

Conteúdo (com ligações):
PODER & CORRUPÇÃO
Jornalismo ou Usina de Ideias?

ESPIONAGEM MASSIVA MADE IN USA
Jornalismo Brasileiro, a Serviço de Washington
OBSERVANDO O OBSERVADOR
Análise Infeliz do Chefe do Observatório da Imprensa
ESPIONAGEM MASSIVA 'MADE IN USA'
A Quem Serve o Jornalismo Brasileiro?
MÍDIA PREDOMINANTE & 'ALTERNATIVA'
O Be a Bá da Manipulação

JORNALISMO EM CRISE
Retórica ou Morte
ESPIONAGEM MASSIVA 'MADE IN USA'
Google "Chocada": Coelho da Páscoa Existe
JORNALISMO EM CRISE
12 Leitores Bem Informados ou 1.200 Bobos-Alegres?
CARTA ABERTA: JORNAL O ESTADO DE S. PAULO
Cinismo e Efeito Bumerangue
10 ANOS DE RETÓRICA PETISTA

A Irregenerável Mídia Brasileira
GUERRA SANTA SEM FIM
Filme Norte-Americano Ataca o Islã
POR TRÁS DAS CORTINAS DO JORNALISMO INTERNACIONAL
Entrevista do Afeganistão Distorcida - Apresentamos a Original
PAIXÃO BANDIDA
O Jornalismo Esportivo e a Arte de Emburrecer as Pessoas
BOLÍVIA
Intimidação a Jornalistas Atinge Edu Montesanti, de Pravda.ru e teleSUR
Artificialidade do Movimento 'Globo Lixo', e a Irracionalidade do Brasileiro Médio (abaixo)
Mito da Mídia Alternativa no Brasil: O Que É e O Que Não É (abaixo)
OBSERVANDO O 'OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA'
Oligopólio da Comunicação, Liberdade de Expressão e Direitos Humanos (abaixo)
HISTÓRIA SUJA DE HOLLYWOOD
O Cinema como Instrumento de Idiotização em Massa (abaixo)
Quando se descobriu que a informação era um negócio, a verdade deixou de ser importante
Ryszard Kapuściński, jornalista e escritor polonês (1932-2007)
Ryszard Kapuściński, jornalista e escritor polonês (1932-2007)
Documentário Meeting the Moment, produzido por International Press Institute,
relatando a luta desta organização por liberdade de imprensa e integridade jornalística
relatando a luta desta organização por liberdade de imprensa e integridade jornalística
O objetivo da Imprensa não é informar, transmitir fatos claros e objetivos, senão incitar, estimular, mover.
Para nós, a Imprensa é propagandista através de meios jornalísticos. Para nós, a Imprensa tem a
tarefa de ganhar as amplas massas populares para o nacional-socialismo
Joseph Goebbels, ministro de Propaganda de Hitler, no livro A Luta e Seus Meios, 1934
Para nós, a Imprensa é propagandista através de meios jornalísticos. Para nós, a Imprensa tem a
tarefa de ganhar as amplas massas populares para o nacional-socialismo
Joseph Goebbels, ministro de Propaganda de Hitler, no livro A Luta e Seus Meios, 1934
www.edumontesanti.skyrock.com
para quem não se contenta apenas com notícia, mas requer a verdade dos fatos em contexto
Artificialidade do Movimento 'Globo Lixo', e a Irracionalidade do Brasileiro Médio
Fosse a verborrágica onda contra a Rede Globo uma sobriamente honesta crítica de mídia, não estaria ainda o
"Judas em Sábado de Aleluia" da vez do brasileiro, manipulando seu imaginário. Caso Lula/Moro/Lava-Jato é o
mais recente e gritante exemplo da hipocrisia que norteia o movimento contra a maior organização midiática do Brasil
"Judas em Sábado de Aleluia" da vez do brasileiro, manipulando seu imaginário. Caso Lula/Moro/Lava-Jato é o
mais recente e gritante exemplo da hipocrisia que norteia o movimento contra a maior organização midiática do Brasil
16 de dezembro de 2020 / Publicado no Observatório da Imprensa
Dispensa comentários o poder canalha da dona Rede Globo, que nasceu como fruto da tramoia entre os porões da ditadura militar sustentada pela histérica e davastadora elite brasileira, com a Time-Life dos Estados Unidos que, em estreita parceria com a C.I.A., financiou secretamente o "doutor" Roberto Marinho.
