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XXXV. MÍDIA EM QUESTÃO


XXXV. MÍDIA EM QUESTÃOXXXV. MÍDIA EM QUESTÃO

Conteúdo (com ligações):

PODER & CORRUPÇÃO
Jornalismo ou Usina de Ideias?
XXXV. MÍDIA EM QUESTÃO

ESPIONAGEM MASSIVA MADE IN USA
Jornalismo Brasileiro, a Serviço de Washington


OBSERVANDO O OBSERVADOR
Análise Infeliz do Chefe do Observatório da Imprensa


ESPIONAGEM MASSIVA 'MADE IN USA'
A Quem Serve o Jornalismo Brasileiro?


MÍDIA PREDOMINANTE & 'ALTERNATIVA'
O Be a Bá da Manipulação
XXXV. MÍDIA EM QUESTÃO

JORNALISMO EM CRISE
Retórica ou Morte


ESPIONAGEM MASSIVA 'MADE IN USA'
Google "Chocada": Coelho da Páscoa Existe


JORNALISMO EM CRISE
12 Leitores Bem Informados ou 1.200 Bobos-Alegres?


CARTA ABERTA: JORNAL O ESTADO DE S. PAULO
Cinismo e Efeito Bumerangue


10 ANOS DE RETÓRICA PETISTAXXXV. MÍDIA EM QUESTÃO
A Irregenerável Mídia Brasileira


GUERRA SANTA SEM FIM
Filme Norte-Americano Ataca o Islã


POR TRÁS DAS CORTINAS DO JORNALISMO INTERNACIONAL
Entrevista do Afeganistão Distorcida - Apresentamos a Original


PAIXÃO BANDIDA
O Jornalismo Esportivo e a Arte de Emburrecer as Pessoas


BOLÍVIA
Intimidação a Jornalistas Atinge Edu Montesanti, de Pravda.ru e teleSUR


Artificialidade do Movimento 'Globo Lixo', e a Irracionalidade do Brasileiro Médio (abaixo)

Mito da Mídia Alternativa no Brasil: O Que É e O Que Não É (abaixo)

OBSERVANDO O 'OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA'
Oligopólio da Comunicação, Liberdade de Expressão e Direitos Humanos (abaixo)

HISTÓRIA SUJA DE HOLLYWOOD
O Cinema como Instrumento de Idiotização em Massa
(abaixo)



Quando se descobriu que a informação era um negócio, a verdade deixou de ser importante
Ryszard Kapuściński, jornalista e escritor polonês (1932-2007)


Documentário Meeting the Moment, produzido por International Press Institute,
relatando a luta desta organização por liberdade de imprensa e integridade jornalística

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O objetivo da Imprensa não é informar, transmitir fatos claros e objetivos, senão incitar, estimular, mover.
Para nós, a Imprensa é propagandista através de meios jornalísticos. Para nós, a Imprensa tem a
tarefa de ganhar as amplas massas populares para o nacional-socialismo

Joseph Goebbels, ministro de Propaganda de Hitler, no livro A Luta e Seus Meios, 1934


www.edumontesanti.skyrock.com

para quem não se contenta apenas com notícia, mas requer a verdade dos fatos em contexto


Artificialidade do Movimento 'Globo Lixo', e a Irracionalidade do Brasileiro Médio

Fosse a verborrágica onda contra a Rede Globo uma sobriamente honesta crítica de mídia, não estaria ainda o
"Judas em Sábado de Aleluia" da vez do brasileiro, manipulando seu imaginário. Caso Lula/Moro/Lava-Jato é o
mais recente e gritante exemplo da hipocrisia que norteia o movimento contra a maior organização midiática do Brasil

16 de dezembro de 2020 / Publicado no Observatório da Imprensa


Dispensa comentários o poder canalha da dona Rede Globo, que nasceu como fruto da tramoia entre os porões da ditadura militar sustentada pela histérica e davastadora elite brasileira, com a Time-Life dos Estados Unidos que, em estreita parceria com a C.I.A., financiou secretamente o "doutor" Roberto Marinho.

Aplicar golpes, eleger e derrubar presidentes - inclusive derrubar os que ela mesma, praticando o anti-jornalismo mais baixo, colocou no poder: eis um resumo fiel da história da Rede Globo. E este autor tem se caracterizado, desde tempos de estudante de Jornalismo à publicação de artigos, reportagens e um livrinho, por criticar e denunciar as Organizações Globo.

Posto isso, vamos direto ao assunto, aos pontos que evidenciam a artificialidade total do movimento "Globo Lixo", mais uma onda criada por algum componente do obscurantismo brasileiro que deve ser desvendado. O mesmo obscurantimo que alegam combater: perigosa onda.

A Globo não tem nada de diferente de tudo o que o Estado brasileiro concede ao setor comunicacional, em geral. O que ela tem, é mais poder que as concorrentes.

A Globo tem produzido, ao longo de sua historia, grandes reportagens e outras apresentaççes de grandçssimo nível tais como excelentes novelas, inclusive do ponto de vista educativo com destaque a Roque Santeiro, que ousou escancar a realidade do poder político de mãos dadas com o "religioso", usando e abusando da boa fé das multidões mais ignorantes. Na área do jornalismo, basta lembrarmo-nos de Tim Lopes, com a devida reverência.

Colocar a Globo como o Grande Satã brasileiro ao invés de se exercer críticas sobriamente justas à mídia brasileira como um todo, significa nada mais que abrir vácuo para que outra organização semelhante - muito provavelmente, ainda mais nociva - ocupe seu lugar, tão somente obtenha poder para isso.

O que está, de fato, ocorrendo a passos largos sem que a maioria da sociedade brasileira se dê conta disto: uma rede que nasceu do dinheiro oriundo não de alguma organização midiática estrangeira, mas de um bando criminoso.

Seu jornalismo e sua rede de artistas, cujos patrões pertecem a uma comprovada quadrilha, nunca estiveram ao nível da Rede Globo - já causando danos piores ao Brasil que a própria Globo, cujo dono é uma das figuras mais baixas, nojentas da história do País.

Massacrar apenas a Rede Globo significa, automaticamente no subconsciente coletivo, desqualificar os profissionais que ali trabalham ou já trabalharam, muitos honestos e de excelente nível, profissional e pessoal.

E a Globo tem muito a ser elogiada, como colocado anteriormente. Já contribuiu bastante com o Brasil e uma critica honesta deve, igualmente, enfatizar esta realidade. Inclusive, insista-se, para não se abrir porteira aos oportunistas da mídia, e seus políticos de estimação. Para que não seja um movimento manipulador das massas, cegando-as diante da realidade.

