A "Guerra ao Terror" garante defender a vida dos norte-americanos e a dos próprios iraquianos
Desde março de 2003, nunca morreram tantos cidadãos iraquianos e militares estadunienses em toda a história
Na conta presidencial dos Estados Unidos, dezembro de 2014:
1.455.590 iraquianos mortos, e 4.801 militares estadunidenses
Desde março de 2003, nunca morreram tantos cidadãos iraquianos e militares estadunienses em toda a história
Na conta presidencial dos Estados Unidos, dezembro de 2014:
1.455.590 iraquianos mortos, e 4.801 militares estadunidenses
As grandes potências, a ONU e a grande mídia internacional consideram terrorismo apenas atos praticados por indivíduos e grupos, mas não preveem terrorismo de Estado, fora de moda das discussões e dos noticiários mas em alta no cenário político global, encontrando seu ápice na política esterna dos Estados Unidos, especialmente nos oito longos anos que se estenderam de 2001 a 2009, sob a administração de George Bush, e nestes anos de Barack Obama na Casa Branca, desde o fim da era Bush, um dos presidentes mais anti-populares da história do país. E o escândalo mundial através das torturas na cadeia de Abu Ghraib no Iraque (imagens mais abaixo) cometidas por soldados norte-americanos contra presos locais (mais de 80% sem nenhuma ligação com atos terroristas, como ficaria provado), é a maior evidência disso.
Tais atrocidades, somadas às barbáries contra civis (veja mais abaixo) têm se configurado em graves crimes de guerra e contra a humanidade de acordo com a Convenção de Genebra, ratificada inclusive pelos Estados Unidos, e também de acordo com o Tribunal Penal Internacional (artigos 7 e 8), estabelecido para julgar crimes de guerra cometidos por militares, o qual os Estados Unidos se negam a assinar.
A covarde invasão norte-americana ao Iraque perpetrada por Bush a partir de 2003, bem como ao Afeganistão a partir de 2001, fere a Constiuição dos Estados Unidos, que não autoriza guerra preventiva, isto é, sem que o país haja sido agredido antes. No plano externo, Bush passa por cima dos acordos internacionais estipulados pelas Nações Unidas (ONU), a qual prevê guerra apenas como "Ação em Caso de Ameaça à Paz, Ruptura de Paz e Agressão" em sua Carta, capítulo VII, ratificada por seus 193 países-membros, incluindo os próprios EUA.
A ONU também estava vistoriando o Iraque desde novembro de 2002, sem encontrar nada que motivasse intervenção militar e se manifestava totalmente contrária à invasão dos EUA, em consonância com os países da região e de praticamente todas as partes do mundo. Porém, Bush invadiu o Iraque em março e jamais as bombas de destruição massiva alegadas por ele seriam encontradas no paí. nem nunca houve nada que ligasse Saddam Hussein - presidente iraquiano derrubado do poder, capturado pelas forças norte-americanas e enforcado - a Osama bin Laden - este mesmo, jamais levado e uma Corte Internacional, nem sequer reivindicou participação nos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, pelo contrário, sempre negou isso através de meios de comunicação do Oriente Médio.
Em quase 12 anos de invasão ao Iraque (março de 2003 - dezembro de 2014), o saldo de mortos, entre civis e militares, é de mais de 1 milhão e 400 mil, sendo quase 200 mil apenas civis além de mais de mais de 1 milhão de refugiados do país, guerra mais sangrenta pós-II Guerra Mundial, tudo isso como consequência das mentiras de Bush e de Obama.
Desta maneira, tal invasão configura-se, de acordo com todas as leis internacionais, em Guerra de Agressão ou Crime contra a Paz, indiscutivelmente os piores crimes que uma nação pode cometer, enquanto os Estados Unidos têm espalhado bases militares em todo o mundo como jamais antes na história do planeta, e pilhado petróleo e riquezas naturais do Iraque e de outros países, em nome de "Combate ao Terror". Quem julga os Estados Unidos por isso tudo?