Aplicar golpes, eleger e derrubar presidentes - inclusive derrubar os que ela mesma, praticando o anti-jornalismo mais baixo, colocou no poder: eis um resumo fiel da história da Rede Globo. E este autor tem se caracterizado, desde tempos de estudante de Jornalismo à publicação de artigos, reportagens e um livrinho, por criticar e denunciar as Organizações Globo.
Posto isso, vamos direto ao assunto, aos pontos que evidenciam a artificialidade total do movimento "Globo Lixo", mais uma onda criada por algum componente do obscurantismo brasileiro que deve ser desvendado. O mesmo obscurantimo que alegam combater: perigosa onda.
A Globo não tem nada de diferente de tudo o que o Estado brasileiro concede ao setor comunicacional, em geral. O que ela tem, é mais poder que as concorrentes.
A Globo tem produzido, ao longo de sua historia, grandes reportagens e outras apresentaççes de grandçssimo nível tais como excelentes novelas, inclusive do ponto de vista educativo com destaque a Roque Santeiro, que ousou escancar a realidade do poder político de mãos dadas com o "religioso", usando e abusando da boa fé das multidões mais ignorantes. Na área do jornalismo, basta lembrarmo-nos de Tim Lopes, com a devida reverência.
Colocar a Globo como o Grande Satã brasileiro ao invés de se exercer críticas sobriamente justas à mídia brasileira como um todo, significa nada mais que abrir vácuo para que outra organização semelhante - muito provavelmente, ainda mais nociva - ocupe seu lugar, tão somente obtenha poder para isso.
O que está, de fato, ocorrendo a passos largos sem que a maioria da sociedade brasileira se dê conta disto: uma rede que nasceu do dinheiro oriundo não de alguma organização midiática estrangeira, mas de um bando criminoso.
Seu jornalismo e sua rede de artistas, cujos patrões pertecem a uma comprovada quadrilha, nunca estiveram ao nível da Rede Globo - já causando danos piores ao Brasil que a própria Globo, cujo dono é uma das figuras mais baixas, nojentas da história do País.
Massacrar apenas a Rede Globo significa, automaticamente no subconsciente coletivo, desqualificar os profissionais que ali trabalham ou já trabalharam, muitos honestos e de excelente nível, profissional e pessoal.
E a Globo tem muito a ser elogiada, como colocado anteriormente. Já contribuiu bastante com o Brasil e uma critica honesta deve, igualmente, enfatizar esta realidade. Inclusive, insista-se, para não se abrir porteira aos oportunistas da mídia, e seus políticos de estimação. Para que não seja um movimento manipulador das massas, cegando-as diante da realidade.
Em seus fatores positivos, quiçá inigualável diante das concorrentes. Vale destacar: seus profissionais em greal sempre elogiaram profunda e publicamente a retidão para com eles, por parte do chefe Roberto Marinho, bem distante de escândalos como o caso dos pastores explorados e manipulados de Angola, por exemplo, tratados a milho e água pelo empresário "bispo" Edir Macedo - capaz de financiar até a própria sombra para extorquir a própria mãe, por poder e dinheiro.