Em seus fatores positivos, quiçá inigualável diante das concorrentes. Vale destacar: seus profissionais em greal sempre elogiaram profunda e publicamente a retidão para com eles, por parte do chefe Roberto Marinho, bem distante de escândalos como o caso dos pastores explorados e manipulados de Angola, por exemplo, tratados a milho e água pelo empresário "bispo" Edir Macedo - capaz de financiar até a própria sombra para extorquir a própria mãe, por poder e dinheiro.

Norteado pela hipocrisia e histeria ao invés da racionalidade, peculiares em nossa sociedade, o que esse movimento "Globo Lixo" faz é estender o tapete vermelho para que a Rede Record assuma o posto de maior manipuladora do poder nacional, movendo como deseje e para onde bem queira seus milhões de fantoches, cegados enquanto se consideram supra-sumos críticos de mídia, e paladinos da verdade e da justiça, "inconformados" com manipulação midiática. "Ninguém está mais escravizado, que aquele que acredita falsamente ser livre". dizia Goethe.

Se o movimento em questão não fosse artificial, não estaria ainda a mesma Rede Globo manipulando amplamente o imaginário coletivo permeando todas as classes brasileiras, ironicamente os mesmos enraivecidos "inconformados". O caso Lula-Moro é o mais recente e gritante exemplo da irracionalidade do conteúdo das críticas do brasileiro médio à Globo. Grande parte da sociedade se pauta pelo que diz a Globo, e por todas as outras emissoras manipuladoras do destino do Brasil.

Movimento tão desonesto, que não deve tardar para que o próprio Lula volte com o pires na mão diante da Globo uma vez candidato a presidente, ou já presidente da República (este comunicador aposta que, como candidato, Lula uma vez mais se antecipará, abanando o rabo à Globo o que, aliás, já tem sido esboçado).

Deve ser implantado no Brasil o que existe em países sul-americanos como Uruguai, Argentina e Chile, além de Estados Unidos e Europa: leis de imprensa para que haja uma mídia responsável - regulação que também impedirá que empresários da fé monopolizem a mídia -, ao invés de a sociedade ingenuamente achar que pode contar com a boa vontade de proprietários dos meios de comunicação para que ajam com a ética esperada por amor à TV e ao País. Isto sim, deveria estar sendo amplamente debatido entre a sociedade brasileira.


Mito da Mídia Alternativa no Brasil: O Que É e O Que Não É

"Do entusiasmo à impostura, o passo é perigoso e escorregadio; Sócrates oferece memorável exemplo de como um sábio pode enganar a si mesmo, um homem bom pode enganar os outros, a consciência pode dormir em estado misto e médio entre auto-ilusão, e fraude voluntária"

Edward Gibbon, no livro The Decline and Fall of the Roman Empire

23 de outubro de 2017 / Publicado em Pravda Brasil e em Global Research (Canadá)


O que anda se considerando mídia alternativa no Brasil acompanha a baixíssima estatura intelectual e a politicagem mais descarada que marcam este país. Aproveitando-se dessa atmosfera insuportável - aí está a trágica realidade para, mais que nunca, não nos deixar mentir -, os barões de saitecos, jornalecos e revistecas travestidos de alternativos, vendem implicitamente em sua prática do antijornalismo a paupérrima ideia de que o são por noticiar, sistematicamente, apenas um lado da questão (neste caso, o que julgam o monopólio do discurso progressista do País) e por serem tendenciosos, pendendo abertamente para este lado diverso da tão combatida grande mídia podre.

Apesar do verniz livre e independente, em nada se diferenciam dos que com tanta fúria combatem - e cerceiam a liberdade de expressão de jornalistas decentes tanto quanto a grande mídia, apenas por contrariar os interesses político-partidários que os sustentam. E creia-se: nas editorias de grande parte da mídia "alternativa" o que há de indivíduos recebendo o famoso jabá do Partido dos Trabalhadores, em outras palavras esfregando na cara de seus colegas menos favorecidos o socialismo enquanto gozam do capitalismo mais podre, é uma enormidade nojenta!

O que caracteriza mídia alternativa NÃO é o fato de noticiar as últimas tendências, por exemplo, do PT, PSTU, PSoL e por aí vai, nem ser mais simpático à causa a ou b e nem, necessariamente, acionar constantemente o trombone contra a grande mídia, mas sim a prática jornalística baseada nas palavras de Michel Foucault, "não é através da ideologia que se molda o social, mas através da verdade": simples assim! Tais palavras resumem perfeitamente os quatro princípios básicos do oficio: objetividade, transparência, ética e imparcialidade.

Para ficar ainda mais fácil aos leitores identificar o que é e o que não é mídia alternativa: dos que babam ovo para declarações e promessas de políticos, no mínimo comece a desconfiar considerando seriamente a possibilidade de se tratar de panfletagem política, travestida de jornalismo alternativo.

Isso porque o jornalismo de verdade discute ampla e profundamente, policia, fiscaliza, investiga, critica, causa temor na classe política do Brasil, antro de politiqueiros demagogos em todos os espectros fazendo reinar o típico e gritante vira-latismo tupiniquim, baseado no profundamente irritante, indignante "todo mundo faz", ou ainda "é asim mesmo", pois, afinal de contas, "não há outro jeito" no Brasil.

Como disse Thomas Jefferson: "Se me deixassem decidir se devemos ter um governo sem jornais ou jornais sem governo, eu não hesitaria, por algum momento, em preferir o último". E aqui vai outra dica: existe mais semelhança da mídia "alternativa" brasileira com essas observações de Jefferson, feitas no início do século XIX, ou ela está mais para o aspecto de porta-voz de "algum" grande partido de "esquerda", hein?! Pois é. E isso não é, em si, nada alternativo! Ser tendencioso alternativamente não é nem pode se tornar sinônimo de jornalismo alternativo, Brasil! Basta de cinismo neste país!!

Exemplo de tendencionismo alternativo: noticiar campanhas presidenciais de Luiz Inácio' 2018 Brasil afora, inclusive no Nordeste do país portando alegremente chapeuzinho tradicional local, porém "pular", isto é, omitir a informação do público quando o ex-presidente da República divide dias depois, na mesma região brasileira, palanque com figuras tétricas como o senador quadrilheiro Renan Calheiros, valendo, por parte de Luiz Inácio ao cacique alagoano, pai do golpe contra Dilma Rousseff e um dos políticos mais corruptos do País, o título de admirável, independente e corajoso (!).

O que há, caro leitor, de alternativo nesta prática do antijornalismo em relação ao que faz diariamente a grande mídia, apenas com o diferencial de pender a balança hipócrita para outro lado? Nada! (Sobre o encontro fraternal de Luiz Inácio com Calheiros em setembro de 2017, leia Clamor do General Mourão por Ditadura e Eterno Abraço de Luiz Inácio no Capeta).