Página dedicada aos defensores ferrenhos da imposição da liberdade,
da democracia e do livre-mercado ao mundo
Em nome de uma raça superior, nação eleita por Deus para salvar o planeta
da democracia e do livre-mercado ao mundo
Em nome de uma raça superior, nação eleita por Deus para salvar o planeta
Figuras Contemporâneas de Destaque:
Eles, Barack Hussein Obama e George Walker Bush, em:
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Moderna Cruzada em Favor do Livre-Mercado, da Democracia
E da Apresentação da Palavra de Deus aos Iraquianos
E da Apresentação da Palavra de Deus aos Iraquianos


Escárnio de Obama e de Bush, antes de mais nada, contra pagadores de impostos norte-americanos
Contra pais de família enviados a essa invasão, cujos danos acarretados são irreparáveis
Veja:
Contra pais de família enviados a essa invasão, cujos danos acarretados são irreparáveis
Veja:
Soldado norte-americana gravemente queimada
Cumprimenta ator de cinema, Denzel Washington
Cumprimenta ator de cinema, Denzel Washington


Soldado W.C. Ross
Sob cuidados intensivos em avião do
Exército. Médicos conseguiram
reconstituir seu cranio arrebentado
Sob cuidados intensivos em avião do
Exército. Médicos conseguiram
reconstituir seu cranio arrebentado
Soldado Gómez ficou inválido no Iraque
Ajudado por seus pais a mudar de posição na cama
Ajudado por seus pais a mudar de posição na cama


Sargento Brend Bretz cumprimentando
sua filha de 4 anos na volta do Iraque;
perdeu as pernas em explosão
sua filha de 4 anos na volta do Iraque;
perdeu as pernas em explosão
militar não idenificado

Esbanjando simpatia e otimismo

Bush visita soldado amputado
no hospital militar
no hospital militar
Fontes norte-americanas independentes estimam em 30 mil
oficiais dos Estados Unidos mutilados no Iraque
oficiais dos Estados Unidos mutilados no Iraque
Fonte das Imagens e da informação ao lado: VoltaireNet.org
Assista vídeo Leading to War (legendado em português)
Documentário que apresenta as mentiras da administração Bush
que levaram à imperialista e genocida invasão ao Iraque
que levaram à imperialista e genocida invasão ao Iraque
No sìtio Leading to War, encontram-se mais vídeos e artigos apresentando
documentos, entrevistas e discursos contraditórios de Bush, e de funcionários de seu governo
documentos, entrevistas e discursos contraditórios de Bush, e de funcionários de seu governo
ABC News a Bush, em 2008, último ano de Bush na Casa Branca: - A Al-Qaeda só entrou e passou a agir no Iraque após a invasão norte-americana ao Afeganistão, e ao próprio Iraque em 2003.
Resposta de Bush: - E daí?
ABC News ao vice de Bush, Dick Cheney, no mesmo ano: 70% dos cidadãos norte-americanos aprovam retirada imediata das tropas dos Estados Unidos do Iraque.
Resposta de Cheney: - E daí?
Baseado em discursos completamente desencontrados e absolutistas, e frente a todas as provas que logo vieram à tona de que o Iraque não produzia bombas de destruição massiva, a equipe de governo de George Bush foi até o fim com a agressiva invasão ao Iraque
É por esta razão que eles chamam isto de Sonho Norte-Americano: você deve estar dormindo para acreditar
George Carlin (humorista norte-americano, 1937 - 2008)
'GUERRA AO TERROR'
Mãos Ocidentais Manchadas de Sangue (também) no Iraque
6 de novembro de 2016 / Publicado no Jorna Pravda (Rússia)
Em 30 de outubro, um carro-bomba explodiu em um popular mercado de frutas e verduras no bairro xiita de Huriya, a noroeste de Bagdá, deixando dez mortos e 34 feridos. Tratou-se do quinto bombardeio apenas na capital iraquiana naquele dia. O autor de todos eles foi o Estado Islamita (EI), quem já havia executado, em julho deste ano, o mais mortal carro-bomba no Iraque desde a invasão norte-americana em 2003: o saldo foram mais de 300 mortos.
