Skyrock.com
  • ACCUEIL
  • BLOGS
  • PROFILS
  • CHAT
  • Apps
  • Musique
  • Sources
  • Vidéos
  • Cadeaux
  • Connecte-toi
  • Crée ton blog

XXXV. ANÁLISES DA MÍDIA

PODER & CORRUPÇÃO
Jornalismo ou Usina de Ideias?

Novas pesquisas nos EUA apontam queda sem precedentes da credibilidade da mídia naquele país. Na era da informação global,
está cada vez mais evidente: o "jornalismo" mundial funciona muito mais como defensor de interesses, políticos e econômicos

10 de novembro de 2013

Publicado no Observatório da Imprensa

Republicado pela Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP)


As usinas de ideias [termo muito utilizado em inglês, think tanks] são organizaçõesou instituiçõesque atuam no campo dos Grupos de interesse, produzindo e difundindo conhecimentos assuntos estratégicos com vistas a influenciar transformações sociais, políticas, econômicas ou científicas, sobretudo em assuntos sobre os quais as pessosas comuns não encontram facilmente bases para analisar de forma objetiva (Wikipedia)


Os mais recentes desdobramentos globais e a abordagem midiática em relação a eles vêm, uma vez mais, a confirmar: a mídia predominante, a começar pela brasileira mais submissa aos interesses de Washington que a dos próprios Estados Unidos conforme veremos a seguir, atua muito mais como usina de ideias que jornalisticamente na acepção deste termo, com o objetivo de manter e ampliar a dominação global norte-americana através da expansão de instalações de suas bases militares e da pilhagem de riquezas nacionais, tudo isso impossível de ser executado sem a devida ditadura da informação.

Nos Estados Unidos, enquanto pesquisas apontam queda ainda mais acentuada da credibilidade midiática perante a sociedade na era da informação global em tempo real, as últimas revelações envolvendo direta associação (nada jornalística) entre política, indústria bélica e mídia além da já abordada indústria petroleira nestes porões do poder global que executam, nos quatro cantos do planeta, conspiração, insurreições populares, aplicam golpes de Estado e determinam guerras valendo-se de muita mentira, nada disso jamais noticiado pelo “jornalismo” brasileiro, vêm a configurar-se mais uma fundamental peça na construção social, política e midiática da realidade, formando conexão perfeita com os fatos quando colocados em contexto, e com as revelações de personagens como Julian Assange, Edward Snowden, John Perkins e outros tantos que a mídia predominante faz de tudo para minimizar, distorcer e esquecer.

Tais revelações, a serem abordadas a seguir, autenticam uma vez mais esta inconteste realidade: os grandes meios de comunicação nada mais são que porta-vozes das transnacionais e da indústria bélica, que os sustentam.

Na Venezuela, onde se encontram as mais ricas reservas petrolíferas da América Latina e o governo rompeu com o FMI, mais provas de conspiração apresentadas pelo presidente Nicolás Maduro – neste caso, guerra econômica oriunda de Washington seguida pelas velhas oligarquias nacionais, ecoada fielmente por editoriais e noticiários completamente tendenciosos no Brasil em consonância com a corrente internacional predominante –, acumulam-se fazendo perfeita conexão os fatos abordados no parágrafo anterior.

No velho Patropi, os desacreditados meios de comunicação em geral – tanto jornalões quanto jornalecos, alguns destes muita vezes passando desapercebidos como outra face de uma mesma moeda politiqueiro-midiática, empoeirando com tom progressista nos porões do poder - atuam, indubitavelmente, como usineiros de ideias, isto é, publicitários, propagandistas e promotores de ideologias e defensores de interesses, empresariais e político-partidários. Nada disso, nenhuma novidade.