Tomemos como exemplo, outrossim, a mídia alternativa norte-americana, em geral não tão alternativa quanto se proclama, especialmente Truth Out que além de se recusar a abordar as contradições e mentiras do 11/9, os crimes dos Estados Unidos no Oriente Médio mais a fundo e possuir um forte aspecto de Hillary Clinton, por outro lado possui cara politico-partidária e personalista bem menor que a brasileira, esta enormemente escancarada, tão sofrível.

Em geral, a prática da mídia alternativa global é bem diferente da praticada na autodenominada mídia "alternativa" do Brasil, aquela voltada muito mais a ideias, projetos e à apuração da verdade dos fatos que a "determinado" partido e personagem político como no caso brasileiro, de maneira marcante.

Portanto, noticiar sistematicamente promessas de campanha de um candidato que se identifica mais com as causas sociais, tampouco caracteriza mídia alternativa por si só, mas o quanto se dá voz a todos os outros mostrando todos os seus lados, discutindo-se a questão em seu contexto mais amplo e de maneira crítica como manda o jornalismo, em nada identificado com partido político nem muito menos com personalismo quando praticado de maneira genuína, honesta, alternativa de verdade em relação ao "jornalismo" da mídia tradicional.

Qualquer outra coisa que fuja disso é panfletagem disfarçada de mídia "livre" e "independente" (que cada vez menos enganam o público) ou, no português mais claro, falta de vergonha na cara, a outra face de uma mesma moeda politiqueiro-midiática. E repita-se: há jornalistas "socialistas" desta estirpe, posando como paladinos da verdade, justiceiros jornalísticos empesteando aos montes as Redações da tal mídia "alternativa" tupiniquim de péssimo gosto, e pouqíssimo eficaz: aí está a realidade.


XXXV. MÍDIA EM QUESTÃOXXXV. MÍDIA EM QUESTÃO
OBSERVANDO O 'OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA'
Oligopólio da Comunicação, Liberdade de Expressão e Direitos Humanos

Barões da mídia recusam-se a discutir Leis de Imprensa, covardia hereditária liderada por ele: Dines, auto-intitulado observador da mídia.
Previstas na Constituição brasileira e existentes nos Estados mais avançados do mundo, são o único meio capaz de democratizar a mídia

Novembro de 2016 / Publicado no Pravda Brasil (Rússia), e em Global Research (Canadá)

Republicado por The Fringe News (Estados Unidos)


Em um país com alicerces democráticos frágeis, para dizer o mínimo, um auto-denominado Observatório da Imprensa (OI) não poderia ser dirigido por nenhum outro "jornalista" senão ele, quem retrata perfeitamente a "democracia" e a ultrapassada mídia tupiniquim: Alberto Dines, declarado sionista que promoveu o golpe cívico-militar-midiático-empresarial de 1964 no Brasil (fato não confessado pelo covarde dito-cujo, mas documentado). E não poderia ter sido sustentado, até recentemente e durante a maior parte de sua existência, por outra organização a não ser a tal de Ford Foundation, bem-conhecida ONG de fachada da CIA.

Semanalmente publicando no sítio do OI de dezembro de 2012 a março de 2014, este autor praticava contra-informação em relação à mídia oligárquica e se diferenciava do editor Dines por apontar diversos desvios midiáticos como defesa dos interesses dos que a sustentam, isto é, dos políticos e do alto empresariado além do próprio imperialismo norte-americano, e não como meros "equívocos jornalísticos" por inaptidão ou afã de publicar, padrão mantido precariamente pelo "observador midiático do Brasil", amigo íntimo e admirador de personagens como Roberto Civita, proprietário da famigerada editora Abril e editor da revista Veja, já falecido.

Em meados de 2013 no OI, este autor ousou quebrar o protocolo mais "ético" no hall dos puxa-sacos e observou o observador, alegando que ninguém estava acima do bem e do mal e, por isso mesmo, nem da crítica: afinal, se observávamos semanalmente a tudo e a todos, por que não sermos igualmente observados? Pois a observação crítica deu-se quando Dines, tentando desviar a atenção da gravidade da espionagem globalmente descomedida do regime de Washington revelada por Edward Snowden, especialmente contra o Brasil (indiscriminadamente o mais espionado do mundo então), alegou que a indignação de determinados setores nacionais (incluindo a deste autor) não apenas em relação aos Estados Unidos mas também a própria mídia predominante que nunca deu a devida seriedade ao caso (há muito, já o esqueceu).. devia-se a "ressentimento contra os Estados Unidos, motor da política deste país há tantas décadas", segundo o "crítico" de jornalismo.

Por outro lado, o pretendo mestre de um bando de jornalistas aloprados negou-se, covardemente e em concordância com a mídia comercial, a aprofundar-se na própria questão em si - das mais sérias, que fere as relações internacionais de maneira dramática. Logo, esqueceu o "caso" (um escândalo minimizado por ele, e por quem ele diz fiscalizar), da mesma forma que se portou, vale salientar, em relação a outro escândalo, o de WikiLeaks: no início, o lambedor de botas dos milicos que hoje pega cinicamente o bonde democrático brasileiro, limitou-se a discuti-lo segundo as Teorias do Jornalismo (Julian Assange tem trazido informação ou informe? Eis a questão...) falando tecnicamente para um grupinho de pessoas e não à sociedade, desta maneira esquivando-se, com um precário quê de intelectualidade, da essência que envolve os podres segredos de Estado dos Estados Unidos. Dines, o auto-intitulado observador da Imprensa tupiniquim, jamais discutiu minimamente ambas as questões, apenas dedicou-se ao trabalho de rotular as poucas vozes que se deram ao trabalho de executar o serviço que ele reivindica, mentirosamente, a si mesmo.

Obviamente, o fato deste autor sofrer de intolerância crônica contra demagogia e puxa-saquismo acabou gerando mal-estar naquele meio que não preza nem nunca prezou pela liberdade de expressão, pela verdade dos fatos, por uma mídia verdadeiramente livre. Alguns meses depois, acabou insustentável a permanência deste autor ali entre publicações que remavam totalmente contra a maré e faziam o editor-chefe do OI, travestido de democrata, correr atrás do próprio rabo:

Defesa da Revolução Bolivariana na Venezuela como democrática e profundamente voltada à justiça social, do Mercosul, da democracia de Cuba e da mídia alternativa; denúncias de narcotráfico por parte de sionistas e da CIA; reportagens afirmando que quem ataca com bombas químicas na Síria, ao contrário do senso comum, são os denominados pelas grandes potências e pela mídia predominante de "rebeldes moderados" os quais, apoiados por Washington e aliados, nada mais são que membros de Estado Islamita e Al-Qaeda; fatos que comprovam que a elite brasileira é uma das mais ignorantes e agressivas do planeta, e que Julian Assange e Edward Snowden são heróis mundiais, não vilões nem meros objetos de estudo segundo as Teorias do Jornalismo.