Norteado pela hipocrisia e histeria ao invés da racionalidade, peculiares em nossa sociedade, o que esse movimento "Globo Lixo" faz é estender o tapete vermelho para que a Rede Record assuma o posto de maior manipuladora do poder nacional, movendo como deseje e para onde bem queira seus milhões de fantoches, cegados enquanto se consideram supra-sumos críticos de mídia, e paladinos da verdade e da justiça, "inconformados" com manipulação midiática. "Ninguém está mais escravizado, que aquele que acredita falsamente ser livre". dizia Goethe.
Se o movimento em questão não fosse artificial, não estaria ainda a mesma Rede Globo manipulando amplamente o imaginário coletivo permeando todas as classes brasileiras, ironicamente os mesmos enraivecidos "inconformados". O caso Lula-Moro é o mais recente e gritante exemplo da irracionalidade do conteúdo das críticas do brasileiro médio à Globo. Grande parte da sociedade se pauta pelo que diz a Globo, e por todas as outras emissoras manipuladoras do destino do Brasil.
Movimento tão desonesto, que não deve tardar para que o próprio Lula volte com o pires na mão diante da Globo uma vez candidato a presidente, ou já presidente da República (este comunicador aposta que, como candidato, Lula uma vez mais se antecipará, abanando o rabo à Globo o que, aliás, já tem sido esboçado).
Deve ser implantado no Brasil o que existe em países sul-americanos como Uruguai, Argentina e Chile, além de Estados Unidos e Europa: leis de imprensa para que haja uma mídia responsável - regulação que também impedirá que empresários da fé monopolizem a mídia -, ao invés de a sociedade ingenuamente achar que pode contar com a boa vontade de proprietários dos meios de comunicação para que ajam com a ética esperada por amor à TV e ao País. Isto sim, deveria estar sendo amplamente debatido entre a sociedade brasileira.
Mito da Mídia Alternativa no Brasil: O Que É e O Que Não É
"Do entusiasmo à impostura, o passo é perigoso e escorregadio; Sócrates oferece memorável exemplo de como um sábio pode enganar a si mesmo, um homem bom pode enganar os outros, a consciência pode dormir em estado misto e médio entre auto-ilusão, e fraude voluntária"
Edward Gibbon, no livro The Decline and Fall of the Roman Empire
Edward Gibbon, no livro The Decline and Fall of the Roman Empire
23 de outubro de 2017 / Publicado em Pravda Brasil e em Global Research (Canadá)
O que anda se considerando mídia alternativa no Brasil acompanha a baixíssima estatura intelectual e a politicagem mais descarada que marcam este país. Aproveitando-se dessa atmosfera insuportável - aí está a trágica realidade para, mais que nunca, não nos deixar mentir -, os barões de saitecos, jornalecos e revistecas travestidos de alternativos, vendem implicitamente em sua prática do antijornalismo a paupérrima ideia de que o são por noticiar, sistematicamente, apenas um lado da questão (neste caso, o que julgam o monopólio do discurso progressista do País) e por serem tendenciosos, pendendo abertamente para este lado diverso da tão combatida grande mídia podre.
Apesar do verniz livre e independente, em nada se diferenciam dos que com tanta fúria combatem - e cerceiam a liberdade de expressão de jornalistas decentes tanto quanto a grande mídia, apenas por contrariar os interesses político-partidários que os sustentam. E creia-se: nas editorias de grande parte da mídia "alternativa" o que há de indivíduos recebendo o famoso jabá do Partido dos Trabalhadores, em outras palavras esfregando na cara de seus colegas menos favorecidos o socialismo enquanto gozam do capitalismo mais podre, é uma enormidade nojenta!
O que caracteriza mídia alternativa NÃO é o fato de noticiar as últimas tendências, por exemplo, do PT, PSTU, PSoL e por aí vai, nem ser mais simpático à causa a ou b e nem, necessariamente, acionar constantemente o trombone contra a grande mídia, mas sim a prática jornalística baseada nas palavras de Michel Foucault, "não é através da ideologia que se molda o social, mas através da verdade": simples assim! Tais palavras resumem perfeitamente os quatro princípios básicos do oficio: objetividade, transparência, ética e imparcialidade.
