os EUA mantêm ilegal e rigoroso embargo econômico sobre a nação antilhana.
Se submetida a Washington, a ilha cubana certamente seria hoje um Haiti, uma Guatemala a mais na região marcada por sabotagens, conspirações, torturas, golpes e pobreza extrema em nome da “guarda da democracia tipo-Tio Sam”, onde imperam os interesses da selvageria do capital norte-americano.
Contudo, ao contrário do alardeado, existe sufrágio universal na República de Cuba, que respeita mais os princípios republicanos que países como EUA e Brasil em uma sociedade que apoia amplamente o sistema vigente.
Nação onde impera a solidariedade ao invés do individualismo e das leis do mercado que já nasceram condenadas à exploração e à falência, podendo se sustentar apenas tendo como baseada manipulações, muita corrupção, violência e guerras [contra ideologias (a Guerra Fria perpetua-se, insiste em não sair de cena), "contra o terror" (mesmo enquanto a sociedade local seja uma das mais violentas do mundo, como é o caso dos EUA), "contra as drogas" (ainda que a sociedade local, como é a norte-americana, seja a maior consumidora do planeta) etc].
Cuba, nação das mais avançadas do mundo em educação, em segurança e justamente a mais avançada em saúde a que pese o criminosamente acentuado embargo econômico imposto pelos EUA, que tantos danos causam à Cuba. Outro detalhe de suma importância em meio à confusão midiática das informações, é que na ilha caribenha há bem menos perseguidos e presos políticos, além de muito menos detidos por crimes gerais por cada 100 mil habitantes que no berço de Tio Sam, ao norte do Rio Bravo.
FORO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO
Causas Sociais em Pauta, e Protestos de Direita
Causas Sociais em Pauta, e Protestos de Direita
4 de agosto de 2013, com Telesur/Venezuela
Encerrou-se neste domingo (4) o XIX Fórum de São Paulo o qual, sem nenhuma cobertura da mídia tradicional brasileira e internacional(com exceção denotas tão pequenas quanto raras), teve início no dia 1º em apoio a países progressistas, com protestos inconsistentes e bastante ufanistas, bem ao estilo Guerra Fria de setores civis da direita brasileira no lado de fora do edifício, características que são peculiar a essas mentalidades.
Marcado por debates, especialmente no que diz respeito à unidade e integração latino-americana, estiveram presentes no evento mais de cem movimentos sociais e partidos de esquerda da América Latina e do Caribe, além da presença do presidente da Bolívia, Evo Morales no encerramento.
O governo do Brasil foi defendido nestes dias, foram respaldados também os Diálogos de Paz realizados em Cuba, com vistas ao fim do conflito armado na Colômbia, e foi sustentada a tese de criação de uma rede social alternativa, latino-americana, em contraposição à máquina de espionagem Facebook, e ao próprio sistema econômico imposto à região.
O ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez, idealizador do socialismo do século XXI que tem proporcionado elevados índices sociais e fortalecimento das instituições democráticas em seu país, foi homenageado.
A Declaração Final do Fórum foi lida pela presidente da Assembleia Nacional do Equador, Gabriela Rivadeneira, enfatizando o rechaço às políticas expansionistas dos EUA e ao atentado sofrido pelo presidente Evo Morales, defendendo liberdade aos cinco cubanos anti-terroristas presos em solo norte-americano e a soberania argentina sobre as Ilhas Malvinas, apoiando o governo de Nicolás Maduro na Venezuela, vítima de diversas tentativas de golpe. "Nossa tarefa é radicalizar a defesa de nossos direitos e de nossa soberania", afirmou Rivadeneira.
Também foi criticada a intenção do presidente colombiano, Juan Manuel dos Santos, de incluir seu país no Tratado do Atlântico Norte (OTAN). "Isso colocaria em risco a estabilidade da região", disse Rivadeneira ao ler a resolução final.
Quanto às manifestações de direita, clamavam por "fora, comunistas!". Desta vez, algum "analista" brasileiro observará nisso teor rancoroso, ou tal argumento apenas vale para que se condene críticas aos crimes contra todas as leis, locais e internacionais, cometidos pelos governos de Washington, deixando ainda mais evidente o caráter tendencioso pró-imperialismo, contrário às causas sociais contido em seus ofícios?
Em setembro, ocorrerá em São Vicente e Granadinas uma reunião de cúpula da Caricom (Comunidade do Caribe), a fim de debater a estratégia a seguir para reclamar junto à Europa uma compensação adequada pela escravidão e pelo genocídio contra a América Latina à época colonial, que se estendeu do século XVI à segunda metade do século XIX. Pois até lá, dá-lhe retórica "anticomunista" (subterfúgio para tentar justificar elitização das políticas nacionais e a ingerência norte-americana, tanto quanto o "terror internacional" serve de escusa para as práticas imperialistas dos EUA) apoiada pela tradicional bateria midiática de péssimo gosto.