Farol direto nos olhos do morcego, na contramão da tendência imposta pela ditadura da informação por parte da mídia predominante seguida fielmente pelo autodenominado fiscal dela, Alberto Dines, peça importante, isto sim, do grande teatro democrático que vivemos.

Leis de Imprensa, o Pesadelo da Ditadura da Informação

Pois a publicação do dia 29 de outubro de 2016 a ser brevemente observada aqui não é de Dines, mas retrata a hipocrisia que marca aquele meio e a grande mídia em geral, a mesma covardia intelectual que faz Dines desconversar quando questionado se promoveu o golpe de 64 (na última vez, o mestre da rotulagem mais baixa e da fraseologia saiu pela tangente qualificando o escritor que publicou livro sobre sua fundamental participação no golpe, de "cão raivoso"). A "análise" midiática a seguir marca também, pontualmente, a própria "posição" do OI: a da omissão já que Dines passa longe da discussão a seguir, na condição de ilustre representante das oligarquias.

Plínio Lopes, estudante de Jornalismo, analisou (muito bem) a forma sensacionalista do "jornalismo" policial que, muitas vezes, fere gravemente a garantia constitucional da presunção da inocência, expõe inocentes ou suspeitos ainda não julgados, gerando assim mais ódio e violência.

Tudo isso é correto, até Lopes concluir que o "jornalismo" policial precisa se reinventar. O que as medíocres faculdades de Jornalismo - indústrias do diploma, elitistas e formadoras de idiotas por excelência - e Dines jamais colocam em questão, seguidos fielmente pelo discípulo de turno, é que o jornalismo brasileiro em geral precisa, como em qualquer Estado democrático ao redor do mundo, de regulação, isto é, obedecer leis de Imprensa que, neste País, inexistem embora estejam previstas no artigo 220 da Constituição Federal.

Além de regras para a prática jornalística (todos os segmentos no Brasil, ao menos e tese, estão submetidos a leis com exceção dos "mini-deuses" jornalistas), Leis de Imprensa serviriam para desfazer o acentuado oligopólio midiático que faz o Brasil viver uma verdadeira ditadura da informação, além de aniquilar culturas regionais em um país com dimensões continentais que tenta impor a "cultura" oligárquica do eixo Rio-São Paulo. Glorificar os iguais e ser intolerante com as diferenças é matéria-prima de regimes ditatoriais, que se impõem pela força e pela imbecilização da sociedade, retirando desta a capacidade de pensar e de questionar, e a necessidade de ter memória.

Porém, amedrontados com o fato de que seus lucros possam ser diminuídos, os proprietários dos grandes meios de comunicação tupiniquins, através de seus jornalistas-fantasia, vendem a ideia que Leis de Imprensa imporiam uma ditadura da informação ao País e prejudicariam economicamente as já moribundas empresas de mídia: mais uma completa inversão de papéis da mídia de manipulação e embaralhamento do entendimento coletivo.

Oligarquia Midiática Brasileira

No Brasil, as cinco principais emissoras de TV controlam, direta ou indiretamente, 274 redes (65% do total). Só a rede Globo controla 61,5% de TVs UHF; 40,7% dos jornais; 31,8% de TVs VHF; 30,1% das emissoras de rádio AM e 28% das FM.

A revista britânica The Economist, altamente conservadora, afirmou em 2014 que a concentração de audiência no Brasil é absurda, sugerindo que a então presidente Dilma deveria regular a Imprensa local, fazendo comparações com a mídia dos Estados Unidos - país fortemente liberal do ponto de vista econômico - a fi de constatar e quanto a mídia brasileira é anti-democrática.

Já em 2013, a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pontuou que, no Brasil, "dez principais grupos econômicos, de origem familiar, continuam repartindo o mercado da comunicação de massa", observando ainda que o monopólio midiático no País parece "pouco modificado, 30 anos após a ditadura militar (1964-1985)", definindo-o como o "país dos 30 Berluconis", referindo-se ao magnata da mídia e ex-primeiro ministro italiano condenado por corrupção, Silvio Berlusconi.

Nada fere tanto a liberdade de expressão da sociedade quanto esse monopólio da informação, a ditadura da grande mídia protagonista de batalhas inter-burguesas em um país que, nem poderia ser diferente, vive um sistema político de Partido Único, embuste com diversidade de siglas como máscara democrática diante de uma sociedade, em geral, completamente dessituada..

Diversidade Comunicacional: Direito Humano Fundamental

A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, no artigo 19, destaca que “todo indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras”.

O Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, também em seu artigo 19, prevê: “Toda pessoa terá o direito à liberdade de expressão; esse direito incluirá a liberdade de procurar, receber e difundir informações e ideias de qualquer natureza, independentemente de considerações de fronteiras, verbalmente ou por escrito, de forma impressa ou artística, ou por qualquer meio de sua escolha”.

No âmbito das Américas, a Convenção Americana de Direitos Humanos, conhecida como Pacto de San José da Costa Rica e assinada pelos membros da Organização dos Estados Americanos (OEA), declara no artigo 13 que “toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento e de expressão. Esse direito inclui a liberdade de procurar, receber e difundir informações e ideias de qualquer natureza, sem considerações de fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em forma impressa ou artística, ou por qualquer meio de sua escolha”.

Diversidade Cultural, Decência e Honestidade Jornalística: Sem Lei Não Há Democracia nem Liberdade

Diante disso tudo, é evidente que além de leis que desfaçam os oligopólios midiáticos faz-se necessária (e urgente) também uma regulação que proíba a difusão de conteúdos indecentes e violentos; que garanta direitos de resposta e que impeça produções jornalisticamente imprecisas inclusive em legendas de imagens, tudo isso a fim de se evitar ao máximo notícias falsas e caluniadoras.

A regulação da mídia deve garantir, em canais de TV e estações de rádio, certo espaço para programas comunitários e independentes, determinadas horas semanais a programas educativos, infantis e culturais - neste último caso valorizando os regionalismos em um país com dimensões continentais. Lembremos que poderes de dominação e de exploração apoiam-se, primeiramente, na aniquilação da cultura que leva á perda de identidade e da consciência cidadã do indivíduo; sempre foi assim ao longo da história, e assim tem sido nos dias de hoje através de imperialismo e subimperialismos (sobre isso, leia Valorização Cultural como Auto-Afirmação da Nossa Identidade, mais abaixo).