No Afeganistão, em dois meses cumpridos em 31 de outubro, mais de 300 escolas foram destruídas pelo Taliban, e apenas em 4 de novembro 30 civis foram assassinados "por equívoco" pelas forças militares norte-americanas, entre eles mulheres, crianças e bebês.
Quando mencionadas pelos tomadores de decisão e pela mídia predominante ocidental, o que raramente ocorre, tais vítimas são abordadas nada mais que como meros números. Política e linha editorial que, respectivamente, contraria de maneira gritante a abordagem quando se trata de vítimas do lado de cá do mundo, ainda que em número muito menor e diante de todos os crimes contra as leis internacionais por parte dos governos ocidentais no Oriente Médio, há quase dois séculos desde as frustradas tentativas do então Império britânico de colonizar o Afeganistão, na primeira metade do século XIX.
Banalizou-se o derramamento de sangue na região mais rica em petróleo do planeta, e as causas dos "conflitos" ali (i.e., invasões unilaterais e genocídio made in West), especialmente contemporâneos cujas mentiras e pretexto para maior alimentação da indústria bélica emergiram dos escombros das Torres Gêmeas do World Trade Center, ofuscadas pela densa cortina de fumaça que distraiu a atenção global como nenhum outro acontecimento deste século.
Mortos Esquecidos de um Genocídio sem Fim
Desde a Revolução Iraniana de 1979 que derrubou o xá Reza Pahlevi (entreguista pró-Ocidente) e nacionalizou o petróleo, raiz da "Guerra ao Terror" comandada pelos Estados Unidos, a história de "pacificação ocidental" tem se repetido, tragicamente, como farsa. Fracassadas as investidas da CIA na nação persa que, em 1953, havia derrubado o primeiro-ministro Mohammad Mosaddeq instalando seu fantoche Pahlevi no poder, Washington passou todos os anos de 1980 treinando e armando (inclusive com bombas químicas) os aliados iraquianos (entre eles Saddam Hussein) para combater os vizinhos iranianos: criou ferozes divisões sectárias (inexistentes até então) e alimentou disputas territoriais entre ambas as nações.
No final daquela década, em 1988 o saldo da guerra Irã-Iraque inclui estimativas que se aproximam de dois milhões de mortos. Mais sangrento confronto pós-Segunda Guerra Mundial que não deixou vencedor, além de prejuízo de cerca de 1,6 trilhão de dólares aos dois países.
Pouco depois, em menos de um mês a Guerra do Golfo (17 de janeiro de 1991 a 28 fevereiro de 1991) deixou cerca de 1,5 civis kuwaitianos mortos, e no lado iraquiano estima-se em torno de 3.5 mortos, apenas entre civis. Como punição por ter reivindicado soberania sobre terras kuwaitianas, ricas em petróleo, o embargo econômico norte-americano sobre o Iraque ao longo da década de 1990 causou mais de 200 mil mortes, em sua maioria crianças. O detalhe é que à vésperas da invasão de George H. W. Bush (pai) ao Iraque, a Casa Branca havia garantido a Hussein que não interviria pois, a seu ver, tratava-se de assunto interno de ambos os países.
Desde que baby Bush invadiu unilateralmente o Iraque em março de 2003 contrariando não "apenas" a ONU, as mais diversas nações ao redor do planeta e a grande maioria da própria sociedade local, como também as próprias evidências de que não havia bombas de destruição em massa no país e nada que ligasse Saddam Hussein à Al-Qaeda, o número de mortos em um dos berços da cultura mundial já chega a 1,5 milhão, entre civis e combatentes.
Guerra-Fantasia contra Al-Qaeda e Estado Islamita
Se não bastasse, o Iraque que à época de Hussein era Estado laico considerado pela ONU o mais respeitador das minorias no mundo árabe, tornou-se caótico, entregue às sanguinárias disputas sectárias. Passou, então, a haver seguidos ataques com carros-bomba (inexistentes antes da invasão de 2003), a Al-Qaeda, antes limitada ao Afeganistão, entrou e espalhou-se pelo país além do crescimento vertiginoso do EI ali, em número de membros, de ataques e de assassinatos dos mais crueis.
