DOCUMENTOS DE SNOWDEN
'Petróleos da Venezuela' Espionada pelos EUA
'Petróleos da Venezuela' Espionada pelos EUA
19 de novembro de 2015 / Publicado no Diário Liberdade (Galiza)

Neste dia 18, a rede de TV venezuelana Telesur revelou que a companhia estatal Petróleos de Venezuela S. A. (PDVSA) tem sido amplamente espionada pelos Estados Unidos, segundo documentos entregues à rede de comunicação caribenha por Edward Snowden, ex-contratista da Agência de Segurança Nacional estadunidense (NSA, na sigla em inglês).
De Caracas, a "missão diplomática" de Washington, que - assim como em todo o mundo, de acordo com revelações WikiLeaks e do próprio Snowden - conta com agentes da CIA travestidos de diplomatas, tem trabalhado em parceria com a NSA e com a CIA (ofício nada democrático, denominado nos mais diversos países pelos próprios espiões norte-americanos em seus telegramas de F6, conforme revelado pelo semanário alemão Der Spiegel em 2013) a fim de interceptar comunicações internas, os correios eletrônicos, perfis de 10 mil empregados e outros fundamentais dados da estatal petrolífera venezuelana e de altos funcionários, tais como seu ex-presidente, Rafael Ramírez.

A espionagem perpetrada entre a NSA, a CIA e a Embaixada dos EUA na Venezuela, de acordo com o documento "ultra-secreto" redigido pelo analista, levou os "doutores mundiais em democracia" a afirmar, entre si, que" entender a PDVSA, significa entender o coração econômico da Venezuela". Disso também parte o boicote econômico que sofre a Revolução Bolivariana por parte de Washington, também qualificada de "guerra econômica" pelo presidente venezuelano, solicitando apoio internacional - o mesmo que sofreu o presidente chileno Salvador Allende em 1973, por parte da CIA.

Tal qual há 42 anos no Chile, o mandatário da Venezuela é hoje ridicularizado (e junto, todos os comunicadores ao redor do mundo que fazem o mesmo) pela mídia de desinformação das massas (e por seus cérebros devidamente lavados, o que não escolhe classe social) cada vez que denuncia os boicotes e as tentativas de golpe de Estado que sofre por parte do que chama de Eixo Miami-Bogotá-Madrid.

Como era se se esperar, nada disso vira notícia no monopólio da informação tupiniquim e nem na global. Os grandes meios de comunicação, mestres na arte do embaralhamento do entendimento coletivo, mais adiante certamente repetirão a prática de jornalismo canalha que os marca, velhas e envelhecidas aulas de antijornalismo desde que Hugo Chávez assumiu o Palácio de Miraflores em 1999, implantando no país a Revolução Bolivariana: quando Maduro tomar alguma atitude em defesa da soberania e da segurança de seu povo - tal como, hipoteticamente, ordenar fechamento do centro de espionagem norte-americano em Caracas, disfarçado de Embaixada -, afirmarão que "o governo venezuelano teria dito que a PDVSA fora, alguma vez, espionada", para então, no mundo-fantasia em que criam, acusar Nicolás Maduro de "ditador", "provocador", "agressivo".
Invertendo os papeis por algum momento, imagine-se se fosse a Venezuela quem espionasse e ainda tentasse derrubar, por exemplo, o xerife global Barack Obama da Casa Branca: qual a atitude deste, e a postura de seus porta-vozes da grande mídia internacional pertencente exatamente aos proprietários das grandes indústrias petrolíferas e armamentistas do mundo, dos grandes bancos, do agronegócio e de muitos políticos metidos com o narcotráfico? Pois é.

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traduzido de Telesur, em Arquivo - Os Noticiários Mundiais (Página 2)

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Revolução Bolivariana na Venezuela
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