Tudo isso, como ocorre em países da Europa central, Argentina, Equador, Venezuela, Bolívia e Estados Unidos de maneira muito semelhante. Apesar das profundas distorções da grande mídia brasileira em relação às leis de imprensa dos países sul-americanos, classificando-os de cerceadores da liberdade de expressão, de maneira bastante hipócrita não se questiona isso quando se trata de norte-americanos e europeus, muito pelo contrário.

Isso porque a essência dessas leis é absolutamente democrática em todos os sentidos, fazendo com que a prática jornalística também deva seguir leis e prestar contas pois em democracia, ninguém pode estar acima do bem e do mal - liberdade sem leis nada mais é que tirania disfarçada. Toda e qualquer suposta notícia que seja essencialmente leviana, deve ser o suficiente para levar jornalistas, editores, proprietários de meios de comunicação e todos os envolvidos ao banco dos réus. Simples assim.

Portanto, a liberdade de expressão e de informação trata-se de direito fundamental do ser humano. Mas não se deve, ingenuamente, esperar que, no sistema capitalista que visa o lucro, as empresas de mídia voluntária e altruisticamente esqueçam os índices de audiência e se reinventem, que se auto-democratizem movidas pelo amor ao ofício jornalístico, à liberdade de expressão e ao exercício da cidadania.

Apesar de tudo isso estar previsto na própria Constituição brasileira, conforme argumentado mais acima, no Brasil um simples debate sobre regulação midiática está completamente interditado por argumentos falsos por parte dos barões da mídia (que trompeteiam, sem se aprofundar na discussão, que elas feririam a liberdade de expressão), por omissão de muitos meios alternativos e por falta de vontade política (entre tal classe sobra oportunismo neste sentido, sendo desnecessário, aqui, estender-se no porquê do excesso de cinismo entre os políticos brasileiros quando leis de imprensa são o assunto).

Contra a Covardia Político-Intelectual

A presidente Dilma foi derrubada do cargo não apenas inconstitucionalmente, como também de maneira muito baixa por seus encarregados mais próximos (como Michel Temer), sem espaço para apresentar sua versão dos fatos no mesmo oligopólio midiático que sempre se recusou a regular, sob o pífio e oportunista argumento de que a sociedade possui controle remoto (como se houvesse pluralidade; tanto não há nem nunca houve, que ela caiu sem poder fazer sua voz chegar à maioria da sociedade), e o sítio que se intitula fiscal da Imprensa, jamais contraria os interesses mesquinhos, justamente, da grande mídia oligárquica de imbecilização em massa (e, consequentemente, as massas também foram, histericamente e de maneira vazia bem ao estilo midiático, impiedosas com a presidente, tão agressivas quanto sem conteúdo nos ataques, mais que tudo pessoais contra uma das poucas no cenário político nacional sem acusação por corrupção, a que pesem seus verdadeiros fracassos econômicos que mereciam fortes críticas - como fazia este autor, desde que Dilma Rousseff assumiu a Presidência - e de intensos protestos).

Sem democratização da mídia não haverá, jamais, jornalismo minimamente ético no Brasil, a liberdade de expressão continuará seriamente comprometida e, consequentemente já que mídia é primordial para a concepção de valores e ideias e influência de comportamentos, a própria democracia e o senso cidadão seguirão da mesma maneira: paupérrimos no País.

E sem essa discussão, terminantemente recusada pelos covardes intelectuais da grande mídia oligárquica brasileira, as mais diversas análises terminarão na essência vazias, efêmeras enfim, uma série de palavras jogadas ao vento ou, na melhor das hipóteses como no artigo do estudante Plínio Lopes, tratarão das implicações em questão pela metade sem abordagem das causas reais nem soluções para manipulações e sensacionalismo midiático.
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#Posté le dimanche 16 février 2014 09:42

Modifié le samedi 18 septembre 2021 23:02


Documentário britânico Shadows of Liberty (2012)

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Vultos de Liberdade (tradução livre)

Dirigido e produzido por Jean-Philippe Tremblay (apresentando Julian Assange, Daniel Ellsberg, Robert Parry,
Gary Webb, Dan Rather, David Simon, Roberty McChesney, Roberta Baskin, Dick Gregory, Amy Goodman e
Danny Glover), Shadows of Liberty trata da guerra em curso contra o jornalismo e contra a liberdade de informação

O filme examina vários exemplos de engano e censura da mídia de massa, e explora o cenário da manipuladora
mídia americana, onde gananciosas corporações multinacionais exercem um poder extraordinário, e sem precedentes
______

Shadows of Liberty revela a verdade extraordinária por trás da mídia de notícias: censura, acobertamentos e controle corporativo.

O cineasta Jean-Philippe Tremblay faz uma viagem pelos corredores mais sombrios da mídia dos Estados Unidos, onde os conglomerados globais dão as cartas. Por décadas, sua influência avassaladora distorceu o jornalismo de notícias, e comprometeu seus valores.

Em histórias altamente reveladoras, jornalistas, ativistas e acadêmicos renomados relatam pessoas privilegiadas
sobre um sistema de mídia falido. Notícias polêmicas são suprimidas, pessoas são censuradas por falar abertamente,
e vidas são destruídas quando a arena para a expressão pública é transformada em zona de lucro privado.

Rastreando a história da manipulação da mídia ao longo dos anos, Shadows of Liberty levanta
uma questão crucial: por que deixamos um punhado de corporações poderosas escrever as notícias?
Não temos dúvidas - a reforma da mídia é urgente, e a liberdade de imprensa é fundamental.

"Este filme tenta apresentar como um punhado de empresas passou a controlar a maior parte das
informações, criando um monopólio de mídia que manipula nosso mundo político, econômico e social. A influência
e o poder extraordinários da mídia no mundo, força-nos a questionar seriamente o mundo em que vivemos.

"Através de histórias de jornalistas que revelam verdades sobre nossa sociedade, aprendemos como o monopólio da mídia opera e afeta nossa sociedade. Este filme é dedicado a esses jornalistas, heróis de nosso tempo que dão suas vidas e liberdades por nossa informação. Apresentar essas vozes que não são ouvidas ou não recebem uma plataforma é o objetivo de Shadows of Liberty.

"É muito importante para este projeto, apresentar notícias de uma outra perspectiva, a do jornalista independente. Seu trabalho destaca as injustiças de empresas e governos. Suas histórias ilustram como a grande mídia apresenta notícias de maneira diferente, e seus efeitos de longo alcance na sociedade.

"Minha esperança é que mais pessoas tenham ideia de como o controle corporativo da informação em nossa democracia surgiu. Pessoas em todos os lugares respondem e se manifestam contra injustiças, mas suas vozes não são ouvidas ou levadas em consideração. Este filme tenta inspirar mudança e responsabilidade, defendendo a ideia de mídia independente onde a verdade e a integridade sejam norma, não exceção.