Porém, ao contrário do que pratica a usina brasileira de ideias tendenciosas – curta e limitada a frases de efeito, ao invés de consistente na abordagem de fatos e das vozes envolvendo todos os lados em questão –, vale aqui ser pontual não apenas ao se fazer uma leitura crítica da mídia, mas também pela apresentação de fatos, como já argumentado, de suma importância que não podem deixar de ser noticiados a fim de se compreender a conjuntura global, cujas excrecências a Imprensa brasileira, uma vez mais, varre silenciosamente para debaixo do já encardido tapete de seu porão que, não custa recordar, possui em seu histórico a preponderância na promoção da ditadura militar de péssima memória, executora de torturas e assassinatos arbitrários contra civis inocentes.

Usina de Ideias de Tio Sam

EUA não vive democracia que funcione
(Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA, quando vieram à tona denúncias de espionagem global por Edward Snowden, em 18/7 deste ano)


O descrédito da mídia perante a sociedade norte-americana bateu novo recorde, segundo pesquisa Gallup realizada entre os dias 6 e 9/9: menos cidadãos acompanham os noticiários políticos, e nada menos que 60% deles confiam pouco ou nada na Imprensa de seu país, apresentando uma enorme diferença de 20 pontos entre o crédito e o descrédito.

Mais recentemente, em 11/10 a ONG Public Accountability Initiative (PAI, Iniciativa de Prestação de Contas Pública) dos EUA, revelou a irresponsabilidade social, para dizer o mínimo, da mídia estadunidense na tentativa de manipular a opinião pública: o relatório Conflito de Interesses no Debate sobre a Síria identificou 22 analistas com ligações diretas à indústria militar.

Enquanto tais “analistas” foram exibidos 111 vezes nas maiores emissoras de TV norte-americanas, especialmente CNN, MSNBC, Fox News e Bloomberg TV, majoritariamente defendendo bombardeio sobre a Síria, é claro, suas relações com a indústria bélica foram mencionadas apenas 13 vezes.

O estudo, que seguiu rigorosa metodologia conforme pode ser verificada na ligação acima, focou-se em Stephen Hadley, apresentado apenas como ex-conselheiro de Segurança Nacional de George Bush filho. Contudo, nenhuma menção de que Hadley é diretor da indústria armamentista Raytheon, fabricante do sofisticado míssil naval Tomahawk, escolhido para ser usado contra Damasco e utilizado por Bush já na invasão ao Iraque em 2003, maior contingente militar da história que terminou a obra de Bush pai, destruir o País das Mil e Uma Noites em 21 dias e dominar Bagdá, riquíssima em petróleo, contrariando desta maneira as leis internacionais e a Constituição dos próprios EUA baseado nas mentiras de produção de armas de destruição massiva por parte de Saddam Hussein, além de laços deste com Osama bin Laden que nunca foram provados, e nem sequer houve os menores indícios.

Vale aqui destacar também que a “analista” da CNN apontada pela PAI, Frances Townsend, ex-assistente de Segurança Doméstica de Bush filho identificada como comentarista de segurança nacional e “apenas” como membro da CIA – algo já grave em si, mais ainda pós-WikiLeaks e Snowden –, compõe o time dos empresários das megamortes sistemáticas da “civilização” contemporânea que não enxergam imites nem obstáculos para sua política coercitivo-expansionista global.

Anteriormente, em 6/9, dois meses depois de o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter ter afirmado que seu país “não vive uma democracia que funcione” devido aos crimes de espionagem massiva revelados por Edward Snowden, foi revelado pela ONG norte-americana Open Secrets.org que os senadores do regime de Obama que mais apoiam a guerra à Síria, são justamente os que mais têm recebido verbas da indústria armamentista.

Os dez senadores que aprovaram ataques a Damasco receberam, entre 1º de janeiro de 2007 e 31 de dezembro de 2012 uma média de 72.850 dólares em contribuições da indústria militar, enquanto os que votaram contra receberam uma média de 39.770 dólares durante este período.

Em valores totais, os 10 senadores que votaram a favor da invasão militar contra a Síria receberam 728.497 dólares, enquanto os oito que votaram contra, receberam 278.390 dólares, apontou a análise do Centro para Política Responsável.