A cidade de Mosul, maior base do EI hoje que abriga numerosas minorias — cristãos, yazidis, shabaks e curdos —, tem sido palco de constantes ataques que deixam inúmeras vítimas tanto das forças de coalizão quanto desta mais nova criação da CIA, acirrada como resposta às agressões justamente dos Estados Unidos cujos tomadores de decisão sabem, muito bem, a revolta que gera entre nacionais as invasões arbitrárias. Datado de 16 de agosto de 2002, o Plano P2OG (Counter-Terrorism Proactive Preemptive Operations Group) elaborado pelo então secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, destinou 3,3 bilhões de dólares para promover atentados terroristas em solo iraquiano.
O objetivo era a “estimulação de reações” terroristas, registrado na parte sob o título de "Operações Proativas Agressivas, Preventivas", através de “ações encobertas, encobrimento e embuste”. As qualificações necessárias para o P2OG foram detalhadas pelo então braço direito de Bush filho: “Pessoal altamente especializado com técnica única e perícia em [operações de] inteligência tais como operações de informação, PSYOP [operações psicológicas], redes de ataque, atividades encobertas, operações de embuste”.
Em resumo, o Plano consistia em praticar atos de terror no Iraque a im de gerar reação na mesma proporção, "política" nada nova na história do único país que atacou com bombas atômicas na história, exatamente os Estados Unidos
Esta guerra, mais longa da história dos Estados Unidos, é de abertamente agressão e, portanto, contrária às leis internacionais. Veladamente embora já não se possa mais esconder, possui o fim de produzir o efeito reverso evidenciado pelo Plano P2OG. A guerra dos Estados Unidos e das grandes potências aliadas não respeita regras, é fundamentada na intolerância e na discriminação (seria redundância dizer que se baseia na mentira, como toda guerra), que não se vê no dever de prestar contas e nem se vale de tribunais internacionais para julgar e punir supostos terroristas: invade territórios soberanos e faz sua própria justiça, assassinando sumariamente quando e como bem entende.
O Império de turno vale-se indiscriminadamente da indústria da guerra e da "política" (eufemismo para crimes) coercitivo-expansionista, tendo debaixo de si uma mídia completamente prostrada, de joelhos diante do Estado mais terrorista da história. Dias atrás, o jornal The New York Times, "Pentágono midiático", referiu-se às investidas militares norte-americanas no Iraque como "operações de sucesso".
Mohammed Muhsin, xeque da cidade de Hawija, província de Kirkuk, afirmou em um workshop na cidade de Arbil organizada pelo United States Institute of Peace e pela organização iraquiana Sanad for Peacebuilding, apontou três razões para a existência do EI: pobreza, injustiça e marginalização, pontos não apenas jamais combatidos por Washington, como promovidos por este. Hassan Nusaif, político árabe sunita, outro participante do workshop, disse: “Para ser honesto, o derramamento de sangue vai continuar. Esta é a realidade". O ceticismo em relação à paz após a retomada de Mosul, também é geral no Iraque.
Mesmo diante disso tudo, os Estados Unidos e a OTAN insistem na mesma "estratégia" fracassada de todos estes anos de "Guerra ao Terror" iniciada nos anos 80, projetada para ser interminável mesmo antes dos atentados de 11 de setembro de 2001: o uso indiscriminado da força militar que apenas enriquece sua bilionária indústria bélica, e a de seu maior parceiro a nível militar e global, o também genocida Estado de Israel, silenciosamente por trás desta indústria das megamortes sistemáticas.
As causas da violência (injustificável de qualquer lado) não têm sido confrontadas pelo regime norte-americano, nem sido colocadas em discussão pela mídia de desinformação. E nada indica que este quadro se modificará, a fim de aumentar justamente o caos e, assim, sirva como pretexto para Washington perpetuar a permanência na região espalhando ainda mais bases militares, e, ali e onde mais puder, "terceirize" guerras contra seus rivais a nível global além de, é claro, pilhar recursos naturais de nações soberanas, especialmente petróleo.