"Guerras injustas sendo travadas, governos impondo poder radical e o desequilíbrio entre bem-estar corporativo e público é mais intenso
que nunca. O monopólio da mídia e seu papel em nossa democracia é uma das questões mais importantes e atuais do nosso tempo atual."

Jean-Philippe Tremblay (diretor)



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HISTÓRIA SUJA DE HOLLYWOOD
O Cinema como Instrumento de Idiotização em Massa

"A manipulação consciente e inteligente dos hábitos e opiniões organizados das massas é um
importante elemento na sociedade democrática. Os que manipulam esse mecanismo invisível da
sociedade constituem um governo invisível, o verdadeiro poder dominante em nosso país (EUA)"

Edward L. Bernays, pioneiro austro-americano no campo das relações públicas e da propaganda
No livro Propaganda (1928)

Publicado na Pravda (Rússia), e no Diário Liberdade (Galiza), 26 de janeiro de 2016

Republicado por Rádio Evangelho , por Lusofonias, por Pensamento Netuno, e por Cultura, Atualidade Latina e Mundial


A indústria cinematográfica norte-americana em geral, grande lixo cultural, faz apologia das drogas, da violência, da pornografia, do individualismo, do consumismo artificial e do poderio bélico norte-americano, configurando-se também forte arma imperialista dos Estados Unidos, tudo isso recheado de mensagens subliminares entre as mais explícitas, que não são poucas e em nada primam pela discrição.

São também, via de regra, reproduções das versões oficiais da história contadas pelo establishment e grandes potências vencedoras das guerras, sem jamais produzir alternativas que as questione minimamente.

Entre milhões de filmes, não há nenhum que apresente outra possibilidade, por exemplo entre tantas outras passagens históricas que podem ser facilmente pensadas, à insustentável versão contada pela história de que Lee Harvey Oswald assassinou o então presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, em 1963.

Nem nada alternativo à ideia de que os militantes da Al-Qaeda, dentro de cavernas no Afeganistão como diz a versão oficial imposta por George W. Bush, coordenaram os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os lugares mais seguros do mundo, entre eles o Pentágono. Para nem se mencionar evidências, que não cabem neste texto, que apontam ao sentido completamente oposto a tais versões, também caninamente reverberadas pelos grandes meios de comunicação internacionais.

Filmes que apresentassem outros enredos, alternativos ao que contam versões oficiais, poderiam muito bem ser enormes sucessos de bilheteria e pratos cheios para a imaginação de roteiristas, que não se atrevem a discutir com a pifia história contada pela elite global, as oito famílias que possuiem riqueza equivalente à da metade da população mais pobre do planeta, controladoras absolutas da mídia predominante e da própria indústria do cinema (nenhuma novidade).

Apoiado pelo Departamento de Defesa do país que, através de contrato restritivo, orienta e apoia materialmente a produção de diversos filmes de Hollywood, o cinema é justamente um dos três maiores símbolos do American Way of Life, isto é, o Estilo de Vida Norte-Americano.

História Não Contada

Pois a história de Hollywood, principal indústria do cinema dos Estados Unidos e do mundo, é tão suja quanto àquilo que se propõe a vender ao mundo.

O surto do cinema iniciou-se nos anos de 1920 nos próprios Estados Unidos, que viviam os Frenetic Dancing Days, isto é, Dias de Dança Frenética. Tal metáfora, auto-definida pela sociedade local, deveu-se ao fato de que, emergidos da I Guerra Mundial como uma das grandes potências globais, os Estados Unidos gozavam de prosperidade que, até a Grande Depressão Econômica de 1929, parecia inesgotável e sem limites: a ordem era produzir e consumir cada vez mais, contrastando a situação do restante do mundo, de quem o país havia isolado-se sob todos os aspectos.

'American Way of Life'

Foi deste modo que, aos novos produtores da cultura imperante, não importava nada do que continha fora de suas fronteiras pois os Estados Unidos, acreditavam, estavam destinados por Deus a salvar o planeta com sua cultura e a civilização do American Way of Life (crença esta que perdura até hoje, justificando até suas guerras. Para saber mais sobre esta teologia de William Branham, a qual Bush tem levado às últimas consequências, leia Por Trás das Cortinas da Superpotência, e Cacos do império, na Terceira Página - Crônicas).

Neste contexto, junto do carro e do rádio o cinema obteve crescimento avassalador naqueles anos, e no final da década uma média de 100 milhões de norte-americanos frequentavam, semanalmente, os cinemas.

Em todo o mundo, se conhecia os grandes ídolos do cinema dos Estados Unidos e, a partir de então, tal veículo de comunicação passou a impor às sociedades de praticamente todo o planeta, ao longo do século passado até o presente, estilos de moda, consumismo artificial, padrões de beleza, de conduta, políticos entre diversas outras imposições de acordo com o "messiânico" American Way of Life.

Piratas de Terno e Gravata

Contudo, confirmando o velho e manjado vezo popular que "o que começa errado termina errado", Hollywood possui uma história que está à altura exata do que produz até hoje nas sociedades mundiais. No livro Cultura Livre, Lawrence Lessig mostra que, apoiada pelo governo local, a gigante das filmagens nasceu da pirataria que, aliás, não é exceção à regra nos negócios norte-americanos. Veja uma passagem do livro de Lessig (citada no jornal A Nova Democracia de dezembro de 2008):

"A indústria cinematográfica de Hollywood foi construída por piratas fugitivos. Os criadores e diretores migraram da Costa Leste para a Califórnia no começo do século 20, em parte para escapar do controle que as patentes ofereciam ao inventor do cinema, Thomas Edison.

"Esses controles eram exercidos através de um truste monopolizador, a Companhia de Patentes da Indústria Cinematográfica, e eram baseadas na propriedade intelectual de Thomas Edison — patentes. Edison formou a MPPC (Motion Pictures Patents Company — Companhia de Patentes de Filmes de Movimento) para exercer os direitos que a sua propriedade intelectual lhe dava, e a MPPC era bem séria sobre o controle que exigia.

"Como um comentarista cita em uma situação dessa história: '(...) Os independentes eram companhias como a Fox. E de forma semelhante ao que acontece atualmente, esses independentes foram duramente enfrentados. As filmagens eram paralisadas pelo roubo de equipamentos, e acidentes resultavam na perda de negativos, equipamento, prédios e algumas vezes até mesmo de vidas'.

"Isso levou os independentes a fugir da Costa Leste. A Califórnia era remota o suficiente do alcance de Edison para que esses cineastas pirateassem suas invenções sem medo da lei. E os líderes do cinema de Hollywood, Fox entre eles, fizeram exatamente isso.