Para ficar ainda mais fácil aos leitores identificar o que é e o que não é mídia alternativa: dos que babam ovo para declarações e promessas de políticos, no mínimo comece a desconfiar considerando seriamente a possibilidade de se tratar de panfletagem política, travestida de jornalismo alternativo.
Isso porque o jornalismo de verdade discute ampla e profundamente, policia, fiscaliza, investiga, critica, causa temor na classe política do Brasil, antro de politiqueiros demagogos em todos os espectros fazendo reinar o típico e gritante vira-latismo tupiniquim, baseado no profundamente irritante, indignante "todo mundo faz", ou ainda "é asim mesmo", pois, afinal de contas, "não há outro jeito" no Brasil.
Como disse Thomas Jefferson: "Se me deixassem decidir se devemos ter um governo sem jornais ou jornais sem governo, eu não hesitaria, por algum momento, em preferir o último". E aqui vai outra dica: existe mais semelhança da mídia "alternativa" brasileira com essas observações de Jefferson, feitas no início do século XIX, ou ela está mais para o aspecto de porta-voz de "algum" grande partido de "esquerda", hein?! Pois é. E isso não é, em si, nada alternativo! Ser tendencioso alternativamente não é nem pode se tornar sinônimo de jornalismo alternativo, Brasil! Basta de cinismo neste país!!
Exemplo de tendencionismo alternativo: noticiar campanhas presidenciais de Luiz Inácio' 2018 Brasil afora, inclusive no Nordeste do país portando alegremente chapeuzinho tradicional local, porém "pular", isto é, omitir a informação do público quando o ex-presidente da República divide dias depois, na mesma região brasileira, palanque com figuras tétricas como o senador quadrilheiro Renan Calheiros, valendo, por parte de Luiz Inácio ao cacique alagoano, pai do golpe contra Dilma Rousseff e um dos políticos mais corruptos do País, o título de admirável, independente e corajoso (!).
O que há, caro leitor, de alternativo nesta prática do antijornalismo em relação ao que faz diariamente a grande mídia, apenas com o diferencial de pender a balança hipócrita para outro lado? Nada! (Sobre o encontro fraternal de Luiz Inácio com Calheiros em setembro de 2017, leia Clamor do General Mourão por Ditadura e Eterno Abraço de Luiz Inácio no Capeta).
Tomemos como exemplo, outrossim, a mídia alternativa norte-americana, em geral não tão alternativa quanto se proclama, especialmente Truth Out que além de se recusar a abordar as contradições e mentiras do 11/9, os crimes dos Estados Unidos no Oriente Médio mais a fundo e possuir um forte aspecto de Hillary Clinton, por outro lado possui cara politico-partidária e personalista bem menor que a brasileira, esta enormemente escancarada, tão sofrível.
Em geral, a prática da mídia alternativa global é bem diferente da praticada na autodenominada mídia "alternativa" do Brasil, aquela voltada muito mais a ideias, projetos e à apuração da verdade dos fatos que a "determinado" partido e personagem político como no caso brasileiro, de maneira marcante.
Portanto, noticiar sistematicamente promessas de campanha de um candidato que se identifica mais com as causas sociais, tampouco caracteriza mídia alternativa por si só, mas o quanto se dá voz a todos os outros mostrando todos os seus lados, discutindo-se a questão em seu contexto mais amplo e de maneira crítica como manda o jornalismo, em nada identificado com partido político nem muito menos com personalismo quando praticado de maneira genuína, honesta, alternativa de verdade em relação ao "jornalismo" da mídia tradicional.
Qualquer outra coisa que fuja disso é panfletagem disfarçada de mídia "livre" e "independente" (que cada vez menos enganam o público) ou, no português mais claro, falta de vergonha na cara, a outra face de uma mesma moeda politiqueiro-midiática. E repita-se: há jornalistas "socialistas" desta estirpe, posando como paladinos da verdade, justiceiros jornalísticos empesteando aos montes as Redações da tal mídia "alternativa" tupiniquim de péssimo gosto, e pouqíssimo eficaz: aí está a realidade.