O senador republicano John McCain, do estado do Arizona, quem, famoso por seu “espírito belicista” de longa-data, defendeu energicamente que os Estados Unidos forneçam armamentos e instrução de combate aos opositores do presidente Bashar al Assad, foi justamente o que recebeu as maiores contribuições deste setor.

Isso tudo é a evidência mais prática da veracidade das denúncias de John Perkins, ex-economista norte-americano do FMI, do Banco Mundial além de grandes corporações de seu país tais como a MAIN, empresa-braço da mesma Agência de Segurança Nacional onde trabalhou Edward Snowden.

Conforme abordamos na edição 770 deste Observatório, Perkins deixou os altos cargos no início dos anos de 1980em depressão pelo que presenciava, denunciando duramente os governos de Washington e as empresas de mídia, o que, desde o princípio, tem lhe valido serias ameaças:

“A maioria dos meios de comunicação – jornais, revistas, editoras, emissoras de TV e estações de rádio – é de propriedade de grandes corporações internacionais, as quais não têm o menor escrúpulo em manipular as notícias que divulgam.” (Leia mais em Campo de Libra: A Quem Teme Dilma?, abaixo).

Venezuela: Golpe de Estado Silencioso

O comentário é livre, mas os fatos são sagrados (C. P. Scott, quando o jornal britânico The Guardian completou 100 anos, em 1921)


Em 6/11, o presidente venezuelano Nicolás Maduro apresentou documento secreto que revela boicote contra a economia do seu país, que já se estende por meses retirando produtos do mercado e encarecendo sobremaneira preços de diversas mercadorias, algo bem semelhante com o que ocorreu no Chile sob o governo de Salvador Allende em 1973 cuja conspiração foi arquitetada e patrocinada pela CIA sob liderança de Henry Kissinger – assassinou-se Allende e em seu lugar assumiu, o sanguinário Augusto Pinochet, escolhido a dedo por Tio Sam.

Em parte do mercado venezuelano, alguns produtos chegaram a ter aumento de 1.200%, sobre o que Maduro afirmou que combateria constitucionalmente, e exatamente assim tem feito: ordenou a normalização dos preços, ou retirada dos produtos artificialmente encarecidos.

O documento, intitulado Plano Estratégico Venezuelano datado de 13 de junho de 2003, fora preparado pela Fundação Internacionalismo Democrático, do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, fidelíssimo aliado a George Bush filho, com a Fundação Centro de Pensamento Primeiro Colômbia e com a empresa norte-americana de consultores FTI Consuting. (Assista vídeo da Russia TV Noticias em espanhol apresentado pelo jornalista Agustín Fontenla, abordando o Plano com apresentação do documento: http://www.youtube.com/watch?v=Bsbdaq9TQI4&hd=1).

Os objetivos principais do Plano são debilitar a economia do país, alarmar a sociedade levando-a às ruas a fim de justificar uma intervenção militar respaldada pelos EUA, gerar um ambiente de crise a nível internacional sobretudo através de abordagens midiáticas, e enfraquecer o governo do Partido Socialista Unido da Venezuela PSUV de Maduro, nas eleições municipais de 8 de dezembro (leia Maduro Mostró Documento sobre Golpe Silencioso que Impulsan desde el Exterior, no sítio jornalístico venezuelano Ciudad Caracas. Nas últimas eleições estaduais em outubro de 2013, o PSUV venceu em 20 dos 23 estados.

Na reunião que elaborou o Plano conspirador, estavam presentes figuras como J.J. Rendón, especialista em guerra psicológica, Mark Feierstein, ex-encarregado da USaid para a América Latina (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional – a mesma agência que participou do golpe militar no Brasil em 1964), e das tentativas de golpe na Bolívia e Equador recentemente, além da deputada oposicionista María Corina Machado do estado de Miranda, que viaja constantemente a Washington e Miami, a mesma que pediu desculpas públicas na Venezuela após ter sido liberada gravação em que ela dizia ao historiador Germán Carrera Damas,em abril logo da vitória nas urnas de Maduro, que Washington estava apoiando suas tentativas de desestabilização social a fim de executar um golpe de Estado na Venezuela, conforme abordamos com mais detalhes em Expulsão de Diplomatas dos EUA e Desinformação Midiática, mais abaixo.