"Claro que a Califórnia cresceu rapidamente, e logo a proteção às leis federais acabou chegando ao oeste. Mas como as patentes davam ao dono delas um monopólio realmente limitado (apenas dezessete anos naquela época), quando suficientes agentes federais apareceram, as patentes haviam expirado. Uma nova indústria nasceu, em parte por causa da pirataria da propriedade intelectual de Edison."

Departamento de Defesa dos EUA: "É Nosso Interesse Participar da Produção de Filmes"

A fim de exaltar a superioridade militar do Estados Unidos, de favorecer a política local de recrutamento, exercer censura e passar a ideia de que a guerra é uma solução necessária, o Departamento de Estado do país participa diretamente da produção de muitos filmes desde o nascimento do cinema, exercendo sempre papel fundamental em suas empreitadas militares: cineastas, visando economizar, procuram a ajuda do Pentágono que lhes fornece imagens de arquivo, assessoria técnica, acesso a equipamentos de última geração, autorização para filmar em instalações militares etc.

Em troca, os produtores de Hollywood submetem seu trabalho aos escritórios do Pentágono responsáveis em auxiliar as produções cinematográficas militares, cujos termos estão inscritos em contrato restritivo, que diz:

“"A produção deverá ajudar os programas de recrutamento das Forças Armadas.

"(...) A companhia produtora consultará o Departamento de Defesa para todas as cenas militares durante a preparação, filmagem e montagem". Segundo Philip Strub, assessor especial de mídia e entretenimento do Departamento de Defesa, "é nosso interesse participar da produção de filmes" (fonte: Victor Battaggion).

Em 1917, quando os EUA entraram na I Guerra Mundial, o Comitê de Informação ao Público do então presidente Wodroow Wilson contou com o auxílio da indústria do cinema, a fim de produzir filmes que gerassem apoio à "batalha norte-americana" junto à sociedade.

O pacto entre o governo do país e o cinema cresceu durante a II Guerra Mundial, através da ampla propaganda fornecida por Hollywood e, após esta que foi a guerra mais devastadora da história da humanidade, Washington retribuiu com enormes subsídios à maior indústria cinematográfica do globo, com verbas especiais do Plano Marshall (bilhões de dólares despejados nos países europeus a fim de trazê-los para o lado dos EUA em sua Guerra Fria com a ex-União Soviética) e persuasão para abrir mercados europeus resistentes.

Desde a segunda metade do século XX, Hollywood tem tratado de ridicularizar o povo árabe e persa, além de colocá-los como potencialmente terroristas bem como a religião predominante deles, o Islã, a fim de justificar também as imperialistas, sucessivas e sangrentas ocupações militares de seus padrinhos da Casa Branca no norte da África e Oriente Médio, região mais rica em petróleo do mundo.

Mais recentes evidências dessa podre parceria de sucesso, corrupta aliança histórica entre a Casa Branca e Hollywood, são os filmes Zero Dark Thirty (imagem à esquerda), que passa a ideia de que os métodos de tortura praticados pela CIA, sob os governos de George Bush filho (2001-2009) e Barack Obama hoje, ajudaram a capturar Osama bin Laden, e Argo, o qual repete a velha propaganda cinematográfica colocando o mundo islamita como terrorista e carente da intervenção messiânica dos EUA.

No caso particular de Argo, trata do Irã, motivo de obsessão invasora dos tomadores de decisão de Washington desde que a Revolução Iraniana de 1979 derrubou o presidente xá Reza Pahlevi, pró-Ocidente, e nacionalizou o petróleo.

Pois tal produção trata exatamente dos primeiros anos daquela revolução e, não por coincidência, Argo foi vencedor do Oscar' 2013, prêmio entregue pessoalmente pela primeira-dama norte-americana, Michelle Obama, ao diretor Ben Affleck.

Do imperialismo nas telas do cinema à contracultura norte-americana na vida real, em abril de 2009 a Embaixada dos Estados Unidos na Síria enviou telegrama secreto revelado por WikiLeaks em abril de 2012, em que a embaixadora-espiã Maura Connelly dizia enquanto o cenário para a tal "Primavera" síria era arquitetada nos bastidores dos porões do poder global:

"A atratividade da cultural dos EUA ainda é um mecanismo poderoso para a mudança da Síria. É revelador que, quando o SARG buscou punir os EUA por seu suposto papel no ataque em Abu Kamal em 26 de outubro de 2008, eles evitavam objetivos políticos mas, ao invés disso, fecharam as três principais fontes da cultura norte-americana em Damasco: o Centro de Cultura Americana (ACC), o ALC e a Escola da Comunidade de Damasco.

"Contar com mais programação cultural, mais programas com alto-falante e o IV programa de intercâmbio, continuam sendo nossas melhores ferramentas para ter um efeito direto sobre a sociedade civil" (tradução exclusiva desse telegrama ao português, que inclui injeção secreta de 12 bilhões de dólares por parte de Washington de 2005 a 2010 para instalação de canal de TV via satélite a ser transmitida dentro da Síria, na seção WikiLeaks deste blog Uma Questão de Liberdade).

Vamos ao Cinema ou Comer Pipoca?

Quanto à barbárie cultural do cinema ao longo de todos estes anos, na era do lucro não importando como, nem para quê, uma boa evidência do fato de que ele se propõe a alienar as pessoas, além de todas as evidências nas próprias telas, são as citações de E. J. Epstein, autor do livro O Grande Filme, reproduzindo a filosofia cultural de um executivo de cinema estadunidense (citado por Emir Sader no artigo Vamos ao Cinema ou Comer Pipoca?, revista Caros Amigos de novembro de 2008):

"'O segredo para uma boa cadeia de multiplexes bem sucedida está naquela porção extra de sal acrescentada à pipoca', disse o executivo. A alta produtividade de pipoca produz grande quantidade com uma porção relativamente pequena de grãos - favorece esses ganhos.

"Por isso projetam as novas salas para que os espectadores passem antes pela lanchonete: 'Nosso negócio se baseia na movimentação das pessoas. Quanto mais pessoas conseguimos fazer passar pela pipoca, mais dinheiro ganhamos', afirmou um dono de cinema norte-americano. Ele caracteriza o porta-copo em cada cadeira das salas como 'a inovação tecnológica mais importante desde a sonorização'(!). Daí o peso essencial que o público jovem tem, como consumidor concentrado de pipoca e refrigerantes.

"A economia política da pipoca, que comanda a indústria cinematográfica, influencia até na extensão dos filmes. Os muitos longos - de mais de 128 minutos - diminuem uma sessão diária e, com isso, o consumo de pipoca, sal e refrigerante."

Emir Sader conclui sua matéria: "Difícil seguir chamando de arte o cinema - pelo menos o estadunidense, submetido á lógica da pipoca".