OBSERVANDO O 'OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA'
Oligopólio da Comunicação, Liberdade de Expressão e Direitos Humanos
Barões da mídia recusam-se a discutir Leis de Imprensa, covardia hereditária liderada por ele: Dines, auto-intitulado observador da mídia.
Previstas na Constituição brasileira e existentes nos Estados mais avançados do mundo, são o único meio capaz de democratizar a mídia
Previstas na Constituição brasileira e existentes nos Estados mais avançados do mundo, são o único meio capaz de democratizar a mídia
Novembro de 2016 / Publicado no Pravda Brasil (Rússia), e em Global Research (Canadá)
Republicado por The Fringe News (Estados Unidos)
Em um país com alicerces democráticos frágeis, para dizer o mínimo, um auto-denominado Observatório da Imprensa (OI) não poderia ser dirigido por nenhum outro "jornalista" senão ele, quem retrata perfeitamente a "democracia" e a ultrapassada mídia tupiniquim: Alberto Dines, declarado sionista que promoveu o golpe cívico-militar-midiático-empresarial de 1964 no Brasil (fato não confessado pelo covarde dito-cujo, mas documentado). E não poderia ter sido sustentado, até recentemente e durante a maior parte de sua existência, por outra organização a não ser a tal de Ford Foundation, bem-conhecida ONG de fachada da CIA.
Semanalmente publicando no sítio do OI de dezembro de 2012 a março de 2014, este autor praticava contra-informação em relação à mídia oligárquica e se diferenciava do editor Dines por apontar diversos desvios midiáticos como defesa dos interesses dos que a sustentam, isto é, dos políticos e do alto empresariado além do próprio imperialismo norte-americano, e não como meros "equívocos jornalísticos" por inaptidão ou afã de publicar, padrão mantido precariamente pelo "observador midiático do Brasil", amigo íntimo e admirador de personagens como Roberto Civita, proprietário da famigerada editora Abril e editor da revista Veja, já falecido.
Em meados de 2013 no OI, este autor ousou quebrar o protocolo mais "ético" no hall dos puxa-sacos e observou o observador, alegando que ninguém estava acima do bem e do mal e, por isso mesmo, nem da crítica: afinal, se observávamos semanalmente a tudo e a todos, por que não sermos igualmente observados? Pois a observação crítica deu-se quando Dines, tentando desviar a atenção da gravidade da espionagem globalmente descomedida do regime de Washington revelada por Edward Snowden, especialmente contra o Brasil (indiscriminadamente o mais espionado do mundo então), alegou que a indignação de determinados setores nacionais (incluindo a deste autor) não apenas em relação aos Estados Unidos mas também a própria mídia predominante que nunca deu a devida seriedade ao caso (há muito, já o esqueceu).. devia-se a "ressentimento contra os Estados Unidos, motor da política deste país há tantas décadas", segundo o "crítico" de jornalismo.
Por outro lado, o pretendo mestre de um bando de jornalistas aloprados negou-se, covardemente e em concordância com a mídia comercial, a aprofundar-se na própria questão em si - das mais sérias, que fere as relações internacionais de maneira dramática. Logo, esqueceu o "caso" (um escândalo minimizado por ele, e por quem ele diz fiscalizar), da mesma forma que se portou, vale salientar, em relação a outro escândalo, o de WikiLeaks: no início, o lambedor de botas dos milicos que hoje pega cinicamente o bonde democrático brasileiro, limitou-se a discuti-lo segundo as Teorias do Jornalismo (Julian Assange tem trazido informação ou informe? Eis a questão...) falando tecnicamente para um grupinho de pessoas e não à sociedade, desta maneira esquivando-se, com um precário quê de intelectualidade, da essência que envolve os podres segredos de Estado dos Estados Unidos. Dines, o auto-intitulado observador da Imprensa tupiniquim, jamais discutiu minimamente ambas as questões, apenas dedicou-se ao trabalho de rotular as poucas vozes que se deram ao trabalho de executar o serviço que ele reivindica, mentirosamente, a si mesmo.