“Agora, digo ressalto a qualquer empresário ou comerciante que esteja burlando as leis e roubando as pessoas: mais cedo ou mais tarde, nos próximos dias lhes chegará a Lei, lhes chegará o Estado, lhes chegará o povo”, afirmou Maduro em 8/11.

Na semana anterior a isso tudo, a conta de Maduro no Twitter fora invadida, bem como de órgãos estatais e jornalísticos, tendo sido eliminado milhares de seus seguidores.

Fato anterior envolvendo sabotagens e a manipulatória abordagem midiática, envolveram a expulsão dos três “diplomatas” norte-americanos, que secretamente arquitetavam guerra econômica, crise energética e insurreições populares no estado de Bolívar (ibidem), do que participou também a deputada María Corina.

Em abril último, na semana da vitória eleitoral antes de assumir a Presidência no Palácio de Miraflores, Maduro já sofria tentativa de golpe de Estado que assassinou 11 pessoas inocentes por comemorarem, nas ruas do país, o triunfo político do PSUV. Isto envolveu, confessadamente, a oposição política apoiada por Washington. Não deu certo.

De lá para cá, Maduro, vítima de distorções e mentiras midiáticas, vem denunciando novas conspirações e até magnicídio, muitas vezes apresentando provas que jamais são noticiadas pela mídia predominante.

Usina de Ideias Tupiniquim

Não é através da ideologia que se molda o social, mas através da verdade (Michel Foucault, filósofo francês, 1926 - 1984)


Na abordagem sobre a Venezuela, a “grande” mídia brasileira e internacional, antes de mais nada, não apresentam fatos e nem divulgam alegações governamentais, fazendo as vezes de voz da oposição (entenda-se, interesses de Washington). O mais básico princípio jornalístico reza que todas as versões em questão devem ser divulgadas, mas a liberdade de empresa em nome de liberdade de expressão tem omitido isso.

É por esse simples e incontestável motivo que os editoriais condenando o governo venezuelano são reduzidos à muita fraseologia e meros ataques inconsistentes, sem nenhuma base nos fatos. Veja-se esta abordagem do semanário britânico conservador The Economist, sem nenhuma base em fatos a fim de ridicularizar o presidente venezuelano, e passar a ideia de que ele é um conspirador:

“Para onde o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, olha, vê conspiradores. Ao menos doze conspirações para assassiná-lo foram supostamente detectadas desde abril, quando o sucessor de Hugo Chávez tomou o poder” (traduzido e republicado no Observatório da Imprensa).

Tal distorção é continuada sistematicamente pelos Repórteres sem Fronteiras (muitas ditas ONGs são, sabidamente, órgãos de fachada da CIA), sempre inconsistente baseado em argumentações ao invés de fatos, ou quando muito, fatos pela metade, prática evidenciada em recente artigo, intitulado Governo Considera Informação sobre Desabastecimento 'Propaganda de Guerra' (republicado pelo Observatório da Imprensa).

O que a tal “ONG” não relata, é que Maduro se refere à guerra econômica, o que passa a ideia de que o mandatário venezuelano está sedento pelas mesmas obsessões do regime de Washington: militarização – o segundo, porém, é sempre minimizado, evidentemente. Os RSF sequer relatam o boicote que tem sido perpetrado contra o governo venezuelano.

Veja-se este reduzido e reducionista artigo de O Globo, intitulado 'El Nacional' Corre Risco de Parar de Circular (republicado pelo Observatório da Imprensa). Apenas dando a conotação de que Maduro fere a liberdade de expressão, o diário carioca divulgou apenas a versão do diário El Nacional sem jamais relatar as motivações da justiça da Venezuela, em nenhum momento noticiou que o jornal venezuelano violou as leis de Imprensa locais ao publicar em sua capa imagens de necrotérios na capital Caracas, que exibiam cadáveres na maior parte despidos, com olhos putrefatos.