Hollywood e Cigarro: Macabra e Bilionária Parceria de Sucesso

Em seu livro O Cigarro (2001, Publifolha, 88 pág.), o jornalista Mario Cesar Carvalho evidencia que a indústria do cigarro não apenas sabia, desde a década de 1950 (anos em que o fumo foi amplamente difundido como jamais antes na história se transformando em "coqueluche" mundial, grande ícone da moda vendido pela publicidade e pelas telas do cinema norte-americano), que o que ela produzia causava câncer, como também foi apoiada justamente por Hollywood para esconder tal fato das sociedades mundiais até os anos de 1990, enquanto colocavam (assim como fazem ainda hoje em grande medida) o cigarro como expressão de liberdade, imponência, contemplação de novos horizontes, muito charme e, paradoxalmente com um sopro macabro de saúde (!).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no século XX o cigarro, "droga lícita" segundo os governos ocidentais, matou mais de 100 milhões de pessoas e mata atualmente 3,5 milhões de pessoas no mundo ao ano. De acordo com pesquisas do Atlas do Tabaco lançado pela Sociedade Americana do Câncer e pela Fundação Mundial do Pulmão, apenas em 2010 o tabagismo levou à óbito 6 milhões de pessoas em todo o mundo, com tudo isso se configurando o cigarro na maior causa de mortes evitáveis na história da humanidade - sob as bênçãos de Hollywood rendendo, assim, bilhões de dólares à indústria do tabaco, da publicidade, aos governos (por meio dos impostos) e, é claro, à própria Hollywood.

E Produzir Idiotas Por Quê?

A esperteza que levou os piratas à Califórnia permanece na indústria do cinema hoje, que não receberia apoio direto do Estado norte-americano para investir bilhões e bilhões de dólares em tanta fezes moral e intelectual, caso não houvesse fortes motivos para isso, os quais vão muito além dos exorbitantes lucros.

A mais eficiente arma para as forças corruptas de dominação seguirem ganhando terreno, mentes e corações se dá através da aniquilação da cultura e do senso crítico, sendo que tal supressão, muitas vezes de maneira sutil, é via de regra na história imperialista mundial, e sua prática é nata em qualquer indivíduo com mentalidade reacionária.

À "civilização" norte-americana e sua política coercitivo-expansionista, por sua vez, é fundamental que as sociedades (inclusive a sua) estejam idiotizadas, excluindo delas a necessidade de pensar, de questionar e de ter memória, submetendo a tudo e a todos aos princípios "superiores" e "salvadores" dos Estados Unidos.

Rambo foi produzido no início da década de 1980 para cicatrizar as feridas norte-americanas da vexatória derrota no Vietnã em 1973, na qual foram usadas pelos Estados Unidos até bombas químicas (o agente laranja, caracterizando crime de guerra).

E quando o país mal havia recuperado-se moralmente dessa derrota, os escândalos de corrupção envolvendo os presidentes Richard Nixon (1969-1974) e Ronald Reagan (1981-1989), somados à derrota no Irã em 1979, configuraram-se em outros duros golpes que colocaram definitivamente em xeque a democracia do país perante o mundo. Desses seguidos vexames veio o herói-justiceiro do cinema.

Pois Rambo, escolhido com toda sua robustez justamente para passar ao mundo uma imagem de poder dos Estados Unidos, é um personagem "artístico" que representa bem a rapinagem que só cresce naquele país, bem como a estatura intelectual e a truculência dos Estados Unidos, dentro de casa e na política externa. Lixo cultural moral exportado aos quatro cantos do planeta, em parceria de sucesso com Hollywood.


Mas Você Não Precisa Ser O Que Querem que Você Seja

Nunca houve tanto conhecimento científico e tecnológico, nem nunca houve tanta informação e em tempo real como hoje, mas também nunca o ser humano esteve tão afastado da realidade e da sua própria existência quanto atualmente.

A violência, a corrupção, a alienação coletiva como instrumento do domínio psicológico por parte dos poderes corruptos, a fome, a degradação ambiental e as guerras apenas se multiplicam e as sociedades não só não questionam, como mal percebem tudo isso havendo uma conseqüente inversão de valores: assiste-se telenovela como se fosse real, e o real como se fosse telenovela, como argumenta ojornalista José Arbex, em seu livro O Poder da TV.

Diante dessa barbárie cultural e moral, se for o caso reconsidere profundamente ideias e costumes ainda que estes sigam a corrente predominante: siga sua consciência, não aquilo que impõem a você muitas vezes de maneira sutil com aspecto sedutor mas mofado e escravizante na essência.

Mude de canal, troque o DVD, renove a programação com os amigos, preserve sua cultura como o patrimônio mais precioso que possui. Seja protagonista da história, antes de mais nada da história da sua própria vida: boicote a indústria do cinema liderada por Hollywood! Que insiste em decidir, através da imposição sutil (também conhecida como lavagem cerebral) o que você deve pensar, em que acreditar, o que fazer e a quem culpar.

"A cultura é a única coisa que pode fazer um povo livre, porque permite ver a miséria e combatê-la", disse certa vez a libertária cantora argentina Mercedes Sosa.

Sugestão de leitura: O Julgamento de Nüremberg e o de Eichmann em Jerusalém:
O Cinema como Fonte, Prova Documental e Estratégia Pedagógica


Nesta obra, o professor Wagner Pinheiro Pereira, doutor em História Social pela USP (Universidade de São Paulo), trata do Tribunal de Nüremberg (1945 - 49) que julgou o holocausto nazista contra os judeus, antes e durante a II Guerra Mundial (1939 - 45), mostrando também como o nacionalsocialismo nazista usou o poder de influência do cinema perante a opinião pública alemã, levando-a à conformidade a atos governamentais, ao ocultamento de fatos e à transformação de mentiras em "verdades" perante as massas


assista vídeo:

Quando Sociedade É Afastada da Atividade Intelectual, Governos Praticam Corrupção com Mais Liberdade


Se não tivermos nossa independência de pensamento e ação, se não conseguirmos refletir sobre aquilo
que vemos e ouvimos, ou se concordarmos com tudo que acontece, podemos estar vivendo de forma alienada.
A alienação acontece quando o homem não se vê sujeito (criador) da história e, nela, capaz de produzir obras

Marilena Chauí
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VI. O 11 DE SETEMBRO DE CADA DIA DO AFEGANISTÃO

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XIII. ENAS NAFFAR: OLHAR SOBRE O ORIENTE MÉDIO - Visão Palestina no Blog

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XXI. AVÓS DA PRAÇA DE MAIO - Uma Voz por Liberdade na Argentina

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XXIX. ARQUIVO: CONTRACAPA - Nacional

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