Obviamente, o fato deste autor sofrer de intolerância crônica contra demagogia e puxa-saquismo acabou gerando mal-estar naquele meio que não preza nem nunca prezou pela liberdade de expressão, pela verdade dos fatos, por uma mídia verdadeiramente livre. Alguns meses depois, acabou insustentável a permanência deste autor ali entre publicações que remavam totalmente contra a maré e faziam o editor-chefe do OI, travestido de democrata, correr atrás do próprio rabo:
Defesa da Revolução Bolivariana na Venezuela como democrática e profundamente voltada à justiça social, do Mercosul, da democracia de Cuba e da mídia alternativa; denúncias de narcotráfico por parte de sionistas e da CIA; reportagens afirmando que quem ataca com bombas químicas na Síria, ao contrário do senso comum, são os denominados pelas grandes potências e pela mídia predominante de "rebeldes moderados" os quais, apoiados por Washington e aliados, nada mais são que membros de Estado Islamita e Al-Qaeda; fatos que comprovam que a elite brasileira é uma das mais ignorantes e agressivas do planeta, e que Julian Assange e Edward Snowden são heróis mundiais, não vilões nem meros objetos de estudo segundo as Teorias do Jornalismo.
Farol direto nos olhos do morcego, na contramão da tendência imposta pela ditadura da informação por parte da mídia predominante seguida fielmente pelo autodenominado fiscal dela, Alberto Dines, peça importante, isto sim, do grande teatro democrático que vivemos.
Leis de Imprensa, o Pesadelo da Ditadura da Informação
Pois a publicação do dia 29 de outubro de 2016 a ser brevemente observada aqui não é de Dines, mas retrata a hipocrisia que marca aquele meio e a grande mídia em geral, a mesma covardia intelectual que faz Dines desconversar quando questionado se promoveu o golpe de 64 (na última vez, o mestre da rotulagem mais baixa e da fraseologia saiu pela tangente qualificando o escritor que publicou livro sobre sua fundamental participação no golpe, de "cão raivoso"). A "análise" midiática a seguir marca também, pontualmente, a própria "posição" do OI: a da omissão já que Dines passa longe da discussão a seguir, na condição de ilustre representante das oligarquias.
Plínio Lopes, estudante de Jornalismo, analisou (muito bem) a forma sensacionalista do "jornalismo" policial que, muitas vezes, fere gravemente a garantia constitucional da presunção da inocência, expõe inocentes ou suspeitos ainda não julgados, gerando assim mais ódio e violência.
Tudo isso é correto, até Lopes concluir que o "jornalismo" policial precisa se reinventar. O que as medíocres faculdades de Jornalismo - indústrias do diploma, elitistas e formadoras de idiotas por excelência - e Dines jamais colocam em questão, seguidos fielmente pelo discípulo de turno, é que o jornalismo brasileiro em geral precisa, como em qualquer Estado democrático ao redor do mundo, de regulação, isto é, obedecer leis de Imprensa que, neste País, inexistem embora estejam previstas no artigo 220 da Constituição Federal.
Além de regras para a prática jornalística (todos os segmentos no Brasil, ao menos e tese, estão submetidos a leis com exceção dos "mini-deuses" jornalistas), Leis de Imprensa serviriam para desfazer o acentuado oligopólio midiático que faz o Brasil viver uma verdadeira ditadura da informação, além de aniquilar culturas regionais em um país com dimensões continentais que tenta impor a "cultura" oligárquica do eixo Rio-São Paulo. Glorificar os iguais e ser intolerante com as diferenças é matéria-prima de regimes ditatoriais, que se impõem pela força e pela imbecilização da sociedade, retirando desta a capacidade de pensar e de questionar, e a necessidade de ter memória.