Sobre a expulsão dos “diplomatas” por parte do governo de Caracas, a nota da Reuters de 30/9 traduzida por O Estado de S. Paulo, intitulada Maduro Ordena Expulsão de Três Diplomatas Americanos da Venezuela, emblemática no que diz respeito à pobre cobertura do jornal gordão – muito peso, pouco conteúdo – e da grande mídia em geral sobre o caso, não divulga que o presidente venezuelano afirmara possuir provas sobre as sabotagens dos “diplomatas” apresentadas no dia seguinte.

Em 2/10, um dia após o governo venezuelano ter apresentado tais provas, o mesmo Estado de S. Paulo voltou a dar espaço à questão (consideravelmente maior que a nota da Reuters), desta vez apresentando apenas as versões do regime de Washington sobre a questão, no artigo Em resposta a Maduro, Washington Expulsa Três Diplomatas, sem mencionar as provas liberadas no dia anterior.

No caso dos escândalos oriundos dos Estados Unidos, a mídia predominante brasileira simplesmente ignora, assim como no caso da espionagem global praticada pelo regime de Washington, todos os crimes de guerra e contra as liberdades civis, dentro e fora dos EUA, insistindo em justificar o que é impossível de não ser noticiado neste sentido, na segurança nacional norte-americana.

Quem ainda achava que a mídia gorda brasileira estava blindada da influência da Inteligência e dos interesses do Império revelados por Perkins, vale repetir que a ex-embaixadora norte-americana em Brasília, Lisa Kubiske, enviou telegrama secreto a Washington em 22/12/2009 garantindo que,

“Esta Embaixada tem obtido significativo sucesso em implantar entrevistas encomendadas a jornalistas, com altos funcionários do governo dos EUA e intelectuais respeitados (...)" (Este telegrama traduzido na íntegra na mais ampla cobertura WikiLeaks do Brasil, que inclui traduções inéditas de telegramas secretos e ultrassecretos ao português, aqui no Blog em WikiLeaks: Revelações dos Segredos de Estado dos Estados Unidos, a mais completa cobertura sobre WikiLeaks do Brasil; cabo original em inglês, aqui)
.

Kubiske deu ênfase ao semanário Veja e aos diários O Estado de S. Paulo e O Globo, que acumulam desmoralização com o passar do tempo. O mesmo Globo que recentemente distorceu fatos envolvendo o programa na TV do Observatório da Imprensa, com sua velha dose de ataques evasivos (leia artigo de Aberto Dines, O Globo Errou Feio: 'OI na TV Não Está Sendo Reprisado.

Além da sempre escassa cobertura da grande mídia brasileira sobre as mentiras e os crimes da "Guerra ao Terror", mais servis aos interesses de Washington que a própria mídia predominante norte-americana conforme reportamos detalhadamente no livro Mentiras e Crimes da "Guerra ao Terror", enquanto as denúncias de Edward Snowden e dos próprios Bradley Manning e Julian Assange de WikiLeaks continuam sendo debatidas (insuficiente e em grande medida distorcidamente, é verdade) na mídia tradicional dos EUA, aqui no Brasil desmancharam-se no ar, o que não é nenhuma surpresa.

Defendendo Uma Usina Só

Não é possível entender o porquê das sucessivas tentativas de golpe e de magnicídio na Venezuela, sem ter ciência de que muito além das amplas conquistas sociais que têm valido reconhecimentos e prêmios internacionais ao governo bolivariano, inclusive por parte da ONU.

Mais recentes cabos secretos e ultrassecretos liberados por WikiLeaks revelam, uma vez mais, a velha sabotagem made in USA contra o governo bolivariano da Venezuela (leia reportagem do diário The New York Times.