Tais encontros latino-americanos e todo o noticiado nestas páginas, não supostas causas democráticas, explicam as práticas criminosas dos EUA na região, inclusive a vigilância denunciada por WikiLeaks e, mais recentemente Edward Snowden, acobertadas pela "grande" mídia que demoniza líderes democráticos locais, rotulando-os de ditadores. Podem explicar também o que sacode o Brasil hoje, maior economia latino-americana, portanto, peça de suma importância à unidade regional.
Sem estar a par da geopolítica americana atual que se estende do Alasca á Terra do Fogo, não se pode compreender o agressivo jogo imperial e midiático de cada dia.
BOLÍVIA
Cúpula Anti-Imperialista
Cúpula Anti-Imperialista
2 de agosto de 2013, com Telesur/Venezuela
O presidente boliviano Evo Morales encerrará pessoalmente nesta sexta-feira (2), a Cúpula Anti-Imperialista iniciada em 31 de julho na cidade de Cochabamba que envolve centenas de movimentos sociais de 18 países latino-americanos, dezenas de organizações bolivianas formadas por camponeses além de representantes dos países integrantes da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), a União de Nações Sul-Americanas (Unasur), Organizações da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), entre outros.
Nestes três dias a se completar neste dia 2/8, tem-se discutido o sequestro do presidente Morales na Europa em julho (leia Avião Presidencial Sofre Atentado "Oficial" na Europa, mais abaixo), e uma resolução para enfrentar o imperialismo norte-americano na América do Sul.
No encerramento da Cúpula, será apresentado pelos delegados dos movimentos um documento contendo a sistematização dessas medidas, as quais conterão de 10 a 15 pontos específicos tais como a reivindicação boliviana junto ao Chile por saída ao mar, retirada das bases militares norte-americanas da Colômbia, devolução das Ilhas Malvinas à Argentina, enfrentamento dos países da região à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que tem ganho novo fôlego em seus interesses militares na região enfatizando, para isso, criação de uma comissão comum por direitos humanos, entre outros assuntos.
Trata-se de mais um fundamental encontro de líderes regionais, lidando com assuntos de extrema importância para o progresso continental e contrários aos interesses criminosos dos EUA, ignorado pela "grande" mídia internacional, monopólio da desinformação sempre em coro entre si mesma e com o Império, "coincidentemente".
EDWARD SNOWDEN
Com Status de Refugiado, Entra em Território Russo
Com Status de Refugiado, Entra em Território Russo
1º de agosto de 2013
A Rússia concedeu nesta quinta-feira (1), status de refugiado com validade de 1 ano a Edward Snowden (30), ex-agente da CIA e da NSA que revelou a espionagem global por parte do governo de Washington em 6 de junho, através do diário britânico The Guardian [leia telegrama secreto de Barack Obama, aqui (role a tela)].
Desta maneira, após 40 dias na zona de trânsito do aeroporto de Moscou, Snowden entrou em território russo. Os motivos para a demora do governo russo em conceder asilo ao ex-contratista da Inteligência dos EUA não são claros. Uma coisa o presidente da Rússia, Vladimir Putin, deixou claro desde quando Snowden chegou a seu país: o asilo seria fornecido apenas se este parasse de denunciar contra o governo norte-americano, no início rechaçado por Snowden.
Hoje, o ex-agente dos serviços de Inteligência dos EUA aceita manter temporariamente o silêncio até que defina para qual dos quatro países latino-americanos que lhe ofereceram asilo irá se refugiar, Bolívia, Equador, Nicarágua e Venezuela. O motivo pelo qual Snowden não foi ainda a nenhum desses países é o risco que corre ao longo do percurso aéreo, o qual incluiria diversos países europeus aliados a Washington.
Nisso tudo, uma coisa clara: Snowden ainda tem muito a revelar, e há rumores de que isso inclui os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque e Washington, os quais impulsionaram a suposta Guerra ao Terror dos EUA, desde a administração de George Bush (2001-2009) até hoje, e que deve se prolongar por muitos anos ainda. Snowden confirmou que a vigilância do governo de seu país sobre o Brasil são enormes, conforme revelou o diário brasileiro O Globo [leia reportagem com apresentação de documentos oficiais em Brasil, o Mais Vigiado do Mundo (role a tela)].
Outro ponto é certo em meio a tudo isso: se as denúncias de Snowden envolvessem algum país que não pertencesse à chamada "comunidade internacional", que engloba estados ocidentais, principalmente se não afetasse os interesses dos EUA, seria considerado heroi mundial pela mídia predominante internacional e por praticamente todos os governos do mundo, os quais mantêm hoje cínico silêncio.