Porém, amedrontados com o fato de que seus lucros possam ser diminuídos, os proprietários dos grandes meios de comunicação tupiniquins, através de seus jornalistas-fantasia, vendem a ideia que Leis de Imprensa imporiam uma ditadura da informação ao País e prejudicariam economicamente as já moribundas empresas de mídia: mais uma completa inversão de papéis da mídia de manipulação e embaralhamento do entendimento coletivo.
Oligarquia Midiática Brasileira
No Brasil, as cinco principais emissoras de TV controlam, direta ou indiretamente, 274 redes (65% do total). Só a rede Globo controla 61,5% de TVs UHF; 40,7% dos jornais; 31,8% de TVs VHF; 30,1% das emissoras de rádio AM e 28% das FM.
A revista britânica The Economist, altamente conservadora, afirmou em 2014 que a concentração de audiência no Brasil é absurda, sugerindo que a então presidente Dilma deveria regular a Imprensa local, fazendo comparações com a mídia dos Estados Unidos - país fortemente liberal do ponto de vista econômico - a fi de constatar e quanto a mídia brasileira é anti-democrática.
Já em 2013, a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pontuou que, no Brasil, "dez principais grupos econômicos, de origem familiar, continuam repartindo o mercado da comunicação de massa", observando ainda que o monopólio midiático no País parece "pouco modificado, 30 anos após a ditadura militar (1964-1985)", definindo-o como o "país dos 30 Berluconis", referindo-se ao magnata da mídia e ex-primeiro ministro italiano condenado por corrupção, Silvio Berlusconi.
Nada fere tanto a liberdade de expressão da sociedade quanto esse monopólio da informação, a ditadura da grande mídia protagonista de batalhas inter-burguesas em um país que, nem poderia ser diferente, vive um sistema político de Partido Único, embuste com diversidade de siglas como máscara democrática diante de uma sociedade, em geral, completamente dessituada..
Diversidade Comunicacional: Direito Humano Fundamental
A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, no artigo 19, destaca que “todo indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras”.
O Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, também em seu artigo 19, prevê: “Toda pessoa terá o direito à liberdade de expressão; esse direito incluirá a liberdade de procurar, receber e difundir informações e ideias de qualquer natureza, independentemente de considerações de fronteiras, verbalmente ou por escrito, de forma impressa ou artística, ou por qualquer meio de sua escolha”.
No âmbito das Américas, a Convenção Americana de Direitos Humanos, conhecida como Pacto de San José da Costa Rica e assinada pelos membros da Organização dos Estados Americanos (OEA), declara no artigo 13 que “toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento e de expressão. Esse direito inclui a liberdade de procurar, receber e difundir informações e ideias de qualquer natureza, sem considerações de fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em forma impressa ou artística, ou por qualquer meio de sua escolha”.
Diversidade Cultural, Decência e Honestidade Jornalística: Sem Lei Não Há Democracia nem Liberdade
Diante disso tudo, é evidente que além de leis que desfaçam os oligopólios midiáticos faz-se necessária (e urgente) também uma regulação que proíba a difusão de conteúdos indecentes e violentos; que garanta direitos de resposta e que impeça produções jornalisticamente imprecisas inclusive em legendas de imagens, tudo isso a fim de se evitar ao máximo notícias falsas e caluniadoras.
A regulação da mídia deve garantir, em canais de TV e estações de rádio, certo espaço para programas comunitários e independentes, determinadas horas semanais a programas educativos, infantis e culturais - neste último caso valorizando os regionalismos em um país com dimensões continentais. Lembremos que poderes de dominação e de exploração apoiam-se, primeiramente, na aniquilação da cultura que leva á perda de identidade e da consciência cidadã do indivíduo; sempre foi assim ao longo da história, e assim tem sido nos dias de hoje através de imperialismo e subimperialismos (sobre isso, leia Valorização Cultural como Auto-Afirmação da Nossa Identidade, mais abaixo).