Em nenhuma das revelações ao longo de todos essas anos, de tentativa de golpe contra Maduro e antes, contra Chávez, os arquitetos apontam em suas reuniões e mensagens secretas e ultrassecretas motivos democráticos, defesa de interesses sociais, nem acusam os mencionados governantes de irem contra esses fatores, pelo contrário: o que os motivam são interesses econômicos dos EUA, especialmente envolvendo os campos de petróleo, e as ganâncias políticas e financeiras da elite local.

O tão condenado governo bolivariano promoveu a regulamentação midiática, estabelecendo leis, democratizando-a, erradicou o analfabetismo durante os anos de Hugo Chávez (1999-2012)cujos métodos de alfabetização são uma referência mundial, está erradicando a desnutrição infantil e a fome o que valeu prêmio da ONU na Europa em junho a Maduro, tornou-se, nestes 14 anos de governo bolivariano, o país menos desigual da América Latina e o mais democrático em matéria de ensino, é o país da região com o maior número de universidades púbicas, possui o sistema eleitoral mais seguro do mundo segundo observadores internacionais – inclusive juristas independentes norte-americanos – e, o que mais explica a sistemática perseguição dos donos da mídia brasileira e mundial, rompeu com a ditadura econômica praticada pelo FMI e pelo Banco Mundial, e nacionalizou suas reservas petrolíferas.

São as usinas de petróleo, grande objeto obsessivo norte-americano, o motivo de o jornalismo ter dado lugar para um grande jogo de interesses escrito, falado e televisado transformando-o em uma precária e escancarada usina de ideias em favor dos donos do poder global.

O ofício jornalístico, há muito, deu lugar a práticas muito mais de publicidade e propaganda que já geraram inúmeros golpes e assassinatos ao longo da história mundo afora, inclusive no Brasil o que não é segredo a ninguém.

Cada vez mais constrangedoramente, resta à mídia tradicional brasileira tentar explicar o inexplicável – ou transformar-se em sua essência se quiser, especialmente no caso dos impressos, livrar-se de seu anunciado fim: morrer abraçada com seus interesses mesquinhos, bem distantes dos da sociedade.

Em meio a tudo isso, Snowden disse recentemente que “o pior das denúncias ainda está por vir”, segundo o jornalista Glenn Greenwald. Enquanto a mídia gorducha finge que nada acontece apoiando-se desesperadamente em suas envelhecidas retóricas, os próximos capítulos da dura construção social, econômica e política da realidade prometem ser quentes. Quem viver, verá ainda mais.

#Posté le mercredi 11 juin 2014 10:10

Modifié le jeudi 12 juin 2014 09:15


www.edumontesanti.skyrock.com



Conteúdo (com ligações)

PÁGINA INICIAL


l. MATEANDO COM EDU - Perfil, Comentários e Literatura

Página 1

Página 2



lI. TERCEIRA PÁGINA - Crônicas / Questões Internacionais


III. NO PIQUE DA VIDA - Reflexões


IV. ARQUIVO - Os Noticiários Mundiais

Página 1

Página 2



V. TERRORISMO DE ESTADO - A Invasão Norte-Americana ao Iraque



VI. O 11 DE SETEMBRO DE CADA DIA DO AFEGANISTÃO

Página 1

Página 2

Página 3



VII. SANEAMENTO PÚBLICO - ONDE JOGAR TANTO LIXO HUMANO?


VIII. ANISTIA INTERNACIONAL - Uma Questão de Liberdade


IX. ÉTICA NA TV - Uma Questão de Liberdade


X. HUMAN RIGHTS WATCH - Uma Questão de Liberdade


XI. GOLPES MILITARES NA AMÉRICA LATINA


XII. HISTÓRIAS MUNDIAIS


XIII. ENAS NAFFAR: OLHAR SOBRE O ORIENTE MÉDIO - Visão Palestina no Blog

Página 1

Página 2



XIV. CULTURA & ARTE AFEGÃ

Página 1

Página 2


XV. O BRASIL NO ESPELHO - Crônicas


XVI. Especial: TERRORISMO

Grupos

Estados


Mídia

Religiões

Polícia

Trabalho



XVII. IDIOMAS

Inglês

Espanhol

Alemão

Italiano

Francês

Sueco

Português



XVIII. WIKILEAKS

Brasil (Página 1)