Tudo isso, como ocorre em países da Europa central, Argentina, Equador, Venezuela, Bolívia e Estados Unidos de maneira muito semelhante. Apesar das profundas distorções da grande mídia brasileira em relação às leis de imprensa dos países sul-americanos, classificando-os de cerceadores da liberdade de expressão, de maneira bastante hipócrita não se questiona isso quando se trata de norte-americanos e europeus, muito pelo contrário.
Isso porque a essência dessas leis é absolutamente democrática em todos os sentidos, fazendo com que a prática jornalística também deva seguir leis e prestar contas pois em democracia, ninguém pode estar acima do bem e do mal - liberdade sem leis nada mais é que tirania disfarçada. Toda e qualquer suposta notícia que seja essencialmente leviana, deve ser o suficiente para levar jornalistas, editores, proprietários de meios de comunicação e todos os envolvidos ao banco dos réus. Simples assim.
Portanto, a liberdade de expressão e de informação trata-se de direito fundamental do ser humano. Mas não se deve, ingenuamente, esperar que, no sistema capitalista que visa o lucro, as empresas de mídia voluntária e altruisticamente esqueçam os índices de audiência e se reinventem, que se auto-democratizem movidas pelo amor ao ofício jornalístico, à liberdade de expressão e ao exercício da cidadania.
Apesar de tudo isso estar previsto na própria Constituição brasileira, conforme argumentado mais acima, no Brasil um simples debate sobre regulação midiática está completamente interditado por argumentos falsos por parte dos barões da mídia (que trompeteiam, sem se aprofundar na discussão, que elas feririam a liberdade de expressão), por omissão de muitos meios alternativos e por falta de vontade política (entre tal classe sobra oportunismo neste sentido, sendo desnecessário, aqui, estender-se no porquê do excesso de cinismo entre os políticos brasileiros quando leis de imprensa são o assunto).
Contra a Covardia Político-Intelectual
A presidente Dilma foi derrubada do cargo não apenas inconstitucionalmente, como também de maneira muito baixa por seus encarregados mais próximos (como Michel Temer), sem espaço para apresentar sua versão dos fatos no mesmo oligopólio midiático que sempre se recusou a regular, sob o pífio e oportunista argumento de que a sociedade possui controle remoto (como se houvesse pluralidade; tanto não há nem nunca houve, que ela caiu sem poder fazer sua voz chegar à maioria da sociedade), e o sítio que se intitula fiscal da Imprensa, jamais contraria os interesses mesquinhos, justamente, da grande mídia oligárquica de imbecilização em massa (e, consequentemente, as massas também foram, histericamente e de maneira vazia bem ao estilo midiático, impiedosas com a presidente, tão agressivas quanto sem conteúdo nos ataques, mais que tudo pessoais contra uma das poucas no cenário político nacional sem acusação por corrupção, a que pesem seus verdadeiros fracassos econômicos que mereciam fortes críticas - como fazia este autor, desde que Dilma Rousseff assumiu a Presidência - e de intensos protestos).
Sem democratização da mídia não haverá, jamais, jornalismo minimamente ético no Brasil, a liberdade de expressão continuará seriamente comprometida e, consequentemente já que mídia é primordial para a concepção de valores e ideias e influência de comportamentos, a própria democracia e o senso cidadão seguirão da mesma maneira: paupérrimos no País.
E sem essa discussão, terminantemente recusada pelos covardes intelectuais da grande mídia oligárquica brasileira, as mais diversas análises terminarão na essência vazias, efêmeras enfim, uma série de palavras jogadas ao vento ou, na melhor das hipóteses como no artigo do estudante Plínio Lopes, tratarão das implicações em questão pela metade sem abordagem das causas reais nem soluções para manipulações e sensacionalismo midiático.