Brasil (página 2)

América Latina

Estados Unidos, Europa, África e Ásia

Oriente Médio



XIX. MALALAÏ JOYA - A Mulher Mais Corajosa do Afeganistão

Página 1

Página 2

Página 3

Página 4


XX. PÁTRIA GRANDE PORTENTOSA - Paisagem & Cultura Latina

Página 1

Página 2

Página 3



XXI. AVÓS DA PRAÇA DE MAIO - Uma Voz por Liberdade na Argentina

Página 1

Página 2



XXII. MISSÃO CUMPRIDA, POR EDU MONTESANTI


XXIII. POEMAS - Uma Questão de Liberdade


XXIV. MEIO AMBIENTE, ESPORTE & SAÚDE


XXV. CONTRACAPA: CURTINHAS - Notícias Nacionais


XXVI. CONTRACAPA: CURTINHAS - Notícias Internacionais


XXVII. MENTIRAS E CRIMES DA "GUERRA AO TERROR", E O JORNALISMO BRASILEIRO MANCHADO DE SANGUE



XXIX. ARQUIVO: CONTRACAPA - Nacional

Página 1

Página 2


XXX. ARQUIVO - CONTRACAPA - Internacional

Página 1

Página 2


XXXI. EDU MONTESANTI IN ENGLISH: A MATTER OF FREEDOM

News & Opinion

News & Opinion - Archive 1

News & Opinion - Archive 2

Special Story: The Biggest Lie in History



XXXII. EDU MONTESANTI EN ESPAÑOL - UNA CUESTIÓN DE LIBERTAD

Noticias & Opinión

Serie Especial de Reportajes: Mayor Mentira de la Historia

Derechos Humanos

Opinión y Noticias - Archivo



XXXIII. DIAS PARA MUDAR O BRASIL - Onda de Manifestações ou Primavera Brasileira?

Página 1

Página 2



XXXIV. SOMOS TODOS SANTA MARIA - Por Memória, Verdade e Justiça

Página 1 - Documentos

Página 2 - Documentos


Página 3 - Artigos

Página 4 - Série de Reportagens


XXXV. ANÁLISES DA MÍDIA


XXXVI. REVOLUÇÃO BOLIVARIANA NA VENEZUELA

#Posté le mercredi 11 juin 2014 10:10

Modifié le vendredi 18 décembre 2015 18:25

#Posté le mercredi 11 juin 2014 10:10

#Posté le mercredi 11 juin 2014 10:11

#Posté le jeudi 12 juin 2014 07:43

  • Précédent
  • 1 ...
  • 78
  • 79
  • 80
  • 81
  • 82
  • 83
  • 84
  • 85
  • 86
  • ... 140
  • Suivant

Design by lequipe-skyrock - Choisir cet habillage

Signaler un abus

Abonne-toi à mon blog ! (3 abonnés)

RSS

edumontesanti

Masquer
Photo de edumontesanti
  • Suivre
  • Plus d'actions ▼
  • Partager
  • Bloquer
  • S'abonner à mon blog
  • Choisir cet habillage

    Création : 17/06/2008 à 07:26 Mise à jour : Hier à 12:40

    Skyrock.com
    Découvrir
    • Skyrock

      • Publicité
      • Jobs
      • Contact
      • Sources
      • Poster sur mon blog
      • Développeurs
      • Signaler un abus
    • Infos

      • Ici T Libre
      • Sécurité
      • Conditions
      • Politique de confidentialité
      • Gestion de la publicité
      • Aide
      • En chiffres
    • Apps

      • Skyrock.com
      • Skyrock FM
      • Smax
    • Autres sites

      • Skyrock.fm
      • Tasanté
      • Zipalo
    • Blogs

      • L'équipe Skyrock
      • Music
      • Ciné
      • Sport
    • Versions

      • International (english)
      • France
      • Site mobile